Pesquisar no Blog

segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Viagens internacionais ficaram mais em conta para o Réveillon, mostra levantamento do KAYAK

Pixabay
Os dados apresentam os voos mais procurados pelos brasileiros 

que deixaram para planejar a viagem em cima da hora.

 

Voar para Miami, Nova York e Cancún ficou mais atrativo neste período de Réveillon do que em 2019

 

Passar o Réveillon em um destino almejado com amigos ou com a família é o objetivo de muitas pessoas e, para isso, elas pesquisam e adquirem seus voos ou pacotes de viagem com antecedência. Certo? Nem sempre. Um levantamento realizado pelo metabuscador de viagens KAYAK mostra que muitos usuários buscaram seus destinos preferidos para o Réveillon a poucas semanas do ano novo. Mas a sugestão é que os viajantes planejem sua viagem com antecedência, principalmente se escolherem datas concorridas como o Réveillon.  

Dentre os destinos internacionais, os três mais buscados para os últimos dias de 2022 e primeiros dias de 2023 foram Lisboa, Buenos Aires e Miami com 409%, 207% e 117% de variação no volume de buscas, respectivamente, comparando o mesmo período em 2022 x 2019. Lisboa foi o destino com maior variação no volume de buscas, 409%, seguido por Madri (372%) e Roma (325%) na mesma comparação.

Metodologia: O levantamento foi realizado na base de dados do KAYAK considerando voos de ida e volta partindo de todos os aeroportos do Brasil para todos os aeroportos internacionais. Para datas de buscas, foram consideradas 10/10/2022 a 28/11/2022 para viagens entre 30/12/2022 e 02/01/2023, em comparação com 30/12/2019 a 02/01/2020. Os preços e percentuais são uma média e podem variar com o tempo.

Quanto ao preço, Roma ficou com a maior variação do preço médio,+26%, na comparação 2022 vs 2019, seguida por Buenos Aires (+24%). Mas quem decidiu na última hora passar o Réveillon em Miami, teve uma boa surpresa, já que a variação do preço médio foi de -32% em 2022, quando comparado ao mesmo período de 2019. Nova York (-21%), Cancún (-18%) e Orlando (-15%) também apresentaram queda na variação do preço médio na mesma comparação. 

Quanto aos destinos nacionais, o levantamento do KAYAK revela que os três mais procurados pelos brasileiros para o Réveillon foram Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. A capital brasileira também foi a que obteve a maior variação do volume de buscas, 1594%, se comparado ao mesmo período em 2019. A segunda maior variação no volume de buscas no mesmo período foi para Recife (297%), seguido por João Pessoa (280%).


Metodologia: O levantamento foi realizado na base de dados do KAYAK considerando voos de ida e volta partindo de todos os aeroportos do Brasil para todos os aeroportos do Brasil. Para datas de buscas, foram consideradas 10/10/2022 a 28/11/2022, para viagens entre 30/12/2022 e 02/01/2023, em comparação com 30/12/2019 a 02/01/2020. Os preços e percentuais são uma média e podem variar com o tempo.

Brasília também detém a maior variação de preço médio de ticket aéreo, +74%, na comparação de 2022 com 2019. Maceió ficou com a segunda maior variação do preço médio, +52%, e Salvador registrou a terceira maior variação de preço médio, com +45% nesse mesmo período. 

De acordo com o country manager do KAYAK no Brasil, Gustavo Vedovato, planejar com o máximo de antecedência é sempre o melhor caminho para quem quer usufruir das melhores condições de viagem. “Deixar para definir sua viagem na última hora, principalmente em datas tão disputadas como o Réveillon, pode não levar às melhores condições para a sua realização”, pontua Vedovato. “Entretanto, como mostra o levantamento de buscas por destinos internacionais, cidades como Miami, Nova York e Orlando tiveram uma queda no preço médio para esse período, na comparação 2022 vs 2019. Um dos motivos pode ser a readequação do mercado ao cenário atual”, lembra o executivo. 

Seja na época de feriados de fim de ano ou em qualquer outra, o KAYAK pode ajudar os viajantes a planejarem melhor suas viagens e orçamentos. O metabuscador disponibiliza uma série de ferramentas gratuitas que os ajudam a encontrar os preços da passagem aérea, do hotel, do pacote, da locação de automóvel ideais para cada um, com diversos filtros que facilitam ainda mais o planejamento. No Alerta de Preços, após cadastro gratuito, o viajante passa a receber notificações de variações de preços do destino escolhido, com recomendação de quando é o melhor momento para comprar. No Explore, basta indicar o orçamento disponível e o sistema sugere destinos que se encaixam na faixa de preços informada. Tudo simples, grátis e em um só lugar.

 

KAYAK
www.KAYAK.com.br

Brasileiros confiam mais no setor de tecnologia do que na média global, diz estudo da Edelman

  • Pesquisa feita em 15 países abordou diversos tópicos que apontam otimismo ou desconfiança no setor
  • Desinformação, privacidade e comportamento dos CEOs das big techs são pontos de preocupação no Brasil
  • Confiança nas empresas de tecnologia nacionais é maior do que nas estrangeiras, em média

 

O Relatório Especial do Edelman Trust Barometer 2022: Confiança na Tecnologia, que mede o índice de confiança na tecnologia, mostra que 86% dos brasileiros confiam no setor desde outubro de 2022. Este recorte do estudo, divulgado em dezembro deste ano, revela que a confiança nacional na tecnologia está acima da média global, que é de 76%.

Após uma década de volatilidade quando se trata de confiança na tecnologia em nível global, com uma queda geral na confiança de janeiro de 2012 a janeiro de 2022, o setor, em outubro de 2022, é o segmento mais confiável do Brasil, à frente de outros, como alimentos e bebidas (80%), energia (79%), e automotivo (77%).

Em comparação com o comportamento global, os brasileiros estão mais otimistas sobre como a tecnologia pode ser usada positivamente para impactar a sociedade, embora sejam críticos em relação aos pontos sensíveis. O relatório mostra que, em média, 79% dos brasileiros estão preocupados com a privacidade dos dados. Um número semelhante (77%) preocupa-se com a segurança cibernética, em média, e 82% preocupam-se com o uso de desinformações ou fake news como uma ameaça tática.

