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segunda-feira, 10 de julho de 2023

O grande erro na discussão sobre inteligência artificial

 

Pexels

Os avanços tecnológicos, em especial o mais recente, a inteligência artificial, são temas de profundos debates sobre a vida em sociedade, o futuro do trabalho e a necessidade de acompanharmos a evolução das “máquinas”. Curiosamente, embora estejamos falando de inovações, vemos seres humanos cada vez mais inseguros em função da ameaça de substituição.

Diante dessa insegurança, eis que surge o grande erro na discussão sobre os efeitos que a inteligência artificial pode causar. Explico-me: não indo muito longe, passamos pela era da revolução industrial, depois entramos na era da revolução tecnológica (onde houve uma expansão significa dos computadores, surgimento da internet, redes sociais etc.), entramos na era da indústria 4.0 (onde máquinas se interligam com sistemas, internet) e, por fim, estamos experimentando a tão temida inteligência artificial.

Ok! Mas onde está mesmo o “bug”? ‘Elementar, meu caro Watson!’ A tecnologia, bem como todas as inovações que ela nos traz, é uma constante. Ela não é um fim em si. É meio. Ela sempre nos proporcionará novas e novas possibilidades de utilização. O que nos leva a concluir que a tecnologia não pode ser, de forma alguma, objeto principal da discussão, mas sim o que é variável, justamente, nós, seres humanos. Ou, em outras palavras, sendo a tecnologia algo em constante evolução, a responsabilidade de utilizá-la para gerar qualidade de vida para toda a humanidade é, e sempre será, uma prerrogativa da parte variável: nós. E ponto!

E como fazemos isso? Mudando o nosso local de busca por respostas. Ao invés de perguntarmos para a inteligência artificial, para as diversas tecnologias, como substituirmos postos de trabalho, devemos perguntar, a nós mesmos, de carne e osso, como utilizá-las. Imaginem, por exemplo, para despoluir rios, limpar os oceanos, recuperar biomas devastados, construir moradias dignas para todos, instalar saneamento básico para todos, produzir alimentos para todos, produzir energias limpas, instalar indústrias de reciclagem, construir ferrovias, centros de pesquisas, hospitais, escolas, transporte público de qualidade ou implementar qualquer solução que traga bem-estar às pessoas e ao planeta.

Imaginaram? Agora pensem em quantas qualificações precisaremos ter, formar, para construirmos um novo mundo melhor e sustentável. Vai faltar trabalho? A inteligência artificial vai nos substituir? Não, seres humanos, não vai, pois a falta de líderes no mundo e suas consequências, a ganância que vem dilacerando nossos valores, a concentração de renda que faz pessoas morrerem de fome, a soberba que tem escravizado parte da humanidade, o consumo exorbitante que vem saqueando nosso planeta, a inveja que vem alimentando a competição voraz, a preguiça que nos faz indiferentes e o ódio que torna pessoas em objetos inanimados, não são problemas tecnológicos. São nossos! Portanto, é hora de apertamos o nosso botão de reiniciar...

 

Henrique Medeiros - especialista em gestão e psicanalista, autor do livro “Células Sociais Caórdicas – O Caminho Para Um Novo Mundo”. É formado em Tecnologia da Informação com MBA em Gestão Empresarial pela FGV e tem mais de 25 anos de experiência no mercado de tecnologia


Abri minha empresa. E agora? Dicas essenciais para novas empresas protegerem suas marcas

 Saiba como registrar e proteger sua marca, garantindo sua exclusividade e prevenindo violações de direitos autorais enquanto estabelece sua presença no mercado


A proteção da marca é um aspecto crucial para qualquer empresa, especialmente para aquelas que estão começando sua jornada. Ao abrir um negócio, é fundamental tomar medidas para garantir que sua marca esteja adequadamente registrada e protegida contra uso indevido por terceiros. Além disso, proteger sua marca também envolve cuidados com a propriedade intelectual e a preservação da identidade visual consistente. Neste artigo, veja dicas valiosas sobre como proteger sua marca, ajudando você a estabelecer uma base sólida para o sucesso e evitar problemas legais no futuro.

Importante ter em mente que a constituição da empresa na Junta Comercial e a obtenção do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica-CNPJ, são atos obrigatórios a fim do Estado lhe conceder a permissão de ser também pessoa jurídica, contudo, não lhe concede direitos exclusivos sobre o nome que escolheu para sua empresa.

Inicie com a consultoria jurídica: Consulte um advogado especializado em propriedade intelectual para ajudá-lo a garantir a proteção adequada à sua marca e propriedade intelectual. Além de oferecer orientação jurídica personalizada e ajudá-lo a evitar problemas legais no futuro, a consultoria também te auxiliará no monitoramento e mitigação sobre usos indevidos da sua marca e criação de recursos jurídicos para casos judiciais.

Registre sua marca: Ao iniciar uma empresa, é essencial registrar sua marca junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Isso concede a você os direitos exclusivos sobre o uso da marca e a protege contra o uso indevido por terceiros.

Pesquise antes de registrar: Antes de registrar sua marca, faça uma pesquisa detalhada para garantir que não existem marcas semelhantes ou idênticas às já registradas. Isso ajudará a evitar conflitos futuros e proteger sua marca contra possíveis ações legais por violação de direitos autorais.

Proteja sua marca online: Além de registrar sua marca no âmbito físico, é importante protegê-la online. Registre o domínio correspondente ao nome da sua empresa e esteja presente nas redes sociais relevantes. Isso ajudará a estabelecer uma presença consistente e evitar que terceiros usem seu nome de marca indevidamente.

Monitore o uso da marca: Fique atento ao uso indevido da sua marca por terceiros. Monitore ativamente a internet, as redes sociais e outras plataformas para identificar qualquer uso não autorizado ou violação de direitos autorais. Caso encontre alguma violação, tome medidas imediatas para proteger seus direitos legais, deve impedir o uso indevido o mais célere possível, pois, quanto mais tempo permitir mais o judiciário decidirá que houve certa convivência pacífica entre as marcas.

