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domingo, 10 de março de 2024

Depressão Sazonal: por que seus hormônios podem afetar diretamente a sua saúde mental?

 

Dra Marcela Rassi, médica endocrinologista, explica a relação entre hormônios e saúde mental


Com a proximidade do outono e inverno, estações em que muitas regiões do Brasil são mais cinzentas e com poucos dias de sol e céu azul, observa-se entre algumas pessoas um fenômeno chamado “Depressão Sazonal”. O diagnóstico é relativamente comum entre maio e agosto e, ao contrário do que muitos imaginam, tem também relação com a produção hormonal.

Dra Marcela Rassi, médica endocrinologista e certificada internacionalmente em Medicina do Estilo de Vida, explica essa relação: “A depressão sazonal é um diagnóstico marcado por quadros de irritabilidade, desânimo e sensação de ‘vazio’. Entre os sintomas estão mudanças na higiene do sono, indisposição para começar o dia, descontrole na alimentação - o que pode acarretar em ganho de peso e até mesmo redução na libido. As causas são diversas e entre elas está o fator hormonal”, comenta a médica. 

Nossa saúde mental é, também, controlada por nossos hormônios e nas estações mais frias do ano, há uma queda na produção de dois hormônios importantes relacionados ao bem-estar mental: a serotonina e a melatonina. Uma das explicações para a queda da produção de serotonina está na baixa de Vitamina D, cuja fonte direta é a exposição solar. Dias cinzas deixam desfavoráveis a produção dessa vitamina que, por sua vez, reflete na diminuição da serotonina, contribuindo para a sensação de “tristeza”. “A vitamina D durante o outono e o inverno pede atenção especial. É interessante que o paciente, a partir da metade do outono faça um controle da vitamina D e, somente caso o médico avalie necessário, suplemente esse nutriente para que o paciente não sinta mudanças de humor ou comportamentais”, explica Dra Marcela.

Outro hormônio importante é a melatonina, que está diretamente relacionada ao nosso ciclo circadiano, ou seja, o comportamento de nosso organismo ao longo de 24 horas. É a melatonina que ajuda o corpo a “desligar” ao final de um dia - quando sua produção aumenta - e o que nos ajuda a acordar, com a diminuição de sua produção pelo organismo. Dias com menos exposição à luz solar podem “bagunçar” o nosso ciclo circadiano, impactando na produção da melatonina. “A produção desregrada da melatonina faz com que a pessoa se sinta mais cansada e indisposta, o que contribui também para o desenvolvimento e o agravamento da depressão sazonal”, diz Dra Marcela.

A médica faz dois alertas importantes: “Nem toda pessoa passará pelo quadro da depressão sazonal, já que existem fatores de risco - predisposição genética e diagnósticos psiquiátricos anteriores são dois bem importantes. Isso significa que muitas vezes a pessoa deve buscar a ajuda de um médico psiquiatra, que avaliará o caso e indicará o melhor tratamento. O segundo alerta é sobre a suplementação: existem alguns casos em que apenas a melhora na alimentação já ajuda o paciente a elevar a produção e consumo nutricional, sem a necessidade de suplementações. Para isso, buscar um endocrinologista é fundamental. Apenas o endócrino poderá avaliar os níveis dos hormônios que atuam na saúde mental do paciente e, com base nos resultados, indicar o tratamento adequado. Jamais faça uso de suplementos vitamínicos sem indicação médica porque, acredite, excesso de vitamina também pode levar a pessoa ao desenvolvimento de doenças”, finaliza Marcela.

 

Dra Marcela Rassi - formada em Medicina pela Universidade Federal de Goiás. Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Universidade de São Paulo (USP) Doutora em Endocrinologia pela mesma universidade - e com passagem pelo National Institute of Health (Estados Unidos), Dra Marcela certificou-se internacionalmente em Medicina do Estilo de Vida pelo International Board of Lifestyle Medicine, a instituição mais renomada mundialmente neste tema. Membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, do American College of Lifestyle Medicine e do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida, Dra Marcela é também professora da Pós Graduação em Endocrinologia da Sanar e Afya-IPEMED. Além disso, é presença constante em eventos de sua área, tanto como palestrante como participante, mantendo-se sempre atualizada no que há de mais moderno na Medicina do Emagrecimento, do Estilo de Vida e do estudo hormonal.


E o Oscar de 2024 vai para... Infidelidade?

 

Estudo do Ashley Madison indica que a representação da infidelidade na cultura pop tornou-se menos condenatória


Os filmes indicados ao Oscar deste ano têm mais em comum do que uma produção de alta qualidade, tramas emocionantes e atuações excepcionais. O caso amoroso intenso de Oppenheimer com a psiquiatra Jean Tatlock (Oppenheimer), a traição emocional de Nora com o crush de infância Hae Sung (Vidas Passadas) e a libertação sexual de Bella Baxter (Pobres Criaturas) indicam que a infidelidade em todas as suas formas foi um tema recorrente em muitos dos principais filmes deste ano. 

A infidelidade tem sido uma parte significativa da cultura pop ao longo da história. Para entender melhor como a posição do público em relação a esse tema antigo está mudando, o Ashley Madison, o principal site de relacionamentos extraconjugais do mundo¹, conduziu uma pesquisa na população geral americana via YouGov² e descobriu que 35% dos entrevistados afirmam que a representação da infidelidade na cultura pop é menos condenatória agora do que já foi historicamente.

Essa mudança pode estar relacionada ao fato de que 27% dos entrevistados afirmam que há uma variedade maior de perspectivas sobre a infidelidade mostrada na cultura pop atual. No entanto, apenas 15% dos entrevistados dizem que a representação de Hollywood da infidelidade em filmes e televisão afetou positivamente suas perspectivas sobre se ter um affair. 

Isso indica que, embora tenham sido feitos progressos para humanizar a infidelidade na mídia mainstream, ainda há mais oportunidades para retratar com precisão toda a complexidade que existe dentro dela. Quanto à vida real das celebridades de Hollywood, a traição continua chamando a atenção. 

Embora o público esteja se tornando mais avançado em sua avaliação de traições e casos, a mídia continua a sensacionalizar estereótipos antigos, o que explica fenômenos amplamente divulgados como o caso 'Scandoval', que ocorreu entre os co-protagonistas de Vanderpump Rules, Tom Sandoval, Rachel Leviss e Ariana Madix. 