O comportamento dos CEOs das big techs é também um ponto visto como crítico pelos brasileiros. Menos da metade deles (47%) acredita que os responsáveis pelas empresas de tecnologia estão fazendo bem em usar sua influência para beneficiar a sociedade como um todo e não apenas para melhorar sua imagem ou para objetivos pessoais.

"O estudo deste ano traz um retrato sobre a queda da confiança das pessoas no setor, ao mesmo tempo em que revela elementos macroeconômicos que estão mudando a percepção do que é tecnologia e como ela pode impactar a sociedade. O Brasil, por sua vez, se destaca como um país que confia mais no segmento, mas também teme mais alguns pontos da tecnologia do que a média global. É um aprendizado que pode servir de guia para muitas empresas do setor que buscam consolidar sua reputação", disse Gabriel Guimarães, diretor de clientes de Tecnologia da Edelman Brasil.


Pontos de destaque do relatório produzido pela Edelman:

As principais conclusões mostram que, em outubro de 2022, a tecnologia ganhou um conceito mais abrangente, além de softwares e hardwares, ao mesmo tempo em que o setor enfrenta os impactos da polarização política e mais demandas da população para que CEOs atuem em questões como ruptura econômica e clima. A pesquisa destaca ainda uma ambiguidade entre os entrevistados de países desenvolvidos e em desenvolvimento em relação à confiança: de ceticismo quanto ao impacto ou de entusiasmo com as promessas da inovação tecnológica.

  • Entre 2012 e janeiro de 2022, o Brasil acompanhou uma tendência mundial de queda na confiança em tecnologia, caindo 3 pontos e atingindo o índice de 80%. A média global no período registrou uma queda de 5 pontos, chegando a 72%.
  • Em outubro de 2022, o índice voltou a subir e tecnologia foi o setor mais confiável no Brasil, liderando entre 86% das respostas e à frente dos setores de bebidas e alimentos, energia, automotivo, companhias aéreas e planos de saúde.
  • Brasileiros confiam mais em tecnologia nacional do que na estrangeira, em média. O índice dos que confiam em empresas de tecnologia sediadas no Brasil é de 68%. Já os que confiam em empresas com sede no exterior totalizam, em média, 60%.
  • Entre os brasileiros que desconfiam das empresas de tecnologia sediadas no exterior, as principais razões incluem: falta de confiança nos governos estrangeiros (60%); falta de confiança em suas leis de proteção de dados (42%); e a suposição de que os governos teriam acesso aos dados dos usuários brasileiros (40%). Os participantes puderam responder com mais de um motivo.
  • 79% dos brasileiros, em média, se preocupam com privacidade de dados. Este tópico abrange o risco de que o comportamento online seja monitorado sem o consentimento e que dados sejam utilizados negativamente em algumas situações, como, por exemplo, para negar uma oportunidade de emprego ou aplicação de crédito. Nos mercados considerados desenvolvidos, a preocupação é de 69%, em média; nos países em desenvolvimento, é de 78%, em média.
  • Em média, 77% dos brasileiros se preocupam com a segurança cibernética. Entre os tópicos destacados estão a atuação de hackers, ciberataques, se alguma companhia estrangeira de tecnologia pode comprometer a soberania nacional, além do risco de empresas de tech do Brasil fornecerem produtos militares a outros países.
  • Desinformação ou fake news usadas como uma arma causa preocupação em 82% dos brasileiros.
  • 67% dos brasileiros se preocupam que tecnologias de deepfake tornarão impossível saber se o que as pessoas estão vendo ou ouvindo é real ou não.
  • Trabalhadores brasileiros se preocupam mais que a média mundial se a tecnologia ou Inteligência Artificial será capaz de fazer o mesmo trabalho tão bem ou melhor que eles. No país o índice é de 57% e, globalmente, é de 51%.   
  • 51% dos brasileiros consideram que o governo não tem a compreensão adequada de avanços tecnológicos e como regulá-los de forma eficaz. Em escala global, esse índice é de 56%.
  • No Brasil, a maioria acredita que a tecnologia pode resolver desafios sociais urgentes em diferentes áreas:
  • Acesso ao sistema de saúde – 81% (média global: 75%)
  • Competitividade econômica – 78% (média global: 75%)
  • Qualidade da informação – 78% (média global: 70%)
  • Acesso a trabalhos mais bem remunerados – 74% (média global: 71%)
  • Mitigar consequências de mudanças climáticas – 74% (média global: 68%)
  • Escassez de comida – 71% (média global: 64%)
  • Impacto de desacelerações econômicas – 70% (média global: 63%)
  • Combater preconceito e discriminação – 68% (média global: 61%)
  • 64% dos brasileiros acreditam que as companhias de tecnologia são lideradas por pessoas que genuinamente se importam com o bem-estar das pessoas e da sociedade. Esse mesmo índice é de 56% globalmente.
  • Porém, menos da metade (47%) dos brasileiros confia que os CEOs das empresas de tecnologia estão usando sua influência para benefício da sociedade como um todo e não só para realçar a própria imagem ou para objetivos pessoais. Na média global, esse número é ainda menor: 38%.
  • Embora a confiança no setor de tecnologia como um todo seja alta, alguns subsetores ainda precisam conquistar os brasileiros. De acordo com a pesquisa, a confiança em cada subsetor entre os brasileiros é a seguinte:
  • 5G: 83%
  • Tecnologia para a saúde: 79%
  • Assistentes digitais: 71%
  • Inteligências Artificiais/ Robóticas: 69%
  • Realidade Virtual/ Realidade Aumentada/ Realidade Mista: 65%
  • Web 3: 63%
  • Blockchain: 59%
  • Tecnologia autônoma: 57%
  • Criptomoedas: 47%

 

Sentimento de segurança e credibilidade ao buscar informações

Segundo os brasileiros, para ganhar a confiança dos usuários nas novas tecnologias, as empresas precisam comunicar seus benefícios e desvantagens, assim como educar o público. Para que os brasileiros se sintam seguros ao compartilhar dados, eles dizem que as empresas devem dar ao consumidor o controle sobre como seus dados são coletados e utilizados, e fornecer ações para que eles possam garantir que suas informações estejam seguras. A transparência sobre como as informações são coletadas, a garantia de que os dados não serão compartilhados com o governo, e outras medidas também são importantes.