Mantenha seu logotipo e identidade visual consistentes: Desenvolva um logotipo e uma identidade visual distintos e consistentes para sua marca. Isso ajudará a criar reconhecimento e associação imediata com sua empresa. Utilize esses elementos de forma consistente em todos os materiais de marketing e comunicação.

Proteja seu conteúdo e propriedade intelectual: Além de proteger sua marca, certifique-se de proteger seu conteúdo e propriedade intelectual. Registre direitos autorais para materiais exclusivos, como textos, imagens, vídeos ou software desenvolvido por sua empresa ou produtos desenvolvidos por você.

Esteja atento ao mercado e concorrência: Mantenha-se informado sobre as práticas do mercado e acompanhe seus concorrentes. Isso ajudará a identificar qualquer violação de marca ou uso indevido por parte de outras empresas e permitirá que você tome medidas para proteger seus direitos.

“Construir uma empresa é trabalho árduo e constante, portanto, é inadmissível que omissões ou erros sejam aceitos sem qualquer impedimento. Aja como empresário responsável e sabedor que somente a empresa crescerá com segurança jurídica e sólida se todos os seus direitos estiverem protegidos”, esclarece Dra. Maria Isabel, advogada e especialista em direitos intelectuais.

A Cone Sul Marcas e Patentes é uma empresa especializada em assessoria e registro de marcas, patentes, direitos autorais e outros ativos de propriedade intelectual e possui mais de 25 anos de experiência e consolidação no mercado. A Cone Sul oferece serviços de alta qualidade para ajudar empresas e empreendedores a proteger e valorizar suas criações.

 


Cone Sul Marcas e Patentes
https://www.conesul.com.br


Dra. Maria Isabel Montañés - Advogada, com especialização na área do Direito Eletrônico e Gestão de Marcas, é autora de diversos artigos publicados em revistas renomadas. Criou a Cone Sul Marcas e Patentes em 1995. Membro da ABAPI (Associação Brasileira dos Agente da Propriedade Intelectual) e ASPI (Associação Brasileira de Propriedade Intelectual). Sócia-fundadora da Cone Sul Marcas e Patentes. Mediadora especialista em conflitos de propriedade intelectual e domínios pela Câmara de Mediação da ABPI e Agente de propriedade industrial há mais de 27 anos.

 

Pesquisa: 90% dos consumidores finalizam compras após se interessar por descontos e recompensas

Imagem: Unsplash
Programas de recompensas crescem no Brasil e se tornam opções de renda extra


Uma recente pesquisa da Wildfire Systems Inc., divulgada pela PR Newswire, mostra que 90% dos compradores têm demonstrado maior interesse em receber descontos, usar cupons e ganhar recompensas de cashback quando fazem compras, sendo que 1 em cada 3 consumidores começou a usar esses programas nos últimos dois anos.

Além disso, segundo o levantamento, os descontos influenciam positivamente as taxas de conversão do comércio eletrônico: 82% dos consumidores disseram que têm maior probabilidade de concluir uma compra quando têm um desconto. Entre os principais motivos para o interesse nos descontos e recompensas está o aumento dos preços e a crise econômica que impactou o mundo nos últimos anos. 

Falando em impacto econômico, as recompensas também podem ser uma forma de alcançar renda extra. O Instituto Real Time Big Data aponta que quase metade da população (48%) declara buscar alguma renda extra para lidar com as despesas mensais. 

Os números vão ao encontro do crescente interesse do brasileiro em aplicativos e plataformas de recompensas e descontos. Com milhões de acessos anuais, as plataformas online de recompensas têm um funcionamento fácil e intuitivo, que basicamente consiste em premiar com pontos (que podem ser trocados por descontos ou por dinheiro) quem responde a pesquisas, joga, assiste a vídeos e realiza outras ações do tipo.  

“As plataformas de recompensas são excelentes para impulsionar a autonomia das pessoas no processo de decisão de compras, uma vez que é possível adquirir produtos, serviços e até ganhar dinheiro por meio da troca de informações de consumo com as empresas”, explica Fabiane Quero, gerente de Negócios do MeSeems, plataforma de recompensas e painel de respondentes da MindMiners.

“Entendemos que todos nós, enquanto seres humanos, precisamos nos sentir motivados para realizar as atividades do cotidiano, principalmente porque vivemos acelerados, cumprindo tarefas. No caso das plataformas de recompensas, como as pessoas precisam dedicar um tempo especial para contribuir com suas informações pessoais e experiências, os benefícios são extremamente importantes para que tenham oportunidades de desconto ou compras. As pessoas se sentem mais comprometidas quando existe uma relação de troca com o serviço que estão usando. A ideia é que todos saiam ganhando”, pontua Fabiane. 

No MeSeems, por exemplo, o usuário pode ganhar até 500 pontos respondendo 10 pesquisas. Entretanto, é preciso que eles preencham o perfil por completo para serem selecionados e receber os questionários.   

“A outra possibilidade é acumular pontos em nosso marketplace. São mais de 150 lojas online com até 10 pontos por real gasto. A pessoa também pode interagir e consumir conteúdos sobre produtos e serviços. Então, além dela fazer isso sendo remunerada nas pesquisas, pode pedir sugestões ou indicar alguma experiência de consumo que teve com marcas de todo o Brasil”, detalha Fabiane. 

A plataforma de recompensa MeSeems pode ser acessada pelo celular - através de download nas lojas de aplicativos para Android ou iOS - ou pelo computador. Com um cadastro simples e rápido, as pessoas interessadas já começam a receber pesquisas para acumular pontos.



MeSeems
MindMiners


Julho verde conscientiza para o câncer de cabeça e pescoço

A fim de conscientizar a população sobre a prevenção do câncer de cabeça e pescoço, o mês de julho também ganhou a cor verde, pois segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), para 2023, há uma previsão de 40 mil novos casos. Já o Ministério da Saúde aponta como o quinto tipo de câncer com mais casos no Brasil, que leva a 10 mil mortes por ano. Entretanto, as chances de cura podem chegar a 90% se descoberto em fase inicial. 

