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domingo, 9 de julho de 2023

Inteligência Artificial X Inteligência Emocional: dicas para encontrar o equilíbrio

Mentora e treinadora comportamental mostra como balancear a relação entre o uso da tecnologia e a saúde mental

 

A cada dia que passa a tecnologia toma mais espaço no dia a dia das pessoas - e com o desenvolvimento da inteligência artificial, tudo se torna ainda mais concreto. A Quarta Revolução Industrial - também conhecida como Indústria 4.0 - já transformou o cotidiano e não dá sinais de desaceleração. Com isso, vale refletir: estamos preparados para toda essa onde de evolução tecnológica? 

A mentora, treinadora e palestrante comportamental Juci Nones acredita que sim, mas destaca uma outra forma de inteligência necessária para conviver com as velozes inovações tecnológicas: a emocional. Para ela, mais importante do que se preocupar com muitos avanços ou temer ser substituído por uma máquina é estar atento às novas necessidades que vão surgir.  

“Eu sempre digo que o mundo muda a todo instante e por uma razão especial: fazer com que possamos evoluir. A automação de tarefas rotineiras e repetitivas permite que os profissionais se concentrem em atividades de maior valor agregado, promovendo a inovação, a criatividade e o desenvolvimento de novas habilidades intra e interpessoais. A criação e manutenção dos próprios sistemas de inteligência artificial, por exemplo, requerem habilidades especializadas, o que pode resultar em demanda por profissionais nessa área”, aponta.  

Para além da aplicação profissional da inteligência artificial, Juci destaca que a inteligência emocional pode ajudar com a flexibilidade e a adaptação às mudanças. “A inteligência artificial está transformando rapidamente diversos setores e pode causar incertezas e mudanças significativas. A inteligência emocional permite que as pessoas se adaptem a essas mudanças com maior flexibilidade e resiliência, lidando melhor com a incerteza e a pressão”, aponta. 

 

Na prática 

Mesmo sabendo que a tecnologia é parte do cotidiano e que devemos nos habituar e aprender com os novos tempos, a questão que fica é: como fazer isso? A especialista ressalta que mudanças criam conflitos naturalmente e que, se a inteligência artificial contribui sobremaneira para a evolução tecnológica, é a inteligência emocional que vai ajudar com que as sociedades consigam entender e lidar com essa evolução.  

Na prática, explica Juci, é possível tomar algumas atitudes para estabelecer um limite e manter a mente saudável para enfrentar a revolução. Confira as dicas da mentora e treinadora comportamental: 

  • Mantenha conexões pessoais e sociais. Invista em qualidade de tempo para cuidar de seus relacionamentos com amigos, familiares, amorosos, etc. Não negligencie as relações pessoais em favor da interação digital. Aliás, pesquisas feitas em Harvard indicam que o segredo número um para termos uma vida plena e saudável são bons relacionamentos. 
  • Defina limites e momentos específicos do dia para usar a tecnologia, reservando tempo para atividades offline. Esta é uma dica preciosa principalmente para quem trabalha diariamente com atividades que envolvem o uso de tecnologia e interações online e acaba ficando imerso no mundo virtual.    
  • Cuide de você mesmo, cada vez mais. É preciso dedicar tempo para o autocuidado como exercícios físicos, boa alimentação, hobbies, contato com a natureza, práticas de mindfulness... Isso ajuda você a cuidar de sua saúde,  a diminuir a ansiedade, o estresse e a reabastecer energia física e mental. 
  • Conecte-se com a sua espiritualidade. Acima de qualquer invenção existe algo maior e ter essa conexão nos faz não querer “controlar o incontrolável”. E isso não significa, necessariamente, ter uma religião específica, mas sim achar a sua forma de se conectar com a divindade. 
  • Esteja presente no “agora”. Só assim é possível criar consciência e usar a evolução externa como ferramenta para a nossa evolução - e não involução - como ser.

 

Juci Nones - mentora, treinadora e palestrante comportamental, escritora, neurocoach, mentora e treinadora de líderes, equipes e presidente do Instituto Juci Nones. Juci atua há mais de  18 anos. Baseada no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, ajuda profissionais a terem alta performance com qualidade de vida através do desenvolvimento de habilidades intra e interpessoais - é especialista em mudança de comportamento e inteligência emocional, em processos individuais e grupos.


