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terça-feira, 10 de maio de 2022

Alienação mental na isenção do IR: como funciona e como obter?

 Aposentados, pensionistas e ex-militares diagnosticados com alienação mental, possuem o direito de se isentarem do pagamento do Imposto de Renda – enquadrados na lista das 16 doenças graves em nossa legislação. Entretanto, mesmo se tratando de um benefício legal, o procedimento é desconhecido por muitos, especialmente devido à necessidade de um laudo psiquiátrico que comprove tal estado.

Prevista na Lei n. 7.713/88, a alienação mental é uma condição ampla que engloba diversas doenças. Em uma análise geral, o paciente diagnosticado apresenta alteração – completa ou parcial – de sua personalidade, comprometendo seu juízo de valor e, em situações mais severas, incapacidade de conviver sem o acompanhamento irrestrito de um responsável.

A distorção da realidade é uma das características mais presentes nestes quadros, agravada pelo alto risco a si próprio ou às pessoas ao seu redor. Dentre as classes mais conhecidas, a Esquizofrenia em estado crônico é uma das mais comuns e diagnosticadas, em conjunto com o mal de Alzheimer, entre outras psicoses. Existem diversas doenças que, quando não tratadas adequadamente, podem levar o indivíduo à alienação mental – casos que, poderão apenas ser identificados com a avaliação de um profissional qualificado.

Um médico perito deve realizar uma análise completa com cada paciente, identificando qual doença possui e sua gravidade, caso seja enquadrado na alienação mental. O relatório elaborado deverá ser o mais completo possível para fins de isenção do Imposto de Renda, identificando o quadro atual, todas as medicações de uso contínuo, além do CID da doença.

Quando preenchido por um profissional licenciado pela rede pública de saúde, o laudo deverá ser levado às fontes pagadoras para sua aprovação – seja o próprio INSS ou outras complementares. Uma vez aprovado, os beneficiários poderão recuperar todos os valores pagos retroativamente em até cinco anos, desde que a condição tenha sido adquirida dentro deste período.

Mesmo não existindo nenhum exame capaz de comprovar tal condição, é essencial contar com uma avaliação minuciosa de um psiquiatra e/ou neurologista para comprovação do estado do paciente. Apenas este documento completo poderá possibilitar a isenção do IR para os aposentados e pensionistas, evitando gastos desnecessários que possam prejudicá-los financeiramente.

Em 2021, mesmo em meio à pandemia, o número de contribuintes declarantes do IR superou a expectativa da Receita Federal, com cerca de 34 milhões de documentos recebidos, segundo dados do próprio órgão. Fora este alto volume, grande parte arca com quantias excessivas e indevidas, podendo se tornarem isentos em casos como o da alienação mental.

Evitando tal perpetuação, é extremamente importante que os pacientes diagnosticados enviem seus laudos para os órgãos responsáveis, viabilizando a recuperação dos valores dos cinco anos retroativos. Ainda, é sempre vantajoso contar com o apoio de uma empresa especializada no segmento, trazendo maior confiança na aprovação da isenção e garantindo a entrega correta dos documentos solicitados dentro do prazo estipulado.

 

Dra. Célia Moreira - médica psiquiatra.

 

Bruno Farias - sócio da Restituição IR, empresa especializada em restituição de imposto de renda.

 

Restituição IR

https://restituicaoir.com.br/

 

O que muda nas vendas e no agro com o novo mindset digital?

Tecnologia marca Agrishow 2022

Evolução das ferramentas e das tecnologias foram o grande destaque da maior feira de agronegócio da América Latina; veja como esses avanços impactam o modelo de vendas do setor e o que deverá acontecer com os postos de trabalho


Com 800 empresas e duração de 5 dias, a Agrishow 2022 bateu um valor recorde de vendas, que chegou a R $11,23 bilhões. Durante a feira, promovida na última semana, cerca de 193 mil pessoas puderam ver o novo momento do agro com suas grandes inovações tecnológicas. 

Mas, agora que  as grandes empresas estão investindo cada vez mais em ferramentas e soluções tecnológicas, como será que isso impacta nas vendas do setor? De acordo com Marcelo Scharra, mentor de vendas e  CEO da Aceleração de Vendas, empresa especialista em consultoria, treinamento e desenvolvimento de times comerciais, vivemos hoje um ciclo de grande desenvolvimento do conhecimento de novos produtos e tecnologias, tanto por parte de vendedores, quanto por parte dos clientes.

“Avanços como a capacidade de automação de um GPS são hoje um dos grandes desafios do agro, pois demandam uma nova preparação dos clientes. Por isso, a principal mudança que o mindset digital trouxe para o segmento é a necessidade de passar esse tipo de conhecimento, que demanda uma verdadeira mudança de pensamento, para a equipe de vendas, para que ela absorva e possa repassar tudo ao consumidor”, reforça.


Em vez de ferro e ação, a hora é de vender soluções

Marcelo Scharra foi um dos palestrantes da abertura da Agrishow no estande da John Deere, uma das maiores fabricantes mundiais de equipamentos agrícolas e de construção do mundo. Na ocasião, o executivo e seu sócio Felipe Chaya, da Aceleração de Vendas, levaram um pouco desse novo mindset para um público de mais de 700 pessoas, entre vendedores, revendedores e outros profissionais do agronegócio.