De acordo com os americanos, 22% dos entrevistados dizem que os famosos que traem seus parceiros são condenados de maneira muito severa (28% dos homens em comparação com 17% das entrevistadas do sexo feminino). Quando questionados se celebridades masculinas e femininas são julgadas de maneira diferente, 34% dizem que as mulheres são julgadas com mais rigor, enquanto curiosamente, 12% disseram que as celebridades masculinas são tratadas com mais rigor. 

Já 47% concordam que só viram celebridades retratando a infidelidade como prejudicial aos seus relacionamentos. Não é comum ver celebridades aceitando a situação como uma oportunidade para superar e recomeçar. No entanto, de acordo com uma pesquisa anterior com membros do Ashley Madison³ sobre os benefícios da traição, 63% de seus membros disseram que a infidelidade teve um efeito geral positivo em suas vidas, especialmente em suas vidas sexuais. 

Para os membros do Ashley Madison de ambos os sexos, o principal benefício de ter um caso é a liberação de energia sexual e a redução da tensão. "Muitos casais descobrem que a infidelidade não precisa significar 'terminar', mas pode significar 'acordar'", diz a Dra. Tammy Nelson, autora de Open Monogamy. "Quando melhoramos nossas habilidades de autoconsciência, insight e comunicação, uma nova visão de relacionamento pode levar a ainda mais intimidade e confiança. Mas não vemos muitos exemplos saudáveis disso em filmes ou TV. Embora isso esteja mudando lentamente à medida que os papéis das mulheres em relação ao seu próprio prazer sexual são menos demonizados, precisamos de mais informação para mostrar que os casais podem se recuperar e florescer após uma grande dor ou lesão emocional", completa. 

Quando perguntados se a infidelidade afetaria negativamente sua impressão de uma celebridade, 46% dos americanos disseram não (33% indicaram que era porque a vida pessoal da celebridade não afeta sua opinião sobre ela como celebridade e 13% disseram apenas se a celebridade mostrasse remorso por suas ações). Além disso, 42% dos entrevistados disseram que não formariam uma opinião negativa sobre uma celebridade que escolhesse ficar com um parceiro que já os traiu no passado, porque novamente, a vida pessoal deles não afeta sua opinião sobre eles como celebridade.

Esses resultados indicam que o discurso público está lentamente se afastando da condenação pública e da fixação pela vergonha, abrindo espaço para que as pessoas façam suas próprias escolhas e erros sem interferência. Curiosamente, 14% das mulheres em comparação com 25% dos homens percebem ficar com um parceiro infiel como uma fraqueza, perdendo o respeito pela celebridade como resultado. Isso destaca a pressão que a sociedade ainda coloca sobre as mulheres para permanecerem em um relacionamento, e um estereótipo de que os homens são considerados fracos se ficarem com uma parceira que os trai. 

E embora alguns possam discordar, a cultura pop tem influência, já que 33% dos americanos dizem que estão mais inclinados a superar a infidelidade e reparar um relacionamento se sua celebridade favorita tiver feito o mesmo. As mulheres tendem a ser menos influenciadas (26%), enquanto os homens são mais propensos a imitar o comportamento (40%). 

A programação do Oscar deste ano sugere que a representação da infidelidade está evoluindo na cultura pop e o sentimento público pode estar mudando como resultado. No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer quando se trata de entender as nuances da infidelidade e representá-las com precisão na tela grande.

  


¹Com base no número de inscrições no Ashley Madison desde 2002.

²Tamanho total da amostra foi de 1.090 adultos americanos. O trabalho de campo foi realizado entre 5 e 6 de dezembro de 2023. A pesquisa foi conduzida online. Os números foram ponderados e representam todos os adultos dos EUA (com idade igual ou superior a 18 anos).

³Com base em uma pesquisa com 1.230 membros do Ashley Madison entre 7 e 17 de julho de 2019.


Dia Nacional de Combate ao Sedentarismo: 7 motivos para engrenar de vez nos exercícios

 

Foto: Divulgação/Herbalife

Você precisa de bons motivos para levar a atividade física a sério?

Confira aqui vários benefícios respaldados na ciência!


No dia 10 de março, celebramos o Dia Nacional de Combate ao Sedentarismo, uma data que nos convida a refletir sobre a importância da atividade física na nossa saúde e bem-estar. Em um mundo cada vez mais dominado pela tecnologia, que acaba nos deixando menos ativos, é crucial conhecer os benefícios de adotar um estilo de vida mais ativo. 

De acordo com a vice-presidente global de Desempenho Esportivo e Educação Física da Herbalife, Samantha Clayton, o sedentarismo é um dos principais fatores de risco para uma série de doenças crônicas, como obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e até mesmo alguns tipos de câncer. Além disso, pode levar a problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão. No entanto, os benefícios de uma vida ativa vão muito além da prevenção de doenças. Confira:
 

Melhora o bem-estar psicológico

Os exercícios físicos não apenas fortalecem o corpo, mas também têm um impacto positivo no bem-estar mental. “A prática regular de atividades físicas desencadeia a liberação de hormônios como serotonina e endorfina, conhecidos por promoverem sensações de felicidade e relaxamento”, comenta Clayton.

Um estudo publicado na Lancet Psychiatry revelou que pessoas que se exercitam regularmente têm menos dias ruins relacionados à saúde mental do que aquelas que não se exercitam. Segundo a análise, as maiores associações foram observadas com os esportes coletivos populares, ciclismo e atividades aeróbicas e de ginástica, bem como durações de 45 minutos e frequências de três a cinco vezes por semana.

 

Aumenta a longevidade

A adoção de uma rotina de exercícios está associada a uma vida mais longa e saudável, de acordo com pesquisadores da Harvard T.H. Chan School of Public Health. Ao analisar dados de mortalidade de mais de 100.000 adultos registrados durante 30 anos de registros médicos, os estudiosos identificaram que a prática regular de exercícios moderados pode aumentar a expectativa de vida em até 4,5 anos. "Investir em um estilo de vida ativo é garantir um futuro mais longo, com energia e independência para realizar as atividades do dia a dia", coloca Clayton.
 

