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segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Disfunção temporomandibular: entenda como o estresse pode te afetar

Divulgação
A doutora Thailys Esteves Aguilar, dentista bucomaxilofacial do Hospital Albert Sabin, explica tudo sobre o assunto.

 

Estresse e ansiedade podem ser a causa de dores nas articulações e músculos da mandíbula. A disfunção temporomandibular atinge cerca de 2 milhões de pessoas por ano, sendo as questões emocionais, responsáveis pela maior parte dos casos.

Estudos sobre o tema indicam que a prevalência de DTM é ainda mais frequente em mulheres, chegando a constituir cerca de 80% dos casos.

“Geralmente essa patologia acomete em torno de 92% da população mundial femina, tendo como fatores predisponentes o estresse, ansiedade e fatores hormonais.”, aponta a Dra Thailys Esteves Aguilar, dentista buxomaxilofacial do Hospital Albert Sabin (HAS).

O estresse é um dos motivos, mas existem também fatores genéticos para a disfunção.

“A disfunção temporomandibular possui sintomas característicos como enxaqueca, ruído ou zumbido na região auricular, dores miofasciais, estalos e crepitações ao abrir e fechar a boca e mudanças e desgastes anormais na arcada dentária”, explica a bucomaxilofacial.

A DTM é divida em três tipos, sendo:

  • Muscular: quando a condição ocorre diretamente nos músculos mastigatórios;
  • Articular: associado a sobrecarga articular, causando doenças degenerativas como osteoartrite, osteoartrose ou artrose;
  • Mista: ocorre quando há tensão tanto nos músculos mastigatórios quanto na articulação.

O diagnóstico é realizado através de exames clínicos e de imagens, como tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética. Já os tratamentos podem variar desde os mais conservadores, como o uso de placa interoclusal, fisioterapia, acupuntura, laserterapia e tratamentos medicamentosos como relaxantes musculares e ansiolíticos, até a utilização de toxina botulínica e procedimentos cirúrgicos.

“Nesse último, a intervenção é indicada apenas quando o paciente não apresenta melhora significativa utilizando os tratamentos tradicionais ou nos casos em que já se encontra com desgaste severo ou deslocamento articular e rigidez completa ou parcial”, diz a Dra. Aguilar. 

No mais, como em qualquer doença, o diagnóstico precoce da DTM oferece maiores chances de tratamento e, para isso, a procura de um especialista, quando apresentados os primeiros sintomas, se faz essencial.

 

HAS Clínica
Rua Barão de Jundiaí, 485 – Lapa - São Paulo – SP
Central de atendimento: (11) 3838 4669
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Dor crônica que surge como desdobramento do herpes-zóster tem tratamento desafiador

Segundo a médica intervencionista em dor, dra. Amelie Falconi, o controle da neuralgia pós-herpética muitas vezes não é satisfatório. Nesse sentido, ganha importância o controle adequado dos sintomas no início do quadro


Um estudo realizado pela Universidade Estadual de Montes Claros (MG) constatou que os casos de herpes-zóster no país cresceram 35% durante a pandemia de covid-19. Tendo em vista os desafios inerentes à doença, principalmente relacionados a neuralgia pós-herpética (NPH) – dor extremamente desagradável que surge nas regiões do corpo acometidas pelo herpes-zóster – houve, nos últimos anos, uma intensificação das campanhas de vacinação, conscientização e prevenção da doença.

Médica intervencionista em dor e autora do livro “Existe vida além da dor”, dra. Amelie Falconi explica que a NPH é a complicação de longo prazo mais comum da reativação do vírus varicela-zoster, que culmina no surgimento do herpes-zóster, doença caracterizada por  bolhas na pele, eritemas e inflamação local. Conforme dra. Amelie, a NPH se manifesta como dor crônica que persiste por mais de três meses após os primeiros sintomas do herpes-zóster. “Além da dor, que pode variar de intensidade e duração, a NPH apresenta outros sintomas, tais como: sensibilidade ao toque, formigamento, coceira e queimação na área afetada”, comenta.

Embora seja fácil diagnosticar a NPH devido à sua apresentação clínica e associação com o episódio de herpes-zóster, dra. Amelie pondera que o tratamento da condição é, geralmente, desafiador. “Isto porque, muitas vezes, o controle da dor não é satisfatório”, diz. Inclusive, ressalta a médica intervencionista em dor, estudos já demonstraram que menos da metade dos pacientes com NPH alcançam redução significativa dos sintomas.

Nesse sentido, destaca dra. Amelie, ganha elevada importância o controle adequado dos sintomas de NPH no início do quadro, visando, sobretudo, prevenir o agravamento da condição e seu desdobramento em dor crônica. Segundo ela, para evitar a cronificação da NPH, é fundamental o tratamento antiviral precoce, com a medicação correta e em doses adequadas. 'O ideal é iniciar o tratamento em até 24h ou 48h após o aparecimento das lesões”, diz.

O tratamento específico da dor desde o início das lesões também pode ser, conforme dra. Amelie, uma ótima ferramenta para evitar que a dor se torne crônica. “Além disso, principalmente naqueles pacientes com maior risco de evoluirem com dor crônica, é importante considerar a possibilidade de procedimentos intervencionistas minimamente invasivos também no início da dor aguda”, sugere.

No que se refere ao tratamento específico da dor, dra. Amelie ressalta que o consenso dos especialistas sugere que regimes de medicação multimodais e procedimentos intervencionistas sejam provavelmente a melhor abordagem. A médica intervencionista em dor explica que os tratamentos não invasivos tradicionais incluem medicamentos orais e tópicos, sendo que algumas sociedades recomendam antidepressivos,  gabapentinoide (anticonvulsivantes) e o adesivo de lidocaína (anestésico) a 5% como primeira linha de tratamento. “O uso de opióides para combater a NPH também pode ser necessário pela intensidade da dor ”, diz.

Além de reconhecer e tratar o herpes-zóster de maneira precoce e assim mitigar as chances de desenvolvimento de NPH e manejar os sintomas de NPH através de medicamentos e procedimentos intervencionistas, uma excelente abordagem em relação à doença e seus desdobramentos é a prevenção. “Esta se concentra na identificação de populações em risco de contrair o herpes-zòster e na administração de uma vacina”, explica dra. Amelie.

Conforme a médica, os fatores de risco bem estabelecidos para um episódio de herpes-zóster que progride para NPH incluem: idade, imunossupressão grave; presença de uma fase prodômica (que precede o aparecimento de sintomas); dor intensa durante surto de zóster; alodinia (dor que não ocorreria em situações normais); envolvimento oftálmico e diabetes mellitus.

