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sexta-feira, 14 de julho de 2023

Sancionada lei que impõe multa para quem pagar salários diferentes para homens e mulheres que desempenham a mesma função

A partir de agora, empregadores que descumprirem a legislação poderão pagar multas que correspondem a 10 vezes o valor da remuneração devida


Embora já estivesse prevista na Constituição Federal, salários iguais para homens e mulheres que desempenham a mesma função ainda não é uma realidade no Brasil. Mas, a partir de agora, tanto os empresários, como as mulheres que se sentirem injustiçadas tem uma nova lei para se protegerem. No início de julho foi sancionada a Lei 14.611 que altera o artigo 461 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) sobre a igualdade de remuneração e os critérios de remuneração entre mulheres e homens, que se descumprida a lei, a multa será equivalente a 10 (dez) vezes o valor do novo salário devido pelo empregador ao empregado discriminado. Em caso de reincidência, o valor dobra. Para Izabella Alonso Soares, advogada trabalhista, especialista em ESG e sócia da Alonso e Pistun Advocacia, esta lei é um avanço, pois embora já tínhamos a previsão tanto na Constituição Federal como na CLT a lei traz sanções e procedimentos que as empresas têm que adotar para fortalecer a transparência salarial: “É um grande passo para que as mulheres conquistem melhores condições no mercado de trabalho. A partir de agora, o empregador que não estabelecer critérios para que a política salarial seja igual para todos os empregados poderá ser punido”, explica Izabella.  

Implantar práticas que atendam às exigências do novo mercado, que valoriza mais empresas que tenham práticas de governança e que gerem impacto social, passa a ser uma ferramenta importante também para garantir a segurança jurídica da empresa. “A legislação vigente começa a traçar um caminho sem volta para a implantação de práticas corporativas que atendam aos eixos da agenda ESG”, conclui a advogada.  

De acordo com a nova legislação, as empresas que desejam se proteger das acusações de discriminação salarial e da acusação de condenação da diferença salarial, indenização por danos morais e multas devem adotar as seguintes medidas:

- estabelecer mecanismos de transparência salarial e critérios de remuneração;
- disponibilizar canais para denunciar a discriminação salarial;
- promover e implementar programas de diversidade e inclusão no ambiente de trabalho que abranjam a formação de gestores, líderes e funcionários sobre a questão da igualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho;
- promover a capacitação e a formação das mulheres para a entrada, permanência e promoção no mercado de trabalho em igualdade de condições com os homens.

 

Desafios na gestão das Santas Casas de Saúde no Brasil

Um dos mais importantes componentes do sistema de saúde do nosso país, as Santas Casas de Misericórdia enfrentam significativos desafios, que dificultam a sua capacidade de prestar cuidados de qualidade. Mas há várias soluções que podem ser adotadas.

 

As Santas Casas de Saúde são um importante componente do sistema de saúde do nosso país, prestando serviços essenciais de saúde a milhões de brasileiros, especialmente aqueles em áreas remotas e carentes. Suas origens remontam a fase de colonização do Brasil - as primeiras Santas Casas foram instituídas para tratar das tripulações dos navios colonizadores - portanto a influência portuguesa na forma de cuidar dos enfermos é clara e notória. Concentrando a maior parte das unidades nas regiões Sul e Sudeste do país, as Santas Casas se tornaram hoje pilar fundamental da rede assistencial do SUS (nosso Sistema Único de Saúde) nestas áreas.

No entanto, apesar da sua importância, muitas Santas Casas enfrentam desafios de gestão significativos que dificultam a sua capacidade de prestar cuidados de qualidade. Neste artigo, examinaremos os problemas de gerenciamento enfrentados pelas Santas Casas no Brasil e exploraremos possíveis soluções para esses desafios.

Sem dúvida, os desafios de gestão das Santas Casas no nosso país são numerosos e bastante  complexos. Um dos maiores desafios é a falta de recursos financeiros. 78% dos procedimentos de alta complexidade realizados pelo SUS ocorrem em alguma Santa Casa. Mesmo assim, elas geralmente operam com orçamentos muito apertados e lutam para obter o financiamento necessário para manter suas instalações e comprar equipamentos e suprimentos. Isso leva a uma série de problemas, incluindo equipes subdimensionadas, equipamentos desatualizados e suprimentos médicos insuficientes.

Outro desafio enfrentado é a falta de coordenação mais eficiente com o poder público. Tanto o Ministério da saúde quanto as secretarias de saúde dos Estados se utilizam muito das estruturas das Santas Casas como peça fundamental para “chegar" aos cidadãos que necessitam de algum tipo de tratamento. O apoio governamental precisa, então, ser maior, promovendo mais controle e eficácia nos resultados desta parceria.

Além disso tudo, as Santas Casas muitas vezes lutam com ineficiências burocráticas e falta de coordenação entre diferentes provedores de saúde. Isso pode resultar em atrasos no tratamento, falta de comunicação entre os profissionais de saúde e outros problemas que afetam negativamente os resultados dos pacientes. Isso é a falta clara de uma educação corporativa, focada em eficiência no manejo de recursos e informações, por parte de boa parte dos gestores destas instituições.

Mas é possível pensar em soluções viáveis, econômicas e com resultados eficientes.

Para enfrentar os desafios de gestão enfrentados pelas Santas Casas no Brasil, várias soluções potenciais podem ser consideradas. Uma óbvia é o aumento do financiamento, seja por meio de maior apoio do governo ou investimento do setor privado. Isso pode ajudar a enfrentar os desafios financeiros enfrentados por elas e lhes fornecer os recursos necessários para manter suas instalações e oferecer atendimento de qualidade.

Outra solução é melhorar a coordenação entre diferentes prestadores de cuidados de saúde. Isso pode envolver o desenvolvimento de um sistema de saúde mais integrado, onde diferentes provedores trabalham juntos para garantir que os pacientes recebam os cuidados de que precisam de maneira oportuna e eficiente.

Além disso, esforços poderiam ser feitos para atrair e reter profissionais de saúde qualificados para trabalhar nas Santas Casas. Isso pode envolver a oferta de incentivos, como salários mais altos, melhores condições de trabalho e oportunidades de desenvolvimento profissional.

Os desafios de para uma gestão eficiente em Santas Casas no Brasil são significativos, mas existem soluções potenciais que podem ajudar a lidar com essas questões. Ao aumentar o financiamento, melhorar a coordenação entre diferentes provedores de saúde e atrair e reter profissionais de saúde qualificados, pode ser possível melhorar a qualidade do atendimento prestado por estas importantíssimas instituições e garantir que elas continuem a desempenhar um papel crítico no sistema de saúde brasileiro.