Estimula o cérebro

A atividade física também é capaz de aumentar a neuroplasticidade, a capacidade do cérebro de formar novas conexões neurais. Análises da University of British Columbia mostraram que os exercícios aeróbicos regulares estão associados ao aumento do tamanho do hipocampo, região do cérebro relacionada à memória e ao aprendizado. “Portanto, a atividade física regular não só fortalece os músculos, mas também o cérebro, contribuindo para uma mente mais ágil e focada”, explica Clayton.
 

Faz bem para a saúde do coração

A American Heart Association reforça que a atividade física é vital para a saúde cardiovascular e recomenda exercícios regulares como uma maneira eficaz de prevenir doenças cardíacas e manter a saúde do órgão mais importante do ser humano.
 

Ajuda a fortalecer os ossos

Os exercícios de resistência, como a musculação e o treinamento com pesos, são essenciais para fortalecer os ossos e prevenir condições como a osteoporose, ao aumentar significativamente a densidade mineral óssea. Isso é o que mostra o estudo publicado no Journal of Bone and Mineral Research.
 

Contribui para o controle do peso

Estudo publicado pelo National Institutes of Health (NIH) mostra que a combinação de dieta equilibrada e exercícios físicos é mais eficaz na perda de peso do que apenas fazer dieta. "Os exercícios não apenas queimam calorias, mas também aceleram o metabolismo, tornando mais fácil manter um peso saudável a longo prazo", explica a especialista.
 

Melhora a qualidade do sono

Dormir bem é crucial para ter uma boa saúde física e mental. Portanto, se você está cm problemas para ter uma boa noite de sono, saiba que análises da National Sleep Foundation indicaram que 150 minutos de atividade física moderada a vigorosa por semana resultam em uma melhora de 65% na qualidade do sono. "O exercício regular pode ser a chave para ajudar você a ter um sono reparador." 

Lembre-se de que não é necessário se tornar um atleta de elite para colher os benefícios da atividade física. O importante é encontrar algo que você goste e que se encaixe na sua vida. Seja consistente e faça do movimento uma parte natural do seu dia a dia.

 

Samantha Clayton - vice-presidente global de desempenho esportivo e educação física da Herbalife, responsável por todas as atividades relacionadas a exercícios para distribuidores independentes e colaboradores da Herbalife. Por meio de treinamentos presenciais, ferramentas, materiais educativos e de seu blog (DiscoverGoodFitness.com), ela garante que todos entendam a importância do exercício para compor uma vida ativa e saudável. Também ajuda a criar, organizar e promover atividades e programas de educação física como parte essencial do programa de bem-estar corporativo da empresa. Samantha foi atleta profissional, representando a Grã-Bretanha nas Olimpíadas de Sydney em 2000 na corrida de revezamento de 200m e 4x100m. É personal trainer com certificações em condicionamento físico em grupo, condicionamento juvenil, condicionamento físico para terceira idade e alto rendimento. Samantha também é responsável por atividades relacionadas ao exercício e educação para Consultores Independentes e colaboradores da Herbalife Nutrition.


Depender dos outros provoca mais medo que morrer, segundo pesquisa

Freepik
Para adiar ou mesmo evitar a dependência de terceiros, o influenciador e professor de educação física Aurélio Alfieri recomenda investir no autocuidado


Tornar-se incapacitado física ou mentalmente e ter que depender da ajuda de terceiros é um dos maiores medos do ser humano à medida em que vai envelhecendo. A constatação é resultado de uma enquete lançada nas redes sociais pelo profissional de educação física e influenciador Aurélio Alfieri, autor do livro “Manual Prático para Ser Jovem por Mais Tempo: A Roda da Juventude” e responsável pelo aplicativo “Saúde Diária”, que disponibiliza sequências de exercícios rápidos, fáceis e seguros voltados principalmente a mulheres com mais de 50 anos. 

Em seu canal, Aurélio lançou a pergunta “Qual o seu maior medo?”. As opções de resposta eram: “depender dos outros”, “morrer cedo” e “ficar acima do peso”. Como resultado, 83% das cerca de 28 mil pessoas respondentes marcaram a primeira opção, contra 9% dos que disseram temer a morte precoce e 8% dos que se preocupam em desenvolver sobrepeso.

Segundo a psicóloga Maria Rafart, é normal que, com o avançar da idade, as pessoas passem a refletir mais sobre a própria finitude. Embora negar o envelhecimento também seja uma prática comum, dores e limitações impostas ao organismo pela passagem do tempo obrigam homens e mulheres a se depararem com a realidade. “Todos nós tivemos um familiar que ficou dependente de cuidados. Começamos a temer que o mesmo possa acontecer conosco quando passamos a enfrentar limitações. Na minha prática com pacientes, vejo que a tomada de consciência sobre a própria saúde vem muitas vezes depois de um grande susto, como o aparecimento de uma doença cardíaca ou de uma complicação crônica”.

Para combater o medo e principalmente evitar que ele se torne realidade, a melhor solução é o autocuidado. Este começa de dentro para fora, por meio da conscientização sobre a importância de manter a saúde em dia, principalmente através da alimentação equilibrada e prática rotineira de exercícios físicos. “São inúmeros os casos que testemunho de pessoas que não conseguem se manter suficientemente engajadas em uma rotina saudável. Isso acontece quando os bons hábitos são encarados como sugestões externas, não tendo sido internalizados. O mundo do exercício, por exemplo, parece muito distante para quem não se sente à vontade numa academia. Porém, passada a barreira inicial, a pessoa começa a valorizar pequenos ganhos e se torna persistente”, afirma a psicóloga.

Embora a prática de exercícios seja essencial para manter a disposição e a força independentemente da idade, muitas pesquisas indicam que, a partir dos 45 anos, o sedentarismo pode levar ao envelhecimento precoce. De acordo com Aurélio, um indivíduo sedentário desta idade pode ter a condição física comparável a de alguém com 75 anos que se exercita regularmente. Além disso, a falta de movimento está fortemente associada a uma série de doenças não transmissíveis capazes de gerar limitações graves ou mesmo a morte precoce decorrente de acidente vascular cerebral, infarto e diabetes, por exemplo. 

