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quinta-feira, 7 de abril de 2022

Será que a fisioterapia pode potencializar sua performance no trabalho?

 

“Ergonomia” e “ginástica laboral” eram termos comuns quando se pensava em fisioterapia dentro das empresas, assim como ““Choquinho” para dor, protocolos repetitivos de exercícios direcionados para grupos de pessoas com diagnósticos parecidos nas clínicas e tratamentos nada personalizados, este pode ter sido o cenário da fisioterapia que você conheceu por alguns anos, mas é um cenário que para muitos já faz parte do passado.

A abordagem biopsicossocial extrapolou todas as áreas de conhecimento e não poderia ser diferente com a fisioterapia! Embasado em conhecimento de diversas áreas, como a antropologia, neurociência e epigenética, hoje tratamos de questões profundas, que envolvem mudança de padrões de comportamento para curar dores crônicas, que acompanham as pessoas por longos anos.

É importante salientar, que apesar de muitas pessoas acharem que conviver com dores seja um aspecto natural da vida, na verdade não é! Dores crônicas, são registros que ficam no nosso corpo em forma de memória, muitas vezes já não existe lesão tecidual e as dores permanecem por anos, pelo simples fato de ter sido gerada por um trauma físico ou psíquico muito intenso ou por repetição de maus hábitos, que podem ser desde hábitos alimentares até de postura ou movimentação, passando ainda por padrões de comportamento ligados à personalidade, que podem ser trabalhados a partir de processos de conscientização e hábitos angulares.

Mas o que isso tem a ver com sua performance no trabalho?

Tudo!! Os hábitos angulares, são pequenos hábitos positivos, que podemos cultivar durante o dia, os quais organizam o ambiente e por consequência influenciam todas as nossas ações sem necessariamente estejamos conscientes disso. Diversos estudos mostram que crianças que arrumam suas camas tendem a tirar melhores notas na escola, assim como é fácil perceber que pessoas que organizam melhor suas agendas são mais produtivas, tanto na vida pessoal, como no trabalho. Além disso, em ambientes de trabalho mais organizados os funcionários de empresas tendem a serem mais produtivos.

Tomar consciência destes padrões de comportamento já é um começo, diversos estudos mostram que apenas por entrar em contato com a informação e perceber que determinado hábito gera uma doença já é suficiente para que muitas pessoas mudem de comportamento. Esta é a base de programas, como o Vigilantes do peso, que perceberam que ao anotar tudo que comem as pessoas normalmente começam a emagrecer por perceber que realmente estão comendo em excesso.

São inúmeros os casos de pacientes que se apresentam nas clínicas com queixas de dores crônicas, as quais os impedem de produzir tudo o que poderiam no trabalho, muitas vezes levando a decisões até mesmo de mudança de trabalho com menor remuneração, pois não possuíam condições físicas de lidar com tanto estresse no ambiente de trabalho anterior. 

A fisioterapia hoje funciona como um potencializador do seu corpo para lidar melhor com o estresse do mundo corporativo. Pensando no físico, alguns hábitos simples como girar a coluna quando muito tempo na frente do computador ou mudar de postura trabalhando no computador parte do dia em pé em uma bancada mais alta, podem ser os fatores primordiais para chegar na terceira idade com uma coluna saudável. Compensar as horas sentado com movimentos de qualidade, atividades voltadas não só a condicionar o corpo, mas também a diversificar movimentos, pode ser o grande segredo para aumentar a adaptabilidade do seu corpo para aguentar rotinas de estresse no trabalho. Claro que isto tudo não elimina a necessidade de, em certos casos, tratamentos psicológicos, mas um corpo resiliente é capaz de aumentar a autoconfiança e mudar o comportamento de uma pessoa, de uma empresa e até mesmo de um país.

 

  

Claudio Cotter - fisioterapeuta com formação no Método Busquet e pós graduado em Medicina Psicossomática

 

Outono aumenta risco de conjuntivite

Ar seco, proliferação de vírus e doenças respiratórias são os gatilhos. Máscara e higienização das mãos com álcool podem proteger.

 

A baixa umidade, proliferação de vírus no ar e maior incidência de doenças respiratórias com a chegada do outono aumentam o risco de conjuntivite viral e alérgica.  Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier nossos olhos estão conectados ao nariz pelo canal lacrimal e é por isso que as doenças respiratórias influem na saúde ocular.  Isso explica porque é comum ficarmos com os olhos vermelhos quando estamos resfriados ou gripados”, exemplifica.  

O especialista esclarece que a baixa umidade do ar reduz as defesas do organismo e resseca todas as mucosas, inclusive a lágrima que tem a função de proteger a superfície dos olhos. “A falta de lágrima, somada às alterações ambientais facilitam o aparecimento da conjuntivite alérgica e da viral.  Nos dois tipos ocorre a inflamação da conjuntiva, membrana que recobre a esclera, parte branca do olho, e a face interna da das pálpebras” afirma.

Ele ressalta que em pessoas contaminadas pela covid o perigo do olho seco e conjuntivite é maior. Por isso, em caso de desconforto nos olhos acompanhado por muito cansaço, dor no corpo e febre recomenta fazer os testes de covid para evitar maiores riscos à saúde, especialmente entre os que já passaram dos 60 anos.