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Daurio Speranzini Jr - um dos mais experientes líderes empresariais do mercado da tecnologia médica do Brasil. Formado em engenharia mecânica pela FEI, possui MBA pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e extensão em Business Administration pelo Massachusetts Institute of Technology - MIT. Há 20 anos ocupa posições muito destacadas - vice-presidente, presidente e/ou CEO - nas maiores companhias mundiais com foco em tecnologia, saúde e healthcare. Toda essa experiência proporcionou um capital importante para análises profundas sobre as características e os processos operacionais das estruturas de saúde, públicas e privadas.

 

Multas de trânsito: especialista aponta vantagens de recorrer às infrações

Em junho deste ano, o governo do estado de São Paulo regularizou um decreto que prevê desconto de até 40% em multas de trânsito. A lei permite que todos os condutores que não recorreram da infração e reconhecem a penalidade antes do vencimento da multa possam usufruir do privilégio. Diante desse cenário, algumas dúvidas sobre o benefício surgiram e nada melhor que um especialista para apontar as vantagens e desvantagens de adesão ou não.

O CEO da Help Multas, uma rede de franquias especializada em recursos de multas de trânsito, processos de suspensão e cassação da CNH, Roberson Alvarenga aponta para algumas vantagens que podem ser perdidas ao não recorrer legalmente. “A vantagem de se recorrer de uma multa de trânsito é de inicialmente poder verificar se há alguma irregularidade no Auto de Infração, possibilitando assim a anulação da penalidade”, ressalta. 

“Outra vantagem é que, mesmo que não consiga inicialmente encontrar alguma irregularidade na autuação, o órgão de trânsito pode emitir alguma notificação fora dos prazos previstos na legislação de trânsito, o que também pode beneficiar o motorista que recorreu e pode ocorrer também o cancelamento da multa”, completa o especialista. 

De acordo com Roberson, a adesão ao pagamento pode parecer uma economia interessante para muitas pessoas, pois enxergam a infração como um problema sem solução. “Nos casos em que o dono do veículo não possui CNH, e assim não haverão pontos ao proprietário, é válido pagar com desconto. Não é interessante quando o proprietário/motorista precisa da CNH para trabalhar, já que a adesão ao sistema proíbe que o beneficiário do desconto exerça de forma ampla e contraditória o seu direito de defesa. E mesmo em casos de nulidade da multa, seja por irregularidade no preenchimento ou irregularidade processual, o motorista não poderá pedir a anulação”, afirma.

Já ao recorrer à infração, o motorista exerce o seu direito de defesa, que é de questionar a regularidade da autuação, já que por vezes acaba recebendo multas indevidas, feitas de forma ilegal e que não obedecem aos  prazos previstos em lei. “Da mesma forma que o condutor tem que respeitar a legislação de trânsito, o órgão autuado também deve obedecer às diretrizes estabelecidas no Código de Trânsito Brasileiro e suas Resoluções”, explica Alvarenga.

Vale salientar que todo motorista tem o direito de recorrer a uma multa, para isso basta ter em mãos a Carteira Nacional de Habilitação; Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo digital (CRLV-e); documento de identificação pessoal do condutor ou do procurador; requerimento para Recurso de Multa; Notificação da Penalidade ou Multa por Infração à Legislação de Trânsito (MILT) e outros documentos comprobatórios. A partir destes documentos é possível dar entrada no pedido de recurso tanto nos órgãos autorizados quanto por uma empresa especializada no assunto.


Representatividade feminina na arquitetura

A lógica arquitetônica dá-se especialmente através do desenho: uma técnica, um método, um processo em si mesmo. Se, visceralmente, compreendemos essa logicidade, refletimos e, compreendemos também que o desenho é simbólico, é a representação dos próprios interesses enquanto arquitetas(os). É sobre isso que os desenhos, singelos, lúdicos e abstratos, tratam a seguir.


Colagens simples mas com complexidades expostas nas entrelinhas

Desde a condição de gênero às condições raciais, socioeconômicas e de outras intersecções não facilmente perceptíveis, como a da sexualidade e expressão de gênero, por exemplo. Considerando que, como a visibilidade da mulher em todos os tempos foi precária, as poucas que conhecemos e que através das colagens foram apresentadas, são em sua maioria arquitetas brancas, com condições socioeconômicas mínimas para poder cursar um curso elitizado como arquitetura, arquitetas que seguem os preceitos heteronormativos.

 

Ao longo da vida acadêmica a pergunta continua a mesma: onde estão essas pessoas na arquitetura? Representatividade importa, impacta e é empoderamento, é se enxergar positivamente e fazer parte de um todo, não ficar aquém, nem ser excluído. A igualdade deve existir em todas as classes, gêneros e raças também, deve ser o mais holística possível.



O que é o feminino na arquitetura?

Ser mulher é uma missão diária. Ser mulher com esses cruzamentos é uma missão diária ainda maior. Contudo, temos uma data, celebrada mundialmente, para enfatizar e relembrar todas essas questões. Todo dia 8 de março, celebramos e relembramos as conquistas femininas, avanços que foram construídos por meio de suas próprias lutas sociais, políticas e econômicas. E em virtude dos últimos 8 de março, debrucei-me a estudar e aprender mais sobre minhas colegas de profissão. Com o compromisso de refletir, criar e projetar a partir de um olhar mais atento a essas pautas. 

 

E porque? Porque a condição da mulher, em todas as esferas, produz um efeito borboleta. A mulher vê, desenvolve e busca soluções sob a ótica dessa condição, das necessidades cotidianas da mulher. Isso inclui não apenas as próprias mulheres, mas também os seres pelos quais ela, como mulher, é tradicionalmente responsável por cuidar.

 

Trazendo para um contexto recente, temos, por exemplo, a questão do enfrentamento da Covid-19, em que todos os países com lideranças femininas tiveram respostas muito superiores e eficazes no combate à pandemia. Em meio a essas e outras reflexões, desenhei, redesenhei, fiz esboços, fiz colagens... testei.
E a priori, como resultado desses ensaios, essas colagens simples foram concebidas – atemporais, abstratas, divertidas – para conhecer, reconhecer e, também, com a esperança de despertar e estimular em outras pessoas a curiosidade sobre mulheres arquitetas e suas criações. 

Gabriela Rocha, que é arquiteta e urbanista pela universidade Anhembi Morumbi e hoje atua como pesquisadora e agente de inovação pelo SEBRAE/SP, estuda e explora continuamente a interseção de gênero na arquitetura, em especial, mas também em outras profissões.