“As transformações que os exercícios físicos promovem são notáveis. Alongamento, fortalecimento e atividades cardiovasculares não só melhoram a disposição e diminuem as dores, mas têm um impacto positivo na postura e na autoestima. As práticas contribuem para uma maior felicidade e alegria no dia a dia, criando uma 'reserva de saúde' que ajuda a manter nossa autonomia”, diz o profissional. “No meu trabalho com mulheres acima dos 50 anos, noto que, embora muitas comecem a se exercitar por questões estéticas, rapidamente percebem os benefícios dos exercícios para a saúde e o bem-estar geral. A conquista de resultados positivos em exames de saúde torna-se uma motivação poderosa para continuar”.

Para quem tem mais de 50 anos, a plataforma "Saúde Diária" recomenda exercícios que sejam rápidos, fáceis e sem impacto, evitando sobrecarga nas articulações. Exemplos incluem aulas com bastão, caminhada em casa e treinos com peso. Ao vivo ou gravadas, elas têm duração média de trinta minutos e são tidas como seguras, eficientes e divertidas. A frequência ideal varia de acordo com o indivíduo, mas a plataforma sugere que, com apenas dez minutos de prática por dia, já é possível obter resultados significativos. 

“Ações como sentar e levantar da cadeira, agachamentos, exercícios abdominais em pé e atividades semelhantes às aulas de ginástica (sem impacto) são perfeitos para aumentar o metabolismo, fortalecer os músculos e melhorar a saúde geral”, comenta Aurélio. “Coisas simples e sem custos podem ter grandes impactos na nossa saúde e aumentar significativamente a expectativa e a qualidade de vida de uma pessoa”. 

  

Aurélio Alfieri - profissional de educação física e autor do livro Manual Prático para ser Jovem por Mais Tempo – A Roda da Juventude (Ed. Appris), que configurou entre os mais vendidos da Amazon em 2022. Possui especialização em Psicologia Corporal e já ministrou mais de 50 cursos e palestras no Brasil e no exterior. Desde 2016, produz vídeos semanais em seu canal no YouTube, que conquistou mais de 2,3 milhões de inscritos, com treinos para o público com mais de 50 anos e para pessoas que precisam se exercitar sem impacto. No Instagram já possui mais de 1,7 milhão de seguidores. https://www.instagram.com/aurelioalfieri/


Homens não possuem visão periférica


Calma! Essa é apenas uma analogia sobre características entre eles e elas, no intuito de compreender o motivo pelo qual muitas mulheres se sentem tão exaustas e sobrecarregadas. Ao concentrar a atenção e o interesse em um determinado objetivo exige fazer escolhas. O olhar focado, ainda que de forma desintencional, pode muitas vezes negligenciar o que está em volta, como os afazeres domésticos e os cuidados com os filhos e familiares. 

 

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que a divisão das tarefas domésticas é desigual entre os trabalhadores: em média, as mulheres ocupadas dedicaram 6,8 horas a mais do que os homens ocupados. Outro levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que, em média, as mulheres têm um acréscimo de 11 horas semanais no trabalho doméstico e nos cuidados não remunerado.  

Talvez a explicação para fato tenha início na infância.

 

O estudo Os estereótipos de gênero sobre a capacidade intelectual surgem cedo e influenciam os interesses das crianças, realizado por pesquisadores norte-americanos das Universidades de Nova Iorque, Illinois e Princeton, demonstra que meninas a partir dos seis anos começam a se achar menos brilhantes que os meninos. O que pode influenciar e impactar diretamente suas escolhas profissionais, pois se sentem menos capaz do que os meninos. 

 

Ainda que elas se dediquem mais aos estudos, 19,4% delas possuem ensino superior, enquanto eles representem 15,1%, a remuneração das mulheres ainda é menor. Em setores da economia em que a presença masculina é predominante, como os setores da construção civil e de tecnologia, observa-se, embora tímido, um crescimento da presença feminina. De acordo com o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), as mulheres representam 19,5% dos registros, equivalente a quase 200 mil mulheres engenheiras do total de mais de 1 milhões de profissionais de engenharia no país.  

 

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, em 2021, o número de mulheres trabalhando na construção cresceu 16% em relação ao ano anterior. Contudo, o cargo de engenheiro civil possui uma desigualdade salarial de 38,6% entre gêneros, taxa ainda maior que a média nacional de discrepância salarial entre homens e mulheres, aponta pesquisa realizada pelo Banco Nacional de Empregos (BNE). 

 

Já na área da tecnologia, nos cursos de qualificação, apenas 16,5% das vagas são ocupadas por mulheres. Nas demais áreas do conhecimento e disciplinas a média da participação delas é de 60%, os dados são do Mapa do Ensino Superior 2023, produzido pela SEMESP, entidade que representa mantenedoras de ensino superior do Brasil. Como sendo um dos segmentos da economia mais promissores, digo, como as melhores oportunidades e salários, os dados e pesquisas trazem um ponto de alerta, em especial, em aumentar a presença das mulheres nas salas de aulas.   

O mês em que celebra o Dia Internacional da Mulheres (8) abre espaço para o debate das dificuldades enfrentadas por elas no mercado de trabalho, mas também em nossa sociedade um todo, um momento de elucidar questões enraizadas culturalmente e associadas ao feminino com frágil e acostumadas e estimuladas desde a infância a brincar com os cuidados da casa e da família. Estereótipo que com o passar dos anos estão tão incutidos que se normalizam e podem ser tornar um limitador para novas conquistas.   


Cristina Vilas Boas de Sales Oliveira e Daniele Cafange - são engenheiras e atuam na Universidade Santo Amaro (Unisa). Cristina é responsável pela coordenação dos cursos de Engenharia Ambiental e Gestão Ambiental; e Daniele é atualmente coordenadora da graduação de Engenharia Civil da Unisa.


Pautas antigas ainda são muito atuais

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Imagine que você não tem poder de escolha. Para sair de casa, precisa pedir permissão ao seu marido ou, então, falar somente o necessário. Você não deve pensar muito e, para ser uma mulher “perfeita”, precisa saber bordar, cuidar muito bem da casa e ter filhos saudáveis. Sua vestimenta? Precisa estar de acordo com as regras sociais.