Seu filho é chato para comer? Os pais podem ter influência para seletividade alimentar dos pequenos

Os pais são extremamente essenciais na aceitação dos alimentos pelos pequenos 
Tanaphong Toochida/ Unsplash
                                                      


Carla Deliberato, fonoaudióloga com experiência em casos de seletividade alimentar, mostra a relevância da interferência parental na alimentação dos pequenos

 

"Meu filho é chato para comer". Se você nunca ouviu essa frase, com certeza pelo menos conhece alguém que já falou algo parecido. Quando as crianças são pequenas é normal que manifestem alguma estranheza em comer certos alimentos. A textura e o cheiro, por exemplo, acabam influenciando muito as caras feias dos pequenos na hora das refeições.

Estudos realizados pelo Cenda mostram que de 3 a 5 mães de cada 10 dizem que o filho tem ou teve problemas importantes de alimentação. "A seletividade alimentar é algo inerente à criança e tem vários motivos, a participação dos  pais é com certeza uma delas", explica a fonoaudióloga, especialista em motricidade oral com experiência em casos de recusa e seletividade alimentar, Carla Deliberato.

Muitos acreditam plenamente naquele achismo passado de geração em geração que diz que a seletividade alimentar e a recusa por determinados alimentos pelos pequenos é uma fase e que isso passa. No entanto, isso não é uma verdade como pode parecer e responsáveis pelas crianças  precisam sim dedicar tempo e atenção ao momento das refeições.

Com a correira do dia a dia, os responsáveis podem negligenciar o momento de comer com os filhos. Durante o desenvolvimento do paladar da criança, tudo que ela experimenta é novidade e é extremamente crucial que introduzam alimentos saudáveis para as crianças, mesmo que elas façam birra e se recusem a comer. 

"É necessário introduzir a refeição ao menos 12 vezes, apresentando para a criança o mesmo ingrediente preparado de formas diferentes para ter certeza de que ela realmente não gosta", comenta a especialista.

Cada vez mais vemos crianças com acesso à tablets, computadores e celulares. Às vezes, o erro das mães é acreditar que as telas são uma alternativa, uma ótima opção para entreter os pequenos na hora da refeição, mas a prática pode ser perigosa.

"Quando a criança está na frente de uma tela, toda a concentração está naquilo que ela está vendo e ouvindo, quando na verdade deveria estar com o foco total nos alimentos que está consumindo", ressalta a fonoaudióloga.  

"Evite se estressar quando seu filho se recusar a experimentar novos alimentos. Tente apresentá-los de maneira criativa e divertida, como cortando em formatos engraçados ou envolvendo seu filho no processo de cozimento. Seja paciente e continue oferecendo novos alimentos ao longo do tempo", finaliza Carla.

 

5 dicas para que a criança seja mais inclusiva na escola

Respeito, educação e empatia são desenvolvidos principalmente na infância, tendo a família e responsáveis como peças fundamentais na formação social da criança

 

A sociedade ainda lida com os mais diversos tipos de preconceitos e tabus na relação humana, principalmente quando envolvem identidade de gênero e pessoas com deficiência, e a infância é o ponto de partida para mudar esse panorama. A empatia pode ser lapidada já nos primeiros anos de vida a partir de pequenas atitudes que são grandiosas para a sua formação.

Premiada pela ONU Mulheres na categoria “Redução de Desigualdades”, em 2022, a educadora Carolina Videira lista algumas orientações simples que ajudam as crianças a terem comportamentos mais inclusivos na escola, ambiente que reúne diversos tipos de pessoas:


1 Ensine a criança a não chamar outra criança por um apelido que ela não gosta Existe o velho ditado que “se a pessoa não gosta de um novo apelido, aí é que pega mesmo”.

Muitas vezes um apelido é dado para ironizar alguma limitação ou característica da pessoa. A dica é: ensine a criança a evitar chamar o próximo pelo apelido caso perceba que a pessoa reprovou a alcunha. “O que pode parecer engraçado para a maioria, muitas vezes é dolorido para quem recebeu esse apelido, porque mexe com a personalidade dela, que tem seu nome substituído por um apelido nem sempre aprovado. E quando você entende o valor de cada um, você automaticamente traz acolhimento a essa pessoa”, destaca Videira, especialista em gestão das diferenças e criadora da Turma do Jiló, organização inclusiva sem fins lucrativos.


