Pesquisar no Blog

quinta-feira, 8 de junho de 2023

O que o aquecimento global, a seca intensa e as tempestades têm a ver com as alergias?

Exposição a altas concentrações de ozônio induzem à inflamação das vias aéreas e aumentam o risco do agravamento da asma

Infecções respiratórias agudas associadas à poluição do ar doméstico causam 455 mil mortes

         De 18 a 24 de junho acontece a Semana Mundial da Alergia

 

“Mudanças Climáticas Agravam Alergias: Preparem-se!” é o tema da Semana Mundial da Alergia, que acontece de 18 a 24 de junho. Uma das consequências dessas mudanças no clima é o aumento da ocorrência e da intensidade de eventos meteorológicos extremos e que já estão acontecendo em diversas partes do planeta, tais como longos períodos de seca, ondas de calor mais intensas e aumento da ocorrência de tempestades com grandes volumes de chuva. 

De acordo com a Comissão de Biodiversidade, Poluição e Clima da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) esses eventos climáticos extremos afetam a saúde de diferentes formas. Mortes causadas por deslizamentos e inundações, por exemplo, favorecerem a proliferação de doenças e o agravamento das doenças alérgicas, contribuindo para o aumento contínuo da prevalência e gravidade das alergias associadas à perda da biodiversidade. 

Outro aspecto importante da mudança do clima é o aumento da temperatura média da superfície do planeta, sendo esta uma das principais causas da carga global de doenças. Nos últimos 10 anos, ondas de calor mais frequentes e intensas têm colocado crianças menores de um ano em situação de alto risco. Períodos prolongados de ondas de calor em grandes cidades podem resultar em condições de baixa umidade relativa do ar e baixa ventilação, levando à deterioração da qualidade do ar. 

Um dos principais responsáveis pelas mudanças climáticas é o excesso de poluentes despejados na atmosfera, que são deletérios à saúde humana. Por exemplo: 

- Exposição a altas concentrações de ozônio induzem à inflamação das vias aéreas e aumentam o risco do agravamento da asma. 

- Mudanças nos padrões de temperatura e umidade do ar combinadas à poluição atmosférica podem provocar maior sensibilização da população a polens (alérgenos extradomiciliares) mesmo nas regiões de clima tropical, e não somente em regiões subtropicais. 

“Essa situação pode levar ao aumento da prevalência de rinoconjuntivite alérgica sazonal e, também, de exarcebações por asma com aumento de internações hospitalares e sobrecarga dos serviços de emergência. Esses poluentes atmosféricos também podem modificar estruturalmente alérgenos de polens, diminuindo seu diâmetro, facilitando a penetração em vias aéreas inferiores. Além disso, quando os níveis de gás carbônico (CO2) atmosféricos estão elevados, as plantas realizam fotossíntese aprimorada e aumentam fenômenos reprodutivos, com consequente aumento da duração da estação polínica”, explica a Dra. Marilyn Urrutia Pereira, Coordenadora da Comissão de Biodiversidade, Poluição e Clima da ASBAI. 

Esse aumento da poluição do ar representa um sério impacto socioeconômico. Infecções respiratórias agudas associadas à poluição do ar doméstico causam 455 mil mortes e perda de 39,1 milhões de anos de vida ajustados por incapacidade anualmente.

O aumento da temperatura do ar e a maior incidência de secas, sobretudo na última década, têm propiciado o aumento da ocorrência de incêndios florestais, contribuindo para os efeitos prejudiciais à saúde associados à poluição do ar. 

A Coordenadora da ASBAI explica que a gestante exposta à fumaça de queimadas tem o potencial de alterar a saúde e provocar doenças no feto. “Por essa razão, o conhecimento desses efeitos pelos profissionais de saúde são cruciais para a mitigação dessas exposições. Indivíduos nascidos prematuramente, ou com baixo peso ao nascer, expostos à fumaça de incêndio florestal podem ter maior risco de efeitos adversos à saúde respiratória no início da idade adulta, possivelmente relacionados à situação de piores fluxos expiratórios”, comenta dra. Marilyn. 

Crianças menores de cinco anos, expostas a material particulado (PM2.5) de incêndio florestal, realizaram o dobro de visitas diárias às emergências por problemas respiratórios, em comparação a crianças maiores. O maior número de atendimentos de emergência e hospitalizações por causas respiratórias e cardiovasculares atingem grupos de maior vulnerabilidade, crianças e adultos com mais de 65 anos.  

A mudança profunda no clima de determinada região também pode ser uma das causas que obrigam pessoas a migrar o que pode contribuir para o desenvolvimento ou agravamento de doenças alérgicas. Populações migrantes podem experimentar uma exposição abrupta a diferentes fatores ambientais no país anfitrião, lidando com diferentes condições climáticas e novos alérgenos, bem como a súbita e prolongada exposição a altos níveis de novos poluentes atmosféricos. 