De acordo com o otorrinolaringologista Thiago Brunelli, do hospital Santa Casa de Mauá, a maioria dos casos é descoberta em estágios já avançados e, por isso, é muito importante o diagnóstico e tratamento precoces. O foco da campanha são os tumores de boca, língua, gengiva, palato, bochecha, laringe, tireoide, orofaringe, nariz, seios nasais, nasofaringe e pescoço. Essas patologias impactam fortemente em funções importantes para o bem-estar, como na respiração, na deglutição e na fala. 

“Estar atento aos sintomas ajuda a detectar a doença precocemente e entre alguns deles estão a dor de garganta e rouquidão persistentes, dificuldades para engolir, nódulos no pescoço, aftas, manchas brancas e avermelhadas na boca, além de sangramento. Os sintomas que persistem por mais de 15 dias precisam ser avaliados por um especialista”, alerta o médico Thiago Brunelli. 

As principais causas para o câncer de cabeça e pescoço são o tabagismo, o consumo de álcool, as próteses dentárias mal colocadas, a má higiene bucal e até o vírus do HPV. O tratamento pode exigir cirurgia, radioterapia e quimioterapia. 

A melhor prevenção é manter uma alimentação saudável e balanceada em iodo, consumo moderado de bebidas alcoólicas, fazer uma boa higiene bucal e consultar regularmente um dentista, não fumar e fazer exames periódicos, haja vista que a doença tem origem hereditária, influência de poluentes, irradiação e obesidade. 

 

Hospital Santa Casa de Mauá
Avenida Dom José Gaspar, 1.374 – Vila Assis – Mauá – telefone (11) 2198-8300.
https://santacasamaua.org.br/


Saiu do último emprego? Saiba como explicar o motivo do desligamento!

O profissional deve ter atenção para não cometer alguns erros comuns

 

Dados do Novo Caged mostram que março foi o mês com maior número de desligamentos desde o início de 2023, com total de 1.995.886. Entre as principais razões para o desligamento involuntário, aquele em que o contrato é rescindido pela empresa, estão baixa produtividade, desvio comportamental ou ainda podem estar relacionados com fatores externos que impactam as organizações como crise econômica ou no setor.

Já as principais motivações para o desligamento voluntário, em que o próprio profissional solicita o desligamento, estão o cansaço mental, clima organizacional ruim e falta de flexibilidade, reconhecimento ou apoio da liderança.

Diante desse cenário, como responder sobre o motivo da saída durante a entrevista de emprego, uma vez que as razões reais podem ser delicadas de serem abordadas neste momento? “Percebemos que a saída de um emprego ainda é um tema muito sensível para os candidatos, alguns acabam aprofundando demais a explicação e trazendo uma perspectiva mais pessoal do que profissional”. No entanto, o que muitos não sabem é que fazemos essa pergunta para entender o nível de maturidade e como o profissional lida com situações adversas”, diz Larissa Gonçalves, gerente de operações da Luandre, uma das maiores consultorias de RH do país.

Por isso, quando a pergunta surgir, o primeiro passo é se manter calmo e o principal é falar sempre a verdade. Explicar os motivos que levaram à saída da empresa de forma objetiva.

Alguns exemplos de respostas:

  • “A empresa não tinha uma política de carreira clara e por isso optei por buscar uma nova oportunidade.”
  • “Saí da empresa porque alguns valores que considero importantes não eram praticados no dia a dia, como respeito e empatia.”
  • “Devido a uma crise no setor, houve uma reestruturação das áreas e eu fui impactado junto com outros colegas.”

Outro ponto é ter a certeza do motivo da saída do trabalho. Foi um pedido de demissão? Estava infeliz? Estava atuando fora da área? Existem inúmeras questões que levam uma pessoa a sair de um emprego e uma empresa a desligar um funcionário. É importante ter clareza disso para conseguir responder.


Mas e o que não é recomendável dizer?

A especialista da Luandre selecionou três importantes dicas para candidatos que ainda têm dúvidas do que responder. Confira.


  1. Não fale mal do antigo empregador

Não importa se o empregador foi o responsável pela demissão, esse não é o momento para desabafar. Na entrevista, é importante ser cordial, respeitoso e manter uma atitude positiva, afinal, a empresa procura alguém disposto a assumir novos desafios e não uma pessoa focada em expor culpados por uma situação.


  1. Não jogue a culpa na rotina de trabalho

Caso tenha saído do último emprego por dificuldade com a rotina de trabalho, é melhor deixar claro que havia aceitado as condições, mas após algum tempo percebeu que não seria mais viável.


  1. Fale a verdade

Não existem pessoas e empresas perfeitas, portanto, mais uma vez, a dica é contar a verdade e falar sobre o que motivou sua saída da empresa de forma clara e objetiva.

 

Luandre Soluções em Recursos Humanos

 

Dia dos Homens: atividades arriscadas garantem aposentadoria especial

Conscientização sobre os direitos lembra que eles também devem se cuidar


Os homens ainda obedecem a uma lógica do gênero forte, pensamento este que, muitas vezes, os coloca em situações de trabalho mais arriscadas. Além disso, muitos não dão a devida atenção à saúde, procurando raramente cuidado médico. Com o Dia Internacional do Homem, em 15 de julho, vale lembrar que eles podem acessar a aposentadoria especial. A Previdência Pública é um dos amparos que ajudam os trabalhadores a ter uma vida menos difícil.

“Embora até mesmo o INSS faça uma diferenciação de idade entre homens e mulheres no acesso aos direitos previdenciários, esclarecer sobre esses direitos aproxima eles de uma vida mais segura e até mesmo mais atenta aos riscos que a maioria passa mais do que as mulheres”, diz a advogada previdenciária, sócia-fundadora do Brisola Advocacia, Isabela Brisola.

Entre os principais direitos que muitos homens podem acessar por exercerem uma atividade de risco é a aposentadoria especial. Esse risco está associado, por exemplo, a trabalhadores expostos a agentes nocivos ou à periculosidade.

Os primeiros, em especial, fazem mal à saúde do trabalhador pela exposição a agente químicos, físicos e biológicos; os segundos se referem à exposição a fatores que trazem risco de morte.

“No primeiro caso, temos como função comum, por exemplo, a de frentista de posto de combustível, atividade ainda muito exercida por homens, assim, como no segundo caso, quando temos profissionais homens, em sua maioria, exercendo a função de vigilantes”, explica a advogada, destacando que após a Reforma da Previdência, em 2019, esse direito foi o mais atingido.