As colagens citadas foram selecionadas para uma exposição na galeria Roca de Londres. (Mais detalhes: Exhibition (Exibição): Designing Out by @architecturelgbt Local: London, UK. at @rocalondongallery September 3rd - October 8th | 2021.)

 

Gabriela Rocha



quinta-feira, 13 de julho de 2023

Lesões no tornozelo e pé correspondem a 12% das fraturas pediátricas

Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPé) alerta sobre os perigos de acidentes domésticos envolvendo crianças em época de férias

 

As brincadeiras e atividades físicas são intensificadas no período das férias, época em que aumentam as lesões ortopédicas nas crianças, estando os pés e tornozelos entre as principais áreas lesionadas. “Grande parte das lesões pediátricas envolvendo torção ou fraturas no tornozelo e pé acontece em acidentes domésticos, brincadeiras ou práticas esportivas”, fala o presidente da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPé), Luiz Carlos Ribeiro Lara.

 

As fraturas de tornozelo e pé são o tipo de lesão mais comuns na infância, correspondendo a 12% das fraturas pediátricas. Luiz Lara explica como esse tipo de trauma pode acarretar consequências sérias se os devidos cuidados não forem tomados. “Toda fratura no tornozelo demanda atenção imediata, pois qualquer lesão na placa de crescimento pode acarretar consequências prejudiciais a longo prazo, incluindo pernas instáveis ou de comprimento desigual”, ressalta.

 

Entre as principais causas de acidentes domésticos envolvendo esse tipo de trauma estão a falta de corrimãos ou a má utilização de escadas e degraus; tapetes mal posicionados ou sem antiderrapantes; superfícies escorregadias; o uso de calçados impróprios; ou brinquedos e objetos espalhados. 

O presidente da ABTPé pontua algumas dicas de segurança que podem ajudar na prevenção. “Algumas medidas simples são: orientar as crianças a descerem as escadas sempre usando o corrimão ou se apoiando; utilizar tapetes antiderrapantes em áreas escorregadias, como banheiros e cozinhas; o uso de calçados apropriados, evitar deixar objetos espalhados no chão; manter a supervisão adequada enquanto as crianças brincam e instrui-las sobre a utilização de equipamentos adequados na prática de esportes ou atividades físicas”, finaliza.


Conhecer histórico familiar pode proteger gerações futuras contra o câncer de próstata? Conheça os 7 mitos e verdades da doença

Especialista esclarece principais tabus relacionados ao câncer mais comum entre a população masculina em alusão ao Dia do Homem

 

No Brasil, estima-se que 72 mil pessoas serão diagnosticadas com câncer de próstata no triênio de 2023 a 2025, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA)[1], um aumento de 9,35% em comparação ao último triênio. Embora seja o câncer mais comum entre os homens brasileiros, depois do câncer de pele não melanoma, o preconceito e a desinformação fazem com que homens não realizem exames de rotina, contribuindo para que 20% dos casos de câncer de próstata sejam descobertos em estágio avançado[2]. O Dia do Homem, 15 de julho, reforça a importância dos cuidados com a saúde entre a população masculina, incluindo a prevenção e diagnóstico do câncer de próstata. O especialista Rodrigo Coutinho Mariano, oncologista clínico titular do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, desmistifica 7 mitos e verdades relacionados à doença.


Os sintomas do câncer de próstata demoram a aparecer.

Verdade. Por ter crescimento lento, a doença em estágio inicial não apresenta sintomas específicos². Fluxo urinário fraco ou interrompido, vontade de urinar de noite, sangue na urina, disfunção erétil e dor no quadril, costas ou coxas podem demorar para se manifestar e significar que a doença já está em estágio avançado². Por isso, o acompanhamento médico deve ser iniciado a partir dos 50 anos de idade, já que mais de 95% dos tumores de próstata são diagnosticados a partir desta faixa etária²,[3].


Próstata aumentada é sinônimo de câncer.

Mito. A hiperplasia prostática benigna (HPB) é um aumento benigno da próstata, que está associado à idade e pode causar dificuldade em urinar². Esse tipo de aumento da próstata não tem relação com o câncer de próstata e pode ser tratado com medicações ou cirurgia². Para diagnóstico correto, a realização de exames, como de sangue PSA (Antígeno Prostático Específico), toque retal e de imagem, e acompanhamento médico é essencial.


Se o exame de sangue (PSA) estiver com índices normais não é necessário realizar o exame do toque retal.

Mito. Cerca de 20% dos tumores de próstata são diagnosticados por meio do exame do toque retal em homens com níveis normais de PSA (Antígeno Prostático Específico)². Os exames são complementares e ambos devem ser realizados, visto que o toque retal detecta qualquer alteração na próstata (endurecimento e/ou nodulações), sendo fundamental para avaliação prostática e para auxiliar na decisão da melhor forma de tratamento, e a dosagem de PSA, um exame simples de sangue, indicará se há possíveis alterações na próstata. Caso sejam encontradas alterações nos exames com suspeita de câncer de próstata, é necessário a realização de exame de imagem e biópsia da próstata para confirmação do diagnóstico2.


Os exames preventivos só devem ser realizados por pessoas com histórico familiar de câncer de próstata.    

Mito O avanço da idade é o principal fator de risco para o aparecimento do câncer de próstata, principalmente, a partir dos 50 anos. Por isso, a realização dos exames preventivos deve começar nessa idade. O câncer de próstata também é duas a três vezes mais frequente em homens negros, com diagnóstico entre cinco e dez anos mais cedo[4]. Nesse caso, homens negros devem iniciar os exames preventivos entre 40 e 45 anos. Por fim, a hereditariedade é um fator de risco com grande importância quando se trata de câncer de próstata. Indivíduos com parentes de primeiro grau (pai ou irmãos) com câncer de próstata, também devem iniciar o rastreio precocemente. Pacientes com histórico familiar com presença de mutação genética, como mutação de BRCA2, que também pode ser encontrada em outros tipos de câncer, como ovário, mama e pâncreas, devem iniciar a realização de exames preventivos aos 40 anos, pois homens com essa mutação tem risco elevado de desenvolver tumores de próstata mais agressivo e em idades mais jovens². Além disso, 10% a 15% dos pacientes com câncer de próstata avançado vão apresentar mutação em genes como BRCA1, BRCA2 ou ATM[5].


Câncer de próstata tem cura.

Verdade. Quando rastreado em estágio inicial, a chance de cura do câncer de próstata pode chegar a 97%2. Apesar da boa notícia, uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) relevou que 44% dos homens nunca se consultaram com um urologista[6],o que faz com que a taxa mortalidade e diagnóstico tardio do câncer de próstata ainda sejam altos. Por isso, é extremamente importante que homens tenha um acompanhamento periódico com o urologista e realizem os exames preventivos sem medo ou tabu.