A respeito da vacinação, dra. Amelie destaca que o procedimento está disponível na rede particular, sendo administrada em duas doses. “Apesar de ser uma vacina particular, ela deve ser estimulada para os pacientes com mais de 50 anos ou pacientes com menos que já tiveram zóster”, alerta.

Além da vacinação, a especialista orienta que para evitar o desenvolvimento de herpes-zóster e consequentemente da NPH, a pessoa deve manter um sistema imunológico saudável. “Ajuda nesse sentido manter um estilo de vida saudável, caracterizado por uma dieta equilibrada, exercícios regulares e controle do estresse”, diz. Também é de grande valia para a prevenção da doença, especialmente se estiver com o sistema imunológico comprometido, evitar contato próximo com pessoas que têm catapora.

 

Dra. Amelie Falconi - Especialização em Medicina da Dor pela Santa Casa da Misericórdia de São Paulo. Título de Especialista em Dor pela AMB (Associação Médico Brasileira). Fellow Of International Pain Practice (FIPP) pelo World Institute of Pain (WIP). Fellowship de Intervenção em Dor - Clínica Aliviar / sinpain Rio de Janeiro. Pós-graduação em Medicina Intervencionista da Dor Guiada Por Ultrassonografia – sinpain. Pós-graduação em Anestesia Regional - Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês. Especialização em Anestesiologia MEC / SBA. Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF. Ministra aulas na pós-graduação de medicina intervencionista do Hospital Albert Einstein. Ministra aulas na pós-graduação de medicina intervencionista da Sinpain.


6 dicas para controlar a compulsão alimentar


O transtorno de compulsão alimentar é uma doença mental caracterizada por episódios em que a pessoa consome grandes quantidades de alimentos, muitas vezes até o ponto de desconforto físico. Não é uma escolha, é uma doença, e, como tal, necessita de tratamento. Embora não haja uma "cura" definitiva, há várias estratégias que podem ajudar a controlar este comportamento. Uma das mais notáveis é o consumo equilibrado de proteínas, que pode ajudar na saciedade e controle da necessidade de comer.

Priscila Gontijo, nutricionista da Puravida, destaca que o primeiro passo é entender o motivo pelo qual acontece o descontrole. “Da próxima vez que você atacar a geladeira, pense no que está sentindo. É fome? É tédio? É tristeza? É uma mania? Somente identificando a emoção por trás é possível começar o processo de controle”, explica ela.

Um estudo do "Journal of Clinical Nutrition" sugere que um consumo adequado de proteínas ajuda a promover a saciedade e controlar a compulsão alimentar. “As proteínas têm um efeito térmico maior que carboidratos e gorduras, o que significa que seu corpo gasta mais energia para digerir. Isso pode contribuir para uma sensação mais prolongada de saciedade”, diz a nutricionista.

Nesse quadro, a profissional de saúde aponta seis dicas para tentar controlar a compulsão:


Evite comer de 3 em 3 horas: espere a fome chegar para se alimentar, mas não passe longos períodos sem comer. A dica é criar um cronograma com café da manhã, almoço e jantar, além dos lanches intermediários. 


Alimentos ricos em fibras: frutas, verduras e hortaliças são ricas em fibras e podem ajudar na sensação de saciedade. Isso acontece porque a ingestão amplia a saciedade, reduzindo a vontade e o volume dos alimentos consumidos. 


Hidrate-se: beber água não só mantém seu corpo saudável, mas também pode ajudar a controlar a fome. A ingestão também é uma forma de amenizar a sensação de vazio no estômago que o paciente compulsivo pode sentir com mais frequência. Caso o paciente tenha dificuldade, uma solução pode ser as águas saborizadas ou sucos.


Evite alimentos industrializados: esses produtos são geralmente ricos em açúcares e gorduras, e pobres em fibras, contribuindo para o aumento do ciclo da fome.


Pratique atividades físicas: além dos benefícios para a saúde física, o exercício libera endorfinas, que ajudam a manter a saúde mental. 


Atenção à saúde mental: muitas vezes, a compulsão alimentar é um sintoma de outros problemas como ansiedade, tristeza ou depressão. É fundamental procurar ajuda profissional para um diagnóstico e tratamento adequados.

“A compulsão alimentar é uma batalha diária, mas com o apoio adequado, é possível virar o jogo”, conclui Priscila Gontijo. O tratamento adequado pode incluir ajuda de profissionais como clínicos gerais, nutrólogos, psiquiatras e endocrinologistas. 

 

Puravida

 

Setembro Amarelo: 38% dos pacientes que fazem uso de medicamentos psicotrópicos utilizam mais de uma forma de tratamento; entenda

Levantamento realizado pela Funcional Health Tech aponta, ainda, que houve crescimento de 11% no número de usuários de psicotrópicos em 2023


O mês de setembro é um marco importante para propagar, conscientizar, prevenir e educar sobre o tema da saúde mental no país e no mundo, quando costumam acontecer diversas ações, campanhas e discussões abordando a prevenção ao suicídio. Dados de um levantamento da Funcional Health Tech, pioneira e líder em programas de acesso e adesão e em data driven care no Brasil, apontou que 38% dos pacientes que fazem uso de medicamento psicotrópicos (como antidepressivos ou ansiolíticos) tiveram uma abordagem abrangente, incorporando mais de uma classe medicamentosa, ou seja, utilizando dois ou mais medicamentos em seu tratamento.

 

Ainda segundo o estudo, em comparação com o mesmo período no ano anterior, o primeiro trimestre de 2023 apresentou um crescimento de 11% na quantidade de usuários que utilizaram algum psicotrópico. Quando analisado no segundo trimestre deste ano em comparação ao primeiro, é observado um crescimento de 6%

 

“Os dados nos mostram o aumento da necessidade de tratamento medicamentoso para melhor controle da saúde mental, e é de extrema importância entender que cada indivíduo vai ter uma particularidade na sua jornada de tratamento”, destaca Alexandre Vieira, médico, Chief Health Officer e Diretor de Analytics da Funcional Health Tech. O médico afirma, ainda, que o uso de medicamentos psicotrópicos deve ser feito apenas após consulta e diagnóstico com médico psiquiatra.

 

O levantamento foi realizado a partir da análise de uma base de dados que conta com aproximadamente 1,5 milhão de colaboradores de 170 empresas clientes da Funcional Health Tech no produto Benefício Farmácia, uma solução corporativa que é a extensão do plano de saúde, facilitando o acesso e a adesão ao tratamento medicamentoso por meio de descontos e subsídios, com apoio de especialistas em saúde, planos flexíveis e cuidado orientado por dados.