2 Se uma criança estiver sendo alvo de chacota, ensine a não endossar a provocação

Crianças são mais influenciáveis (até pela imaturidade emocional) e costumam repetir condutas principalmente de pessoas mais próximas. O problema é que nem sempre a conduta de um colega é positiva. Cabe à família enfatizar a importância de respeitar qualquer pessoa, mesmo se perceber que alguém está sendo desrespeitado em coro. Além de não endossar a provocação, a criança pode ter uma postura ativa no sentido de pedir o fim das ofensas e/ou mesmo avisar um adulto.


3 Invista em livros e brinquedos inclusivos:

Escolha brinquedos e livros que discutam temas da diversidade. Isso pode incluir personagens de diferentes etnias, gêneros, habilidades e orientações sexuais, diferentes deficiências. Também é importante mostrar que há muitos tipos diferentes de famílias e que todas são igualmente válidas.


4 Conversas Abertas:

Fale sobre diferenças com naturalidade e respeito, lembrando sempre que todos têm direito a serem quem são. Estabeleça um diálogo aberto sobre diversidade e inclusão e deixe que suas crianças saibam que eles podem fazer perguntas. Encoraje a criança a fazer amizades com pessoas de diferentes culturas, habilidades e origens. As amizades são uma ótima maneira de aprender sobre diversidade de maneira prática e empática.


5 Seja um exemplo para dar exemplo:

Suas palavras ganham muito mais valor quando suas atitudes estão à altura do que você diz. Seja um exemplo de inclusão e respeito. Mostre através de suas ações e palavras que você valoriza a diversidade e a igualdade. Isso pode ser tão simples, como tratar todas as pessoas com gentileza e respeito, ou complexas, como participar de eventos ou organizações que promovem a inclusão. “Se envolva na vida escolar da criança e promova a inclusão e diversidade, seja participando de reuniões de pais e professores, envolvimento em comitês ou mesmo através do diálogo aberto com corpo docente e diretoria da escola sobre inclusão. Mais do que um exemplo à criança, você ajuda a inspirar as pessoas que compõem o ambiente escolar”, finaliza Videira.

 

A relação com os filhos dentro do relacionamento

Freepik

O nascimento de uma criança é um grande divisor de águas na vida de qualquer pessoa, não apenas no relacionamento afetivo. São muitas mudanças, mesmo que não apareçam externamente a pessoa muda por dentro. A sensação de ser pai é indescritível, não existe outro sentimento igual e não consigo imaginar algo para comparar. Surgem preocupações, responsabilidades novas e muitas dúvidas.

As dúvidas são inúmeras e geralmente não existe resposta correta para as perguntas, nem sempre é possível resolver as coisas dentro da dicotomia do “sim” e “não”. As crianças são como esponjas, principalmente nos primeiros anos de vida, então o seu comportamento na frente delas definirá a maneira como ela vai agir, definirá o caráter e pode ou não gerar traumas que são carregados ao longo da vida da pessoa.

Isso impacta o relacionamento marido e mulher? Com certeza, pois são duas pessoas com criações, crenças, experiências e valores diferentes. Sendo assim, é fundamental ter que discutir e alinhar como será a criação e educação dos filhos. Nem sempre essa conversa acontece de forma planejada, então, a gente tem que trocar o pneu com o carro em movimento mesmo e está tudo certo. Acredito que se for feito com amor funciona para todos, principalmente para as crianças.

Outro fator que impacta é quando os pais são separados. Imagine que a criança tem acesso a uma maneira de pensar e viver com o pai e outra maneira com a mãe. Isso pode criar uma confusão na cabeça da criança. São horários, regras e costumes que são tratados de formas diferentes. Novamente nesse caso não tem certo e errado. São apenas maneiras diferentes de fazer a mesma coisa.

As crianças são sedentas por regras, elas precisam e pedem limites. Então, definir o horário para acordar, dormir, tomar banho, almoçar e etc. é algo importante. Definir a ordem que as tarefas devem ser executadas também é importante para a criança entender a prioridade das coisas. Conheço casos de amigos em que é nítido o impacto que a falta de rotina e regras gera na criança. Não se trata de rigidez ou de ser mais flexível, é mais o fato de conhecer o seu filho e adaptar o dia a dia de maneira que atenda às necessidades dele.