Teste genético não é necessário para tratamento personalizado.

 Mito. O câncer de próstata é heterogêneo, ou seja, pode ter diversas assinaturas genéticas². A realização de testes genéticos que evidenciam a mutação específica do câncer, contribui para que seja possível identificar o melhor caminho para tratá-lo por meio da medicina de precisão, nas fases avançadas da doença². Um tratamento personalizado, que seja específico para a mutação genética, pode contribuir como uma nova opção de tratamento na fase avançada da doença.  


Descobrir mutação genética do câncer de próstata pode contribuir para o diagnóstico precoce de gerações futuras.

Verdade. A descoberta da mutação genética do paciente com câncer de próstata, não só o beneficia com a possibilidade de realizar um tratamento mais assertivo, como contribui para o diagnóstico precoce das futuras gerações, visto que a hereditariedade é um dos principais fatores de riscos para o desenvolvimento do câncer. Entretanto, herdar uma mutação genética não significa que o indivíduo terá necessariamente câncer no futuro, mas os riscos são aumentados e, por isso, o acompanhamento médico e exames preventivos devem ser iniciados mais cedo e com maior frequência. Homens que herdam a mutação BRCA1 têm três vezes mais chances de desenvolver câncer de próstata, já os que herdam a mutação BRCA2, o risco chega a ser oito vezes maior[7]. As mutações BRCA também podem ser encontradas em cânceres como de mama e ovário. Dados demonstram que 44% das mulheres que herdam a mutação BRCA1 e 17% das que herdam a BRCA2 desenvolverão a doença até os 80 anos[8]. Nesses casos, o aconselhamento familiar com oncogeneticista é fundamental para um possível diagnóstico precoce da doença entre a geração futura. 

 

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Referências:

[1] Instituto Nacional de Câncer (INCA). Estimativa 2023, Incidência de Câncer no Brasil. Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/estimativa-2023.pdf. Acesso em 30 de junho de 2023

[2] MALUF, Fernando Cotait. VENCER O CÂNCER DE PRÓSTATA. 2ª edição. São Paulo: Dendrix, 2020. Acesso em 30 de junho de 2023

[3] National Cancer Institute. Prostate SEER 5-Year Relative Survival Rates, 2013-2019. Disponível em: https://seer.cancer.gov/statistics-network/explorer/application.html?site=66&data_type=4&graph_type=5&compareBy=stage&chk_stage_104=104&chk_stage_105=105&chk_stage_106=106&chk_stage_107=107&series=9&hdn_sex=2&race=1&age_range=1&advopt_precision=1&advopt_show_ci=on&hdn_view=0. Acesso em 07 de julho de 2023.

[4] Instituto Vencer o Câncer. Câncer de próstata é mais frequente em negros; saiba quando fazer exames. Disponível em: https://vencerocancer.org.br/cancer-de-prostata-e-mais-frequente-em-negros-saiba-quando-fazer-exames/. Acesso em: 04 de julho de 2023.

[5] Abida W. et al. PNAS 2019; 116:11428-436.

[6] Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO). Cuidados com a saúde do homem. Disponível em: https://sbco.org.br/cuidados-com-a-saude-do-homem/. Acesso em 04 de julho de 2023.

[7] A.C Camargo Cancer Center. Mutações genéticas e o câncer de próstata. Disponível em: https://accamargo.org.br/sobre-o-cancer/noticias/mutacoes-geneticas-e-o-cancer-de-prostata. Acesso em 03 de julho de 2023.

[8] Instituto Oncoguia. Mutação BRCA1 ou BRCA2 e aumento do risco de câncer de mama e câncer de ovário. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/risco-de-cancer/13922/1227/. Acesso em 03 de julho de 2023.


Vida saudável é o futuro: entenda a importância de um consumo consciente

Para além da comida, a sustentabilidade e o veganismo podem ser um estilo de vida; pesquisa realizada pela Meticulous Research apontam, por exemplo, que o mercado de cosméticos veganos tem estimativa de atingir US$28,5 bilhões até 2031 


 

Antes chamado de modismo e condenado por muitos, o veganismo agora é uma tendência que veio para ficar ao passo em que há o aumento de uma população mais consciente com a causa animal e ambiental. Quando falamos de alimentação, por exemplo, uma pesquisa feita pelo Ipec mostra que 46% dos brasileiros não comem carne animal ao menos um dia na semana. Para se ter ideia, pesquisas realizadas pelo Meticulous Research estimam que o mercado de alimentos plant-based atingirá US$95,52 bilhões até 2029. Ao mesmo tempo, o mercado de cosméticos veganos segue em disparada, com estimativa de atingir US$28,5 bilhões até 2031

 

Além disso, segundo a pesquisa de 2022 sobre Vida Saudável e Sustentável, realizada pela organização Akatu, até 55% dos brasileiros afirmam que o fato de um produto ser ecologicamente correto influencia “muito” a sua decisão de compra, especialmente em produtos de cuidado pessoal (55%), e produtos de limpeza (51%). Isso nos mostra ainda mais que o crescimento do veganismo, aliado a conscientização da população mundial, vem culminando para a explosão de uma indústria que tem alcançado todos os setores do mercado.

 

Os números oficiais mostram como, nos últimos anos, a busca por um consumo consciente e um estilo de vida mais saudável, tem ganhado força. O estudo Estilos de Vida, da Nielsen, descobriu que 42% dos consumidores brasileiros estão mudando seus hábitos de consumo para reduzir seu impacto no meio ambiente. O consumo consciente é, inclusive, uma das prioridades da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentávelda Organização das Nações Unidas (ONU). Em 2021, uma pesquisa de comportamento do consumidor da Deloitte, também mostrou que os consumidores estão tomando mais decisões conscientes com a sustentabilidade e o meio ambiente em mente. Um em cada três consumidores, por exemplo, parou de comprar em marcas por motivos éticos ou de sustentabilidade.

 

Um estudo feito pela Euromonitor Internacional, fornecedora mundial de inteligência empresarial, também mostra que em 2023 os padrões de consumo são menos de aquisição e mais de redução. Em 2022, por exemplo, 43% dos consumidores reduziram o seu consumo de energia. Esses números identificam uma das inúmeras formas de aderir a um estilo de vida mais consciente e saudável.