 

Tratamento de dados

Precursora na adoção de recursos de segurança em sua solução PBM Insights, com a anonimização e tokenização das informações, a Funcional Health Tech oferece confidencialidade, disponibilidade e integridade à proteção digital, o que significa um grande avanço em proteção de dados sensíveis neste mercado.

 

Captura Híbrida: o que é e para que serve o exame mais recomendado para câncer de colo de útero

Especialista da QIAGEN indica a testagem para prevenção e detecção precoce da doença, destacando sua efetividade na comparação com o Papanicolau e a colposcopia


Considerada uma doença previsível e evitável, o câncer de colo do útero ainda apresenta números alarmantes, com 17 mil novos casos previstos somente para este ano no Brasil, de acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer). Segundo Raphael Oliveira, Gerente de Marketing Regional LATAM para Diagnósticos Moleculares da QIAGEN, multinacional alemã especialista em tecnologia para diagnósticos moleculares, diante deste cenário, uma das maneiras mais efetivas para identificar a doença é o monitoramento frequente da presença do HPV no organismo – principal causador da enfermidade. E é nesse sentido que a Captura Híbrida demonstra sua efetividade.

“Em cerca de 90% dos casos de contaminação por HPV, o próprio organismo consegue combater a presença do vírus, no entanto, quando essa infecção é prolongada, pode acabar gerando lesões no colo do útero, que se tornam feridas e evoluem de forma maligna. A Captura Híbrida é capaz de detectar a presença estendida do HPV e, em casos positivos, em qual das 13 variações mais comuns de potencial cancerígeno ele se encaixa. Esse tipo de exame permite diagnosticar a contaminação antes do surgimento da lesão, o que amplia as possibilidades dos tratamentos precoces e cura”, explica o especialista.

Embora existam outros exames, frequentemente prescritos pelos médicos para o acompanhamento anual de rotina das mulheres, como o Papanicolau e a colposcopia, Oliveira destaca a efetividade da Captura Híbrida, que por ser um teste mais sensível e avançado, garantindo resultados de maior confiabilidade.

Quem pode fazer e onde

“O exame pode ser realizado por mulheres a partir dos 30 anos de idade e caso apresente um resultado negativo, um novo rastreio pode ser feito dentro de um intervalo de cinco anos. Essa testagem molecular já existe há mais de 20 anos, é a mais utilizada em todo o mundo e mais de 100 milhões de mulheres já fizeram este exame”, complementa o executivo da QIAGEN.

Por enquanto, no Brasil, a Captura Híbrida está disponível apenas no sistema de saúde privado, ou seja, para mulheres que possuem planos de saúde, algo que representa em

torno de 1% de todas as mulheres brasileiras que são elegíveis ao teste. “No entanto, as pacientes que possuem convênio médico devem insistir com seu ginecologista para que ele prescreva o exame. Essa iniciativa pode ajudar a salvar milhares de vidas”, alerta o executivo da QIAGEN.

O câncer de colo do útero não costuma apresentar sintomas iniciais e, quando aparecem, pode ser um indício de avanço da doença. Além da realização anual dos exames de rotina, é preciso atenção para alterações como sangramento vaginal sem causa, corrimento alterado, dor abdominal ou pélvica constante, sensação de pressão no abdômen, vontade frequente de urinar e perda rápida de peso. Ao surgimento desses sintomas é recomendado buscar ajuda médica com urgência

 

Atenção ao retinoblastoma, tumor ocular mais comum em crianças

Nesta semana é celebrado o Dia Nacional Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma (18/9); doença afeta principalmente crianças até cinco anos de idade



O retinoblastoma é um tumor raro originário das células da retina, sendo o tipo mais comum em crianças no início da infância e até mesmo no nascimento.

De acordo com o Ministério da Saúde, a doença representa cerca de 4% dos cânceres infantis, chegando a uma média de 400 casos por ano no Brasil, podendo causar cegueira infantil e até a morte.

A doença se desenvolve na retina, estrutura de tecido neural responsável por detectar a luz e enviar para o cérebro para podermos enxergar. Eventualmente, durante a multiplicação, as células formam um tumor, que se espalha dentro e ao redor do olho (de forma unilateral ou bilateral), ou até mesmo para outras partes do corpo, incluindo o cérebro e a coluna.

O principal sintoma do retinoblastoma, presente em até 90% dos casos, é a leucocoria, também conhecida como “olho de gato”, que se caracteriza por um reflexo branco na pupila da criança em contato com a luz.

Quando a luz passa normalmente pela pupila o reflexo costuma ser vermelho. “A cor branca pode indicar que algo está impedindo a passagem da luz, no caso do retinoblastoma, é o tumor. Esse fenômeno pode ficar mais evidente, por exemplo, ao tirar fotos com flash”, explica Marcelo Cavalcante Costa, oftalmologista e especialista em Retina Infantil da Maternidade São Luiz Star e membro do Departamento Científico de Oftalmologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo.


No mês em que é celebrado o Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma (18/9), marcado pela campanha Setembro Dourado, o especialista da Maternidade Star, da Rede D’Or, alerta para a importância do diagnóstico precoce da doença, essencial para garantir bons resultados no tratamento e evitando cegueira.

“Um fato importante é que em algumas situações o retinoblastoma se encontra na periferia dos olhos, podendo passar despercebido no teste do reflexo vermelho comum, porém sendo possível diagnosticar através de um exame hoje conhecido por Teste do Olhinho Ampliado”, complementa o médico.

O exame proporciona uma avaliação mais detalhada e abrangente, já que detecta 100% das doenças oculares do recém-nascido por meio de imagens digitais.

O Teste do Olhinho Ampliado é um exame rápido, não invasivo, e realizado com um equipamento portátil, onde o profissional capta imagens do globo ocular do bebê para análise, ainda nos primeiros dias de vida. Estatísticas apontam que 1 a cada 20 pacientes (5% dos casos) possui alguma condição importante e que deve ser acompanhada.

O exame é oferecido na Maternidade São Luiz Star, que reúne toda a expertise do Hospital São Luiz, um dos mais tradicionais de São Paulo, com o serviço premium da Rede D’Or.

“Quanto mais cedo a doença for descoberta, melhores as chances de que o bebê não venha a acumular prejuízos que afetem sua visão pelo resto da vida. Por isso, o teste do olhinho e o teste do olhinho ampilado, realizado ainda na maternidade, é tão importante para identificar precocemente diversas doenças, incluindo o retinoblastoma”, enfatiza Dr. Marcelo Cavalcante.


Tratamento

O tratamento do retinoblastoma pode variar de acordo com o caso, levando em conta a idade, a presença de tumor em um ou nos dois olhos e o estadiamento, entre outros fatores.