Um exemplo simples que tenho é o horário que o meu filho acorda para ir à escola. Eu sempre acreditei que entre 50min e 1h seria o tempo suficiente para ele tomar café, se trocar, escovar os dentes e ficar pronto para ir à escola. Mas, ele não é um cara matinal, ele gosta de acordar e fazer as coisas no tempo dele, sem correria, então eu acordo o meu filho geralmente com cerca de uma hora e meia antes do horário da aula. Assim ele se troca com calma, toma o café com calma enquanto assiste desenhos e vídeos no YouTube, escova os dentes e conseguimos chegar no horário correto para a aula.

Eu faço isso com todas as atividades, não gosto de fazer nada correndo com eles, pois não quero passar para eles a impressão de que a vida é uma correria sem fim. A minha ideia é que eles aprendam desde cedo a administrar o tempo e consigam ter qualidade de vida.

 

Mauro Valeri Junior é escritor e autor do livro autobiográfico “A história do que aconteceu com a gente”


sábado, 8 de julho de 2023

Uma paixão mundial chamada Pizza

Não importa se a pizza é consumida com garfo e faca ou com a mão, com catupiry na borda ou se ela é doce: o que não muda em lugar nenhum do país, é o apreço dos brasileiros por ela.

No entanto, por mais que o Brasil seja pródigo em criações e invenções, com pizzas de todos os tipos e sabores, a origem desse prato vem de muito longe, de muito tempo atrás: os antigos egípcios, gregos e romanos já faziam pães achatados assados, em uma espécie de prévia do que seriam as pizzas de hoje.

As redondas como as conhecemos, com base de massa de pão e coberta por diversos ingredientes, tiveram origem na cidade de Nápoles, na Itália, em meados de 1600.

A chegada desse prato no Brasil se deu através de imigrantes italianos, entre os séculos 19 e 20. A partir daí não teve outro jeito: virou paixão nacional.

Segundo dados da Associação de Pizzarias Unidas do Brasil, o mercado brasileiro de pizzarias cresceu 499% nos últimos dez anos e a nação consome cerca de um milhão de pizzas por dia. Com esses números expressivos, o Brasil se coloca como o segundo maior consumidor de pizza no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Para celebrar o Dia da Pizza, que acontece no dia 10 de julho, convidamos Ana Paula Sousa, docente da área de gastronomia do Senac São Paulo, para explicar as diferentes características no preparo das redondas nos países que mais consomem pizza no planeta.


Itália

  • Pizza na Itália é assunto sério com direito a Associação de Verdadeira Pizza Napolitana (Associazione Verace Pizza Napoletana), que estabelece regras rígidas para a pizza napolitana autêntica. A redonda só pode ser produzida com os seguintes ingredientes: molho de tomate, mozzarella de búfala, manjericão fresco e azeite de oliva.
  • A Pizza Italiana é fina, elástica e levemente crocante. A massa é preparada com farinha de trigo, água, sal, fermento e azeite de oliva. Já o molho de tomate é feito com tomates frescos e maduros e o queijo mozzarella fresco é utilizado na cobertura. Além disso, o correto é comer a pizza usando as mãos e adicionar um bom azeite. Jamais coloque ketchup na redonda!


Estados Unidos

  • É comum encontrar pizzas de massa mais grossa, como a pizza tipo "pan", de Chicago, que tem uma crocância embaixo e borda macia. Também são populares as pizzas estilo Nova Iorque, com massa fina e crocante, geralmente de longa fermentação.
  • As pizzas americanas geralmente têm um tamanho maior do que as encontradas em outros países, a pizza grande tem 16 polegadas (40 cm). Além disso, as redondas estadunidenses têm grande variedade de coberturas como carnes, queijos variados, vegetais, molhos especiais e até combinações inusitadas como pizza de frango com waffles.


Brasil

  • A massa é geralmente macia e com bordas mais clarinhas. Também temos as pizzas artesanais, produzidas com farinhas italianas ou misturas de farinhas brasileiras em que as massas ficam mais fininhas e com a borda bem caramelizada.
  • As redondas mais tradicionais são de mussarela e calabresa, mas temos opções criativas como pizza de frango com catupiry, quatro queijos, portuguesa (com presunto, ovos, cebola, azeitonas e queijo) e até de strogonoff!
  • Em alguns estados é comum consumir com ketchup ou maionese, por exemplo.

