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quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Doações de medula podem salvar a vida de crianças com doenças raras

Geralmente associado ao tratamento de leucemias, transplante de medula óssea pode curar pacientes com imunodeficiências congênitas e erros inatos do metabolismo


Crédito: Marieli Prestes


Aos 5 anos de idade, Luna Gabrielly Rayol Rodrigues passou muito mal. Com uma forte dor abdominal, dor de cabeça, vômito e febre alta, recebeu no hospital de Fortaleza, onde foi atendida, o diagnóstico de SCID, sigla em inglês para Síndrome de Imunodeficiência Combinada Grave. A doença rara afeta as células do sistema imunológico, resultando em baixos níveis de anticorpos (imunoglobulinas) e em um número baixo ou ausente de células T (linfócitos), mas tem chance de cura com um transplante de medula óssea.

O transplante foi realizado em agosto de 2022. Luna recebeu a medula doada pelo pai, 50% compatível. Quatro meses depois, a criança pôde retornar para a sua casa. “Vou voltar para o Ceará com a minha filha curada”, disse a mãe, Lívia Raquel Carneiro Rayol. Agora, as duas só vem  para Curitiba para as consultas mensais de controle.

Além do tratamento de doenças malignas como a leucemia, o transplante de medula óssea é fundamental para o tratamento de pacientes com falências medulares adquiridas e hereditárias, imunodeficiências primárias e doenças raras. Cerca de 30% dos procedimentos realizados pelo Pequeno Príncipe, maior hospital pediátrico do país, são em crianças diagnosticadas com doenças raras. Segundo a chefe do Serviço de Transplante de Medula Óssea (TMO) da instituição, Carmem Maria Sales Bonfim, algumas doenças têm como única opção de cura a realização do transplante, portanto a doação da medula por um doador saudável é essencial para o paciente.

“Para as crianças com erros inatos da imunidade, por exemplo, os doadores são ainda mais fundamentais, porque como as doenças estão ligadas à questão genética nem sempre o transplante pode ser entre aparentados”, explicou a médica. De acordo com dados do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), o Brasil tem pouco mais de 5,2 milhões de cidadãos cadastrados, mas ainda assim a chance de encontrar um doador compatível é de uma em cada cem mil. Atualmente, cerca de 650 brasileiros estão em busca de um doador não aparentado para passarem por um TMO. Dentro da família a chance de conseguir alguém 100% compatível é de apenas 25%.


Sobre o Serviço de TMO

Por isso, na Semana de Mobilização Nacional para a Doação de Medula Óssea (de 14 a 21/12), o Pequeno Príncipe reforça a importância desse ato que salva vidas. Em 2021, ano em que o Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital completou uma década de funcionamento, foram realizados 73 procedimentos, e 33% deles contaram com doadores não aparentados. “Em dez anos de atuação, nos tornamos um dos maiores centros de transplante pediátrico da América Latina, principalmente na área de transplantes alogênicos [quando as células transplantadas vêm de outro doador]”, frisou a chefe do serviço. Atualmente, o Pequeno Príncipe é responsável por 12% de todos os TMOs pediátricos realizados no país.

O Hospital dispõe de uma pessoa exclusivamente dedicada à busca de doadores e pode identificar rapidamente as chances que um determinado paciente tem para encontrar um doador nos bancos nacionais ou internacionais. “Mas se esta chance for pequena ou a disponibilidade não for imediata, temos experiência para prosseguir com outros tipos de doadores, como foi o caso de Luna”, informou a especialista.

Em média, 60 transplantes são realizados anualmente no Pequeno Príncipe, referência nacional em procedimentos com doadores haploidênticos – quando a compatibilidade não é de 100%. O atendimento de crianças de pouca idade é outra especialidade que faz com que o Hospital receba pacientes de todo o país. Cerca de 61% dos atendimentos são de fora de Curitiba.

Ao longo de sua trajetória, o Serviço de TMO do Pequeno Príncipe já atendeu mais de 400 crianças e adolescentes que tiveram a vida transformada pela realização do transplante. O sucesso dos procedimentos se deve também à assistência ofertada pela equipe multiprofissional. Médicos especialistas contam com o suporte de profissionais de outras especialidades para uma atuação de excelência. O serviço também atua em parceria com o Laboratório Genômico e o Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, por exemplo, para a definição de um diagnóstico mais preciso e tratamento mais adequado.


Quem pode ser doador de medula óssea?

Para tornar-se um doador de medula óssea, alguns requisitos são necessários:

– ter entre 18 e 35 anos para efetuar seu cadastramento;

– estar em bom estado geral de saúde;

– não ter doença infecciosa ou incapacitante;

– não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico; e

– algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.

Quem cumpre as condições acima pode procurar o Hemocentro do seu estado para obter mais informações e realizar seu cadastramento. Se a pessoa já for doadora, é importante lembrar-se de manter atualizado o seu cadastro no Redome com endereço e informações de contato.


Nutricionistas apontam alimentos para repor vitamina D e ajudar na cor do verão

Tatiana Império de Freitas e Thais de Oliveira Mendes Kanashiro, professoras de Nutrição da Universidade Cruzeiro do Sul, dão dicas e alternativas de alimentos para repor vitamina e impulsionar o bronzeado

 

A Vitamina D sempre foi um importante componente para a saúde e imunidade da população, mas também era algo que poucos se importavam. Durante a pandemia, essa vitamina começou a ser bastante falada e investigada por dois motivos, as pessoas começaram a apresentar baixo índice por estarem muito tempo dentro de casa sem contato com o sol e também pesquisas nacionais e internacionais apontaram que a maioria dos pacientes com a deficiência da vitamina D tinham mais riscos de contrair o Covid-19 e doenças. 

Tatiana Império de Freitas e Thais de Oliveira Mendes Kanashiro, professoras de Nutrição da Universidade Cruzeiro do Sul, explicam que a Vitamina D, ou calciferol, é uma substância lipossolúvel precursora de hormônios e essencial para o crescimento e desenvolvimento normal. “Além disso, é importante na formação dos dentes e ossos e encontra-se em duas formas (vitamina D2 e D3) produzida no tecido animal pela ação da luz ultravioleta no 7-deidrocolesterol (pré-hormônio natural encontrado na pele). Estima-se que 80 a 90% dessa vitamina pode ser adquirida pela ingestão ou a exposição solar.” 