Imagine-se acordando em uma sociedade em que o cotidiano feminino se baseia em afazeres domésticos e atividades do lar.

Levou um susto? Estamos falando aqui da vida das mulheres do século XIX, mas, talvez, você tenha achado essas pautas normais no cotidiano de muitas mulheres do século presente.

Quando falamos do Dia Internacional da Mulher, sempre vem à mente a luta diária que todas nós enfrentamos em diversos contextos. Conquistamos tanto, mas, se olharmos com clareza, ainda temos muito para buscar. Hoje somos tão empoderadas, colocamo-nos em meios que até então eram somente masculinos e gritamos por aí como somos donas das nossas vidas.

No entanto, se você ler as notícias todos os dias, vai ver a todo tempo mulheres sendo abusadas sexualmente, assediadas, julgadas, sofrendo com relacionamentos abusivos, entre outras coisas.

Será mesmo que a mulher pode colocar a roupa que quiser para sair de casa? Ou o que ela veste determina como será o seu dia? Os cargos altos, de chefia, de liderança, estão divididos igualmente entre homens e mulheres? Temos igualdade corporativa? Igualdade política? Violência doméstica parece ter virado rotina nos noticiários. E os salários? Costumam ser iguais para os dois gêneros?

Sabemos a resposta de todas essas perguntas e, se olharmos lá para o século XIX, ainda vivemos muitos abusos que eram “comuns” naquela época. Ou seja, as pautas antigas ainda são muito atuais.  Não vamos dizer que não conquistamos. Nossa, como conquistamos! Mas essa luta está longe de terminar.

Nesse Dia das Mulheres, que possamos ser como as heroínas dos nossos livros preferidos. Aquela guerreira que luta o livro todo pelo próprio final feliz e que não fica esperando por um príncipe encantando que chega no cavalo branco. Não! Ela monta no cavalo e vai lutar por seu próprio destino. Ela não desiste, não deixa de sonhar com um capítulo mais feliz, e, quando não encontra, escreve uma nova narrativa.

Uma mulher que sonha, chora, ri, sofre, briga, luta, discute, insiste, ama, sem se importar se terá um fim, mas que imagina sempre um recomeço, seja em outra história ou na série da sua vida. O meu desejo hoje é que todas nós possamos ser best-sellers, premiadas e reconhecidas e com um aviso de que somos as mais especiais do livro!

 



Paula Toyneti Benalia - psicóloga, administradora de empresa e escritora, autora da trilogia Deusas de Londres e outros sete títulos

 

Advogado Daniel Romano esclarece as principais formas que os estelionatários utilizam para causar prejuízos às mulheres.

Recentemente, uma série belgo-francês denominada “Golpista do Amor” (L´Homme de Nois Vies), ganhou bastante repercussão por conta da atuação do protagonista, Guillaume, vivido pelo ator Jonathan Zaccai , para extorquir e furtar bens e valores das mulheres com quem se relacionava. 

Por mais que se trate de uma obra de ficção, esclarece o advogado Daniel Romano Hajaj, essa situação é muito mais comum do que se imagina, pois os estelionatários se valem de sua lábia, da confiança que conquistam e, se não recebem o benefício por iniciativa da vítima, utilizando de meios obscuros para obter essa vantagem. 

O advogado esclarece que o “Estelionato Amoroso” acontece quando o golpista de aproveita do relacionamento amoroso para obter vantagens patrimoniais e financeiras sobre a namorada, companheiro, que a bem da verdade, é vista apenas como um cifrão, um cofre a ser aberto. 

Esse crime acontece sempre que o golpista convence a vítima a entregar-lhe a administração dos seus bens ou com pedidos sucessivos de valores para resolver emergências falsas, oportunidades falsas de negócios e utiliza de todo o seu poder de sedução para convencer a mulher de que é seu homem ideal e que estarão juntos para o resto de seus dias. Em algumas oportunidades, ele assume uma identidade falsa, utilizando acessórios e veículos de luxo, dando a impressão de que são empresários bem sucedidos, enfatiza o advogado Daniel Romano. 

Por mais que pareça impossível, ressalta o advogado Daniel Romano, o crime não é cometido apenas contra mulheres com excelentes condições financeiras ou de idade mais avançada. “O criminoso, que não tem pudor algum, utilizar a menor brecha que achar para fazer um jogo mental e convencer a mulher a lhe dar o que precisa ou quer, muitas vezes, ela nem possui o valor, mas acaba contraindo um empréstimo ou vendendo o que tem para poder ajudar o golpista, que na sua visão, é o melhor dos companheiros”. 

E conclui: “Recentemente, no escritório, atendemos 02 (dois) casos, um onde a mulher enviou para o namorado uma quantia para aquisição de um celular de última geração, já que ele iria para o exterior. Nem preciso dizer que ele sequer saiu do bairro onde reside”. 

“Outro caso, mais emblemático, a nosso cliente acreditou na palavra do golpista, que afirmava que financiar carros e alugar para motorista de aplicativos era negócio altamente lucrativo. Assim, ela financiou, em seu nome, 07 veículos, no valor médio de 48 mil reais. E todos eles ficaram desaparecidos por meses, até que ela nos contratou e conseguimos recuperar os veículos, negociar com os bancos e recuperar, ao menos, parte de sua dignidade. Porém, além desses financiamentos, o golpista utilizou todos os limites dos cartões de crédito dela e contraiu diversos empréstimos em seu nome, sempre utilizando o valor em seu benefício. Suas restrições no SPC/SERASA, quando nos contratou, ultrapassavam 500 mil reais. Hoje, todo esse passivo já foi resolvido”. 


Mas como identificar que a pretensão do “namorado” é apenas a parte financeira? 

“Esse é um grande problema”, enfatiza o advogado Daniel Romano, “já que a mulher, muitas vezes, já machucadas por relacionamentos anteriores, não acredita que o interesse do seu namorado é apenas financeiro e por mais que os amigos familiares e amigos lhe alertem, a vítima acaba por romper as relações para defender o namorado e só vai perceber a ilusão muito tarde”. 