“Hoje, as companhias não vendem mais aço e ferro, e o trator é somente um dos produtos comercializados pela John Deere e demais marcas. A verdadeira mudança está em vender uma solução, seja por meio de uma máquina ou por meio da tecnologia”, destacou o especialista em vendas.

Para isso, segundo Scharra, é preciso fazer com que o produtor produza mais e mais barato, com menos impacto ambiental. “É preciso vender serviços que otimizem o trabalho, como tecnologias nas antenas, nas colheitas e em outras máquinas, como um monitoramento da colheita em que é possível ver à distância todos os dados da máquina, como consumo de óleo, de pneu, horas de trabalho etc, e a partir daí é possível dar um panorama ao produtor de como ele pode produzir mais com menos dinheiro”, explica.

O panorama do crescimento e da adesão da tecnologia no agro nos próximos cinco anos é bastante positivo, segundo o CEO da Aceleração de Vendas. De acordo com Scharra, nós deveremos ver um crescimento exponencial da adesão da tecnologia do campo, realmente impulsionada por fabricantes, que irão treinar seus vendedores para se tornarem “evangelizadores” dessa tecnologia, treinando os agricultores sobre seus benefícios, como consumir e principalmente como utilizá-la.


Automação X Autonomia

Com a automação das máquinas, será possível contar com uma máquina agrícola que não precisará de pessoas para fazer seu trabalho. “Esse processo de humanização e automação agrícola vem sendo discutido há algum tempo, e significa que o campo precisará de cada vez mais qualificação pessoal, aliás, não só no campo”, afirma Marcelo Scharra.

Trata-se da velha discussão: será que o uso das máquinas irá diminuir os postos de trabalho das pessoas? Pelo contrário, explana o especialista, pois esse movimento será uma evolução da redução do esforço físico humano. Dessa forma, a eventual redução de mão de obra no campo deverá ser compensada em outros setores. 

“Um bom exemplo é de que, antes, não existiam lojas de assistência técnica de celulares e, com o advento desses aparelhos, hoje, há diversos estabelecimentos desse tipo em funcionamento. Talvez essa mão de obra seja movida para outros setores da economia. Já em relação às vendas, o processo dependerá cada vez mais da expertise dos vendedores, pois, assim como as tecnologias aumentam, aumenta também a complexidade do processo de vendas, ainda mais quando contamos com consumidores que ainda precisam ser convencidos”, ressalta.

Por fim, o palestrante da John Deere destaca que as vendas ficarão cada vez mais consultivas, e as indústrias deverão fazer o papel de desenvolver, educar e treinar seus vendedores. “Não adianta procurar esse vendedor pronto no mercado, porque trata-se de um perfil muito raro. É o que vemos hoje em outras áreas, como nas redes sociais e no Customer Experience, cada vez mais, as necessidades dos agricultores serão individualizadas, e será preciso campanhas direcionadas para cada indivíduo e suas plantações”, finaliza.

 


Marcelo Scharra - cursou Engenharia na Unicamp, se formou em Administração pela PUC-SP e especializou-se em finanças pelo Insper. Hoje, é especialista e CEO da Aceleração de Vendas, uma plataforma de treinamento e consultoria de desenvolvimento de pessoas e equipes comerciais que buscam alta performance. Como treinador e palestrante de times comerciais, motiva equipes a se superarem como pessoas e profissionais. Scharra foi o criador da Metodologia SSF - Sales Science Framework de Aceleração de Vendas, que é implementada pela Consultoria Inside Business Design, da qual também é sócio fundador.

aceleracaodevendas.com.br

 

segunda-feira, 9 de maio de 2022

Lúpus e fibromialgia são temas de mostra na Estação Primavera-Interlagos, na Linha 9-Esmeralda da ViaMobilidade

  Exposição, pela Campanha Maio Roxo, visa conscientizar público sobre essas doenças reumáticas

 

Em uma série de painéis dispostos na Estação Primavera-Interlagos, da Linha 9-Esmeralda, passageiros têm a possibilidade de entender melhor o que são o lúpus e a fibromialgia, doenças que integram a campanha Maio Roxo. 

A mostra, uma iniciativa da Associação Brasileira SUPERANDO o Lúpus, Doenças Reumáticas e Raras com a ViaMobilidade Linhas 8 e 9, traz depoimentos de diversas pessoas que convivem com as duas condições. 

Entre está o de Simone Silvestri, coach e terapeuta de 49 anos. Ela foi diagnosticada com fibromialgia em 2000 e conta como descobriu o problema, que causa muitas dores, e os desafios que enfrentou. 

Com a mostra, a associação SUPERANDO espera conscientizar a população sobre essas doenças, a fim de que as pessoas busquem informação, diagnóstico precoce e tratamento, além de aprenderem a respeitar quem convive com as duas condições reumáticas.