As especialistas destacam também que essa deficiência não é de hoje. “Após a revolução industrial houve aumento nos casos de falta de vitamina D, visto que o estilo de vida atual, com redução das pessoas em exposição solar, influencia consideravelmente nas concentrações dessa vitamina no organismo. Atualmente a ausência desse componente é vista como um problema de saúde pública no mundo. Segundo Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), 85% da população brasileira adulta em ambos os sexos apresentam ingestões inadequadas da vitamina”, orientam.  

Tatiana e Thais apontam que tem sintomas da deficiência da vitamina D que podem ser percebidos já na infância. “Nas crianças a baixa da vitamina pode estar associada ao quadro de raquitismo (condição que envolve a formação óssea em crianças). Em adultos pode-se apresentar, principalmente, na forma de comprometimento da densidade mineral óssea e futuramente desenvolver até mesmo a osteomalácia, e em idosos, a osteoporose”, esclarecem.  

“Para minimizar os efeitos da falta da vitamina, se faz necessário o consumo e suplementação alimentar por meio de alimentos de origem animal, pois peixes gordurosos de água fria e profunda como: atum, salmão, sardinha, cavala em conserva, gema de ovo e também leites, queijos e iogurtes, apresentam alto teor de vitamina D em suas composições o que auxiliam na reposição ao corpo”, orientam as nutricionistas. 

Não existem alimentos que devem ser evitados para quem está com baixo teor de vitamina D, entretanto, as especialistas ressaltam que a síntese de vitamina D pode sofrer interferência da região geográfica, estações do ano, pigmentação da pele, hábitos culturais, exposição ao sol e o uso do protetor solar. Assim como, alguns medicamentos também podem reduzir a absorção dessa vitamina. 

Já para auxiliar a vitamina D e também impulsionar o bronzeado do verão, a vitamina A pode ser uma grande aliada. “O betacaroteno é considerado um carotenoide e encontra-se em alimentos como frutas, verduras e legumes de cores alaranjados como: manga, abóbora, cenoura, entre outros. E por meio de reações químicas em nosso organismo, esse composto dá um tom dourado a pele bronzeada, ou seja, recomendamos o consumo desses itens ao longo do ano e principalmente meses antes de viagens ou exposições mais frequentes ao sol, pois além de auxiliar e facilitar na cor do corpo também repõem os nutrientes e vitaminas necessárias ao corpo em conjunto a vitamina D,” enfatizam. 

Um ponto importante durante a exposição solar para reposição da vitamina D ou para o bronzeado do verão é que esse contato com o sol deve ser feito fora do horário de maior intensidade de radiação solar, ou seja, ser evitado das 10h às 15h, com objetivo de prevenir os malefícios que a radiação solar pode causar (lesões e câncer de pele). A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda exposição direta nas pernas, costas ou abdome, de 5 a 10 minutos todo os dias, a fim de sintetizar vitamina D, sem sobrecarregar as áreas cronicamente expostas ao sol.  

Por fim, as docentes da Universidade Cruzeiro do Sul e nutricionistas apontam que a suplementação sem orientação médica ou nutricional pode levar efeitos colaterais sérios no organismo. “Portanto, procure sempre o auxílio de um médico ou nutricionista para uma melhor avaliação e indicação ao seu caso”, finaliza.  


Meu filho é gago, e agora

freepik
Especialista explica impactos sociais, fatores que podem levar a gagueira e intervenções eficientes no tratamento.


Motivo frequente de bullyng, os impactos na vida social de alguém que possui gagueira são inúmeros e muitas vezes são responsáveis por agravar o quadro, já que, situações de estresse, medos, insegurança, irritação, e excitações podem acentuar o transtorno. 

A gagueira é caracterizada como uma alteração da fala, singularizada pela ruptura do ritmo (fluência) da fala que causa repetição de sílabas e pausas longas entre palavras. Os estudos científicos dividem a gagueira em dois tipos comuns, a adquirida e a do desenvolvimento – sendo esta segunda a mais frequente em crianças. 

De acordo com a fonoaudióloga Camilla Guarnieri, doutora pela USP em transtornos da fala e linguagem em crianças, a gagueira do desenvolvimento é comum em crianças de 02 a 05 anos. Surge nas etapas iniciais de aquisição e desenvolvimento da fala e da linguagem e é idiopática, isto é, não tem nenhum motivo aparente. Essa gagueira pode ou não ser persistente e, tal característica, indica a necessidade maior de intervenção fonoaudiológica. 

Embora os especialistas ainda não tenham chegado em um consenso sobre a causa da gagueira, há muitos estudos sobre o tema, com diversos avanços relacionados ao transtorno. Além das pesquisas que apresentam indícios de um componente genético, também existem linhas científicas que mostram indicativos de dificuldades motoras e/ou no processamento auditivo que podem ser a causa dessa ruptura na fluidez da fala. Já outras investigações mostram ainda que questões ambientais e psicológicas podem agravar a gagueira. Por essas razões, o meio científico opta por falar da questão multifatorial que pode influenciar na gagueira, englobando assim todos esses fatores que interferem nela. 

Ainda que o distúrbio não tenha um fator de causa determinante, a gagueira tem sim tratamento, e o fonoaudiólogo é o profissional responsável por esse tratamento. A intervenção fonoaudiológica precisa ser específica para a promoção da fluência da fala e a duração desse processo, bem como a fluência da fala ao final do tratamento vai depender de uma série de fatores, como, por exemplo, o grau da gagueira, se a intervenção foi precoce ou tardia, etc. 

De acordo com Camila, é muito importante uma terapia individualizada e baseada em evidências cientificas, assim, o fonoaudiólogo consegue indicar, planejar e aplicar as melhores técnicas de terapia para aquela criança em específico. “É muito importante os pais participarem de todo esse processo, a transparência é fundamental para o tratamento. É necessário entender o que vai ser avaliado, o motivo, como, os resultados dessa avaliação, o que isso significa, qual o melhor tratamento para aquela criança, como ele vai acontecer, o que esperar, como os pais vão ajudar em casa... Tudo isso tem que ser muito bem conversado, porque não existe receita de bolo, mas sim todo um raciocínio por traz das dificuldades de cada criança e a participação ativa dos pais durante todo esse processo faz toda a diferença no final” – explica a especialista. 