“Estratégias de adaptação e mitigação são urgentemente necessárias para prevenir o impacto nas doenças alérgicas e os danos à saúde humana em geral, especialmente nas populações vulneráveis, como os idosos, gestantes e crianças, assim como indivíduos com baixo nível socioeconômico ou com doenças pré-existentes”, alerta Dra. Marilyn Arrutia.

 

ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
Tik Tok: @asbai_alergia
Podcast: https://auv.short.gy/ASBAIpodcast
Facebook: https://www.facebook.com/asbai.alergia
Instagram: https://www.instagram.com/asbai_alergia/
Youtube: https://www.youtube.com/?gl=BR&hl=pt
Twitter: @asbai_alergia
Site: www.asbai.org.br

 

Prestes a completar 50 anos, Programa Nacional de Imunizações enfrenta baixa adesão

Por baixa cobertura vacinal, doenças erradicadas no Brasil podem voltar; especialista alerta para falsa sensação de segurança


O Dia Nacional da Imunização será celebrado depois de amanhã (sexta, 09/06). A data tem como objetivo chamar a atenção para a importância das vacinas, tanto para o indivíduo quanto para a saúde coletiva.

 

Manter a vacinação em dia, inclusive na fase adulta, é um dos melhores métodos para evitar doenças e infecções. Isso acontece porque ao entrarem no organismo, as vacinas - que possuem moléculas mortas ou atenuadas - fazem com o que o sistema imunológico reaja e produza os anticorpos necessários à defesa contra os agentes, o que torna o corpo imune a eles e às enfermidades que causam.

 

Pioneirismo há 50 anos

O Brasil foi pioneiro na incorporação de diversas vacinas no calendário do Sistema Único de Saúde (SUS) e é um dos poucos países no mundo que oferecem de maneira universal um rol extenso e abrangente de imunobiológicos. 

Criado em 1973, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza gratuitamente mais de 300 milhões de doses de vacinas anuais para os estados e municípios, visando a imunização de crianças, adolescentes, adultos e idosos em todo território nacional. Atualmente, o PNI oferece 19 vacinas para mais de 20 doenças. 

Crédito: Katja Fuhlert-Pixabay

Falsa sensação de segurança


Em 2023 o PNI vai completar 50 anos, mas atualmente ele é vítima do seu próprio sucesso. A baixa procura pelos imunizantes pode estar relacionada ao fato de existir toda uma geração que não precisou lidar com surtos das doenças que hoje são preveníveis graças ao PNI”, explica o especialista em patologia clínica e membro do Conselho Regional de Biomedicina do Paraná 6ª Região (CRBM6), Alisson Luiz Silva.

 

Outros fatores que contribuem para a baixa adesão vacinal são falsas informações a respeito da eficácia e segurança das vacinas, as mentiras e Fake News que circulam pelas redes sociais. “Temos um paradoxo em plena era digital. O que teoricamente facilitaria a propagação da informação e do conhecimento às regiões mais longínquas, tem sido usado para o lado errado. É preciso combater e punir a desinformação e o desserviço à sociedade”, enfatiza Alisson.

 

Queda na cobertura vacinal

Em dezembro de 2022, o Instituto Nacional de Câncer – vinculado ao Ministério da Saúde – lançou o livro Estimativa 2023: incidência de câncer no Brasil. A obra mostra que são esperados 704 mil novos casos de câncer anuais no país entre 2023 a 2025. As regiões Sul e Sudeste concentram cerca de 70% da incidência.

 

“O que mais chama atenção é que o câncer de colo do útero em algumas regiões é o segundo mais incidente, ficando atrás somente do câncer de mama. Mas diferente dos outros tipos, o câncer do colo do útero na maioria das vezes é evitável com a imunização que já é ofertada no calendário do PNI desde 2014 e tem como público alvo meninos e meninas entre 9 e 14 anos”, enfatiza o biomédico Alisson Luiz Silva, que também é especialista em hematologia, banco de sangue e imunologia.

 

Curiosamente, dados recentes divulgados pelo Ministério da Saúde apontam que 87,08% das meninas brasileiras entre 9 e 14 anos receberam a primeira dose da vacina em 2019. Em 2022, a cobertura caiu para 75,81%. Entre os meninos, a cobertura vacinal caiu de 61,55% em 2019 para 52,16%, em 2022.

Crédito: Pearson 0612-Pixabay


Conquistas ameaçadas

O grande salto das vacinações em massa no Brasil aconteceu a partir de 1980, com a implementação dos Dias Nacionais da Vacinação como parte da estratégia para erradicar a poliomielite no Brasil.

 

Marcado por um forte plano de comunicação - com a criação do personagem Zé Gotinha, em 1986 – a ação alavancou as coberturas vacinais e levou a doença a ser considerada oficialmente eliminada do país em 1994.

 

Em poucos anos, outras enfermidades também foram erradicadas no país como varíola, difteria, rubéola e sarampo. Contudo, o Brasil assiste atualmente a uma diminuição gradual nos índices das coberturas vacinais, de acordo com os dados da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza 2023.

