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terça-feira, 13 de setembro de 2022

Produtividade Tóxica: antes de agir, questione

Já dizia Peter Drucker: “Não há nada tão inútil quanto fazer eficientemente o que não deveria ser feito.”


 A Produtividade Tóxica lentamente tomou o lugar dos workaholics – indivíduos erroneamente tidos por virtuosos que seguem um mesmo padrão de conduta: madrugadas no escritório, inúmeros e-mails e mensagens disparados fora do horário de trabalho, constante falta de tempo, intermináveis reuniões e o absoluto abandono da vida pessoal.

Ao falarmos em Produtividade Tóxica separamos o indivíduo de suas ações e, por tal afastamento, somos capazes de observar e criticar este padrão de comportamento.

 

Produtividade Tóxica é o desequilíbrio na vida profissional e pessoal caracterizado pela constante necessidade de “estar ocupado”; é a preocupação de se sentir constantemente produtivo; é trabalhar muito além do necessário na execução de tarefas.

 

Executar um trabalho de forma imediata, empírica, incessante ou mecânica, gera a sensação de autonomia, controle e competência, afinal, produzir o tempo todo é bom. Se estamos constantemente executando tarefas e cumprindo prazos, isso quer dizer que levamos nosso trabalho a sério, que somos “úteis” e estamos aptos a resolver problemas, correto? Não. 

 

A Produtividade Tóxica é o resultado de tais práticas, que têm por característica principal o excesso e excessos geram consequências. A hiper produtividade é consequência da pressão pela obtenção de resultados, auto exigência, insegurança e competitividade, que por sua vez gera altos níveis de ansiedade e estresse, que provocam frustração, insatisfação constante, alimentação compulsiva, inapetência, tremores, alteração da pressão arterial, crises de choro sem motivo aparente, falta de motivação, preocupação excessiva e pode levar ao desenvolvimento de doenças ocupacionais como a depressão e a síndrome do esgotamento profissional.

 

Em junho deste ano, o Blog Impacto – FGV EAESP publicou o resultado de um amplo estudo realizado por Paul Ferreira, vice-diretor do Núcleo de Estudos em Organizações e Pessoas da Escola de Administração de Empresas de São Paulo. A pesquisa revelou que 43% dos trabalhadores brasileiros alegam estar com sobrecarga de trabalho; 31% sofrem pressão por resultados e metas; 30% sentem que precisam estar disponíveis o tempo todo; 22% sentem dificuldade de ter desempenho em sua plena capacidade de trabalho; 12% relatam a falta de flexibilidade na jornada de trabalho; 12% sentem desconforto em compartilhar seus desafios com colegas da equipe ou com a liderança; 11% sentiram que seu desempenho estava sendo julgado por conta de outras necessidades durante a pandemia; 9% sentem falta de iniciativas de saúde mental e mais de 75% dos participantes do estudo alegam que os benefícios oferecidos pelas empresas não são suficientes ou apenas parciais para a manutenção da saúde mental.

 

De acordo com a escritora espanhola especialista em psicologia do trabalho e das organizações e mestre em recursos humanos, María Jesús Álava Reyes, “produzir se torna tóxico porque esse ritmo não pode se manter ao longo do tempo e causa estragos na saúde. Também cria um ambiente tóxico porque há um descompasso entre o trabalho e o restante de sua vida.”

 

Entretanto, é possível superar a rotina de excessos, o primeiro passo é reconhecer qual é o impacto de sua rotina de trabalho em sua saúde e na sua vida pessoal, para isso, proponho os seguintes questionamentos:

 

1- Estabeleço metas irreais?

2- Estou angustiado e sinto culpa relacionada ao trabalho?

3- Me sinto ansioso em meu tempo ocioso?

4- Meu sucesso parece sem sentido?

5- Me sinto cansado e sem energia?

 

Lembre-se:

1- O não cumprimento de ambiciosas expectativas auto impostas geram uma culpa esmagadora. Defina e cumpra metas saudáveis para garantir que suas responsabilidades de trabalho não se infiltrem e consumam todo o seu tempo pessoal.

 

2- O problema não é sua carga de trabalho, é você. Livre-se do ciclo de auto aversão por não ser tão focado, tão eficiente ou tão produtivo quando gostaria de ser. Há uma grande diferença entre o que você faz e quem você é. Seu valor não está enraizado em sua produtividade.

 

3- Atividades de lazer e diversão são de extrema importância para o bem-estar físico e mental. Dedique tempo a hobbies e paixões, não relacionadas ao trabalho, que o façam se sentir bem. Programe-se para ao menos 10 minutos diários de relaxamento e meditação. Reserve tempo para estar junto a seus entes queridos.

 

4- Não ofusque seus êxitos e realizações pelo desejo de fazer mais e mais. Celebre cada uma de suas conquistas.

 

5- Saiba a hora de parar antes de atingir o ponto de fadiga. Excessos geram improdutividade. Crie uma rotina simples para sinalizar seu cérebro que é hora de sair do “modo trabalho”. (revise a agenda para o dia seguinte, organize documentos utilizados ao longo do dia, recolha copos e canecas de café de sua mesa de trabalho)

 

A produtividade deve ser positiva, pois seu objetivo final é gerar resultados. 

Questionar pode nos levar a caminhos mais produtivo e assertivos. Trabalhe, produza, descanse e questione! 

 

Elbio Petrucci – Instrutor de Gestão do Senac Goiás (go.senac.br), Master Coaching Trainer, T&D em desenvolvimento humano


Especialista desvenda mitos e detalha dicas para aprimorar a produtividade

Técnicas podem treinar nosso cérebro para realizar tarefas de forma eficaz, eliminando a sobrecarga mental das tarefas cotidianas, o que auxilia na qualidade de vida saudável


Produtividade está entre os assuntos mais debatidos da atualidade, mas poucos entendem que não se trata de um privilégio de ter tempo disponível. Esse é apenas um dos mitos que permeiam o tema, pois o verdadeiro significado desse conceito é fazer as coisas de forma mais eficaz e com menos tempo.  

