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sexta-feira, 25 de março de 2022

10 dicas para proteger sua criptomoeda


A criptomoeda vem ganhando atenção em todo o mundo há algum tempo. O número de usuários dobrou no primeiro semestre de 2021, segundo um estudo da Crypto.com e identificou mais de 220 milhões desses usuários de moeda no final de junho do ano passado.

Um novo estudo global da Visa mostra significativa conscientização e adoção de criptomoedas entre consumidores na América Latina. Ele mostra que o conhecimento de criptomoedas em mercados emergentes na América Latina é quase universal (97%) e aproximadamente um terço dos usuários utilizam criptomoedas diretamente para investimento (proprietários passivos) ou para transações comerciais e para enviar/receber dinheiro. (proprietários ativos). O Brasil registrou um crescimento de 1.266% no número de investidores alocados em fundos de criptomoedas e ETFs em 2021 em relação ao ano anterior, conforme mostram dados da Hashdex.

E se o número de adeptos das criptomoedas cresce, também crescem os crimes envolvendo a moeda .A empresa de análise de dados Chainalysis publicou um estudo que mostra o uso de criptomoedas por criminosos e a prática de atividades ilícitas em todo o mundo. De acordo com a pesquisa, somente em 2021, US$ 11 bilhões foram retidos em criptomoedas por criminosos, o recorde anual na categoria. O valor mais alto registrado anteriormente foi em 2020, com "apenas" US$ 3 bilhões.

De acordo com o estudo, a prática mais comum, identificada em 93% dos casos, é o roubo de carteiras de criptomoedas — algo que pode ser feito roubando dados de acesso instalando malware, por exemplo, ou a partir de uma invasão contra uma exchange. Outras práticas amplamente identificadas foram o uso de criptomoedas em fóruns da darknet para obter itens ou serviços ilegais (US$ 448 milhões movimentados em 2021), fraude (US$ 192 milhões) e ransomware (US$ 30 milhões).

 

Como proteger suas criptomoedas

A melhor maneira de escapar de golpes de cibercriminosos que estão de olho em sua carteira digital é conhecer algumas práticas de segurança digital. Embora seja verdade que há um risco em transações online, muitos dos mesmos hábitos que o mantêm seguro online manterão sua criptomoeda segura. Ao proteger sua carteira de criptomoedas, você precisará seguir práticas semelhantes para manter seu banco online seguro.

Certifique-se de seguir estas 10 dicas para proteger sua criptomoeda contra hackers. Você pode não precisar de todos os 10, mas avaliando com que quantidade de risco você se sente confortável, você pode determinar quanta segurança deseja seguir. E com os aplicativos móveis se tornando uma ferramenta popular para gerenciar uma carteira de criptomoedas, essas dicas se aplicam não apenas ao seu computador, mas principalmente ao seu celular.

 

1.Use uma carteira "fria"

 

O primeiro passo para proteger sua carteira de criptomoedas é armazená-la em uma carteira “fria” ou de hardware. Embora você possa precisar de algumas unidades online para transações, mantenha apenas o que você precisa no curto prazo e armazene a maior parte offline. Uma carteira de criptografia fria, que é semelhante em tamanho a um dispositivo USB, contém uma chave privada que pode ser usada para acessar seus fundos. Você pode definir sua própria chave privada, mas perdê-la pode significar perder o acesso ao seu investimento. Nunca compartilhe sua chave privada com ninguém e, para segurança máxima, guarde-a em um espaço físico como um cofre à prova de fogo.

 

Um dos perigos de armazenar a maior parte de sua criptomoeda com provedores online é que, na maioria dos casos, eles têm acesso à sua chave privada e, se forem hackeados e sua chave privada for comprometida, você poderá perder seu investimento. Para dispersar ainda mais o risco, você pode manter várias carteiras de criptografia para que, se uma chave privada for roubada, as outras ainda estejam seguras. No entanto, isso significa guardar mais de uma chave privada, que tem suas próprias complexidades.

 

Além de carteiras frias e carteiras online, a outra opção são as carteiras de criptografia de software. No entanto, alguns aplicativos maliciosos projetados especificamente ainda podem comprometer sua carteira de aplicativos que residem em seu computador pessoal ou smartphone.

 

2.Saiba de quem você está comprando

 

Antes de fazer qualquer transação, entenda que algumas trocas são mais seguras que outras. Faça sua pesquisa para saber quais exchanges de criptomoedas foram comprometidas no passado, pois se foi hackeada no passado, ela mostra práticas de segurança ruins ou vulnerabilidades existentes, portanto, seu investimento pode estar em risco.

