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domingo, 6 de agosto de 2023

Crenças limitantes originam padrões de comportamento que podem levar a uma vida infeliz

O escritor e palestrante Maurício Souto afirma que, para adquirir crenças mais positivas e construtivas, é preciso exercitar o autoconhecimento e aprimorar o desenvolvimento pessoal


Todos as pessoas buscam a felicidade, mas algumas não conseguem encontrá-la. A explicação para isso reside em atitudes e comportamentos que vão de encontro àquilo que necessitam para viver a vida de forma plena e satisfatória. Dessa maneira, fica claro que estas pessoas precisam de uma drástica mudança em nível comportamental, o que nem sempre é fácil, já que tais modos de agir, na maioria das vezes, são automatizados, impulsionados por crenças que elas nem se dão conta que têm.

O escritor, palestrante e autor do livro “O Poder do Ânimo”, Mauricio Souto, afirma que o ser humano é resultado de suas crenças e age sempre de acordo com elas. De acordo com Souto, primeiramente, estas crenças advêm dos pais. Depois, as pessoas costumam ser influenciadas por professores e pessoas próximas, com quem convivem ou simplesmente admiram, como artistas, pastores, líderes comunitários, até mesmo programas de rádio e televisão.

Segundo o escritor, tais crenças podem ser limitantes ou inspiradoras. Quando se trata do primeiro caso, convém alterá-las. “A chave para que isso aconteça está no autoconhecimento e no desenvolvimento pessoal”, afirma. Isso implica, de acordo com Souto, compreender o passado, percebendo os atos e comportamentos que estão ligados a ele, por meio de padrões e modelos cultivados ao longo da vida. “À medida que essa percepção fica clara, inicia-se a mudança de paradigmas e a construção de novas crenças e modelos mais adequados ao propósito de vida de cada indivíduo”, diz.

Com o objetivo de construir novas convicções, mais adequadas a um propósito de vida que leve à felicidade, é de grande valia, conforme Souto, entender como as crenças se formam. “De modo geral, uma crença é incutida na pessoa por ao menos dois caminhos, a saber: forte impacto emocional e repetição ou frequência”, explica.

No primeiro caso, uma situação é vivenciada de uma maneira tão forte, que acaba por gerar um trauma que alimenta uma convicção sobre si mesmo. Por exemplo, um filho, que, em razão do baixo rendimento escolar, é chamado de “burro” por seu pai, tende a guardar esse episódio na memória e assimilar a crença do não merecimento, que leva a uma autoimagem negativa.

No segundo caso, uma situação é vivida regularmente, tantas vezes, que também fica marcada na memória, fazendo o indivíduo apropriar-se dela como verdade absoluta. Como exemplo, o autor do livro “Poder do Ânimo” cita o caso de um filho que é, de maneira repetida, chamado de “incompetente” por seu pai. “Tal atitude certamente estimulará um comportamento negativo e de baixa autoestima na criança”, diz.

Assim, destaca Souto, pode-se inferir que para assimilar uma crença que altere positivamente seu comportamento, a pessoa deverá investir no impacto e na frequência de atitudes que levem a isso. Mais especificamente, segundo o escritor, para mudar uma crença ou construir uma nova, o indivíduo deverá visualizar ou repetir ações que ele queira incutir nele próprio. “Por exemplo, se a pessoa escrever e ler (preferencialmente em voz alta) todos os dias o que quer ser ou o que quer fazer na vida, isso certamente irá se transformar em algo que ela acredita, que logo serão crenças, por meio das quais poderá atingir grandes objetivos”, comenta. 

Há neste ponto, contudo, um obstáculo a ser superado. Isto porque, explica Souto, as pessoas, em sua maioria, não costumam ter clareza daquilo que querem, o que torna difícil saber se estão no caminho certo e se seus comportamentos são os mais adequados. “Se o propósito não estiver bem claro, qualquer caminho serve, de modo que a pessoa passa a ter uma trajetória de vida que não faz sentido para ela e que só lhe traz desprazer e frustação”, diz. De acordo com o palestrante, para tanto, é fundamental que o indivíduo consiga se localizar em sua trajetória, compreendendo o que está fazendo no presente momento e em que medida isso está relacionado com o que deseja ser e alcançar.

Quando compreendem o que são e o que almejam ser, as pessoas refletem sobre seus comportamentos prejudiciais e conseguem identificar as crenças que levarem a eles, assim como de onde essas convicções surgiram. Entretanto, destaca Souto, ao se conscientizarem sobre as origens de suas limitações, muitos usam-na não como combustível para mudarem, mas como pretexto para justificarem fracassos e como desculpa para não agirem.

O escritor ressalta a necessidade de as pessoas entenderem de onde vêm suas limitações, perceberem que algumas delas estão relacionadas à educação dos pais, por exemplo, e como elas impendem de viver plenamente a vida. No entanto, o mais importante, conforme Souto, é terem clareza de que podem mudar esse padrão que leva à frustração e à infelicidade, transformando crenças e construindo um novo patamar de sucesso na vida delas. “Para isso, é preciso desassociar as crenças do passado, formando novas crenças, com novos hábitos e novas atitudes para mudar a situação atual”, afirma.

Souto afirma que não é o que aconteceu no passado (origem familiar, condição social etc.) que definirá o destino das pessoas, determinando seu grau de prosperidade, mas as decisões e atitudes disciplinadas que adotarem (com base nos novos pensamentos, novas crenças e sentimentos positivos), a partir do momento que tomarem consciência de quem são, de onde estão e aonde querem chegar.

Ficha técnica:

Subtítulo: Como recuperar sua energia, reconectar-se com seus sonhos e construir uma jornada extraordinária

 Autor: Mauricio Souto

 ISBN: 9786555443523

 Formato: 16 x 23 cm Páginas: 208

 Preço de capa: R$ 64,90

Preço e-book: R$ 45,40 Lançamento: 10/07

Selo: Gente

Gênero: Desenvolvimento pessoal


Tempo de cuidar da saúde emocional dos profissionais da educação

Vamos abordar a saúde emocional dos profissionais da educação, que são importante referência para crianças e adolescentes cada vez mais estressados e/ou com problemas de aprendizado e comportamento. Falar disso é uma necessidade, diante dos efeitos do cenário pós-pandemia e em função do agravamento das divisões políticas e extremismos. Esses e outros fatores ligados às mudanças no papel do professor, aumento dos desafios nas interações com as famílias e das cobranças da nossa sociedade, tornam urgente discutir o tema.