Vale ressaltar que mesmo uma criança com gagueira há um tempo, é possível iniciar uma intervenção eficaz, porém, como não há idade mínima para iniciar o tratamento, o mais indicado é que comece o quanto antes. Uma intervenção precoce possui maiores chances de se obter êxito em seus resultados e, consequentemente, menores serão os prejuízos na vida da pessoa. O fonoaudiólogo vai adaptar todo esse tratamento para o nível de desenvolvimento da criança e fará com que isso seja conduzido de uma forma lúdica e prazerosa, para obter a colaboração desta.

A gagueira deve ser levada a sério e precisa de tratamento por conta dos impactos negativos na que ela pode proporcionar na vida de uma pessoa. O maior deles é observado no âmbito social, onde muitas crianças acabam sofrendo bullying e têm vergonha, ou até mesmo dificuldade em se comunicar. Isso afeta a vida social delas, trazendo abalos psicológicos, acadêmicos, profissionais, entre outros, que prejudicam a longo prazo com a gagueira. É a famosa frase: “Gagueira não tem graça, tem tratamento!”, portanto, ao notar que uma criança está gaguejando não hesite em buscar uma avaliação profissional especializada com um fonoaudiólogo capacitado.

 

Camila Guarnieri - Fonoaudióloga (CRFa 2-18977), mestre e doutora em Fonoaudiologia pela USP
https://dracamilla.com.br/
https://www.instagram.com/dra.camilla.guarnieri/

 

Brasil está em segundo lugar em procedimentos dentais

Lentes de contatos estão entre as três principais escolhas estéticas; brasileiros estão atrás apenas dos americanos   

 

A grande procura por procedimentos estéticos odontológicos levou o Brasil à segunda posição dentre os países que mais procuram aparelhos, próteses, clareamento e aplicação de lentes de contatos dentais. Segundo a Sociedade Brasileira de Odontologia Estética (SBOE), as lâminas de porcelana estão entre as três intervenções mais realizadas pelos brasileiros. A fim de evitar problemas, como perdas de dentes e saúde bucal, dentistas reforçam a atenção redobrada, pois é essencial a avaliação por um profissional antes da aplicação.    

Dentre as mais procuradas, a colocação de lentes de contatos objetiva corrigir irregularidades, cor e formato. Para o efeito, são aplicadas próteses superfinas sobre o dente original, resultando em aparência mais natural. Segundo a coordenadora do curso de Odontologia da Faculdade UNINASSAU Redenção, em Teresina, Carolina Tavares, a técnica é bastante comum para quem procura um sorriso mais bonito e uniforme. “Essas lentes de contato são lâminas bem fininhas de porcelana reforçada, com espessura mínima de 0,4mm. O grande diferencial delas é a substituição dos processos de clareamento, limpeza e compensação de estrutura dentária. Além disso, essa técnica vem para corrigir o que se refere à forma, ao alinhamento, às possíveis pequenas fraturas como também o fechamento dos diastemas, aqueles espacinhos entre os dentes. Em razão da evolução das técnicas e a tecnologia disponível, é possível um desgaste minimamente invasivo e a preservação de estrutura dentária. Claro, tudo sem dor”, explica Tavares.   

Entretanto, a cirurgiã-dentista ressalta as contraindicações a respeito da aplicação em pacientes muito jovens ou naqueles cujo procedimento indicado, primordialmente, seja o ortodôntico (aparelho). A profissional relata, ainda, sobre a importância da dedicação aos cuidados com a boca e lentes após a aplicação. “Muitos correm para as lentes na expectativa de resolver, instantaneamente, a questão da uniformização e da cor branca em seu sorriso. Mas, há contraindicações e muita cautela. Por exemplo, aos mais jovens, pois há um desgaste mínimo. Quando os dentes são bastante desregulados, ou mal posicionados, a opção é passar pelo procedimento ortodôntico e, só após, colocar as lâminas. Já quem tem o bruxismo, quando apertam e rangem os dentes durante o sono, ou aqueles que roem unhas, é necessário um planejamento conjunto com outras especialidades", finaliza a dentista Carolina Tavares.   

Os procedimentos, sejam a aplicação de aparelho ortodôntico ou lentes de contato, devem ser planejados com o objetivo de diagnosticar a melhor indicação, caso a caso. 

 

VIAGEM DE FINAL DE ANO: SAIBA COMO PRESERVAR SUA COLUNA EM VIAGENS LONGAS

Para evitar as dores nas costas em viagens longas, é importante que você tome alguns cuidados

 

Nada melhor que juntar os amigos, familiares e cair na estrada, não é mesmo? Mas depois de um tempo, aquele engarrafamento clássico parece que dobra o tempo do percurso. E como se o ocorrido não fosse ruim o bastante, algo pior chega, uma pontada começa a aparecer na sua coluna, e agora? 

Um estudo mostra que 80% da população mundial já sentiu dor na coluna em algum momento de sua vida, e essa situação pode se agravar se ficarmos na mesma posição durante várias horas, por conta disso, a fisioterapeuta Raquel Silvério, especialista em fisioterapia músculo esquelética mostra algumas dicas de como evitar sentir essas dores em viagens longas. 

“É muito comum sentirmos uma pressão em nossa coluna quando passamos muito tempo dentro de um carro ou avião, por exemplo e as estruturas acabam sobrecarregadas, por conta disso, viagens longas são responsáveis por nos deixar com dor nas costas”, explica a fisioterapeuta. 

Segundo Raquel é super importante ter o cuidado com a coluna bem antes da viagem começar, a atenção começa na hora de fazer as malas. Procure deixar sua mala em uma superfície elevada, que não te obrigue a ficar se inclinando, essa repetição do movimento pode causar desconforto e agravar um quadro de dor. O ideal é que você utilize malas com rodas, assim ficará mais fácil movimentá-las. 