Quem ergue essa bandeira é Ali Abdaal, médico no Serviço Nacional do Reino Unido, que administra um canal no YouTube e um podcast sobre produtividade, além de ser professor na Skillshare, maior plataforma de aprendizagem online do mundo para criativos. Tempo para tudo isso? Somente com um projeto bem delineado para fazer tudo com eficácia e ainda ter tempo para ser socialmente ativo e praticar hobbies, como tocar guitarra e piano.  

Em uma aula sobre produtividade na Skillshare, com quase duas horas de duração, Ali Adbaal compartilha princípios, mitos, leis e poderes sobre o tema, além de modelos mentais e uma equação que podem melhorar de forma significativa a qualidade de vida. Com um bom gerenciamento de tempo, é possível reduzir o estresse, a sobrecarga mental e o temido mal contemporâneo – o burnout.  

“Produtividade e qualidade de vida são assuntos interdependentes. Especialmente nesse mundo hiperconectado e repleto de distrações, aprender a administrar o nosso tempo é fundamental. Quando começamos a praticar técnicas que podem treinar nosso cérebro para realizar as tarefas cotidianas de maneira efetiva, temos uma rotina mais produtiva e uma vida mais saudável, sem precisar renunciar ao lazer e à vida social. Na Skillshare, temos uma variedade de aulas sobre autocuidado e desenvolvimento pessoal – assuntos essenciais para os tempos atuais”, diz Nicolas Scafuro, VP e Head of International da Skillshare.  

Conheça a seguir dicas e mitos desvendados pelo especialista, que podem expandir sua mente sobre como levar uma vida mais produtiva e menos estressante.  


1) A equação da produtividade  

Em sua definição, produtividade é a relação entre a produção e os fatores de produção utilizados. Muito se engana quem pensa que ser produtivo é ter uma agenda repleta de compromissos e trabalhar além da conta. A maneira correta de vê-la é: fazer as coisas de forma eficiente.  

Com isso, temos os seguintes elementos na equação da produtividade: trabalho, tempo, utilidade e diversão. Quanto mais produtivo somos, menos tempo geramos ao realizar uma atividade. Direcionando a quantidade de energia adequada para as tarefas corretas, o processo se torna mais útil e, consequentemente, mais agradável.  


2) Modelo mental: piloto, avião e engenheiro  

As funções do piloto, avião e engenheiro são usadas em uma analogia para dar o pontapé inicial em uma rotina mais produtiva. Nesse modelo mental, Abdaal propõe: devemos estar no modo avião durante 80% do nosso tempo, apenas 10% no modo piloto e os outros 10%, no modo engenheiro.

Em termos práticos, ser piloto é fazer anotações em um caderno ou app de sua preferência com todas as tarefas importantes e objetivos do dia. Os momentos ideais para fazer isso são logo pela manhã ou à noite, para planejar o dia seguinte.  

No modo avião, você estará apenas desempenhando todas as atividades previamente estabelecidas. Ser engenheiro é garantir ativamente os sistemas organizacionais e estratégias para que tudo seja eficaz. São as pequenas pausas durante o dia para garantir se o tempo e energia estão sendo gastos devidamente.   

A partir desse modelo, é possível dar os primeiros passos para uma rotina mais organizada e sentir os efeitos de uma vida mais saudável e produtiva. Afinal, não há nada melhor do que ter a sensação de que tarefas foram concluídas. 


3) Os mitos da produtividade: tempo, motivação e multitarefa  

  • Tempo 

Quem nunca ouviu ou se pegou dizendo por várias vezes: “não tenho tempo”? Esse é o primeiro mito da produtividade. Substitua esse pensamento com a verdade libertadora: nós temos total controle sobre nosso tempo. Quando decidimos realizar uma tarefa em vez de outra, escolhemos ativamente tomar essa decisão sobre como gastar nosso tempo. Portanto, não se trata de ser limitado por ele, mas pelas escolhas que fazemos.  

Quando modificamos nossa forma de pensar, começamos a construir uma gestão adequada do seu tempo. Quer uma prova disso? Faça um exercício: durante alguns dias ou por uma semana, anote exatamente o que está fazendo. Certamente, ficará chocado com a quantidade de minutos e até horas que passa procrastinando nas redes sociais. 


  • Motivação  

Muitas pessoas têm dificuldade em dar o primeiro passo em uma atividade. O principal vilão é a crença de que é preciso ter motivação para começar algo. Esse é o principal modelo da procrastinação. Entenda que a motivação é um sentimento e, como qualquer outro, é temporário, passageiro e depende de fatores externos. É certo que ninguém acorda todos os dias motivado para fazer algo, inclusive as coisas que gosta.  

Nosso cérebro é habituado com um sistema de recompensa imediato. Quanto mais tempo precisamos para ter um resultado, menos motivados nos sentimos para realizar uma atividade. O principal hack para modificar esse padrão é focar na ação, em vez do resultado.  

Gamificar essas ações, por exemplo, é um bom começo. Para isso, você pode criar uma competição consigo mesmo para se superar. Por exemplo, estudar mais cinco minutos do que você conseguiu no dia anterior ou ter melhor desempenho na academia do que na semana passada. Assim, as ações se tornam mais divertidas, agradáveis e ficamos propensos em querer fazê-las.  


  • Multitarefa  

Ser multitarefa pode parecer uma habilidade, mas pode ser o principal obstáculo da sua rotina produtiva. Isso porque, ao alternar uma tarefa para outra sem concluir a anterior, temos o que é chamado de resíduo de atenção. No fim, não depositamos a atenção devida para nenhuma das tarefas que precisamos concluir.  

O segredo é focar em uma coisa de cada vez. Aqui, o objetivo é entrar no “estado de fluxo”, uma experiência que propõe altos níveis de produtividade, felicidade e satisfação, cujo termo foi popularizado na década de 1990 pelo psicólogo croata Mihaly Csikszentmihalyi.  