Foi normatizado pelo sistema educacional que, além de transmitir conhecimento, o professor precisa participar da formação integral dos alunos, desenvolvendo as habilidades socioemocionais, além de atuar na mediação de conflitos e na educação inclusiva. Para isso, é preciso recorrer a estratégias e metodologias inovadoras. No entanto, muitas vezes ele não foi devidamente preparado, em sua formação, para tais demandas.

Em meio às novas exigências, também aumentaram os desafios na interação com as famílias. Muitos de nós, professores e pais dessa geração, estamos vivenciando a transição de uma sociedade que resolvia tudo num ritmo mais ameno para outra que experimenta um compasso mais acelerado em decorrência do avanço tecnológico. O livro "Sociedade do Cansaço", do filósofo sul-coreano Byung-Chul Han, descreve isso. Evidência que a sociedade do século XX, caracterizada por um sistema disciplinador repressivo, está sendo substituída pela “violência neuronal”, relacionada à busca pelo alto desempenho.

Em suma, a correria desenfreada e a pressão para resultados extraordinários afetam direta e indiretamente crianças e jovens. Tudo isso reflete em doenças psicológicas das famílias e deságua no relacionamento com a escola que, por sua vez, é feita por pessoas que também passam pelas mesmas questões.

Outro fator relevante é que os pais dos alunos que estão na Educação Básica pertencem a uma geração que lutou pela liberdade de escolha e de expressão. Ao mesmo tempo que rompem com as amarras de dogmas e constroem sua própria visão de mundo, sentem o peso das responsabilidades por suas escolhas. Antigamente, as coisas ruins eram atribuídas ao divino ou eram culpa do patrão ou do destino. Porém, em uma sociedade mais flexível como a atual, a responsabilidade recai ainda mais sobre os pais, e assumir as consequências disso não é fácil.

Assim, os adultos que hoje são pais e mães precisam se preparar melhor para um mundo exigente e em constante transformação, além de preparar seus filhos para cenários ainda mais incertos. É normal que se sintam vulneráveis nessa realidade e em relação à educação que devem proporcionar aos filhos. Esses sentimentos acabam minando a confiança na escola, dificultando o processo educacional e a necessária sintonia entre pais e instituição de ensino.

O professor que também está nessa geração, com tantas culpas e cobranças, precisa preparar o aluno para o amanhã que ele não consegue projetar, diferentemente dos mestres das gerações passadas. Soma-se a esse desafio a necessidade de preparar os alunos nos aspectos curriculares e na preparação para a vida. As incertezas e o medo de falhar tiram o sono e afetam a saúde emocional dos profissionais da educação.

É fundamental aos gestores escolares reconhecer a situação e, sempre que oportuno, esclarecer o contexto que muitas vezes fica despercebido. Devem acompanhar a relação família-escola e cuidar da saúde emocional da equipe. Cabe a eles deixar claro para os docentes que a escola é uma parceira, incentivando-os a arriscarem-se em novas metodologias e a se envolverem no trabalho socioemocional. A expectativa da escola é que os professores aceitem esse desafio, entendam seu novo papel e queiram acertar, mesmo que cometam erros nessa jornada inicial.

É essencial que gestores escolares, famílias e estudantes observem o cuidado emocional consigo mesmos e com os profissionais da educação. Um ambiente educacional saudável e acolhedor, que promova o desenvolvimento pleno dos estudantes, deve ser um compromisso coletivo.

 

Eldo Pena Couto - especialista em psicopedagogia, mestre em administração com MBA em gestão empresarial e diretor dos Colégios Arnaldo


Cinco dicas de filmes que trazem a saúde mental como tema principal

 

Obras levantam reflexões acerca da saúde mental e de como ela impacta a vida humana

 

As obras cinematográficas têm a função de divertir, emocionar, entreter e também informar e conscientizar as pessoas sobre temas importantes da sociedade. Em sua essência, a grande maioria dos filmes trazem em si alguma lição ou reflexão sobre a condição humana. Porém, há um extenso catálogo de obras que têm como foco principal a saúde mental e seus impactos. 

“Estamos caminhando para uma realidade em que falar sobre saúde mental já não é mais um tabu, e o cinema tem um grande potencial de contribuição para este debate. As pessoas estão cheias de problemas para resolver e com cada vez mais dificuldade de lidar com tudo o que acontece em suas vidas. Ver esses mesmos desafios e dificuldades em um personagem de cinema pode criar identificação, colaborando inclusive para a busca de soluções, como o suporte psicológico profissional”, menciona a psicanalista e CEO do Ipefem (Instituto de Pesquisa de Estudos do Feminino e das Existências Múltiplas), Ana Tomazelli. 

Abaixo, reunimos cinco dicas de filmes voltados ao tema da saúde mental. Confira!

 

1) Uma Mente Brilhante (2001)

O drama norte-americano conta a história verídica de um famoso matemático, John Nash. O enredo do longa-metragem percorre sua trajetória acadêmica, a vida ao lado da esposa e como teve que lidar com a esquizofrenia ao longo de sua vida.

John Forbes Nash Jr. é reconhecido como gênio da matemática com apenas 21 anos, e logo começa a dar sinais de esquizofrenia. Nash usa seu conhecimento na matemática para tentar compreender se o que ele vê é real ou fruto da esquizofrenia. Após anos de luta contra a doença, o matemático conquista o prêmio Nobel de Economia. Classificação: 12 anos.

 

2) As Vantagens de Ser Invisível (2012)

Baseado no romance escrito por Stephen Chbosky, Charlie, um jovem simpático e ingênuo, enfrenta o delicado momento de lidar com o primeiro amor (Emma Watson), o suicídio de seu melhor amigo, e sua própria doença mental.

Enquanto enfrenta todos estes momentos, o jovem luta para encontrar um grupo de pessoas com o qual ele se sinta pertencente. Classificação: 14 anos. 

 

3) Nise – O coração da loucura (2016)

O filme traz uma reflexão sobre a psiquiatria e as práticas manicomiais no Brasil, tendo como fio condutor a batalha da médica Nise da Silveira, uma das precursoras no combate a formas agressivas e desumanas de tratamentos contra transtornos mentais, além de ser uma das primeiras mulheres a atuarem na psiquiatria no país e aluna de Carl Jung, um dos pais da psicanálise.