 

“Para além da redução, sabemos que ter um estilo de vida saudável pode ser um desafio em questões financeiras para algumas pessoas. Por isso, é importante encontrar marcas que sejam acessíveis dentro de uma categoria que ainda está muito acima dos produtos convencionais. A verdade é que o mercado nunca será transformado se continuar oferecendo produtos ecológicos com valores que as pessoas não podem comprar. Quando falamos em produtos naturais e sustentáveis, que incentivam esse estilo de vida mais saudável, a primeira barreira a ser enfrentada é justamente o preço. Por isso, o essencial para quem deseja trabalhar visando entregar saúde e bem-estar, é oferecer uma tecnologia de ponta, e inovar em processos para trazer produtos eficientes, concentrados e acessíveis. E, enfrentando essa barreira, as pessoas têm encontrado formas de bancar um estilo de vida que beneficie a sua saúde”, entende Stefania Bonetti, CEO da Onda Eco, marca de produtos de limpeza naturais focada em cuidados da saúde.

 

Abaixo, a especialista lista algumas dicas práticas para mostrar como pode ser fácil aplicar um estilo de vida saudável na sua realidade:

 

1. Alimentação segura: “Uma das alternativas para quem deseja uma alimentação mais saudável e segura, é se preocupar com a higienização dos alimentos que consomem. Quando falamos de verduras, legumes e vegetais, por exemplo, a forma de higienização mais utilizada pela maioria das pessoas é deixar os alimentos de molho em água contendo água sanitária. As chances do enxágue desses alimentos ser feito de maneira incorreta, deixando resíduo do produto e consequentemente acabar sendo ingerido é muito grande. A melhor escolha nesse caso é um limpa vegetais, que possua uma formulação com ativos derivados de vegetais, dos quais vão agir na limpeza dos alimentos sem a presença de cloro”, comenta Stefania.

 

2. Limpeza sustentável: “Os brasileiros estão acostumados com os produtos já conhecidos, que podem causar alergia e até intoxicação, mas desconhecem a melhor opção: os produtos feitos a partir de ingredientes naturais, à base de plantas e biodegradáveis. Esses produtos costumam ser livres de agentes agressivos à pele, seguros para contato com a pele humana, pet friendly e veganos, e terem uma composição não tóxica, para que as pessoas não poluam o meio ambiente enquanto limpam suas casas”, diz a empreendedora.

 

3. Um guarda-roupa ecológico: “Para além dos produtos, o que vestimos também diz muito sobre o que acreditamos e nosso estilo de vida. Quando pensamos em levar a sustentabilidade em todos os aspectos, é claro que nossas roupas não podem ficar de fora. Na moda, faz sentido unir nossos propósitos e buscar por algo que seja coerente, inovador, responsável, e que compartilham dos nossos propósitos”, defende.

 

4. Cuidado com o pet: “Sem contar com os produtos de limpeza naturais que já servem para ter um cuidado maior com o pet, evitando que ele sofra com possíveis alergias e intoxicações após a limpeza da sua casa, uma boa alternativa é investir no cuidado ecológico com os bichinhos. Um shampoo e condicionador para cães e gatos, feito à base de plantas que agrega funcionalidade a partir de extratos vegetais e óleos essenciais, por exemplo, é uma forma de investir no cuidado com os bichinhos, a saúde de toda a família e a proteção do planeta”, indica.

 

5. Limpeza de garrafas: “Nós sabemos que a maior parte dos brasileiros tem o costume de andar com uma garrafa de água na mão enfrentando a correria do dia a dia. O que acontece é que, muitas vezes, as pessoas não tomam o cuidado que deveriam com a higienização da garrafa, e na maioria das vezes, não é algo que os preocupa. Um higienizador líquido concentrado, vegano, biodegradável, à base de plantas, pode ser uma boa escolha, além de também poder ser usado em utensílios domésticos. Essa é a melhor forma de cuidar da sua própria saúde de uma forma segura e saudável”, comenta.

 

A transformação de um estilo de vida acontece com pequenas atitudes que viram hábitos no cotidiano. “Isso é algo que serve tanto para nossa alimentação, quanto para todos os produtos de limpeza, roupas e cosméticos que consumimos. É a partir dessa frequência de atitudes que começamos a construir o futuro do planeta. É importante entender também que não é necessário realizar todas essas mudanças de uma vez, mas a iniciativa pode ser o bastante para mudar a sua vida, seu bem-estar e o cuidado com você, a sua casa e as pessoas que estão ao seu redor”, finaliza Stefania Bonetti. 


Entenda o que é a Síndrome de Guillain-Barré

Especialista do CEJAM explica doença autoimune, seus sintomas e tratamentos


Recentemente, o Peru declarou estado de emergência nacional de saúde por 90 dias devido a um surto de casos de Síndrome de Guillain-Barré, responsável pela morte de quatro pessoas no país. Apesar da repercussão que o assunto ganhou mundialmente, muitas pessoas ainda não sabem exatamente do que se trata a doença.

“A Síndrome de Guillain-Barré, mais precisamente chamada de polineuropatia inflamatória desmielinizante aguda, é classificada como uma doença autoimune, em que o próprio sistema imunitário desencadeia inflamação em um ou mais tecidos ou órgãos de um indivíduo”, explica Dr. Roger Gomes, neurologista na AMA Especialidades (Assistência Médica Ambulatorial) Jardim São Luíz, gerenciada pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo.

Geralmente, a Guillain-Barré é desencadeada por uma infecção prévia, podendo ser de cunho respiratório ou intestinal, que ocorre entre 2 e 6 semanas antes do seu diagnóstico. Assim, quadros como diarreia, pneumonia, hepatites A, B e C, HIV, vírus SARS-CoV-2 (variante da Covid-19) e vírus transmitidos pelo mosquito da dengue, como Zika e Chikungunya, podem ser considerados estímulos, embora a ciência ainda não tenha uma compreensão precisa sobre o fenômeno.

Nessa síndrome neurológica inflamatória autoimune, o sistema imunológico do indivíduo começa a atacar partes do sistema nervoso periférico, principalmente seu envoltório, conhecido como bainha de mielina, o que resulta em sintomas como fraqueza muscular, formigamento, dormência e redução ou ausência de reflexos.

"É importante ressaltar que qualquer músculo do corpo pode ser afetado, incluindo os músculos respiratórios, como o diafragma, o que pode levar à insuficiência respiratória em diferentes graus em até um terço dos pacientes. Além disso, a doença, geralmente, afeta os nervos periféricos responsáveis pelo controle da atividade cardíaca e da pressão arterial, podendo causar arritmias cardíacas e hipertensão arterial aguda", complementa o médico.

Apesar de assustar à primeira vista, a doença é considerada rara e não contagiosa. No Brasil, a incidência é baixa, atingindo entre 1 e 4 pessoas a cada 100 mil habitantes anualmente. Os jovens e adultos entre 20 e 40 anos são os mais afetados.