 

Dia da Pizza: Brasil produz 3,8 milhões de pizzas por dia, segundo levantamento inédito da Apubra

Shutterstock

Segundo a Apubra - Associação Pizzarias Unidas do Brasil, mais de 2.630 pizzas são preparadas por minuto em todo o país; 38,2% das pizzas mais pedidas são do sabor calabresa

 

Com origem na Itália, a pizza chegou ao Brasil no início do século XX, pelas mãos dos imigrantes italianos como uma opção de alimento rápido e barato, e logo conquistou o paladar dos brasileiros, tornando-se um dos pratos mais populares do país. Dados inéditos da Apubra - Associação Pizzarias Unidas do Brasil, revelam que são produzidas 3,8 milhões de pizzas diariamente em todo o Brasil, com uma média de produção de 2.630 unidades por minuto. Ainda segundo a associação, apenas o estado de São Paulo é responsável pela produção de 870 mil pizzas por dia. 

Recentemente, a Apubra marcou presença na Fispal Food Service, considerado o maior encontro do setor de food service da América Latina, evento em que realizou o levantamento Perfil Profissional, Pizza e Panorama do Mercado, a partir da amostragem de 203 empreendimentos do setor. Um dos destaques é o ranking dos sabores mais pedidos, a pizza de calabresa está em primeiro lugar, representada por 38,2% dos pedidos de pizzarias que participaram do levantamento. Já o segundo sabor mais consumido é o de muçarela, que concentra 16,2% dos pedidos, seguido pela pizza de margherita, em terceiro lugar com 13,2%, portuguesa em quarto lugar, com 10,3%, e frango em quinto lugar, com 4,9%.

 

Cresce a procura por opções veganas e vegetarianas

O estudo também aponta que as pizzarias estão mais preocupadas em atender a demanda de consumidores adeptos a dietas mais restritivas, com a oferta de opções veganas e vegetarianas, que já compõem o cardápio de 55% dos estabelecimentos pesquisados. “As pizzarias estão cada vez mais inclusivas, concentradas em oferecer as melhores opções de sabores para todos os tipos de paladar. Atualmente, 64,7% das unidades mapeadas possuem opções com zero lactose, massa integral, sem glúten ou variações veganas e vegetarianas. Isso mostra a diversidade da produção de pizzas no Brasil”, comenta Gustavo Cardamoni, presidente da Apubra.

Os estabelecimentos possuem uma alta demanda de pizzas vegetarianas, servidas em  71,2% das unidades. Já as pizzas veganas estão inclusas no cardápio de 47% das pizzarias, seguidas da pizza de massa integral (32,6%), zero glúten (27,3%) e zero lactose (18,9%). Outro ponto ressaltado na pesquisa é que o aumento na procura por esse tipo de pizza também foi constatado por 72,7% das unidades. 

 

Pizza paulistana é a mais produzida nos estabelecimentos

Dados do estudo mostram que o estilo de pizza paulistana, que tem como característica a massa mais robusta, farta de cobertura, é a mais produzida nas pizzarias, em 63% dos estabelecimentos. Destas, observa-se ainda que um outro estilo está ganhando espaço, que são as pizzas paulistanas preparadas com massa de longa fermentação, presentes em 37% das unidades entrevistadas.

Já o estilo de pizza napolitana está presente em 13% dos estabelecimentos, a clássica italiana em 5%, seguido da romana (1%). 18% das pizzarias trabalham com outros estilos ou não souberam classificar. O estudo também destaca que 7% das pizzarias trabalham com estilos mistos, ofertando desde as tradicionais paulistanas às clássicas italianas.

Cardamoni reforça a importância de alinhar conceitos tradicionais com o estilo formado no país. “As influências italianas sempre foram e serão importantes para o segmento, pois além da história ajudam o empresário do setor a evoluir constantemente. Acreditamos que o brasileiro encontrou o seu estilo de pizza e essa identificação é importante. No entanto, agora o que vemos é a união das melhores técnicas de produção em busca pela constante evolução do produto, sem perder a criatividade e diversidade de sabores que são tão característicos da culinária nacional. A massa de longa fermentação sendo adotada pela pizza paulistana é um exemplo desse movimento”, afirma. 