Para entrar no estado de fluxo, você pode aumentar um pouco a dificuldade das suas tarefas cotidianas ou fazê-las de forma diferente. O objetivo é atingir o meio termo entre a zona de conforto e a zona de pânico, ou seja, garantir que não fique muito fácil a ponto de ser automática ou muito difícil a ponto de ser extremamente estressante.  

A ideia é aumentar nossa necessidade de atenção para o que estamos fazendo. Evitar distrações nesse processo também é importante. Para isso, desative notificações dos seus dispositivos e se recolha em um ambiente tranquilo. Tenha em mente que o objetivo é dar atenção plena ao que você está fazendo para entrar no estado de fluxo.  


4) Exercícios práticos da produtividade para aplicar no dia a dia

  • A regra dos dois minutos  

Algo leva menos de dois minutos para ser feito? Comece a fazer aquilo imediatamente. Evite sobrecarregar sua lista de afazeres com pequenas tarefas. Caso contrário, elas podem acumular e fazer você sentir que tem uma montanha de coisas para fazer. Então, treine seu cérebro para pensar dessa forma com qualquer atividade simples. Quer um exemplo? Sua mesa está cheia de xícaras de café? Leve todas elas para a cozinha agora mesmo.  


  • A regra dos cinco minutos  

Está com dificuldade em escrever seu TCC ou montar uma apresentação para o trabalho? Comece fazendo cinco minutos de um grande projeto que te estressa. O segredo é convencer nosso cérebro que conseguimos fazer algo que julgamos impossível ou muito difícil. 

Para isso, estamos usando um truque: quando começamos a fazer algo, nosso cérebro tende a se acostumar com essa atividade e mais engajados nos sentimos para dar continuidade na ação. Assim, o primeiro atrito entre nós e a tarefa é eliminado, e criamos a famigerada “motivação” que julgamos necessária para executar algo.  


  • Crie gatilhos mentais para começar a produzir 

Crie gatilhos que você possa assimilar com alguma atividade. Vestir uma roupa de academia, por exemplo, aumentará as chances de praticar exercícios. Limpar a mesa antes de estudar também é uma boa estratégia. Isso fará com que você assimile detalhes cotidianos com uma atividade e, assim, terá mais chances de ser bem-sucedido. 

 

Skillshare

www.skillshare.com

 

Compliance em período eleitoral: por que as empresas devem se adequar?

Ano de eleições. Para muitos, lembrar desse fato é algo maçante, tendo em vista o cenário de polarização política que vivemos. Entretanto, os impactos do período eleitoral afetam toda a sociedade, inclusive o meio empresarial, que se vê dividido acerca de qual o posicionamento deve seguir durante os meses que antecedem a ida às urnas. Diante disso, investir em ações de gestão e governança trazem à tona a importância de estabelecer um compliance corporativo nessa jornada.

Para entendermos a posição das organizações durante as eleições, é necessário enfatizarmos a medida tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2015, que aprovou a proibição de empresas fazerem doações a candidatos e partidos políticos para as campanhas eleitorais. E, embora essa decisão pareça ter solucionado um dos principais dilemas, precisamos deixar claro que, ainda assim, não é suficiente para direcionar as companhias – já que a determinação da Justiça resolve apenas uma parte desse assunto.

O que move cada negócio é o time de colaboradores. Sendo assim, mesmo diante de uma lei criada, cabe a cada empresa, durante o período eleitoral, definir quais medidas irá adotar e compartilhá-las com todos, para que não ultrapassem os limites da liberdade de expressão de cada um. O que nos leva a enfatizar de que maneira essas ações devem ser tomadas assertivamente, em um período tão delicado.

Certamente, a comunicação é a principal ferramenta nesse processo. Afinal, esse é o caminho para obtermos a resolução de diversos assuntos e, se tratando da gestão de riscos que envolve o período eleitoral, esse é o primeiro passo ser considerado nesse processo. Desta forma, antes de tudo, é importante a organização deixar claro para o colaborador as recomendações para o período.

Por sua vez, dúvidas podem aparecer, tendo em vista o direito de cada um se expressar livremente. Assim, questionamentos de como gerenciar ações que são feitas fora do local de trabalho, como manifestações políticas, apoio a candidatos nas redes sociais, fidelização a partidos, entre outros, devem ser considerados, já que podem refletir diretamente na imagem da empresa.

Nesse sentido, o compliance corporativo ganha ainda mais relevância. Até porque, a melhor maneira da empresa lidar com esses assuntos é definir com antecedência as diretrizes empresariais a serem adotadas para esse período. Ou seja, definir, de maneira prévia, quais cargos devem adotar uma posição neutra, policiar a equipe acerca de como deve ser o envolvimento nas campanhas e, sobretudo, reforçar a importância de seguir as recomendações, para que haja concordância no posicionamento.

Investir nessa ação ajuda na separação do que é assunto empresarial e política, guiando a equipe, de modo que não se sintam coagidos, e sim, inclusos em todo o processo de criação de recomendações para o período eleitoral. Pois, definir um sistema assertivo, certamente, irá ajudar na consolidação de uma gestão eficiente, obtendo benefícios, como o aumento da sua credibilidade e imagem perante os clientes e parceiros.

Em suma, o compliance em período eleitoral é a principal ferramenta de auxílio para que sejam feitas recomendações e orientações que tragam segurança para as empresas e os funcionários. Entretanto, essa ação é desafiadora, ainda mais no nosso país, onde temos, enraizados historicamente, o engajamento e participação política da população. Por sua vez, o caminho para ultrapassar essas barreiras pode ser iniciado a partir da inclusão, levando em conta os aspectos favoráveis e contrários, que permitirão agir em concordância, obtendo respeito mútuo em ambas as partes. E, mais uma vez, a chave para isso é investir na comunicação e fortalecer a gestão. 

 

Marcelo Erthal - CEO do clickCompliance, startup de tecnologia para gestão de compliance.

 

clickCompliance

https://clickcompliance.com


A necessária inclusão do trabalhador na veloz transformação digital

A alteração clara e evidente da transformação do mundo do trabalho, com o despontar tecnológico empresarial, acabou por criar um cenário de pavor de como criar uma alternativa que consiga, em um só tempo, prestigiar a condição mínima do trabalho decente com a iminente desnecessidade de setores empresariais da antiga forma da prestação de serviços realizada pelos humanos trabalhadores, substituídos de forma brutal pela tecnologia. 