Por ter se envolvido na luta contra tratamentos abusivos, como eletrochoques e lobotomias, Nise foi “punida” e passou a trabalhar na área de terapia ocupacional, que era menosprezada pelos médicos. A médica viu uma oportunidade de repensar este tipo de terapia, passando a usar a arte como forma de tratamento, o que foi um marco no tratamento psiquiátrico oferecido no Brasil até aquele momento. Classificação: 12 anos.

 

4) Divertidamente (2015)

A celebrada animação da Pixar conta a história da pequena Riley, uma garotinha de 11 anos que passa por um momento conturbado em sua vida: a mudança de cidade e escola, além das transformações presentes na transição da infância para a pré-adolescência. 

O enredo se passa principalmente dentro da cabeça da menina, com a “atuação” de cinco emoções: Alegria, Tristeza, Medo, Raiva e Nojo. Ao longo da animação, a vida da jovem vai se transformando radicalmente, e suas emoções tentam retomar o controle da situação após uma grande confusão envolvendo a Tristeza e a Alegria. Classificação: Livre.

 

5) Preciosa - Uma História de Esperança (2009)

Preciosa é baseado no romance Push, de Sapphire, e conta a história de Claireece “Precious” Jones, com apenas 16 anos. A adolescente sofre abuso psicológico da mãe e também é abusada sexualmente pelo pai. Além disso, a jovem sofre também com discriminação, agressão, opressão e gordofobia no seu dia a dia.

Sem saber ler e nem escrever, Preciosa pensa em desistir de tudo, mas vê que pode haver uma chance de mudar de vida estudando em uma escola alternativa. Sob a orientação de sua nova professora, a Sra. Rain, a jovem começa o caminho da autodeterminação e superação. Classificação: 16 anos. 


Ana Tomazelli - psicanalista e CEO do Ipefem (Instituto de Pesquisas & Estudos do Feminino e das Existências Múltiplas), uma ONG de educação em saúde mental para mulheres no mercado de trabalho. Mentora de Carreiras, Executiva em Recursos Humanos, por mais de 20 anos, liderou reestruturações de RH dentro e fora do país. Com passagens pelas startups Scooto e B2Mamy, além de empresas tradicionais e consolidadas como UHG-Amil, Solera Holdings, KPMG e DASA (Diagnósticos da América S/A). Mestranda em Ciências da Religião pela PUC-SP e membro do grupo de pesquisa RELAPSO (Religião, Laço Social e Psicanálise) da Universidade de São Paulo, também é pós-graduada em Recursos Humanos pela FIA-USP e em Negócios pelo IBMEC-RJ. Formada em Jornalismo pela Laureate - Anhembi Morumbi.
Linkedin/anatomazellibr
Instagram @ipefem



Ipefem
https://ipefem.org.br/


Diversão off-line: como manter crianças longe das telas

Freepik

Poder de equipamentos eletrônicos sobre cérebro infantil pode ser combatido com criatividade e proposta de atividades que exijam movimento


Há algum tempo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras instituições mundo afora vêm emitindo alertas a respeito do tempo gasto por crianças e adolescentes em frente às telas de aparelhos eletrônicos. É uma discussão já gasta, mas que parece cada dia mais distante de acabar, visto que o apelo dos meios digitais junto a esse público é especialmente difícil de ser combatido. Mas, com um pouco de criatividade, pais e responsáveis podem vencer essa batalha. 

Uma das dicas é estimular a realização de atividades físicas, seja dentro de casa ou ao ar livre. De acordo com a gerente de Formação do Sistema Positivo de Ensino, Alessandra Samaan, manter os pequenos em movimento é indispensável para combater o sedentarismo e garantir um desenvolvimento adequado em todas as fases da vida. “Estudos recentes demonstram que o tempo gasto em frente às telas é prejudicial à saúde porque ocasiona um excesso de estímulos. Isso vale para os smartphones, a televisão, os tablets e os videogames”, explica. A recomendação da OMS é de que menores de dois anos de idade não tenham acesso a telas em momento algum do dia. Entre os dois e os cinco anos, o tempo máximo deve ser de uma hora por dia e, dos seis aos dez anos, de duas horas por dia. 

Aliadas ao tempo reduzido de exposição aos eletrônicos devem estar, ainda, uma alimentação saudável e adequada à idade, bem como a manutenção de uma boa rotina de sono. “Quando falamos em qualidade do sono, as telas podem ser grandes vilãs, principalmente quando utilizadas à noite. A luz emitida pelos aparelhos atrapalha, nesse sentido, e atrapalha muito no desenvolvimento infantil”, afirma. Combater esse mal pode se tornar mais fácil seguindo algumas dicas que levam em conta as diferentes faixas etárias. 


Entre dois e três anos de idade 

A criatividade precisa ser o fio condutor de toda e qualquer atividade proposta às crianças e adolescentes. Isso porque o desafio é superar o interesse que eles têm nas telas extremamente atraentes dos smartphones e videogames. Uma boa ideia pode ser utilizar caixas de papelão de vários tamanhos para construir cenários de teatro ou circuitos que possam ser percorridos por crianças de dois a três anos de idade. Elas podem até mesmo ajudar na construção desses “brinquedos”, o que já se torna parte da brincadeira. Atividades antigas, como “estátua” e “morto-vivo” também são recomendadas, porque estimulam a movimentação corporal, ajudando a ganhar coordenação motora e equilíbrio. 


Entre quatro e cinco anos de idade 

Materiais recicláveis são uma excelente fonte de diversão, quando bem utilizados. Uma boa ideia é manter uma caixa com esses materiais disponíveis, além de tinta, massinhas e papéis de diferentes tamanhos e texturas. Assim, os pequenos podem soltar a imaginação e construir bonecos, robôs, carros, entre outros. Propor atividades que envolvam dança, corrida e outros movimentos corporais, como “esconde-esconde” e “pega-pega”, é uma maneira divertida de mantê-los ativos. 


Entre seis e oito anos de idade 

Nessa fase da vida, as crianças começam a ter uma compreensão mais complexa do mundo que as cerca. Por isso, uma boa alternativa pode ser a troca de experiências com os pais, irmãos mais velhos, tios e avós a respeito das brincadeiras que faziam sucesso em outros tempos. Depois do papo, toda a família pode se envolver na reprodução de algumas dessas brincadeiras, o que, além de contribuir para manter as crianças em movimento, ajuda a trazer um momento de diversão em família. 