Confira algumas dicas que a fisioterapeuta aconselha para aqueles que encontrarão viagens longas nesse final de ano:

 

-Postura: “A maioria das pessoas que sentem dores nas costas ao ficar muito tempo sentadas no carro, é por conta da má postura do motorista ao volante. Muitos podem não ligar muito para a maneira certa de reclinar o banco e esse vacilo pode refletir em dores na coluna, braços e pernas. Então, fique atento e regule o encosto da forma correta”, explica Raquel.

 

- Alongamento: “Muitos pensam que quanto mais rápido chegar no destino melhor, mas vale a pena? Chegar com dores? Por isso, sempre recomendo, alongue-se! Faça paradas, se possível, estique as pernas, faça alongamentos nos braços e pescoço. Isso ajuda muito a diminuir as dores”, comenta a fisioterapeuta.

 

- Atenção com as malas: “Na correria e vontade de começar logo a viagem, muitas das vezes pegamos as malas na rapidez, de qualquer jeito e isso pode ser prejudicial, nossa coluna sofrerá as consequências. O simples fato de carregar os itens de maneira correta dentro do peso que você pode suportar ajuda a poupar sua coluna.

 

-Prevenção: “É muito importante entender que não precisa esperar a bomba explodir para correr atrás do problema. Todas as dicas que deixei acima é para o fato de a dor já existir, mas prevenir para que ela não aconteça, é primordial. Então, coloque em sua rotina momentos de alongamentos e caminhadas, essas atividades são ótimas para a manutenção da coluna”, conclui a fisioterapeuta.

 

Para saber mais sobre dores, dicas e tratamentos, acesse: www.institutotrata.com.br e www.itcvertebral.com.br

 

Raquel Silvério - fisioterapeuta (Crefito: 116746-F) e Diretora Clínica do Instituto Trata, Unidade de Guarulhos, a profissional possui especialização em fisioterapia músculo esquelética pela Santa Casa de São Paulo, além de formação em terapia manual ortopédica nos conceitos Maitland, Mulligan e Mckenzie e forte experiência em tratamentos da coluna vertebral. www.institutotrata.com.br


Entenda mais sobre a hiperidrose

O processo de suar (sudorese) é comum e natural para o corpo quando está calor, quando se pratica atividades físicas ou em outras ocasiões específicas, como momentos de tensão, raiva, nervosismo ou medo. Ele auxilia que o corpo mantenha a temperatura ideal.

No entanto, a sudorese é considerada excessiva nos casos em que ocorre mesmo que não haja nenhuma desses fatores. Isso acontece quando as glândulas sudoríparas dos pacientes são hiperfuncionantes. A hiperidrose é uma condição que faz com que a pessoa produza mais suor do que o comum, inclusive em momentos de repouso.

Ela pode surgir de diferentes causas, como aspectos emocionais, hereditários ou patologias, e pode afetar diferentes áreas do corpo (axilas, palmas das mãos, rosto, cabeça, plantas dos pés e virilha).

A transpiração extrema pode causar embaraço e desconforto, além de gerar ansiedade. Ela interfere em diversos aspectos da vida de uma pessoa, como definição de profissão e de atividades recreativas, relacionamentos, bem-estar emocional e autoimagem.

Pessoas com hiperidrose costumam ter glândulas sudoríparas superativas. Quando o suor em excesso atinge mãos, pés e axilas, é caracterizado como hiperidrose primária ou focal. Esta impacta de 2% a 3% da população. Mesmo assim, menos de 40% dos pacientes com essa condição procuram ajuda e tratamento profissional.

Em grande parte dos casos de hiperidrose primária, nenhuma causa é encontrada, o que faz os médicos acreditarem tratar-se de um problema hereditário.

A sudorese que ocorre como resultado de outra condição médica é chamada de “hiperidrose secundária”. O suor pode ocorrer em todo o corpo ou em apenas uma área. 

Abaixo algumas das principais causas desta condição:

Acromegalia

Condições associadas à ansiedade

Câncer

Síndrome carcinoide

Determinados medicamentos e substâncias de abuso

Distúrbios de controle de glicose

Doença cardíaca

Hipertireoidismo

Doença pulmonar

Menopausa

Doença de Parkinson

Feocromocitoma

Lesão na medula espinhal

Derrame

Tuberculose ou outras infecções

 

O tratamento pode ser feito com cirurgia

Atualmente, há duas formas cirúrgicas de fazer o tratamento do suor excessivo: 

Liposucção: Remove o tecido subcutâneo, incluindo as glândulas sudoríparas. A sucção é realizada em até três sessões para obter resultados positivos. Essa forma de tratamento só é indicada quando outros métodos não obtiveram sucesso.  

Simpatectomia: Essa é uma cirurgia minimamente invasiva, feita por videoendoscopia e consiste na desnervação simpática. Esse método é indicado para quem está com hiperidrose em um estágio mais grave. 

 

A ansiedade pode ser um problema 

Os problemas psicológicos, muitas vezes, atingem também o físico. Quando identificada, a ansiedade pode ser tratada com psicólogos, psiquiatras e, em alguns casos, por medicamentos. 

Caso o suor excessivo seja resultado dessa condição, a pessoa terá uma melhora significativa do problema por meio do tratamento psicológico

 

Fonte: Dr. Alexandre Kataoka - CRM 112.497 - RQE. 38349 - Cirurgião plástico, Concursado pela Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo, trabalha como médico concursado do Instituto de Medicina Social e Criminologia do Estado de São Paulo (IMESC), tem títulos de especialista e de membro-titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e membro da Sociedade Brasileira de Perícias Médicas e diretor do DEPRO da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.


Cirurgião-Dentista tem papel fundamental no atendimento a transplantado de medula óssea

Na Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea o CROSP incentiva o gesto e destaca a importância da Odontologia no tratamento

 

O transplante de medula óssea é um tipo de tratamento proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue, como as leucemias e os linfomas, e consiste na substituição de uma medula óssea doente ou deficitária por células normais de medula óssea, conforme o Instituto Nacional de Câncer (INCA).  

A presença do profissional da Odontologia na equipe multidisciplinar é de suma importância no transplante de medula óssea, principalmente no que diz respeito à prevenção de mucosite oral e de infecções, como explica a responsável pelo serviço de Odontologia Hospitalar do Hospital Israelita Albert Einstein e membro da Câmara Técnica de Odontologia Hospitalar do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Dra. Letícia Bezinelli.