Não se trata apenas dos escopos mais aparentes denominados de “uberização ou “plataformização” que estão entre os mais falados, e sim, de uma forma de prestação de serviços que ao tempo que atinge de forma brutal o núcleo do trabalho decente, tende a dar um passo maior em pouquíssimo tempo quanto a própria imprestabilidade da mão de obra humana em muitos setores, com substituição dos motoristas de Uber por carros sem motoristas; dos entregadores de motocicleta por drones e veículos inteligentes; dos funcionários bancários apenas pelo atendimento eletrônico; dos trabalhadores em plataformas de petróleo por robôs !!! 

Ora… robôs e máquinas sequer fazem greve para reivindicar melhores condições de trabalho, será que alguém já se atentou para isso? 

A questão que não se cala é: o que fazer para equilibrar num primeiro momento o trabalho com o mínimo de decência com o fator giro da economia nos atuais tempos ? 

A segunda questão que nos aflige é: como integrar em espaço tão curto de tempo toda essa mão de obra que será para as empresas absolutamente irrelevante em tese? 

A expressão “em tese” não consta no texto por obra do acaso, pois sem esses trabalhadores e seus decentes recebimentos o mercado não se sustenta, e isso mundialmente falando. 

Com ausência de propostas de expressão, nossos candidatos à Presidência da República ou retomam o antigo, como viés de atuação, ou indicam a saída pela ampla liberdade das contratações. 

No nosso sentir, e sem criticar contratações formais no regime da CLT, que devem perdurar ainda dentro de poucas profissões pelo que se observa, enxergar que essa é a única e perfeita forma de prestação de serviços está longe de ser verdade. É como tentar encaixar a chave em fechaduras diversas. E pior, é de alguma forma, abandonar a preocupação com o humano em nome de uma ideologia. 

De outro lado, também é de uma incoerência estupenda a ideia de que a liberdade plena da forma de se contratar será capaz de abranger todos os trabalhadores que já perderam e continuarão a perder em espaço curto de tempo sua função para a tecnologia. 

É necessário incluir o trabalhador! É necessário que ele tenha condição de comer, estudar, morar, se alimentar e ter, como se diz: o mínimo existencial. E, hoje, basta olhar as praças lotadas de barracas em qualquer capital do país, para ver que a situação está longe de ser resolvida. 

A solução, talvez, passe pela função social em suas inúmeras camadas, a começar pelas empresas, passando pelos sindicatos e associações de representação que muito podem fazer e hoje por inúmeras razões, em sua maioria, não têm atendido referida demanda, e tendo sua conformação com políticas públicas de expressão. Num primeiro viés, o Estado poderia criar com empresas privadas mecanismos de combate a automação, o que aliás é dever constitucional. Nessa seara, empresas teriam diminuição de valores de impostos e em contrapartida responsabilidade social clara na formação de seus trabalhadores para novas profissões em cada um dos setores. 

Aqui, se ventila em duas frentes o atendimento da determinação constitucional da defesa em face da automação e legitima a função social da empresa. A contraprestação mínima para trabalhadores (não só empregados e sim trabalhadores) de setores, deveria ser claramente fixado com limite de tempo de trabalho, independente se o trabalho dependa do desempenho, sociedade em que vivemos. Tornar clara a responsabilidade tributária pelos recolhimentos do INSS de quem presta serviços por qualquer modalidade como da empresa, afastando de vez questões tão debatidas no cenário tributário. Criar patamares mínimos de pagamento ao trabalhador se o serviço é prestado por tarefa, inviabilizando eventuais abusos monetários que os tornem absolutamente vulneráveis, pois não esqueçamos que trabalhadores dependem do trabalho e não só empregados dependem do trabalho. 

Registre-se com clareza que não se pretende aqui acender qualquer holofote para o assistencialismo ou coisa que o valha, a questão é que tanto o modelo antigo como o modelo dito absolutamente liberal não conseguem, em um só tempo, contemplar camadas tão distintas existentes da sociedade, e por essa razão, o equilíbrio de ideias e ações, talvez, e apenas talvez, sejam um especial início. 

Importante não deixar de lado uma pequena observação: cuidado presidenciáveis, pode ser que em curto espaço de tempo a população escolha algoritmos e não humanos para dirigi-las, e aí talvez, o sentir na pele se faça realmente presente na vida de vocês!!! Quem não sente, muitas vezes, não sabe o significado das coisas! Assim é o humano…

 

Ricardo Pereira de Freitas Guimarães - advogado especialista, mestre e doutor pela PUC-SP, titular da cadeira 81 da Academia Brasileira de Direito do Trabalho e professor da especialização da PUC-SP (COGEAE) e dos programas de mestrado e doutorado da FADISD-SP


Pessoas com deficiência ainda enfrentam barreiras para conseguir aceitação no mercado de trabalho, mesmo com a Lei de Cotas


A inserção no mercado de trabalho ainda é um dos principais obstáculos enfrentados pelos brasileiros que têm algum tipo de deficiência. Neste 21 de setembro, em que é comemorado no Brasil o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, é importante lembrarmos das dificuldades que esses cidadãos vivenciam no dia a dia, muitos deles encarando empregos informais, ‘bicos’, subemprego. 

Eles são 24% da população nacional ou 46 milhões de pessoas, nos números do Censo 2010, o último realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São aqueles que declararam ter dificuldades em ao menos uma das habilidades investigadas: enxergar, ouvir, caminhar ou subir degraus; ou ter deficiência mental ou intelectual. 

O mais conhecido dispositivo legal criado para salvaguardar oportunidades e direitos à pessoa com deficiência (PcD) é a Lei nº 8.213/1991, que obriga empresas com mais de cem funcionários a preencher de 2% a 5% dos postos de trabalho com beneficiários reabilitados ou PcD. A legislação, contudo, não entrega a inclusão que promete. 