 Sobre a associação SUPERANDO

A Associação Brasileira SUPERANDO o Lúpus, Doenças Reumáticas e Raras iniciou atendendo pessoas com Lúpus e seus cuidadores. Com o passar do tempo passou a atender pessoas acometidas por doenças reumáticas e raras. Hoje atende desde o público infanto-juvenil até o idoso. O trabalho da SUPERANDO está embasado em 4 pilares: Apoiar, Informar, Orientar e Advocacy. A instituição tem como missão, informar e orientar as pessoas com doenças reumáticas e/ou raras, no âmbito

 

Serviço:
Mostra Maio Roxo -- Campanha de conscientização sobre lúpus e fibromialgia
Estação Primavera-Interlagos -- Linha 9-Esmeralda: até final de maio


Campanha de conscientização de asma, dermatite atópica e rinite estão na estação Paulista de metrô

Exposição busca conscientizar a população sobre os sintomas, riscos e tratamentos da Asma, Dermatite Atópica e Rinite

 

Durante o mês de maio, quem passar pela estação Paulista (Linha 4-Amarela de metrô) pode conferir a exposição que busca conscientizar a população sobre os sintomas, riscos e tratamentos da Asma, Dermatite Atópica e Rinite. A ação marca o mês de comemoração do Dia Mundial da Asma. A exposição, composta por 20 painéis, é uma parceria da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) com a ViaQuatro e a ViaMobilidade, concessionárias responsáveis pela operação e manutenção das linhas 4-Amarela e 5-Lilás de metrô, respectivamente.

 

A asma acomete cerca de 10% da população brasileira e é a causa de morte de aproximadamente duas mil pessoas por ano. É uma doença inflamatória crônica das vias respiratórias que pode ser causada ou intensificada por diversos fatores como ácaros da poeira, mofo, polens, infecção respiratória por vírus, excesso de peso, rinite, refluxo gastroesofágico, medicamentos e predisposição genética.

 

A dermatite atópica (DA) é uma doença inflamatória da pele, crônica, recidivante e que acomete, principalmente, crianças e adolescentes com história familiar de alergias respiratórias como rinite e asma ou quadros de eczema (dermatite). Pode começar em qualquer idade, geralmente após os três a seis meses de vida, mas tende à remissão antes da adolescência. Alguns trabalhos têm mostrado que vem aumentando a incidência de quadros de dermatite atópica se iniciando na vida adulta, mesmo após os 30-40 ou 50 anos.

 

A rinite alérgica é mais comum após os 2 anos de idade e atinge cerca de 26% das crianças. Em adolescentes, esse percentual vai a 30%, de acordo com dados do ISAAC (Estudo Internacional de Asma e Alergias na Infância). Os sintomas da Rinite são coceira frequente no nariz e/ou nos olhos, espirros seguidos, principalmente pela manhã e à noite, coriza (nariz escorrendo) frequente e obstrução nasal.

 

“Não poderia ter melhor lugar para informar sobre asma, dermatite atópica e rinite do que nas estações de metrô da maior cidade brasileira, levando em consideração que precisamos alertar para a importância de se seguir o tratamento da asma orientado pelo especialista, que atualmente está entre os maiores desafios para se atingir o controle da doença”, enfatiza o presidente da ASBAI Dr. Emanuel Sarinho.

 

Para Juliana Alcides, gerente de Comunicação e Sustentabilidade da ViaQuatro e da ViaMobilidade, as iniciativas fazem parte do compromisso que as concessionárias têm com a sociedade. “Pensar nossas estações como espaços de acesso à orientação de saúde e incentivo ao bem-estar de todos é fundamental para possibilitar uma mobilidade cada vez mais humana, e esse é um dos nossos principais objetivos”, diz.


ASBAI Associação Brasileira de Alergia e Imunologia

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 Serviço

 

Exposição informativa sobre Asma, Dermatite Atópica e Rinite 

Local: Estação Paulista – Linha 4-Amarela 

Data: De 05 a 31 de maio

 

Uso de narguilé, morder objetos e palitar os dentes: descubra como esses hábitos afetam a saúde bucal

A estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que 3,5 bilhões de pessoas sofram com doenças bucais, representando quase metade da população mundial. Falta de escovação adequada, morder objetos como canetas e lápis, além de palitar os dentes frequentemente estão entre alguns dos hábitos que podem prejudicar a saúde das pessoas e desencadear diversas doenças bucais. 

A última Pesquisa Nacional de Saúde do Instituto Brasileiros de Geografia e Estatística (IBGE) estima que a escovação dos dentes pelo menos duas vezes por dia é feita por 149 milhões de brasileiros, representando 93,6% da população. Se avaliado por regiões, o índice ultrapassa 94% das pessoas que vivem em áreas urbanas e 87% em áreas rurais. A pesquisa - de 2019 e realizada a cada 5 anos - também mostra que o hábito da escovação diminui entre as pessoas com 60 anos ou mais, registrando 86,5% da população idosa. 

No entanto, a escovação não é o único ponto a ser considerado quando o assunto é saúde bucal. Existem diferentes hábitos que colocam a saúde em risco, como explica a cirurgiã dentista, Melissa Sampaio Leal. "Uso de narguilé, fazer clareamento dental sem orientação do dentista, uso de carvão ativado, morder objetos, abrir garrafas com os dentes e uso de escovas muito duras são exemplos de hábitos ruins para a saúde bucal", exemplifica. 

O consumo de alguns grupos alimentares também está ligado ao maior risco de surgirem doenças. “Existem alimentos doces que podem causar cáries nos dentes, como balas, chocolates, chicletes, pirulitos e outros. Alimentos ácidos como o limão também merecem atenção, já que podem causar aftas ou desmineralização dos dentes”, pontua Leal.
 