O diagnóstico inicial é clínico e posteriormente confirmado por meio de exames que avaliam os nervos e músculos, como a eletroneuromiografia e a análise do líquido cefalorraquidiano, obtido por meio de uma punção na coluna lombar.

"O reconhecimento precoce da doença é fundamental para iniciar o tratamento o mais rápido possível, a fim de evitar fraqueza prolongada, comprometimento dos músculos respiratórios e, nos casos mais graves, insuficiência respiratória com necessidade de intubação e respirador mecânico", reforça o neurologista.

Atualmente, as principais abordagens terapêuticas para tratar a síndrome são o uso de imunoglobulina humana intravenosa em altas doses. E se a sua utilização não resultar em uma melhora significativa, geralmente, recorre-se à troca do plasma do paciente por meio de um procedimento chamado plasmaferese. Em alguns casos, pode ser necessária uma combinação dos dois procedimentos. No país, ambos os tratamentos estão disponíveis gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

 

CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
cejam.org.br/noticias


Mês mundial do chocolate: entenda a sensação de bem-estar causada pelo doce

Especialista dá dicas de como aproveitar os benefícios do cacau sem prejudicar a saúde

 

Sabe aquela sensação de felicidade que vem após colocar um pedaço de chocolate na boca? Ela pode ser muito satisfatória, mas é necessário tomar alguns cuidados, pois o doce pode ser viciante e causar alguns malefícios ao corpo. O consumo excessivo de chocolate pode ser negativo, uma vez que é rico em açúcar e gordura. É importante lembrar que o chocolate também contém cafeína, o que pode causar insônia e afetar a qualidade do sono, se consumido em grandes quantidades ou próximo ao horário de dormir. 

 

O Dr. Gabriel Domingos, psiquiatra do Hospital Nipo-Brasileiro, explicou como ocorre a sensação de bem-estar com o chocolate e contou como aproveitar o alimento de forma positiva. Segundo o especialista, o chocolate, de fato, causa a sensação de felicidade, isso ocorre por conta da liberação de hormônios. Essa sensação acontece por dois fatores: 90% é culpa do açúcar presente em chocolates ao leite e 10% por conta das substâncias liberadas pelo cacau, teobromina e feniletilamina, que causam sensação revigorante e de felicidade.

“O prazer que experimentamos ao saborear o chocolate está intrinsecamente ligado a um circuito de recompensa no nosso cérebro. Frequentemente, recorremos a esse doce como um estímulo positivo para celebrar pequenas conquistas diárias ou como uma forma de recompensar nossos esforços. À medida que nos entregamos a essa sensação prazerosa, podemos acabar desenvolvendo uma dependência, embora essa dependência traga consigo alegria e tranquilidade. Culturalmente, estamos acostumados a nos reunir em ocasiões especiais, como aniversários ou festas, e consumir alimentos ricos em gordura e açúcar como parte dessas celebrações. Isso ocorre devido à sensação de bem-estar que esses alimentos proporcionam”, explica Domingos.

Em relação aos sentimentos que o consumo de chocolate pode despertar, surgiram alguns mitos a respeito de seus possíveis efeitos na redução dos sintomas depressivos, mas essas afirmações não são verdadeiras. O Dr. Gabriel enfatiza que o chocolate não pode ser considerado um tratamento complementar para doenças como a depressão, pois sua influência se limita a mascarar temporariamente os sintomas. Para lidar com a depressão de forma adequada, é crucial seguir uma abordagem abrangente, que inclui o uso de medicamentos e terapia, além de adotar uma alimentação baseada em alimentos naturais. Além disso, é importante praticar exercícios físicos regulares e participar de atividades relaxantes, como o yoga. 

O psiquiatra explica que o grande vilão do chocolate ao leite é o açúcar presente no alimento. Ele não é benéfico para nenhum órgão e pode viciar, sendo prejudicial para os níveis glicêmicos do corpo. O doutor ainda ressalta que pessoas com diabetes devem evitar o consumo excessivo de chocolates ao leite.  

E para quem não consegue lançar mão do doce, o especialista oferece algumas dicas. “O ideal é consumir chocolates de boa qualidade, com baixo teor de gordura e açúcares e alto teor de fenol”. Sendo assim, o melhor é optar pelo meio amargo ou amargo. “Outra ideia são os nibs de cacau, que contêm as mesmas substâncias do cacau dos chocolates e liberam a mesma sensação de bem-estar de uma forma mais saudável”. Os nibs são pedaços de cacau, depois de torrados e descascados, que são menos processados e podem ser comprados em zonas cerealistas e lojas de produtos naturais. 

O Dr. Gabriel finaliza, “é possível desfrutar do chocolate com moderação, optando por versões mais escuras e combinando seu consumo com uma alimentação equilibrada e hábitos saudáveis.”


Dia Nacional do Homem: data de alerta para as doenças que mais impactam a população masculina

Câncer de pulmão, câncer de próstata e infarto são algumas

das doenças que mais acometem os homens



O Dia Nacional do Homem é comemorado no Brasil em 15 de julho e a data foi criada com objetivo de alertar a população masculina sobre os cuidados com a saúde. O foco do alerta é, principalmente, para a prevenção de algumas doenças que são mais propensas aos homens, entre elas o infarto, câncer de pulmão, cânceres de próstata e testículos e, também, o diabetes. Neste sentido, o Instituto Lado a Lado pela Vida, organização da sociedade civil que mais desenvolve ações em prol da saúde do homem no País, aproveita a data para reforçar a importância da conscientização sobre o cuidado integral com saúde do homem.

 

De acordo com Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, os homens precisam ser protagonistas do seu próprio cuidado. “Um comportamento comum no universo masculino é delegar a alguém a responsabilidade com sua saúde, geralmente as mulheres cumprem este papel. Entretanto, é necessário mudar o cenário e chamar o homem para exercer o autocuidado. Só assim reduziremos as taxas de mortalidade e morbidade desta população”, explica.

 

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que o câncer de pulmão é o tipo que mais mata no mundo e nos homens a chance de mortalidade é maior. O índice é de 19,6%, contra 17,4% em mulheres. Ainda segundo a OMS, as doenças cardiovasculares também afetam, em sua maioria, os homens. “O descuido com saúde, o uso de álcool, o consumo de gordura e a falta de exercício físico são os principais fatores que levam ao infarto e a doenças cardiovasculares”, explica a cardiologista Ariane Macedo, membro do Comitê Científico do Instituto Lado a Lado pela Vida.