 

“O sarampo foi eliminado do Brasil em 2016. Porém, a combinação de casos importados, aliados à baixa cobertura vacinal, resultou num surto da doença. Em 2019 tivemos mais de 20 mil casos notificados no país”, ressalta Silva. “A baixa adesão ao PNI acende um alerta e coloca em risco tudo o que já foi conquistado nesses 50 anos”, complementa.

 

Doenças preveníveis por vacina

Para esclarecer a sociedade, o integrante do CRBM6 menciona algumas doenças que são preveníveis quando se mantém a cobertura vacinal em dia. 

“Entre as diferentes enfermidades que podem ser prevenidas destaco a poliomielite, tétano, coqueluche, sarampo, rubéola, caxumba, febre amarela, difteria e hepatite B. Vejam o quanto é fundamental se vacinar para cuidar da saúde individualmente e também da coletividade como um todo”, completa Alisson Luiz Silva.

 

Raspar a língua: veja como técnica simples pode manter a saúde bucal, evitar mau hálito e proteger de doenças

Você sabia que a língua é uma das principais regiões da boca onde as bactérias que causam o mau hálito se acumulam? Além disso, a superfície da língua é irregular e possui sulcos e papilas gustativas, o que facilita o acúmulo de resíduos alimentares e bactérias. 

A presença de bactérias na língua pode levar à formação de uma camada de biofilme, que é uma placa bacteriana espessa e aderente que se forma sobre a superfície da língua. Essa placa se chama saburra lingual, pode ser esbranquiçada ou amarelada e pode causar mau hálito, além de aumentar o risco de doenças periodontais, cáries e outras doenças bucais. 

“Por isso, a limpeza da língua é tão importante para a saúde bucal. Além de prevenir o mau hálito e outras doenças bucais, a limpeza da língua pode melhorar a sensação de limpeza na boca e a percepção de sabor dos alimentos.” Destaca a cirurgiã-dentista e especialista em saúde bucal, Dra. Bruna Conde. 

O raspador de língua é um instrumento utilizado para realizar a raspagem da língua. Ele é composto por uma parte plana e estreita, que é passada suavemente sobre a superfície da língua para remover a placa bacteriana e os resíduos alimentares. 

O uso do raspador de língua pode ser mais eficaz do que a escova de dentes na remoção da placa bacteriana e dos resíduos que se acumulam na língua. Isso porque a superfície do raspador é plana e lisa, o que permite remover os resíduos de forma mais eficiente do que as cerdas da escova de dentes.

 

Como escolher um raspador de língua?

Aqui estão algumas dicas:

 

    1. Material: O raspador de língua deve ser feito de um material seguro e não tóxico, como aço inoxidável ou plástico de grau médico. Evite raspadores de língua que contenham materiais como chumbo, alumínio ou níquel, que podem ser prejudiciais à saúde.

 

    2. Tamanho: O raspador de língua deve ter um tamanho adequado para a sua boca e língua. Raspadores de língua muito grandes ou muito pequenos podem não ser eficazes ou, confortáveis de usar.

 

    3. Forma: O raspador de língua deve ter uma forma adequada para alcançar todas as áreas da língua. Raspadores de língua com uma forma curva ou com sulcos podem ser mais eficazes na remoção da placa bacteriana e dos resíduos alimentares.

 

    4. Superfície: A superfície do raspador de língua deve ser plana e lisa para permitir a remoção eficaz da placa bacteriana e dos resíduos alimentares. Evite raspadores de língua com superfícies ásperas ou rugosas, que podem irritar a língua.

 

    5. Marca: Escolha um raspador de língua de uma marca confiável e que tenha boa reputação no mercado. Leia avaliações de outros usuários e verifique se o produto possui certificações de qualidade.

 

    6. Fácil limpeza: Certifique-se de que o raspador de língua seja fácil de limpar após o uso. Alguns modelos possuem uma superfície removível para facilitar a limpeza.

 

Como limpar a língua?

A raspagem da língua é a técnica mais comum utilizada para limpar a língua. Esse procedimento consiste em passar um raspador de língua sobre a superfície da língua para remover a placa bacteriana e os resíduos alimentares. Confira algumas dicas para realizar a raspagem da língua de forma eficaz:

 

    1. Escolha um raspador de língua de qualidade: O raspador de língua deve ser feito de um material seguro e também deve ter um tamanho adequado para a sua boca e língua e uma forma adequada para alcançar todas as áreas da língua.

 

 2. Higienize o raspador de língua: Lave o raspador de língua com água corrente e sabão neutro antes e após o uso.

 

    3. Passe o raspador de língua sobre a superfície da língua: Passe o raspador de língua suavemente sobre a superfície da língua. Repita o procedimento até que toda a superfície da língua tenha sido raspada.