Entre nove e 12 anos de idade 

Aqui as crianças entram em uma fase que pede ainda mais dedicação dos pais e responsáveis. Afinal, as telas são cada vez mais utilizadas pelos amigos da escola, por exemplo, e qualquer atividade que vá competir com elas precisa chamar a atenção. Treinar coreografias é um exemplo de atividade que coloca o corpo em movimento e pode ser atraente nessa faixa etária. Elástico, corda e jogos com bola, como a queimada ou bobinho, também podem ser incentivados. 


Depois dos 12 anos de idade 

Quanto mais velha a criança, mais difícil mantê-la afastada dos aparelhos eletrônicos, que estão ao alcance das mãos não apenas dentro de casa, mas também nas casas dos amigos e até mesmo na escola. Mas, na adolescência, o excesso de telas é especialmente perigoso e está associado ao desenvolvimento de transtornos de ansiedade. Para evitar esse problema, a saída pode ser estimular a descoberta de esportes que funcionem como hobbies, como o skate, a patinação e a bicicleta, entre outros. Participar de treinos de futebol e outros esportes coletivos também é uma forma de conviver com adolescentes da mesma idade e, assim, desenvolver boas habilidades de relacionamento. 


Sistema Positivo de Ensino 


Diversão off-line: como manter crianças longe das telas

 


Freepik

Poder de equipamentos eletrônicos sobre cérebro infantil pode ser combatido com criatividade e proposta de atividades que exijam movimento

Há algum tempo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras instituições mundo afora vêm emitindo alertas a respeito do tempo gasto por crianças e adolescentes em frente às telas de aparelhos eletrônicos. É uma discussão já gasta, mas que parece cada dia mais distante de acabar, visto que o apelo dos meios digitais junto a esse público é especialmente difícil de ser combatido. Mas, com um pouco de criatividade, pais e responsáveis podem vencer essa batalha. 

Uma das dicas é estimular a realização de atividades físicas, seja dentro de casa ou ao ar livre. De acordo com a gerente de Formação do Sistema Positivo de Ensino, Alessandra Samaan, manter os pequenos em movimento é indispensável para combater o sedentarismo e garantir um desenvolvimento adequado em todas as fases da vida. “Estudos recentes demonstram que o tempo gasto em frente às telas é prejudicial à saúde porque ocasiona um excesso de estímulos. Isso vale para os smartphones, a televisão, os tablets e os videogames”, explica. A recomendação da OMS é de que menores de dois anos de idade não tenham acesso a telas em momento algum do dia. Entre os dois e os cinco anos, o tempo máximo deve ser de uma hora por dia e, dos seis aos dez anos, de duas horas por dia. 

Aliadas ao tempo reduzido de exposição aos eletrônicos devem estar, ainda, uma alimentação saudável e adequada à idade, bem como a manutenção de uma boa rotina de sono. “Quando falamos em qualidade do sono, as telas podem ser grandes vilãs, principalmente quando utilizadas à noite. A luz emitida pelos aparelhos atrapalha, nesse sentido, e atrapalha muito no desenvolvimento infantil”, afirma. Combater esse mal pode se tornar mais fácil seguindo algumas dicas que levam em conta as diferentes faixas etárias. 

Entre dois e três anos de idade 

A criatividade precisa ser o fio condutor de toda e qualquer atividade proposta às crianças e adolescentes. Isso porque o desafio é superar o interesse que eles têm nas telas extremamente atraentes dos smartphones e videogames. Uma boa ideia pode ser utilizar caixas de papelão de vários tamanhos para construir cenários de teatro ou circuitos que possam ser percorridos por crianças de dois a três anos de idade. Elas podem até mesmo ajudar na construção desses “brinquedos”, o que já se torna parte da brincadeira. Atividades antigas, como “estátua” e “morto-vivo” também são recomendadas, porque estimulam a movimentação corporal, ajudando a ganhar coordenação motora e equilíbrio. 

Entre quatro e cinco anos de idade 

Materiais recicláveis são uma excelente fonte de diversão, quando bem utilizados. Uma boa ideia é manter uma caixa com esses materiais disponíveis, além de tinta, massinhas e papéis de diferentes tamanhos e texturas. Assim, os pequenos podem soltar a imaginação e construir bonecos, robôs, carros, entre outros. Propor atividades que envolvam dança, corrida e outros movimentos corporais, como “esconde-esconde” e “pega-pega”, é uma maneira divertida de mantê-los ativos. 

Entre seis e oito anos de idade 

Nessa fase da vida, as crianças começam a ter uma compreensão mais complexa do mundo que as cerca. Por isso, uma boa alternativa pode ser a troca de experiências com os pais, irmãos mais velhos, tios e avós a respeito das brincadeiras que faziam sucesso em outros tempos. Depois do papo, toda a família pode se envolver na reprodução de algumas dessas brincadeiras, o que, além de contribuir para manter as crianças em movimento, ajuda a trazer um momento de diversão em família. 

Entre nove e 12 anos de idade 

Aqui as crianças entram em uma fase que pede ainda mais dedicação dos pais e responsáveis. Afinal, as telas são cada vez mais utilizadas pelos amigos da escola, por exemplo, e qualquer atividade que vá competir com elas precisa chamar a atenção. Treinar coreografias é um exemplo de atividade que coloca o corpo em movimento e pode ser atraente nessa faixa etária. Elástico, corda e jogos com bola, como a queimada ou bobinho, também podem ser incentivados. 

Depois dos 12 anos de idade 

Quanto mais velha a criança, mais difícil mantê-la afastada dos aparelhos eletrônicos, que estão ao alcance das mãos não apenas dentro de casa, mas também nas casas dos amigos e até mesmo na escola. Mas, na adolescência, o excesso de telas é especialmente perigoso e está associado ao desenvolvimento de transtornos de ansiedade. Para evitar esse problema, a saída pode ser estimular a descoberta de esportes que funcionem como hobbies, como o skate, a patinação e a bicicleta, entre outros. Participar de treinos de futebol e outros esportes coletivos também é uma forma de conviver com adolescentes da mesma idade e, assim, desenvolver boas habilidades de relacionamento. 


