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sexta-feira, 10 de maio de 2024

Eu tenho alergia alimentar: E agora?


A “Jornada do Paciente” do diagnóstico ao tratamento

#Eutenhoalergiaalimentareagora? 

Cerca de até 8% das crianças, com até dois anos de idade, e 2% dos adultos têm algum tipo de alergia alimentar 

     A adrenalina autoinjetável é o único medicamento capaz de salvar a vida de uma pessoa com anafilaxia, mas o medicamento não é vendido no Brasil

 

De 13 a 19 de maio acontece a Semana Nacional de Conscientização sobre Alergia Alimentar e este ano o tema é “A Jornada do Paciente: Pré-diagnóstico, Diagnóstico e Pós-Diagnóstico”. A alergia alimentar é uma resposta exagerada do sistema de defesa do corpo contra proteínas alimentares. É diferente de intolerância alimentar. 

Os sintomas de alergia alimentar podem ser vários, tais como placas vermelhas que coçam pelo corpo, inchaços de boca, olhos ou outras partes do corpo, náuseas, vômitos. Os casos graves acompanham falta de ar, tosse e o fechamento da glote e queda da pressão arterial – a chamada anafilaxia, que pode levar a óbito. Outras manifestações tardias também podem acontecer como diarreia, sangramentos nas fezes, vômitos incoercíveis e outros. O tratamento é baseado na retirada do alimento causador, e no caso de alimentos essenciais, como o leite e ovo em crianças pequenas, é necessário a sua substituição por outro que preencha as necessidades nutricionais do paciente, o que frequentemente causa um forte impacto socioeconômico negativo sobre o paciente e seus familiares. 

Qualquer alimento pode causar alergia alimentar; porém, os mais comuns são leite, ovo, soja, trigo, peixes, frutos do mar, amendoim e castanhas. No Brasil não há estatísticas oficiais, porém a prevalência parece se assemelhar com a literatura internacional, que mostra cerca de até 8% das crianças, com até dois anos de idade, e 2% dos adultos com algum tipo de alergia alimentar.

 

A Jornada do Paciente com Alergia Alimentar 

O Pré-Diagnóstico – A Coordenadora do Departamento Científico de Alergia Alimentar da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), Dra. Lucila Camargo conta que testes alérgicos não conseguem isoladamente confirmar ou afastar uma alergia alimentar e podem ser perigosos se interpretados sem contextualização. É comum que testes alérgicos venham positivos mesmo em quem não tem alergia. 

Portanto, a avaliação médica com especialista é essencial. Os sintomas de alergia alimentar são comuns a outras doenças. Analisar as suspeitas de alergia alimentar e comprová-las antes de se indicar dietas, diminuem proibições alimentares desnecessárias que podem impor risco nutricional e prejuízo na qualidade de vida. 

O Diagnóstico – A avaliação clínica feito por um especialista é o primeiro passo para se chegar ao diagnóstico de alergia alimentar, e os testes e exames são complementos deste diagnóstico. “A provocação oral, quando se oferece ao paciente o alimento suspeito de provocar alergia, é um desses testes, mas deve ser feito em ambiente preparado para o caso de ocorrer uma anafilaxia, reação alérgica grave. Apenas médicos habilitados podem realizar esse tipo de teste”, alerta Dra. Lucila. 

Muito importante diferenciar alergia alimentar X intolerância alimentar: a pessoa com alergia pode ter reação grave e até morrer com pequenas quantidades de alimento. Na intolerância, os sintomas podem ser incômodos, mas não oferecem risco de morte. 

O Pós-Diagnóstico - Permite que o paciente receba a orientação específica, mas também tem muitas dificuldades, entre elas a adaptação à dieta e o medo em ter uma reação por contato cruzado. As restrições dietéticas devem vir acompanhadas de substituições adequadas para não resultar em comprometimento nutricional. A educação sobre alergia alimentar é fundamental, saber que uma pequena quantidade pode provocar reações graves e ter um plano de ação para reações inadvertidas é essencial. A depender do caso, é necessário carregar a adrenalina autoinjetável para controlar a crise até a chegada ao pronto-socorro”, explica Dra. Lucila. 

A adrenalina autoinjetável é o único medicamento capaz de salvar a vida de uma pessoa com anafilaxia, mas o medicamento não é vendido o Brasil. Está em andamento o Projeto de Lei 85/24 que visa incluir a caneta de adrenalina autoinjetável entre os medicamentos fornecidos de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

Inclusão e Rede de Apoio: O medo constante de ter uma reação alérgica grave faz com que o paciente e a família passem por ansiedade, estresse e exclusão social, muitas vezes, prejudicando a qualidade de vida. A divulgação do conhecimento sobre a alergia alimentar em restaurantes, áreas de alimentação, escolas, eventos sociais – na população em geral- permite uma abordagem mais segura e inclusiva, com menor prejuízo emocional. 

Orientação sobre como evitar o contato cruzado e a leitura rotineira de rótulos é estratégia fundamental, pois em determinadas pessoas mais sensíveis, traços do alimento podem causar reações. Por exemplo: produtos podem conter leite mesmo em quantidades mínimas e causar alergia grave. 