 

    4. Enxágue a boca: Enxágue a boca com água após a raspagem da língua.

 

“Além da raspagem da língua, é importante manter uma boa higiene bucal, incluindo a escovação dos dentes regularmente, o uso do fio dental e uma dieta equilibrada com baixo consumo de açúcar e alimentos que possam manchar os dentes. É recomendável procurar um dentista especializado em caso de dúvidas sobre a escolha do raspador de língua adequado e sobre como higienizar a língua corretamente. O dentista capacitado em Halitose geralmente é o profissional mais indicado para orientar sobre a escolha do raspador de língua correto para cada pessoa, levando em consideração as características individuais da boca e da língua.” Finaliza a Dra. Bruna Conde.

 


Dra. Bruna Conde - Cirurgiã-Dentista.
CRO SP 102038


Amor e Saúde - Cuidados com a saúde também contribuem para manter o romance em sintonia

Dia dos Namorados chegando e nunca é demais lembrar que o autocuidado com a saúde bucal também é importante para o relacionamento e para a autoestima. E tudo começa pela higienização correta.    

A Cirurgiã-Dentista e membro da Comissão Temática de Halitose do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Dra. Luciana Sassa Marochio, e o Cirurgião-Dentista e membro da Câmara Técnica de Dentística do CROSP, Dr. Paulo Tomio Minami, compartilharam algumas orientações para manter a saúde bucal em dia e celebrar o amor sem receios.  

O primeiro ponto para a correta higienização bucal, segundo Dra. Luciana, é a escolha das escovas, pastas de dentes e fio dental associados à frequência da rotina e à técnica utilizada na escovação, que devem ser orientados pelo Cirurgião-Dentista. Porém, ela reforça que a realização depende das pessoas. “Gosto de dizer que a última higienização do dia (antes de dormir) precisa ser a mais detalhada e não pode faltar o fio dental e limpeza da língua. Na minha opinião, os enxaguatórios bucais comuns (não medicamento) são coadjuvantes no processo. Não adianta utilizar enxaguante e não limpar a língua e passar o fio dental! Principalmente para acordar no dia seguinte com o hálito apenas do “jejum noturno”, enfatiza.   

Dr. Paulo também indica a consulta ao Cirurgião-Dentista para a correta higienização. “A escolha do creme dental, por exemplo, deve ter a correta abrasividade e sensibilidade de acordo com cada caso. A escova, o uso de enxaguantes bucais sem álcool, de fios ou fitas dentais, escovas interdentais etc., e mesmo o ato de como escovar corretamente, todas essas orientações são importantes e com certeza o profissional poderá indicar a melhor opção”.  

O Cirurgião-Dentista acrescenta que alguns cuidados básicos são necessários para isto, começando hoje com os novos conceitos sobre estes cuidados, a hora que devemos e podemos realizar esta higienização.   

Dr. Paulo lembra, ainda, que a consulta periódica ao Cirurgião-Dentista, além de promover orientações, contribui para a prevenção e até mesmo para a detecção de várias doenças sistêmicas com manifestações na boca.  “Com um sorriso podemos mudar tudo e até mesmo transformar o mundo! Consulte um Cirurgião-Dentista. Cuide de você e cuide de quem você ama!”

 

Atenção especial à halitose 

Com relação à halitose (mau hálito), Dra. Luciana explica que são várias as orientações. De acordo com ela, a halitose está ligada a fatores como jejum prolongado e redução de saliva. “Sabemos que uma pessoa que fica em jejum prolongado tem alteração de hálito, assim como a pessoa que durante a noite produz pouca saliva. Essas alterações são consideradas fisiológicas, contudo, é importante lembrar que existem outras alterações de natureza patológica (relacionada com doenças), como por exemplo, a formação em excesso da saburra na língua ou aquele biofilme na língua (comunidades biológicas com um elevado grau de organização, onde as bactérias formam comunidades estruturadas)”.  

No caso da halitose de origem patológica, a Cirurgiã-Dentista informa que é necessário que o paciente tenha uma orientação direcionada para a higiene da língua. “Tem pessoas que realmente têm uma diminuição da produção de saliva, então, orientamos, se for o caso, a fazer o diagnóstico por meio de sialometria (testes para avaliação quantitativa da saliva)”.  

De acordo com Dra. Luciana, a higienização permite a diminuição dos odores que incomodam e também das doenças. “Acordar sem sentir gosto de sangue, sem ter gengivite ou periodontite, ou outros problemas é importante porque nos deixa felizes e prontos para estar com o outro ou até mesmo para buscar um relacionamento. Se sentir aceito pelo outro é importante, mas é fundamental nos amarmos e o autocuidado auxilia nesse sentido”.  

Ela destaca, ainda, que os cuidados bucais contribuem para a autoestima e para a segurança, inclusive para o relacionamento, já que a pessoa sente que pode se aproximar do outro com maior disposição. “É muito bom fazer uma boa higiene bucal durante a noite e acordar, talvez com uma simples alteração fisiológica no hálito, mas nada além disso”.  

Por fim, Dra. Luciana lembra que a halitose é multifatorial e que, portanto, não é apenas um enxaguatório que vai resolver o problema. “Não é apenas fazer uma restauração no dente ou remover uma cárie. É nteressante ser avaliado por um profissional para que ele possa determinar as mais de 60 causas que existem e em conjunto fazer um tratamento eficiente”.    