Sistema Positivo de Ensino


1 em cada grupo de 4 brasileiros pretende viajar nos próximos seis meses

 Pesquisa da Futura Inteligência com 1.000 pessoas em todo o país aponta que intenção de viagem em curto prazo atinge 54,8% da classe B, 46,8% dos de classe A e 34,1% da classe C; agências preferidas são CVC, Gol, 123 Milhas e Decolar 



Uma pesquisa inédita realizada pela Futura Inteligência, empresa com mais de 30 anos no mercado, aponta que 25,8% dos brasileiros pretendem fazer viagens nos próximos seis meses, 41,8% desejam viajar no próximo ano e 62,1%, nos próximos 24 meses.

Quando questionados sobre agências de viagens, as marcas mais lembradas pelos entrevistados foram a CVC (52%), Gol (8,2%), 123 Milhas (3,5%) e Decolar (3,4%).

O levantamento, feito entre os dias 17 e 20 de julho deste ano, ouviu 1.000 pessoas com 16 anos ou mais que moram no Brasil, utilizando o método CATI (entrevista telefônica assistida por computador). Dentre as pessoas ouvidas, 32,1% já viajaram nos últimos 12 meses.

Do total de entrevistados pela Futura Inteligência, 85,5% dos que pretendem realizar viagens nos próximos dois anos pretendem ir para destinos domésticos.

A classe B lidera entre os que pretendem viajar já nos próximos seis meses. Das pessoas desse estrato social ouvidas na pesquisa, 54,8% informaram que querem fazer viagens nos seis meses subsequentes e 20,7%, em até 12 meses.

Entre os entrevistados da classe A, 46,8% manifestaram o desejo de viajar nos próximos seis meses e 30,4%, no próximo ano. Já entre a classe C, 34,1% das pessoas ouvidas pela Futura pretendem viajar nos próximos seis meses e 25,4% no próximo ano.

Dos entrevistados que são da classe D, 28,6% disseram que pretendem viajar nos próximos seis meses e 21,2%, no próximo ano. Já entre a classe E, 17,5% manifestaram desejo de viajar nos seis meses subsequentes e 7,5%, nos próximos 12 meses.

Dos 1.000 entrevistados pela Futura, 14,4% dos que pretendem viajar nos próximos seis meses informaram já terem adquirido seus pacotes. Desse total, 9,9% são da classe A, 31% da B, 27,6% da C, 13,1% da D e 8,2% da E.



Viagens realizadas pelos brasileiros nos últimos 12 meses


Do total de pessoas ouvidas na pesquisa, 32,1% informaram ter realizado viagens nos últimos 12 meses, e 91,9% dos destinos foram nacionais.

As pessoas que mais viajaram pelo Brasil pertencem às classes C, D e E, sendo que 44,6% são das classes B ou C. Entre os entrevistados que viajaram ao exterior no último ano, 57,9% pertencem às classes A ou B, e a maioria delas mora nas regiões sudeste e sul.

Dos entrevistados que viajaram nos últimos 12 meses, 24,9% compraram pacotes por meio de agências de viagem, físicas ou online. A principal faixa etária do público das agências são os brasileiros de 45 a 59 anos (33,9%) e 31,2% residem nas capitais do país.

Ainda segundo a pesquisa da Futura Inteligência, entre os brasileiros que viajaram no último ano e foram ao exterior, 36,6% preferiram países da Europa, 19,9%, a Argentina e 12,6%, o Oriente Médio.

Já para as viagens domésticas feitas nos últimos 12 meses entre os entrevistados, o Rio de Janeiro foi o estado mais citado, com 13,6%, seguido do Rio Grande do Sul (10,9%), Ceará (8,1%) e Bahia (7,9%).

Os meses de dezembro, janeiro e julho são os preferidos por quem viajou no último ano, representando, respectivamente, 20,5%, 12,8% e 9,5% do total.

Em média, segundo a pesquisa, o brasileiro viaja 1,9 vez por ano, com maior frequência entre as pessoas da classe A (2,6 vezes), B (2,3), D (1,9), C (1,8) e E (1,5).

Também foi constatado pelo levantamento da Futura que 68% dos brasileiros que viajaram no último ano compraram os pacotes com seis meses de antecedência e 19,5%, entre seis e 12 meses.

A média de gastos por viagem é de R$ 5.075,60 entre os entrevistados da classe A, R$ 4.532,60 entre os da classe B, R$ 2.891,90 entre os da classe C, R$ 2.143,9 entre os da classe D e R$ 1.687,70 entre os da E.

“Os dados da pesquisa demonstram que o turismo brasileiro está firmando sua retomada de forma promissora, e vivenciando um período de crescimento impulsionado por fatores como a redução da inflação, aumento crescente da demanda e a superação das restrições impostas pela pandemia de Covid-19”, afirma Heitor Fernandes, diretor-executivo da Futura Inteligência.

Fernandes destaca projeção da Fecomércio de crescimento de 53,6% no faturamento do setor do turismo brasileiro para 2023, em relação ao ano anterior. “Esse avanço já incorpora a inclusão de novos destinos que emergem no leque de opções de viagens para os consumidores”, conclui.

 

Má relação com os pais? Entenda quando o relacionamento familiar pode trazer desafios que comprometem a saúde da convivência familiar

Rawpixel
Psicóloga Blenda Oliveira comenta mais sobre a existência de toxicidade nas relações parentais após rumores de conflitos de Larissa Manoela com os pais


Nos últimos dias a internet ficou atenta aos rumores de que a relação da atriz Larissa Manoela com os pais estaria indo de mal a pior. Isso porque, eles teriam se irritado com a decisão da artista de se tornar sua própria empresária e cuidar de todas as suas finanças, fazendo com que eles supostamente vendessem a mansão que a filha tinha em Orlando, Estados Unidos. Fora da mídia, pais que desrespeitam os filhos é um cenário mais comum do que parece.

Existem muitas maneiras pelas quais pais podem machucar filhos. Claro, existem pais que são abusivos, de forma física e sexual, mas o desenvolvimento de um indivíduo pode ser prejudicado por outras formas do relacionamento parental. Por exemplo, quando negligenciam e negam o direito natural dos filhos de assumirem as próprias escolhas. Pais controladores, que humilham, manipulam e chantageiam dificultam enormemente a possibilidade de um convívio harmonioso com as diferenças e trajetórias diferentes daquela planejada pelos pais. 

"As crianças, desde pequenininhas, podem nutrir um sentimento de tentar corresponder às expectativas, desejos dos pais. As relações entre mães, pais e filhos devem ser cada vez mais pautadas pelo respeito, liberdade de escolha e direito de cada filho construir sua trajetória, valores próprios e responsabilidade” explica Blenda Oliveira, psicóloga especialista em relações familiares. 