Médicos, nutricionistas, grupos educativos e toda a sociedade atuando em conjunto para superar as dificuldades impostas pelas alergias alimentares e conquistar uma vida plena e saudável: 

·         A jornada do paciente no manejo da alergia alimentar é complexa e desafiadora, mas com persistência e apoio é possível superar os obstáculos.

·         O diálogo aberto com o médico e a equipe de saúde é fundamental para esclarecer dúvidas, buscar soluções e garantir o melhor acompanhamento possível.

1.    A educação sobre alergias alimentares é essencial para promover a inclusão e o respeito às necessidades dos pacientes em todos os ambientes, em especial no que tange à medicação autoinjetável contendo adrenalina. 

“Ter um diagnóstico preciso, o acompanhamento com o especialista, um plano de ação e conscientizar as pessoas com as quais convivem enriquecem a qualidade de vida do paciente, fazendo com que ele se sinta incluído na sociedade”, comenta Dra. Lucila Camargo, da ASBAI.

 

ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
Site: www.asbai.org.br
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Cristo Redentor iluminará a jornada do paciente com alergia alimentar


O Cristo Redentor será iluminado dia 14/05, próxima terça-feira, para chamar atenção à Semana Nacional de Conscientização sobre Alergia Alimentar, criada pela Lei 14.371, sancionada em 2023 pelo presidente da República. Este ano, o tema é “A Jornada do Paciente”. A alergia alimentar é uma resposta exagerada do sistema de defesa do corpo contra proteínas alimentares. É diferente de intolerância alimentar. “No Brasil não há estatísticas oficiais, porém a prevalência parece se assemelhar com a literatura internacional, que mostra cerca de até 8% das crianças, com até dois anos de idade, e 2% dos adultos com algum tipo de alergia alimentar”, explica Dra. Lucila Camargo, Coordenadora do Departamento Científico de Alergia Alimentar da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).


A iluminação do Cristo redentor é uma iniciativa da ASBAI juntamente com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).



Mês das mães: Gestantes podem enfrentar dificuldades na cicatrização sem os cuidados corretos

Segundo a Dra Naíla Nunes, é possível evitar ferimentos e danos na pele no período gestacional. Saiba como.

 

Diante das mudanças hormonais e físicas que ocorrem durante a gestação, especialistas em dermatologia ressaltam a importância dos cuidados adequados com a pele para garantir o bem-estar das gestantes e prevenir possíveis complicações dermatológicas. Durante a gravidez, as gestantes podem enfrentar um maior risco de desenvolver feridas e dificuldades na cicatrização devido a uma série de fatores, como mudanças hormonais, estiramento da pele, aumento de peso e redução da imunidade. Para diminuir esses riscos, é importante que as gestantes adotem uma rotina de cuidados com a pele desde o início da gestação.

 

Dra. Naíla Nunes, dermatologista na Clínica Áurea, reforça os cuidados que mulheres gestantes devem ter. Entre eles, destaque para hidratar a pele regularmente com produtos suaves e evitar o uso de produtos mais ásperos, que possam prejudica-lá. Além disso, uma alimentação equilibrada e a ingestão adequada de água são fundamentais para a saúde da pele durante a gestação.

Ciente de que uma grande parte das mulheres costumam temer o aparecimento de estrias, Dra. Naíla Nunes destaca que ’Para prevenir o surgimento de estrias e manchas, é aconselhável utilizar protetor solar diariamente e hidratar a pele com cremes específicos, especialmente nas áreas mais propensas, como o abdômen, mamas e quadris. É importante também evitar coçar as áreas propensas às estrias e usar roupas confortáveis que não apertem a pele’’, ressalta.

Embora alguns procedimentos dermatológicos sejam contra-indicados durante a gestação como o uso de retinóides e ácidos glicólicos, outros, como depilação com cera quente e tratamentos tópicos para acne podem ser realizados com segurança, desde que sob orientação médica.

Especialista no assunto, a médica aponta que muitos pacientes costumam recorrer a produtos para barrar o aparecimento de manchas escuras na pele que aparecem nesse período. É comum encontrarem uma rápida pesquisa na internet, dicas sem nenhum tipo de apoio profissional mostrando receitas milagrosas para dar um ‘’fim’’ nas manchas escuras causadas na gravidez, mas a Dra. reforça que neste período, o ideal é evitar que haja muita exposição ao sol.

‘’O surgimento de algumas manchas mais escuras durante a gravidez são comuns e esperadas, principalmente região de axilas, virilhas ou mesmo abdômen, que a gente chama de linha nigra, e mamilos. Eles vão se acostumar a diminuir no período pós-parto. Não há muito que possa ser feito, faz parte do processo, evitar exposição direta ao sol por períodos prolongados, a fim de que essas manchas possam depois regredir de uma forma mais natural e precoce” finaliza.

A especialista enfatiza também que os cuidados com a pele durante a gestação não se limitam apenas ao período gestacional, mas também devem ser adotados antes mesmo da concepção. Mulheres que planejam engravidar devem consultar um dermatologista para ajustar sua rotina de cuidados com a pele e garantir uma gestação ainda mais saudável.