Com a Reforma da Previdência, existe uma idade mínima como requisito, o que depende do tempo de contribuição: 55 anos para atividade especial de 15 anos; 58 anos para atividade especial de 20 anos; 60 anos para atividade especial de 25 anos.

“Houve uma redução abrupta do direito após a reforma, mas é importante que os homens saibam que, a depender da função que exercem, podem ter direito à aposentadoria especial. Um dos documentos importantes que o trabalhador deve levar ao INSS na hora de pedir a aposentadoria é o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) de todas as empresas nas quais trabalhou exercendo atividades consideradas especiais”, lembra a especialista. 

 

DESAFIOS DO VAREJO PARA O SEGUNDO SEMESTRE

Nos últimos anos, superar os desafios do varejo se tornou uma missão que exige integrar tecnologia de ponta ao mesmo tempo em que ainda é necessário evoluir temas básicos ligados à gestão: orçamento, eficiência operacional, desenvolvimento de lideranças e por aí vai.

Entretanto, este ano de 2023 ganhou uma complexidade maior, porque alguns acontecimentos econômicos e de mercado trouxeram algumas condições particularmente interessantes para o segundo semestre, que já interferem na execução das estratégias não apenas do setor varejista, mas de todos aqueles que se relacionam com ele.

Senão, vejamos dois pontos. O primeiro é o escândalo contábil da Lojas Americanas e sua recuperação judicial. Apenas do ponto de vista do quadro de funcionários e estrutura física, a empresa começou junho com aproximadamente 5 mil funcionários e 30 lojas a menos. Vale ressaltar que se somadas a outras empresas, como Renner, TaQi, Tok&Stok e Marisa, a quantidade de lojas fechadas ultrapassam mais de 150. Um número assustador e preocupante em um setor que representou 21,6% do PIB do país em 2022, como revela o estudo “O Papel do Varejo na Economia Brasileira”, realizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). 

O segundo ponto é o cenário político e econômico brasileiro. O novo governo federal ainda não conseguiu articular as reformas estruturantes (política e fiscal) necessárias para o país crescer de forma sustentável, nem estabeleceu as regras para definição do arcabouço fiscal que baixa o grau de confiança no país. Além disso, de acordo com os dados de maio da Confederação Nacional do Comércio (CNC) 78% das famílias estão endividadas, 29% delas inadimplentes.

Para controlar a inflação, que de acordo com acordo com o boletim Focus de 26/06/2023, o esperado para 2023 é de 5,06%, o Banco Central precisa manter a taxa de juros (Selic) na casa dos 12,25% (também esperado). Uma curiosidade: de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) o Brasil tem a maior taxa de juros reais do mundo.

O resultado? Com o crédito mais caro e a desconfiança na austeridade econômica do país, o nível de investimento no setor produtivo e a oferta caem. Com as famílias endividadas, e a consequente restrição de crédito, a demanda também e o país (assim como o varejo) estagna. E retornando ao início da conversa: quais os desafios para o varejo nesse segundo semestre de 2023?

Os pilares continuam os mesmos, ou seja, acompanhar os avanços tecnológicos e desenvolver a gestão. Mas a realidade exige alguns pontos de atenção para aproveitar as oportunidades criadas. Com a demanda ainda reprimida, os estoques das indústrias estão em alta. Será tentador fazer compras maiores aproveitando condições melhores comerciais, ainda mais que neste segundo semestre temos o Dia dos Pais, Dia das Crianças, Black Friday e Natal.

Para tanto, prepare sua equipe de vendas (comercial, e-commerce, logística e loja) para que esse momento se transforme numa verdadeira vantagem competitiva, aumentando a rentabilidade, vendas, fluxo e tráfego. Existe mão de obra especializada no varejo disponível no mercado. A curva de aprendizado para essas pessoas é menor que se comparada a quem nunca trabalhou no varejo, mas isso não significa que já estão prontos para sua empresa.

É necessário, sim, ter pronto um processo de recrutamento, seleção, contratação, treinamento e avaliação para que essas pessoas possam entrem em operação com altíssimo nível de eficiência operacional. Dinheiro ainda está caro e o mercado ainda não está aquecido como esperado. Assim, qualquer perda de processo tem impacto maior no resultado.

Indicadores como ruptura, quebras, turnover e perdas não identificadas assumiram um poder ofensor ao resultado maior. Quanto mais eficientes as equipes forem, mais integradas forem as tecnologias aos processos e mais aderente ao planejamento comercial/financeiro a operação for, maior a chance de que os bons resultados apareçam mais rápido, aproveitando todas as oportunidades desse segundo semestre.

Isso sem contar que você, seguindo todos os protocolos, já está preparando seu ano de 2024, para crescer de forma mais consistente e seguramente acima da média. Bons negócios! Esse é o meu desejo e a busca de todo varejista. 

 

Luiz Muniz - mestre em Estratégia de Operações, especialista em empresas familiares e diretor da Telos Resultados

TELOS RESULTADOS
https://www.teloscr.com.br



Do entretenimento ao lucro: os perfis dos apostadores e suas motivações

De acordo com Ricardo Santos, especialista em análise estatística para apostas esportivas, existem grandes diferenças entre os apostadores profissionais e recreativos 


Ao longo dos anos, a prática de apostas se tornou cada vez mais popular e, com o passar do tempo, diferentes tipos de apostadores surgiram. Eles podem ser divididos em duas categorias principais: os profissionais e recreativos. 

Os apostadores profissionais são aqueles que se dedicam seriamente a apostas e utilizam estratégias meticulosas, análises estatísticas e habilidades para obter lucros consistentes. Eles veem as apostas como uma profissão e investem tempo e esforço consideráveis para desenvolver uma vantagem competitiva. 

Por outro lado, os apostadores recreativos estão mais interessados na emoção e entretenimento proporcionados pelas apostas, geralmente apostando com orçamentos limitados e menos foco na rentabilidade de longo prazo. 