Ao perceber que foi vítima de um golpe, o advogado Daniel Romano alerta a necessidade de registrar o boletim de ocorrência, não devendo se preocupar com julgamentos ou com vergonha de admitir que foi vítima de um “golpista do amor”. 

“A vítima deve, também, alterar senhas, cancelar cartões, e qualquer outro aplicativo que possa ter compartilhado informações, pois, muitas vezes, mesmo não estando mais no dia a dia, o estelionatário, de posse dos dados e informações da vítima, pode causar-lhe ainda mais prejuízo.” 

Feito isso, a vítima poderá processar o seu “namorado” cível e criminalmente, mas as chances de recuperar qualquer valor são ínfimas.

Finalmente, o advogado Daniel Romano alerta que para evitar ser vítima desse crime, a mulher deve suspeitar de qualquer pedido de dinheiro, qualquer promessa de ganho rápido e exponencial e muito menos permitir que o seu “namorado” tenha acesso aos seus cartões de crédito e ou conta bancária.


Liderança feminina sem culpa

Foto: Naelson de Castro. 

No Mês Internacional das Mulheres, é preciso debater sobre como transformar o mercado de trabalho em um ambiente igualitário para as mulheres e livres da “culpa materna”, reflete Giovana Pacini, Presidente da Merz Aesthetics® Brasil

 

É cada vez mais frequente encontrar mulheres ocupando os cargos de liderança máxima em grandes instituições. Hoje, 17% das presidências no Brasil são ocupadas por mulheres, segundo o Panorama Mulheres 2023, feito pelo Talenses Group em parceria com o Insper. 

Contudo, a conquista traz ainda reflexões e debates sobre o papel igualitário da mulher dentro da sociedade. Um estudo realizado pelo Instituto On The Go, apontou que mais da metade das mães sentem a chamada culpa materna, que surge de pressões sociais, falta de redes de apoio, comparação e exigências da vida profissional. 

O equilíbrio entre o sentimento de culpa e a conquista do espaço profissional é um desafio individual como das culturas organizacionais, aponta Giovana Pacini, presidente da Merz Aesthetics® Brasil. Para a executiva, mãe de gêmeos, o primeiro passo é falar sobre o tema.  

“Quantas mães já não se viram divididas entre uma reunião de trabalho e da escola. Ter que trabalhar até mais tarde ou dar mais atenção às crianças e adolescentes. Ampliar a discussão para a sociedade, dividir papéis e responsabilidades e espaços alivia não apenas os sentimentos negativos, mas a sensação de que ao deixar de fazer algo, estamos falhando como mães ou no próprio desenvolvimento profissional”, explica.  

Giovana assumiu a liderança da Merz Aesthetics® Brasil em 2020, tendo como primeiro desafio a pandemia e conseguiu não só atravessar a crise, mas dobrar o faturamento da companhia, responsável pela fabricação e venda de produtos estéticos no país. Neste tempo, buscou entender seu espaço como mãe e liderança.  

“A culpa vai bater, mas você precisa aprender a lidar com ela. É mudar a ótica mesmo e se enxergar como um ser humano, que tem limitações e precisa fazer escolhas. E no final, tudo que faço na minha carreira é também pelos meus filhos. Não precisamos ser obrigadas a escolher entre carreira e filhos”, diz Giovana. 

Essa conciliação, contudo, não é uma tarefa fácil, e exige dedicação e organização. A executiva conta a seguir algumas estratégias que adota em sua rotina para conseguir equilibrar suas tarefas:

 

·         Ter uma rotina fixa

“A minha cabeça não para um minuto, são sempre muitas coisas para pensar. Assim, ter uma rotina fixa me ajuda a me concentrar e não me perder em tudo o que eu tenho que fazer. Por não ter que pensar o que vou fazer a cada dia, ganho espaço mental, inclusive, para ter mais criatividade, pensar fora da caixa”.

 

·         Criar pequenos rituais com seus filhos

“A hora de dormir, por exemplo, é uma hora sagrada para mim. Eu nunca deixo de colocar meus filhos para dormir. Temos todo um ritual de cobrir com a coberta, fazer a oração do dia, dar um beijinho. Isso contribui para estabelecermos uma ligação entre a gente, e também me ajuda a me organizar para estar com eles nesse momento.”

 

·         Não desperdiçar nenhuma ideia

“Eu tenho muitas ideias de trabalho em momentos fora do escritório. No carro, por exemplo, isso acontece muito. Eu coloco uma música, e de repente surge algo que eu fiquei pensando durante um tempão, mas a ideia só veio agora. Quando temos muitos afazeres, isso é muito frequente. E, muitas vezes, não dá para esperar chegar no escritório para anotar a ideia, então eu costumo me mandar áudios do celular particular para o corporativo com esses insights, para garantir que não vou perdê-los”.

 

·         Ter uma rede de apoio feminina

“Uma das grandes dificuldades de ser mãe e líder é se sentir sozinha nessas funções. É ter uma dificuldade e não saber como lidar com ela, e nem para quem pedir ajuda. Nessas horas, a minha rede de apoio é fundamental, principalmente de outras mulheres que vão conseguir entender o que eu estou passando. Minha mãe é um grande exemplo para mim nesse sentido. Eu sempre ligo para ela e esse é um momento muito especial de acolhimento, e também de orientação, aprendo muito com a experiência que ela já teve. Minhas amigas também são muito importantes nesse processo, por estarem vivendo os mesmos desafios que eu, ao mesmo tempo. Então, poder encontrá-las, ver que estamos enfrentando isso juntas, e aprender umas com as outras é algo que me fortalece em minha atuação”.

 

·         Permitir-se errar

“Só não erra quem não tenta. Então, eu tento sempre valorizar meus erros no sentido de que, se estou errando, é porque estou me esforçando muito, tentando muito. Alguma hora vai dar certo, mas errar faz parte do processo de aprendizagem, tanto no trabalho como enquanto mãe. Não existe líder perfeita e nem mãe perfeita. E isso é algo que eu já passo para meus filhos desde sempre, de que eu também vou errar com eles, porque não consigo acertar tudo. Isso os ajuda a ter uma visão mais empática não só comigo, mas com eles mesmos”.