 

Como fontes de verdade sobre tecnologia e inovação, as vozes mais confiáveis de acordo com os brasileiros são o time de suporte de TI no trabalho, familiares e amigos, e especialistas da indústria de tecnologia. Para os brasileiros, o empregador é o canal mais credível de informação sobre a tecnologia e seu impacto na sociedade.

Acesse o relatório completo em: https://www.edelman.com.br/trust/edelman-trust-barometer-2022-relatorio-especial-confianca-na-tecnologia.

 

Sobre o Relatório Especial do Edelman Trust Barometer 2022: Confiança na Tecnologia

O Relatório Especial do Edelman Trust Barometer 2022: Confiança na Tecnologia foi desenvolvido pela Edelman Data & Intelligence (DxI) e consistiu em entrevistas online de 30 minutos realizadas entre 31 de agosto e 12 de setembro de 2022 com mais de 15 mil pessoas - cerca de 1 mil respondentes em cada um dos 15 países pesquisados. Para mais informações, visite: www.edelman.com.br/estudos.

 

Dezembro é a época do ano com o maior registro de produção e descarte indevidos de lixo

Datas de confraternização no mês podem aumentar significamente na geração de resíduos sólidos

 

Com a chegada do fim do ano e confraternizações em datas festivas, a geração de resíduos atinge seus maiores índices anuais, chegando a registrar um aumento na geração de resíduos sólidos apenas no mês de dezembro. Materiais como garrafas de vidro, latas, plásticos e embalagens estão entre os materiais mais descartados sem a mínima preocupação com a separação correta. Já o aumento excessivo do consumo aumenta em até 5% nesta época do ano, segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). 

Segundo Rafael Henrique Siqueira Rodrigues, diretor de operações do Instituto Recicleiros, Organização da Sociedade Civil que atua no desenvolvimento de soluções para a gestão sustentável de resíduos sólidos em todo Brasil, dezembro é o mês em que as cooperativas parceiras em todo o país recebem um maior volume de materiais para reciclagem. "No ano passado, foram destinados 150 toneladas de materiais recicláveis para as unidades de processamento, total de entrada nas UPMRs em dezembro de 2021", explica o diretor.

Ainda de acordo com Rafael Henrique, todos os tipos de resíduos sólidos como jornais, revistas, folhas de papel, caixas, papelão, pet, embalagens plásticas, latas,, vidros, entre outros, possuem a possibilidade de transformação e são considerados potencialmente recicláveis, sendo retornados à cadeia produtiva e tendo como objetivo final dar origem a novos produtos ou reposição do mesmo material demandado pelo mercado. 

"Para haver uma separação correta dos resíduos, é necessário que não haja a mistura com materiais orgânicos, como restos de alimentos e líquidos, por conta do processo de decomposição e possível resultado de contaminação com o chorume, além das emissões de gases de efeito estufa tóxicos como o metano, ocasionando a destruição de ecossistemas, e "além de gerar insalubridade e colocar em risco a saúde dos catadores", salienta Rafael Henrique. 

O executivo ainda alerta que, outras formas de manter o consumo consciente, são: diminuir o volume de materiais descartados reutilizando o que for possível, itens como árvores de natal e enfeites, por exemplo, reduzindo, evitando embrulhos para os presentes. É possível também, repensar a troca de garrafas e latas de plástico pelas de alumínio, que registram mais de 97% de taxa de reciclagem no Brasil. "Vidros, que devem ser devidamente separados de garrafas e frascos, também devem estar corretamente embrulhados para que possam evitar acidentes em potencial", finaliza o diretor. 



INSTITUTO RECICLEIROS
www.recicleiros.org.br
Gen. Sócrates, 418 - Penha de França, São Paulo, SP, Brazil
contato@recicleiros.gov.br
https://www.facebook.com/Recicleiros
https://www.instagram.com/Recicleiros/

Estratégias emergentes de publicidade digital ditarão as tendências de marketing de 2023

Retail media crescerá e ocupará o centro das atenções, de acordo com a Criteo 

 

À medida que 2022 chega ao fim, os profissionais de marketing estão a caminho do planejamento para 2023. O início de um novo ano abre novas oportunidades para os profissionais de marketing utilizarem os aprendizados de 2022 para ditar os investimentos para os próximos 365 dias.

Os profissionais de marketing que aproveitam o poder da commerce media para alcançar e envolver os consumidores onde eles estão navegando e comprando ativamente - além de medir com precisão os resultados dos negócios - poderão capitalizar as oportunidades de publicidade no novo ano. Com 2023 se aproximando rapidamente, veja as tendências de marketing e publicidade que dominarão o próximo ano.


Retail media ganhará força 

Setores emergentes, como retail media, que é um subconjunto da commerce media que permite aos varejistas criar experiências de publicidade personalizada em seus próprios ativos digitais usando seus dados first-party para adicionar um fluxo de receita adicional a seus negócios, continuam ganhando força entre os profissionais de marketing e essa tendência não mostra sinais de desaceleração em 2023.

O estudo “Future of Commerce – The Rise of Retail Media on the Open Web” elaborado pela Criteo aponta que mais da metade (51%) das agências de mídia informaram que a retail media oferecia segmentação de público mais clara, relevância para compra (58%), bem como o crescimento das vendas (53%), ou seja, é possível prever um "boom" no setor.

"Embora a retail media tenha se tornado comum nos Estados Unidos, começaremos a ver uma adoção crescente na América Latina. No Brasil, algumas empresas já estão de olho na retail media e planejam investir nesse mercado. Portanto, o país deve seguir essa tendência global e aumentar a adoção da retail media", destaca Tiago Cardoso, diretor geral para a América Latina da Criteo.