O objetivo é salvar a visão sempre que possível e preservar o bulbo ocular, podendo envolver uma equipe multidisciplinar e várias modalidades terapêuticas, como quimioterapia, radioterapia, laserterapia, crioterapia, termoterapia e cirurgia.

“O cuidado, que basicamente deve surgir dos pais, é a garantia de um amanhã melhor para os pequenos. Caso percebam algo errado, conversem com o pediatra, para que indique avaliação com oftalmologista infantil. Quanto antes o diagnóstico do retinoblastoma for feito, melhor será o futuro da criança”, enfatiza o especialista da Maternidade São Luiz Star.



Genética triplica chances de Alzheimer

Alzheimer pode se manifestar até uma década
antes e prejudicar funcionalidade do indivíduo até
mesmo em tarefas do dia a dia 
 Créditos: Envato
Mais de 1,2 milhão de pessoas no Brasil têm algum tipo de demência; sinais da doença podem surgir dez anos antes

 

“Tudo começou com pequenos esquecimentos; em seguida, notamos que ela já não tinha autonomia para realizar as atividades do dia a dia. Com o tempo, ela começou a se isolar, esquecendo principalmente os acontecimentos mais recentes e as pessoas próximas”. O relato é da bancária aposentada Ana Missio sobre sua mãe, Terezinha Missio, que tem 90 anos e foi diagnosticada com Alzheimer há pouco mais de dez anos. “Hoje, ela não reconhece mais ninguém e não consegue realizar tarefas simples como se alimentar sozinha. Precisamos de um cuidador em tempo integral”, explica a filha. 

Terezinha é a mais velha de nove irmãos. Uma delas, uma freira aposentada de 86 anos, também está em estágio avançado da doença. Não consegue mais sair da cama, nem falar. Outro, nove anos mais jovem do que a aposentada, começa a apresentar os primeiros sinais de demência. Uma das explicações para isso é o fator genético. Estudos apontam que parentes em primeiro grau têm mais que o triplo de chances de desenvolver a doença.


Sinais pontuais

Entre os tipos de demência, o Alzheimer é o mais comum. No Brasil, a estimativa do Ministério da Saúde é que 1,2 milhão de pessoas tenham demência e que a prevalência em pessoas com 65 anos ou mais corresponde à metade dos casos.

Os primeiros sintomas podem começar até mesmo dez anos antes e se manifestam de maneira gradual. Inicialmente, é comum ocorrer o esquecimento de nomes ou de tarefas cotidianas simples. À medida que o tempo avança, a funcionalidade do indivíduo vai diminuindo gradualmente; ele deixa de conseguir fazer as coisas às quais estava acostumado e passa a depender da ajuda de terceiros, segundo explica o coordenador de Neurologia dos hospitais Universitário Cajuru e São Marcelino Champagnat, Carlos Twardowschy. 

“A perda de memória ocorre de forma lenta e progressiva, acompanhada de alterações comportamentais, como o isolamento e a apatia. O paciente também pode apresentar dificuldades em tarefas simples do dia a dia, como o uso de utensílios domésticos e a busca por palavras apropriadas. Esses são os sinais aos quais a família deve sempre estar atenta. Assim que eles começam a surgir, é indicado procurar atendimento médico para avaliação”, diz o neurologista. “Também é importante que as pessoas que tenham familiar em primeiro grau diagnosticados com Alzheimer, façam uma avaliação neurológica detalhada”, alerta.


Medicamentos

Existem vários estudos que apontam novas drogas para retardar os sinais da doença ou até mesmo estabilizá-la. Mas o fato é que os medicamentos utilizados e disponíveis hoje atuam nos sintomas e não na cura.

A indústria farmacêutica Prati-Donaduzzi produz dois medicamentos para o tratamento da doença de Alzheimer.. A molécula bromidrato de galantamina para os níveis inicial a moderado, que possui uma tecnologia de liberação imediata e prolongada na mesma cápsula; e a molécula cloridrato de memantina para o nível mais grave da doença. “Temos o compromisso de conduzir pesquisas em busca de novas moléculas a serem incluídas em nosso portfólio de medicamentos para o tratamento da doença de Alzheimer, com o objetivo de oferecer um maior leque de opções terapêuticas e, assim, contribuir para uma melhor qualidade de vida dos pacientes”, explica a gerente de produto da Prati-Donaduzzi, Carolina Tiemi.

 

Cuidados no pós-parto e alimentos indicados para uma boa recuperação

Mudanças no dia a dia são necessárias nesta etapa, além de uma alimentação rica em vitaminas para uma rápida recuperação e cicatrização


Seja mãe de primeira viagem ou não, as mulheres precisam tomar certos cuidados no pós-parto, tanto natural quanto cesárea. Os cuidados vão de pequenas mudanças no dia-a-dia, novos hábitos e até mesmo na alimentação, já que certos alimentos podem beneficiar ou prejudicar na cicatrização da cesárea, assim como a recuperação também pode ser impactada.

Após passar por mudanças extremamente significativas durante os 9 meses de gestação, o corpo da mulher começa a se recuperar das alterações nos aspectos físicos, hormonais e mental, momento que é conhecido como puerpério, que dura entre 45 e 60 dias. No parto normal, é comum a aparição de dores no períneo, pois é o local em que a cabeça do bebê pressionou.

“Para ajudar a passar por esta dor, pode ser feito o uso de compressas geladas no períneo e analgésico que não prejudique a amamentação, lembrando que a mãe jamais pode se automedicar nesta fase”, explicou a Dra. Ana Carolina, ginecologista especializada em saúde da mulher na Clínica Ginelife.

Na fase do puerpério, os vasos sanguíneos costumam se contrair e comprimir no local onde a placenta se encontrava. Essa ação é responsável pela formação de alguns coágulos, que recebem o nome de Lóquios. “Geralmente a loquiação acompanha a mulher até seis semanas após o parto. No início, o sangramento é de cor avermelhada e intenso, com o passar dos dias diminui e vai ficando com uma cor mais clara”, comentou a ginecologista.

As mulheres podem sentir um incômodo maior se realizarem cesárea, por conta do processo de cicatrização, que pode ser um pouco dolorido. Conforme dados do Ministério da Saúde, o total de cesáreas no último ano foi de 57,7%. Entre 2 a 4 dias após o parto, a mulher recebe alta e volta para sua casa, neste momento as atenções devem se redobrar para uma rápida recuperação, sem complicações. É importante ficar no mínimo 5 dias em repouso relativo e parar imediatamente qualquer tarefa que gere dor ou esforço. 

“Diferente do que muitas pessoas pensam, a utilização da cinta pós-parto não é recomendada. Ela não ajuda a recuperação dos músculos e ainda a retarda, pois evita que eles se contraiam para sustentar o abdômen, o que aumenta a chance de atrofia”, alertou a Dra. Ana Carolina. “O conselho é: repouso relativo. A mulher não deve fazer tarefas pesadas, mas pode andar e está totalmente apta a cuidar do bebê”, finalizou.