Tabagismo - segundo o IBGE, o tabagismo representa um dos principais fatores de risco evitáveis à saúde. O Instituto indica que o percentual de fumantes no país vem diminuindo com o passar dos anos, mas ainda representa quase 10% da população brasileira. Quando o assunto é saúde bucal, o uso de cigarros também está entre as causas que oferecem risco. “O cigarro causa manchamento (dentes amarelados) e tártaro (cálculo dental). Já na gengiva e tecidos moles, como as bochechas e a língua, o cigarro causa vasoconstrição, acarretando em falta de fluxo sanguíneo na região”, levando ao desenvolvimento de câncer de boca.
 

Frequência de cuidados - A frequência de cuidados com dentes e a boca como um todo é um importante fator que previne o aparecimento de problemas graves. A orientação do Conselho Federal de Odontologia é que as pessoas devem ir ao dentista a cada seis meses, mesmo que não tenham identificado nenhum problema aparente. 

Da mesma forma, a dentista dá dicas para que as pessoas saibam identificar quando a saúde da boca precisa de um olhar profissional. “A má saúde bucal pode ser observada por vários sinais e sintomas. Nos dentes, por exemplo, existe uma curiosidade: a cárie começa com uma manchinha branca e opaca, como se fosse giz de cera. Só depois de um tempo que fica escurecida. Na gengiva, vemos um aspecto avermelhado e sangrante, que às vezes ‘coça’”, destacando que o mau hálito também é um indício de que está na hora de fazer uma visita ao dentista.
 

Planejamento para tratamentos de saúde - a falta de planejamento para visitas regulares ao dentista também é um dos fatores de risco à saúde. A clínica Dental Blue, de Curitiba (PR), desenvolveu uma solução para que as pessoas possam ir ao dentista, sem comprometer o orçamento mensal. O projeto é chamado de Adesão de Tratamento Planejado (ATP) e tem o objetivo de garantir tratamento adequado, respeitando a realidade financeira dos pacientes que não têm plano odontológico. 

“O foco é garantir que as pessoas cuidem da saúde bucal, respeitando a renda e capacidade financeira de cada um. É realizar procedimentos de emergência e urgência, mas o objetivo principal é promover a prevenção e cuidado regular”, finaliza o diretor da Dental Blue, Josué Florêncio.



Dental Blue 

Casos de síndrome respiratória aguda elevam o número de internações pediátricas

Testes sindrômicos, capazes de identificar simultaneamente mais de um vírus ou bactéria que causam sintomas parecidos, podem auxiliar no diagnóstico e tratamento de diferentes doenças típicas do outono

 

Ao apresentar sintomas parecidos como coriza, tosse, febre e dor de garganta, as doenças respiratórias, comuns nessa época do ano, têm sido motivo de preocupação de pais e profissionais da saúde. Com unidades pediátricas de pronto atendimento e internações operando perto da capacidade máxima, o vírus sincicial respiratório (VSR), que atinge brônquios e pulmões, desencadeando casos de bronquiolite e pneumonia, está entre os principais responsáveis pelo atual quadro de saúde na capital paulista e interior.

Diante de possíveis dúvidas que podem surgir durante a análise clínica para o diagnóstico correto da síndrome respiratória aguda, uma vez que outros vírus como Covid-19 e influenza podem também levar a tal condição, novos exames têm cumprido um papel de extrema importância nesse contexto. Os testes sindrômicos, assim denominados por sua capacidade de identificar, simultaneamente, diversos vírus e bactérias que podem estar agindo sobre o sistema imunológico do paciente, seguem liderando a lista das soluções mais eficazes e precisas dos últimos tempos, desde que a pandemia do novo coronavírus se estendeu pelo mundo.

“São ferramentas laboratoriais de testagem, capazes de identificar e diferenciar uma série de patógenos simultaneamente, e apontar, inclusive, se a criança está contaminada por mais de um agente infeccioso ao mesmo tempo. Ao apresentar sintomas clínicos parecidos, as doenças respiratórias impõem dificuldade ao diagnóstico baseado apenas na avaliação médica dos pacientes pediátricos, consequentemente, ao tratamento mais adequado para combater determinada infecção”, destaca Marcela Varela, Gerente de Marketing da QIAGEN na América Latina, que apresenta, entre suas soluções, o QIAstat-Dx, um teste sindrômico que permite a avaliação de um painel respiratório do paciente, ao identificar o causador dos sintomas, incluindo o VSR, o influenza e o  SARS-Cov-2.

Atuando na linha de frente de combate a essas infecções, o médico intensivista do Hospital das Clínicas, Dr. Daniel Joelsons, explica que essas ferramentas são de extrema importância para a efetividade dos sistemas de saúde, que nessa época costumam registrar superlotação. “Caso a infecção seja por bactéria, já iniciamos a administração de antibióticos. Caso precise de isolamento, já providenciamos essa conduta e o tratamento adequado. Os testes sindrômicos facilitam o trabalho da equipe médica e reduzem os efeitos colaterais dos medicamentos desnecessários”, destaca o especialista.

Voltado ao diagnóstico clínico e com registro ativo na ANVISA, o QIAstat-Dx libera o resultado da análise em até uma hora. Sua tecnologia tem o potencial de diminuir o tempo de permanência do paciente no hospital, evitar internações desnecessárias e identificar pacientes que, dependendo da contaminação, precisam de isolamento ou demais medidas de controle da infecção.