 

Metodologia 

As informações foram extraídas a partir de uma pesquisa aplicada a 203 empreendimentos do setor de pizzarias, entre os dias 13 a 16 de junho de 2023, durante a Fispal Food Service, que representa uma amostragem do cenário do mercado brasileiro. “É gratificante trazer esses dados para o mercado da pizza e para os consumidores, contribuindo com um macropanorama sobre o cenário, auxiliando a compreender as tendências do setor”, afirma o executivo. 

Além das informações referentes aos sabores e o mercado da pizza, o estudo completo também apresenta informações referentes ao perfil profissional do setor e também sobre a atuação dos estabelecimentos no Brasil. 

 

Apubra - Associação Pizzarias Unidas do Brasil

https://apubra.org.br/


Pizza à brasileira: a história de como a receita italiana conquistou o país

Especialista em gastronomia, Flávia G. Pinho lança obra sobre a popularização do requisitado prato europeu no Brasil


Estica daqui, puxa dali. Uma massa fina, com bordas enroladas em formato circular. Adicione o molho, queijos e temperos, alguns minutos de forno e habemus pizza! Este prato que se tornou um dos preferidos dos brasileiros agora tem sua história contada no livro Uma Fatia da Itália, lançamento da Matrix Editora.

Na obra, Flávia G. Pinho, jornalista especializada em gastronomia e pesquisadora de História da Alimentação, relembra a chegada da receita italiana em terras brasileiras, o processo de conquista do paladar tupiniquim e apresenta ao leitor as adaptações feitas por pizzaiolos do país.

Inicialmente consumida pela população mais pobre da Itália, especialmente operários do Sul do país, a pizza demorou para agradar as classes mais abastadas. Vendida nas calçadas da cidade de Nápoles, a refeição chegou ao Brasil antes mesmo de se popularizar no país de origem. 

“Até o primeiro terço do século XX, mesmo na Itália,
o hábito de comer pizza permaneceu praticamente
restrito a Nápoles – para se ter uma ideia, a primeira
pizzaria de Milão foi inaugurada somente em 1929.”

(Uma Fatia da Itália, pg. 19)

A pizza desembarcou por aqui na década de 1910, com a vinda dos italianos do Sul que, diferentemente dos moradores da região Norte, preferiam a vida na cidade ao invés do campo. Longe de casa, faziam pizzas de forma improvisada para matar a saudade da comida italiana.

Em território brasileiro, o prato passou por uma transformação em função da carência de ingredientes e limitações técnicas. Da massa ao tipo de forno, passando pelas coberturas, tudo mudou ao longo do tempo. Enquanto os pizzaiolos italianos adicionavam molho, queijo e algumas folhas de manjericão, os brasileiros adicionavam à receita outros ingredientes que tinham à disposição.

Resultado de três anos de pesquisa, entrevistas com pizzaiolos, historiadores e proprietários de pizzarias, Uma Fatia da Itália conta a história do prato que arrebatou o coração dos brasileiros. Ilustrado por ensaios exclusivos do fotógrafo Caio Ferrari, o livro prova que, ao menos neste caso, a expressão “tudo acaba em pizza” é mais do que bem-vinda.

Ficha Técnica

Livro: Uma Fatia da Itália
Autores: Flávia G. Pinho
Editora: Matrix Editora
ISBN: 978-65-5616-230-0
Páginas: 128
Preço: R$ 69,00
Onde encontrar: Matrix Editora, Amazon

Sobre a autora

Flávia G. Pinho é jornalista especializada em gastronomia e pesquisadora de História da Alimentação. Também é autora dos livros “Onde Tem? – Roteiro de compras gastronômicas em São Paulo e arredores”, “Due Cuochi – Uma década de boa mesa”, “Geleia e muito mais - A Queensberry, suas histórias e receitas” e “Farabbud – Uma história”.

Matrix Editora

 www.matrixeditora.com.br.

 

Dia da Pizza: Abeaço ensina receita simples para comemorar a data em casa

 Celebrada desde 1985, ocasião busca incentivar ainda mais o consumo de um dos pratos mais queridos da culinário mundial


Seja com catchup ou sem, em sabores tradicionais, regionais ou diferenciados, uma coisa não se pode negar, o brasileiro é apaixonado por pizza. Por isso, desde 1985, em 10 de julho, se comemora o Dia da Pizza no Brasil. Originalmente, tratava-se do dia da final de um concurso promovido pela Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo, que tinha o objetivo de eleger as 10 melhores receitas paulistas de pizza.