 

Dia da Enfermagem

Redução da carga horária de enfermeiros e auxiliares é necessária e precisa avançar, defende Anadem 

Mesmo exercendo uma das funções mais desgastantes no cenário da saúde pública, profissionais seguem com jornada inadequada
 

A redução da jornada de trabalho de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem é uma reivindicação antiga e que permanece sem resolução há mais de duas décadas. Neste Dia Internacional da Enfermagem (12 de maio), a Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem) reitera seu apoio ao pedido e reforça a defesa por melhores condições de trabalho para a categoria. 

Para o especialista em Direito Médico e presidente da Anadem, Raul Canal, a legislação precisa garantir uma carga horária justa e permitir um cuidado maior com a saúde desses profissionais que lidam com jornadas exaustivas e ficam cotidianamente sujeitos à contaminação e a diversas doenças ocupacionais, físicas e psíquicas, como lesão ocasionada por esforço repetitivo, estresse e depressão. 

“A carga excessiva desmotiva os profissionais e, dado o constante grau de estresse e desgaste, favorece uma conduta mais passível a erros. Assegurar uma jornada de trabalho apropriada contribui para a melhoria da qualidade dos atendimentos e aumenta a segurança do paciente, além de criar oportunidades de emprego com a abertura de novos postos de trabalho”, avalia o especialista. 

Mais de 20 anos após a proposta de alteração da lei vigente, hoje existem, inclusive, diretrizes de saúde mental no trabalho sugeridas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em favor de cargas horárias adequadas. As recomendações incluem ações para enfrentar riscos, como longas jornadas, comportamentos negativos e fatores que criam angústia. 

“O cenário atual da saúde pública só reforça a relevância da medida, já prevista no artigo 7º da Constituição: ‘São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social. XVI – Jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva’”, destaca Raul Canal. 

Além de apoiar a redução da carga horária, a Anadem atua desde o início na mobilização em prol do piso salarial fixo para as equipes de enfermagem. Apesar do avanço conquistado, algumas regiões relataram dificuldades para regularizar o repasse encaminhado. Para Canal, “trata-se de um direito adquirido, é preciso fiscalizar e garantir que a lei seja cumprida”. 



Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética - Anadem
Para saber mais, clique aqui.


Quem cuida de quem cuida: a sobrecarga das mães com mais de 30 anos

Nutricionista especializada na saúde da mulher, Vanessa Costa, explica sobre a dificuldade de encontrar uma rotina equilibrada enquanto pensa nos filhos e nos pais

 

A vida moderna para muitas mulheres é uma verdadeira montanha-russa, onde equilibrar diversos papéis e responsabilidades se torna uma habilidade necessária. Entre ser mãe, profissional, esposa e líder, cada dia é um malabarismo constante para conciliar todas as demandas que surgem a todo momento. Mas, mesmo cercadas de amor, dedicação e comprometimento, essa jornada pode levar à sobrecarga, onde o cuidado com os outros muitas vezes se sobrepõe ao cuidado consigo mesma.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio Contínua (Pnad Contínua) do IBGE em 2019 apontam que 54,1 milhões de brasileiros com 14 anos ou mais cuidavam de outros moradores da sua casa, ou de outros parentes — mas não se sabe ao certo quantos cuidam de duas gerações ao mesmo tempo. Gerenciar tarefas domésticas, cuidar dos filhos e enfrentar pressões sociais são apenas algumas das demandas que surgem diariamente. A nutricionista Vanessa Costa, especializada na saúde da mulher e criadora do método Reset, explica como essa sobrecarga pode se manifestar de várias formas, afetando não apenas a saúde física, mas também o bem-estar emocional e psicológico.

“A sobrecarga pode resultar em hábitos alimentares inadequados, falta de tempo para atividade física e aumento do estresse, o que, por sua vez, pode desencadear uma série de problemas de saúde. Desde distúrbios do sono até desequilíbrios hormonais e maior suscetibilidade a doenças crônicas como diabete e hipertensão, os impactos podem ser significativos e duradouros”, conta Costa.

O estresse é uma realidade inevitável na vida dessas mulheres, e seus efeitos podem ser profundos. Vanessa ressalta que, o estresse crônico pode desencadear uma série de problemas de saúde, incluindo pressão alta, problemas cardíacos e comprometimento do sistema imunológico. Além disso, está associado a uma maior incidência de doenças crônicas e distúrbios de humor, como ansiedade e depressão.

“Para lidar com o estresse, é essencial reservar um tempo para autocuidado, seja através da meditação, respiração profunda ou prática de ioga. Além disso, uma alimentação equilibrada, rica em frutas, vegetais e proteínas magras, é fundamental para sustentar a saúde mental e física”, aponta a nutricionista. Priorizar o autocuidado, buscar apoio adequado e adotar estratégias de gerenciamento do estresse são passos essenciais para garantir nosso bem-estar em todas as fases da vida. E não se pode esquecer da importância do acompanhamento médico para identificar e suprir as demandas nutricionais específicas de cada mulher.

Independentemente da idade, as mulheres enfrentam uma série de desafios ao conciliar carreira, família e suas próprias necessidades. Em meio a todas as demandas e responsabilidades, é importante lembrar como as mulheres merecem cuidar de si mesmas. E lembre-se, você não está sozinha nessa jornada.