Para quem precisa lidar com pais tóxicos, vale ter em mente que se "desvencilhar" da situação pode ser um caminho possível e necessário objetivando manter uma vida com independência, como o caso de Larissa Manoela. Cabe aos filhos, também, tomar as rédeas da própria vida e, se for possível, conversar com os pais, não para modificá-los, mas para estabelecer os limites. 

"É preciso sempre contar com o diálogo, porém há momentos que nem sempre é possível. Às vezes a relação tão difícil entre pais e filhos necessita de afastamento e/ou manejo da convivência. Decisões que impliquem ruptura total precisam ser bem avaliadas e, se necessário for, ter em mente que tudo foi tentado", diz Blenda. 

De acordo com a profissional, é fundamental estabelecer limites físicos e emocionais quando necessário e entender que você não precisa mais estar em posição de obedecer a vontade deles ou até mesmo agradá-los. "O amor próprio e autoconhecimento também são essenciais, para que você conheça suas limitações emocionais para com eles e as limitações deles. Pais não são perfeitos e carregam dificuldades", ressalta.

Já para os pais, é preciso compreender que os filhos não devem ser uma projeção perfeita do que eles sonharam e imaginam. "É necessário entender que os filhos erram, acertam e suas decisões não configuram desamor ou abandono dos pais. Podem ser diferentes e continuar amando. Cuide do que imagina para seus filhos. Eles não vieram ao mundo para cumprir seus desejos. Eles precisam ser cuidados, amados, orientados, mas acima de tudo, respeitados em suas vontades e decisões", afirma a psicóloga.

"Estarmos como pais, cuidadores, atentos às nossas próprias imperfeições, construindo relações em que erros, dúvidas, obstáculos vividos pelos nossos filhos, sejam recebidos com compreensão, encorajando-os a refazer seus caminhos e buscar novas tentativas é essencial", finaliza Blenda.



Blenda Marcelletti de Oliveira - doutora em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) e  psicanalista pela Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo. A especialista atua como psicoterapeuta em orientação de pais, famílias, casais e adultos. Além da prática presencial no consultório, Blenda escreve e  troca ideias por meio das redes sociais. Você pode encontrá-la nos perfis @blenda_psi no Instagram e  @oliveira_blenda no Twitter.

 

Inveja em Tempos de Mídias Sociais

As pessoas postam na Internet apenas fragmentos perfeitos da vida

 

Neste Artigo vamos falar um pouquinho sobre a  Inveja, sentimento que temos dificuldade até em admitir e colocar, mas que acarreta bastante sofrimento.

A situação parece mais grave, pois atualmente vivemos na era da comparação, não é mesmo?

Por conta da Internet fica cada vez mais fácil a gente entrar em um lugar de descontentamento porque as pessoas comparam a vida, umas com as outras, com os cenários “perfeitos”, mostrados constantemente do outro lado da tela.

O que acontece é que a gente não tem nem mesmo tempo de refletir sobre o quanto estes cenários e personagens podem ser irreais, editados, maquiados, filtrados;  afinal, as pessoas costumam compartilhar na Internet apenas os fragmentos da  vida, geralmente perfeitos.

As partes nem tão perfeitas da existência geralmente são escondidas; entretanto, quando estamos lá enxergando aquela pequena parcela de vida ”perfeita”, automaticamente, começamos a entrar em contato com a parcela do que vivemos.

E o que será que vivemos? Começamos a  sofrer e a entrar em um lugar de descontentamento com a própria vida, pois a vida do outro parece sempre melhor, inteira, mais festiva e animada.

Quando invejamos passamos a desejar aquilo que o outro tem ou vive, ou melhor, aquilo que achamos o que outro tem e vive.  A percepção é que sempre está faltando alguma coisa na própria vida.

Isso pode levar a um lugar de arruinação, sofrimento contínuo, um lugar de inveja, onde se começa a despertar um descontentamento geral, muitas vezes com sintomas até físicos. Que perigo!

Aquele que sente inveja passa a sentir também obsessão: para ser feliz é preciso ter e sentir aquilo que outro sente. Isso pode ser uma busca perigosa, injusta, irreal. O invejoso para de viver o momento presente, com todas suas possibilidades para viver a possibilidade do outro.

A Inveja pode despertar ainda uma sensação de vazio e insatisfação muito maior do que se pode suportar.

Vamos pensar:  as pessoas estão tão focadas na busca desenfreada pelo ter, que em nenhum momento param para apreciar as conquistas. Assim, a gente não se conecta mais com o prazer e potência de cada conquista, da caminhada, do passo a passo.

Passamos a viver uma vida ausente do presente. Uma vida ausente da própria vida, uma vida de espectador infeliz.

A caminhada passa a não fazer mais sentido. Corremos o risco de traçarmos trajetórias caóticas, vazias, aleatórias – sempre em busca de coisas sem sentido, sempre com velocidade, inconsistência e doses desnecessárias de sofrimento.

Sugestão: Para evitar cair nesta armadilha tão comum, tente como prática diária conectar-se com o valor de suas próprias conquistas, respeitando seu tempo, valorizando cada passo e o processo como um todo.

Compare-se sempre! Mas, apenas consigo mesmo. Meça seus próprios progressos. Faça algo bastante produtivo para si próprio.

Espero que a gente possa se conectar cada vez mais com nossas próprias conquistas e até mesmo imperfeições e mais: achar graça da nossa humanidade.

Fica a reflexão. Mas, se não conseguir, procure ajuda. A terapia pode te auxiliar e muito!

  

Psicóloga Elisangela Niná (CRP 120921/06) – Graduada em Psicologia pela UNIP (Universidade Paulista UNIP, em 2011 e pós- graduada em Psicopedagogia pela ‘Anhembi Morumbi’. Tem formação em Neuropsicologia pelo CETCC (Centro de Estudos em Terapia Cognitivo Comportamental). Tem formação em Transtornos Alimentares pela USP (Universidade de São Paulo). Faz atendimento on-line. É palestrante corporativa.
@psielisangelanina


sábado, 5 de agosto de 2023

O comportamento e necessidades dos pets durante o inverno

Os animais de estimação também precisam de cuidados especiais durante temperaturas mais baixas

 

Em qualquer estação do ano, os pets precisam de adaptações ambientais – repete cuidado na linha de baixo, para não repetir mto substituiria) para se sentirem mais confortáveis ao clima. A maioria dos animais – principalmente os idosos - acaba ficando mais quieto e dorminhoco no inverno, procurando um lugar mais quentinho e aconchegante, por isso, deixar os pets dentro de casa, com uma cobertinha e uma cama confortável são alguns itens básicos para esta época do ano.   