“O transplante de medula é uma área em que o Cirurgião-Dentista é fundamental, pois atua desde o pré, durante e pós-transplante. Hoje existem trabalhos mostrando que colaboramos, inclusive, para o aumento da sobrevida do paciente.  O Cirurgião-Dentista não só melhora a qualidade de vida, mas consegue impactar também no melhor resultado”.


Tipos de transplante e como funciona

Pensando na Semana Mundial de Mobilização pela Doação de Medula Óssea, é valido entender que existem duas possibilidades de transplante: um é o autólogo, no qual o paciente recebe células de seu próprio corpo, e o outro é o alogênico, no qual as células são provenientes de um doador que pode ser alguém da família ou voluntário que se apresenta em um hemocentro. Para isso, Dra. Letícia considera as campanhas de doação de suma importância.

A especialista explica que a partir de uma amostra de sangue é possível descobrir se há histocompatibilidade (compatibilidade ou equivalência entre células, tecidos e órgãos). “Penso que é preciso que as pessoas estejam engajadas para doar, pois a doação salva a vida de uma pessoa”.

Dra. Letícia considera que o Cirurgião-Dentista, dentro deste processo, desempenha um papel fundamental, uma vez que, independentemente do tipo de transplante, o paciente é submetido a altíssimas doses de quimioterapia, que podem ou não estar associadas à radioterapia de corpo inteiro. “Essa alta dosagem leva à imunossupressão, deixando o paciente suscetível a efeitos colaterais e a cavidade oral é muito acometida. Esse paciente pode apresentar alteração de paladar, alteração tanto na quantidade como na qualidade da saliva, terá mais chance de desenvolver infecções oportunistas porque ficará sem defesa nenhuma. Os neutrófilos dele serão zerados e ele ficará muito suscetível a infecções oportunistas, que podem rapidamente se disseminar”.  Ela reforça também a importância do paciente passar com Cirurgião-Dentista e realizar adequação do meio bucal antes de iniciar o tratamento médico. Segundo ela, se o paciente tiver, por exemplo, uma doença periodontal em atividade, pode no momento do transplante, no qual não tem imunidade, correr o risco muito maior de disseminação da infecção.

O Cirurgião-Dentista, supervisor do Serviço de Estomatologia do Hospital Heliópolis de São Paulo e Secretário da Câmara Técnica de Habilitação de Odontologia Hospitalar do CROSP, Dr. Marcelo Marcucci, acrescenta que qualquer condição, seja ela de origem pulpar ou periodontal, que constitua um reservatório de micro-organismos patogênicos representa riscos e favorece infecções.

“Dentes com polpa necrosada, abscessos crônicos, bolsas periodontais profundas e restos radiculares são as situações clínicas mais comuns. Ao ser submetido à terapia imunosupressora, tais condições podem agudizar, desenvolvendo infecções bucais ativas que, no limite, podem levar a uma indesejável interrupção do tratamento oncológico”.

Por isso, assim como a Dra. Letícia, Dr. Marcelo reforça que todo paciente candidato ao transplante de medula óssea deve passar por um exame odontológico minucioso antes de iniciar o tratamento, pois as situações clínicas bucais que potencialmente possam levar à infecção devem ser solucionadas neste momento. Contudo, ele lembra que a atenção odontológica é contínua e ocorre em todas as fases do tratamento de transplante de medula óssea.

 

Importância que se reflete em números

A Cirurgiã-Dentista destaca ainda que um dos principais efeitos colaterais é a chamada mucosite oral, uma inflamação da mucosa decorrente das altíssimas doses de quimioterapia associadas à falta de defesa total. Dra. Letícia explica que essa inflamação se instala na mucosa oral.

“O eptélio que reveste a boca vai ficando fino e formam-se úlceras, que parecem aftas. Elas vão confluindo e formando úlceras maiores, que acometem a língua toda, mucosa jugal e palato. A partir daí, o paciente não consegue se alimentar por boca e tem dificuldade de fala, além de uma dor intensa, sendo necessária morfina e, mesmo assim, muitas vezes não consegue controlar a dor. Outro ponto é que a perda de integridade do tecido vira uma porta de entrada de infecções”.

Os desdobramentos dessa mucosite, segundo a especialista, são vários e debilitantes. A nutrição, o sono e a higiene ficam prejudicados, repercutindo durante tratamento todo. Entretanto, hoje sabemos que o Cirurgião-Dentista consegue prevenir ou minimizar essas alterações. “O profissional acompanha diariamente esse paciente, controla o biofilme, trata alterações salivares e diagnostica infecções oportunistas.

Dra. Letícia cita também o uso do laser como recurso para a prevenção e tratamento da mucosite oral.  Segundo ela, a laserterapia faz parte do rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “Atualmente, o convênio médico cobre a laserterapia no transplante de medula óssea, pois entendeu que isso gera um impacto na saúde e nos custos do tratamento médico. Sendo assim, não há justificativa para não se fazer esse acompanhamento. O que temos que ter são Cirurgiões-Dentistas capacitados, integrados com a equipe médica e demais áreas da saúde”.

A especialista explica que realizando o laser desde o início do condicionamento do transplante até a pega da medula é possível diminuir o risco de mucosite consideravelmente. “Queremos tentar evitar 100%. Se não 100%, a gente consegue diminuir muito a extensão e severidade”.

Ela conta, ainda, que trabalho realizado e publicado pela equipe do Hospital Israelita Albert Einstein aponta que a inclusão do Cirurgião-Dentista na equipe multiprofissional de transplante de medula óssea é capaz de diminuir em cerca de cinco dias o tempo de internação. A necessidade de morfina para controle da dor é 50% menor. Diminui também a necessidade de alimentação parenteral. Além disso, o risco de mucosite oral é 13 vezes menor.

 “No ano passado, publicamos um trabalho fazendo um retrospecto da nossa atuação no transplante de medula nos últimos 15 anos e conseguimos verificar que o Cirurgião-Dentista, ao realizar os cuidados orais e a laserterapia, gera um impacto na sobrevida do paciente. Não é só uma melhoria na qualidade de vida, o que já é excelente e fundamental, mas o Cirurgião-Dentista colabora na melhora do resultado do tratamento médico, fazendo que aumente a sobrevida do paciente”. 