Por um lado, especialistas em PcD afirmam que a fiscalização falha tanto no cumprimento das cotas quanto na adequação de ambientes de trabalho, além deles enfrentarem resistências culturais ou mero preconceito. De outro lado, empregadores reclamam que ficaram com todo o ônus do cumprimento da lei, sem contrapartidas que viabilizem a inclusão, como programas de capacitação.

 

Direito fundamental 

O defensor público federal André Naves, especialista em Direitos Humanos e Sociais, afirma que o trabalho é uma garantia de satisfação da identidade e da realização do indivíduo. “É essencial ao trabalho a característica inclusiva e, ainda que não se confunda com a remuneração, esta é necessária à sobrevivência individual. As barreiras à inclusão de uma parcela da população ao trabalho trazem prejuízos individuais, mas também sociais, já que a falta de diversidade inibe a inovação econômica e a construção efetiva de políticas públicas”, diz. 

Naves considera a fiscalização do cumprimento das cotas como falha no país, o que torna ainda mais necessária uma profunda mudança cultural na sociedade e maior publicidade de informações sobre PcD, para que a lei cumpra o objetivo. “O Brasil e os que lideram as atividades econômicas precisam entender que a pluralidade e a diversidade são lucrativas e essenciais à sobrevivência empresarial”. 

As próprias empresas de recursos humanos reconhecem os benefícios na contratação de pessoas com deficiência para a atividade econômica. Há a melhoria da acessibilidade, que a torna mais apta a receber todos os tipos de consumidores e a aprender a atendê-los. 

Para o quadro de funcionários, é uma oportunidade de aprendizagem sobre inclusão, que gera um melhor clima organizacional, respeito às diferenças e criatividade na criação de soluções ao mercado. Ainda, a convivência serve de estímulo à cooperação, que tende a melhorar o ambiente e promover maior produtividade.

 

Multas e entraves 

Mesmo sem ser 100% eficaz, a Lei de Cotas -- que completou 30 anos em 2021 -, ainda está entre as principais responsáveis pela concessão de vagas a pessoas com deficiência nas empresas. Contudo, empregadores consideram que há inúmeras dificuldades para a ocupação de um cargo por esse público, como a inadequação de instituições de formação profissional, nas ações do governo e em barreiras de ordem social, como urbanísticas, arquitetônicas, nos transportes e nas comunicações. 

O vice-presidente institucional da Federação Nacional dos Sindicatos de Empresas de Recursos Humanos, Trabalho Temporário e Terceirizado (Fenaserhtt), Ermínio Lima Neto, considera que a lei das cotas tem caráter mais punitivo do que inclusivo, com um peso desproporcional ao setor econômico, para tirar do Estado a responsabilidade pela inclusão. “Não somos contra as cotas, mas que sejam aplicadas racionalmente, a entender as características de cada segmento”, afirma Lima Neto, que representa cerca de 35 mil empresas que empregam em torno de 2,5 milhões de pessoas, em média, por ano. 

No trabalho temporário e em serviços terceirizados, por exemplo, 90% da mão de obra presta serviços diretamente nas instalações dos clientes, que também têm de cumprir as próprias cotas. O representante da Fenaserhtt levou no último dia 14 de junho as demandas das empresas, em audiência pública no Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre a contratação de pessoas com deficiência. 

Para ele, as leis deveriam amenizar crises e entraves, e não causar dificuldades por meio de multas. “O Estado não cumpre o papel social de oferecer educação para que essas pessoas estejam capacitadas ao mercado, que é o básico, então por que as empresas devem ser obrigadas a arcar com todas as obrigações da Lei de Cotas ?”, questiona Lima Neto.

 

Inclusão 

Uma das idealizadoras e presidente do Conselho do Grupo Chaverim, a assistente social Ester Rosenberg Tarandach afirma que as pessoas com deficiência precisam ter a própria autonomia, o que inclui oportunidades de trabalho. A entidade trabalha com a sociabilização de pessoas com deficiência intelectual e psicossocial, por meio de atividades socioculturais, esportivas e de lazer. “Mas a sociedade também precisa ampliar o próprio conceito de acessibilidade”, diz. 

Leonel Becker, de 61 anos, é um dos participantes das atividades no Chaverim, em São Paulo. Ele é motorista há quase 12 anos na empresa Poladian Produções Artísticas, que promove eventos e shows. “Consegui o emprego depois de ver um anúncio no jornal e passar por processo seletivo”, conta Becker. 

Outra profissional que é atendida pela Lei de Cotas é Joice Heliszkowski, de 44 anos. Ela trabalha há 15 anos como mensageira na TV Cultura. Depois de passar por uma capacitação de trabalho em 2007, foi chamada em processo seletivo feito pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) para ingressar na emissora.

 

Dia de Luta 

Em 21 de setembro é comemorado, no Brasil, o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. A data foi oficializada pela Lei Nº 11.133 em 2005, mas já era comemorada desde 1982, para ampliar os esforços pela conscientização da sociedade sobre a necessidade de organização social e de políticas públicas que promovam a inclusão, de maneira igualitária e sem preconceitos.


Dia do Cliente: como aproveitar a data sem cair em dívidas

Especialistas do Banco Cetelem mostram a importância de utilizar o cartão de crédito estrategicamente, prestar atenção nos juros e pesquisar preços


Uma das datas mais importantes do ano para o varejo está chegando e, neste momento, tanto as empresas quanto os consumidores já começam a se preparar para o período de promoções. Nesta jornada, o cartão de crédito pode ser um importante aliado do cliente, mas é preciso saber utilizá-lo de forma estratégica, sem perder a mão dos gastos.

O alerta é feito pelo time de especialistas do Banco Cetelem, que vê o endividamento das famílias crescer cada vez mais em função do mau uso do plástico. Em pesquisa divulgada neste mês, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontou que 85,3% dos lares no país estão com dívidas no cartão de crédito.