 

Conjuntivite alérgica

“Pálpebras inchadas, vermelhidão, coceira, ardência, sensação de areia nos olhos, lacrimejamento e fotofobia (aversão à luz) são sintomas em comum de todo tipo de conjuntivite”, ressalta o oftalmologista. “É a secreção que diferencia uma da outra, sendo aquosa na alérgica e transparente e viscosa na viral”, pontua.

 “A conjuntivite alérgica nesta época do ano é causada principalmente pelo aumento da poluição no ar e é mais comum em quem sofre algum tipo de alergia. Isso porque, estudos mostram que 6 em cada 10 alérgicos manifestam a doença nos olhos”, salienta. Ao contrário da viral não é contagiosa, mas pode causar lesões na córnea e diminuir permanentemente a visão, alerta.

O tratamento dos casos leves é feito com colírio anti-histamínico. O médico ressalta que o uso de antialérgico oral, para tratar alergias sistêmicas simultâneas à conjuntivite, resseca a lágrima e por isso dificulta a recuperação dos olhos.

Quem já tem ceratocone, doença degenerativa que faz a córnea tomar o formato de um cone e tem como principal fator de risco coçar os olhos, deve utilizar os colírios já prescritos pelo oftalmologista e em caso de crise alérgica durante o outono passar por consulta. “Quadros mais intensos de conjuntivite alérgica são tratados com colírios que contém corticoide. O medicamento só pode ser usado com supervisão médica”, salienta. Isso porque, deve ser feita a regressão correta para não causar efeito rebote. Usar por um tempo prolongado pode causar glaucoma e catarata.

As dicas do oftalmologista para prevenir processos alérgicos são:

·         Mantenha os ambientes arejados e livres de pó.

·         Evite levar as mão com substâncias químicas aos olhos

·         Não faça caminhada ou outros exercícios em locais muito polidos.

·         Beba bastante água.

·         Não use lápis na borda interna das pálpebras para não alterar o PH da lágrima.

 

Conjuntivite Viral

Queiroz Neto afirma que a conjuntivite viral é altamente contagiosa, pode surgir em qualquer idade e tem como principal veículo de transmissão levar as mãos contaminadas aos olhos. Os grupos de maior risco são:

·         Mulheres na pós-menopausa devido à menor produção da lágrima com a queda dos estrogênios.

·         Crianças porque estão com o campo imunológico em desenvolvimento

·         Idosos por terem o sistema imunológico mais frágil.

Nas empresas e escolas, alerta, a transmissão ocorre pelo compartilhamento de teclados de computador ou mouse e pelo contato com  interruptores de luz e corrimão de escadas. O especialista também chama a atenção para os carrinhos de supermercado e balcões do varejo.  O tratamento inicial é feito com compressas frias e lubrificação intensa. Nos casos graves, colírios anti-inflamatórios que contêm corticoide são os mais indicados. “A venda desta classe de colírios é livre, mas nunca devem ser usados sem prescrição e acompanhamento médico para evitar complicações maiores como a catarata e o glaucoma, reitera.

Uma dica do especialista é usar óculos escuros que além de melhorar o conforto em ambientes claros, evita a proliferação de vírus intensificada pela exposição à radiação ultravioleta.

Um erro comum cometido por muitas pessoas, afirma, é usar água boricada que aumenta a irritação e pode causar alergia. Como toda doença viral, ressalta, a conjuntivite tem seus sintomas controlados pelos medicamentos, mas o vírus pode criar resistência. Por isso, há casos em que se formam membranas na conjuntiva que exigem tratamento com corticoide e até aplicação de laser para remover opacidades que reduzem a acuidade visual.

As dicas de prevenção são:

·         Lave as mãos com frequência ou higienize com álcool.

·         Pratique exercícios moderados e constantes.

·         Mantenha os olhos bem hidratados.

·         Caso pegue um resfriado ou gripe mantenha o uso da máscara

·         Evite aglomerações em locais fechados.

·         Não pule refeições.

·         Durma de 6 a 8 horas/dia.

·         Tome a vacina para gripe em abril, especialmente se pulou alguma doses da vacina de covid.

 

Saiba Porquê Você Deve Parar Imediatamente de Palitar os Dentes!

O norte-americano Charles Forster, depois de morar no Brasil (em Pernambuco) entre as décadas de 1840 e 1850, encantou-se com a beleza da dentição das mulheres brasileiras, que usavam palitos de salgueiro para remover restos de comida dos dentes. Voltando aos EUA, contratou um inventor de máquinas para que criassem um equipamento de produção de lascas de madeiras. Surgiu, então, o palito de dente. 

A cirurgiã dentista Dra. Bruna Conde explica que apesar de prático, o item não cumpre o papel de limpar e vai apenas remediar uma situação temporária. Para completar, o palito de madeira ainda pode ser prejudicial ao seus dentes e gengiva. “Aquela pequena ponta é afiada o suficiente para conseguir perfurar o tecido da gengiva. Assim, a ferida pode contribuir para a entrada de bactérias nocivas e resultar em problemas gengivais irreversíveis” conta a especialista em saúde bucal.