 

Saúde do receptor

De acordo com a Dra. Letícia, o receptor é um paciente que fica isolado durante internação, que não recebe visitas e não pode ficar circulando, muitas vezes nem para exames, pois está sem defesa”. Trata-se, segundo ela, de um momento muito crítico.

Devido à quimioterapia, a microbiota do paciente fica alterada, com bactérias mais patogênicas. Diante desse quadro, se ainda houver uma doença de natureza odontológica, como uma doença periodontal ou uma cárie extensa, isso pode ocasionar complicação maior. Fora que podem ser sítios para outros micro-organismos que podem se alojar e instalar uma infecção importante, como por pseudomonas, fato que pode até levar o paciente a óbito.

Além da mucosite, cujo diagnóstico e manejo é de responsabilidade do Cirurgião-Dentista da equipe, Dr. Marcelo explica que outros efeitos da imunosupressão podem se manifestar na cavidade oral, por exemplo as infecções por herpes e citomegalovírus, candidíase e, mais tardiamente, a doença enxerto contra hospedeiro (DECH), condição que ocorre quando as células da medula óssea ou células-tronco do doador atacam o receptor. “A doença do enxerto contra o hospedeiro pode ocorrer a qualquer momento após um transplante. No entanto, é mais comum depois que a medula começa a produzir células saudáveis. A condição pode ser leve ou grave. Ela pode se desenvolver de forma aguda ou crônica, com manifestações na mucosa oral”.


Saúde bucal do doador também requer atenção

Para fazer a doação de medula óssea é necessário que a saúde esteja em dia, inclusive a saúde bucal, como esclarece a especialista. “Para que o transplante de medula seja feito, o doador não pode ter nenhum foco de infecção ativo em qualquer situação. O possível doador se inscreve, é chamado e na ocasião é realizada a avaliação. Se o paciente tiver um dente com abscesso, por exemplo, é necessário tratar para que siga com a doação”.

 

Como doar

Para doar, as pessoas devem se dirigir ao Hemocentro mais perto e se cadastrar no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) do INCA.

O REDOME é o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo e conta com mais de 5 milhões de doadores cadastrados. Nele estão reunidos todos os dados dos voluntários à doação para pacientes que não possuem um doador na família.  

Acesse o site: https://redome.inca.gov.br/doador/como-se-tornar-um-doador/

 

Dezembro Laranja alerta: Câncer de Pele também pode ocorrer no Couro Cabeludo

Segundo Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pele é o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 33% de todos os tumores malignos registrados no país, porém, possui bom prognóstico se detectado em sua fase inicial. O país ainda tem registro de 185 mil novos casos a cada ano. Por isso, a campanha do Dezembro Laranja promove a conscientização a respeito dos riscos do câncer de pele, orientando a população a manter hábitos adequados de proteção solar.

O couro cabeludo também está exposto e pode apresentar lesões causadas pelo sol, até mesmo tumores, portanto, os cuidados com a área capilar no verão são essenciais. No Brasil, a estação mais quente do ano se inicia no dia 21 de dezembro, e se prevenir é essencial para evitar ou combater doenças como a foliculite, dermatite ou câncer de pele.

A foliculite uma doença que leva ao surgimento de reação inflamatória nos folículos pilosos, que podem conter bolinhas vermelhas. Pode aparecer em qualquer região do corpo com pêlos, incluindo a barba e o couro cabeludo. Os sintomas variam de acordo com o grau da doença, podendo incluir coceira, vermelhidão, pus e fibrose. É fundamental é a orientação do paciente em relação ao cuidado com os fios capilares, já que esses pacientes têm um formato de fio que favorece o aparecimento da foliculite.

Já a dermatite seborreica está diretamente relacionada ao aumento da produção de sebo pelas glândulas sebáceas, que pode ocorrer no verão por causa das altas temperaturas. Isso eleva a quantidade de oleosidade produzida no couro cabeludo, podendo ocasionar o surgimento de descamação (popularmente conhecida como caspa), processos inflamatórios, vermelhidão, placas ou crostas que podem sofrer com a colonização de espécies de fungos e bactérias causando até queda de cabelo.

Uma das mais graves e temidas, está associado ao aumento da exposição solar sem proteção durante o verão, que pode causar câncer de pele no couro cabeludo. O que poucos pacientes sabem é que esse tipo de tumor maligno nessa região pode ser o mais perigoso porque mais tem mais chances de desenvolver ulcerações e de afetar mais os gânglios linfáticos. Couro cabeludo, face e nariz são considerados áreas de risco para o desenvolvimento do câncer de pele, que ocupa o primeiro lugar do ranking no Brasil.

Uma equipe de pesquisadores da Universidade Carolina do Norte, nos Estados Unidos, apontou que os melanomas no couro cabeludo e pescoço podem ser mais agressivos do que aqueles que aparecem em outras áreas do corpo.

A equipe analisou 50 mil casos e descobriu que os pacientes com câncer de pele nessa área têm o dobro de risco de morrer, quando comparados aos que têm a doença nos braços ou nas pernas. "Essas pessoas são mais propensas a ter câncer que se espalha para o cérebro do que aquelas com melanoma nos braços, nas pernas ou no tronco", explica Gabriel Novaes de Rezende Batistella, médico neurologista e neuro-oncologista, membro da Society for Neuro-Oncology Latin America (SNOLA).

Pacientes portadores de alopecia androgenética tem que redobrar a atenção, pois a diminuição progressiva e o afinamento os fios fazem com que os cabelos percam a função de proteger o couro, aumentando a incidência de câncer. Por isso, é fundamental utilizar protetores para o couro cabeludo como bonés, chapéus, ou a potente fototerapia, tratamento que combina as tecnologias e laser, onde a luz de LED é um grande aliada que promove a redução de processos inflamatórios e auxilia na cicatrização dos tecidos.

