O ranking da revista americana
International Living traz surpresas, como o Panamá (na foto), onde um orçamento
de R$ 7 mil por mês permite que uma família viva confortavelmente em qualquer
lugar do país
Ano novo, vida nova! Essa
máxima é repetida e perseguida por pessoas do mundo todo. O início de um novo
ano inspira mudanças e nos últimos cinco anos, 4,2 milhões de pessoas deixaram
o Brasil para viver no exterior.
A revista americana
International Living costuma divulgar um Índice Global Anual de Aposentadoria
dos melhores lugares para se aposentar. Mas, desta vez, os especialistas
responsáveis pelo material vieram com uma novidade. A lista não vale apenas
para aposentados, mas para quem procura uma vida melhor e mais acessível, e com
impostos mais baixos para quem deseja abrir um pequeno negócio.
“Considerar opções no exterior
pode cortar seu custo de vida pela metade – ou até mais em alguns lugares –, e
isso abre muitas possibilidades para uma vida melhor", sinaliza a editora
executiva da International Living, Jennifer Stevens.
Dar adeus ao horário comercial,
ao deslocamento, à política e se instalar em um lugar onde cada dia traz uma
aventura nova é o que normalmente move pessoas a se mudarem, segundo Jennifer.
Para 2023, o ranking da
International Living combinou algumas categorias para focar melhor a atenção
das pessoas nos fatores que são mais importantes a serem considerados: custo de
vida, clima, vistos, impostos, moradia e saúde.
Mesmo baseada em números e
estatísticas, como o custo de vida e o preço da moradia, Jennifer destaca que a
lista não retrata uma pesquisa científica. Nas palavras da editora, o valor do
Índice vem do fato de que as classificações são geradas com um contexto do
mundo real em mente, com informações de pessoas que vivem e passam tempo nesses
lugares.
Presentes na lista desde 2017,
países como a Malásia e Vietnã saíram do levantamento em 2023 porque as
situações de visto tornaram problemático ou muito caro para os expatriados morarem
lá em tempo integral. Segundo a editora, "são lugares lindos, de clima
quente, com pessoas acolhedoras e custos de vida muito baixos, mas a situação
atual dos vistos dificulta uma estadia em tempo integral, seja do ponto de
vista logístico ou de custo". Vale lembrar que o ranking considera um
estilo de vida bem confortável.
1 - LAGOS,
VILAMOURA E TAVIRA - PORTUGAL
Portugal foi eleito o melhor
país para se viver. As opções de visto tornam a permanência por lá de longo
prazo relativamente fácil.
Grandes cidades como Lisboa e
Porto vão custar mais. Em cidades menores, as ofertas de imóveis são
consideravelmente mais em conta, e o preço de moradia é o custo mais elevado de
Portugal.
Cidades históricas e
turísticas, como Lagos, Vilamoura e Tavira apresentam boas opções de moradia
com alugueis de até R$ 2 mil. O custo médio para alimentação de um casal é de
R$ 800 por mês.
Além disso, qualquer investidor
estrangeiro pode empreender no país, que estimula o empreendedorismo e oferece
incentivos a investidores estrangeiros. Assim como no resto do mundo, o setor
de tecnologia anda aquecido por lá, mas também é interessante empreender na
área alimentícia, turística, beleza, publicidade e tantos outros.
2- CHAPALA
- MÉXICO
O Lago Chapala está localizado
em uma região montanhosa. Os municípios do entorno do Chapala têm uma das
maiores comunidades de americanos do México, integrada em sua maior parte por
pessoas da terceira idade.
De acordo com dados do
Instituto Nacional de Migração mexicano, 7 mil estrangeiros vivem na região,
sobretudo no município de Ajijic, onde falar inglês é praticamente obrigatório
para se comunicar bem. No inverno, milhares de americanos e canadenses fogem do
frio e se refugiam na cidade. Por isso, a presença constante da moeda americana
na região valoriza o setor de comércio e serviços da região.
Para aqueles que desejam viver
com muito conforto, com um orçamento de R$ 10 mil, uma família estaria vivendo
bem, jantando fora o tempo todo, morando em uma casa de alto padrão e com
dinheiro suficiente para viajar quando quisesse, segundo o levantamento da
International Living.
3 - PANAMÁ
O Panamá pontua bem em todos os
aspectos - está abaixo da zona de furacões e tem ótimas opções de visto que
permitem que expatriados fixem residência no país com benefícios que incluem
incentivos fiscais e descontos.
A saúde no Panamá é de primeira
linha – especialmente na cidade – e você pode morar na praia e estar a apenas
uma hora de uma metrópole de verdade. O clima é quente o ano todo e embora o
Panamá use o dólar americano, por lá os moradores não sentem a inflação da
mesma forma que nos Estados Unidos, pois mesmo que os preços subam, eles ainda
são uma fração do que se paga em território americano.
Panama City, Coronado e Boquete
são as mais indicadas. A capital mistura arranha-céus e bairros arborizados.
Coronado possui vasto complexo residencial que atende a quase todas as
necessidades dos expatriados. Boquete é uma cidade montanhosa panamenha.
Um orçamento de R$ 7 mil por
mês permite que qualquer família viva confortavelmente em qualquer lugar do
país, sendo que em áreas rurais esse valor seria ainda mais baixo.
SALINAS, CIDADE DO EQUADOR
4 -
EQUADOR
Pouco cotado por expatriados, o
Equador oferece boas conveniências da vida moderna, incluindo internet de fibra
ótica de alta velocidade, dólar americano, clima temperado, bom transporte
público e assistência médica e moradia acessíveis.
As maiores comunidades de
expatriados estão em Salinas, com suas praias repletas de condomínios modernos;
Cotacachi, uma pequena e sonolenta vila onde os artesãos fazem de tudo, desde
artigos de couro até ponchos de alpaca; Cuenca, a moderna cidade turística
andina que é o centro cultural do Equador, onde a música, a arte e a
arquitetura ao estilo de Nova Orleans atraem visitantes de todo o mundo.
De acordo com o ranking,
existem poucos lugares no mundo onde o custo de vida é tão acessível quanto no
Equador. É possível alugar uma boa casa em uma praia da Costa do Pacífico em um
condomínio com excelentes vistas dos Andes por cerca de R$ 2 mil.
5 - COSTA
RICA
Com um custo de vida mais
baixo, facilidade de ir e vir para a América do Norte e assistência médica
acessível, a Costa Rica tem zonas climáticas bem demarcadas e centenas de
microclimas com clima quente, praias tropicais e selvas verdejantes.
Um casal pode viver
confortavelmente por aproximadamente R$ 8 mil por mês. Isso inclui alugar uma
casa em condomínio com duas suítes, ar-condicionado, além de alimentação,
entretenimento, transporte e assistência médica.
IMAGENS: divulgação/reprodução
Mariana Missiaggia
Diário do Comércio (dcomercio.com.br)