Desde que desembarcou por aqui, junto com imigrantes italianos que se estabeleceram na região sul do país, a redonda ganhou a cara do Brasil, com os mais variados sabores, alguns, inclusive, que deixariam os italianos mais tradicionalistas de cabelos em pé.

Mas nesse dia em que se celebra um dos pratos italianos mais brasileiros que existe, que tal fazer suas próprias pizzas? Sabendo que um bom prato depende de bons ingredientes, a Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço) traz algumas sugestões de pizzas que usam alimentos embalados em lata, mais saudáveis e igualmente gostosos.

Veja como fazer cada uma delas e feliz Dia da Pizza!


Abeaço - Divulgação

Massa:

Ingredientes:

  • 2 e 1/4 colheres de chá de fermento biológico seco (7g);
  • 1 colher de chá de açúcar;
  • 1 e 1/2 xícara de água morna;
  • 3 e 1/2 xícaras de farinha de trigo;
  • 2 colheres de sopa de azeite de oliva;
  • 1 colher de chá de sal.


Coberturas:

  • Pizza de tomate e manjericão:


Ingredientes:

  • Molho de tomate (pode ser feito com tomate pelado);
  • Queijo muçarela ralado;
  • Tomates cortados em rodelas;
  • Folhas de manjericão fresco.

  • Pizza de atum e azeitonas:

Ingredientes:

  • Molho de tomate (pode ser feito com tomate pelado);
  • Queijo muçarela ralado;
  • Atum em lata;
  • Azeitonas pretas fatiadas.

  • Pizza de banana com doce de leite:

Ingredientes:

  • 2 bananas maduras;
  • 1 lata de leite doce de leite;
  • 1/2 xícara de nozes picadas;
  • 1 colher de sopa de açúcar mascavo;
  • 1 colher de chá de canela em pó.


Modo de preparo:

Massa:

  1. Em uma tigela pequena, misture o fermento, o açúcar e a água morna. Deixe descansar por cerca de 5 minutos até que a mistura comece a espumar;
  2. Em uma tigela grande, misture a farinha de trigo e o sal. Faça um buraco no centro da farinha e despeje a mistura de fermento. Adicione o azeite de oliva;
  3. Com uma colher ou com as mãos, comece a misturar todos os ingredientes até formar uma massa pegajosa;
  4. Transfira a massa para uma superfície levemente enfarinhada e comece a amassar por cerca de 5-7 minutos, ou até obter uma massa macia e elástica. Adicione um pouco mais de farinha se a massa estiver muito grudenta;
  5. Coloque a massa em uma tigela levemente untada com azeite, cubra com um pano de prato limpo e deixe descansar em um local quente por cerca de 1 hora, ou até que a massa dobre de tamanho;
  6. Pré-aqueça o forno a 220°C.

Cobertura das pizzas salgadas:

  1. Após o descanso, divida a massa em porções do tamanho desejado para as pizzas individuais ou use a massa inteira para uma pizza grande;
  2. Em uma superfície enfarinhada, abra a massa com um rolo ou com as mãos, dando o formato desejado;
  3. Transfira a massa para uma assadeira ou pedra de pizza e adicione o molho de tomate e os ingredientes de sua preferência;
  4. Asse no forno pré-aquecido por cerca de 12-15 minutos, ou até que a massa esteja dourada e os ingredientes estejam cozidos;
  5. Retire do forno, deixe a pizza descansar por alguns minutos e sirva quente.


Cobertura da pizza doce:

  1. Abra a massa de pizza pré-cozida em uma forma ou assadeira, formando uma base.
  2. Espalhe o leite condensado cozido (doce de leite) sobre a massa de pizza, cobrindo toda a superfície.
  3. Descasque as bananas e corte-as em rodelas. Distribua as rodelas de banana sobre o doce de leite.
  4. Em uma tigela pequena, misture as nozes picadas, o açúcar mascavo e a canela em pó. Polvilhe essa mistura sobre as bananas.
  5. Leve a pizza ao forno pré-aquecido e asse de acordo com as instruções da massa de pizza, geralmente por cerca de 12-15 minutos, ou até que a massa esteja dourada e crocante.
  6. Retire do forno e deixe a pizza doce esfriar um pouco antes de cortar e servir.