 

CROSP - Conselho Regional de Odontologia de São Paulo



Dormir é preciso! A importância do sono para a saúde e qualidade de vida

Importância do sono
Claudio_Scott por Pixabay
Associação Brasileira do Sono busca avançar no conhecimento do sono em toda sua multidisciplinariedade


A importância do sono para a saúde e qualidade de vida deve ser ainda mais valorizada nos dias atuais. Os especialistas da Associação Brasileira do Sono (ABS), com a Associação Brasileira de Odontologia do Sono (ABROS) e a Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABROS), buscam avançar no conhecimento do sono em toda sua multidisciplinariedade.  

Dormir bem é essencial e a qualidade do sono é um assunto cada vez mais estudado pela ciência. Porém, apesar de parecer algo simples, o estudo “Qualidade do sono na população geral brasileira: um estudo transversal”, publicado em 2022, e que envolveu membros da diretoria da Associação Brasileira do Sono (ABS) e da Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS) - aponta que duas a cada três pessoas têm algum grau de comprometimento do sono, o que significa dizer que ele não é reparador como deveria e traz sensação de cansaço, dificuldade de concentração, irritabilidade e baixa produtividade.

O cardiologista Luciano Drager, presidente da ABS, explica que o não reconhecimento de distúrbios de sono, infelizmente, ainda é muito comum na nossa população. “Boa parte das pessoas permanece sem diagnóstico apropriado de vários distúrbios do sono. Inclusive, muitas vezes, as pessoas acham que roncar, por exemplo, é algo “normal”. E nós vemos as múltiplas consequências na qualidade de vida, no rendimento no dia seguinte, no desempenho, na memória, no trabalho, na educação”, afirma Dr. Luciano.

“Nosso propósito é conscientizar a população sobre a importância do sono, com temas totalmente voltados aos cuidados com o sono”, explica a Dra. Márcia Assis, vice-presidente da ABS.

 

Sociedade Brasileira do Sono

 

No Dia Nacional do Teste do Pezinho, famílias pedem celeridade na detecção de doenças raras

Entidades como o Universo Coletivo AME questionam há anos o Ministério da Saúde: doenças têm tratamento, mas carecem de diagnóstico precoce do SUS

 

Nesta terça-feira (06), foi celebrado o Dia Nacional do Teste do Pezinho, um dos exames mais tradicionais e importantes para a saúde dos recém-nascidos. O procedimento identifica seis doenças potencialmente nocivas à saúde das crianças, como fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase. Porém, o teste amplamente aplicado em território nacional segue não contemplando doenças raras, que interferem na qualidade e expectativa de vida das crianças e que preenchem os critérios de inclusão da triagem, uma vez que já possuem tratamento. É o que especialistas e associações de famílias que convivem em situações semelhantes debatem há muitos anos com autoridades governamentais. 

  

Uma das vitórias da sociedade em torno do tema aconteceu em 2021, quando foi sancionada a Lei nº 14.154, que amplia para mais de 50 o número de tipos de doenças raras detectadas pela triagem neonatal realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Considerando a complexidade de incorporação das “novas” doenças, o Ministério da Saúde propôs um escalonamento em cinco fases de implementação. Apesar do desafio ser grande aos olhos do governo brasileiro, famílias de crianças com essas condições reclamam do pouquíssimo avanço desde a sanção.

 

Há quatro anos o Universo Coletivo AME procura dar apoio a famílias que convivem com a Atrofia Muscular Espinhal (AME), doença que se não diagnosticada nos primeiros dias de vida, compromete o funcionamento do sistema nervoso central e dos músculos de forma acelerada. Além da rede de apoio, ela é uma das centenas de entidades que dialogam com o governo pedindo celeridade no cumprimento da Lei nº 14.154, que não estipula cronograma nem planejamento detalhado para o andamento das cinco etapas.

 

O último progresso a respeito do tema aconteceu em agosto do ano passado, durante audiência pública na Câmara dos Deputados na qual integrantes do Universo Coletivo AME, maior coalizão em prol da causa no país, conseguiram que a doença passasse da quinta e última etapa para a quarta. Porém, em termos práticos nada mudou, pois o Ministério da Saúde segue sem estabelecer um cronograma de implementação das fases. 


 

Desafios políticos e de investimento

 

Mudanças significativas nos últimos cinco anos fizeram com que a AME, considerada uma urgência pediátrica e maior fator genético de mortalidade infantil, enfim, preenchesse os critérios de inclusão na triagem neonatal. Com a incorporação de medicamentos promissores no SUS, cuja administração precoce pode mudar o curso da enfermidade, o que falta para incluir a AME no Teste do Pezinho?