A importância da alimentação no pós-parto

Além das mudanças de hábitos no dia-a-dia e repouso, as mulheres devem também considerar a alimentação como um fator importante para a recuperação do pós-parto e cicatrização, no caso de cesárea. Pois da mesma forma que alguns alimentos trazem benefícios nessa etapa, outros devem ser evitados.

Para a nutricionista na Clínica Ginelife, Gaby Esteves, as mulheres devem evitar alimentos industrializados, embutidos, gordurosos, fritos e com alto nível de açúcar, que não ajudarão na cicatrização e também na saúde do bebê, por conta da amamentação. “As mamães devem dar preferência à carboidratos complexos, por exemplo, batata doce, mandioca, mandioquinha, batata, inhame e cará. Proteínas como carne bovina, frango e peixe, além de ovos e alimentos naturais como frutas e vegetais, preferencialmente orgânicos, que atuam como um anti-inflamatório natural para o corpo”, comentou

 

Mas nem todo tipo de fruta é recomendada, o abacate, por exemplo, tem uma substância que dificulta o funcionamento da enzima colagenase, que atrapalha o processo de cicatrização e pode gerar o aparecimento de queloide. Já alimentos fermentativos, como as leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico e soja), devem ser evitados no puerpério, pois em excesso podem provocar gases e cólicas no bebê.

Como nesse período é normal ficar menos ativa, o intestino tende a ficar obstipado. Neste caso, o aumento no consumo de hortaliças cruas como folhas e legumes é indicado, mas tendo cuidado com as crucíferas (brócolis, couve-flor, couve e repolho), pois podem aumentar gases e causar desconforto.

“Não devemos esquecer de nos preocupar com o que bebemos nesse período, não são apenas os alimentos que podem trazer algum tipo de malefício. Bebidas alcoólicas estão totalmente fora de questão, principalmente para mães que estão amamentando. Já o café que os brasileiros tanto gostam, precisa ser consumido com moderação, no máximo duas xícaras por dia, pois a cafeína pode passar para o leite materno e causar insônia e agitação no bebê”, explicou a nutricionista. “É importante que a mãe se hidrate corretamente e beba aproximadamente 3 litros de água por dia”, finalizou.

 



Dra. Ana Carolina Romanini - ginecologista na Clínica Ginelife. Formada em Medicina, residência em Ginecologia e Obstetrícia e especialização em Videoendoscopia Ginecológica pela Faculdade de Medicina do ABC. Título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Associação Médica Brasileira e Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Título de especialista em Endoscopia Ginecológica pela Associação Médica Brasileira e Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Médica preceptora do setor de Videoendoscopia Ginecológica no Hospital Estadual Mário Covas.

Gaby Esteves - nutricionista na Clínica Ginelife. Formada no Centro Universitário São Camilo em 2003. Pós-graduada em Nutrição Clínica pelo Centro Universitário São Camilo em 2006. Especialista em Suplementação Nutricional pelo Centro VP em 2008. Atendimento em consultório com ênfase em cirurgia bariátrica, doenças intestinais e cardiologia desde 2004. Atendimento em consultório com ênfase em endometriose, menopausa, gestação e SOP desde 2021. Nutricionista do ambulatório de dor pélvica crônica e endometriose da Ginecologia da Faculdade de Medicina da Fundação ABC. Nutricionista Parceira da TV Gazeta em programas televisivos desde 2003.


Avaliação cardíaca deve ser anual e feita em qualquer idade

Recomendação é do Seconci-SP, na campanha Setembro Vermelho

 

Para prevenir problemas cardíacos, o ideal é realizar um check-up anual em qualquer idade, mesmo que a pessoa não tenha sintomas. Esta é a mensagem do dr. George Fernandes Maia, cardiologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), por ocasião da campanha Setembro Vermelho, que tem sua data principal no Dia Mundial do Coração (29 de setembro).

Criada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a campanha alerta para a prevenção e o tratamento das doenças cardiovasculares. Segundo levantamento de 2021 realizado pela associação, cerca de 14 milhões de brasileiros têm alguma doença no coração e cerca de 400 mil morrem por ano em decorrência dessas enfermidades.

“O exame anual é muito importante, não importa a idade, pois os problemas cardiovasculares também têm afetado muitos jovens. Já para os pacientes que têm cardiopatias ou hipertensão, a avaliação médica deve ser feita a cada seis meses”, recomenda o cardiologista.

O dr. George salienta que atividade física e alimentação saudável e equilibrada são fundamentais para a prevenção de doenças cardíacas. “Deve-se evitar o tabagismo, a ingestão de bebidas alcoólicas, comidas com muito sal ou gordurosas”.

Para os trabalhadores da construção civil, são duas as recomendações. “Procure realizar exercícios como musculação e caminhadas, mesmo que você faça uma atividade física intensa nos canteiros. E busque uma alimentação equilibrada, combinando a mistura com saladas, frutas e verduras, sempre com pouco sal”.

O cardiologista alerta que, mesmo com a atividade física no canteiro, o trabalhador muitas vezes precisa melhorar seu condicionamento físico. Ele também pode apresentar problemas como obesidade, hipertensão ou arritmias. Por isso, deve evitar o sedentarismo fora do trabalho. E se optar por academia, precisa submeter-se antes a uma avaliação médica.

No Seconci-SP, estão disponíveis os exames de eletrocardiograma, ecocardiograma, teste ergométrico e holter. Além de avaliações pelos cardiologistas da entidade, o paciente também recebe orientações da nutricionista sobre a alimentação.

 

Surdez: dependendo da causa, existe, sim, possibilidade de cura!

Médica do Hospital Paulista explica que diagnóstico correto é fundamental para avaliar se é possível restaurar a audição, ou ao menos melhorar a qualidade de vida do paciente afetado

 

Muita gente pensa que a surdez é uma deficiência de nascença, sem possibilidade de cura, e que a única solução para transpor a limitação comunicativa imposta por ela é por meio do aprendizado da linguagem de sinais.

De fato, há muitos casos que são, sim, de nascença e de difícil recuperação. E a linguagem de sinais, claro, é uma aliada importantíssima em termos de comunicação.

No entanto, esse universo é bem mais amplo do que se imagina. Existem diferentes tipos de surdez – e alguns deles podem surgir ao longo da nossa vida. Da mesma forma, também podem ser reversíveis a depender do caso, conforme explica a Dra. Bruna Assis, otorrinolaringologista do Hospital Paulista.