 

·         Reservar um tempo para si

“Isso para mim é chave para manter o equilíbrio. Não importa quão atarefada eu esteja, nunca deixo de tirar um tempo para mim. Para fazer a minha yoga, meu funcional, minha rotina de skincare. São momentos que eu fico comigo mesma, para entender como estou me sentindo, silenciar o barulho que vem do lado de fora. Assim, consigo me centrar para encarar os desafios ao longo do dia, sem me perder neles”.

 

Giovana Pacini - country manager da Merz Aesthetics® Brasil desde janeiro de 2020. Começou na empresa como Diretora de Marketing em 2016, e depois, em 2019, assumiu a direção de Marketing da América Latina. Giovana tem mais de 20 anos de experiência na indústria farmacêutica, com passagens por gigantes do mercado, como Eurofarma e Neo Química. À frente da operação da Merz Aesthetics® no Brasil, teve papel de destaque na companhia durante a pandemia. A empresa foi reconhecida pelo Great Place to Work® Brasil nos rankings de “150 Melhores Empresas para Trabalhar - Brasil” e de “Melhores Empresas Saúde 2022”, além de receber o selo de Saúde Emocional®. Giovana destaca como sua principal característica de líder estimular o alto nível de comprometimento de todos os colaboradores por meio de uma gestão humanizada.


Conheça 5 sinais de que pessoas idosas precisam de ajuda

 

Divulgação

Evitar qualquer tipo de socialização e se descuidar da própria higiene pessoal são comportamentos que servem como alerta

 

A depressão e o declínio cognitivo são problemas que podem surgir sem que as pessoas se deem conta do que está acontecendo. Não se trata, necessariamente, de negligência, pois a maioria das famílias se preocupa profundamente com seus entes queridos. Porém, existem sinais de que pessoas idosas precisam de ajuda, sendo preciso estar atento para reconhecê-los. 

Muitas vezes, as famílias acabam não notando os indicadores por falta de compreensão. Em alguns casos, isso ocorre pela recusa em aceitar que esse tipo de doença pode acontecer com um integrante da família.

Entre os sinais de que pessoas idosas precisam de ajuda estão o acúmulo de louça suja e roupas empilhadas, assim como alimentos e medicamentos vencidos. Além disso, os amassados no carro, contas atrasadas e remédios ignorados também podem ser indicadores. 

Segundo Antonio Leitão, Gerente do Instituto de Longevidade MAG, é comum que idosos independentes e autônomos tentem contornar os primeiros indicativos de declínio, evitando sentir-se vulneráveis ou dependentes de filhos e parentes. “Às vezes, ajustes simples podem fazer toda a diferença. Por exemplo, ter alguém para ajudar com as tarefas diárias por algumas horas pode ajudar. A abordagem mais eficaz é reconhecer e aceitar os sinais para poder enfrentá-los”, finaliza.
 

 Veja 5 sinais de que pessoas idosas precisam de ajuda
 

1. Falta de comunicação

Perder o interesse em socializar, seja pessoalmente ou online, pode ser um sinal preocupante. Além disso, quando a pessoa idosa passa a se repetir com frequência, tem dificuldade em encontrar as palavras corretas para se expressar ou se esquece do que ia dizer no meio da frase, pode indicar problemas cognitivos ou de saúde mental.
 

2. Mudança de humor

As oscilações de humor repentinas também são sinais de atenção. Se houver alterações significativas no comportamento, como confusão mental persistente ou sentimentos de tristeza e melancolia, é importante investigar a causa por trás dessas mudanças.
 

3. Aparência

É preciso observar se as roupas estão sujas, amarrotadas ou se os cabelos estão oleosos. A aparência pode sugerir negligência pessoal ou dificuldades de autocuidado por parte do idoso. Além disso, ganho ou perda significativa de peso corporal merecem atenção. Isso pode ser um sintoma de problemas de saúde física ou mental. 

Contusões, hematomas ou histórico de quedas também precisam ser investigados. Isso pode ser reflexo de dificuldades de mobilidade ou equilíbrio, e até acarretar situações de risco para a segurança do idoso em casa.
 

4. Dificuldade de concentração

Se a pessoa idosa parece alheia, desatenta ou excessivamente agitada, pode ser o indício de problemas de saúde mental, cognitiva ou emocional. Dificuldades em manter uma conversa, como falta de concentração ou capacidade reduzida de se expressar, também são pontos que devem ser observados. 

Por fim, caso haja dificuldades auditivas evidentes, como pedir repetição de informações com frequência, é importante considerar um possível caso de surdez progressiva.
 

5. Perda de memória

Existe dificuldade em lembrar os nomes dos familiares e amigos? Esquecer eventos importantes é frequente? Esses fatos são característicos de um início da demência ou outras vulnerabilidades relacionadas à idade. Esses lapsos de memória devem ser levados a sério.

 

Conheça o Programa de Benefícios ViverMais

Cuidar da saúde é essencial durante o processo de envelhecimento e o Instituto de Longevidade MAG tem iniciativas focadas nisso. O Programa de Benefícios ViverMais conta com diversos serviços para promover um envelhecimento pleno. 

A iniciativa oferece acesso à Tele Saúde, Descontos em Medicamentos, Seguro de Vida e outros serviços exclusivos. Para mais informações, acesse o site do ViverMais. 



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O uso dos jogos de tabuleiro como estratégia para a promoção da saúde mental

 

A história dos jogos de tabuleiro é muito antiga, não se sabe ao certo o período em que surgiram, mas sugere-se que tenha sido há 5.000 anos antes de Cristo, nas regiões da Mesopotâmia e Egito e eram chamados de “jogos de passagem da alma”. Os povos daquela época, acreditavam que o ato de jogar poderia ser uma forma de diversão eterna, por este motivo, os jogos pertencentes aos falecidos eram enterrados juntamente com seus bens pessoais, assegurando-lhes esta crença.

Ao longo dos anos, os jogos foram evoluindo e sendo adaptados às culturas de cada povo até chegarem aos dias atuais sendo conhecidos como Board Games. Este nicho vem ganhando cada vez mais destaque, com diversas modalidades, títulos e autores, com um grande investimento em espaços específicos para este fim.  Em São Paulo há várias casas de Board Games onde as pessoas se reúnem para se divertirem, e o online não é permitido. Há lugares que têm até cardápio de jogos, onde você pode escolher os seus jogos preferidos ou conhecer alguns que nunca tenha jogado. Há também os encontros mensais e anuais, os quais proporcionam entretenimento e contato com os lançamentos de mercado.