 

Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço)
www.abeaco.org.br

Dia da Pizza: descubra três curiosidades sobre o prato

Aprenda também como fazer versão caseira com Cebola, Mussarela e Queijo Azul Tirolez


Pizza e Itália costumam ser sinônimos. O prato, que é frequentemente associado à gastronomia do seu país de origem, possui até um dia para chamar de seu. Em 10 de julho, celebra-se o Dia da Pizza, data instituída após um concurso realizado em São Paulo, que elegeu as 10 melhores receitas do prato, em 1985. Mas, diferente do que muitos podem acreditar, há diversas curiosidades a respeito da sua popularização no Brasil.

Conheça algumas delas abaixo e aprenda a fazer uma versão caseira do prato para comemorar em julho com a Tirolez, maior indústria 100% brasileira de queijos.


A queridinha dos brasileiros

A origem da pizza está relacionada com as regiões do sul da Itália, como a zona portuária de Nápoles. Considerada uma receita regional, era consumida, principalmente, pela classe operária.

Ao chegar no Brasil, por meio dos imigrantes vindos dessas localidades, a pizza carregava essas mesmas características, sendo vendidas nas portas das fábricas, o que iniciou a sua popularização entre os brasileiros.


Pizza só se come de noite

Em todo o Brasil, é muito comum que o prato seja consumido no período da noite. Associa-se a esse hábito o fato de que, no início, as pizzas eram preparadas pelos próprios imigrantes em suas casas e degustadas após o horário de trabalho.


Recheios “abrasileirados”

Uma das características mais singulares das pizzas brasileiras são os recheios. O que não falta é criatividade, combinando diferentes ingredientes que conquistam todos os paladares. O motivo de tanta fartura para rechear o prato possui várias suposições, mas acredita-se que, após a popularização e a abertura de pizzarias, os pizzaiolos passaram a recheá-las com a riqueza de ingredientes disponíveis no país na época.

O fato é que, independente da origem, as tradicionais pizzas brasileiras não abrem mão de muito queijo, algo que a Tirolez ama e produz como ninguém, há 43 anos. Agora que você já sabe tudo sobre a história da pizza, que tal preparar a sua versão caseira? Recheada com Cebola, Mussarela e Queijo Azul Tirolez, promete encantar a todos e garantir muito sabor e cremosidade para o cardápio. 

 

Pizza caseira com Cebola, Mussarela e Queijo Azul Tirolez


Divulgação - Marca Tirolez


Ingredientes:

Massa:

- ¾ de xícara de água morna

- 1 sachê de fermento biológico seco

- 1 colher (chá) de açúcar

- 1 colher (chá) de sal

- 2 colheres (sopa) de azeite

- 2 xícaras de farinha de trigo

Para o molho de tomate napolitano:

- 1 lata de tomate pelado

- 2 colheres (sopa) de azeite

- 1 dente de alho pequeno

- Sal e pimenta-do-reino

Recheio:

- 1 cebola roxa

- 1 xícara de Queijo Mussarela Tirolez ralado

- ½ xícara de Queijo Azul Tirolez picado

- ¼ de xícara de alecrim fresco


Modo de Preparo:

- Em uma tigela, misture a água morna com o fermento biológico, depois o açúcar, o sal e o azeite.

- Junte a farinha e sove a massa até ficar bem lisa e não grudar nas mãos.

- Coloque numa tigela limpa, untada com azeite, e deixe descansar por 30 minutos no lugar mais "quentinho" da cozinha.

- Depois, divida ao meio e faça duas bolinhas.

- Polvilhe a bancada com farinha de trigo e, com o auxílio de um rolo de massa, abra os discos de pizza (não muito finos).

- Corte a cebola roxa em tiras e refogue-as em uma frigideira bem quente com um fio de azeite e uma pitada de sal.

- Mexa de vez em quando até caramelizar. Reserve.

- Coloque o disco de massa em uma assadeira ou pedra de pizza, cobrindo primeiro com o molho de tomate, o Queijo Mussarela e o Queijo Azul Tirolez, seguindo com a acebola caramelizada e, por último, o alecrim.

- Leve ao forno preaquecido a 200°C por cerca de 20 minutos ou até dourar.

Tempo de Preparo: 45 minutos

Rendimento: 2 porções



Tirolez
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