Quando você usa o palito de dente para limpar algum resíduo de comida que ficou entre os dentes, pode até parecer que a limpeza foi feita, mas na verdade pode não ter sido limpo totalmente. Na maioria das vezes, o palito acaba empurrando a sobra de alimento ainda mais para dentro, além disso, nem sempre ele consegue alcança o local e, ao insistir, sua gengiva pode ser ferida. Segundo a dentista Bruna Conde, a melhor opção, sem dúvidas, é o fio dental para realizar a limpeza entre os dentes. O fio dental consegue encaixar perfeitamente nos espaços entre os dentes, pode ser usado com facilidade e é muito mais seguro e efetivo para realizar a limpeza. 

Muitas pessoas usam o palito sem cuidar dos seus dentes. O empurram entre os vãos para retirar melhor os resíduos acumulados. Mas isso pode causar um afastamento entre os dentes, porque ao utilizar o palito todos os dias como um meio de limpeza, acaba forçando-os e com isso, causando o espaçamento. 


Dra. Bruna Conde cita alguns dos principais problemas causados pelo uso de palitos de dente:

- Retração da gengiva, que é o afastamento da camada protetora que fica sobre a raiz do dente, podendo provocar sensibilidade e alteração da estética;
- Problemas gengivais por achar que a higiene com palito é o suficiente e 100% efetiva.
-Feridas em qualquer parte da boca, pela perfuração com a ponta do palito.

Bruna finaliza indicando que a melhor opção para quem não quer correr o risco de ficar com algum pedaço de comida entre os dentes é sempre andar com fio dental na bolsa que, por sua vez, é o material apropriado para a higienização bucal.


Dra Bruna Conde - Cirurgiã Dentista.
CRO SP 102038


8 de abril: Dia Mundial da Luta contra o Câncer

A data de 8 de abril marca o Dia Mundial da Luta contra o Câncer. O MD, Ph.D. e mestre em Oncologia, Dr. Wesley Pereira Andrade, médico titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e também médico titular da Sociedade Brasileira de Mastologia traça um panorama completo a respeito do câncer: entraves, conquistas e desafios para os próximos anos. 

De acordo com o médico, a medicina avançou de forma surpreendente nos últimos 20 anos no combate ao câncer, fundamentalmente com o desenvolvimento de novas técnicas cirúrgicas, associado à vanguarda de novas tecnologias. E ainda, os métodos de imagens estão, cada vez, mais fidedignos, o que facilita a identificação mais precoce dos tumores bem como a relação destes tumores às estruturas adjacentes e permite um refinamento na abordagem cirúrgica. 

Além disso, há uma produção de novos medicamentos inteligentes que agem no câncer sem danificar as células boas do organismo (terapia alvo dirigida). E ainda, a utilização da Imunoterapia, que pode combater o câncer de forma indireta, ao estimular o sistema imune a combater a doença.  

“Uma vez que o câncer consiste numa série de doenças sob o mesmo guarda-chuva, não há nenhuma perspectiva da utilização de um único medicamento ou uma única modalidade de tratamento que possa eliminar ou combater todos os tipos de câncer ao mesmo tempo”, adverte ele.

  

AVANÇOS

Entre as medidas preventivas no combate às neoplasias – cerca de 30% dos cânceres podem ser evitáveis com a alteração dos hábitos de vida que são: parar de fumar, para de beber (ou reduzir ao máximo possível); praticar atividades físicas; ter uma alimentação saudável; combater a obesidade; e tomar alguns tipos de vacinas (HPV, hepatite B).

 

DIAGNÓSTICOS

“Além de podermos reduzir os riscos e evitar que o câncer apareça, podemos também atacar em outra vertente... diagnosticar, de modo mais precoce, por intermédio de exames como mamografia, Papanicolau, colonoscopia, PSA, tomografia computadorizada de tórax (este para os casos de câncer de pulmão nos tabagistas pesados) entre outros. Estes exames são fundamentais para a detecção precoce dos cânceres”, frisa o cirurgião oncologista.

 

ACESSO E DISPARIDADES

O câncer tem muita relação com a questão socioeconômica. Segundo o especialista, nos Estados Unidos, considerado um país rico, as pessoas não morrem por doenças infecto parasitárias, além de ter reduzido o número de óbitos por doenças cardiovasculares e, assim, a população tem envelhecido cada vez mais. Como o câncer tem a ver com o envelhecimento, temos um aumento na incidência de câncer nesta população. “Já em países mais pobres, onde a mortalidade se dá pela frequência de doenças parasitárias e desnutrição, consequentemente a população não atinge uma longa expectativa de vida e, dessa maneira, os índices de diagnóstico de câncer são bem menores.  

“Câncer é uma enfermidade cara para se tratar. Dito isso, para aumentar os índices de cura é preciso ter acesso a médicos capacitados, a exames sofisticados e a tratamentos onerosos. Há uma grande disparidade no mundo como um todo no que se refere aos tratamentos e perspectivas de cura”, destacou o médico.