 

Confesso que saber o quanto este mercado está crescendo e ganhando cada vez mais adeptos, me deixa animada principalmente porque entendo a importância de ter momentos de lazer e também por ser adepta desta brincadeira.

Através da minha experiência com esta atividade lúdica, experiência esta que envolve desde jogar com meus pacientes, principalmente crianças, quanto à minha vivência pessoal com este universo, que a princípio parecia apenas um divertimento sem muita importância, comecei a observar o quanto é benéfico a prática dos jogos de tabuleiro, pois em um ambiente onde há trocas de ideias, acolhimento, senso de pertencimento, fortalecimento dos laços de amizade, são criados momentos de relaxamento e descontração, diminuindo a tensão e o estresse do dia a dia; há interações entre as pessoas; desenvolvimento das funções cognitivas como pensamento estratégico, memória, atenção, percepção, raciocínio lógico e outros; aprimoramento do aprendizado em lidar com a frustração da perda; enfrentamento de desafios; exercício da criatividade e momentos de alegria. Todos estes aspectos podem colaborar para que as pessoas se sintam mais equilibradas mental e emocionalmente para lidarem melhor com as dificuldades da vida.

 

Aqui em casa temos o hábito de reunir os amigos, uma vez por semana, para jogar jogos de tabuleiro. E eles são muitos, temos mais de 150 jogos catalogados em nossa estante, e que delícia é poder compartilhar momentos de descontração com amigos e familiares queridos. Quando nos reunimos com os amigos ou com os familiares, estabelecemos uma interação social que é de extrema importância para o nosso bem-estar emocional, pois a falta desta interação pode ser um estímulo para o desenvolvimento do estresse, depressão e crises de ansiedade.

Hoje em dia, em um mundo tão digital, em que as pessoas mantêm relações superficiais, em que as famílias, por conta de uma rotina acelerada, mal se sentam com seus entes queridos para compartilharem conversas ou até mesmo uma refeição junto e quando têm um tempo livre estão conectados às redes sociais, trazer a ideia dos jogos de tabuleiro como uma diversão offline, que propõe aproximação e interação entre as pessoas, é uma ótima opção para o fortalecimento da nossa saúde mental.

Criar este hábito pode ser uma estratégia colaborativa para a promoção da sua saúde mental. Experimente este Universo Offline, você pode se surpreender com os resultados!  

  

Renata Nascimento - psicóloga clínica

 

Neurofeedback: uma ferramenta revolucionária na psicologia contemporânea

 Técnica pode ajudar pacientes a reconhecer e controlar estados cerebrais e abre novos campos de atuação para os psicólogos

 

O campo da psicologia sempre esteve na vanguarda da compreensão da mente humana e de seu funcionamento. Com o avanço da tecnologia, uma nova ferramenta emergiu, revolucionando as práticas terapêuticas e de avaliação: o neurofeedback, também conhecido como biofeedback EEG, técnica baseada no princípio do biofeedback aplicado à atividade cerebral, que oferece aos psicólogos uma janela única para o funcionamento do cérebro, permitindo intervenções mais precisas e eficazes. 

Segundo Danilo Suassuna, doutor em psicologia e diretor do Instituto Suassuna, que oferece pós-graduação e forma psicólogos atuantes, o neurofeedback é uma técnica que envolve o monitoramento em tempo real da atividade cerebral através de eletroencefalografia (EEG). “Esta técnica oferece ao indivíduo um feedback imediato sobre seu estado cerebral, possibilitando a auto-regulação de funções cerebrais específicas”, conta. 

Ele explica que alguns estudos têm demonstrado a eficácia do neurofeedback em uma variedade de contextos, incluindo o tratamento de TDAH, ansiedade, depressão e até mesmo desordens do espectro autista. “Por exemplo, um estudo publicado no “Journal of Neural Engineering” (2018) revelou melhorias significativas em crianças com TDAH após um tratamento com neurofeedback, evidenciando uma redução nos sintomas de desatenção e hiperatividade. Estes achados ilustram o potencial do neurofeedback como uma ferramenta poderosa na mão de psicólogos”, afirma Danilo Suassuna. 

O doutor em psicologia acredita que os profissionais da área precisam investir em sua formação para, cada vez mais, estarem atualizados com os estudos e técnicas possíveis para melhorar a vida dos pacientes. “No Instituto Suassuna, o ensino de neurofeedback é integrado no currículo com um enfoque prático e teórico robusto. Acreditamos na importância de equipar os futuros psicólogos com técnicas inovadoras e baseadas em evidências. Aqui, os alunos não só aprendem os fundamentos teóricos do neurofeedback mas também recebem treinamento prático, preparando-os para aplicar essas habilidades em um contexto clínico”, explica. 

Danilo Suassuna enfatiza que o domínio do neurofeedback abre um novo campo de atuação para os psicólogos, pois, além de ser uma ferramenta terapêutica eficaz, oferece a habilidade de observar e interpretar os padrões de atividade cerebral, possibilitando intervenções mais personalizadas e direcionadas. “Por exemplo, um psicólogo que trabalha com pacientes com ansiedade pode utilizar o neurofeedback para ajudar os pacientes a reconhecer e controlar os estados cerebrais associados à ansiedade, promovendo uma melhor auto-regulação”, exemplifica. 



Danilo Suassuna - Doutor em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2008), possui graduação em Psicologia pela mesma instituição. Autor do livro “Histórias da Gestalt-Terapia – Um Estudo Historiográfico”. Professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás e do Curso Lato-Sensu de Especialização em Gestalt-terapia do ITGT-GO. Coordenador do NEPEG Núcleo de estudos e pesquisa em gerontologia do ITGT. É membro do Conselho Editorial da Revista da Abordagem Gestáltica. Consultor Ad-hoc da revista Psicologia na Revista PUC-Minas (2011). Para mais informações acesse o instagram: @danilosuassuna.


Instituto Suassuna
Para mais informações, acesse o site ou através do instagram e canal no youtube.


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