 

A especialista orienta que os homens incorporem o hábito de manter as consultas médicas em dia, seja no Sistema Público ou na Saúde Suplementar, realizem os exames de rotina com frequência e mudem o estilo de vida para que tenham maior sobrevida e bem-estar. “As idas às consultas médicas devem ser realizadas juntamente com a introdução de hábitos saudáveis, como alimentação rica em legumes, frutas, diminuir o consumo de gordura animal, açúcar e alimentos processados, praticar atividade física, não fumar e não ingerir bebida alcóolica”, complementa a cardiologista.

 

No que se refere aos tumores, principalmente os cânceres de próstata; testículo e pênis, o urologista e membro do Comitê Científico do Instituto Lado a Lado, Vinicius Panico, alerta para a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata, principalmente para aqueles que têm histórico desse tipo de tumor na família, assim para os negros, já que esses são grupos com maior chance de desenvolvimento da doença. Panico reforça, ainda, a importância do autoexame dos testículos e a higiene íntima do pênis, além da vacina contra o HPV nos meninos.

 

“Sempre recomendamos que os homens em idade abaixo dos 40 anos incorporem o hábito de examinar os testículos durante o banho, pois podem identificar algum nódulo. Não podemos esquecer também de que a higiene pessoal é importantíssima para evitar o câncer de pênis”, reforça o especialista.

 

“Essa data de 15 de julho é mais um momento importante para alertar os pais para vacinarem seus filhos contra o vírus HPV, a vacina é gratuita para meninos e meninas com idade entre 9 e 14 anos “, complementa.

 

Já Marlene Oliveira reforça o alerta para a mudança de cultura no universo masculino. “Ainda nos deparamos com muitos homens que são acometidos por câncer de próstata pelo fato de terem preconceito de fazer o exame de toque retal. Precisamos mudar essa mentalidade e quebrar o tabu a respeito da saúde do homem. O nosso propósito é mudar esse cenário no Brasil com urgência”, finaliza a presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida.



Autismo e deficiência auditiva: características que se assemelham podem confundir diagnósticos


O Transtorno do Espectro Autista (TEA) manifesta-se na infância e persiste na adolescência e vida adulta. Na maioria dos casos, os sintomas surgem nos primeiros cinco anos de vida e as pessoas afetadas pela condição podem ter circunstâncias comórbidas, como epilepsia, depressão e ansiedade. Já o nível intelectual pode variar muito de um caso para outro, desde comprometimento profundo até casos com altas habilidades cognitivas.  
 
Os indivíduos com TEA têm como uma de suas principais características a falha na comunicação social, não apenas verbal, mas também não verbal, como o olhar perdido sem expressão; não se aconchegar no colo da mãe quando bebê ou não solicitar a atenção dos cuidadores, seja sorrindo ou chorando; não compartilhar atenção e interesse com os outros nem com os pares de idade, entre outras.   
 
Padrões repetitivos de comportamento e interesses restritos também são características importantes. Podem, da mesma forma, apresentar questões sensoriais, como, por exemplo, a rejeição ao toque, intolerância a texturas, irritação ou agressividade com determinados tipos de sons em intensidade (volume) não tão elevados etc. 
 
Por outro lado, os deficientes auditivos podem apresentar falhas na comunicação por não ouvir. Assim não respondem a chamados e, dependendo do grau da perda de audição, podem apresentar muitas dificuldades para desenvolver a oralidade e se comunicar de modo oral/verbal, mimetizando em avaliação superficial, o comportamento autístico. 
 
Ambos, deficientes auditivos e TEAs, apresentam dificuldades na comunicação verbal que é justamente um dos primeiros sintomas notados pelos cuidadores, quando a linguagem não evolui de forma esperada e a fala atrasa para surgir, tornando evidente que algo não está de acordo com a evolução típica da criança. Vale ressaltar que não há relação direta entre o transtorno do espectro autista e a deficiência auditiva, ainda que possam coexistir em um mesmo indivíduo, prejudicando seu desenvolvimento. 
 
Pacientes com TEA, mesmo com audição normal, podem não responder ao chamado pelo seu nome, nem dar atenção aos sons ao seu redor, podendo ser confundidos, por isso, com deficientes auditivos. Responder ao chamado do nome e às conversas de modo não verbal são características que devem estar presentes por volta do primeiro ano de vida. Se ausentes, configuram sinal de alerta para possíveis alterações no desenvolvimento infantil.  
 
Por esse motivo, é fundamental realizar o diagnóstico audiológico, permitindo avaliar e quantificar a audição de forma consistente, ainda dentro do primeiro ano de vida, principalmente em crianças com atraso de fala e em investigação para diagnóstico diferencial do TEA. Quanto menor a criança, aliás, mais importante é o diagnóstico audiológico, tornando possível a diferenciação entre outros possíveis diagnósticos.  
 
Vale lembrar que o exame de triagem auditiva neonatal, obrigatório nas maternidades, por se tratar de exame de triagem, não exclui todas as possibilidades de déficit auditivo infantil, visto que existem, por exemplo, condições de saúde que evoluem com perda de audição progressiva a partir do nascimento, entre outras. Por isso, um profissional deve ser consultado tão logo haja suspeita sobre uma dificuldade auditiva na criança, principalmente se associada ao atraso na fala. 
 
Uma vez estabelecido o diagnóstico audiológico com déficit auditivo, pode ser necessário o uso de aparelhos de amplificação sonora individual de diversos tipos, até o implante coclear, a depender das características da perda auditiva encontrada. Isso também vale para a terapia fonoaudiológica. Da mesma forma, pode também ser necessário intervenções da equipe multidisciplinar, com psicoterapia e terapia ocupacional.  
 
Em resumo, é preciso avaliação e cuidados individuais para cada caso, visto que cada indivíduo apresenta sua combinação singular de prejuízos e potencialidades, que podem ser bem estabelecidas a partir da avaliação de um otorrinolaringologista com subespecialidade em foniatria e de um especialista em comunicação humana e seus distúrbios. 
 
Com a avaliação foniátrica, é possível formular diagnóstico diferencial dentre os vários distúrbios da comunicação, minimizando ou mesmo evitando consequências no desenvolvimento cognitivo e na aprendizagem. No caso do TEA e da deficiência auditiva, onde um diagnóstico não necessariamente exclui o outro, essa investigação é fundamental. A busca do diagnóstico etiológico pelo otorrino foniatra otimiza o trabalho terapêutico da equipe multidisciplinar multiplicando os benefícios para o desenvolvimento do indivíduo. 