 

PREVENÇÃO 

Conforme a opinião do oncologista, o câncer é uma doença com fatores modificáveis e não modificáveis. Entre os que não conseguimos interferir estão os processos de envelhecimento, as questões hormonais, idade do início da menopausa ou primeira menstruação, etc.  

Entre os modificáveis estão: tabagismo (principal causa de morte prematura no mundo), ingestão de álcool, obesidade, alimentação inadequada, e alguns tipos de infecção (HPV – Papiloma vírus e hepatite B).


  Dr. Wesley Pereira Andrade - oncologista é MD, Ph.D., mestre em Oncologia, além de mastologista e cirurgião oncologista. O Dr. Wesley Pereira Andrade é médico titular da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e médico titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO). CRM-SP 122593


Dia Mundial da Saúde: mitos e verdades sobre os benefícios do chá para uma vida mais saudável

 Nutricionista desmistifica o consumo das infusões e explica como a bebida pode auxiliar no bem-estar

 

Quem nunca tomou um chá quando estava resfriado? Ao longo dos séculos e, ainda nos dias de o hoje, o chá vem sendo associado à saúde. Sua própria origem está ligada a esse fato. Reza a lenda de que no ano de 2.737 a.C. o imperador chinês Shen Nung, popularmente conhecido como o Curandeiro Divino, tentando solucionar a constante incidência de surtos epidêmicos em seu reino, criou uma lei que obrigava o povo a ferver a água antes de ingeri-la. Um dia, quando repousava sob uma árvore, pediu a seus servos que lhe levassem um copo de água fervida. No entanto, antes de ingerir o líquido, ele se deu conta de que algumas folhas, de uma árvore próxima, haviam caído no recipiente. Interessado na mistura, ele provou e gostou do resultado. 

Em 7 de abril é comemorado o Dia Mundial da Saúde. Data cujo objetivo é conscientizar a população a respeito da qualidade de vida e dos diferentes fatores que afetam a saúde populacional. Presente na vida de milhares de pessoas ao redor no mundo, as infusões são comumente utilizadas por suas propriedades terapêuticas e funcionais que podem atuar como estimulantes, diuréticos, digestivos, anti-inflamatórios, calmantes, entre outros. 

Rodrigo Moreira, nutricionista consultor da Leão Alimentos e Bebidas, lembra, contudo, que o consumo da bebida não substitui tratamentos médicos. “As ervas servem como complemento de uma dieta saudável, natural e que auxilia no bem-estar das pessoas”, explica. Confira, a seguir, alguns mitos e verdades desmistificados pelo profissional.

 

“Chás substituem tratamentos médicos”

Mito -- Alguns chás possuem propriedades farmacológicas, agindo como medicamentos. No entanto, as ervas devem ser um complemento ao estilo de vida saudável. Em hipótese alguma a pessoa deve fazer a substituição por conta própria. O tratamento para as doenças deve ser sempre o prescrito pelo profissional da área de saúde.

 

“Grávidas não podem tomar chá”

Mito -- O consumo de chás não é contraindicado para as gestantes. Porém, recomendado é limitar a duas xícaras por dia durante a gravidez.

 

“Chá ajuda a hidratar o corpo”
Verdade - Como é uma bebida feita à base de água, o produto auxilia na hidratação e ajuda a melhorar a qualidade de vida. Vale ressaltar, contudo, que algumas infusões podem ser diuréticas e que, nesses casos, o líquido deverá ser reposto.
 

“Não é recomendável adicionar açúcar na infusão”

Verdade -- A presença do açúcar, além de interferir no sabor, pode impactar nas propriedades das ervas. Para quem prefere chás mais adocicados a dica é procurar opções mais frutadas ou adoçadas com estévia.

 

Bebês podem tomar chás

Não é bem assim - A ingestão de chás depende da idade da criança. A partir dos seis meses de vida a mãe já pode inserir algumas infusões. Antes dessa idade, a alimentação deve ser constituída exclusivamente de leite materno ou da fórmula recomendada pelo pediatra.

 

“Chá e café são equivalentes”

Mito - O chá proporciona metade da concentração de cafeína que o café oferece. Uma xícara comum de café de filtro contém de 80 a 115 miligramas de cafeína, enquanto a mesma quantidade de chá tem metade da dose da substância (40 miligramas). Se a cafeína provoca ansiedade, o chá pode ser uma solução confortável e suficiente para aqueles que fazem questão do composto.

 

“Chá melhora a qualidade do sono”

Verdade -- Alguns chás, como o de camomila e erva-cidreira, possuem propriedade calmantes que podem auxiliar no relaxamento do corpo

 

“Chá em excesso faz mal”

Verdade -- Como tudo na vida, nada deve ser utilizado em excesso. As ervas e infusões são seguras quando consumidas em quantidades moderadas. O consumo de grandes quantidades não é recomendado devido à sua interferência em vários processos metabólicos.