O procedimento consiste na aplicação de LEDterapia nos folículos capilares, facilitando a entrada de oxigênio nos poros. Os raios provenientes do LED promovem a dilatação dos vasos sanguíneos no couro cabeludo, o que aumenta a entrada de nutrientes e oxigênio nas células capilares. Com isso, também cresce a produção de energia celular e, consequentemente, a capacidade de produzir mais fios de cabelos de melhor qualidade", explica Dr. Álvaro Pereira.

O tratamento vem no formato de capacetes e bonés de LED que oferecem ótimos resultados aos pacientes.“Na prática, com apenas 12 minutos diários de uso do boné, ou 7 minutos diários de uso do capacete, o folículo piloso converte a luz vermelha em energia que estimula a circulação sanguínea do couro cabeludo, aumenta a ingestão e otimização de nutrientes no cabelo, resultando no crescimento rápido de fios mais encorpados, além de reparar danos, combatendo o ressecamento e a queda capilar, acrescenta o especialista.

A Luz vermelha combate processos inflamatórios, auxilia na selagem das cutículas e fortificação do fio. Ela também é uma opção para o tratamento da queda e na cicatrização de tecido, estimula síntese de colágeno, aumenta a produção de ATP intracelular, que é a energia que o corpo humano necessita para funcionar. Já a Luz infravermelha tem função analgésica, para o tratamento de dores, atua na drenagem de líquidos, possui efeito anti-inflamatório. Além disso, a luz aumenta em 40% a penetração e eficácia de produtos e tem efeitos significativos quando usada em conjunto com a luz vermelha para tratamento de queda e fortificação capilar.

Dr. Álvaro Pereira – Angiologista formado pela FMUSP, com residência em Cirurgia Vascular no HCFMUSP, especialista em oferecer tratamentos capilares com LEDterapia. Doutorado em Cirurgia Vascular na Divisão de Bioengenharia do INCOR - HCFMUSP, e pós-doutorado no B&H Hospital - Harvard. 


Avaliação médica durante a prática de esporte deve fazer parte da rotina do atleta

Atividade física faz bem à saúde mas, se realizada sem supervisão de profissionais especializados, pode causar lesões, até mesmo em atletas de alta performance


Durante eventos esportivos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, aumenta o incentivo para a prática de esportes. Porém, antes de começar a fazer qualquer tipo de atividade, é fundamental passar por avaliação médica com o acompanhamento de equipe multidisciplinar para auxiliar no treinamento e, sobretudo evitar lesões e outras complicações que podem prejudicar o processo de condicionamento físico, tão importante para saúde de qualquer pessoa.

Os atletas de alta performance sabem muito bem disso, pois estão em constante busca pelo auge da condição física, e cada aspecto do treinamento é cuidadosamente pensado com o objetivo de melhorar o desempenho. Conforme o cirurgião vascular e presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo, Dr. Fabio Rossi, em geral, a saúde do atleta é muito boa, mas todo cuidado é pouco, e mesmo o atleta amador deve tomar alguns cuidados.  

Do ponto de vista vascular, não é incomum que esportistas observem a presença de veias dilatadas ou saltadas nos membros, principalmente nas pernas, durante ou imediatamente após a prática do exercício, o que gera muitas dúvidas. “Esse é um processo fisiológico normal e, na realidade, em certas modalidades, como no halterofilismo, ciclismo e pedestrianismo, ocorre a hipertrofia das veias, que podem permanecer dilatadas mesmo após a pausa no treinamento. O uso de meias elásticas auxilia no retorno venoso, pode melhorar o desempenho e, principalmente, encurta o tempo de recuperação do atleta”, explica o Dr. Fabio Rossi.

O exercício físico em alta intensidade é capaz de provocar sobrecarga anatômica e fisiológica no sistema musculoesquelético e cardiovascular. A lesão vascular deve fazer parte do diagnóstico diferencial na presença de dor, inchaço, disfunção motora e queda do rendimento de quem pratica qualquer tipo de esporte. “A falta do diagnóstico está relacionada ao baixo conhecimento específico sobre as principais doenças vasculares, sobretudo pelos treinadores e atletas de alta performance, e pela semelhança existente entre as queixas, como aquelas presentes nas lesões do sistema musculoesquelético, que são mais comuns nesse grupo de pacientes”, reforça o médico.

Inicialmente, os sinais e sintomas da insuficiência vascular podem ser notados apenas durante a realização do exercício físico, na dificuldade em obter condicionamento, na queda de rendimento e quando um maior tempo é necessário para que ocorra a recuperação física. Entretanto, com o passar do tempo, caso essas injúrias vasculares não sejam identificadas, podem ocorrer lesões definitivas, como progressão de obstruções, tromboses e até mesmo embolizações e isquemia. Temperaturas extremas também ocasionam alterações vasculares, como a hipotermia, que pode provocar vaso espasmo grave, isquemia, necrose, amputação de extremidades e até parada cardiorrespiratória.

Outra modalidade de injúria vascular que, apesar de rara, vem aumentando de prevalência, principalmente nos praticantes de esportes radicais, de alta velocidade e impacto, é a dissecção aguda da aorta e das artérias cervicais, que se não diagnosticada e tratada precocemente, pode levar a consequências graves, como acidente vascular cerebral e até mesmo a morte.


Doenças Vasculares mais comuns em atletas:

Em membros superiores

Trombose Venosa Profunda: A trombose venosa espontânea, induzida pelo esforço repetitivo, que ocorre pela compressão de estruturas músculo-ligamentares, na veia subclávia ou axilar, é conhecida como Síndrome de “Paget-Schroetter”. É a obstrução mais frequente que ocorre em atletas jovens de alta performance. A embolia pulmonar pode ocorrer em até 35% desses pacientes, demonstrando a importância de seu diagnóstico precoce. Sua ocorrência é mais comum em atletas que executam movimentos repetidos com os braços elevados, como os jogadores de basebol, vôlei, goleiros, tenistas e nadadores.


Estenose e aneurisma da artéria subclávia e axilar: Apesar de serem mais raros, os mesmos fenômenos fisiopatológicos compressivos e obstrutivos, acima descritos, podem também ocorrer nas artérias e provocar compressões, obstruções, aneurismas, embolismo, trombose e até isquemia do membro.