 

QIAGEN

https://www.qiagen.com/us/

https://www.qiagen.com/us/


Queda de temperatura saiba como se proteger de doenças respiratórias

Médica explica como aumentar a imunidade e evitar doenças nos dias mais gelados do outono, inverno


A mudança repentina de temperatura afeta a saúde da população, movimentando as emergências dos hospitais, cujos atendimentos a pacientes com transtornos respiratórios chegam a 70% do total. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que as doenças respiratórias ocupam o terceiro lugar entre as maiores causas de morte no mundo, e em tempos de coronavírus os cuidados devem ser redobrados.

O sistema respiratório do corpo humano está em contato direto com o ar que respiramos e, embora disponha de um complexo mecanismo de defesa contra agentes nocivos externos, algumas vezes essas barreiras são vencidas e, então, surgem disfunções orgânicas.

De acordo com a médica otorrinolaringologista Dra. Maura Neves Otorrinolaringologista pela USP, as mudanças bruscas de temperatura impactam na imunidade e no sistema respiratório: “o nariz é um órgão que tem a função de aquecer, filtrar e umidificar o ar. Já estamos com o ar mais seco e com variações bruscas de temperatura, o nariz acaba sofrendo bastante e pode ter sua função comprometida”, conta.

A baixa temperatura causa estresse no corpo e impacta as vias respiratórias. “O nariz vai ter de trabalhar dobrado para compensar o ar gelado inspirado”, Explica.

Para evitar doenças, a médica deixa algumas dicas:

- Mantenha-se agasalhado e aquecido;

- Aumente a hidratação;

- Evite usar roupas que estavam guardadas há muito tempo -- sempre tire antes para lavar e tomar sol, em especial quem tem alergias;

- Lave o nariz com soro para ajudar a remover vírus, bactéria, alérgenos, poluição e poeira, reduzindo irritações;

- Mantenha a boa nutrição;

- Tenha a caderneta de vacinação sempre atualizada;

- Pratique o distanciamento social, evite locais fechados e aglomerados.
 


Dra. Maura Neves - Otorrinolaringologista


Silencioso e de diagnóstico tardio, Câncer de Ovário possui alta taxa de mortalidade, mas pode ser mapeado por fatores genéticos

 Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que em 2020 cerca de 6.650 mulheres descobriram a doença, que pode ser fatal em mais da metade dos casos.

 

O Câncer de Ovário é a segunda neoplasia ginecológica mais comum, atrás apenas do câncer de colo do útero, e é o mais letal entre os cânceres ginecológicos. A doença não costuma apresentar sintomas em sua fase inicial, porém quando está no estágio avançado, sintomas como inchaços abdominais, perda de peso, dor pélvica e alterações dos hábitos intestinais e urinários são mais comuns.

Um levantamento realizado pelo INCA mostrou que os estados com as maiores incidências da doença em 2020 foram Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Distrito Federal. 

O médico geneticista e CEO do laboratório Mendelics, David Schlesinger, alerta para a importância do diagnóstico precoce da doença, que pode ser influenciada por fatores de risco genéticos, como mutações nos genes BRCA1 e BRCA2. “Para mulheres com suspeita de risco genético, o exame de DNA pode identificar mutações associadas ao aumento do risco de câncer de ovário e outros tipos de câncer, como o de mama. Esse tipo de exame é importante, pois ajuda o médico a definir as medidas preventivas de rastreamento e o melhor tratamento, caso a doença se desenvolva ”, explica David.

Convidamos o geneticista para esclarecer as principais dúvidas sobre o assunto, no mês que marca o dia mundial da doença. Confira:


Alguém da minha família descobriu um câncer de ovário, quais são as chances que tenho de também desenvolver a doença?

O câncer é uma doença genética influenciada pela idade e diferentes fatores ambientais como tabagismo, consumo excessivo de álcool e obesidade. O câncer de ovário é um tipo de tumor que, geralmente, se desenvolve em mulheres acima de 40 anos. 

Para mulheres da população em geral, o risco de câncer de ovário é de 1,2% até os 80 anos de idade. Contudo, para aquelas que têm uma mutação nos genes BRCA1 e BRCA2, o risco aumenta para 44% e 17%, respectivamente. Mutações nesses genes podem ser herdadas e mudam não só o risco de desenvolvimento de câncer de ovário, mas também de câncer de mama e outros tipos de câncer. 

Desta forma, a chance de desenvolver o câncer de ovário depende se a pessoa da sua família que descobriu a doença possui mutações que aumentam o risco e se há possibilidade dessa mutação ter sido passada para você, como de pais para filhos.


O risco de desenvolver a doença varia se o familiar for materno ou paterno?

Todas as pessoas, sejam do sexo feminino ou masculino, possuem os genes BRCA1 e BRCA2. Alterações nesses genes aumentam o risco de desenvolver câncer de próstata, mama, ovário, entre outros. As mutações hereditárias nos genes BRCA1 e BRCA2 podem ser transmitidas para as gerações seguintes, sendo que a chance de passar a mutação para uma filha ou filho é de 50%, independente se for proveniente do pai ou da mãe e, se a mutação tiver sido transmitida, o risco de desenvolver a doença é o mesmo independente de qual familiar a transmitiu.
 

Todos os tipos de cânceres podem ser influenciados pela genética?

O câncer é uma doença causada por mutações em genes que atuam no crescimento e divisão celular. Essas alterações fazem com que os genes não executem suas funções corretamente levando as células a se dividirem incontrolavelmente. Embora a maior parte das mutações sejam ocasionadas por fatores ambientais como tabagismo e consumo de álcool, algumas são herdadas e aumentam o risco de desenvolvimento de tumores. Esse é o caso das mutações que conferem as Síndromes de Câncer Hereditário. Até hoje, mais de 50 Síndromes de câncer hereditário foram identificadas, entre elas a Síndrome de Câncer de Mama e Ovário Hereditário e Síndrome de Lynch, que aumenta a chance de desenvolvimento vários cânceres, como ovário, mama, colorretal e estômago.

 

Como são feitos os testes genéticos para diagnósticos de câncer de ovário hereditário?

Os exames genéticos para câncer hereditário analisam uma amostra da pessoa para identificar as mutações presentes nela, e avaliar se existe maior predisposição genética ao câncer. No câncer hereditário, a mutação que causa a doença está presente em todas as células do corpo, assim, exames para detecção desse tipo de câncer são realizados com amostra de DNA do sangue, mucosa bucal, saliva ou qualquer outro tecido. 

Sequenciamento de Nova Geração (NGS) e exames de MLPA são os principais exames genéticos para identificar o câncer hereditário. Eles servem para confirmar se a causa do câncer é hereditária e para definir procedimentos e tratamentos preventivos, também servem de alerta para a família do paciente, que deve seguir com medidas preventivas, como aconselhamento genético e acompanhamento médico regular.


Sobre câncer de ovário, qual a porcentagem de casos genéticos?

Cerca de 15-23% dos casos de câncer de ovário são causados por uma mutação herdada dos pais, são os chamados tumores hereditários. Dos tumores de ovário hereditários entre 65-85% são causados por uma mutação herdada nos genes BRCA1 ou BRCA2, genes que ajudam a reparar os defeitos do DNA.

 

Os sintomas mudam quando o câncer de ovário é hereditário?

O câncer de ovário hereditário e esporádico apresentam sintomas semelhantes, contudo, os hereditários costumam aparecer em mulheres com idade inferior a 40 anos de idade e podem estar associados a outros tumores como o de mama e pâncreas.

 

Quando procurar um médico especialista?

Mulheres que possuem familiar de primeiro grau diagnosticado com câncer de ovário com idade inferior a 40 anos, ou familiares com tumores de mama, pâncreas e próstata diagnosticados antes dos 50 anos de idade, devem procurar um médico geneticista para avaliação da história familiar. 

Mulheres que não possuem essas condições devem ir frequentemente ao ginecologista para a realização de exames de rotina e estar atentas a sinais como inchaço abdominal, perda ou ganho de peso inexplicável, perda de apetite, sangramento vaginal anormal, dor durante o ato sexual, e alterações na menstruação.


É possível diagnosticar a tendência ao desenvolvimento da doença ainda na infância?

Não há indicações para a testagem de câncer de ovário hereditário em crianças, uma vez que não existem diretrizes que possam modificar o risco da doença nessa faixa etária.


O que posso fazer para diminuir os riscos de ter a doença?

Alguns cuidados podem ser tomados para reduzir o risco de câncer de ovário, como praticar exercícios físicos, ter uma alimentação balanceada e saudável, eliminar o consumo de cigarros e diminuir o consumo de álcool.

O acompanhamento médico é fundamental. Para as mulheres com mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, entre 30-35 anos e aquelas que ainda queiram ter filhos, o médico pode solicitar exames de rastreamento periódicos a cada 6 meses. Já para as mulheres na faixa etária de 40- 45 anos e com mutações nos genes BRCA, além dos exames de rastreamento, o médico pode indicar cirurgia de redução de risco.



Mendelics - laboratório brasileiro especializado no Sequenciamento de Nova Geração (NGS).


Automedicação: uma prática que coloca em risco a saúde de todos

A automedicação, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), consiste no uso de medicamentos ou chás por pacientes para tratar suas próprias doenças, muitas vezes sem a prescrição de um médico.


Embora o indivíduo tenha a intenção de se cuidar com a automedicação, ela pode ser bastante prejudicial, principalmente no que se refere à interação entre os remédios. Um medicamento, por exemplo, pode diminuir ou aumentar o efeito de outro. Além disso, muitas pessoas se automedicam sem conhecimento prévio dos possíveis efeitos colaterais e, ainda, correm o risco de aplacar sintomas temporariamente, mascarando uma doença mais grave e adiando, portanto, seu diagnóstico e tratamento correto.

É importante frisar que a automedicação apresenta riscos ainda maiores para alguns grupos em particular, como entre idosos e pacientes oncológicos. O uso de calmantes por pessoas da terceira idade tem como consequência o aumento dos riscos de quedas e piora da memória, bem como a dependência. Já em pacientes com câncer, o remédio pode até mesmo reduzir o efeito da quimioterapia, atrapalhando o tratamento.

Uma prática muito comum é o uso de analgésicos (medicamentos para dor) por pacientes portadores de dor crônica. Uma atitude bastante comum é utilizar analgésicos para alívio de dores de cabeça. Existe um tipo de dor de cabeça por uso excessivo de remédios, ou seja, o paciente toma o medicamento para obter melhora, mas o remédio piora a sua própria dor. Vale ressaltar que, em muitos casos, o paciente não relata o uso do remédio para o seu médico, o que pode dificultar o sucesso do tratamento.

A automedicação, portanto, pode ser uma prática arriscada a sua saúde. Abaixo, deixo algumas dicas importantes no combate à automedicação:

- Sempre que passar em consulta médica, questione seu médico sobre o que você poderia tomar em caso de dor, náuseas e vômitos;

- Questione sempre seu médico sobre quais os sinais de alerta para os seus sintomas mais comuns, que devem te fazer procurar um pronto-socorro ou uma ajuda médica precoce;

- Se você é portador de alguma doença que causa dor crônica, acompanhe com um especialista e siga as orientações prescritas, evitando tomar remédios sem prescrições;

- Algumas medicações como anti-inflamatórios e corticoides têm muitos efeitos colaterais e devem ser evitados sem prescrição médica;

- Os antibióticos, se usados indiscriminadamente, selecionam a flora bacteriana da pessoa, podendo chegar um momento em que a sua utilização terá de ser indicada também no caso de doenças simples;

- Evite medicações que contêm mais de um princípio ativo, pois há maior chance de efeitos colaterais e interação entre os remédios.

Por fim, a melhor forma de cuidar da saúde é com uma boa alimentação, praticando atividade física e evitando agentes causadores de estresse. Assim, com certeza, a sua necessidade de utilizar remédios irá diminuir. 

 


Dra. Daniela Lima - geriatra da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.


Olá, praticidade! Descubra como as lentes de contato podem facilitar sua rotina


Já imaginou gastar horas e horas fazendo aquela make perfeita e depois não conseguir mostrar ela em sua totalidade? Ou não conseguir ter 100% de performance no seu esporte favorito por que as lentes acabaram embaçando ou ele incomodou de alguma forma? Ou até mesmo se encontrar desprevenido caminhando na rua em um dia chuvoso ou de garoa e o item não permitir com que você enxergue com clareza?

É fato que quem precisa de correção visual necessita dos óculos para poder ver melhor. Mas é fato também que existem outras formas de corrigir o problema dos olhos de uma forma que seja possível aproveitar o dia a dia e todas as situações com muito mais conforto, liberdade e praticidade. E qual é ela? As lentes de contato! Queridinhas de seus usuários, elas são apresentadas aqui como uma excelente possibilidade e opção versátil e completa para ser adaptada para corrigir o problema de cada pessoa - ou seja, atendem as necessidades para diversos “graus”. Elas são consideradas excelentes pois, além de ajudarem na correção do problema ocular, elas proporcionam comodidade e liberdade de movimento.  Outro ponto importante em relação às lentes é que já existem modelos que trazem além de conforto imbatível, controle da luz, proteção UV que bloqueia 100% da radiação UVB e mais de 99% da radiação UVA, filtro de luz azul que bloqueia até 55% da luz azul em ambientes externos e 15% em ambientes internos, redução do impacto da claridade intensa, melhora visão noturna e contraste das cores, como a ACUVUE® OASYS com Transitions™, a lente de contato que pode ser uma grande aliada na preservação da saúde ocular. 

As lentes de contato podem ser uma uma opção prática para o dia a dia, se tornando grande aliada para os pacientes com miopia, astigmatismo, hipermetropia e até mesmo presbiopiaa (vista cansada). Óculos podem limitar atividades físicas, como certos esportes. Óculos podem escorregar, cair ou atrapalhar a performance, especialmente daqueles que precisam se movimentar com agilidade. Portanto, praticar esportes utilizando lentes de contato é muito mais confortável. Com elas, o usuário pode ter melhora na qualidade da visão quando comparado com os óculos de grau. Lentes de contato podem incusive aumentar o campo visual, por exemplo, além de serem resistentes à alterações que condensam as lentes dos óculos, como o suor”, relata Dra. Debora Sivuchin, oftalmologista do time de educação médica da Johnson&Johnson Vision.

E para quem ainda é apegado aos óculos e não quer dar uma chance para as lentes de contato por acreditar que o processo de adaptação é complicado, lento e burocrático, fica a dica: é muito fácil e tranquilo!

Dra. Debora ainda ressalta: “A adaptação das lentes de contato é um processo dinâmico. Não basta colocar as lentes nos olhos. Há a necessidade de uma adaptação com um médico oftalmologista  que possa atender as dúvidas e possíveis queixas. Ao final do processo, o paciente deve se sentir assistido, para usar as suas lentes de contato com segurança. A cada consulta, além do exame oftalmológico, é necessário conferir como estão sendo realizados os cuidados com limpeza, assepsia e tempo de uso das lentes", finaliza. 

E é claro que para manter a saúde visual em dia, além de passar pelo processo de adaptação de lentes de contato da forma correta, é necessário realizar consultas regulares com o médico oftalmologista. Esse é o profissional responsável por indicar e fornecer dicas, informações e tirar dúvidas a respeito do uso de lentes de contato, dos óculos, além de orientar as melhores práticas para uma visão saudável.

 


Johnson & Johnson Vision

 www.acuvue.com.br


A Neurobiologia da depressão

O que acontece no cérebro do indivíduo deprimido?

 

A depressão é a doença psiquiátrica mais frequente na atualidade, sendo considerada por muitas autoridades em saúde como o “mal do milênio”. Dados de uma pesquisa realizada nos EUA apontam que 1 em cada 6 pessoas pode desenvolver depressão ao longo da vida.

 

Os principais sintomas dessa doença são humor deprimido, anedonia (habilidade de sentir prazer reduzida), irritabilidade, dificuldades de concentração e alterações no apetite e sono.

 

Apesar de tão frequente, são poucas as informações sobre a fisiopatologia da depressão. Em parte, essa carência de informações se deve à dificuldade da obtenção de informações sobre a patogênese de doenças no sistema nervoso central, devido à invasividade de técnicas diagnósticas.

 

Algumas técnicas disponíveis para documentar alterações cerebrais dependem de estudos post-mortem, com inúmeras limitações; já os exames de imagem dependem de marcadores de atividade neuronal para a detecção, o que encarece e muitas vezes, inviabiliza a técnica. 

 

Pesquisadores renomados da área de neurociências afirmam que a depressão deve ser encarada como uma condição heterogênea, em que há o envolvimento de diversos sistemas neuronais e outras comorbidades.

 

Estudos epidemiológicos sugerem que entre 40-50% dos casos de depressão envolvem um componente genético, caracterizando a depressão como uma doença hereditária. No entanto, até hoje, não foram identificados os genes envolvidos na fisiopatologia da depressão. 

 

A herança genética é só um dos inúmeros fatores envolvidos na patogênese da depressão. Os fatores não-genéticos, como estresse, trauma emocional, infecção viral (ex.: Borna vírus), estilo de vida, dieta, experiências de vida prévia, inclusive na fase intrauterina durante o desenvolvimento do sistema nervoso central (SNC), podem estar envolvidos na etiologia da doença.


 

O estresse é um dos principais fatores de risco da depressão.

 

Estudos sugerem que boa parte dos casos iniciam-se após um episódio de estresse intenso. Hoje em dia, muitos pesquisadores focam seus estudos nas alterações epigenéticas relacionadas à depressão, que podem ser transmitidas de mãe para filho, e são provocadas pela influência que o ambiente exerce sobre nossas experiências de vida e organismo.

 

O diagnóstico da depressão é essencialmente clínico. O médico avalia a presença de sintomas depressivos no paciente por pelo menos 2 semanas, e quando esses sintomas prejudicam a vida social e profissional do paciente.

 

Existem diversas classes de medicamentos disponíveis para o tratamento da depressão, e eles começaram a revolucionar a terapêutica dos quadros depressivos a partir da década de 1950.

 

As primeiras classes utilizadas foram as dos antidepressivos tricíclicos (ex.: imipramina) e dos inibidores da MAO (ex.: iproniazida). O uso desses fármacos no tratamento da depressão trouxe as primeiras luzes para o entendimento da neurobiologia da depressão. 

 

O mecanismo de ação agudo desses fármacos, bem como dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ex.: fluoxetina), dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina e noradrenalina (ex.: duloxetina), baseia-se no aumento dos níveis desses neurotransmissores na fenda sináptica.

 

No entanto esse não é o único mecanismo desses fármacos. O efeito terapêutico dos antidepressivos só é observado após 3-4 semanas de tratamento, devido à necessidade do remodelamento sináptico.

 

Estudos demonstraram que o uso crônico de antidepressivos pode contribuir para a neuroplasticidade (capacidade dos neurônios se adaptarem a diferentes situações/estímulos), devido ao aumento da concentração de neurotrofinas (fatores que estimulam o crescimento neuronal) no SNC.

 

Por isso, existem duas teorias que podem explicar a neurobiologia da depressão: a teoria monoaminérgica e a teoria neurotrófica. A teoria monoaminérgica refere-se à redução do conteúdo de neurotransmissores monoaminérgicos (noradrenalina, serotonina, dopamina) em regiões cerebrais responsáveis pelo controle das emoções e humor.

 

Já a teoria neurotrófica, reflete que, com o uso crônico dos antidepressivos, os níveis de neurotrofinas, como o BDNF, aumentam. Esses níveis aumentados contribuem para a plasticidade sináptica e arborização dendrítica nessas mesmas regiões do cérebro.

 

 Dra. Marissa Schamne - Doutora em Psicofarmacologia e co-fundadora da Escola Rigor Científico. Acesse www.rigorcientifico.com.br para conhecer outros artigos sobre ciência e saúde.

 

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Referências consultadas:

 (1) Krishnan V, Nestler EJ. The molecular neurobiology of depression. Nature. 455(7215),894-902 (2008). (2) Maletic, V., Robinson, M., Oakes, T., Iyengar, S., Ball, S.G. and Russell, J. Neurobiology of depression: an integrated view of key findings. International Journal of Clinical Practice, 61, 2030-2040 (2007). (3) Manji, H., Drevets, W. & Charney, D. The cellular neurobiology of depression. Nat Med 7, 541–547 (2001). (Imagem 1) Torres, G., Gainetdinov, R. & Caron, M. Plasma membrane monoamine transporters: structure, regulation and function. Nat Rev Neurosci 4, 13–25 (2003). (Imagem 2) Nesteler et al. Neurobiology of depression. Neuron, 34, 13–25, (2002).



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