 

“Chá vicia”

Não é bem assim -- Apenas algumas infusões possuem propriedades como a cafeína. Tomando com moderação, o chá não vicia e é um grande aliado ao bem estar. Muitas infusões, possuem propriedades que vão além da cafeína e atuam em outras áreas do corpo, trazendo inúmeros benefícios. O Mate, por exemplo, tem um efeito termogênico responsável por acelerar o metabolismo para queima de gorduras, dando energia para o seu organismo. A erva também é conhecida por seus efeitos antioxidantes que combatem os radicais livres que causam o envelhecimento precoce, além de ser um grande agente para o combate do colesterol.

 

 Leão Alimentos e Bebidas


Médico: Fique atento para não cair na malha fina e gastar mais

 A atenção no preenchimento da declaração do IRPF 2022 deve ser redobrada para os médicos. Confira as dicas da Contabilizei para não ter problemas com a Receita Federal

 

A declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF) deve ser entregue anualmente por todos os contribuintes que atendem aos critérios de obrigatoriedade estabelecidos pela Receita Federal. No caso dos médicos, é importante estar atento ao preenchimento dos dados, pois a Receita Federal realiza diversos cruzamentos de informações.

Os cruzamentos advém de diversas fontes, tais como hospitais, clínicas e até mesmo os pacientes que também devem declarar os valores pagos na contratação de serviços médicos. Qualquer inconsistência nas informações apresentadas pode levar a cair na malha fina, além de levantar questionamentos por parte da Receita Federal.

Então se você é médico autônomo, tem uma empresa ou clínica e está com dúvidas no preenchimento da sua declaração, veja algumas dicas fundamentais para não cair na malha fina e sofrer penalidades desnecessárias.
 

1. Sou médico autônomo. Devo declarar?

Os profissionais autônomos e liberais que possuem rendas estão sujeitos ao pagamento de Imposto de Renda (IR) e devem declarar tais rendimentos para a Receita Federal, ao passo que o médico sob essa condição está obrigado à entrega da DIRPF, seguindo regras específicas.

O médico autônomo deve recolher o IR mensalmente por meio do programa Carnê-Leão, ao preencher o Livro Caixa. O programa está disponível no Centro Virtual de Atendimento (e-CAC) e efetua o cálculo do IR devido, além de emitir a guia usada para o recolhimento, o DARF, o qual deve ser pago até o último dia útil do mês seguinte ao do recebimento do pagamento.

Em sua DIRPF devem ser informados todos os rendimentos e despesas com a atividade autônoma. Os valores recebidos por empresas contratantes, como hospitais, clínicas e planos de saúde, são preenchidos na ficha de “Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica”, de acordo com o Informe de Rendimentos que deve ser fornecido por tais instituições.

Já os valores pagos diretamente por pacientes devem ser importados do Carnê-Leão na Ficha “Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Física”, para somar aos demais dados de sua declaração.
 

2. Os plantões que trabalhei devem ser declarados?

Sim. Caso você trabalhe como médico autônomo e tenha recebido por plantões ao longo do ano, estes valores deverão estar consolidados no Informe de Rendimentos que receberá da fonte pagadora.

Esta é uma receita considerada Tributável, e você deve ficar atento ao preenchimento correto dos valores e dados da fonte pagadora, pois existem cruzamentos de informações com outras declarações enviadas por elas.
 

3. Devo informar os CPFs dos pacientes?

Sim. Tanto o CPF do paciente, quanto o do titular do pagamento devem ser informados no livro-caixa, no caso de médicos autônomos.

O profissional da saúde também é responsável por recolher o imposto mensalmente por meio do programa Carnê-Leão, o que inclusive facilita o processo de preenchimento da DIRPF, pois tais informações podem ser importadas diretamente para a declaração.

Veja como funciona o preenchimento do Carnê-Leão aqui.

É importante preencher todas as informações com muita atenção, pois os pacientes também irão informar os pagamentos efetuados em suas DIRPF, para abatimento do imposto devido em suas declarações, e qualquer divergência pode levar ambos, médico e paciente, a caírem na malha fina.
 

4. É mito ou verdade que residentes não precisam declarar as bolsas de estudo?

Mito. A Lei 12.514/2011 instituiu a isenção de Imposto de Renda para bolsas de estudos de médicos residentes, mas isso não significa que os valores não devem ser informados quando houver a necessidade de entrega da declaração.

É importante reforçar que, as bolsas de estudo e de pesquisa devem ser recebidas exclusivamente para proceder a estudos ou pesquisas e desde que os resultados dessas atividades não representem vantagem para o doador, nem importem contraprestação de serviços pelo residente.
 

5. Quais gastos podem ser deduzidos?

Se você é médico autônomo, no preenchimento do Carnê-Leão, algumas despesas poderão ser deduzidas para o cálculo do IR, como por exemplo:

· Encargos sobre a contratação de funcionários, desde que registrados;

· Despesas fixas do consultório ou clínica, tais como, luz, água, aluguel, condomínio e telefone;

· Compras de materiais de consumo na atividade e de escritório;

· Pagamentos do Conselho de Classe e Sindicatos.

Vale destacar que, gastos como compras de móveis, máquinas ou qualquer outro imobilizado e combustível utilizado em deslocamentos entre hospitais não podem ser deduzidos.
 