 

Assim como a AME, outras doenças raras contempladas pela Lei nº 14.154 sofrem do mesmo paradigma: tratamento não significa acesso a um diagnóstico precoce na rede pública. Vontade política, investimento em equipamentos, treinamento de pessoal e centros de referência qualificados são alguns dos desafios atuais. Hoje, na maioria dos estados do país, só existe o Teste do Pezinho tradicional. “É um teste realizado através de análise bioquímica. Todos os centros de referência estão treinados e equipados para este determinado tipo de análise. No caso da AME, é necessária uma análise genética. Estamos falando de equipamentos totalmente diferentes, que são os sequenciadores de DNA. Mas não basta investir no equipamento; é preciso treinar pessoal para a sua correta utilização”, explica Salmo Raskin, médico especialista em genética e pediatria e diretor do Centro de Aconselhamento e Laboratório Genetika.

 

Além da análise genética, a AME necessita ainda da realização do teste confirmatório cujo padrão ouro hoje é o MLPA (Multiplex Ligation-dependent Probe Amplification).

 

Sendo o Brasil um país de dimensões continentais, a carência de centros de referência qualificados para receber os pacientes de diferentes doenças é um imenso gargalo, já que a triagem neonatal não é somente o Teste do Pezinho e sim um programa que vai desde a coleta do sangue até o encaminhamento e posterior tratamento destes pacientes. Soma-se a isso a escassez de geneticistas e neurologistas, desconhecimento e falta de alinhamento entre gestores públicos, burocracia regulatória e necessidade de repasse de verbas federais.

 

Na audiência pública de agosto de 2022, Tânia Bachega, presidente da Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal e Erros Inatos do Metabolismo, apontou ainda outro desafio de ordem política: sendo a triagem tripartite, gestores com ampla rotatividade não têm a devida noção da sua importância.

 

 

Alternativas

 

No entanto, para o geneticista Salmo Raskin há alternativas capazes de transpor os atuais obstáculos. Tanto a análise genética e o teste confirmatório da AME podem ser realizados pelo mesmo papel filtro já fornecido pelo SUS para a triagem, na mesma amostra que é colhida. “Esta amostra poderia ser enviada pelo correio para um centro de referência que tenha um laboratório de genética. Poderíamos ter quatro ou cinco centros de referência, um em cada região do país, responsáveis por esta análise”, pondera o médico, exemplificando que a análise do Teste do Pezinho em Santa Catarina é hoje feita no Paraná.

 

“Os obstáculos existem, inclusive os logísticos, mas há meios para fazer as coisas acontecerem. O que falta, muitas vezes, é vontade política e investimento”, frisa Fátima Braga, mãe de Lucas, 21 anos, que tem AME I.

 

Fátima é uma das cinco mulheres à frente do Universo Coletivo AME. O grupo atua, sobretudo, em ações voltadas para políticas públicas, e sua principal bandeira tem sido a da inclusão da doença no programa de triagem.

 

Quando se fala em investimento, para Adriane Loper, também membro do Coletivo, a matemática feita pelo Ministério da Saúde é equivocada. Um estudo realizado na Austrália, com recém-nascidos diagnosticados através da triagem e devidamente tratados, constatou que diminuíram em sete vezes a evolução das comorbidades, ventilação e suporte para alimentação. “Essas terapias são custosas para o sistema de saúde, e crianças com AME necessitam de tratamentos multidisciplinares”, observa.


 

Quem tem AME tem pressa

 

O tempo é um fator crucial na evolução da AME, explica Salmo Raskin. “A criança que tem a doença já nasce com a perda de alguns neurônios motores e isso só vai progredindo, tendendo a impactos de difícil reversão. Portanto, quanto antes é realizado o diagnóstico, maiores são as chances de sucesso e qualidade de vida dos pacientes”, argumenta.

 

De acordo com dados do Instituto Nacional da Atrofia Muscular Espinhal (Iname), 46% dos bebês são diagnosticados após visitarem quatro ou mais profissionais de saúde. E apesar de um avanço significativo desde 2019, 45% dos bebês com AME ainda não são diagnosticados. Quando olhamos para os que possuem a forma mais severa da doença, a AME I, em mais da metade dos casos, a descoberta acontece somente depois dos seis meses de idade. “Já há comprovação científica da boa eficácia do tratamento iniciado em até seis meses, preferencialmente em um recém-nascido pré-sintomático”, destaca o geneticista.

 

O médico foi responsável por descobrir a doença em Fernando, filho de Adriane, em uma época em que não havia tratamentos capazes de deter a evolução da AME. Após passar 9 anos na UTI, o menino acabou falecendo. “Essas histórias não precisam se repetir. O que teremos diante da inclusão da AME no teste é a chance de transformar a vida de futuras gerações”, ressalta.