Os dias de oferta se curvarão aos verdadeiros hábitos de compra do consumidor 

Nos últimos anos, a ascensão do e-commerce transformou completamente a forma como os consumidores compram pessoalmente e online, levando marcas e varejistas a evoluírem as suas abordagens para fazer negócios. Antigamente eram esperadas vendas massivas em datas comemorativas como o Dia dos Namorados e a Black Friday, mas agora, embora esses dias ainda sejam grandes eventos comerciais, eles viram um espelhamento dos consumidores.

Por exemplo, a Black Friday está em expansão e todo o mês de novembro - o Cyber Month - está com promoções para cativar os consumidores. Um estudo da Criteo realizado com 1.000 brasileiros no terceiro trimestre de 2022 apontou que 45% iniciam as compras de fim de ano um mês antes do Natal, ou seja, no período da Black Friday.

“Analisando o setor em 2022, percebemos que os hábitos do consumidor passaram a ditar o comportamento do mercado. A diminuição do foco nos 'dias de oferta' e o aumento do investimento em períodos de saldões prolongados já refletem a evolução da forma como os clientes preferem comprar. Por isso, podemos esperar que os varejistas diminuam ainda mais a sua dependência de eventos de grande sucesso, optando por um fluxo constante de vendas para melhor atender às demandas dos consumidores”, comenta Tiago Cardoso.


Commerce media impulsionará a inovação 

Em um cenário de maior privacidade e proteção de dados do consumidor, 2022 foi marcado pela inovação para melhorar a qualidade das compras e experiências de compra do consumidor.

Os varejistas lideraram esse movimento lançando redes de mídia e alavancando a publicidade para melhorar o valor de seus sites e aplicativos de comércio eletrônico. Em outros lugares, o próprio conteúdo se tornou mais comercializável à medida que os criadores de mídia entraram no jogo de trazer o comércio para transmissões ao vivo, jogos e fora de casa.

Em 2023, não há sinais de desaceleração dessas tendências. O comércio está oficialmente em todo lugar, cada momento gasto online agora pode ser comprado e, para marcas que possuem um ponto de contato digital com os consumidores, isso representa uma grande oportunidade.

Um investimento em commerce media também ajudará os profissionais de marketing a ver o impacto comercial real de suas campanhas, incluindo receita, vendas e leads, e entender o impacto direto de seu orçamento de publicidade. Equipados com insights granulares sobre o que impulsiona os seus melhores resultados, os profissionais de marketing podem otimizar decisões estratégicas e de gastos para melhorar o desempenho em toda a jornada de compra para campanhas atuais e futuras.

A IA será a força motriz por trás dessa inovação de commerce media, permitindo que varejistas e criadores de conteúdo ofereçam suporte a compras de última geração que detectam melhor as necessidades do consumidor e fornecem informações valiosas sobre as marcas certas, os produtos perfeitos e as formas mais eficientes de escolhê-los e comprá-los. A IA ajudará os profissionais de marketing a serem bem-sucedidos em um cenário de comércio fragmentado ao mesmo tempo em que protege a privacidade do consumidor.


2023 será o ano do impacto 

2023 se concentrará no impacto. Para os consumidores, isso inclui usar o seu poder de compra para garantir que eles aproveitem ao máximo o dinheiro gasto, enquanto os profissionais de marketing testarão novos ambientes e estratégias para maximizar o ROI de suas ativações de publicidade.

“Para que essas estratégias funcionem, os profissionais de marketing precisarão adotar uma mentalidade de ‘commerce everywhere’ para oferecer experiências ricas aos consumidores quando e onde quer que estejam. No futuro, não importa como 2023 evolua, os profissionais de marketing que usam retail e commerce media terão recursos e agilidade para se adaptar ao comportamento do consumidor e às mudanças do mercado”, disse Tiago Cardoso, diretor geral para a América Latina da Criteo.

 

Criteo
www.criteo.com

5 Estratégias Para Vender Mais no Natal.

Ricardo Martins, especialista em Marketing Digital dá dicas pontuais para você alavancar suas vendas neste Natal

Diferente da Black Friday, que o maior volume de vendas costuma acontecer no dia da promoção, as vendas do Natal tradicionalmente acontecem muito antes do dia 25 de Dezembro. Por essa razão, um planejamento estratégico é fundamental para garantir que as vendas aconteçam.

 O CEO da TRIWI Agência especializada em negócios B2B, Ricardo Martins, conta que o primeiro passo para sua estratégia é pensar nas ofertas e separar quais são os produtos que vão ser ofertados.

 

#1 Passo - Separar produtos ou serviços ofertados

"Digamos que você vai oferecer 10% off em alguns produtos do seu site, o ideal seria que você separe esses produtos numa categoria específica de ofertas, a vantagem de você separar esses produtos por categoria é que você consegue direcionar o consumidor para aba em específico e é importante considerar que o produto ofertado na promoção tenha um bom volume de estoque, com variação de cor, tamanho e modelo". Acrescenta.

Não deixe que as promoções e o anseio por vender mais neste período prejudiquem a sua marca, consumidores podem ser para sempre se bem tratados. 

 

#2 Passo - Otimização de descrições e títulos 

A próxima dica seria a otimização dos títulos e descrições dos produtos em seu site, aqui vale colocar títulos como "presentes de Natal 2022" ou "Ideias para presente de Natal", ao colocar esses termos dentro do seu site tanto no título, quanto na descrição pode ser uma boa estratégia para aumentar o posicionamento orgânico, o posicionamento nas buscas do Google. 

 

# 3 Passo -  Foque no mobile

Não é segredo para ninguém que a maior quantidade vem justamente do mobile, prova disso é o número de downloads de apps de e-commerce realizados no território nacional. De acordo com estudo divulgado pela RankMyApp, o primeiro semestre de 2022 registrou 15,7 milhões de instalações, um aumento de 2,6% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o total foi de 15,3 milhões. 

Nesse cenário é de suma importância que você garanta que seu site traga uma boa experiência para o cliente que utiliza o mobile.