Lesão do arco arterial palmar: É uma lesão vascular que pode ocorrer em pessoas envolvidas em esportes de impacto constante e repetitivo nas palmas das mãos, como ocorre em jogadores de handebol, basebol, basquete e goleiros. É causada por inflamação crônica dos vasos, que pode levar à fibrose de sua parede, trombose, aneurisma e até mesmo isquemia das artérias de fino calibre da palma da mão.


Em membros inferiores:

Endofibrose da artéria ilíaca externa: Sua causa não é bem conhecida, aparentemente ocorre por fatores anatômicos, mecânicos e posturais que provocam compressão externa na parede dessa artéria por ligamentos e por músculos hipertrofiados durante o exercício físico intenso. Acometem principalmente ciclistas, triatletas e esquiadores.

Síndrome do canal dos adutores: O canal dos adutores é um túnel aponeurótico formado pelas bordas do músculo vasto medial, adutor longo, magno e sartório, na região medial da coxa. Quando existe hipertrofia desses músculos, pode ocorrer compressão externa da artéria femoral, que pode provocar diminuição do fluxo sanguíneo, queda da pressão arterial de perfusão e desencadear perda de rendimento esportivo. É mais comum em corredores de rua e esquiadores.

Síndrome do aprisionamento da artéria poplítea: A artéria poplítea situa-se na região posterior da coxa e do joelho, e é responsável pela vascularização das pernas e dos pés. Ela também pode ser comprimida por estruturas ligamentares, principalmente pela cabeça medial do músculo gastrocnêmico (batata da perna). Essa compressão pode levar à obstrução, formação de aneurismas, embolia e isquemia. Os principais esportes que podem desencadear essas síndromes são: basquete, futebol, rúgbi, artes marciais e halterofilia, principalmente em usuários de anabolizantes. 

Síndrome do aprisionamento da veia poplítea: A fisiopatologia é a mesma, mas ao invés de levar à isquemia, acontece o represamento e a hipertensão venosa do sangue drenado das pernas e pés. Nos estágios iniciais ocorre sensação de peso, dificuldade de condicionamento e recuperação física, ou até mesmo dor, edema e escurecimento da pele. Nos casos mais graves há chances de formação de varizes e ulcerações, e até mesmo a trombose.

“A lista de possíveis problemas vasculares relacionados ao esporte é vasta. De uma forma geral, qualquer dor, edema, inchaço e alteração na performance pode indicar sintoma vascular e deve ser investigado. As orientações devem ser seguidas também pelos que praticam esportes apenas esporadicamente. A prática de esportes sem acompanhamento médico aumenta os riscos. O infarto agudo do miocárdio e o AVC ocorrem em maior frequência na presença de hipertensão arterial, que pode estar presente em esportistas, sobretudo os amadores. Durante o exercício físico, a pressão pode aumentar ainda mais, e muitos não sabem que são portadores”, alerta o Dr. Fabio Rossi.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram).

 

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SPwww.sbacvsp.com.br

 

Você sabia? Quantidade de saliva que produzirá na vida pode encher uma piscina

O corpo humano pode produzir diariamente entre um a dois litros de saliva; Flávio Landim, professor de Biologia da Plataforma Professor Ferretto explica a importância do fluido para a saúde em geral

 

A fisiologia humana é fascinante e repleta de curiosidades, que, na maioria das vezes, são desconhecidas por grande parte das pessoas. Uma delas é o fato de que, durante a vida, é possível produzir quantidade de saliva suficiente para encher uma piscina. 

Flávio Landim, professor de Biologia da Plataforma Professor Ferretto - canal 100% online, com foco no conteúdo complementar para o Ensino Médio e preparação para o Enem e vestibulares - esclarece a importância desse fluido para a saúde, e por que ele é produzido pelo corpo em escala surpreendente.

 

Do que a saliva é composta?

A saliva é um fluido lubrificante encontrado na boca e na garganta, composto por aproximadamente 99% de água e 1% de cálcio, sódio, enzimas, proteínas, magnésio, entre outros componentes, que apesar de apresentarem uma baixa fração no líquido, são fundamentais para a manutenção da saúde bucal.

 

Como a produção ocorre?

É nas glândulas salivares que a saliva é produzida. Localizadas nas bochechas, mandíbula e assoalho da boca, as três principais glândulas são: parótida, sublingual e submandibular, responsáveis também por fazerem o líquido circular na boca através dos dutos. ‘’É através desses tecidos que nós produzimos entre um a dois litros de saliva por dia, totalizando em média, 550 litros por ano ou calculando para uma pessoa com a expectativa de vida de 70 anos, 38.325 litros, o suficiente para encher uma piscina média”,’ explica Landim.

 

A importância do fluxo salivar

Existe uma razão para a saliva ser produzida em grande escala, ela possui diversas funcionalidades que garantem o bom funcionamento não só da via oral, mas de diversos organismos do corpo humano.

 

As proteínas presentes na saliva, servem como uma barreira protetora para os dentes, atuando na eliminação de bactérias orais e sendo fundamental para a prevenção da cárie, periodontopatias, halitose, por exemplo. ‘’As enzimas do fluido também merecem destaque, pois possuem anticorpos e outras substâncias que ajudam a evitar infecções até mesmo na garganta, não se limitando apenas à boca”, comenta Landim. 

Além disso, as enzimas contribuem diretamente com o funcionamento do sistema digestivo, uma vez que iniciam o processo de digestão dos alimentos através das reações químicas liberadas durante a mastigação. 

O professor de biologia destaca que sem a saliva estimulando as papilas gustativas, não seria possível apreciar um bom prato de comida.‘’Sem as papilas gustativas, não saberíamos identificar e diferenciar os sabores, tornando a refeição bem menos prazerosa’’.

 

Alerta para problemas de saúde

O excesso ou a falta de saliva podem indicar disfunções pelo corpo: “O excesso, normalmente, pode ser sinal de ânsia de vômito ou uma notificação do corpo ao consumo excessivo de chicletes e alimentos picantes e ácidos. Já a falta, é mais preocupante, pois aponta para a desidratação, medo, ansiedade, estresse, entre outros. Por isso é necessário se atentar ao fluxo salivar, pois ele pode apontar uma desregulação no seu organismo”, finaliza o docente.

 

Plataforma Professor Ferretto

 

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