Mesmo que períodos de grandes promoções sejam tentadores para os mais gastões, os economistas do banco Cetelem afirmam que é possível aproveitar as ofertas sem entrar em dívidas. Entendendo o comportamento de seus clientes, a instituição também disponibiliza ofertas em parcerias com lojas, restaurantes, farmácias e afins, por meio de seu site. “O mais importante para não perder o controle do cartão de crédito é se planejar”, afirmam os economistas do banco. Por isso, os profissionais indicam, abaixo, como o consumidor pode aproveitar os descontos do Dia do Cliente sem medo de cair em endividamentos.


Planeje de acordo com o limite do cartão

Parece uma dica óbvia, mas muitas pessoas não sabem exatamente qual é o limite total de seu cartão e nem o valor disponível para compras. Pensando nisso, o primeiro passo é saber quanto do montante disponível é possível desembolsar para aproveitar as ofertas. O grande pulo do gato em datas como esta é definir previamente o quanto irá gastar com as promoções, ao invés de deixar que elas definam seu gasto. Após cravar o valor, o ideal é ser firme para não entrar em dívidas. As compras precisam se encaixar em seu orçamento, e não o contrário. Outra dica importante é deixar uma parte do limite reservada para emergências, de forma que as compras não consumam todo o valor disponível no cartão de crédito.


Acompanhe os preços dos produtos

Sabe aquele produto que você já vem acompanhando as variações de preço há tempos, mas ainda não conseguiu comprar? Datas comerciais, como o Dia do Cliente existem para que este tipo de compra possa se tornar realidade. O ideal é entender quais deles você quer ou precisa comprar e, assim, aguardar uma boa oferta. Evite simplesmente acordar no dia 15 de setembro e começar a procurar alguma boa promoção para empenhar seu dinheiro e, no fim, comprar coisas que não precisa com um dinheiro que não tem.


Calcule o valor das parcelas sem esquecer dos juros

Às vezes o valor é até atraente, mas na hora de parcelar os juros acabam consumindo toda a margem de desconto que você conseguiu. Portanto, é fundamental ficar atento à esta etapa da compra. Calcule o valor das parcelas e veja se as taxas se encaixam no orçamento – e se depois disso o produto ainda continua com um preço atrativo. Muitas vezes é mais vantajoso dividir os valores em menos parcelas para evitar acréscimos de juros muito altos. Faça a conta.


4 dicas sobre como as empresas podem oferecer orientação financeira aos colaboradores

Problemas financeiros causam estresse que gera distúrbios relacionados a ansiedade, depressão e perda de produtividade no trabalho

 

Problemas financeiros decorrentes do alto endividamento é uma das principais causas a impactar negativamente a saúde, bem-estar e qualidade de vida do trabalhador. Pessoas em situação financeira desfavorável tendem a ter seu engajamento e motivação impactados, refletindo na baixa qualidade do trabalho a ser entregue. De olho nessa realidade e com o propósito de ajudar empresas a oferecer cada vez mais valor aos seus colaboroadores, a Sodexo  Insights, plataforma de pesquisas, estudos e análises relevantes no mercado e para o mercado da Sodexo Benefícios e Incentivos, preparou um material cheio de dicas sobre como as companhias podem oferecer orientação financeira aos funcionários a fim de contribuir com seu negócio. Acesse o conteúdo aqui.

“Problemas financeiros causam estresse que acarreta em distúrbios relacionados a ansiedade, depressão e na perda da qualidade de vida. E tudo isso é levado para dentro da empresa, que começa a sentir seus efeitos ao registrar aumento no número de faltas, crescimento da taxa de turnover e a diminuição da qualidade do produto ou serviço entregue ao cliente. Para ajudar seus colaboradores, as companhias podem oferecer cursos, debates, palestras e vídeos sobre boas práticas financeiras. Na Sodexo, por exemplo, há o Apoio Pass, um programa que disponibiliza consultores financeiros e também atua em outras frentes como a social, jurídica e psicológica. O serviço está disponível também para o mercado“, conta Monica Torquato, Gerente de Treinamento e Desenvolvimento e Recrutamento e Seleção da Sodexo Benefícios e Incentivos.

 

 Confira as dicas a seguir:

  • Promova a educação financeira na sua empresa: Ofereça cursos, palestras ou vídeos com foco em planejamento financeiro, controle de gastos, criação de reserva de emergência, uso inteligente de crédito para ajudar a conscientizar os seus colaboradores. Aposte também em debates sobre o tema, com convidados externos trazendo exemplos do dia-a-dia. Vale também disponibilizar consultores que poderão orientar da melhor maneira possível os funcionários, para que eles consigam pagar as contas e não fechar o mês no vermelho.
  • Benefícios como aliados: Estruturar um bom plano de benefícios para colaboradores é uma forma de contribuir para a saúde financeira das equipes. Além de vale-refeição ou alimentação, por exemplo, a sua empresa pode incluir vale-cultura, planos de saúde robustos, auxílio-home office e vale-combustível entre outros tantos recursos que darão aquele alívio nas finanças. Atender as necessidades da sua equipe é fundamental para ter funcionários saudáveis, satisfeitos e motivados!
  • Estimule a comunicação: Disponibilize um contato no setor financeiro para auxiliar seu time. É essencial que os colaboradores saibam onde recorrer se estiverem passando por apertos financeiros.
  • Avalie a situação financeira do colaborador: Antes de escolher algum programa de orientação financeira, é importante a empresa avaliar a saúde financeira dos seus funcionários. É possível verificar essa situação a partir da demanda por crédito consignado, das solicitações de adiantamento do 13º salário ou através das vendas de um período ou de todo o período das férias.

 

SODEXO BENEFÍCIOS E INCENTIVOS 

 

Dia do Cliente: focar no consumidor ainda é a chave para o sucesso dos negócios

Especialistas do Sebrae dão aquela força para os empreendedores que querem investir na fidelização de clientes e na presença digital

 

O padrão e as formas de consumo mudaram consideravelmente nos últimos anos e, com a propagação do vírus da Covid-19, muitas ações se tornaram rotineiras para a maioria das empresas, como a presença digital e os serviços de entrega, por exemplo. Nesse sentido, a crise virou mesmo uma oportunidade para os empreendedores que souberam escutar atentamente aos anseios dos consumidores nos últimos dois anos. Mais do que nunca, o Dia do Cliente, celebrado no próximo dia 15, é uma data de reflexão para os empresários que desejam implementar melhorias nos seus negócios e, claro, faturar mais.