"É muito alto o número de pessoas que deixam de fazer uma compra, exatamente por que a plataforma de e-commerce não oferece uma boa experiência. Ao acessar a loja por um celular, o consumidor não pode sentir necessidade de procurar um computador para melhorar a navegação. Qualquer atrito se transforma em possibilidade de desistência da compra”, destaca.

 

# 4 Passo - Ações nas redes sociais.

Aqui vale se aproveitar de todas as ferramentas visuais para destacar e valorizar os produtos ou serviços, com a dinamização dos conteúdos em formato de vídeos curtos, como o reels, shorts e outros, fica muito mais fácil produzir esses conteúdos, nesse ponto vale usar a criatividade, adicionando músicas que estejam em alta nas plataformas digitais para impactar mais pessoas e conseguir alcançar muito mais compradores e potenciais clientes.

 

# 5 Passo - Investimento em mídia paga

Esse tópico é um pouco mais sensível, por exigir um nível de conhecimento técnico prévio, para isso é importante considerar uma agência que possa auxiliar ou assessorar nessa questão.

"Acontece que os anúncios são a forma mais rápida e mais efetiva de chamar a atenção das pessoas nas redes sociais  e com a mídia paga, você consegue usar estratégias diferenciadas, como remarketing". Finaliza.

 

TRIWI - agência especializada em negócios B2B.


Natal sustentável: como celebrar sem prejudicar o Meio Ambiente?

O consumo consciente é fator fundamental para reduzir o impacto ambiental desta época do ano

 

Os dois últimos meses deste ano são marcados por três grandes acontecimentos: Natal, Ano Novo e Copa do Mundo. As datas têm em comum o aumento no volume de compras, e para entender melhor o comportamento das pessoas, uma pesquisa realizada pela Vitamina Pesquisa, mapeou em qual evento o consumidor pretende gastar mais. O Natal passou a frente de todas as comemorações, preferido por 73% dos participantes da pesquisa.

Com o Natal, chegam às reuniões familiares, luzes, árvores e presentes. Uma época onde é comum que aconteçam exageros, incluindo o crescimento no consumo de recursos naturais como água, energia e até mesmo matéria-prima, além da emissão de poluentes e geração de resíduos em excesso. Todo esse processo traz um impacto ambiental negativo para o planeta, mesmo que a princípio seja invisível para quem está celebrando.

Para ambientalistas, a data pode ser comparada a um dos maiores desastres ambientais do ano no mundo. Por essa razão, o consumo consciente é fator fundamental para que seja possível reduzir o impacto ambiental desta época do ano. A TerraCycle, líder global em soluções de reciclagem e da plataforma de reuso, entende que a mudança de hábito é uma atitude individual extremamente significativa. 

Segundo Renata Ross, gestora de Marketing e Relacionamento da TerraCycle, o consumo consciente é o ato de criar uma percepção de suas aquisições, entender o impacto de cada item, positivo ou negativo, em vários aspectos como economia, natureza e sociedade. “Cada um pode contribuir e começar essa mudança, com ações simples e pequenos ajustes na rotina”, explica.

Diante disso, pensando em ajudar a sociedade a entender os impactos ambientais causados e assim diminuir as consequências geradas, Renata fez uma lista com pequenas ações, que podem ser feitas de maneira individual. Essas atitudes são de grande auxílio para minimizar os prejuízos sofridos pelo meio ambiente nesta época:

  • Substituir os copos descartáveis por garrafas ou canecas;
  • Trocar o carro pela bike ou caminhada quando possível;
  • Listar e comprar somente o que foi necessário;
  • Fazer compras somente quando houver necessidade, e não por impulso;
  • Tomar banhos rápidos;
  • Separar e reciclar seu lixo doméstico;
  • Utilizar menos folhas sulfites sem necessidade;
  • Desapegar da sacola plástica e fazer da ecobag sua melhor amiga;
  • Descartar o óleo de cozinha corretamente;
  • Apagar as luzes de Natal durante a madrugada. 

De acordo com a gestora, o consumo excessivo em grandes datas varejistas faz com que compras ou descartes inapropriados dos produtos contribuam ainda mais para que ocorra o esgotamento dos recursos naturais do planeta, mas é possível contornar a situação. “Não precisamos de muito para criar um cidadão consciente de seu papel na sociedade e na preservação do meio ambiente. Poucas mudanças de rotina e atenção às suas necessidades de consumo são o primeiro passo para mudar o cenário ambiental”, finaliza Renata.

 

PIS/COFINS ST sobre cigarros: o que muda com a Nota SEI nº 21/2022 da PGFN?


Recentemente, tributaristas de todo o Brasil foram surpreendidos com a NOTA SEI nº 21/2022/COJUD/CRJ/PGAJUD/PGFN-ME. Com uma interpretação bastante questionável, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional alterou seu entendimento acerca da possibilidade de restituição do PIS e COFINS nas vendas a varejo de cigarros e cigarrilhas, impactando milhares de pedidos de restituição já protocolados. Diante deste novo entendimento, é essencial entender melhor este novo cenário e analisar as estratégias possíveis.

De acordo com a legislação atual, os cigarros e cigarrilhas revendidos no varejo se sujeitam ao regime de substituição tributária do PIS e da COFINS, através do qual os fabricantes e importadores recolhem estas contribuições na condição de contribuintes e substitutos dos comerciantes atacadistas e varejistas.

A base de cálculo do PIS e da COFINS, devidos pelos fabricantes e importadores de cigarros e cigarrilhas, é obtida mediante a multiplicação do preço fixado para a venda do produto no varejo, multiplicado pelos coeficientes de 3,42 e 2,9169, respectivamente (Art. 62 da Lei nº 11.196/2005). Ocorre que o preço de venda no varejo de cigarros é muito inferior a base de cálculo presumida, fazendo com que o governo receba valores indevidamente que não correspondem ao tributo realmente devido. Afinal, os parâmetros fixados por estimativa não se concretizaram no ato da venda ao consumidor final.