 

Sobre o Universo Coletivo AME

 

O Universo Coletivo AME é a maior coalizão no Brasil pela causa da Atrofia Muscular Espinhal (AME), doença genética rara que, se não diagnosticada nos primeiros dias de vida, compromete o funcionamento do sistema nervoso motor e dos músculos de forma acelerada. O país tem cerca de 300 novos casos por ano da doença, que é hoje a maior causa genética de mortalidade infantil. O Coletivo foi fundado em 2019 pela união de cinco instituições que atuam há mais de 20 anos em diferentes regiões do país e são lideradas por mães que vivenciam a AME no dia a dia: Donem (Associação de Doenças Neuromusculares), Instituto Viva Íris, Iname (Instituto Nacional da Atrofia Muscular Espinhal), Instituto Fernando e Abrame (Associação Brasileira de Amiotrofia Espinhal). O grupo atua no acolhimento, educação, conscientização e, principalmente, em ações voltadas para políticas públicas. Um dos objetivos é acelerar a cobertura da AME no Teste do Pezinho, visando o diagnóstico precoce e para garantir o acesso de todos os pacientes aos medicamentos disponíveis no SUS.

Site: https://universocoletivoame.com.br/


Estudo sugere que exercício físico resistido, como musculação, pode prevenir sintomas de Alzheimer

 

Experimentos com camundongos conduzidos por grupos
da Unifesp e da USP mostram que quatro semanas de treino
com pesos foram suficientes para reverter alterações comportamentais
e físicas características da doença (
Freepik

A prática de exercícios físicos resistidos, como musculação, é capaz de prevenir ou ao menos atrasar o aparecimento de sintomas de Alzheimer e funciona como uma terapia simples e acessível para pacientes com a doença. A conclusão foi publicada por pesquisadores das universidades Federal de São Paulo (Unifesp) e de São Paulo (USP) na revista Frontiers in Neuroscience.

Apesar de idosos e pacientes com demência dificilmente estarem aptos a realizar exercícios aeróbicos de alta intensidade, como corrida, essas atividades são o foco da maioria dos trabalhos científicos relacionados à doença de Alzheimer. A Organização Mundial de Saúde (OMS), por sua vez, recomenda o exercício resistido como melhor opção para a manutenção do equilíbrio e da postura e, consequentemente, a prevenção de quedas. O exercício resistido é caracterizado por contrações de músculos específicos contra uma resistência externa, sendo considerado uma estratégia essencial para aumentar a massa muscular, a força e a densidade óssea, bem como melhorar a composição corporal geral, a capacidade funcional e o equilíbrio. Além disso, ajuda a prevenir ou mitigar a sarcopenia (fraqueza muscular), facilitando o desempenho das tarefas do dia a dia.

Para observar os efeitos neuroprotetores dessa prática, pesquisadores dos departamentos de Fisiologia e Psicobiologia da Unifesp e de Bioquímica do Instituto de Química da USP (IQ-USP) conduziram experimentos com camundongos transgênicos que possuem uma mutação responsável pelo acúmulo de placas beta-amiloide no cérebro. Essas proteínas se agrupam no sistema nervoso central, comprometem a transmissão de sinapses e causam danos aos neurônios, sendo consideradas marcas típicas da doença de Alzheimer.

Durante o estudo, financiado pela FAPESP, os animais foram treinados para subir uma escada de 110 centímetros (cm) de altura, com inclinação de 80o e degraus separados por dois cm de distância. Uma carga progressiva de 75%, 90% e 100% de seu peso foi acoplada nas caudas. O exercício mimetiza o que pode ser feito em equipamentos utilizados em academias para esse propósito.

Ao fim do treinamento, que durou quatro semanas, amostras de sangue dos camundongos foram colhidas e os níveis de corticosterona (hormônio equivalente ao cortisol em humanos, cujo aumento está relacionado ao estresse e, consequentemente, a um risco maior de desenvolver a doença de Alzheimer), foram medidos. As análises mostraram que o teor desse hormônio nos roedores treinados foi normalizado, igualando-se ao do grupo-controle, composto por animais saudáveis (sem a mutação). A análise do cérebro revelou também diminuição na formação de placas beta-amiloide.

“Isso confirma que a atividade física pode reverter alterações neuropatológicas que causam os sintomas clínicos da doença”, diz o coautor do estudo Henrique Correia Campos.

“Observamos também o comportamento dos camundongos para avaliar sua ansiedade em campo aberto [os animais se movimentavam livremente em uma arena enquanto os cientistas mensuravam o número de vezes que cruzavam o centro] e vimos que o exercício resistido diminuiu a hiperlocomoção naqueles que tinham o fenótipo relacionado à doença de Alzheimer, igualando-a à do grupo-controle”, conta Deidiane Elisa Ribeiro, pesquisadora do Laboratório de Neurociências do IQ-USP, que divide a primeira autoria do artigo com Campos. Esse movimento é interpretado como a agitação característica de alguns pacientes com Alzheimer ou outro tipo de demência.

“O exercício físico resistido se confirma cada vez mais como estratégia efetiva para evitar o surgimento dos sintomas de Alzheimer esporádica [não associada a uma mutação herdada], que é multifatorial e pode estar relacionada ao envelhecimento, ou para retardá-los nos casos da forma familiar da doença”, resume Beatriz Monteiro Longo, professora de neurofisiologia da Unifesp e coordenadora do trabalho. “A principal possível razão para isso é sua ação anti-inflamatória.”