 

Vanessa Costa - nutricionista especializada em Nutrição Estética e Saúde da Mulher, é a criadora do Método Reset. Além disso, desde os 21 anos é empreendedora e fundadora de uma federação esportiva. Diariamente, Vanessa compartilha em suas redes sociais estratégias, receitas e seu estilo de vida, inspirando mais de 80k mulheres a alcançarem a felicidade e recuperarem o controle de suas vidas.


Planos de saúde: o que saber para se proteger do descredenciamento?

Consultora explica quais situações de desligamento unilateral são legítimas ou não; dá dicas para leitura de contrato; e revela obrigações das operadoras

 

Casos recentes de desligamentos de usuários de planos de saúde por parte da operadora geraram alerta na população. Um assunto burocrático e repleto de letras pequenas que preocupa as pessoas sobre o risco de serem pegas de surpresa por um cancelamento de contrato. Pensando nisso, Elaine Souza de Oliveira, Consultora da Nova Assist, resume os principais pontos que o usuário de plano deve saber para se proteger. 

Para começar, Elaine explica que há dois tipos de planos de saúde atualmente: Os individuais e familiares (contratado por pessoa física individual, com ou sem dependentes) e os planos coletivos (empresas ou associações, em que o empregador ou associado contrata para si, funcionários e dependentes). "Os planos individuais ou familiares só poderão ser cancelados em casos de inadimplência ou fraude, conforme legislação vigente", adianta a consultora. 

Já os planos coletivos podem ser cancelados unilateralmente pela operadora, desde que as condições de rescisão constem em contrato de serviço da operadora. "Essas informações precisam estar bem claras, conforme Resolução 509 de 2022, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e cumprir os quesitos mínimos para o cancelamento: vigência mínima de 12 meses de contrato e aviso prévio de 60 dias", detalha Elaine.

 

Quando uma operadora pode cancelar o plano de alguém: 

Há uma variação conforme o modelo de contrato de cada empresa, mas, em linhas gerais, Elaine aponta como motivos legítimos: 

  • obtenção de ganho ilícito em casos de fraude utilizando-se de reembolso
  • utilização do plano com especificidade clínica não comprovada causando impacto e prejuízos a operadora
  • falsa informação de estado clínico
  • documentos irregulares ou informações falsas na contratação
  • utilização do plano por terceiros ou empréstimo de carteirinha
  • quebra de recibos ou notas fiscais 

"Nos casos de inadimplência, o usuário deverá estar há 60 dias corridos ou acumulados sem pagar a mensalidade, mas deverá ser notificado do cancelamento no 50 dia, gerando oportunidade de quitação ou formalização do cancelamento pela operadora", complementa Elaine, adicionando que a formalização ao consumidor pode ser por meio on-line, digital e pessoal, com devido comprovante de recebimento do comunicado.

 

Quando a operadora não pode descredenciar um cliente? 

A consultora da Nova Assist informa que a provedora não pode desligar um paciente que esteja num tratamento médico contínuo essencial para sua sobrevivência ou segurança física e/ou psíquica. "Mesmo em casos de cancelamento unilateral de um plano coletivo, a operadora deverá garantir a continuidade do tratamento até a alta, em respeito à Lei 9.656/98", informa. 

Ela ainda lista como condições abusivas de cancelamento: rescisão imotivada sem previsão contratual; cancelamentos sem conceder a migração para outro plano sem carência, ação que traga riscos ao consumidor em posição de vulnerabilidade (pessoas com quadros paliativos, idosos e deficientes).

 

O que se deve priorizar na leitura do contrato? 

"As cláusulas que envolvem as condições de utilização do plano e as que tratam das condições de cancelamento são as mais necessárias", abrevia Elaine. 

Ela cita a Resolução Normativa nº 509/2022 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que dispõe sobre a transparência das informações e obriga operadoras a oferecerem conteúdo mínimo obrigatório de informações. 

"Muitas pessoas acabam não se atentando ao fato de que a operadora pode cancelar o contrato unilateralmente e sem justificativa. Por isso é importante lembrar que toda informação que constar em contrato deverá ser apresentada de forma clara e objetiva para facilitar a compreensão do consumidor", orienta a especialista. 

Por fim, Elaine informa que a pessoa que se sentir lesada por um cancelamento injustificado deve procurar a ANS em seus canais digitais.


Dia das Mães: especialista do CEUB dá dicas para evitar transtornos nas compras online

Atrasos, defeitos e golpes também podem acontecer na web. Procedência, proteção e informação são ferramentas para compras seguras em datas comemorativas

 

Na hora de agradar as mães, está cada vez mais prático e seguro fazer compras online, com preços atrativos, frete grátis, compras internacionais ou conjuntas. Vale até “favoritar” o objeto de desejo e ser avisado na promoção. Com campanhas atrativas para atrair o consumidor a presentear as matriarcas da família, a data também deve ser lembrada pelos direitos desse consumidor. Especialista em Direito do Consumidor, o professor do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Nauê Bernardo esclarece dúvidas sobre entrega, trocas, devoluções e formas de pagamento pela internet.
 

Confira a entrevista, na íntegra:
 

Quais são os direitos do consumidor em compras realizadas pela internet e como eles se comparam aos direitos em compras nas lojas físicas?