A discussão acerca da venda por um valor menor do que aquele utilizado na presunção alcançou o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Plenário, os quais por maioria, decidiram que “é devida a restituição da diferença das contribuições para o Programa de Integração Social (PIS) e para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) recolhidas a mais, no regime de substituição tributária, se a base de cálculo efetiva das operações for inferior à presumida”. A decisão foi proferida no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 596832, com repercussão geral reconhecida (Tema 228).

De acordo com o entendimento, não tendo sido verificado o fato gerador ou constatada a ocorrência de modo diverso do presumido, há o direito à devolução, pois tratando-se de antecipação, é inerente que, mais adiante, haverá um encontro de contas para saber se os parâmetros fixados por estimativa se tornaram concretos, como acontece relativamente ao Imposto de Renda.

Assim, é impróprio potencializar uma ficção jurídica para, a pretexto de atender a técnica de arrecadação, consagrar “verdadeiro enriquecimento ilícito” por meio do recebimento de quantia indevida pelo ente público que está compelido a dar o exemplo. “Há vedação peremptória à apropriação, pelo Estado, de quantia que não corresponda ao tributo realmente devido, consideradas a base de incidência e a alíquota das contribuições, bem assim os regimes de arrecadação”, afirmou o ministro Marco Aurélio em seu voto, seguido pela maioria do Plenário.

Com base nesse julgamento, a Receita Federal do Brasil emitiu a Nota COSIT/Sutri/RFB nº 446/2020, a qual concluiu que a decisão com repercussão geral exarada pela Suprema Corte é aplicável para o setor econômico de cigarros, onde existe a substituição tributária do PIS e da COFINS. Posteriormente, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional emitiu o Parecer SEI nº 16.182/2021/ME, dispensando a PGFN de contestar e recorrer nesta matéria e reconhecendo que é devida a restituição da diferença das contribuições para o Programa de Integração Social – PIS e para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS recolhidas a maior, no regime de substituição tributária, se a base de cálculo efetiva das operações for inferior a presumida.

Assim, diante do julgamento do STF (RE 596832), da repercussão geral reconhecida (Tema 228), da Nota COSIT/Sutri/RFB nº 446/2020 e do Parecer SEI nº 16.182/2021/ME, as empresas varejistas que realizam a venda de cigarros, como postos de gasolina, padarias, lojas de conveniência e supermercados, desde que comprovem que os valores de venda foram inferiores aos presumidos, vêm pleiteando a restituição dos valores de PIS e COFINS recolhidos indevidamente nos últimos cinco anos.

E como saber que o valor presumido (cobrado na indústria) está superior ao praticado no varejo? O preço sugerido é tabelado, e o cigarro não pode ser comercializado com o preço diferente da tabela. De acordo com o artigo 220 do Decreto nº 7.212/2010, cumpre aos fabricantes de cigarro assegurar que os preços de venda a varejo e a data de sua entrada em vigor sejam divulgados ao consumidor por meio de tabela informativa, identificada pelo símbolo do fabricante.

A legislação estabelece que os fabricantes e varejistas devem ter a documentação comprobatória da entrega e recebimento da tabela, sendo de responsabilidade dos estabelecimentos comerciais afixá-las e mantê-las em local visível ao consumidor. Sendo assim, o comerciante tem que praticar o valor exatamente igual ao valor descrito na tabela. Percebe-se que, quando da aplicação dos coeficientes de 3,42 (PIS) e 2,9169 (COFINS) sobre o preço de venda a varejo para determinar a base de cálculo efetuado pela indústria, fica evidente que a cobrança está muito superior ao que seria efetivamente recolhido pelo comerciante varejista.

Ocorre que, de forma contrária ao entendimento até então adotado pelo próprio órgão, em 19/10/2022, a PGFN emitiu a Nota SEI nº 21, alterando sua interpretação sobre o alcance da possibilidade de restituição de valores recolhidos a maior a título de PIS e COFINS mediante o regime de substituição tributária. Em resumo, o órgão passou a defender a inaplicabilidade de tal direcionamento ao comércio de cigarros e cigarrilhas, alegando que a possibilidade de restituição de PIS e COFINS sobre valores recolhidos a título de substituição tributária acontece sob dois aspectos: a não efetivação do fato gerador do tributo ou sua realização de forma diversa ao presumido. 

Entende a PGFN que, ao contrário dos sujeitos alvos do Tema 228 que efetuavam o recolhimento do PIS e COFINS sobre preços de venda estimados (Postos de Combustíveis), os substitutos tributários de cigarros e cigarrilhas utilizam para a base de cálculo do PIS e COFINS os preços de venda efetivos - que são inclusive tabelados – ao ponto que os coeficientes aplicados sobre tal valor tem caráter extrafiscal, por conta da nocividade do consumo destes produtos.

 Desta forma, a Nota determina que o varejista não possui legitimidade para solicitar a restituição do PIS e COFINS na venda de cigarros e cigarrilhas sob tal alegação. Perceba que a PGFN pretende aplicar o princípio da Seletividade ao PIS e à COFINS, o que é absurdo. Em verdade, o princípio da Seletividade determina que produtos, mercadorias e serviços sejam tributados em proporção inversa à sua essencialidade, e é aplicável, de acordo com a Constituição Federal de 1988, somente ao IPI (Art. 153, § 3º, I) e ao ICMS (Art. 155, § 2º, III).

Apesar de discordarmos totalmente de tal entendimento, é provável que os pedidos de restituição protocolados administrativamente sejam negados em função destes novos fatos. Assim, resta aos contribuintes lutar pelos seus direitos, seja no âmbito administrativo, seja no judicial.

Caso a opção seja pleitear a restituição dos valores de PIS e COFINS administrativamente, é bom ressaltar que haverá a necessidade de permanecer com o procedimento mensal, trimestral ou anual de pedidos de restituições, sob pena de se perder o direito a tais créditos em virtude da prescrição. Em caso de inércia do órgão público, após 360 dias do protocolo do processo, cabe a impetração de Mandado de Segurança para forçar a manifestação da Receita Federal do Brasil. Se negado o pedido de restituição, existe a possibilidade de discussão no âmbito administrativo, até a última instância do CARF.