Revisão de estudos

O trabalho em modelo animal teve como base uma revisão de estudos publicada pelo mesmo grupo da Unifesp na Frontiers in Neuroscience, que fornece evidências clínicas de que exercícios físicos resistidos são de fato benéficos para minimizar o déficit nas funções cognitivas e comportamentais causado pela doença de Alzheimer e podem ser propostos como terapia alternativa acessível.

“Além do paciente, a doença de Alzheimer afeta também toda a família, especialmente se ela for de baixa renda”, diz Caroline Vieira Azevedo, autora do artigo de revisão. “Os dois trabalhos trazem informações que podem ser usadas para estimular a criação de políticas públicas. Imagine a redução de gastos ao se retardar em dez anos o aparecimento de sintomas em pacientes idosos.”

Também participaram da investigação pesquisadores das universidades Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Federal de Ouro Preto (Ufop).

O artigo Neuroprotective effects of resistance physical exercise on the APP/PS1 mouse model of Alzheimer’s disease pode ser acessado em: www.frontiersin.org/articles/10.3389/fnins.2023.1132825/full.

Já o estudo The effects of resistance exercise on cognitive function, amyloidogenesis, and neuroinflammation in Alzheimer’s disease está disponível em: www.frontiersin.org/articles/10.3389/fnins.2023.1131214/full.

 


Julia Moióli
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/estudo-sugere-que-exercicio-fisico-resistido-como-musculacao-pode-prevenir-sintomas-de-alzheimer/41591/


Aumento alarmante dos crimes cibernéticos no Brasil: desafios e soluções

Nos últimos anos, o Brasil tem sido alvo de um crescente número de crimes cibernéticos. Com o avanço tecnológico e a inclusão digital, os criminosos encontraram novas formas de praticar delitos e descobriram que os dados são ativos valiosos.

Atualmente, o Brasil enfrenta uma verdadeira epidemia de crimes cibernéticos, afetando cidadãos, empresas e até mesmo instituições governamentais. De acordo com relatórios recentes, somente em 2022, o país sofreu mais de 103 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos, representando um aumento de 16% em relação aos 88 bilhões do ano anterior.

Essa persistência dos fraudadores coloca o Brasil em segundo lugar na América Latina em termos de ataques virtuais. O país fica atrás apenas do México, que registrou um assustador número de 187 bilhões de tentativas de fraudes em ambientes digitais.


Os tipos de crimes cibernéticos mais comuns incluem:

Phishing e golpes financeiros: os criminosos utilizam e-mails falsos e páginas fraudulentas para obter informações pessoais, como senhas e dados bancários, com o intuito de roubar dinheiro das vítimas.

Ransomware: trata-se de um tipo de malware que criptografa os arquivos, bancos de dados e servidores da vítima, exigindo um resgate para liberá-los.

Ataques de negação de serviço (DDoS): os atacantes sobrecarregam um serviço ou site com tráfego excessivo, tornando-o inacessível.

Vazamento de dados: informações sensíveis de empresas e indivíduos são obtidas ilegalmente e posteriormente divulgadas.

Extorsão sexual online: os criminosos se aproveitam da vulnerabilidade das pessoas para obter imagens ou vídeos íntimos, usando-os para extorquir dinheiro ou praticar outras formas de violência.

Os crimes cibernéticos causam danos significativos tanto para as vítimas quanto para a sociedade como um todo. Além dos prejuízos financeiros, eles afetam a privacidade das pessoas, a confiança nas transações online e até mesmo a estabilidade econômica. Empresas são prejudicadas, dados sensíveis são expostos e a sensação de segurança digital é comprometida, afirma Wladimir Rodrigues, CISO da RPE empresa brasileira de tecnologia que oferece soluções em meios de pagamento para potencializar o mercado varejista.

Mas, segundo o especialista, para combater esses crimes, as autoridades brasileiras estão cientes da gravidade da situação e têm tomado medidas. Dentre as ações adotadas, destacam-se:

Investimento em tecnologia: aprimoramento dos sistemas de segurança e capacitação de profissionais para atuar na área de segurança cibernética.

Aprimoramento da legislação: atualização das leis para lidar especificamente com os crimes cibernéticos, permitindo uma ação mais efetiva das autoridades.

Criação de unidades especializadas: estabelecimento de delegacias e grupos de investigação especializados em crimes cibernéticos.

Conscientização e educação: realização de campanhas de conscientização para alertar a população sobre os riscos e práticas seguras na internet.

Os crimes cibernéticos representam uma ameaça real e crescente no Brasil, exigindo uma ação conjunta das autoridades, empresas e cidadãos. É fundamental investir em segurança cibernética, atualizar a legislação e conscientizar a população sobre a importância de proteger seus dados e estar atento aos perigos online. Somente por meio de esforços conjuntos será possível enfrentar essa crescente ameaça e garantir um ambiente digital menos vulnerável e confiável para todos os brasileiros, finaliza Wladimir.

 

Posts mais acessados