NB: Os consumidores quando fazem compras pela internet têm exatamente os mesmos direitos daqueles que compram em lojas físicas, acrescido o fato de que é possível exercer o chamado direito ao arrependimento. Ou seja, caso o consumidor receba um produto e - no prazo de até sete dias - decida não mais ficar com ele ou precisar trocar por alguma razão, pode devolver o produto sem qualquer ônus. E, com isso, pedir outro produto ou a devolução integral do dinheiro sem custo adicional. 

De acordo com a Lei do E-commerce, também conhecida como Lei do Comércio Eletrônico ou Lei do Consumidor Online, Lei nº 12.965/2014, o consumidor tem o direito de receber informações precisas sobre produtos e serviços, bem como prazos de entrega, formas de pagamento e política de devolução, entre outras disposições.
 

Como os consumidores podem verificar a segurança de um site de compras online antes de realizar uma compra?

NB: Indico sempre pesquisar a procedência da loja online antes de efetuar qualquer compra. Ou então procurar em plataformas como “Reclame Aqui” ou outras que possam expor eventuais condutas boas e ruins desse estabelecimento. Essa precaução é muito importante porque gera uma camada a mais de segurança para o consumidor que opte por fazer a compra pela internet.
 

Como os consumidores podem agir em casos de produtos entregues com defeito ou que não correspondem ao que foi comprado, e quais são os prazos para reclamação e solução do problema?

NB: Caso o produto seja entregue com algum tipo de falha, avaria ou vício, o consumidor tem o prazo, no caso de produtos duráveis, de até 90 dias, para fazer a reclamação e pedir a substituição pelo mesmo produto, o abatimento proporcional devido ao vício ou fazer a devolução sem ônus. Neste prazo também é possível fazer uma reclamação judicial a respeito daquele defeito.
 

Qual é a responsabilidade das empresas em relação à entrega dos produtos comprados online e como os consumidores podem exigir seus direitos em caso de atrasos ou extravios? 

NB: Atrasos ou extravios configuram algum tipo de falha na prestação do serviço. Nesses casos, o consumidor pode exigir seja pelas esferas governamentais e administrativas, como o Procon- Proteção e Defesa do Consumidor, ou o próprio poder judiciário, a reparação por quaisquer danos que tenham sido provocados a partir desta falha na entrega. O Procon é o órgão público responsável por receber, avaliar e encaminhar denúncias de consumidores sobre problemas com empresas. Já o Juizado Especial Cível é o órgão do Poder Judiciário que trata de causas de menor complexidade e de menor valor financeiro



Itaú Unibanco compartilha estratégias e dicas para mitigar riscos online durante compras ou vendas para o Dia das Mães

 

Com uma taxa de detecção de 80% de tentativas de golpes e fraudes, banco consumidores e lojistas com o objetivo de aumentar a segurança das transações financeiras no período

 

O Dia das Mães é a segunda data do ano mais movimentada para o comércio online, ficando atrás apenas do Natal. Por isso, criminosos se aproveitam de eventual desatenção de consumidores e lojistas para cometer golpes e fraudes. 

De acordo com dados recentes do Serasa Experian, das quase 10 milhões de tentativas de fraude golpes registrados em 2023, mais de 4 milhões ocorreram em maio, o mês das Mães. Durante esse período, é comum que criminosos utilizem páginas falsas que simulam e-commerces, enviem promoções inexistentes por e-mails, SMS e mensagens de WhatsApp, e criem perfis falsos que investem em publicidade para aparecer em páginas de busca e stories de redes sociais. 

Diante dessa realidade, o Itaú Unibanco investiu, apenas em 2023, R$ 3,1 bilhões em negócios e tecnologia com o objetivo de promover a segurança e o bem-estar financeiro de seus clientes. 

Adriano Volpini, diretor de Segurança Corporativa do Itaú Unibanco, destaca que a segurança é uma das prioridades da instituição. "Todos os anos, trabalhamos para melhorar e atualizar nossas medidas de segurança, com o objetivo de identificar e implementar ações preventivas eficazes contra os riscos", comenta o executivo. O banco emprega atualmente 600 modelos de Inteligência Artificial, contribuindo para uma redução de 98% nos incidentes de alto impacto para o cliente desde 2018. 

"Com uma equipe de mais de 1000 profissionais e uma abordagem multifacetada que inclui inteligência artificial, análise de dados avançada e monitoramento em tempo real, o banco está preparado para enfrentar os desafios crescentes no campo da prevenção a fraudes e proteger os interesses financeiros de nossos clientes", reforça Volpini. 

No entanto, Volpini ressalta que é importante que os clientes também estejam atentos. "Temos um protocolo de segurança robusto, mas é uma via de mão dupla. É necessário sempre estar alerta para não cair em golpes. Por isso, preparamos algumas dicas especiais para nossos clientes, que também são úteis para a sociedade em geral". 