De acordo com Ricardo Santos, cientista de dados especialista em análise estatística para apostas esportivas em Futebol e fundador da Fulltrader Sports, empresa líder na América Latina em Softwares Saas para Público Final de Trade Esportivo, ser um apostador recreativo pode oferecer uma série de riscos. “Realizar apostas causa uma carga altíssima de dopamina cerebral, substância que provoca a sensação de prazer, satisfação e aumenta a motivação. Porém, esse tipo de sentimento pode ser a razão por trás de escolhas extremamente equivocadas”, relata.

Quando uma pessoa aposta, existe uma chance de retorno com lucros do valor apostado. No entanto, essa expectativa nem sempre é positiva. “Se alguém decide ir ao cinema ou comer em um restaurante, por exemplo, sabe que seu dinheiro será investido e terá algum retorno que também irá oferecer uma carga de dopamina, seja com um bom filme ou um prato sofisticado. No entanto, no campo das apostas, essa carga pode se transformar em frustração quando o resultado esperado não é alcançado”, pontua o especialista.

Para Ricardo, alguns podem perder a percepção dos limites ao seguirem encarando apostas como uma atividade meramente recreativa. “Os gatilhos para realizar apostas, como jogos de futebol, corridas de Fórmula 1 ou, até mesmo, partidas de jogos eletrônicos, são recorrentes e podem acontecer todos os dias. É preciso ter discernimento porque, apesar de ser tratado como um momento de recreação, as apostas exigem dinheiro real para serem efetivadas e, se isso torna-se recorrente, muitos gastam além do que podem e acabam se perdendo. Existe um enorme perigo em ser um apostador recreativo. Afinal, as vontades podem superar as possibilidades”, declara.

Por sua vez, os apostadores profissionais têm um melhor controle sobre suas ações. “Efetivamente, esse é o trabalho dessas pessoas. Eles analisam dados, selecionam jogos e dispõem de planilhas de acompanhamento extremamente meticulosas e precisas. Esse tipo de apostador sabe exatamente como está aplicando seu dinheiro e quais as possibilidades de retorno. Pode até haver uma descarga de dopamina, mas ela aparece com a finalidade de executar o trabalho de forma mais efetiva. Por ser uma atividade repleta de análises, quanto mais tempo eles dedicam, mais dinheiro eles tendem a fazer em um longo prazo. Isso evidencia ainda mais o problema que apostadores recreativos podem enfrentar quando realizam apostas, puramente, pelo sentimento de emoção”, finaliza o fundador da Fulltrader Sports.



Ricardo Santos - cientista de dados especialista em análise estatística para apostas esportivas em Futebol e fundador da Fulltrader Sports, empresa líder da América Latina em Softwares Saas para Público Final de Trade Esportivo. Também atua como trader em Probabilidades de Futebol há 12 anos. Para mais informações, acesse YouTube: https://www.youtube.com/fulltrader ou pelo Instagram: https://www.instagram.com/fulltrader/.


Como não gastar demais durante as férias de julho?

Especialista em finanças pessoais explica como não extrapolar o orçamento nessa época

 

É comum que durante o período de férias, como no mês de julho, as pessoas gastem mais do que o normal e, muitas vezes, de forma inconsciente. Seja durante uma viagem ou em passeios próximos do local em que se mora, os gastos nesse momento tendem a ser maiores do que em outras épocas, o que pode eventualmente prejudicar o orçamento. Porém, existem meios de contornar essa situação.

Segundo o especialista em finanças pessoais, João Victorino, momentos de lazer precisam de um planejamento financeiro bem feito e estruturado, justamente para que não se gaste mais do que se pode. É importante ter um controle para que, assim, se torne viável realizar atividades variadas em um espaço curto de tempo, sem comprometer os gastos essenciais e também os investimentos.

João explica que é possível conciliar gastos considerados essenciais com aqueles gastos por diversão. “É importante pensar com uma certa antecedência nos passeios que você quer fazer, se é uma ida ao cinema, a um parque, a um restaurante, entre outros, além de pesquisar a média de preços. Desta forma, você consegue reservar uma parte do orçamento para utilizar nas férias conscientemente”, afirma.

Para João, quem tem um planejamento financeiro consegue aproveitar as férias de maneira tranquila, pois sabe que não vale a pena extrapolar o orçamento em um mês e se prejudicar durante todos os outros. Em passeios do dia a dia, costuma ser mais difícil abusar tanto, apesar de não ser impossível, mas em viagens, as pessoas tendem a exagerar e acabam por comprometer um dinheiro que não tinha aquele destino.

Quando se trata de viagens, João Victorino dá três dicas a título de exemplo, que às vezes, as pessoas não levam em consideração:

  1. Quando viajar de carro com a família, já leve prontos de casa os lanches e os petiscos dentro do carro. Não pare para comprar na beira da estrada, pois é caríssimo, e você raramente consegue encontrar as marcas e sabores que seus filhos gostam nesses lugares. Outra coisa: não se esqueça de levar água e manter todos hidratados.
  2. Se você alugar uma casa para passar o período de descanso, já prepare os cardápios das refeições com antecedência e planejamento, e leve a maioria dos ingredientes na mala, com as compras feitas na cidade de residência. Isso vai te ajudar a não perder tempo planejando o que comer na hora e tendo que ir para o supermercado da cidade turística, ficando naquelas filas intermináveis de alta temporada. Além do que, novamente você pode organizar os pratos que a família gosta.
  3. Reserve um recurso para gastar sem planejamento e servir como uma comemoração, como uma indulgência nesse período de relaxamento com a família. Não exagere e curta as férias!

De acordo com o especialista, agir por impulso é a pior forma de tomar as decisões. “Muitas pessoas se empolgam com alguma coisa e acabam gastando o que não estava programado. Isso até pode acontecer uma vez, mas quando se torna recorrente, vira um problema. É bem provável que surjam dívidas altas e que serão cada vez mais difíceis de pagar, caso não exista controle”, reforça João.

Outro ponto de atenção é para quem tem filhos pequenos, pois precisam estar ainda mais organizados com o orçamento da família, para não se atrapalharem posteriormente. Muitos pais desembolsam valores muito maiores durante as férias escolares, seja para agradar as crianças ou até mesmo para conseguir distraí-las, visto que este é o período em que passam mais tempo em casa e, às vezes, sem outras atividades extras.