A favor do contribuinte, existe a Lei nº. 13.988/2020, que extinguiu o antigo voto de qualidade do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF). Até a publicação desta lei, em caso de empate, era proferido um “voto de minerva” pelo presidente do órgão. Ou seja, quando se alcançava o empate, o voto do presidente passava a valer por dois, conduzindo o desempate consoante o entendimento por ele manifestado. Agora, “em caso de empate no julgamento do processo administrativo de determinação e exigência do crédito tributário, não se aplica o voto de qualidade a que se refere o § 9º do art. 25 do Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972, resolvendo-se favoravelmente ao contribuinte”. Entretanto, em função das ADI 6403, 6399 e 6415 que correm no STF, não podemos afirmar que, à época do julgamento destes pedidos de restituição, a questão do voto de minerva permanecerá como é atualmente.

Por outro lado, é possível buscar o direito ao crédito de PIS e COFINS ST sobre cigarros pela via judicial. Este procedimento tem a vantagem de abarcar todo o período passado (cinco anos) e futuro. Além disso, se a estratégia adotada for a impetração de um Mandado de Segurança, elimina-se o risco de uma eventual sucumbência.

Deve-se atentar para o fato de que, ao escolher a via judicial, perde-se a possibilidade de discussão administrativa, que, atualmente, tem o voto de qualidade a favor do contribuinte, e que existe a possibilidade de não aceitação de um Mandado de Segurança, o que implicaria em assumir o risco de eventuais honorários de sucumbência. Por fim, nos casos em que já houve pedidos administrativos de restituição, há a possibilidade de prescrição de períodos anteriores a cinco anos da propositura da ação, se houver o entendimento de que o pedido administrativo não suspendeu tal prazo.

Em meio a tamanhas mudanças, é importante compreender a fundo este novo cenário para ter em mãos informações que auxiliem na tomada de decisão nas restituições de PIS e COFINS ST sobre cigarros e cigarrilhas. A escolha do procedimento mais adequado depende de análise do caso concreto, uma vez que existem pontos favoráveis e desfavoráveis, tanto na esfera administrativa quanto na esfera judicial. 

 

Frederico Amaral - CEO da e-Auditoria, empresa de tecnologia especializada em auditoria digital.

 

ESG e Copa do Mundo: qual a relação?

 

O jornal americano The New York Times divulgou uma matéria relatando o número de mortes registradas no Qatar, desde o início das preparações para o mundial, que varia entre 12 e 15 mil mortes, em razão de condições indignas de trabalho. Infelizmente, essa não é uma realidade distante do Brasil.

Segundo dados do Observatório de Saúde e Segurança do Trabalho, da OIT e do Ministério Público do Trabalho, o Brasil registrou 2.500 óbitos e 571 mil comunicações de Acidente de Trabalho (CATs), em 2021.

Diante deste cenário, a prevenção é a melhor alternativa para diminuir custos e danos corporativos e sociais, além de otimizar o ambiente laboral e maximizar a produção dos colaboradores. Ou seja, o resumo da agenda ESG.

A sigla ESG, do inglês, Environmental, Social and Governance, é conhecida em português como ASG (Ambiental, Social e Governança), sendo hoje o principal indicador de transparência, qualidade e solidez nas empresas.

Podemos dizer, então, que ESG ou ASG é um conjunto de boas práticas implementadas para medir o comprometimento da organização sob as óticas ambiental, social e corporativa, avaliando o trabalho das empresas em prol dos objetivos sociais, além do combate à corrupção através do compliance, que deve ser suporte a todos os indicadores ESG.

Implementar as práticas de ESG é uma estratégia essencial para o crescimento das empresas, já que a sociedade tem, cada vez mais, avaliado a ética e a transparência com que as empresas exercem suas atividades e prestigiam as boas práticas corporativas.

O indicador ambiental faz referência à sustentabilidade e preocupação com a preservação do meio ambiente, como emissão de CO2, poluição, etc. O indicador social preza pelo trabalho digno, inclusivo, com processos equânimes. Já o indicador governança, guarda relação com estratégias de integridade criadas para a empresa se relacionar com interessados e investidores, cuidando sempre da imagem e reputação.

Desse modo, fica nítido que investir na prevenção de doenças e acidentes ocupacionais e operacionais é um caminho que deverá ser trilhado por todas as empresas, indústrias ou comércios, qualquer que seja a área de atuação.

A legislação sobre Segurança e Saúde no Trabalho é um dos pilares norteadores, mas que precisa das boas práticas e participação de todos os membros da instituição para gerar bons resultados.

As empresas que efetivamente adotam práticas de ESG, fugindo apenas do marketing de aparência, têm se diferenciado no mercado em todos os âmbitos.

A adoção do ESG como cultura organizacional, aliado ao compliance, principal ferramenta de governança corporativa, traz o alinhamento total entre melhores práticas de sustentabilidade, ética e transparência, pois hoje, o objetivo de uma corporação ética deve ir muito além da maximização de lucros.

A inteligência jurídica nesse direcionamento da aplicação das práticas de ESG é fundamental, assegurando que todas as medidas legais sejam observadas, a fim de minimizar o passivo trabalhista e potencializar os demais resultados das corporações.

 

 Bruna Zampieri - advogada trabalhista do escritório Marcos Martins Advogados.


Marcos Martins Advogados
https://www.marcosmartins.adv.br


O eterno dilema: existe um tempo ideal para uma reunião produtiva


Quem nunca ouviu aquela velha frase: “essa reunião poderia ter sido resolvida com um e-mail”? Ou então participou de um call com o time que durou muito mais do que o esperado? Por esses e outros motivos, é comum, no mundo corporativo, se perguntar se existe um tempo ideal para a realização de uma reunião que seja produtiva e não cansativa?

A verdade é que o fundamental para que se possa considerar uma reunião produtiva é quando se consegue debater todos os pontos da pauta, que não tenha ficado nenhuma dúvida, e que tenham sido alinhados os próximos passos. Para isso, o mais importante antes de chamar o time para um link do zoom ou para a sala de reuniões é “identificar o seu propósito”. O tempo de um call deve ser sempre definido em função da pauta e não o contrário.