Mas como perceber se os animais estão com frio? De acordo com a Dra Bruna Ferreira, coordenadora do Pronto Socorro do Veros Hospital Veterinário, os bichinhos podem tremer para tentar se aquecer. Isso é uma condição fisiológica para aumentar a temperatura natural do corpo. Eles também tremem em outras situações, como ansiedade, medo etc., mas o frio está entre elas.   

Outra dica é reforçar o cuidado com o vento. Dentro de casa, os pets não precisam de roupa para se aquecer e procuram geralmente um local mais aquecido para ficar e isso costuma ser o suficiente. ‘’Para os passeios fora de casa durante temperaturas mais amenas ou em horários mais frios, principalmente à noite quando estiver ventando, é indicado colocar roupinha nos animais mais friorentos. No geral, as raças que são mais calorentas, nem precisam de roupa, mesmo nas temperaturas mais amenas. ‘’, afirma Dra Bruna.   

Assim como os seres humanos, os animais também ficam gripados, principalmente gatos e cachorros. Existem épocas do ano em que a doença é mais frequente pela transmissão do vírus, mas ela não está ligada necessariamente às temperaturas, por exemplo. Por ser uma doença viral, está mais ligada ao condicionamento do ambiente que o paciente vive do que ao frio propriamente dito.   

E quanto à necessidade de banhos? Depende muito da rotina e da necessidade de cada animal. Os peludos costumam tomar mais banhos para evitar nós e manter pele e pelo saudáveis... Os de pelo curtinho podem espaçar mais os banhos no inverno, até porque geralmente na rotina, esses animais passeiam menos e se sujam menos. Mas tendo a necessidade do banho, é só ter um ambiente climatizado, água quentinha... Geralmente os ambientes especializados para esse serviço já tem uma temperatura ambiente mais aquecida, principalmente no inverno.  

 

Veros Hospital Veterinário
Av. Brigadeiro Luís Antônio, 4643, Jardim Paulista – São Paulo, SP.
Site: Link
Instagram: Link


Shopping Aricanduva inaugura Pet Parque

 


O novo espaço é gratuito e dedicado aos "aumigos"


Pensando nos pets e seus tutores, o Shopping Aricanduva, o maior da América Latina, anuncia a inauguração do seu novo espaço: o Pet Parque. Localizado ao lado da loja Polo Wear, na Alameda Vila Formosa, o espaço oferece estrutura segura e divertida para que os pets possam brincar e socializar.

Visando o bem-estar dos pets, é essencial que o pet esteja acompanhado do seu tutor durante a permanência no Pet Parque. Essa medida assegura que a experiência seja agradável aos frequentadores do espaço.

O Pet Parque funciona diariamente das 10h às 22h. Venha garantir momentos de diversão com seu pet nesse novo espaço totalmente gratuito.

 

Serviço:

Pet Parque – Centro Comercial Aricanduva

Endereço: Av. Aricanduva, 5.555, Vila Matilde - SP.
Local: Ao lado da loja Polo Wear, na Alameda Vila Formosa

Horário de funcionamento: das 10h às 22h.

Estacionamento gratuito.


Cães "salsichas" têm 25% mais chance de ter hérnia de disc

Doença de cachorro influencer do Reino Unido levanta alerta sobre casos


Bosco, o Rei dos Galhos, carregando um galho de árvore na boca
Créditos: reprodução/Instagram
O simpático cachorrinho Bosco, o Rei dos Galhos, como é conhecido em Londres, capital do Reino Unido, tem quase 200 mil seguidores no Instagram, onde seus tutores publicam fotos e vídeos dele carregando grandes galhos de árvore na boca enquanto passeia pelos principais parques da cidade.

Na última semana de junho, os tutores perceberam limitações nos movimentos de Bosco e imediatamente o levaram ao veterinário. O cão foi diagnosticado com o grau 5 da doença do disco intervertebral (DDIV) - ou hérnia de disco - e, no intervalo de duas horas, perdeu totalmente os sentidos das patas traseiras. No dia 29 de junho, ele passou por cirurgia de emergência, porém, infelizmente, às 17h do dia 5 de julho, o Rei dos Galhos não aguentou as complicações da operação e faleceu, causando grande comoção entre seguidores do mundo todo.

A coluna vertebral dos animais de companhia é uma estrutura anatômica que, além de dar sustentação ao corpo, serve como meio de proteção para a medula espinhal, estrutura nervosa que conecta o cérebro às demais estruturas do tronco. A degeneração do disco intervertebral (DIV) é um processo natural associado à idade do animal e que pode, ou não, levar à DDIV. “Isso ocorre quando há a degeneração do disco intervertebral, que pode ser causada por alterações bioquímicas e/ou biomecânicas, caracterizado principalmente pela desidratação do núcleo pulposo, que pode levar ao colapso do anel fibroso e à ocorrência da hérnia de disco”, explica o médico veterinário, doutor em Ciências Veterinárias e professor do curso de Medicina Veterinária da Universidade Positivo (UP), Luciano Isaka. “Na hérnia de disco ocorre o deslocamento do núcleo pulposo desidratado em direção ao canal medular, causando compressão da medula espinhal, podendo levar até à perda de movimento dos membros e outras disfunções corpóreas do animal”, completa.

A DDIV ocorre com mais frequência em animais condrodistróficos, como o Beagle
Créditos: Envato
Segundo o especialista, a DDIV ocorre com mais frequência em animais condrodistróficos, ou seja, cães com característica física de comprimento longo e baixa altura, como Beagle, Lhasa Apso e Dachshund, que é a raça de Bosco. “Isso pode ser explicado por conta da sobrecarga sofrida pela coluna, principalmente no ponto médio, devido ao baixo centro de gravidade presente nessas raças, associado ao corpo alongado. Essa característica anatômica ocorre pelo fechamento precoce da cartilagem epifisária, fazendo com que o crescimento dos membros termine antes do animal finalizar o desenvolvimento", detalha Luciano, ressaltando estudos que demonstram que animais condrodistróficos podem apresentar os primeiros sinais de DIV a partir de 3 meses de vida e ter já todos os discos intervertebrais acometidos em torno de um ano de idade, enquanto cães de outras raças podem sofrer com esse mesmo fenômeno perto dos 8 anos de vida.