Nestes casos, João ressalta que a atenção deve ser redobrada. “É importante que os pais tomem cuidado, pois os gastos considerados básicos com crianças já costumam ser altos e quando se decide fazer algo diferente da rotina, é fundamental ter planejamento. Não é para deixar de fazer, mas sempre com sabedoria, para que seja um momento agradável e que todos aproveitem da melhor maneira”, finaliza.


João Victorino - administrador de empresas e especialista em finanças pessoais, formado em Administração de Empresas, tem MBA pela FIA-USP e Especialização em Marketing pela São Paulo Business School. Após vivenciar os percalços e a frustração de falir e se endividar, a experiência lhe trouxe aprendizados fundamentais em lidar com o dinheiro. Hoje, com uma carreira bem-sucedida, João é líder em diversidade e inclusão na Visa, atuando em prol de pessoas com deficiência. O especialista busca contribuir para que pessoas melhorem suas finanças e prosperem em seus projetos ou carreiras. Para isso, idealizou e lidera o canal A Hora do Dinheiro com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.


Professor dá dicas para estudantes que vão prestar vestibular de inverno

O recesso escolar pode ser um bom período para otimizar os estudos, mas sem pressão


O calendário dos alunos dos anos finais do Ensino Médio é dominado pelos processos seletivos das universidades públicas e particulares de todo o país. Aproveitar o período de recesso escolar do mês de julho, que começa em breve, pode ser um bom momento para otimizar os estudos com foco nos exames, mas sem pressão. 

O importante, segundo o professor Aldo Cavalcante, professor de Geografia da 3ª série e integrante do Conexão Universidade do Colégio Marista de Brasília, é intercalar momentos de estudo e revisão dos conteúdos com o descanso que as férias proporcionam, sem se deixar levar pela ansiedade. “Mesmo um aluno bem preparado pode sofrer. Mas o importante é focar na confiança em si mesmo”, afirma. 

“As férias são também um momento importante para os alunos que ainda não estabeleceram um ritmo intenso de estudo. Durante esse período, deve-se organizar um horário, rever os assuntos e realizar exercícios. Para quem está se preparando para o Programa de Avaliação Seriada da Universidade de Brasília (PAS/UnB), o recesso de julho é um excelente período para estudar as obras do seu subprograma (21/23). Sem esquecer de incluir descanso e horas de lazer - do filme ao sorvete”, completa Cavalcante.

 

Vestibular de inverno é menos concorrido? 

O professor do Colégio Marista de Brasília explica que há um mito de que os vestibulares de inverno são menos concorridos: “é fato que faz o vestibular de inverno o estudante que já encerrou o Ensino Médio e que não foi aprovado nas seleções do final do ano anterior. Mas ao mesmo tempo há poucas universidades realizando o vestibular do meio do ano e, portanto, um número menor de vagas disponíveis. Portanto, temos um número menor de inscritos e um número menor de vagas. Não podemos assegurar que a concorrência seja menor”. 

 

Dicas para estudar para os processos seletivos nas férias de julho 

●     Faça um plano de estudos: é a melhor maneira de garantir que todos os pontos importantes para sua prova serão revistos

●     Foque no essencial: Não se deve tentar estudar todos os conteúdos em um período tão curto e decisivo, mas focar no primordial

●     Aproveite o tempo: Intercale momentos de estudo profundo com tempos de descanso, afinal, férias são férias

●     Controle a ansiedade: confie em você e mantenha o foco, sem se deixar levar pela pressão. Esse é apenas mais um exame que virá ao longo da vida

●     Refaça provas passadas: realize as questões aplicadas nas três últimas provas de acesso à universidade desejada

●     Conheça bem o edital: leia e interprete bem o edital de acesso à/s universidade/s desejadas: confira as notas de corte, como são aplicadas as provas e os conteúdos.



Venture debt está em crescimento nas startups: será uma boa escolha?


As startups têm buscado outras formas de conseguir capital para rodar a operação. Em função do cenário avesso a risco, os fundos têm visto com melhor olhos esta forma de remunerar o capital, a venture debt, conhecida como dívida de risco, que funciona como um financiamento, um empréstimo e permite que as empresas em estágios iniciais façam suas operações escalarem. 

Segundo um levantamento realizado pela Distrito, plataforma que conecta soluções para startups, no primeiro trimestre de 2023, cerca de US$ 317 milhões foram desembolsados para essa modalidade, sendo o maior volume da história.

Neste modelo, o investidor não tem gerenciamento sobre o negócio, afinal, ele não é um acionista. Na venture debt, o investidor é, na verdade, credor. É como se fosse cartão de crédito: pague em dia a taxa que foi combinada e está tudo certo. O criador, ou criadores da startup, mantém o controle do negócio tal como antes do acordo. Há um outro modelo, que gera confusão pela semelhança do nome, o venture capital, que é quando o investidor compra ações do negócio, ou seja, ele tem participação acionária.

Diante disso, é fácil perceber que o venture debt impõe um controle ainda maior na forma de gerir o negócio, pois existe uma dívida nova e um prazo para quitá-la. Claro que no recebimento do aporte tradicional também é necessário gerir o negócio com controle financeiro, até para garantir a sobrevivência e o crescimento dele. O fato é que não há milagre, é preciso ter o controle das operações e atenção aos sinais do mercado.

Os OKRs - Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados Chaves) - podem ajudar neste cenário, visto que têm suas premissas: ajustes em ciclos mais curtos, assim se a opção for se aventurar no venture debt, é possível alinhar o negócio, visando sua saúde financeira com o que já está em caixa; envolvimento de todo o time, com o conhecimento da tarefa que cada um desempenha dentro do negócio,  e qual a finalidade dessa tarefa.

Isso resulta em um envolvimento maior e em uma contribuição melhor de cada um dentro do todo. Aumentando a probabilidade de êxito na execução do plano estratégico e consequentemente, o alcance do resultado esperado, que é quem vai gerar dinheiro para pagar o empréstimo contratado. 