6. Sou médico e tenho uma empresa. Devo declarar?

A empresa também é considerada um bem, então, caso o médico autônomo esteja enquadrado em algumas das hipóteses de obrigatoriedade de entrega da DIRPF, o mesmo deve declarar a mesma na Ficha de Bens e Direitos, informando a razão social e o CNPJ da empresa, bem como o valor da quantidade de cotas ou ações.

Além disso, é importante estar atento aos valores de pró-labore e distribuição de lucros pagos pela sua empresa. O pró-labore é considerado um Rendimento Tributável, enquanto que a distribuição de lucros é isenta de IR. Ambos valores devem ser informados na DIRPF, observadas as hipóteses de obrigatoriedade e de entrega da declaração.

 

 Contabilizei - principal parceiro do empreendedor brasileiro, líder em abertura de empresas e maior escritório de contabilidade do país.


EUA agilizam vistos para imigrantes com habilidades excepcionais e aprofundam fuga de cérebros brasileiros

Os Estados Unidos anunciaram no final de março, algumas medidas para reduzir o alto volume de pedidos pendentes de decisão no Serviço de Cidadania e Imigração do país (USCIS, na sigla em inglês). Em fevereiro, já eram mais de 9,5 milhões de solicitações aguardando análise do órgão – uma quantidade 18% superior às 8 milhões registradas em outubro, ao término do ano fiscal americano de 2021.

Uma das principais medidas anunciadas pelos EUA foi a expansão do chamado “processamento premium” para vistos como o EB-2 NIW – hoje, a principal porta de entrada que brasileiros com mestrado e doutorado usam para conseguir o green card, documento que garante a residência permanente nos EUA.

 

Por ser um visto destinado a pessoas com “habilidades excepcionais” – que têm algum tipo de reconhecimento nacional e internacional, que já publicaram trabalhos em veículos de relevância em sua área ou que tiveram conquistas significativas na carreira –, o EB-2 NIW dispensa o candidato de ter uma oferta de emprego. Com isso, qualquer pessoa que seja elegível para o visto pode, ela mesma, solicitar o documento, que automaticamente lhe concederá o green card.

 

O objetivo do governo americano com isso é acelerar a atração de mentes e talentos nas áreas de ciência, esportes, negócios e artes, para que contribuam com o desenvolvimento científico, econômico e tecnológico do país. A medida também ajuda a economia estadunidense a atrair mão de obra: em fevereiro, o país registrou 11,3 milhões de vagas abertas no mercado de trabalho. Contudo, com uma taxa de desemprego de apenas 3,8%, não existem trabalhadores suficientes para preencher todas essas oportunidades. O jeito é recorrer aos imigrantes.

 

Antes da nova regra publicada nesta terça-feira, candidatos ao EB-2 NIW esperavam, em média, de cinco meses a dois anos para ter o pedido avaliado pelo USCIS. Agora, no entanto, este prazo poderá cair para apenas 45 dias, caso a pessoa pague a taxa de US$ 2,5 mil para o processamento premium.

“É algo que vai revolucionar o fluxo de imigração para esse público. Com certeza, uma grande quantidade de mentes brilhantes, dos mais variados países, vai ficar mais empolgada para conseguir o green card, dada a rapidez do serviço pelo processamento premium”, explica o advogado de imigração e sócio-fundador da AG Immigration, Felipe Alexandre.

 

Ele salienta que a nova regra do processamento premium para o EB-2 NIW entrará em vigor em até 60 dias e também se estenderá para outros tipos de petição, como solicitações de permissão de trabalho e pedidos de extensão de status. “Cada requerimento tem uma taxa e tempo de análise específicos”. A nova medida também se aplica ao visto EB-1 para gerentes e executivos de multinacionais.

 

O Brasil é o quarto país que mais solicita vistos EB nos Estados Unidos, atrás apenas de Índia, China, Filipinas e Coreia do Sul, sendo que mais da metade está dentro da categoria EB-2.

 

 

 


Dr. Felipe Alexandre - fundador da AG Immigration é referência internacional em assuntos ligados a imigração, vistos e green cards. Figura há 5 anos como um dos 10 melhores advogados de imigração do Estado de Nova York, prêmio concedido pelo “American Institute of Legal Counsel”. Considerado, em 2021, um dos 10 principais advogados da Califórnia, em votação da revista jurídica “Attorney & Practice Magazine”, e reconhecido pela “Super Lawyers (Thomas Reuters)” como referência no campo das leis imigratórias dos EUA. Nascido no Brasil, mudou-se para os Estados Unidos ainda criança. Tem dedicado sua carreira à comunidade estrangeira que busca viver legalmente no país. 

 

 

AG Immigration 

www.agimmigration.law 


Retomada do setor elétrico e inovações no pós-pandemia

O consumo de eletricidade é um excelente termômetro para saber como está a atividade econômica de um país. No caso do Brasil, o setor energético é uma das principais alavancas para o crescimento econômico, por envolver investimentos em infraestrutura e pelo seu potencial de atração de investimentos e geração de empregos, principalmente neste período pós-pandêmico.