 

A maioria das exchanges de criptomoedas não garante legalmente seu investimento em criptomoedas no caso de um ataque cibernético, portanto, se for comprometido, você poderá perder suas participações. É por isso que é importante escolher uma troca que use as melhores práticas de segurança, como exigir autenticação multifator (MFA) e aplicar criptografia TLS/SSL. Por fim, determine se eles têm alguma medida de segurança em vigor, como limites e notificações de transferência de saldo, ou a opção de congelar a conta para mitigar os danos.

 

 

3.Não use a mesma senha por um longo período e conte com um gerenciador de senhas

 

Por mais lamentável que seja, no ambiente de hoje, você pode presumir que suas senhas acabarão sendo violadas. Portanto, a chave para proteger sua senha é definir uma senha complexa, armazená-la com segurança e alterá-la com frequência. Ao escolher uma senha para sua carteira de criptomoedas ou qualquer outro site sensível, não reutilize nenhuma senha que você já tenha. Além disso, sua senha não deve incluir nenhuma informação pessoal. Em vez de salvar senhas em seu navegador, é mais seguro salvá-las em um gerenciador de senhas como LastPass ou 1Password. Por fim, altere sua senha a cada seis meses.

 

 

4.Cuidado com o phishing

 

O phishing é um ataque direcionado em que um invasor pode se passar por uma entidade legítima para adquirir suas informações confidenciais, e você ficaria surpreso com a frequência com que as pessoas caem nele. Para evitar phishing, nunca faça login em sua troca de criptomoedas, a menos que tenha certeza de que está no site correto. Salve o link em seus favoritos ou digite o URL em vez de clicar em um link de outra pessoa enviado aleatoriamente para você. Além disso, não confie em textos, e-mails ou chats que solicitem suas informações pessoais. Por fim, sempre verifique se os detalhes estão corretos antes de enviar qualquer pagamento.

 

 

5.Mantenha sua criptomoeda separada dos dispositivos pessoais e de trabalho

 

Você deve criar um e-mail dedicado à sua carteira de criptomoedas em vez de usar um e-mail pessoal, escolar ou de trabalho ao qual você pode perder o acesso. Nunca acesse sua carteira de criptomoedas em um computador de trabalho ou público e considere usar um dispositivo separado para sua negociação de criptomoedas, como um laptop ou smartphone dedicado.

 

 

6.Usar autenticação multifator

A autenticação multifator cria uma defesa em camadas em sua conta com credenciais independentes com base em uma senha, token de segurança e/ou biometria. A ideia do MFA é “conhecer e ter”: em outras palavras, você sabe sua senha e tem um token, notificação push ou biometria, etc.

Ao configurar a MFA, você normalmente pode selecionar SMS ou uma notificação por push do aplicativo de autenticação de dois fatores (2FA). Geralmente, o 2FA é melhor porque, se um invasor obtiver seu cartão SIM, ele poderá receber a notificação. As trocas de SIM são um método surpreendentemente comum que os invasores usam para obter acesso às contas. Se seu telefone for roubado, ligue para sua operadora imediatamente para cancelar seu cartão SIM antigo. Além disso, se você perder repentinamente o acesso a dados e mensagens de texto/chamadas em seu telefone, pode ter sido vítima de troca de SIM. Para evitar trocas de SIM, peça ao seu provedor de serviços para bloquear seu cartão SIM.

 

7.Fuja do Wi-Fi público

Não use WiFi público para acessar sua exchange ou contas de criptomoedas online. Além disso, use uma VPN sempre que possível para ocultar seu endereço IP e localização. As VPNs podem ser usadas em qualquer dispositivo para manter a privacidade de seus dados e evitar espionagem ou rastreamento de suas atividades. Uma VPN essencialmente cria um túnel criptografado que mantém sua atividade online privada e segura, dando a você controle sobre seus dados. Além disso, você deve fazer disso parte de suas práticas gerais de segurança online, não apenas para negociação de criptomoedas.

 

8.Não se esqueça de automatizar as atualizações

Seja qual for o dispositivo que você decidir usar, mantenha-o atualizado com o software mais recente. Você pode definir atualizações para serem instaladas automaticamente. Certifique-se de que seu dispositivo, incluindo os aplicativos instalados nele, esteja atualizado. Igualmente importante é utilizar a segurança de ponto final, como anti-malware e antivírus.

 

9.Não divulgue nenhuma informação nas redes sociais

Embora possa ser tentador compartilhar seus sucessos de investimento em criptomoedas nas mídias sociais, gabar-se de seus ganhos online é basicamente convidar invasores. Muitas pessoas negociam criptomoedas anonimamente para remover qualquer conexão com sua identidade. Você não deve postar informações sobre sua atividade de negociação, qual bolsa você está usando ou seus ganhos ou perdas nas mídias sociais.

 

10.Fique atento às ameaças mais recentes

Os ataques estão em constante evolução, mas também os métodos para se proteger. Recomendamos que você monitore consistentemente as notícias para atualizações sobre novos ataques ou ameaças para que possa responder rapidamente se sua carteira de criptomoedas se tornar vulnerável.