"Tudo depende do local da lesão que afeta o sistema auditivo. Esse é o grande desafio que os médicos têm: realizar o diagnóstico adequado, para depois buscar um tratamento que possa restaurar a audição ou, ao menos, melhorar a qualidade de vida do paciente", esclarece.

Dra. Bruna destaca que o ouvido é dividido em três partes: externa, média e interna. Conforme o local, os problemas de surdez ou perdas de audição podem variar, assim como os tratamentos indicados.

Dessa forma, cabe aos médicos avaliarem se:

- A surdez é por condução. Ou seja, acontece quando o problema ocorre no ouvido externo e/ou médio, que tem como função conduzir o som até o ouvido interno.

- A surdez neurossensorial. Ou seja, ocorre quando há uma lesão no ouvido interno, impedindo que essas células levem o estímulo do som do ouvido interno até o cérebro.

- A surdez é mista. Quando combina duas lesões, simultaneamente. Exemplo: uma lesão tanto no ouvido externo e/ou médio como no ouvido interno.

- A surdez é central. Ou seja, causada por variações na compreensão da informação sonora.

Esse último caso, segundo a especialista, é considerado o mais desafiador. "É o tipo mais complexo de perda auditiva, por envolver todo o processamento, interpretação dos sons e a capacidade mental do paciente. A causa do problema pode não estar propriamente no ouvido ou em uma de suas estruturas.”

Nos demais casos, contudo, a médica afirma que há chances bem maiores de recuperação, mesmo que seja com a ajuda de instrumentos, a exemplo do aparelho auditivo.


Conscientização

Neste mês, aliás, o assunto é o tema central da campanha “Setembro Azul” ou “Setembro Surdo”, que desde 2011 mobiliza a comunidade médica de todo o país. O objetivo é chamar a atenção para as lutas e conquistas da comunidade surda no Brasil e no mundo, além de conscientizar o público sobre a importância do diagnóstico e tratamento dessa disfunção.

"É muito importante que tenhamos o cuidado de manter o paciente surdo ou com dificuldade auditiva inseridos à sociedade. O isolamento, principalmente do idoso, pode contribuir para o desenvolvimento de doenças como depressão, demência e Alzheimer. Portanto, é fundamental sempre procurar atendimento, nesses casos.”


Existe prevenção?

Além da conscientização, a médica destaca que também é possível adotar medidas de prevenção à surdez.

"Apesar de existirem fatores genéticos envolvidos no processo da evolução da perda auditiva, alguns hábitos de vida podem reduzir riscos. Por exemplo: evitar a exposição a ruídos intensos por longos períodos. O mesmo vale para as doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e dislipidemia (doença que se caracteriza por anomalias nos níveis de lipídios no sangue, principalmente do colesterol total e dos triglicérides).”

Dra. Bruna ainda recomenda avaliações de rotina com o médico otorrino para manter uma audição saudável.



Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Saúde sexual: cuidados que vão além dos exames preventivos

Especialista do Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, no Rio, fala sobre importância de empoderar mulheres para que assumam o controle de seus corpos, aprendendo mais sobre seus desejos e direitos

 

Considerada fundamental para garantir o bem-estar físico e mental, a saúde sexual engloba inúmeros fatores para além da ausência de doenças relativas ao aparelho reprodutor. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um indivíduo sexualmente saudável é aquele que tem condições físicas, emocionais, mentais e sociais para vivenciar experiências sexuais seguras e prazerosas.

Para que isso ocorra, segundo afirma Dra. Aline Vales Whately, ginecologista do Hospital da Mulher Mariska Ribeiro (HMMR), gerenciado pelo CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, é necessário ampliar o acesso aos métodos de prevenção de ISTs (Infeções Sexualmente Transmissíveis), bem como estimular o autocuidado e conscientizar a população sobre violência sexual, riscos de uma gravidez precoce e importância de realizar os exames preventivos regularmente.

“Toda mulher deve ter acesso a um acompanhamento ginecológico de qualidade, para que possa manter em dia seus exames e tratamentos. E tão importante quanto, poder tirar todas as dúvidas sobre seu corpo, desejos e direitos femininos”, frisa.

Para a médica, esses pontos são fundamentais, uma vez que a mulher sofre mais – e mais cedo – com os impactos da falta de informação e de cuidados médicos e, até mesmo, dos tabus culturais relacionados à sua vida sexual e reprodutiva.

“A mulher deve conhecer o seu corpo para aprender a reconhecer alguma alteração patológica e também para saber do que gosta, e como gerar prazer para satisfazê-la. Esse entendimento coloca a mulher no controle de seu corpo e dá a ela o direito de escolhas: menstruar ou não menstruar, quando ter relações sexuais, com quem ter essas relações, se deseja engravidar ou não, e como se prevenir contra infecções sexualmente transmissíveis”, completa.

Dessa forma, o primeiro passo é realizar o exame de rotina ginecológico, que inclui coleta preventiva, para evitar câncer de colo de útero; toque vaginal, para avaliar presença de alterações abdominais, como massas pélvicas; e exames das mamas, em busca de algum nódulo.

Em relação ao controle de ISTs, a atuação deve acontecer em duas frentes: a primeira, com ações contundentes de conscientização sobre o uso do preservativo; e a segunda, com acompanhamento constante para diagnóstico precoce, considerando que muitas ISTs não têm cura, mas podem ter seus sintomas reduzidos com o tratamento adequado.

Em pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde em 2021, cerca de 1 milhão de pessoas declararam ter tido diagnóstico de ISTs ao longo de 12 meses. Para agravar esse cenário, um outro levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que o uso da camisinha entre adolescentes vem caindo nos últimos dez anos, com apenas 59% dos jovens entrevistados assumindo que utilizaram o preservativo na última relação sexual.

“Dentre as principais doenças não curáveis temos o HIV e o HPV (relacionada ao câncer de colo de útero), herpes genital (causa bastante dor e incômodo) e hepatite B (que pode cronificar e levar ao câncer hepático)”, exemplifica.

Já entre as infecções tratáveis que poderiam ser evitadas com o uso do preservativo, a especialista alerta para clamídia e gonococo, que levam à doença inflamatória pélvica, podendo causar infertilidade e sífilis, com alta incidência e morbidade. “Quando ocorre na gestação, pode causar aborto ou ser transmitida ao bebê, levando a infecções graves no recém-nascido.”

Em outro aspecto, para a especialista do HMMR, a relação da mulher com seu corpo e com o ato sexual precisa ser olhada com atenção desde cedo e passa por conceitos cruciais de empoderamento feminino.