Após o rápido avanço da Covid-19, o governo criou uma medida emergencial, a Conta Covid. Implementada por meio da Medida Provisória n° 10.350/20, ela nasceu com o propósito de receber os recursos de uma operação financeira para alívio do caixa das distribuidoras de energia, sendo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) responsável pela contratação e administração do empréstimo. Desta forma, ela garantiu por um tempo a liquidez do setor, refreando os efeitos da redução do consumo e do aumento da inadimplência no período.

Independentemente da situação de exceção que tem sido a pandemia e dos entraves que ela ocasiona, o setor elétrico brasileiro passa por um processo de modernização. Desde 2019, medidas, projetos de lei e estratégias de mercado vêm priorizando o movimento. Um exemplo foi a aprovação da portaria n° 187/19, que considera a busca por melhores soluções para a modernização do setor, capitaneada pelo Ministério de Minas e Energia. Entre outros aspectos, a medida busca melhores mecanismos de formação de preços, inserção de novas tecnologias, sustentabilidade dos serviços de distribuição e liberdade do consumidor.

Das 15 frentes de atuação que compõem a portaria, um dos mais importantes diz respeito aos Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica (Prodist). Ao determinar regras que normatizam os sistemas de distribuição, o Prodist se conecta não só com as distribuidoras, mas com toda a cadeia do setor elétrico brasileiro. Ele também ajuda a padronizar e promover a equidade entre as empresas de distribuição de energia elétrica de todo o País.

Agora, em 2022, o cenário atual para o consumo de energia elétrica no País é de leve redução. Segundo dados do Boletim InfoMercado Quinzenal do CCEE, o Brasil demandou 66.751 megawatts médios em janeiro, pequeno recuo de 0,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Neste contexto e diante de um cenário desafiador, a KRJ tem investido cada vez mais em novas tecnologias, desenvolvendo produtos que alinham desempenho, redução de custo e redução do tempo de instalação, transferindo ao mercado um importante fator de redução de custo operacional as empresas distribuidoras de energia que é a redução do custo de mão de obra nas intervenções necessárias a rede elétrica. Os conectores perfurantes da KRJ, desenvolvidos com o conceito do “efeito mola” na conexão, tem o custo mais competitivo, não necessitam de rotinas de reaperto, principalmente em ambientes em que haja algum tipo de vibração, bem como possuem um tempo reduzido de instalação por não requerer ferramentas especiais em sua instalação.

A KRJ, em todos os seus desenvolvimentos tem como objetivo garantir que seus produtos alinhem a evolução técnica e a facilidade de instalação para proporcionar um menor tempo de exposição dos profissionais à rede, garantindo o aumento da confiabilidade e da proteção dos sistemas elétricos, o que é uma preocupação contínua de empresas que têm o compromisso com a qualidade da energia fornecida e responsabilidade com os seus operadores.

 


Marcelo Mendes - economista e gerente geral da KRJ, especializada em conexões elétricas. www.krj.com.br

 

Entre recrutadores, 49% acreditam que profissionais estão mais propensos a sofrer de burnout no segundo semestre

Estudo da Robert Half apresenta as cinco principais razões que levam a essa percepção e reforçam a importância do Dia Mundial da Saúde

 

Criado pela OMS para a conscientização e criação de políticas voltadas ao bem-estar da população, o Dia Mundial da Saúde, celebrado em 7 de abril, também faz refletir sobre como empresas e colaboradores estão lidando com a saúde mental no trabalho. A 19ª edição do Índice de Confiança Robert Half ouviu 774 recrutadores e profissionais qualificados – ou seja, com 25 anos ou mais e formação superior – e apontou que 49% dos recrutadores acreditam que os profissionais estão mais propensos a sofrer de burnout no segundo semestre. 

Segundo os recrutadores, as cinco principais razões que os levam a fazer essa afirmação são: cargas de trabalho mais pesadas (58%); falta de equilíbrio entre vida profissional e trabalho (58%); mais pressão para obter resultados (55%); incertezas quanto ao rumo da pandemia (52%); e a alta demanda de trabalho concentrada em equipes reduzidas (51%). 

“Algumas boas práticas em prol do bem-estar do colaborador exigem um alto investimento financeiro. Entretanto, algumas empresas podem não estar no melhor momento para destinar recursos para essas ações. Acredito, porém, que está ao alcance de todas as organizações criar uma cultura de satisfação, como primeiro passo para que as pessoas tenham um ambiente de trabalho mais saudável”, afirma Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul.

Apesar dos números impactantes, a pesquisa revela também que 80% das empresas buscam a mudança desse cenário, com adoção de medidas para alcançar maior equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. As cinco principais ações realizadas pelas empresas são: permitir maior flexibilidade de horário (55%); manter uma comunicação regular (51%); melhorar o acesso aos benefícios de saúde e bem-estar (35%); aprimorar programas de reconhecimento de funcionários (27%); e dar mais apoio aos pais e mães que trabalham (20%). 