Para garantir compras ou vendas seguras durante este período festivo, o Itaú Unibanco oferece algumas dicas importantes. Veja abaixo:

 

Dicas para empresas:

  1. Habilitação Indevida:
  • Analise minuciosamente as solicitações de habilitação de iToken na conta da empresa antes de aprová-las
  • Não escaneie QR Codes a pedido de supostos funcionários do banco
  • Não compartilhe senhas ou códigos em ligações e não acesse links desconhecidos
  1. Acesso Remoto Indevido:
  • Nunca baixe aplicativos ou execute programas durante ligações ou mensagens
  • Acesse a conta apenas pelos canais oficiais do banco e não clique em links recebidos em ligações ou mensagens
  • Não forneça senhas ou códigos em ligações ou mensagens recebidas

 

  1. Fornecimento de Senha, Código, iToken ou QR Code:
  • Não forneça informações solicitadas por telefone ou mensagens, especialmente senhas ou códigos
  • Sempre verifique os detalhes das transações financeiras antes de prosseguir
  • Confirme se os boletos emitidos começam com o código 341 e contêm a marca do Itaú
     
  1. Orientações/Movimentações a Pedido de Estranhos:
  • Não realize movimentações ou acesse a conta a pedido de terceiros, principalmente após receber ligações ou mensagens suspeitas
  • O banco nunca solicita acesso à conta ou realização de procedimentos por telefone
     
  1. Mensagem Falsa (Phishing):
  • Utilize apenas os canais oficiais do banco e evite clicar em links de mensagens suspeitas
  • Não divulgue informações confidenciais após clicar em links recebidos
  • Instale o Guardião 30 horas para reforçar a segurança em transações na internet
     
  1. Roubo de Celular:
  • Apague remotamente os dados do celular em caso de roubo e solicite o bloqueio da linha e do IMEI do aparelho
  • Ative recursos de segurança, como bloqueio de tela e senha no chip SIM
     
  1. Vírus e Malware:
  • Mantenha sistemas e softwares atualizados e evite acessar links suspeitos
  • Acesse a conta apenas pelos canais oficiais do banco e evite baixar aplicativos de fontes não confiáveis.


Dicas para consumidores: 

Compras Online:

  • Utilize o cartão virtual e ative o bloqueio do cartão físico para compras online por meio do aplicativo
  • Ao pagar boletos, verifique se o nome e o CPF ou CNPJ do destinatário correspondem à pessoa ou empresa correta, inclusive para boletos pagos via débito automático
  • Não clique em links de ofertas com descontos exagerados recebidos por e-mail, SMS, redes sociais ou WhatsApp
  • Para conferir uma promoção, utilize o aplicativo oficial da loja baixado da loja oficial, ou digite o endereço diretamente no navegador e procure o produto na busca da loja
  • Antes de efetuar compras em lojas desconhecidas, verifique a autenticidade do site e a reputação da loja


Compras Presenciais:

  • Ao realizar compras presenciais, sempre verifique se o valor está correto antes de digitar a senha
  • Evite inserir a senha em máquinas que pareçam ter defeito ou não mostrem o valor. Além disso, ao digitar a senha, evite que outras pessoas a vejam
  • Prefira passar você mesmo o cartão nas maquininhas. Após o pagamento, confira sempre se o cartão devolvido tem seu nome escrito nele

Opte por pagar por aproximação ou utilizar carteiras digitais para evitar entregar seu cartão a terceiros e evitar possíveis trocas sem seu conhecimento

Conheça as medidas adotadas para apoiar os empreendedores gaúchos que enfrentam a tragédia das enchentes

A estimativa preliminar é que pelo menos 700 mil pequenos negócios tenham sido afetados até o momento


Uma série de ações têm sido anunciadas nos últimos dias para apoiar os empresários gaúchos diante das enchentes que atingem 414 cidades do Rio Grande do Sul. Nesta quinta-feira (9), o governo federal informou que novas iniciativas serão implementadas para impulsionar o consumo e o crédito no estado, como a antecipação de pagamentos do Bolsa Família, do auxílio gás e da restituição do imposto de renda para a população local.

Já para os donos dos pequenos negócios, foram feitos o aporte de recursos para impulsionar o crédito, a prorrogação do prazo para recolhimento de impostos federais e a ampliação do acesso a empréstimos em bancos públicos. O Sebrae é parceiro dos governos federal e estadual nas ações para reerguer o setor no estado.

"As medidas do governo federal nas quais estamos participando, sobretudo no alcance daquilo que representamos, que são os pequenos negócios, são fundamentais para este momento da tragédia que estamos acompanhando no estado do Rio Grande do Sul. Podem ter certeza de que a responsabilidade daquilo que cabe a nós, do Sebrae, e ao presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin está em perfeita sinergia", destaca o presidente do Sebrae, Décio Lima.

O presidente do Sebrae destacou ainda que as ações estão à altura daquilo que o Brasil pode fazer para abraçar o povo do Rio Grande do Sul neste momento tão difícil. "É importante dizer que vocês não estão sozinhos. O Brasil está dando a sua contribuição e abraçando todos vocês para rapidamente voltarmos à normalidade", completou Décio Lima.


Confira as principais ações para empreendedores:

1) Crédito: aporte de R$ 4,5 bilhões em recursos do Fundo Garantidor de Operações para permitir a liberação de R$ 30 bilhões em crédito a micro e pequenas empresas;

2) Desconto para empréstimos: liberação de R$ 1 bilhão para concessão de descontos em juros de empréstimos feitos via Pronampe;

3) Crédito: aporte de R$ 500 milhões no Fundo Garantidor de Investimentos (FGI) para conceder crédito de até R$ 5 bilhões a empresas, por meio do Programa Emergencial de Acesso ao Crédito;

4) Receita Federal: prorrogação, por no mínimo três meses, do prazo de recolhimento de impostos federais e do Simples Nacional;

5) Imposto de Renda: prorrogado até 31 de agosto.