“A mulher deve ser estimulada a se tocar e conhecer seu corpo, desvendando, assim, suas preferências e chegando ao tão esperado orgasmo. Tirar a responsabilidade de obtenção de prazer sexual do parceiro, e descobrir que é possível obter prazer sozinha, é libertador e aumenta a autoestima feminina”, defende.

Esse exercício de autodescoberta do corpo também leva à percepção de como funciona a própria libido. Segundo a Dra. Aline, ao contrário do que se imagina, o problema não acontece apenas na menopausa, podendo atingir mulheres de todas as idades, pois não está diretamente ligada à falta de hormônios.

“Em geral, alterações hormonais têm pouco ou nenhum peso sobre a libido da mulher, que é muito complexa e multifatorial e, por isso, de difícil tratamento. A excitação feminina está relacionada ao cortejo do parceiro, sedução, bom papo, troca de carícias e admiração do parceiro, coisas que se perdem com relacionamentos longos, que caem na rotina. ”

Para fechar esse ciclo de cuidado e prevenção, Dra. Aline reforça a importância de promover ações de conscientização e combate à violência sexual, encorajando as mulheres a externarem situações de agressão e buscarem ajuda. “Leis cada vez mais difundidas e uma rede de apoio mais consistente podem contribuir para que as mulheres assumam o controle de suas vidas e de seus corpos.”




CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
@cejamoficial)
cejam.org.br/noticias.


Hérnia Inguinal: O Que Você Precisa Saber - Causas, Sintomas e Tratamentos

 Saiba Mais Sobre O Tipo Mais Comum De Hérnia E Por Que O Tratamento É Fundamental


Sabemos que as hérnias na virilha (Inguinal) é o tipo mais comum de hérnia, atingindo 75% das hérnias de parede abdominal. Ela ocorre quando uma porção do intestino ou outra estrutura intra-cavitária protrui através de uma fraqueza ou abertura na parede abdominal na região da virilha. A presença da hérnia e seu tratamento cirúrgico normalmente não são causas de infertilidade.

Sua presença é mais comum entre os homens, mas pode afetar homens e mulheres de todas as idades.

As causas exatas da hérnia não são completamente estabelecidas, mas sabe-se que vários fatores podem estar envolvidos. A principal causa é a fraqueza nos músculos do abdômen, que pode estar presente desde o nascimento (congênito) ou desenvolvida ao longo do tempo devido ao envelhecimento, esforço físico repetitivo, obesidade e gravidez.

Os principais sintomas incluem uma protuberância ou inchaço na região da virilha com dor ou desconforto principalmente aos esforços. Em alguns casos pode ser assintomática, mas ainda assim requer tratamento.

 O tratamento para hérnia inguinal é cirúrgico e o objetivo principal é reparar a fraqueza n parede abdominal as estruturas intra-cavitárias herniadas ao seu local de origem sem causar lesões. Pode ser usado técnica convencional, laparoscópica ou robótica para o tratamento cirúrgico. O tipo recomendado vai depender do tamanho, gravidade da hérnia, condições de saúde do pacinete etc.  Apenas um especialista poderá indicar o melhor tratamento – Explica o Dr. Ernesto Alarcon, Cirurgião Geral, especialista em Videolaparoscopia.

 

Tipos de Hérnias Inguinais


Há dois tipos de hérnias inguinais, as diretas e as indiretas.

  • A indireta se forma pela passagem de estrutura intra cavitária para o interior da bolsa que envolve o testículo através de um ponto frágil, o anel herniário.
  • A direta, como o próprio nome sugere, forma-se diretamente num ponto da parede abdominal enfraquecida, que se rompe, permitindo a passagem de uma estrutura intra cavitária pelo orifício herniario. 

 

A Importância da Cirurgia

Hoje em dia o número de cirurgias de hérnia chega a quase 1 milhão anualmente.

Sempre que o benefício para a realização do procedimento cirúrgico supera seus riscos, a hérnia inguinal deve ser operada, evitando assim, a piora do quadro com o passar do tempo e suas possíveis complicações, como por exemplo o encarceramento e o chamado estrangulamento herniário, que vai exigir um procedimento urgente, com risco cirúrgico maior e no qual a cirurgia poderá ser muito maior do que apenas uma correção da hérnia – Finaliza o Dr. Ernesto Alarcon.

 

Dr. Ernesto Alarcon - Cirurgião Geral especialista em videolaparoscopia em SP- Cirurgias de hérnias, vesículas,vasectomia, entre outros.
https://drernestoalarcon.com.br
@drernestoalarcon

 

Dia Mundial do Pulmão (25 de setembro): Programa inovador de check-up para detecção de câncer de pulmão eleva chances de diagnóstico precoce e cura

Exame de baixa radiação e abordagem multidisciplinar redefinem o cuidado pulmonar

 

O Dia Mundial do Pulmão, que ocorre no dia 25 de setembro, busca destacar a importância da conscientização acerca da saúde pulmonar e do diagnóstico precoce da doença. Nesse contexto, o Hospital Santa Paula, referência em São Paulo e que faz parte da Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil, acaba de estabelecer um novo protocolo de rastreamento para a detecção precoce do câncer de pulmão em pacientes de alto risco. Centralizado em um exame de tomografia que utiliza baixas doses de radiação, o procedimento não apenas oferece resultados precisos, mas protege os pacientes de maior risco, como tabagistas, contra os potenciais impactos negativos associados à exposição à radiação.  

A tomografia de baixa dose é realizada no mesmo equipamento convencional, porém utilizando um protocolo que envolve menor quantidade de radiação e sem a necessidade do uso de contraste. A dra. Helena Alves, radiologista do Hospital Santa Paula, líder na implementação do exame, explica como a novidade impacta positivamente na jornada do paciente: “O programa de rastreamento de câncer de pulmão objetiva a abordagem integral dos nossos pacientes, e a tomografia de baixa radiação não é apenas uma inovação técnica, mas sim, um ato de cuidado. A menor exposição à terapia é uma medida protetora que prioriza a saúde e bem-estar", diz a especialista.   

Além do próprio exame, o programa de check-up reúne uma equipe multidisciplinar de especialistas, entre eles pneumologistas, cirurgiões, oncologistas e radiologistas. Juntos, desempenham um papel fundamental no diagnóstico e na interpretação minuciosa do resultado. “A colaboração é um elemento vital na luta contra o câncer de pulmão. Este protocolo de check-up eleva o patamar do atendimento preventivo, abrindo portas para um diagnóstico precoce, promovendo uma jornada mais tranquila ao paciente”, comenta dr. Tiago Kenji, líder de oncologia do Hospital Santa Paula.  