Um trabalho realizado pelo Laboratório de Fatores Humanos da Microsoft descobriu que participar de quatro horas de reuniões sem intervalo, por exemplo, gera um pico na atividade beta do cérebro, associada a níveis elevados de estresse. Além disso, uma pesquisa feita pela Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, indica que os funcionários gastam em média 18 horas por semana em reuniões. Além disso, uma pesquisa do MIT Sloan, indicou que as pessoas gastam hoje mais de 85% de seu tempo em reuniões. Penso que esse seja um tempo exagerado em demasia.

Infelizmente, muito por conta do modo adotado pelas companhias durante a pandemia, isso se tornou uma cultura estabelecida, se bobear marcamos reunião para marcar uma reunião. E, por isso, é importante que antes de agendar, saibamos qual a finalidade, assim, poderemos determinar, de forma mais assertiva, quem precisará estar lá para deliberar sobre o tema. Claro que em alinhamentos de conceitos, por exemplo, é importante a presença da maioria, senão de todos, pois do contrário a diferença na semântica pode atrapalhar a definição e execução das ações.

Um dos caminhos para que se saiba a real necessidade de um call de alinhamento, ou de definição de metas, é a gestão por OKRs (Objectives and Keys Results - Objetivos e Resultados Chaves). É o tipo de gestão que traz claro o propósito de cada ciclo - normalmente de três meses -, com a clara definição do que cada integrante do time deve fazer e o porquê dessa ação. Assim, geralmente reuniões são propostas para algum ajuste, visando o atingimento do que foi proposto. "Qual OKR esta reunião está impactando?" se demorar a responder já é um bom sinal. Uma típica estratégia de “comer o boi em bifes”, ou seja, as reuniões podem ser ajustadas para ir tratando partes do problema a ser endereçado.

 

Pedro Signorelli - um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKR. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas. http://www.gestaopragmatica.com.br/


Liderança é uma competência a ser desenvolvida

Todos podem desenvolver competências para tornarem-se líderes

 

Existe uma máxima de que a liderança é inata. Entretanto, na minha percepção, as pessoas podem nascer com características de liderança que são mais facilmente desenvolvidas. E outras que não têm características inatas podem, sem dúvida nenhuma, desenvolverem essas competências ao longo da sua vida. Depende muito da exposição a que elas estão a outros líderes e das pessoas com quem convive.

Eu acredito muito na história de que você é a média das cinco pessoas com quem você mais convive. Se você conviver com pessoas que não são líderes, que são lideradas, tudo bem você ser assim, de ser alguém que prefere ser liderado. Por outro lado, ao conviver com pessoas que têm mais características de liderança, você tem uma tendência de formar mais essas características.

Tenho visto cada vez mais empresas que dão liberdade para o colaborador errar. São organizações que formam e desenvolvem mais líderes, porque liderança também é acerto e erro. E você precisa aprender a lidar com os erros. Quando você é liderado, segue as ordens e/ou orientações que seu líder dá. Mas quando você é líder, é você quem tem de tomar decisões. E eu recomento que faça aquilo em que você acredita. Se errar, refaça, é parte do aprendizado. É dessa forma que você vai desenvolvendo as características de liderança.

Há algum tempo fala-se que todo gestor é um gestor de pessoas. Para mim esse é o ponto básico de uma empresa que está entre as melhores empresas para se trabalhar. Todo líder deve ter características de um RH, porque liderança não é necessariamente um cargo. Tem muito chefe que não é líder e tem muita pessoa que não é chefe e é líder porque liderança tem a ver com a atitude, com a forma como você cuida das pessoas.

Quando eu digo competências do RH não é aprender sobre contratação e treinamento. É aprender sobre como lidar com pessoas. Aprender com as diferentes características. Aprender a cuidar das pessoas, a ter um olhar mais carinhoso para com os colegas, é saber gostar de gente.

A maior parte do tempo do trabalho do líder é se dedicar mais às pessoas e menos às tarefas. Entretanto, há gestores que fazem exatamente o contrário. E está na hora de virar esse jogo para que você líder se torne um gestor de pessoas. Ele precisa saber ouvir genuinamente as pessoas. A escuta é fundamental para um verdadeiro líder. Outra característica importante é a autoconfiança, principalmente para tomar decisões. É claro que a incerteza existe e muitas vezes elas surgem justamente na hora de decidir. Mas, ao tomar decisões, é preciso seguir em frente e a autoconfiança é fundamental.

Desenvolver uma boa comunicação é outra característica do bom líder, saber se comunicar com as pessoas, e isso não significa só saber falar um bom português, é olhar nos olhos, é falar a palavra certa, de forma transparente para o outro.

E a quarta e última competência que eu acredito ser fundamental para o bom líder é saber ser influente e ser exemplo, porque as pessoas que trabalham com você vão seguir as suas atitudes, os seus comportamentos. Desse modo, exemplos ruins vão gerar colaboradores ruins, exemplos bons, positivos vão gerar colaboradores positivos. Essas são as quatro competências fundamentais para líder do século XXI. 

 

Alexandre Slivnik - reconhecido oficialmente pelo governo norte americano como um profissional com habilidades extraordinárias na área de palestras e treinamentos (EB1). É autor de diversos livros, entre eles do best-seller O Poder da Atitude. É diretor executivo do IBEX – Institute for Business Excellence, sediado em Orlando / FL (EUA). É Vice-Presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e diretor geral do Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD). É professor convidado do MBA de Gestão Empresarial da FIA / USP. Palestrante e profissional com mais de 20 anos de experiência na área de RH e Treinamento. É atualmente um dos maiores especialistas em excelência em serviços no Brasil. Palestrante Internacional com experiência nos EUA, EUROPA, ÁFRICA e ÁSIA, tendo feito especialização na Universidade de HARVARD (Graduate School of Education - Boston / EUA). www.alexandreslivnik.com.br.

 

Posts mais acessados