Com os OKRs bem aplicados, é possível acreditar no sucesso do negócio, ainda que com dificuldades a superar. Porém, é preciso entender que não basta usar uma tabela de excel e acreditar que tudo correrá bem, é preciso disciplina de acompanhamento e saber definir muito mais do que tarefas a serem cumpridas, e sim resultados a serem alcançados no curto prazo. 

É preciso definir muito claramente onde os esforços estão sendo empregados e, por fim, se estão obtendo os resultados esperados. Caso contrário, é necessária uma correção de rota. Respondendo a pergunta do título: com um bom gerenciamento, o venture debt pode sim ser uma boa escolha para o crescimento das startups.

 

Pedro Signorelli - um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKRs. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas.

http://www.gestaopragmatica.com.br/

 

Micro e pequenas empresas têm nova chance para renegociar dívidas ativas com União

Novos editais foram publicados pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) com possibilidade de renegociação por meio de transação tributária


Os donos de pequenos negócios, inclusive microempreendedores individuais (MEI) que possuem dívidas ativas com a União, têm nova chance para regularizar sua situação fiscal. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) publicou, recentemente, novos editais que permitem a renegociação por meio de transação tributária, que inclui benefícios, como redução da dívida, por exemplo.

São cinco modalidades de negociações abertas com condições que variam a depender do tipo de porte da empresa, bem como valor da dívida ativa, entre outros critérios. Os empresários interessados podem realizar todo o processo pela internet, por meio do portal Regularize da PGFN. As adesões podem ser feitas até o dia 29 de setembro.

A recomendação do Sebrae é que o empreendedor fique atento às especificações de cada edital. A “transação de pequeno valor”, por exemplo, é destinada apenas para pessoas físicas, MEI, microempresas e empresas de pequeno porte e possibilita a negociação de débitos que totalizem até 60 salários-mínimos. Aqui o desconto é até 50% do valor total da dívida.

Já na “Transação para débitos de difícil recuperação”, ou irrecuperáveis, somente é possível negociar dívidas que se enquadram nessa categoria, como estarem inscritas há mais de 15 anos ou suspensas por decisão judicial por mais de 10 anos, dentre outras.

Outra modalidade, a “Transação garantida por seguro garantia ou carta fiança”, é indicada para o contribuinte que possui decisão transitada em julgado em seu desfavor, cujos débitos estão garantidos por seguro garantia ou carta fiança, antes da ocorrência do sinistro ou do início da execução da garantia.

A “Transação conforme capacidade de pagamento”, por sua vez, é a que permite o maior prazo para parcelamento da dívida, em até 145 meses (entrada em 12x e o restante em 133 parcelas), além de oferecer descontos de até 100% em juros, multas e encargos. Essa modalidade também não exige mais que o contribuinte preencha a Declaração de Rendimentos, etapa obrigatória em editais anteriores, e que por vezes dificultava a adesão.

A analista de Políticas Públicas do Sebrae Lillian Callafange destaca que a principal mudança neste novo edital é que a transação por capacidade de pagamento não prevê mais escalonamento de descontos conforme a quantidade de prestações.

Ela recomenda que o empreendedor acesse o Portal Regularize para saber qual transação está disponível para negociar sua dívida e fazer simulações a fim de escolher qual modalidade melhor se adequará à sua realidade financeira. “É importante não deixar para última hora e ficar sempre atento ao prazo desses editais. Caso o empreendedor tenha alguma dúvida sobre como aderir, basta procurar o atendimento do Sebrae, que está capacitado para auxiliá-lo a regularizar suas dívidas fiscais por meio das possibilidades disponíveis”, recomenda a analista.

O valor mínimo das prestações é de R$ 25 para o MEI e R$ 100 para os demais.

Mais detalhes sobre todas as transações abertas, consulte o endereço eletrônico:
https://www.gov.br/pgfn/pt-br/servicos/orientacoes-contribuintes/acordo-de-transacao/acordo-de-transacao
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Até 2060, 40% da biodiversidade da Caatinga pode ser afetada pela mudança climática


As mudanças climáticas poderão transformar a vegetação da Caatinga,
 tornando-a mais esparsa e rasteira até 2060 (
foto: Giancarlo Zorzin)
Perda de espécies, substituição de plantas raras por outras mais generalistas e homogeneização de 40% da paisagem são as principais consequências das mudanças climáticas na Caatinga, bioma que tende a apresentar clima ainda mais árido no futuro. A previsão é de um estudo cujos resultados foram divulgados no Journal of Ecology.

Pesquisadores das universidades Estadual de Campinas (Unicamp), Federal da Paraíba (UFPB), Federal de Pernambuco (UFPE), Federal de Viçosa (UFV) e do Instituto Federal Goiano (IFG) se debruçaram sobre dados de coleções científicas, herbários e da literatura para compilar um banco de dados inédito, com mais de 400 mil registros de ocorrência de cerca de 3 mil espécies de plantas do bioma. Além da distribuição geográfica, foram agregadas informações sobre a forma de crescimento das espécies de plantas (gramíneas, herbáceas, vegetação arbustiva, plantas arbóreas ou suculentas), clima e solo onde ocorrem. Também foi calculada a proporção de espécies arbóreas em cada localidade versus a de não arbóreas.

Por meio de modelos avaliados e validados, com diferentes tipos de algoritmos estatísticos e inteligência artificial, foram feitas mais de um milhão de projeções com as possíveis respostas das espécies da Caatinga às mudanças climáticas do futuro.

“Baseamos nossas previsões no último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), de 2021, que contém simulações sobre o clima no planeta”, explica Mario Ribeiro de Moura, pesquisador da Unicamp e autor do trabalho. “Mas vale lembrar que não sabemos como a humanidade vai se comportar daqui pra frente, por isso consideramos dois cenários: no otimista, surgirão tecnologias capazes de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e viabilizar o Acordo de Paris [que prevê limitar o aumento da temperatura média global até 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais]; já no pessimista, as taxas de desmatamento, o uso de combustíveis fósseis e o crescimento populacional se manterão elevados, sem que se avance em inovação.”