A contribuição dessa abordagem integrada é resultado da dedicação contínua da Dasa Oncologia em promover desfechos favoráveis e cuidado integral aos pacientes durante todo o processo. “O novo protocolo de check-up do Hospital Santa Paula reforça nosso compromisso de buscar estratégias mais eficientes para alcançar os melhores resultados para o paciente”, finaliza dr. Gustavo Fernandes, diretor da Dasa Oncologia. 

 


Hospital Santa Paula


Dasa
www.dasa.com.br


Campanha mundial visa conscientizar sobre hidrocefalia, doença que afeta 400 mil crianças por ano e 8 milhões de idosos no mundo

O diagnóstico precoce da hidrocefalia, que muitas vezes é confundido com quadros de demência em idosos, é um dos desafios. Por essa razão, a Hydrocephalus Association, entidade norte-americana sem fins lucrativos, acaba de instituir 20 de setembro como o Dia Mundial da Hidrocefalia. No Brasil, o Dia Nacional de Atenção aos Portadores de Hidrocefalia é 25 de outubro. A brain4care, healthtech brasileira pioneira no mundo no desenvolvimento da tecnologia não invasiva de monitorização da pressão e complacência intracraniana - um sinal neurológico que, ao lado dos demais exames utilizados, tem se revelado importante no diagnóstico, tratamento e acompanhamento em casos de hidrocefalia - convida a todos a participarem da campanha de conscientização da HÁ


O Prof. Sérgio Mascarenhas (1928-2021) e a pequena Maya,
 que percorreram uma longa jornada diagnóstica até a
 confirmação da hidrocefalia e o resgate da qualidade de vida
   
Divulgação/brain4care

 

A Hydrocephalus Association (HA), entidade norte-americana sem fins lucrativos, criada em 2003, acaba de definir 20 de setembro como o Dia Mundial da Hidrocefalia. No Brasil, a data voltada à conscientização sobre a patologia foi criada em 2019, por meio de projeto de lei, e instituiu 25 de outubro, como o Dia Nacional de Atenção aos Portadores de Hidrocefalia. Cerca de 400 mil crianças por ano no mundo recebem o diagnóstico de hidrocefalia e estima-se que a doença acomete 8 milhões de idosos do planeta, de acordo com a HA.

No Brasil, com base em estimativas de estudos realizados com informações de sistemas de saúde a incidência de hidrocefalia é de 1-3 por 1.000 nascimentos somente para a congênita ou de início precoce, acrescentando hidrocefalias adquiridas; 60% dos casos ocorrem em recém-nascidos; e 40% em idosos. Grave em relação aos idosos é que muitas vezes a hidrocefalia é confundida com Mal de Parkinson, Alzheimer e outras demências. 


Entendendo a hidrocefalia

O cérebro e a coluna vertebral são banhados pelo líquido cefalorraquidiano (LCR), que flui através das cavidades. A hidrocefalia acontece quando há acúmulo desse líquido nas cavidades do cérebro, aumentando o tamanho dessas estruturas e fazendo pressão sobre o cérebro (hipertensão intracraniana). Caso a hidrocefalia não seja diagnosticada e tratada precocemente, o aumento da pressão intracraniana causará danos cerebrais.

A hidrocefalia pode ocorrer em qualquer idade e o tratamento cirúrgico da doença para inserção de uma válvula de derivação pode restaurar e manter os níveis normais de líquido cefalorraquidiano no cérebro. Em geral, esse sistema é composto por dois cateteres e uma válvula que redireciona o excesso de líquido do ventrículo do cérebro para outra parte do corpo, proporcionando alívio de longo prazo para pessoas com hidrocefalia.

As causas da doença ainda são pouco conhecidas, mas entre seus sintomas, que variam de acordo com a idade, estão: cabeça muito grande (em recém-nascidos); dores de cabeça; sonolência; alteração no estado mental, como confusão; visão turva ou dupla; náusea; dificuldade de andar; incontinência urinária.


O desafio do diagnóstico precoce e a contribuição brasileira

O grande desafio é o diagnóstico precoce. No caso de pessoas com mais de 80 anos, por exemplo, a literatura médica aponta que entre 10% e 30% dos casos diagnosticados com demência podem ter causas reversíveis como a hidrocefalia. Ou seja, das milhões de pessoas  que envelhecem e começam a ter declínio cognitivo, se 1 em cada 3 ou 1 em cada 10 tiverem o diagnóstico correto de hidrocefalia, elas podem ser tratadas e recuperar sua qualidade de vida. Portanto, uma das importantes mensagens da campanha da HA é “destacar a necessidade crucial de diagnóstico e tratamento imediatos”.

Nesse contexto, a contribuição do Brasil é relevante porque a ciência brasileira é pioneira no mundo no desenvolvimento da tecnologia brain4care, um método não invasivo de monitorização da pressão e complacência intracraniana, que tem como uma de suas aplicações importantes, auxiliar no diagnóstico assertivo de hidrocefalia e fornecer dados essenciais no acompanhamento e regulagem da válvula de derivação em pacientes tratados com esse recurso.

A tecnologia, aprovada pela Anvisa no Brasil, e FDA, nos Estados Unidos, é utilizada ao lado dos demais exames que fazem parte do protocolo de diagnóstico de hidrocefalia em pessoas de todas as faixas etárias. Antes da tecnologia brain4care, a única maneira de ter acesso a dados sobre a pressão intracraniana era por métodos invasivos - o padrão ouro a inserção cirúrgica de um cateter na caixa craniana.

Na jornada de médicos que passaram a utilizar a brain4care, há exemplos de pacientes idosos que começam a apresentar declínio cognitivo e incontinência urinária, sem qualquer alteração nos exames de imagem, mas com hipertensão intracraniana alterada na monitorização. Tratado com medicamento, um desses pacientes deixou de ter incontinência urinária na primeira semana e logo os sinais de declínio cognitivo desapareceram. Outro paciente, com cefaleia aguda, teve desfecho diferente. A monitorização mostrou uma hipertensão intracraniana grave e ela precisou ser internada para realizar uma punção liquórica (tap test) para aliviar a pressão do cérebro. Essa paciente fez uma cirurgia para colocação de válvula de derivação e não teve mais cefaleia.


Campanha de conscientização sobre hidrocefalia

Para contribuir com a campanha internacional de conscientização sobre hidrocefalia, promovida pela HA, a brain4care a partir de 20 de setembro e ao longo de outubro, vai divulgar em seus meios de comunicação no Brasil e Estados Unidos – redes sociais, painéis científicos e ações de imprensa – informação referenciada sobre hidrocefalia, além de histórias de pacientes, com foco na conscientização sobre a doença e, principalmente, no diagnóstico precoce e tratamento.

Para apoiar conosco a campanha internacional da HA, acesse:

https://www.hydroassoc.org/whd/

 


brain4care
https://brain4.care/

 

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