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quinta-feira, 13 de julho de 2023

Dieta nutritiva e suplementação vitamínica contribuem para o desenvolvimento e a boa saúde do feto

Um ambiente adequado na gravidez, que seja caracterizado pela ingestão de nutrientes apropriados, é essencial para garantir o neurodesenvolvimento do feto e evitar que ele desenvolva doenças crônicas como a obesidade. Para isso, a gestante deve procurar se cercar, durante o acompanhamento pré-natal, de profissionais (médicos obstetras, pediatras, endocrinologistas e nutricionais) atualizados.

Segundo a médica obstetra pela UnB, com mais de 20 anos de experiência, dra. Bruna Pitaluga, para garantir o neurodesenvolvimento adequado do feto, a gestante deve buscar o auxílio de profissionais conscientes da importância da suplementação vitamínica para este fim. “Em todo o momento, durante a gravidez, a gestante precisará de folato, ferro, vitaminas B12 e B6, magnésio, colina e outros suplementos, que necessitarão ser adaptados às demandas metabólicas da gestação, e os profissionais responsáveis pelo acompanhamento pré-natal precisam saber disso”, comenta.

Nesse sentido, destaca dra. Bruna, é imprescindível que os profissionais de saúde estejam inteirados sobre o acompanhamento pré-natal do século XXI - atualizado sobre as necessidades da gestante e do feto relativas à suplementação nutricional. “Os médicos obstetras e demais profissionais de saúde envolvidos no processo devem fornecer o substrato para que o feto consiga os nutrientes adequados e dessa forma tenha um bom desfecho neurológico, sob o risco de não avançarmos nessa questão”, alerta.

Aliás, complementa a médica obstetra, o acompanhamento pré-natal do século passado já não está conseguindo melhorar as estatísticas referentes ao desenvolvimento infantil de uma maneira geral. “Por exemplo, não está mudando os números relativos às crianças que são pequenas para a idade gestacional e não alcançam todo o seu potencial referente à estatura. Não está alterando também os números ruins associados ao desenvolvimento de doenças crônicas em crianças”, diz.

De fato, destaca dra. Bruna, um pré-natal ultrapassado está associado ao surgimento de obesidade nessa faixa etária. “Estudos científicos têm demonstrado que o distúrbio pode se desenvolver ainda durante a gestação e que mães obesas ou que apresentam excesso de peso na gravidez têm mais chances de gerar crianças com predisposição à obesidade”, ressalta.

Para evitar que isso ocorra, segundo a médica obstetra, os profissionais de saúde devem cuidar para que suas pacientes se alimentem de maneira adequada. Ou seja, para que tenham uma dieta equilibrada e nutritiva, rica em frutas e vegetais e restritiva em açúcares e gorduras. Além disso, afirma dra. Bruna, devem recomendar às gestantes a prática de atividade física moderada, pois estudos já demonstraram que exercícios durante a gestação podem promover uma gravidez saudável e reduzir o risco de obesidade infantil.

Dra. Bruna reitera a importância do acompanhamento médico regular a fim de que o feto não desenvolva obesidade. “Nós, médicos, desempenhamos um papel fundamental nesse sentido ao monitorarmos o ganho de peso adequado, orientarmos sobre a importância da amamentação e realizarmos exames para detecção precoce de problemas relacionados à obesidade infantil”, afirma.

Por fim, conforme a médica obstetra, ao promover um ambiente saudável durante a gestação, médicos e demais profissionais envolvidos no pré-natal acabam por contribuir para a reduzir a incidência de obesidade infantil e, consequentemente, para melhorar a qualidade de vida das futuras gerações.

 

Dra. Bruna Pitaluga - Formação em Medicina pela Universidade de Brasília – UnB. Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia pela Universidade de Brasília – UnB. Pós-graduação em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia – ABRAN. Especialização em Medicina Funcional pelo Instituto de Medicina Funcional - IFM, EUA. Curso em Nutrigenômica pela Universidade da Carolina do Norte - UNC, EUA


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