Quando perguntados sobre o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional no último ano, 42% dos empregados afirmaram que houve um aumento na qualidade de vida. “Isso pode indicar um reflexo da evolução no número de empresas que passaram a promover benefícios relacionados ao bem-estar emocional e à saúde mental dos colaboradores, em função das preocupações com a pandemia. O que só reforça a importância do cuidado com os profissionais como estratégia para manter a operação competitiva”, conclui o diretor.


Equilíbrio entre a vida social e o trabalho é a tendência global para a retenção de talentos

A consultoria também conduziu um levantamento global, na segunda quinzena de fevereiro, com 1.500 executivos C-level (CEOs, CFOs e CIOs), no Brasil, Bélgica, França, Reino Unido e Alemanha. Quando questionados sobre quais preocupações mais impactam na capacidade das empresas de reter colaboradores, as três respostas mais citadas pelos executivos foram: a busca dos colaboradores por um maior equilíbrio entre vida profissional e pessoal (28%); o aumento da pressão no trabalho ou burnout dos colaboradores (23%); e a incapacidade de oferecer salários e benefícios competitivos. 

No ranking entre países, os executivos brasileiros aparecem como os mais preocupados com a busca de um maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional dos colaboradores.

Brasil

36%

Bélgica

27%

França

26%

Reino Unido

25%

Alemanha

24%

(Fonte: Pesquisa global da Robert Half com 1.500 executivos C-level)

“A pesquisa global aponta uma tendência positiva: cada vez mais, as lideranças das organizações consideram saúde e equilíbrio no trabalho peças-chave da atração e retenção de talentos. Dessa forma é que elas mapeiem as necessidades e as expectativas dos colaboradores que estão em casa”, conclui Mantovani. 

 

Robert Half


Um tiro na verdade mata o Jornalismo

Uma guerra em pleno século 21 é tão inútil como qualquer outra. Hoje, porém, a velocidade de propagação das notícias é quase em tempo real. Mesmo assim, o ceticismo quanto à credibilidade das notícias veiculadas brota como derivação, muitas vezes, de linhas políticas e interesses econômicos velados. O contra ataque dos céticos vem como onda gigante das redes digitais para confrontar as narrativas “oficiais”.

 

E a imprensa?

A combinação de mudanças sociais, políticas, econômicas e tecnológicas redefiniu o trabalho da imprensa, que passa por um doloroso e gradual processo de adaptação a essa nova realidade. As redes sociais e suas ferramentas digitais colocaram em xeque o poderio e a audiência dos meios tradicionais de comunicação e o monopólio da produção e distribuição da informação. Os meios de comunicação, tradicionais difusores das notícias, ganharam um concorrente exponencial. Em passado não muito distante, a mídia era o filtro que interpretava e organizava a realidade para o público. 

 

Indignação em rede

A indignação explode nas redes digitais e na mídia tradicional com os atos de censura que o presidente russo Vladimir Putin e outras lideranças políticas, impõem ao Facebook, Twitter e Telegram. A imprensa russa já estava sob censura e a população tem visão precária e distorcida dos fatos relativos à invasão da Ucrânia. Isto ilustra a relevância das redes como fonte alternativa de informação, mas ainda não pode ser tida como uma rota de fuga para a combalida verdade.

 

Acalorados debates que ocupam as plataformas, bloqueios e banimentos são alvo de brados enfáticos e até de intervenções do alto escalão do Judiciário, não só no Brasil, apesar de que opiniões diversas fazerem parte de qualquer processo. Vale lembrar da frase do iluminista francês Voltaire (1694-1778), Eu discordo do que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo”, certamente esquecida nesses dias de cancelamentos, perseguições e censura. 

 

E agora?

Para que o Jornalismo da Era da Informação possa manter seus desígnios e talvez até sobreviver, é importante que as velhas técnicas de apuração permaneçam válidas: pesquisa, fontes, checagem dos fatos, exposição do contraditório e contextualização dos dados. Foi esse o caminho que garantiu a credibilidade da imprensa a ponto de ser considerada o Quarto Poder e não importa o algoritmo, esse modelo é soro caseiro e percebido pelos públicos muito rapidamente. 

 

“Na guerra, a verdade é a primeira vítima” 

Frase que teria sido exclamada por Ésquilo, dramaturgo grego que viveu há 2.500 anos, tiros contra a verdade são implacáveis. Mesmo que a tecnologia democratize o acesso e a distribuição de informações para quem estiver conectado, no âmbito jornalístico, o “tiro” contra a primeira vítima em um cenário de conflito, ou seja, a verdade, não pode ser desferido pelos “soldados da informação”. 

 

A vítima de antes e de agora

A manipulação e censura sobre as notícias da guerra estão para as derivadas da crise sanitária, na qual ainda estamos, como fato consumado. Mais uma vez brotam indignações seletivas, e pior, o cerceamento do direito à informação, que será sempre uma violência. Será sempre inaceitável, independentemente das questões políticas, econômicas, religiosas, filosóficas ou geográficas, em uma sociedade democrática. A mídia tem a missão de ser uma espécie de guardião inclusivo, inclusive para quem está fora da web, garantindo que a verdade seja blindada dos atentados de ocasião em qualquer realidade.

 


Claudio Odri - empresário e jornalista.  

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