6) Certidão Negativa: dispensa para concessão de empréstimos em bancos públicos;

7) Crédito do Sebrae: prioridade para atender os empreendedores gaúchos. São R$ 2 bilhões no fundo, o que possibilitará R$ 30 bilhões em empréstimos;

8) Levantamento: diagnóstico sobre o impacto das enchentes nos pequenos negócios locais.

9) Suspensão no pagamento de dívidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

10) R$ 50,9 bilhões para auxiliar famílias, trabalhadores rurais, empresas e municípios no Rio Grande do Sul – as medidas acima citadas já integram esse montante e se somam à restituição do IR, abono salarial, FGTS, entre outros.

 

Eleições 2024: Escola de Mulheres faz terceira aula para pré-candidatas com o tema comunicação

 Uma boa comunicação é o coração de uma campanha política. E pode garantir a confiança do eleitor. Mas também é um desafio para quem está chegando agora nas disputas eleitorais. Para dar uma forcinha às pré-candidatas, a Escola de Mulheres oferece aula gratuita e on-line sobre Comunicação e Comunicabilidade.  

Duas especialistas convidadas vão tratar sobre o tema e tirar dúvidas ao vivo. As inscrições estão abertas e devem ser feitas até o dia 14 de maio. Quem já participou das aulas anteriores não precisa se inscrever novamente. 

 

>>> Inscreva-se aqui: https://forms.gle/mjGDB6hcFbpHzkYh9

 

Uma das convidadas é Dani Braga, estrategista política e digital. Tem experiência em campanhas e hoje atua como consultora. Já Carol Poerner é especialista em marketing digital, com atuação em política e assessoria parlamentar. Tem expertise em marketing político, estratégia e conteúdo para as redes sociais. 

 

Idealizadora da Escola de Mulheres, a deputada Luciane Carminatti (PT) destaca a importância de apoiar e qualificar as candidatas. “Já fui vereadora e agora deputada pelo quarto mandato. Sei a dificuldade que uma mulher enfrenta numa disputa eleitoral. Por isso, precisamos compartilhar conhecimento, trocar experiências e incentivar mais candidaturas de mulheres”, explica. 

O curso abrange tópicos como: os desafios de ser candidata, campanhas de baixo custo, temas estratégicos e comunicação. Em cada aula, as convidadas compartilham experiências de forma simples e acessível. As aulas anteriores já estão disponíveis no site: https://escolademulheres.lucianecarminatti.com.br/

 

“É uma oportunidade única para garantir formação política gratuita e de qualidade. E, o principal, que isso possa gerar resultado nas urnas, com a eleição de mais vereadoras e mais prefeitas em Santa Catarina”, defende Luciane. 

 

Serviço

O quê: Aula Comunicação e Comunicabilidade

Quando: Terça-feira, 14 de maio

Horário: 19h30

Valor: gratuito

Quem pode participar: pré-candidatas e mulheres interessadas nas eleições de 2024

 

Desafios do gerenciamento de riscos logísticos no Brasil

IMAGEM: Toni Pires
Folha Imagem

O Brasil, um gigante econômico e territorial, enfrenta desafios significativos no gerenciamento eficaz do transporte de cargas. Por isso, é essencial compreender os obstáculos que permeiam esse setor crucial da economia brasileira. Apresento aqui os cinco principais desafios do gerenciamento de riscos logísticos no nosso país.


  1. Infraestrutura deficiente

A infraestrutura precária de algumas regiões do Brasil é um dos principais obstáculos para o transporte de cargas. Estradas mal conservadas, portos congestionados e aeroportos saturados resultam em atrasos, danos às mercadorias e custos adicionais. Segundo o Relatório de Competitividade Global 2021 do Fórum Econômico Mundial, o Brasil ficou em 96.º lugar em qualidade de infraestrutura entre 141 países avaliados.


  1. Criminalidade e roubo de cargas

O Brasil ainda enfrenta altos índices de criminalidade, incluindo o roubo de cargas. De acordo com a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), o país registrou mais de 22 mil casos de roubo de carga em 2022, acarretando perdas estimadas em R$ 1,2 bilhão. Este cenário representa um risco significativo para as operações logísticas e exige medidas preventivas, além de soluções eficazes de gerenciamento de riscos.


  1. Complexidade tributária e regulatória

O ambiente tributário e regulatório no Brasil adiciona uma camada adicional de desafio ao transporte de cargas. Diferenças nos regimes tributários estaduais, impostos sobre circulação de mercadorias e exigências burocráticas aumentam os custos operacionais e a complexidade logística. No relatório "Doing Business 2020" do Banco Mundial, o Brasil ocupava a 124.ª posição em facilidade de fazer negócios, refletindo as dificuldades enfrentadas pelas empresas no ambiente regulatório.


  1. Falta de rastreabilidade

A rastreabilidade ao longo da cadeia de suprimentos é outro desafio significativo. Sem sistemas eficazes de monitoramento e rastreamento, as empresas têm  dificuldades em identificar e mitigar riscos em tempo real, o que aumenta sua vulnerabilidade a perdas e danos. Portanto, investimentos em tecnologias de rastreamento e monitoramento são essenciais para preencher essas lacunas.