Ao contrário do que muitos devem imaginar, mesmo com essa predisposição para DDIV de cachorros dessas raças, é improvável que o fato de Bosco carregar os galhos pesados na boca tenha sido um agravante para o diagnóstico do Dachshund. “Não há estudos que relacionam carregamento de peso com essa lesão nos cães, apenas a indicação de que exercícios físicos em excesso podem predispor a condição. Mas não vejo essa relação no caso específico do Bosco, pois, na maioria das vezes, pacientes que fazem muito exercício físico e mordem objetos pesados são diagnosticados com outro tipo de lesão cervical”, alerta o veterinário, que relembra uma edição da década passada da Revista Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, dos Estados Unidos, que revelou que os Dachshunds podem representar até 25% dos casos e têm 12,6 vezes mais chances de desenvolver a condição, comparados às outras raças.

Luciano recomenda que o diagnóstico da doença seja realizado por meio de exames neurológicos associados a exames de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética. “Além de encontrar o local da coluna onde está a lesão, é possível identificar também o tamanho e extensão do trauma”, aponta o doutor, que explica que o tratamento depende dos sintomas apresentados pelo paciente, podendo ser realizado de maneira clínica, com uso de medicações e cuidados de manejo, ou, em casos mais graves, por meio de cirurgias descompressivas. “O tratamento cirúrgico consiste na remoção do disco intervertebral degenerado do canal medular, a fim de eliminar a pressão exercida sobre a medula e, consequentemente, aliviar a dor e restaurar a função motora do animal”, esclarece.

O tratamento e a recuperação dos pacientes acometidos pela DDIV dependem da deterioração neurológica e da extensão da lesão medular. “Quando a lesão medular é associada a um grave comprometimento do suprimento vascular, pode ocorrer a mielomalácia hemorrágica progressiva, uma condição rara caracterizada pela necrose do segmento medular que acaba sendo fatal para o paciente, como aconteceu com o Bosco”, finaliza Luciano.



Universidade Positivo
up.edu.br/


Cinco dicas para um passeio saudável com seu cachorro

Divulgação
A professora de Medicina Veterinária da UniSociesc, Rose Dorow, preparou algumas orientações que fazem toda a diferença


Além de ajudar na saúde física, levar o cachorro para um passeio também pode ajudar a deixar ele mais relaxado e feliz. Ele entende, do jeitinho dele, que aquele momento é um ato de cuidado e amor do seu tutor. A atividade também melhora a socialização do pet com outros animais. No entanto, um simples passeio exige cuidados e pequenos detalhes podem fazer toda a diferença.  

A professora do curso de Medicina Veterinária da UniSociesc, Rose Dorow, reuniu algumas dicas importantes para um passeio saudável com seu cachorro. As dicas servem para aquela voltinha diária ou para uma passeio mais longo no fim de semana:

 

1- Ter as vacinas do seu mascote em dia

Uma das atitudes mais importantes de cuidado com o animal é manter ele imunizado e protegido de doenças. A vacina evita que o cão contraia ou passe doenças para outros animais. Especialmente nos passeios em locais que reúnem um grande número de pets, a forma mais eficaz de não deixar doenças se proliferarem é a vacinação. Desta forma, segundo a professora Rose, você também poderá deixar o cão mais à vontade durante o passeio, pois ele quer andar e farejar tudo. Isso faz parte da diversão dele. É a forma como ele vê o mundo e faz parte também da sua fisiologia, lembra a professora.

 

2- Sempre levar água para hidratar seu pet

Não importa muito se o dia está quente ou frio, os cachorros perdem muito líquido na respiração e na saliva e precisam de muita hidratação. Nos passeios em geral, é bom evitar roupinhas. Às vezes o tutor acha que o cão sente frio ou até mesmo acha bonito colocar a roupinha, mas o cachorro já tem uma temperatura corporal bem mais alta que a do ser humano. Portanto, a roupinha nem sempre garante conforto ao bichinho, alerta a professora Rose. Evitar as roupinhas nos passeios é importante para o bem-estar do cachorro.

 

3- Ter saquinhos cata-caca para não deixar resíduos pelo caminho

Este item, brinca a professora Rose, já é autoexplicativo. Segundo ela, é muito desconfortável e até constrangedor estar passeando e se deparar com caquinha de cachorro. Obviamente não é culpa do bichinho e sim do tutor. Também tem o fato de que as fezes do cachorro podem transmitir doenças para outros cães e para os humanos também, como verminoses e alguns parasitas.

 

4- Evitar passeios muito longos e em horários muito quentes

Como os cães ficam muito próximos do chão, mesmo no inverno eles acabam aquecendo e aumentando sua temperatura corporal muito mais que o ser humano numa caminhada. Passeios em horários muito quentes (ou em dias muito quentes) podem causar queimaduras e machucar as patinhas do cachorro, algo que ocorre com muita frequência, explica a professora Rose. Ela também alerta que algumas raças (como buldogues e pugs) já têm uma dificuldade natural de resfriar o ar e facilmente podem ter uma hipertermia, que é quando aumenta muito a temperatura do corpo. Por isso, a dica é evitar passeios muito longos. O ideal é ir testando e avaliando o quanto o cachorro consegue acompanhar sem sofrimento. Passeios são saudáveis e muito indicados, mas os tutores precisam ficar atentos porque às vezes o cachorro está tão motivado e quer tanto estar ali com seu tutor, que se esforça mais do que deveria fazendo um passeio mais longo.

 

5- Usar guia e peitoral confortável e segura

Existem vários tipos de guias, mas o tutor deve cuidar para que sejam confortáveis e seguras, para que o cão não se solte com facilidade e corra o risco de sair correndo e ser atropelado, por exemplo. A professora Rose reforça que às vezes o cachorrinho está tão feliz que vai sair para o passeio que nem reclama de uma guia inadequada. No entanto, o bichinho pode ter lesões na pele e até articulares. Segundo ela, estas lesões são bem mais comuns do que se imagina e acontecem ainda lesões na traqueia provocadas pela coleira, outro item que exige atenção redobrada em caso de uso.

 

UniSociesc


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