“Naturalmente, a pandemia, em função dos lockdowns, trouxe uma mudança radical no processo de comportamento do cliente, que é a razão de ser dos negócios”, explica o gerente de Relacionamento com o Cliente, Enio Pinto. Pensando nisso, a Agência Sebrae de Notícias compartilha as orientações de três especialistas sobre o novo perfil e o que deseja o cliente em 2022.


Presença digital

Para Enio Pinto, a crise sanitária deixou três legados essenciais: o maior cuidado com a higiene, a não aglomeração e a transformação digital “Dos três, a questão da transformação digital veio para ficar.  Não que os outros não tenham impacto também permanente, mas hoje não se pode mais pensar no negócio sem canais digitais para manter contato permanente com a sua clientela. Então, todo mundo começou a vender por redes sociais, e-commerce ou marketing places.”


Veja abaixo dicas para se destacar na internet:

  • Buscar a o omnicanalidade: investir na integração entre canais físicos e digitais de atendimento e venda, proporcionando uma experiência única, facilitada e funcional para o consumidor. Ou seja, ter em qualquer canal à disposição do cliente o mesmo conteúdo;
  • Agilidade: tanto o produto quanto a qualidade de atendimento é um diferencial. Ter canais ativos para que o consumidor entre em contato com você de forma mais rápida pode garantir um passo à frente da concorrência;
  • A apresentação importa: invista também nas alternativas de mostrar o seu produto. Aposte em imagens e vídeos e esteja atento à maneira como você coloca as informações – aquelas que são fundamentais precisam ficar em destaque.
  • Segurança: a comunicação é uma forma de diferenciação e pode trazer mais segurança para o consumidor. O canal digital, ao contrário da loja física, ainda pode gerar muitas dúvidas no cliente. “Quando a transação se dá pelo canal digital, é preciso checar as informações daquela loja. Então, uma das formas de se diferenciar é apresentar segurança. Entregar a mercadoria em um prazo que seja razoável e frete a custo baixo, bem como ter uma variedade de produtos e foco no cliente”, reforça o gerente de Inovação do Sebrae, Paulo Renato Cabral.


Fidelização de clientes

Além de atender às necessidades do cliente, Enio Pinto destaca que hoje os negócios também precisam ir além e entender quais são os sonhos do consumidor. “Você tem que se envolver o máximo possível com o cliente. Entender exatamente o que que ele deseja do seu empreendimento e encantá-lo com uma experiência incrível. Prontidão total e resolutividade”, garante.


Confira sugestões de fidelização:

  • Qualidade do serviço: a fidelização ultrapassa a questão de preço e se apoia também na excelência do atendimento, incluindo a atenção aos detalhes e ao consumidor. O pós-venda é fundamental, com destaque para a política de troca e devolução do empreendimento, por exemplo;
  • Cadastro de clientes: estratégia fundamental que ganhou ainda mais força com a chegada da pandemia. Durante os períodos mais críticos de isolamento, muitos empreendedores perderam boas vendas por não manterem atualizado o cadastro de clientes;
  • Melhore o seu CRM: as estratégias de Customer Relationship Management (CRM) costumam ser as mais indicadas para fidelizar clientes. “Cada vez mais, a gestão do cliente passa a ser chave para sustentabilidade do empreendimento. Então, vale o investimento”, garante o gerente de Competitividade do Sebrae, Cesar Rissete. Mas, se não há recurso para gastar com ferramentas com mais funcionalidades, o empreendedor pode buscar alternativas que servem o propósito inicial que é manter o contato com o cliente. As redes sociais, por exemplo, podem ser usadas para relacionamento com consumidores;
  • Ofereça a experiência completa: o cliente paga um preço, mas quer receber valor. De acordo com Pinto, o valor é a entrega de um benefício concreto, mas por meio de uma experiência incrível. “Quando você entra em um restaurante, o benefício que você quer é se alimentar. Por outro lado, você quer que isso aconteça em um ambiente seguro, com estacionamento. Você quer garçons preparados, pluralidade na forma de pagamento, música ambiente e ar-condicionado. Ou seja, é por aí que hoje os pequenos empreendimentos vão fidelizar o seu cliente”, complementa.


Mantendo um preço competitivo

O aumento nos custos de produção e a alta da inflação já tiraram o sono de muitos empreendedores brasileiros. Tal cenário trouxe ainda mais incerteza aos empresários que têm dificuldades em definir um preço por seu produto ou serviço. “A definição do preço é a estratégia mais adequada para o pequeno negócio se posicionar no mercado”, adianta Enio Pinto.


Como definir um preço competitivo para o cliente?

  • A regra dos “3 C”: o primeiro ponto a se prestar atenção são os custos, ou seja, o preço definido tem que, minimamente, cobrir o dinheiro gasto na produção. Já o segundo “C” é o da concorrência, pois é preciso fazer uma pesquisa de mercado a fim averiguar como os concorrentes estão precificando o produto ou serviço. Se eu tenho mais qualidade e experiência positiva do que meu concorrente, posso, eventualmente, lançar mão de um preço mais elevado. O último “C” é o de cliente. Nessa etapa final, eu tenho que avaliar quanto meu cliente está disposto a pagar pelo meu produto e sua percepção de valor;
  • Controle de estoques: nesse caso, a gestão é fundamental. Quando o estoque se mantém alto e os custos da mercadoria aumentam, automaticamente o estoque também fica mais caro e não é possível manter um preço competitivo;
  • Procure outros fornecedores: uma das dicas é pensar na substituição de fornecedores como alternativa quando os custos de insumos aumentarem, por exemplo;

Produto diferenciado: ao oferecer um produto ou serviço com diferenciações, o empreendedor está agregando valor e consegue somar no preço final. “Mesmo com um custo levemente alto, você consegue manter o consumidor porque você tem um produto diferenciado”, lembra Rissete.