Os resultados do estudo, financiado pela FAPESP por meio de dois projetos (22/12231-6 e 21/11840-6), indicam que 99% das comunidades de plantas da Caatinga experimentarão perda de espécies até 2060. O clima do futuro na região deve ser ainda mais quente e seco, tornando-se mais difícil e impactante para as árvores, que devem ser substituídas por vegetação de baixo porte, especialmente gramíneas, por sua facilidade de se expandir e crescer. Como consequência, serão afetados também os serviços ecossistêmicos que a vegetação fornece para as populações, como fotossíntese, renovação do ar e armazenamento de carbono – os famosos estoques de carbono acontecem na forma de biomassa vegetal, acumulada nos troncos, raízes e folhas, que naturalmente é maior nas árvores.

Esses eventos serão mais visíveis em áreas montanhosas, como a Chapada Diamantina e a Chapada do Araripe, respectivamente no sul e no centro-norte do bioma. A explicação é simples: conforme o clima esquenta, espécies das baixadas se deslocam na montanha para continuar habitando uma região climaticamente mais satisfatória. Já as das porções mais altas acabam extintas. “Para o bioma inteiro, previmos, no cenário otimista, 50 espécies de plantas extintas e, no pessimista, 250”, diz Moura. “Ambos são muito ruins.”

Com tudo isso, 40% da região sofrerá uma simplificação de sua composição, com perda de espécies raras. “É como se pegássemos a paisagem e batêssemos num liquidificador para homogeneizar tudo.”


Projetos de mitigação

Com esses dados em mãos, a ideia dos pesquisadores é que a interlocução entre diferentes níveis de governo passe a considerar planejamentos de conservação em macroescala, com visão de longo prazo. Criar esse tipo de estratégia é importante tanto para mitigar os efeitos das mudanças climáticas quanto para cessar outros tipos de impacto de origem humana, como desmatamento, destruição de hábitats e degradação e exposição do solo.

“Projetos que recuperem a conectividade da paisagem em áreas sujeitas a impactos por mudanças climáticas, por exemplo, aumentam as chances de as espécies que ali vivem conseguirem se dispersar ao longo do tempo para regiões mais adequadas, seja por meio de animais ou pelo vento”, diz Moura. “Por outro lado, se impactamos demais a biodiversidade da região, por degradação e desmatamento da vegetação natural, uso generalizado de agrotóxicos ou caça, comprometemos ainda mais os recursos que temos daqui pra frente.”

O artigo Pervasive impacts of climate change on the woodiness and ecological generalism of dry forest plant assemblages pode ser lido em: https://besjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1111/1365-2745.14139.


Julia Moióli
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/ate-2060-40-da-biodiversidade-da-caatinga-pode-ser-afetada-pela-mudanca-climatica/41840/


domingo, 9 de julho de 2023

Transplante capilar: entenda os riscos de fazer o procedimento com profissionais não médicos

Associação Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar reforça os cuidados na busca por tratamento de calvície

 

O transplante capilar é um procedimento cada vez mais popular no Brasil, oferecendo uma alternativa eficaz para o tratamento da calvície em homens e mulheres. Estima-se que cerca de 50% da população mundial masculina será acometida pela ausência de cabelos.

A restauração capilar é considerada uma cirurgia que implica diversos riscos, por isso requer habilidades técnicas, experiências e conhecimento aprofundado sobre a anatomia capilar. Portanto, é fundamental que o procedimento seja realizado por profissionais qualificados e em ambientes seguros, como clínicas, centros especializados e hospitais.

No Brasil, há 20 anos, a restauração capilar vem sendo conduzida em alto nível pelos médicos associados da ABCRC, que são especialistas em cirurgia plástica e dermatologia. Esses profissionais têm formação médica suficiente para realizar diagnósticos precisos e recomendar e realizar tratamentos adequados.

“É essencial que o paciente esteja ciente do seu quadro e de todos os riscos e benefícios, além de buscar se informar sobre a qualidade do hospital ou clínica onde será realizado o procedimento e também sobre as qualificações do profissional responsável”, reforça o Dr. Henrique Radwanski, presidente da Associação Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar (ABCRC).

Quais os riscos de realizar o procedimento com profissionais não aptos?

Infelizmente, há muitos “profissionais” que oferecem procedimentos de transplante capilar a preços baixos, mas sem as medidas de segurança e higiene necessárias para garantir um resultado seguro e eficaz - o que pode resultar em:

  • Cicatrizes grosseiras;
  • Implantação de tufos ao invés de unidades foliculares;
  • Esgotamento desnecessário da área doadora de fios;
  • Infecções no pós-operatório que levam ao não nascimento dos fios transplantados;
  • Linhas capilares artificiais e inadequadas para a idade.

“O transplante realizado de maneira inadequada pode causar danos irreversíveis, e o que é para ser um procedimento que devolve a autoestima do paciente pode se tornar um problema. Por isso, conhecer as técnicas, escolher um profissional médico de confiança e fazer em um local apto é importante”, explica o especialista.

Somente o médico especializado poderá informar os riscos e benefícios envolvidos em cada caso de acordo com exames, análises clínicas específicas e expectativas do paciente. 


Como garantir essa segurança?

Antes de decidir realizar o procedimento, é essencial que o paciente realize uma pesquisa aprofundada sobre o profissional responsável pelo caso e também da clínica ou hospital em que será feito o transplante capilar para garantir que eles tenham as credenciais e certificações necessárias, bem como uma equipe médica qualificada.

Também é interessante visitar o ambiente onde a cirurgia será realizada. Dessa forma é possível avaliar alguns aspectos, como a higiene do local e a presença de equipamentos adequados. Outra dica é buscar experiências de pacientes anteriores e analisar os resultados para ajudá-lo a tomar uma decisão com mais confiança.

A realização do transplante capilar com profissionais capacitados também garante o acompanhamento após a cirurgia, com consultas periódicas para orientações pós-transplante. Os profissionais não médicos não têm a formação necessária para oferecer acompanhamento médico adequado, o que pode prejudicar o resultado tão desejado. 

Buscar profissionais aptos para realizar o transplante capilar é essencial para garantir resultados naturais, minimizar riscos e obter resultados seguros e duradouros. Portanto, é fundamental que a escolha seja feita com cuidado e baseada em critérios de confiança, garantindo assim o sucesso do procedimento. 


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