Um ambiente adequado na gravidez, que seja caracterizado pela ingestão de nutrientes apropriados, é essencial para garantir o neurodesenvolvimento do feto e evitar que ele desenvolva doenças crônicas como a obesidade. Para isso, a gestante deve procurar se cercar, durante o acompanhamento pré-natal, de profissionais (médicos obstetras, pediatras, endocrinologistas e nutricionais) atualizados.
Segundo a médica obstetra pela UnB, com mais de 20
anos de experiência, dra. Bruna Pitaluga, para garantir o neurodesenvolvimento
adequado do feto, a gestante deve buscar o auxílio de profissionais conscientes
da importância da suplementação vitamínica para este fim. “Em todo o momento,
durante a gravidez, a gestante precisará de folato, ferro, vitaminas B12 e B6,
magnésio, colina e outros suplementos, que necessitarão ser adaptados às
demandas metabólicas da gestação, e os profissionais responsáveis pelo
acompanhamento pré-natal precisam saber disso”, comenta.
Nesse sentido, destaca dra. Bruna, é imprescindível
que os profissionais de saúde estejam inteirados sobre o acompanhamento
pré-natal do século XXI - atualizado sobre as necessidades da gestante e do
feto relativas à suplementação nutricional. “Os médicos obstetras e demais
profissionais de saúde envolvidos no processo devem fornecer o substrato para
que o feto consiga os nutrientes adequados e dessa forma tenha um bom desfecho
neurológico, sob o risco de não avançarmos nessa questão”, alerta.
Aliás, complementa a médica obstetra, o
acompanhamento pré-natal do século passado já não está conseguindo melhorar as
estatísticas referentes ao desenvolvimento infantil de uma maneira geral. “Por
exemplo, não está mudando os números relativos às crianças que são pequenas
para a idade gestacional e não alcançam todo o seu potencial referente à
estatura. Não está alterando também os números ruins associados ao
desenvolvimento de doenças crônicas em crianças”, diz.
De fato, destaca dra. Bruna, um pré-natal
ultrapassado está associado ao surgimento de obesidade nessa faixa etária.
“Estudos científicos têm demonstrado que o distúrbio pode se desenvolver ainda
durante a gestação e que mães obesas ou que apresentam excesso de peso na
gravidez têm mais chances de gerar crianças com predisposição à obesidade”,
ressalta.
Para evitar que isso ocorra, segundo a médica
obstetra, os profissionais de saúde devem cuidar para que suas pacientes se
alimentem de maneira adequada. Ou seja, para que tenham uma dieta equilibrada e
nutritiva, rica em frutas e vegetais e restritiva em açúcares e gorduras. Além
disso, afirma dra. Bruna, devem recomendar às gestantes a prática de atividade
física moderada, pois estudos já demonstraram que exercícios durante a gestação
podem promover uma gravidez saudável e reduzir o risco de obesidade infantil.
Dra. Bruna reitera a importância do acompanhamento
médico regular a fim de que o feto não desenvolva obesidade. “Nós, médicos,
desempenhamos um papel fundamental nesse sentido ao monitorarmos o ganho de
peso adequado, orientarmos sobre a importância da amamentação e realizarmos
exames para detecção precoce de problemas relacionados à obesidade infantil”,
afirma.
Por fim, conforme a médica obstetra, ao promover um
ambiente saudável durante a gestação, médicos e demais profissionais envolvidos
no pré-natal acabam por contribuir para a reduzir a incidência de obesidade
infantil e, consequentemente, para melhorar a qualidade de vida das futuras
gerações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário