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segunda-feira, 9 de maio de 2022

A vacinação contra covid-19 e seus reflexos nas relações trabalhistas

Há mais de um ano do início da vacinação no Brasil, esse tema ainda vem gerando diversos debates na área do Direito do Trabalho.

Mesmo a vacina sendo tão aguardada pela maioria da população, há uma parcela da sociedade que por motivações negacionistas, antivacina ou mero receio, optou por não se vacinar. Entretanto, essa opção não traz impacto apenas para quem não se vacina, além de, não contribuir com o fim da Pandemia, também pode passar a representar um maior risco de contaminação aos demais indivíduos que compartilham do mesmo ambiente.

Quando se trata de um ambiente coletivo de trabalho, a opção deste empregado de não se vacinar, pode impactar na vida dos demais colaboradores daquela empresa e a partir desta situação que começaram a surgir os questionamentos. Afinal de contas, pode demitir quem se negar a tomar vacina? Essa demissão pode ser por justa causa? Quem não quer se vacinar, pode pedir rescisão indireta por entender que a empresa está o discriminando?

Nos últimos tempos esse vem sendo um assunto em alta na Justiça do Trabalho de todo o país, empregadores e empregados buscando a tutela de seu direito, na intenção de se discutir se o direito individual prevalece sobre o coletivo, ou o contrário.

Ao analisar as decisões sobre o tema, verificamos que os Tribunais estão entendendo como possíveis as demissões em razão da negativa de vacinação por parte do empregado, inclusive convalidando as demissões por justa causa, exatamente por entenderem que se negar a tomar a vacina caracteriza ato gravíssimo, visto que o empregado coloca em risco  não apenas a sua saúde e vida como também a de seus colegas de trabalho e de toda a comunidade onde convive, considerando ser público e notório que o vírus da Covid-19 é altamente contagioso e somente a vacina, juntamente com as medidas protetivas indicadas pela Organização Mundial de Saúde são suficientes para combater a pandemia.[i]

Ou ainda, que no ambiente do Estado de Direito, muitas liberdades convivem e, não raro, colidem. O direito de escolher se deseja ou não ser imunizado é uma delas, deve ser assegurado a quem - em que pese não existir para essa decisão um mínimo motivo com fundamento científico - não desejar fazê-lo. Tal exercício de liberdade não pode, entretanto, vilipendiar o interesse coletivo (dentro da empresa) e social (dentro da comunidade) de ampliar a proteção de todos, diminuindo as infecções e, com elas, a sobrecarga do sistema público de saúde. Concluindo que se equipara à liberdade individual de negar-se à imunização, o direito patronal de não manter em seus quadros de empregados, ampliando os riscos de infecção de outros empregados ou de clientes, aquele que se recuse imotivadamente ao ato de imunização.[ii]

Bem como, que é dever do empregador oferecer aos seus empregados ambiente de trabalho salubre e seguro, nos termos da Lei, e que uma vez que a empresa disponibilizou aos seus colaboradores informativos sobre a necessidade de minimizar os riscos de contágio, incluindo, por óbvio, a necessidade de aderir ao sistema de imunização, o Tribunal ficou plenamente convencido de que a conduta adotada pela reclamada (aplicação da justa causa) não se revelou abusiva ou descabida, mas sim absolutamente legítima e regular, porquanto, para todos os efeitos, a reclamante não atendeu à determinação da empresa.[iii]

E nas situações em que o empregador exige a vacinação sob pena de demissão e o empregado se sente injustiçado, procurando o Poder Judiciário por entender haver uma falha grave do empregador ao atuar com abuso de poder, nossos Tribunais entenderam de forma oposta, isto é, que não há um ato discriminatório ao exigir a vacinação do empregado, afirmando que o juízo de  origem agiu com acerto ao indeferir a rescisão indireta do contrato de trabalho, à vista da clarividente prevalência do interesse coletivo e de saúde pública em face da grave pandemia que assola o mundo, em detrimento de seu interesse individual, não desconsideradas suas convicções ideológicas, especialmente por se ativar a reclamante em clínica que dispensa cuidados a idosos, categoria da maior vulnerabilidade e letalidade quando infectada pelo Sars-Cov-2, causador da Covid-19. E concluiu o julgamento afirmando que o art. 8º da CLT determina, ipsis litteris, que: 'que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público". Portanto, nenhuma posição particular, convicção religiosa, filosófica ou política ou temor subjetivo do empregado pode prevalecer sobre o direito da coletividade de obter a imunização conferida pela vacina, prevista em programa nacional de vacinação e, portanto, aprovada pela Anvisa, e inserida nas ações do PCMSO.[iv]

Ou seja, diante de todos estes julgados que fizemos questão de colacionar a fim de comprovar que as decisões seguem a mesma tendência em todas as regiões do país, a conclusão que chegamos é a de que a exigência de vacina do empregado por parte do empregador não caracteriza abuso de poder e nem mesmo atitude discriminatória, estando esta atuação dentro de seus poderes diretivos. E que o contrário, a negativa de vacinação por parte do empregado configura ato de insubordinação passível de dispensa por justa causa, uma vez que a CLT prevê que o interesse coletivo se sobrepõe ao individual.

Sendo assim, diante das diversas orientações da OMS sobre o tema e de toda a legislação de enfrentamento à pandemia da COVID-19, o ideal é que as empresas, a fim de minimizar os impactos econômicos na vida dos trabalhadores, busque primeiramente a conscientização de todos sobre a importância e necessidade da vacinação, inclusive criando um canal de comunicação com seus empregados visando desmistificar seus medos em relação à imunização. Contudo, o empregado sendo irredutível quanto a decisão de não se vacinar, ele deverá pedir demissão ou assumirá o risco de ser demitido, inclusive por justa causa, abdicando de suas verbas rescisórias, visto que esta é a tendência dos Tribunais, no intuito de preservar um bem maior, no caso, a vida de toda a comunidade que vem buscando contribuir com o fim da Pandemia da COVID-19, obedecendo às orientações sanitárias e se vacinando adequadamente.


 

Debora Regina Ferreira da Silva – advogada, sócia do escritório Akiyama Advogados Associados. Possui pós-graduação em Processo Civil e do Trabalho na Escola Paulista de Direito – EPD. concluída em 2016. Para mais informações sobre a atuação da especialista ou sobre o escritório, acesse http://www.akiyama.adv.br/ ou ligue para  (11) 3675-8600.

 

[i] TRT-11 00001687920215110019, Relatora: SOLANGE MARIA SANTIAGO MORAIS, 1ª Turma, 07/12/21.

[ii] TRT-2 1001359-61.2021.5.02.0030, Relator: MARCOS NEVES FAVA, 15ª Turma, 07/04/22.

[iii] TRT-2 1000122-24.2021.5.02.0472, ROBERTO BARROS DA SILVA, 13ª Turma, 19/07/21.

[iv] TRT-15 0010091-68.2021.5.15.0068, Relator: ROSEMEIRE UEHARA TANAKA, 3ª Câmara, 22/07/21.

 

Máscaras de proteção: muita história para contar

Com a pandemia do coronavírus, a máscara de proteção virou item indispensável, sendo procurada e utilizada no mundo todo. O seu uso, porém, se iniciou muito antes do que se imagina.

Se analisarmos o momento histórico em que essa peça começou a fazer parte da vida das pessoas, remonta pelo menos ao século 6 a.C. Em tumbas persas, foram encontradas imagens de pessoas cobrindo a boca com panos.

Ainda era um processo em que o acessório tinha função mais de vestuário do que protetiva. O reconhecimento do uso de máscaras para proteger as vias respiratórias de trabalhadores veio depois. Plínio (79-23 a.C.) citava o emprego de bexiga animal como cobertura das vias respiratórias sem vedação facial com o intuito de proteger contra a inalação do óxido de chumbo nos trabalhos dentro das minas. Outros autores de antes de Cristo também aludiam o uso de respiradores feitos com bexiga de animais para serem usadas por mineiros.

O surgimento da máscara médica, porém, foi relatado no século 14, período em que a peste negra chegou à Europa e provocou a morte de mais 25 milhões de pessoas, entre 1347 e 1351.

Naquela época, os estudiosos acreditavam que a doença se espalhava por meio do ar envenenado, gerando um desequilíbrio nos fluidos corporais das pessoas contaminadas. Eles tentavam se proteger cobrindo o rosto. A imagem marcante da peste, aquela sinistra máscara com bico de pássaro, só foi aparecer muito tempo depois, em meados do século 17.

Em seu tempo, Leonardo da Vinci (1452-1519) recomendava o uso de um pano molhado contra agentes químicos.

Na fase mais vigorosa da Revolução Industrial, entre 1800 a 1850, começou-se a fazer diferença entre os contaminantes particulados e gasosos, anteriormente reconhecidos somente como "poeira". Nesse quesito, pode-se dizer que o desenvolvimento mais significativo dos últimos séculos provavelmente foi a descoberta, em 1854, da capacidade do carvão ativo de remover vapores orgânicos e gases do ar contaminado. Nessa época, E.M. Shaw e o físico Jonh Tyndall inventaram o "filtro contra fumaça" para bombeiros, que tinha uma camada de algodão seco para proteger contra particulados, cal sodada contra o gás carbônico e carvão ativo contra outros gases e vapores.

Os avanços mais rápidos relacionados a medidas de proteção respiratória aconteceram, principalmente, durante a Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918), com o advento das máscaras de uso militar.

Os alemães desenvolveram aerossóis altamente tóxicos no campo de batalha, forçando à criação de filtros altamente eficientes contra particulados. Um desses filtros foi desenvolvido em 1930 por Hansen e usava lã animal impregnada de resina, com eficiência em torno de 99,99 %. Atualmente, os filtros contra aerossóis utilizam fibras mais baratas, de mais fácil obtenção, com baixa resistência à respiração e com boas propriedades contra o entupimento superficial.

No fim da Primeira Guerra Mundial, a gripe espanhola se tornou uma pandemia global extremamente avassaladora, que vitimou 50 milhões de pessoas. Acredita-se que a propagação do vírus tenha sido impulsionada pela volta dos soldados, que retornavam das trincheiras. A publicação britânica “Nursing Times”, de 1918, divulgou que as freiras da St. Marylebone Infirmary, em Londres, levantaram divisórias desinfetadas entre cada cama dos pacientes. Outra medida adotada era que "cada enfermeira, médico, babá ou assistente" no local tinha que usar uma máscara para se proteger. As pessoas comuns também foram estimuladas a usar máscara. Muitas as improvisaram com gaze ou adicionavam gotas de desinfetante a engenhocas adaptadas embaixo do nariz.

Com relação às máscaras de proteção mais adaptadas ao cenário atual de Covid-19, temos estudos comprovando a maior eficácia dos modelos N95, que se tornaram simbólicas desse período. Ajustado adequadamente ao rosto, o objeto é capaz de filtrar 95% das partículas transportadas pelo ar, como vírus, o que outros apetrechos de proteção não conseguem. Seu uso começou nos idos de 1910.

Contudo, as primeiras máscaras cirúrgicas começaram a ser utilizadas por médicos em 1897. Consistiam em um lenço amarrado ao redor do rosto, mas não foram projetadas para filtrar doenças transmitidas pelo ar. Eram mais usadas para impedir que os médicos tossissem ou espirrassem gotículas nas feridas durante a cirurgia. E assim se seguiram novas possibilidades, mais seguras e efetivas, que nos protegem até hoje.

 


J.A.Puppio - empresário e autor do livro “Impossível é o que não se tentou”.

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Pix é o meio de pagamento favorito dos gamers para recargas de jogos e apps, aponta pesquisa da Codasho

Levantamento também indica que 16,84% dos usuários da plataforma no país fazem mais de cinco recargas por mês


Nova pesquisa da Codashop revela que, para 73% dos clientes que acessam a plataforma, o Pix é o meio de pagamento favorito para realizar recarga de jogos ou aplicativos online. Entre os motivos que fazem o método ser o preferido estão aspectos como rapidez na recarga (35,22%), facilidade de pagamento (33,51%) e segurança (28,87%).

Na consulta, os usuários ainda citaram PicPay e cartão de crédito como outros meios de pagamento de preferência, sendo os favoritos por 11,34% e 8,59% dos jogadores, respectivamente.

Além disso, 36% do público gasta entre R$ 11 e R$ 50 por mês em recargas de jogos e apps, sendo que 33,68% fazem uma aquisição dessa natureza por mês. 23,54% fazem duas recargas a cada mês e 16,84% realizam cinco recargas ou mais a cada 30 dias.

Ainda de acordo com o levantamento, nas recargas de games, os jogadores buscam por novas skins (52,75%) e passes de temporadas (29,38%). Outros motivos para a compra são novos personagens (8,42%) e melhorias de habilidades (5,15%). 

Cabe destacar que, assim como mostrou pesquisa anterior da Codashop, os jogos com os quais o público da plataforma mais gasta são Call Of Duty: Mobile, Free Fire e Mobile Legends: Bang Bang.

“Essa pesquisa também nos mostrou que os preços competitivos e as promoções recorrentes são alguns dos motivos que mais atraem público para a Codashop, o que faz sentido considerando os 10% de desconto no Pix para Call of Duty: Mobile que oferecemos, por exemplo”, afirma Raphael Negrão, Marketing Manager da Codashop no Brasil. “Outro ponto importante é a segurança na compra. Essa é uma questão chave para nossa plataforma e pela qual estamos constantemente estudando como desenvolver e aprimorar a experiência do usuário”, destaca Negrão.

Concluindo a pesquisa, que ouviu 582 pessoas, mais de 60% dos consultados possuem idade entre 16 e 27 anos, mas observa-se quase 20% do público com idade acima de 30 anos. “Esse dado é uma tendência e indicativo importante, pois nos mostra um amadurecimento do mercado gamer, o que nos direciona nas ações dentro do setor”, finaliza Negrão.


Codashop

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Dia do Automóvel: como lubrificantes especiais protegem o carro?

 

Desde o interior até em peças importantes do motor, os lubrificantes estão presentes em diversas partes do veículo e são essenciais para garantir o funcionamento seguro

 

Neste 13 de maio é o Dia do Automóvel. A data foi criada para dar um empurrão no processo de urbanização do país e o dia é em homenagem à primeira rodovia totalmente pavimentada do Brasil. Atualmente, são mais de 107 milhões de veículos nas estradas brasileiras, deste número, mais de 58 milhões são automóveis, segundo o IBGE.  

Os automóveis fazem parte do dia a dia de milhões brasileiros, seja como forma de locomoção ou instrumento de trabalho. E, para se tornar uma das formas mais usadas e seguras de transporte, há muitas variáveis. A indústria automobilística é responsável por despontar várias tecnologias importantes utilizadas no ramo industrial.

A produção de um veículo passa por decisões inteligentes e estudadas para garantir maior eficiência e entregar segurança aos usuários. Uma delas é a utilização de lubrificantes especiais desenvolvidos cuidadosamente por marcas como Kluber, Texas e Rocol para diferentes componentes do veículo. Presente em quase todo componente, os lubrificantes exercem um papel essencial para garantir o funcionamento correto das peças.

Na carroceria e parte externa é preciso desenvolver um produto que consiga resistir ao sal, água e poeira por muitos anos, além de se adaptar às diferentes temperaturas e manter mecanismos como vidros elétricos e tetos solares funcionando durante toda sua vida útil.   

Para o interior do veículo, é preciso oferecer lubrificantes que consigam reduzir os ruídos e manter o design planejado pelos engenheiros, atendendo reguladores, botões e maçanetas, tudo isso sem fazer mal à saúde, ser inodoro e não embaçar os vidros. “As soluções são projetadas de acordo com requisitos muito rigorosos e precisam respeitar o atrito e movimento feito pelos componentes ao serem usados”, explica Luiz Maldonado, CEO da Lubvap Lubrificantes Especiais, empresa de distribuição com mais de 15 anos no mercado de soluções em lubrificação Industrial.

Os freios, embreagens, direção e motor são outra preocupação. Com exigências ainda mais específicas, esses sistemas precisam passar segurança ao usuário, com produtos que aguentem as altas temperaturas e não sofram modificação ao entrar em contato com outros produtos que se acumulam nos sistemas. “Lubrificar os motores e engrenagens é sempre um desafio. Essas partes estão sujeitas a uma grande variedade de requisitos e precisam superar desafios para que funcionem corretamente”, finaliza Luiz.

Para veículos maiores, é preciso ter atenção a componentes extras, como cubo de rodas de caminhão, responsáveis por dar suporte do disco de freio e fixar os parafusos e o rolamento, e a quinta roda das carretas, que faz o elo entre o cavalo mecânico e a carreta, localizada na parte traseira do caminhão.

O faturamento da indústria automobilística é de aproximadamente US$ 2,5 trilhões por ano, segundo a Organização Internacional de Fabricantes de Veículos Automotores (OICA), e no Brasil esse número ultrapassou os U$ 61 bilhões em 2018 (ANFAVEA).  Ainda de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, nos seis primeiros meses de 2021, 1.074 mil unidades foram licenciadas no país, 32,8% a mais que no mesmo período de 2020, porém, 17,9% a menos que no primeiro semestre de 2019.

 

Lubvap

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Inovação e comportamento precisam andar juntos na economia circular

Desafio é criar produtos e ideias sustentáveis para engajar o planeta com a rapidez necessária, afirma novo embaixador educacional do Movimento Circular, Daniel Guzzo

 

Na economia circular, inovação significa entender o que as pessoas querem e como estão dispostas a se comportar, além da viabilidade técnica e econômica das iniciativas, defende o professor e pesquisador em economia circular Daniel Guzzo, novo embaixador educacional do Movimento Circular. O desafio desse novo mercado é criar produtos e ideias sustentáveis que tenham o poder de engajar a maior parte das pessoas do planeta com a rapidez necessária.

Segundo Guzzo, para que uma economia alternativa ao modelo atual seja realmente o futuro do planeta, substituindo o modelo linear e insustentável, existe a necessidade de que as novas soluções tecnológicas se aliem a soluções comportamentais e de valores. De acordo com Guzzo, a inovação é fundamental para as novas iniciativas e novas maneiras de utilizar os recursos. 

“Estamos em um ponto em que ou a escalamos os conceitos que estamos desenvolvendo, fazendo toda a jornada de inovação chegar até as grandes empresas e sair do lugar de nicho, chegando à maioria das pessoas, ou a não vamos ter rapidez suficiente para o tempo que temos para fazer a mudança”, disse o pesquisador em economia circular. 

Ainda que a mudança de comportamento pareça difícil em curto e médio prazos, o professor defende que iniciativas em diferentes graus de maturidade apontam caminhos para um futuro onde majoritariamente as práticas serão circulares. Ele citou como exemplo a empresa holandesa Fairphone, que aposta em design de celulares modulares, com a possibilidade de trocar componentes quando necessário para que o dispositivo inteiro não seja substituído. 

No Brasil, lembrou Guzzo, existe um aplicativo chamado Cataki, que tem a proposta de conectar pessoas que possuem materiais recicláveis com os catadores e catadoras da cidade, assegurando o descarte ecológico e fazendo a diferença na vida dos trabalhadores. 

O professor disse que o setor público é um ator importante nesse processo e deu como exemplo o Projeto Ligue os Pontos, que busca fortalecer a agricultura na zona rural da cidade de São Paulo conectando produtores de forma a empoderar a produção local de alimentos. 

“Inovar é essa busca constante em conseguir criar coisas iniciais, mas também fazer essas coisas se transformarem em comportamento majoritário das pessoas. Essa é uma grande dificuldade, porque a gente tem vários produtos e serviços que só vão ser viáveis economicamente se escalarem. Se ninguém investir, estamos brigando contra uma indústria que está em níveis ótimos de produtividade”, reforçou. 

O professor defendeu que a transição não depende apenas das empresas, mas são “extremamente importantes” novas políticas públicas que tornem certos comportamentos menos ou mais interessantes. “Acho que esses dois mundos, o das políticas públicas e da inovação, têm que conversar e estarem cada vez mais próximos de modo que um entenda o outro. É importante a política pública entender o mundo da inovação e criar os gatilhos e linhas de fomento que o potencializam”, disse Guzzo. 


Daniel Guzzo -Doutor em Engenharia de Produção Mecânica (2020) pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo. É professor licenciado no Insper, onde atua desde 2017 nas áreas de Design, Gestão da Inovação e Economia Circular. Hoje, Daniel é pesquisador de pós-doutorado na Universidade Técnica da Dinamarca, onde pesquisa potenciais efeitos rebote de iniciativas de Economia Circular. Seus trabalhos de pesquisa têm sido publicados em respeitados periódicos internacionais. A inovação surgiu na vida do especialista antes mesmo da sustentabilidade, quando teve a experiência de, no último ano de graduação em Engenharia de Produção Mecânica (2013), pela EESC/USP, trabalhar em uma aceleradora de startups. O tema de Economia Circular solidificou-se na vida do especialista em 2017, quando foi um dos escolhidos para a Schimidt MacArthur Fellowship, programa pioneiro de inovação em Economia Circular organizado pela Fundação Ellen MacArthur.


Sobre o Movimento Circular

O Movimento Circular é um movimento iniciado na América Latina, a partir da reflexão urgente sobre a necessidade da participação de todos para que nada mais vire lixo. A comunidade é formada por pessoas, empresas, organizações sociais e poder público, empenhada em contribuir, por meio da educação e da cultura, com a transição da economia linear para a circular.

A missão coletiva é disseminar o conhecimento e encorajar o desenvolvimento de novos processos, produtos e atitudes que promovem a economia circular. O Movimento foi criado em 2020, em meio à crise gerada pela pandemia da Covid-19, que deixou ainda mais clara a urgência de fazer com que o mundo funcione de outra forma. Mais do que reciclar, o Movimento Circular incentiva o reuso dos materiais, levando em conta que o mundo gera mais de dois bilhões de toneladas de lixo por ano. A iniciativa é aberta, promove espaços de colaboração para chegar a cada vez mais pessoas e mais lugares.

Saiba mais: https://movimentocircular.io/

 

Sobre Economia Circular

A Economia Circular propõe um novo olhar para a forma de produzir, consumir e descartar, a fim de otimizar os recursos do planeta e gerar cada vez menos resíduos. É um modelo alternativo ao da Economia Linear, baseado em extrair, produzir, usar e descartar, que tem se provado cada vez mais insustentável ao longo da história. Na Economia Circular, a meta é manter os materiais por mais tempo em circulação por meio do reaproveitamento, até que nada vire lixo. Para que esse modelo se torne uma realidade, todos nós temos um papel a desempenhar. É um verdadeiro círculo colaborativo, que alimenta a si mesmo, e ajuda a regenerar o planeta e nossas relações.

 

Escola de Economia Circular

https://landing.movimentocircular.io/curso-introducao-economia-circular-lp


Telemedicina: nova regulamentação, mais segurança

O Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamentou a prática de Telemedicina no Brasil. A Resolução nº 2.314/2022, foi fruto de muita discussão da classe médica que desde 2018 discutia o assunto intensamente. E essa necessidade foi acelerada pela pandemia da Covid-19, que provocou uma necessidade do uso de emergência da telessaúde.

Dentre alguns destaques da resolução, podemos observar:

Consulta presencial: mantém a autonomia do médico de decidir se a primeira consulta será ou não presencial. A consulta presencial é padrão ouro de referência, e a Telemedicina complementar.

No caso de acompanhamento clínico de doenças crônicas ou graves é autorizado o uso da Telemedicina, mas deve ser realizada consulta presencial, com o médico assistente em intervalos não superiores a 180 dias.

Mantendo o sigilo profissional das informações, os profissionais devem preservar a segurança dos dados, informações, constantes no registro do prontuário e o paciente ou o seu representante legal deve assinar um Termo de consentimento autorizando o atendimento por telemedicina e uso de sua imagem e dados sigilosos.

Os honorários médicos serão cobrados normalmente, seguindo o padrão das consultas presenciais.

As empresas e plataformas de Telemedicina deverão ter sede em território brasileiro e regularizadas e inscritas no Conselho Regional de Medicina (CRM) do estado da sua sede, com médico responsável técnico registrado no Conselho do estado e a fiscalização será de responsabilidade dos CRMs.

Relevante destacar que vivemos em um mundo totalmente conectado com a internet e a área médica não ficou atrás, iniciando serviços de saúde à distância, que se tornam cada vez mais indispensáveis na rotina de médicos, profissionais da saúde, clínicas e hospitais.

A Telemedicina foi um grande avanço no atendimento médico, trazendo agilidade, eficiência e inovação ao setor de saúde. Mas é sempre importante frisar que a importância do atendimento presencial como prioritário e a Telemedicina como suplementar.

Com a regulamentação da Telemedicina ocorrerá atendimento médico, através de plataformas online por exemplo computadores e celulares, com maior segurança, o que garante um atendimento rápido e de qualidade para áreas mais distantes do país, que infelizmente não possuíam serviços médicos ou com ausência de especialista. Por videoconferência, muitas vezes, um especialista pode auxiliar um clínico geral em cirurgias e procedimentos de urgência, principalmente em locais periféricos sem apoio de profissionais qualificados.

A Telemedicina não pode substituir a medicina tradicional, mas representa um grande avanço e ajudará muito as populações que vivem em regiões distantes das capitais e que não possuem uma estrutura médica para atendimento nas mais diversas áreas da Medicina. Ou seja, podemos democratizar o acesso à saúde aos mais pobres através da tecnologia, agora, com segurança jurídica.

 


José Santana Junior - advogado especialista em Direito Médico e da Saúde e sócio do escritório Mariano Santana Sociedade de Advogados


Como a Inteligência Artificial tem sido usada na triagem hospitalar


Para que a triagem hospitalar seja eficaz e assertiva na operação clínica, é preciso otimizar o cotidiano dos profissionais da equipe e colocar o paciente no centro do cuidado. Por essa razão, os primeiros instantes dentro do hospital são cruciais, visto que a admissão é o momento ideal não só para determinar o estado de saúde do paciente, como pode pautar a vida da pessoa dali para frente.

Uma triagem hospitalar bem-sucedida é executada de forma assertiva, precisa e ágil. Dessa forma, é opcional colocar em prática o Protocolo de Manchester, que consiste em priorizar o atendimento de casos urgentes, classificados de acordo com os sintomas e sinais que estão sendo apresentados pelos pacientes.

Quando feito corretamente, o sistema consegue auxiliar toda a equipe a identificar e responder rapidamente riscos reais ou potenciais ao paciente, visando sua segurança e bem-estar. Em casos de doenças cardiovasculares -- como infarto do miocárdio, ou cerebrais, como o AVC --, a corrida contra o tempo é o fator determinante para que a equipe médica consiga evitar mortes e sequelas.

Durante a triagem hospitalar, as queixas e as reclamações de dor devem ser valorizadas por parte dos profissionais, como a dor torácica, na suspeita de infarto. Por exemplo, a dor no peito está incluída na Classificação de Risco e, por isso, é uma das prioridades de atendimento no Protocolo de Manchester. Afinal, trata-se de um sintoma característico de Infarto Agudo do Miocárdio. Sendo assim, a queixa de dor torácica deve ser motivo de toda atenção dos profissionais do hospital.

No entanto, nem sempre essas questões recebem a devida atenção. Segundo análises de Nonnemacher (2018), sobre os fatores cruciais na priorização no atendimento de pacientes com este quadro, muitos apresentavam complicações cardiológicas, mas mesmo assim foram classificados como baixa prioridade. Essa abordagem inadequada impacta negativamente o tratamento e o prognóstico, trazendo à tona as falhas no processo da triagem hospitalar.

A urgência desses quadros clínicos silenciosos pede mais apoio no primeiro momento. A agilidade passa a ser o principal equipamento para oferecer um cuidado que visa o desfecho positivo, deixando evidente que, nesses casos, a tecnologia é uma grande aliada.

A Inteligência Artificial (IA) é uma poderosa ferramenta no apoio à gestão das organizações de saúde, além de ser um importante meio de comunicação, dada a integração entre processos, pessoas e setores da organização. A IA tem grande capacidade para ajudar a impulsionar a operação clínica, tornando a decisão na triagem ágil e assertiva.

O primeiro passo para desenvolver esse tipo de inteligência é relacionar os problemas que são enfrentados pelas pessoas no processo da triagem, estabelecer a classificação de risco, determinar prioridade de atendimento em serviço de emergência hospitalar e identificar de qual maneira a tecnologia pode auxiliar nesse contexto.

A IA já é uma realidade possível para empresas de saúde, tornando o processo rápido e assertivo. O uso da IA evita uma abordagem lenta e inadequada, tornando menor o risco de um prognóstico equivocado para o paciente e, consequentemente, diminuindo falhas no processo da triagem hospitalar.

Exemplos de soluções bem-sucedidas no cenário de Inteligência Artificial são os robôs. Por meio de conversa em chatbot, o robô consegue analisar as respostas do usuário, identificando sintomas, alertando casos suspeitos e orientando casos graves sem a necessidade de sair de casa. Após a triagem, a IA segue acompanhando à distância o paciente por 14 dias via WhatsApp, garantindo o monitoramento do quadro clínico e, caso haja uma piora no quadro, alerta para que a pessoa procure atendimento médico. Na prática, tem a capacidade de identificar, em tempo real, um volume de dados que o ser humano levaria horas ou dias para identificar -- como quadros clínicos de sintomas silenciosos.

Outra solução de IA bem sucedida são softwares que realizam a triagem rigorosa de eletrocardiogramas (ECG) e analisam a urgência dos laudos, antes mesmo da sua emissão, classificando-os como normais ou anormais em até 60 segundos. No caso de um ECG que apresente sinais de Infarto Agudo do Miocárdio, a Inteligência Artificial classifica esse exame como anormal e envia com caráter de urgência para a equipe médica, que tem o prazo de 5 minutos para liberar o laudo final para que o paciente seja tratado da maneira adequada, respeitando o tempo de intervenção previsto pela Diretriz Brasileira de Cardiologia.

Contudo, se o exame em questão não for um infarto, a IA fará a triagem classificando-o como anormal não-urgente, ou normal, e enviará para a equipe médica, que emitirá o laudo final em até 10 minutos. Trata-se de uma forma de revolucionar o diagnóstico das doenças cardiovasculares, pois o diagnóstico rápido aumenta as chances de um desfecho positivo, que resultará na qualidade de vida.

Não é uma realidade na maioria dos hospitais brasileiros obter um diagnóstico em até 10 minutos após realizar um eletrocardiograma. Por conta disso, quando a intervenção para infarto não ocorre no momento adequado, o paciente deixa de ter o benefício de receber o trombolítico nas situações em que existe indicação, o que aumenta as chances de morte ou de sequelas graves cardíacas. A IA garante à operação segurança médica, diagnóstico rápido, acesso fácil aos eletrocardiogramas realizados e com segura armazenagem de dados. No contexto das organizações hospitalares, que aumentam suas chances de salvar mais vidas, desenvolver e implementar um sistema de IA é considerado, também, um diferencial competitivo.


Diandro Mota -Diretor Médico da Neomed, healthtech brasileira criada com o propósito de reduzir a distância entre os sintomas e o tratamento de pacientes. Mota é doutor em cardiologia pela Universidade de São Paulo (USP) e atuou como professor em faculdades de medicina no Brasil, como a Universidade Nove de Julho (UNINOVE), Universidade Santo Amaro (UNISA) e Centro Universitário do Pará (CESUPA). Atualmente, é professor de Medicina da Universidade Santo Amaro e já atuou como teaching assistant da Harvard T.H. Chan School of Public Health no Principles and Practices of Clinical Research.


O reconhecimento conecta empresas e colaboradores

Desde pequenos, ainda criança, descobrimos o quão importante é o valor de pertencer a algo ou a alguém. Aprendemos o que nos faz sentir acolhidos em casa, pertencentes a uma tribo, a uma família, a um povoado. Ou seja, é um sentimento de pertencimento, de proximidade. É primitivo este sentimento que não se atualiza mesmo com o mundo digital, a inteligência artificial e toda a tecnologia do mundo moderno. O sentir é humano, o sentir determina as nossas ações. E nossas ações é que trarão os nossos resultados.

Desses atos e resultados surge a busca pelo reconhecimento. E isso acontece em todos os campos: em casa, na escola e no trabalho, neste último, ainda mais. Pois, o reconhecimento é algo que todos nós, nos mais variados cargos, setores e idades, buscamos, queremos e desejos. E esse reconhecimento transcende o retorno financeiro, ele é o nosso pagamento emocional, é o sentir, é o pertencer que nos traz a mensagem de que somos úteis, produtivos. Quem nunca ficou feliz, alegre e contente de ouvir um parabéns, um obrigado ou mesmo um elogio pelo seu trabalho, pela sua atitude, por algo de diferente que foi feito, por mais simples que seja? Esse sentir não tem palavras para explicar.

De acordo com um estudo realizado, foram elencados os cinco principais motivos de pedido de demissão de um funcionário. O primeiro dentre eles foi a Falta de Reconhecimento. Um sentimento de não valorização, de rejeição, que traz uma desmotivação que gradativamente reflete na improdutividade e tristeza em não estar atendendo às expectativas da empresa, da equipe, da chefia.

Mas é sempre bom ter em mente que ninguém atenderá a todas as expectativas da empresa e a empresa também não atenderá todas as expectativas dos colaboradores. Neste caso, é necessário ter um equilíbrio entre esses dois atores, um olhar maduro e racional de como ajustar as expectativas, mas principalmente o porquê de tudo isso.

Os sentimentos permeiam o DNA das empresas e a sua construção de valores ao longo dos anos. E o mais interessante é que isso não é visível, ou mesmo mensurável em um dashboard, em um sistema, contudo o olhar para o quanto isso faz a diferença na construção de um time forte e determinado é a chave para a mudança desse processo.

Criar o senso de pertencimento de alguém é dar ferramentas para que este alguém extraia o seu melhor, para desempenhar o seu papel dentro da empresa. Assim, ele poderá entregar com excelência e alinhamento mediante o propósito da empresa, com o objetivo e metas estabelecidas para atingimento de resultados exponenciais. Empresas com este mindset inovador e disruptivo, atraem e retêm pessoas que levam a marca da empresa no peito, porque conectam tais pessoas com o propósito da marca.

De acordo com uma pesquisa feita pelo Pew Research Center, os jovens entre 18 e 34 anos trabalham para propósitos, não pelos salários. Olha que interessante! Novamente, aqui, falamos de sentir, de pertencer. Este sentimento de realizar tarefas, entender o porquê e sentir este pertencimento, tem mais peso do que o salário financeiro. Hoje, mais do que nunca, as pessoas externam e experenciam o salário emocional que vem do reconhecimento, do pertencimento, do acolhimento dos funcionários, da chefia, da empresa em geral.

Nem tudo é lindo. Tem colaborador que não coopera, não traz produtividade, aquele que tudo reclama, vê problema em tudo, acaba se comprometendo e comprometendo e todos ao seu redor. Mas isso faz parte do desafio das lideranças em identificar, orientar, treinar e entender os espaços abertos que o colaborador tem para o novo. Porém, o contrário também acontece, líderes que mandam, com egos inflados, com um narcisismo alto e que acabam desmotivando o time e daí o desandar dos negócios fica ainda maior

Diante de tantos desafios, pessoas estão presentes em todos os lugares e processos. Assim, nos cabe entender, gerarmos empatia, reconhecer, orientar e não tirar o foco obstinado dos resultados de crescer para contribuirmos ainda mais. Meu time não é o perfeito, passa longe de ser o melhor, está muito aquém ainda do que eu almejo ainda ter, mas é com ele, nas suas mais variadas imperfeições e diversidade, que unidos em um único propósito vencemos mês a mês, meta a meta, ano pós ano.

Para finalizar, deixo aqui uma reflexão citada pela empresária norte-americana Oprah Winfrey: “Se você olhar para o que tem na vida, sempre terá mais. Se você olhar para o que não tem na vida, nunca terá o suficiente”.


Shirley Fernandes - sócia-diretora Comercial da N1 IT Stefanini.


A alienação parental ameaça o desenvolvimento do menor e contribui para o distanciamento socioafetivo com a criança

Especialistas destacam a importância das alternativas jurídicas para o genitor vítima em casos de alienação parental


A alienação parental é definida pela Lei 12.318/2010 como “a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este”. 

Além disso, o termo engloba abusos morais contra a criança, que fere diretamente seus direitos fundamentais, sendo uma interferência na formação psicológica da criança. A legislação também exemplifica como ato de alienação parental realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; dificultar o exercício da autoridade parental; dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; entre outros comportamentos que podem envolver, sim, o abuso psicológico contra a criança ou o adolescente.

Para a advogada Débora Ghelman, sócia do escritório Lemos & Ghelman e especialista em Direitos de Família e Sucessões, “É certo que tanto a doutrina quanto a jurisprudência brasileira adotam cada vez mais o caminho onde se prioriza o melhor interesse da criança e do adolescente – princípio constitucional, protegido pelo art. 227 da Constituição Federal de 1988 que se fundamenta na necessidade de dar uma integral proteção aos cidadãos menores de 18 anos, frágeis e vulneráveis, que estão em pleno desenvolvimento e amadurecimento. Para isso, é necessário ter consciência de que os interesses e os direitos das crianças e dos adolescentes devem ser tratados como prioridade não somente na relação familiar, mas também pelo Estado e pela sociedade”, explica.

Sob essa perspectiva, não restam dúvidas de que os atos de alienação parental praticados por um dos guardiões da criança ou do adolescente são clássicos exemplos de danos, muitas vezes, irreparáveis, que violam de forma gravíssima o princípio do interesse do menor a que se busca proteger. 

Bianca Lemos, advogada e sócia da Lemos & Ghelman, enfatiza que "diante de situações como essa, é de extrema importância que o genitor vítima dos comportamentos do alienador não deixe de procurar alternativas jurídicas para estar presente na vida do menor. Isso porque, existe uma certa tendência de muitos pais em aceitar a situação que lhe desfavorecem por acharem que isso é o verdadeiro desejo de seus filhos, uma vez que já estão alienados”.

As sócias ainda explicam que, por mais complicado que seja, ceder aos abusos do genitor alienador apenas contribui para o distanciamento socioafetivo com a criança e, mais do que isso, “contribui para uma grande ameaça no desenvolvimento do menor”.


O plano parental como alternativa de proteção de direitos

O plano parental trata-se de um documento pelo qual os pais estabelecem, em comum acordo, cláusulas que registram as decisões mais importantes sobre a criação dos filhos.

Débora Ghelman acredita que esse documento auxilia na prática da guarda compartilhada em caso de divórcio, “além de ser uma alternativa para proteção de direitos tanto dos genitores quanto do menor envolvido. Isso porque, o estabelecimento de um acordo entre os pais sobre a criação da criança ou do adolescente, muitas vezes, resulta na preservação do melhor interesse do menor, protegendo-o de possíveis atos de alienação parental e de modo que laços afetivos entre a autoridade parental e a criança se mantenham firmes e fortes”, diz.

Além disso, a realização harmônica de um acordo entre o casal divorciado contribui para a facilitação do diálogo que precisará existir em torno das questões que concernem o filho em comum do ex-casal. 

“Para garantir a proteção de direitos para todos os envolvidos, um apoio jurídico desta área é imprescindível, já que ele pode prever todos os cenários possíveis evitando que as cláusulas estabelecidas em comum acordo não favoreçam eventuais situações conflitantes no futuro”, enfatiza Ghelman.


Rompimento da guarda no exterior

O rompimento de guarda no exterior abrange dois cenários. O primeiro é quando os pais residem no exterior e um dos genitores resolve retornar ao Brasil com o filho menor sem o consentimento do outro ou sem autorização judicial. Já o segundo cenário é quando os pais residem no Brasil e um dos genitores resolve se mudar para o exterior com o filho menor sem o consentimento do outro ou sem autorização judicial.

Bianca Lemos explica que “ambos os casos estão previstos no artigo 6°, da Lei n. 12.318/2010, o qual considera que a mudança de domicílio para local distante, ‘sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós’ é uma das formas de alienação parental”. 

A mudança para outro país sem autorização de ambos os guardiões é crime de sequestro internacional de menores previsto na Convenção de Haia (Decreto 3.413/2000), o qual possui procedimento próprio e célere para localização e apreensão do menor desde que o país em que a criança esteja seja signatário da referida Convenção.

“É imprescindível que o genitor vítima da situação procure um advogado para auxiliar com os trâmites perante as Autoridades Centrais o ocorrido para que seja ajuizada o mais rapidamente possível a Ação de Busca e Apreensão da criança”, finaliza Lemos.

 

Especialista em marketing de influência fala sobre posicionamento de marcas durante as eleições

As redes sociais, os artistas e influenciadores digitais também são vozes potentes durante este período


Com a proximidade das eleições no Brasil, a troca de ideias, a defesa dos candidatos e partidos devem seguir o ânimo acalorado de 2018. As redes sociais, os artistas e influenciadores digitais são vozes potentes durante este período, já que influenciam diretamente na opinião do público que os acompanha. Um questionamento sobre o posicionamento das marcas, neste cenário, também se faz necessário.

A especialista em marketing de influência Mari Cavalcante explica que é preciso pensar primeiro no que faz uma marca ser admirada pelo seu público. “Atualmente, as pessoas consideram atributos específicos ao fazerem suas compras. Essas vão além das características do produto ou serviço, é preciso estabelecer uma relação cada vez mais próxima. Isso acontece apenas quando as empresas compartilham valores e demonstram através do posicionamento com o público que desejam atingir. É somente de acordo com o perfil com que a sua marca se relaciona que é possível saber se assertivo ou não compartilhar uma opinião e posicionamento, a forma de expor essa opinião também deve ser feita com cuidado”, enfatiza.

Essa cautela pode evitar muitos problemas de exposição indesejada nas redes sociais e também na mídia. É preciso relacionar a imagem da empresa e marca apenas com os valores que quer ser vinculada. “A esfera política deste ano tende a ser polarizada como na eleição anterior, e o posicionamento é válido para moldar a forma com que a marca quer ser vista e como irá conduzir através de ações, campanhas, sua identidade e também como é vista pelas pessoas”, finaliza.

 

Mari Cavalcante - A especialista em comunicação e marketing de influência também é e atende influenciadores digitais, sendo a ponte entre os criadores de conteúdo e empresas.

@maricavalcantee

 

Campanha de informação sobre câncer bucal chega às concessionárias ViaQuatro e ViaMobilidade na próxima semana

 


Estudantes de Enfermagem esclarecem dúvidas sobre a doença em estações de metrô e trem até quarta (dia 11/5)


Por conta do Dia Internacional do Combate ao Câncer Bucal, a ViaQuatro e a ViaMobilidade, concessionárias responsáveis pela operação e manutenção das linhas 4-Amarela e 5-Lilás de metrô e linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos, em parceria com enfermeiros da Proz Educação, levam informação aos passageiros sobre a doença em algumas de suas estações. 

Os atendimentos acontecerão nas estações Luz (Linha 4-Amarela), Largo Treze (5-Lilás) e Grajaú (9-Esmeralda) nos dias 9, 10 e 11 de maio. Os enfermeiros - em em processo de formação - oferecerão folhetos informativos e esclarecerão dúvidas ao público que se interessar em saber mais sobre o assunto..

Aproveitando a ocasião, serão oferecidas também aferições da pressão arterial e da taxa de glicemia a quem quiser conferir os dados. 

“As concessionárias estão sempre abertas a ações como essa em suas estações, pois estimular a saúde e o bem-estar de nossos passageiros é uma de nossas metas”, afirma Juliana Alcides, gerente de Comunicação e Sustentabilidade de ViaQuatro e ViaMobilidade.

 

Campanha: Dia Nacional do Combate ao Câncer Bucal - das 10h às 15h

Estação Luz (4-Amarela): dia 9

Estação Largo Treze (5-Lilás): dia 10

Estação Grajaú (9-Esmeralda): dia 11

 

Primeira-dama e ministra Cristiane Britto reforçam compromisso do Governo Federal de cuidar das mães brasileiras

No Dia das Mães, celebrado neste domingo (8), elas apresentaram, em rede nacional de rádio e televisão, uma série de iniciativas voltadas a fortalecer a família, como o auxílio Brasil e o Programa Mães do Brasil

 

Os programas Mães do Brasil, Brasil para Elas e o Auxílio Brasil foram destaque no pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão da primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro; e da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, neste domingo (8). No Dia das Mães, elas apontaram os esforços do Governo Federal em promover ações de desenvolvimento das crianças, de cuidado em relação à família e de proteção às mulheres.

“Por conhecer os desafios da maternidade, temos o compromisso de cuidar das mães do nosso país. Nesse sentido, temos implementado ações que beneficiam as mães brasileiras. Hoje, elas já são prioridade no Auxílio Brasil, nos programas habitacionais e em todos os processos de regularização fundiária”, ressaltou Michelle Bolsonaro.

A ministra Cristiane Britto também apontou que o Governo Federal está empenhado em incluir produtivamente milhares de mulheres no país, para que possam ter maior autonomia e não dependam financeiramente de seus possíveis agressores. “São bilhões de reais em microcrédito disponibilizados por meio do programa Brasil Pra Elas”, apontou. “Outra grande iniciativa para as mães está no Programa Renda e Oportunidade (PRO), que permite o reembolso de creche ou a liberação do FGTS para ajudar no pagamento de despesas com a educação infantil”, completou a primeira-dama.

Conheça o Programa Brasil pra Elas

Conheça o Programa Renda e Oportunidade


Saúde e proteção integral à mulher

O Governo Federal também está executando o programa Cuida Mais Brasil, com foco na saúde da mulher e na saúde materno-infantil. A iniciativa pretende reduzir as taxas de mortalidade de mães e crianças. São mais de R$ 170 milhões investidos para oferecer cuidados às mulheres antes, durante e depois da gravidez.

Nessa mesma linha, uma das novas estratégias criadas pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) para alcançar esse público é o Programa Mães do Brasil, com políticas públicas destinadas à proteção integral da dignidade das mulheres, a fim de ampará-las no exercício da maternidade, desde a concepção até o cuidado com os filhos. “Este é um trabalho realizado em parceria com as prefeituras. Se a sua cidade ainda não aderiu, cobre de seu gestor municipal o acesso ao programa”, explicou Cristiane Britto.

Para encerrar, a ministra e a primeira-dama endereçaram um abraço afetuoso a todas as mães do país. “As donas de casa, as chefes de família, as mães-avós. As mães com deficiência ou com filhos que tenham alguma deficiência. As mães raras e que cuidam de crianças com doenças raras. As mães indígenas, as quilombolas ou ribeirinhas. Todas as heroínas deste país!”, pontuou Michelle Bolsonaro. “Nosso carinho muito especial a todas as mães guerreiras, porque a maternidade é também sinônimo de luta diária pela dignidade dos filhos”, concluiu a ministra.


Confira a mensagem ao povo brasileiro na íntegra:

Mães do Brasil

Coordenado pelo MMFDH, o Programa Mães do Brasil tem as primeiras ações desenvolvidas: são os projetos Espaço Maternidade, Mães Unidas e Recanto. O Espaço Maternidade visa a incentivar gestores públicos e privados a disponibilizarem espaço adequado às servidoras, funcionárias, transeuntes e mães para amamentação, coleta e correto armazenamento do leite materno, para fins de consumo e doação.

Já o projeto Mães Unidas tem a finalidade de criar uma rede de apoio local e nacional, além de oferecer o apoio relacional às gestantes e mães por meio do acompanhamento de mães voluntárias. Com isso, ocorre a promoção do fortalecimento de vínculos familiares, a saúde e a cidadania dessas mulheres e crianças. Por sua vez, o Projeto Recanto tem o objetivo de fortalecer os vínculos de mães e filhos em contexto de acolhimento social e privação de liberdade, bem como em situação de dependência química.

Faça a solicitação de adesão do seu município

 

Como potencializar o setor de agendamento de um consultório médico

Éber Feltrim, CEO da SIS Consultoria, revela soluções que podem facilitar processos e auxiliar no contato de clínicas com pacientes


Otimizar os processos de agendamentos em um consultório médico é algo crucial para manter o bom nível de produtividade e alcançar resultados melhores e mais certeiros. 

Para Éber Feltrim, especialista e consultor de negócios para a área da saúde e CEO da SIS Consultoria, o primeiro passo nesse sentido fica a cargo das clínicas, que precisam desenvolver um protocolo operacional padrão dentro de sua equipe. “Essa etapa é de extrema importância, e irá contar com algumas perguntas chaves para facilitar o atendimento ao cliente e o gerenciamento de sua agenda”, revela.

Além do próprio motivo da consulta, alguns pontos devem ser levados em consideração na hora de realizar um agendamento médico. “Primeiramente, entenda o objetivo da consulta de forma clara e objetiva. Busque saber qual o melhor horário na agenda do cliente, mas evite oferecer diversas opções de agendamento, isso pode passar a percepção ao cliente de que a agenda está vazia demais e isso não é positivo para o negócio. E claro, seja gentil e empático ao realizar o atendimento, pois muitas vezes, essa é a primeira impressão de um paciente com a clínica”, pontua o gestor.

Muitas clínicas estão aderindo a soluções tecnológicas para automatizar parte dos processos, mas Feltrim aponta que é necessário entender qual ferramenta se adequa melhor às necessidades de cada consultório. “Deve ser realizado um levantamento com todas as informações importantes que serão gerenciadas. Fazer os agendamentos em um sistema especializado pode estreitar o relacionamento com os clientes, e a tecnologia é um dos pilares para isso”, revela.

Agendamentos através das redes sociais também podem ser uma solução viável e prática para a maioria das clínicas. “Existem ferramentas nesse sentido em sites e plataformas sociais que funcionam muito bem. É importante facilitar ao máximo o contato através das redes sociais, pois isso traz um sentimento de exclusividade aos clientes faz com que eles valorizem o atendimento do consultório”, relata Feltrim.

De acordo com o CEO, é fundamental que gestores ofereçam o treinamento adequado para que seus colaboradores efetuem o melhor atendimento para cada situação. “É necessário ter conhecimento da ferramenta que é usada para agendamento, bem como atender aos clientes nas mais diversas situações do dia a dia. Pode parecer algo simples, mas agendar um horário com excelência exige atenção e cuidado, pois esse momento contribui para a fidelização dos pacientes”, pontua.

Hábitos simples podem ser o diferencial para alcançar resultados positivos no setor de agendamentos. “Entrar em contato no dia anterior para confirmar a consulta, por exemplo, é de extrema importância, pois além de otimizar a agenda contribui para a diminuição de faltas. Esse processo pode ser feito através de inteligências artificiais que oferecem um sistema de confirmação automática, facilitando o processo e limitando as chances de possíveis erros. A tendência é que esse tipo de tecnologia esteja cada vez mais presente em consultórios médicos”, finaliza o especialista.

 


Dr. Éber Feltrim - Especialista em gestão de negócios para a área da saúde, começou a sua carreira em Assis (SP). Após alguns anos, notou a abertura de um nicho em que as pessoas eram pouco conscientes a respeito, a consultoria de negócios e o marketing para a área da saúde. Com o interesse no assunto, abdicou do trabalho de dentista, sua formação inicial, e fundou a SIS Consultoria, especializada em desenvolvimento e gestão de clínicas.

 

SIS Consultoria de Negócios

https://www.sisconsultoria.net/

instagram @sis.consultoria

 

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