  1. Condições climáticas e geográficas

O Brasil é um país vasto, com uma variedade de condições climáticas e geográficas que podem impactar o transporte de cargas. Desde regiões sujeitas a enchentes e deslizamentos de terra até áreas remotas de difícil acesso, as empresas enfrentam desafios na entrega eficaz e segura das mercadorias. As estratégias de planejamento e mitigação de riscos devem considerar estes fatores, incluindo o controle de temperatura das cargas refrigeradas, por exemplo.

Para enfrentar os desafios do gerenciamento de riscos logísticos no Brasil, é fundamental investir em soluções de ponta oferecidas por empresas especializadas em logística e gerenciamento de riscos. Tecnologias como Internet das Coisas (IoT), análise de dados avançada e inteligência artificial podem proporcionar visibilidade em tempo real, identificar padrões de risco e facilitar a tomada de decisões estruturadas. Além disso, parcerias estratégicas com provedores de serviços logísticos confiáveis e experientes podem auxiliar as empresas a superar os desafios operacionais e minimizar os riscos associados ao transporte de cargas.

Ao reconhecer e abordar os principais desafios do gerenciamento de riscos logísticos no Brasil, as empresas podem fortalecer suas operações, melhorar a eficiência e garantir a entrega segura e pontual de mercadorias em um ambiente complexo e dinâmico.

 

Marcio Lira - fundador e CEO da Angel Lira, empresa de tecnologia para logística e gerenciamento de riscos.


Desafios do gerenciamento de riscos logísticos no Brasil

Opinião 


O Brasil, um gigante econômico e territorial, enfrenta desafios significativos no gerenciamento eficaz do transporte de cargas. Por isso, é essencial compreender os obstáculos que permeiam esse setor crucial da economia brasileira. Apresento aqui os cinco principais desafios do gerenciamento de riscos logísticos no nosso país.


  1. Infraestrutura deficiente

A infraestrutura precária de algumas regiões do Brasil é um dos principais obstáculos para o transporte de cargas. Estradas mal conservadas, portos congestionados e aeroportos saturados resultam em atrasos, danos às mercadorias e custos adicionais. Segundo o Relatório de Competitividade Global 2021 do Fórum Econômico Mundial, o Brasil ficou em 96.º lugar em qualidade de infraestrutura entre 141 países avaliados.


  1. Criminalidade e roubo de cargas

O Brasil ainda enfrenta altos índices de criminalidade, incluindo o roubo de cargas. De acordo com a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), o país registrou mais de 22 mil casos de roubo de carga em 2022, acarretando perdas estimadas em R$ 1,2 bilhão. Este cenário representa um risco significativo para as operações logísticas e exige medidas preventivas, além de soluções eficazes de gerenciamento de riscos.


  1. Complexidade tributária e regulatória

O ambiente tributário e regulatório no Brasil adiciona uma camada adicional de desafio ao transporte de cargas. Diferenças nos regimes tributários estaduais, impostos sobre circulação de mercadorias e exigências burocráticas aumentam os custos operacionais e a complexidade logística. No relatório "Doing Business 2020" do Banco Mundial, o Brasil ocupava a 124.ª posição em facilidade de fazer negócios, refletindo as dificuldades enfrentadas pelas empresas no ambiente regulatório.


  1. Falta de rastreabilidade

A rastreabilidade ao longo da cadeia de suprimentos é outro desafio significativo. Sem sistemas eficazes de monitoramento e rastreamento, as empresas têm  dificuldades em identificar e mitigar riscos em tempo real, o que aumenta sua vulnerabilidade a perdas e danos. Portanto, investimentos em tecnologias de rastreamento e monitoramento são essenciais para preencher essas lacunas.


  1. Condições climáticas e geográficas

O Brasil é um país vasto, com uma variedade de condições climáticas e geográficas que podem impactar o transporte de cargas. Desde regiões sujeitas a enchentes e deslizamentos de terra até áreas remotas de difícil acesso, as empresas enfrentam desafios na entrega eficaz e segura das mercadorias. As estratégias de planejamento e mitigação de riscos devem considerar estes fatores, incluindo o controle de temperatura das cargas refrigeradas, por exemplo.

Para enfrentar os desafios do gerenciamento de riscos logísticos no Brasil, é fundamental investir em soluções de ponta oferecidas por empresas especializadas em logística e gerenciamento de riscos. Tecnologias como Internet das Coisas (IoT), análise de dados avançada e inteligência artificial podem proporcionar visibilidade em tempo real, identificar padrões de risco e facilitar a tomada de decisões estruturadas. Além disso, parcerias estratégicas com provedores de serviços logísticos confiáveis e experientes podem auxiliar as empresas a superar os desafios operacionais e minimizar os riscos associados ao transporte de cargas.

Ao reconhecer e abordar os principais desafios do gerenciamento de riscos logísticos no Brasil, as empresas podem fortalecer suas operações, melhorar a eficiência e garantir a entrega segura e pontual de mercadorias em um ambiente complexo e dinâmico.

 

Marcio Lira - fundador e CEO da Angel Lira, empresa de tecnologia para logística e gerenciamento de riscos.

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