Das escolas se espera ainda mais: 32 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente

No ano que completa 32 anos, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é considerado um marco importante para o futuro de crianças e adolescentes brasileiros, pois foi a partir daí que eles passaram a ser entendidos como pessoas em desenvolvimento e dotadas de direitos e deveres. As legislações anteriores voltadas às crianças tinham um viés completamente distinto ao que preconiza o ECA, pois o cunho era mais assistencial, para crianças em situação de vulnerabilidade, ou punitivo, para aquelas em conflito com a lei.  

Uma das concepções que alicerçam o estatuto é a de que crianças e  adolescentes devem merecer proteção integral e prioridade absoluta da sociedade e das políticas públicas, possibilitando a efetiva condição ao seu desenvolvimento. 

Nesse contexto, as escolas também tiveram que passar por um intenso processo de adaptação e incorporação de novas responsabilidades, a fim de garantir tanto a formação acadêmica dos estudantes quanto a atuação na garantia dos seus direitos e deveres . Bons exemplos podem ser encontrados ao redor do país, como a revisão dos regimentos escolares e dos projetos políticos pedagógicos mais alinhados à concepção do estatuto, abertura das escolas nos finais de semana e oferta de escolas de pais, convidando as famílias para participarem mais do dia a dia das escolas ou para dialogarem sobre temas relevantes. 

Passadas três décadas de aprovação do estatuto, as escolas seguem tendo um papel relevante a desempenhar. Porém, infelizmente, não é todo município que tem profissionais plenamente preparados ou que recebem o apoio necessário para conseguirem cumprir o que se espera deles. Vale destacar que, em algumas regiões do país, as escolas e as unidades de saúde são os únicos equipamentos públicos ao alcance da população. Nem todas as  redes de ensino particular ou pública, fazem investimentos constantes em formação dos profissionais e da comunidade escolar sobre temas da atualidade e que afetam diretamente a atuação dos docentes e o desempenho dos estudantes. Ou ainda, nem sempre conseguem contar com uma rede de proteção efetiva. 

O ambiente escolar é vivo e muito dinâmico, sofrendo reflexos constantes dos desafios contemporâneos da sociedade. Muitas das situações que ocorrem fora da escola e a afetam diretamente, dependendo da situação, sozinha, ela não terá condições de solucioná-los. Exemplo disso é o número de adolescentes em situação de depressão. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), um em cada cinco adolescentes sofre com problemas de saúde mental. Podemos citar ainda o bullying, que pode ser potencializado nas redes sociais, ou ainda, casos de separação dos pais e processos litigiosos de guarda; de violência física ou sexual; de trabalho infantil; uso de drogas; abandono da escola e até mesmo suicídio. Todas essas situações são exemplos do que pode afetar a dinâmica escolar e o rendimento dos estudantes, obrigando a escola a contar com o apoio das famílias ou da rede de proteção. 

Em 2006, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente aprovou uma resolução que instituiu o Sistema de Garantia dos Direitos, um importante mecanismo para assegurar e fortalecer a implementação do ECA, a partir da integração e da articulação entre o Estado, as famílias e a sociedade civil. O sistema deve contar com diversos profissionais e organizações, como: juízes, promotores, conselhos tutelares, escolas, profissionais que atuam nos centros de referência da assistência social (CRAS), agentes de saúde, entre outros. 

Cada vez fica mais claro, a garantia dos direitos e dos deveres preconizados pelo estatuto dependerá do diálogo, da articulação e da cooperação de profissionais e de organizações. Na prática, isso torna o processo mais potente, mas, ainda sim, mais complexo. 

Por isso, das escolas e dos seus profissionais vai se esperar cada vez mais: mais qualidade, conhecimento e profundidade para que estejam preparados para lidar com os desafios da contemporaneidade, fortalecendo a concepção de direitos e deveres das crianças e adolescentes, além de resguardá-los de vulnerabilidades. Somente assim, os estudantes terão condição de utilizar o espaço escolar e as relações com a comunidade que os cercam como oportunidades para o seu máximo desenvolvimento físico, emocional, intelectual e cultural. 

 

Eliziane Gorniak - mestre em Sustentabilidade e Gestão Ambiental, com MBA em Liderança e Gestão Pública e diretora do Instituto Positivo. 


Pesquisa revela que 83% dos brasileiros querem trocar de carro até o fim do ano

  • Dados do Webmotors Autoinsights mostram que 41% dos entrevistados que têm carro desejam SUVs e motor flex;
  • Levantamento informa também que quem não possui um veículo prefere modelos mais em conta, como hatches e sedãs

 

Nova pesquisa de intenção de compra e venda de carros realizada com exclusividade pela Webmotors com 2 mil usuários da plataforma em âmbito nacional revela que 83% dos brasileiros querem trocar de modelo até o final de 2022. 

De acordo com o levantamento, 41% dos 1.660 consumidores dispostos a uma mudança de veículo ainda neste ano desejam principalmente um SUV com motor flex. Na hora de pagar a conta, o financiamento parcial figura como a melhor escolha para quase 60% dos entrevistados.  

“Temos observado um interesse cada vez maior por SUVs entre quem já possui um veículo – inclusive, essa é uma das categorias mais buscadas na Webmotors”, afirma Cris Rother, CMO da Webmotors. “Por ser um carro versátil, os SUVs caíram no gosto do Brasileiro. Atende um público variável, desde os solteiros que gostam de viajar quanto as famílias que buscam espaço e conforto”.


Quem não tem carro quer hatch e sedã

O estudo destaca também um segundo perfil de usuário: 17% dos respondentes não possuem carro, mas consideram efetuar a compra de um veículo ainda este ano. Para eles, os modelos hatch (40%) e sedã (33%) são as melhores opções. 

“É natural que quem ainda não tem um veículo busque uma opção mais acessível, por isso era esperada uma predominância nas carrocerias hatch e sedã, que contam com muitas opções de carros de ‘entrada’, com menos itens, porém com um custo mais atrativo”, comenta Rother. 



Webmotors
www.webmotors.com.br

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