 Dr. Gilberto Ferlin - otorrinolaringologista e foniatra no Hospital Paulista 


Dieta nutritiva e suplementação vitamínica contribuem para o desenvolvimento e a boa saúde do feto

Um ambiente adequado na gravidez, que seja caracterizado pela ingestão de nutrientes apropriados, é essencial para garantir o neurodesenvolvimento do feto e evitar que ele desenvolva doenças crônicas como a obesidade. Para isso, a gestante deve procurar se cercar, durante o acompanhamento pré-natal, de profissionais (médicos obstetras, pediatras, endocrinologistas e nutricionais) atualizados.

Segundo a médica obstetra pela UnB, com mais de 20 anos de experiência, dra. Bruna Pitaluga, para garantir o neurodesenvolvimento adequado do feto, a gestante deve buscar o auxílio de profissionais conscientes da importância da suplementação vitamínica para este fim. “Em todo o momento, durante a gravidez, a gestante precisará de folato, ferro, vitaminas B12 e B6, magnésio, colina e outros suplementos, que necessitarão ser adaptados às demandas metabólicas da gestação, e os profissionais responsáveis pelo acompanhamento pré-natal precisam saber disso”, comenta.

Nesse sentido, destaca dra. Bruna, é imprescindível que os profissionais de saúde estejam inteirados sobre o acompanhamento pré-natal do século XXI - atualizado sobre as necessidades da gestante e do feto relativas à suplementação nutricional. “Os médicos obstetras e demais profissionais de saúde envolvidos no processo devem fornecer o substrato para que o feto consiga os nutrientes adequados e dessa forma tenha um bom desfecho neurológico, sob o risco de não avançarmos nessa questão”, alerta.

Aliás, complementa a médica obstetra, o acompanhamento pré-natal do século passado já não está conseguindo melhorar as estatísticas referentes ao desenvolvimento infantil de uma maneira geral. “Por exemplo, não está mudando os números relativos às crianças que são pequenas para a idade gestacional e não alcançam todo o seu potencial referente à estatura. Não está alterando também os números ruins associados ao desenvolvimento de doenças crônicas em crianças”, diz.

De fato, destaca dra. Bruna, um pré-natal ultrapassado está associado ao surgimento de obesidade nessa faixa etária. “Estudos científicos têm demonstrado que o distúrbio pode se desenvolver ainda durante a gestação e que mães obesas ou que apresentam excesso de peso na gravidez têm mais chances de gerar crianças com predisposição à obesidade”, ressalta.

Para evitar que isso ocorra, segundo a médica obstetra, os profissionais de saúde devem cuidar para que suas pacientes se alimentem de maneira adequada. Ou seja, para que tenham uma dieta equilibrada e nutritiva, rica em frutas e vegetais e restritiva em açúcares e gorduras. Além disso, afirma dra. Bruna, devem recomendar às gestantes a prática de atividade física moderada, pois estudos já demonstraram que exercícios durante a gestação podem promover uma gravidez saudável e reduzir o risco de obesidade infantil.

Dra. Bruna reitera a importância do acompanhamento médico regular a fim de que o feto não desenvolva obesidade. “Nós, médicos, desempenhamos um papel fundamental nesse sentido ao monitorarmos o ganho de peso adequado, orientarmos sobre a importância da amamentação e realizarmos exames para detecção precoce de problemas relacionados à obesidade infantil”, afirma.

Por fim, conforme a médica obstetra, ao promover um ambiente saudável durante a gestação, médicos e demais profissionais envolvidos no pré-natal acabam por contribuir para a reduzir a incidência de obesidade infantil e, consequentemente, para melhorar a qualidade de vida das futuras gerações.

 

Dra. Bruna Pitaluga - Formação em Medicina pela Universidade de Brasília – UnB. Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia pela Universidade de Brasília – UnB. Pós-graduação em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia – ABRAN. Especialização em Medicina Funcional pelo Instituto de Medicina Funcional - IFM, EUA. Curso em Nutrigenômica pela Universidade da Carolina do Norte - UNC, EUA


A dor é igual para todos? Especialista responde

Segundo o ortopedista Dr. Luiz Felipe Carvalho, a dor é subjetiva e a sua percepção pode variar bastante entre pacientes 

 

Todo ser humano sente dor, nas mais variadas intensidades, formas, locais, mas esse é um elemento presente, inclusive como recurso de defesa do organismo, mas para as mesmas condições, pessoas diferentes sentem o mesmo nível de dor?

 

O que é a dor?

Antes de mais nada é fundamental entender o que é a dor. Segundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), a dor é “uma experiência sensorial e emocional desagradável associada ou descrita em termos de dano tecidual real ou potencial”. 

Além disso, ela é uma ferramenta fisiológica de alerta para ameaças à integridade física de um organismo, auxiliando na percepção de cada pessoa sobre a saúde do seu corpo.

 

A dor é igual para todos?

De acordo com o ortopedista especialista em tratamentos para a dor, Dr. Luiz Felipe Carvalho, em seu livro “Ativação do sistema neuroimunoendócrino para tratamento da dor”, ela pode variar bastante entre pacientes. 

A dor é definida como uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a um dano real ou potencial, ou descrita em termos de tal dano. A dor é sempre subjetiva, e todos aprendem a usar a palavra por meio de sua própria experiência.”. 

Em cada tipo de dor, podemos observar quatro propriedades: nocicepção, que pode detectar estímulos nocivos; percepção, que consiste na forma como o organismo sente os estímulos; sofrimento; e comportamento. Essas características estão sempre presentes na dor, mas variam de acordo com o tipo, mas em proporções diferentes, no entanto, é necessário saber que existe um limite abaixo do qual nenhuma dor é sentida, chamado de limiar de percepção, e também existe um limite acima do qual a dor não pode ser sentida. a dor torna-se insuportável chamado limiar de tolerância” Explica Dr. Luiz Felipe no livro.

 

 



Dr. Luiz Felipe Carvalho - ortopedista especialista em coluna vertebral e medicina regenerativa. Já tratou grandes atletas como o jogador de futebol Rodrigo Dourado e o Ferreirinha do Grêmio. Além do tenista Argentino naturalizado Uruguaio Pablo Cuevas que faz tratamento com célula tronco desde 2017 melhorando muito sua performance avançando no ranking desde então. O Gaúcho possui um profundo conhecimento sobre os modernos procedimentos cirúrgicos da coluna vertebral e também trabalha com técnicas minimamente invasivas. É diplomado pela Academia Americana de Medicina Regenerativa (AABRM), e pelo grupo Latino Americano ORTHOREGEN. Atualmente está estruturando o serviço de Medicina Regenerativa na Cidade de São Paulo para tratamentos de Artrose e de dores crônicas osteomusculares.


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