 

Quanto mais fácil for para você, mais fácil será para um invasor

Embora as 10 dicas possam parecer muito para manter sua criptomoeda segura, vale a pena proteger seu investimento de hackers. Quanto mais fácil for para você fazer login e acessar sua carteira de criptomoedas, mais fácil também será para um invasor. Além disso, qualquer transação online pode ser vulnerável, portanto, aplicar essas práticas recomendadas não apenas ajudará você a proteger sua carteira de criptomoedas, mas também suas interações online diárias. Além disso, se sua criptomoeda for perdida ou roubada, as chances de recuperá-la são praticamente inexistentes, por isso vale a pena uma segurança preventiva extra na frente.


Avesta Hojjati - chefe de P&D da DigiCert

 

DigiCert, Inc.

@digicert


Sebrae investe R$ 37 milhões em planos de inovação de pesquisas científicas brasileiras

Catalisa conta com projetos que prometem trazer impactos positivos na sociedade, como uma cidade inteligente com valor social e um sistema composto por dispositivos que incentivam a autonomia de pacientes com epilepsia


Um total de 270 planos de inovação de todo o país vão receber recursos de até R$ 150 mil cada, convertidos em bolsas e auxílio, para transformarem pesquisas científicas em uma micro e pequena empresa de base tecnológica. Os projetos foram selecionados por meio do Catalisa ICT, iniciativa inédita de inovação aberta do Sebrae e parceiros que está em sua terceira etapa.

Além do aporte financeiro, os pesquisadores à frente dos projetos receberão capacitações e mentorias. É neste momento também em que se dá a aproximação com grandes empresas inovadoras e/ou entidades de ciência e tecnologia para compartilhamento de infraestrutura, incubação ou aceleração. Os profissionais terão acesso a serviços de incubadoras, aceleradoras, Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) e Laboratórios credenciados, além de um acompanhamento individual.

Ao fim dessa fase, a previsão é que seja aberta uma nova chamada pública, o terceiro edital do Catalisa ICT, a fim de escolher até 130 novos projetos de PD&I submetidos por empresas de base tecnológica. O Catalisa ICT é destinado para qualquer segmento do mercado que use a transferência científica para fomentar o empreendedorismo.

“Podemos dizer que o Sebrae traz o caminho para quem está à frente das pesquisas de inovação e tecnologia. O Catalisa permite ao pesquisador tirar a sua ideia do papel de maneira completa, pois recebe acompanhamento em todas as etapas, com capacitação, consultoria, até o desenvolvimento do projeto. Vamos de ponta a ponta. É, de fato, transformar o sonho em solução, colocando para uso da sociedade”, explica o gerente de Inovação do Sebrae, Paulo Renato.


De pesquisador a empreendedor

Professor do departamento de Ciências da Computação da Universidade de Brasília (UnB), Jorge Fernandes é um dos pesquisadores cujo projeto foi selecionado pelo Catalisa. A Smart City Games tem como proposta entender as dificuldades que uma cidade enfrenta e que a impedem de oferecer uma alta qualidade de vida aos seus habitantes. Em outras palavras, conforme define Fernandes, “as cidades inteligentes preveem o uso da tecnologia pra resolver os problemas dos municípios”.

Mas, no caso específico da Smart City Games, o diferencial está na participação do cidadão nesse processo, contribuindo de uma forma mais efetiva para introduzir inovação tecnológica no território onde ele vive, participando ativamente na construção dessa cidade inteligente. “Nossa expectativa é validar que essa tecnologia é capaz de promover uma maior governança e transparência do processo de desenvolvimento de inovações em um território urbano no Brasil e que isso possa, simultaneamente, gerar renda para o cidadão que esteja engajado no jogo”, esclarece o professor, reforçando a característica de valor social do projeto.

Mesmo com 29 anos de docência superior, Jorge Fernandes conta que o Catalisa permitiu que ele investisse em um lado adormecido: o de empreender. “Ajuda a concretizar planos que ficam parados muito tempo na mente das pessoas que têm uma visão de aplicação da ciência”, complementa.


Mais autonomia

O Sistema de Gestão no Tratamento de Epilepsia também está entre as iniciativas que participam do Catalisa. Inovador, ele trará condições para que pacientes com epilepsia possam ter mais autonomia no seu dia a dia.

Composto por três ferramentas, o sistema conta com o Aurora – dispositivo vestível capaz de prever crises epilépticas com antecedência, diferente dos produtos atuais, que apenas conseguem alertar durante uma crise –, o Epistemic App – aplicativo onde o usuário pode anotar toda a informação de suas crises e de hábitos diários, fornecendo mais informação ao médico para seu tratamento, e o Epistemic Web – onde o médico pode ver os dados em forma de gráficos, correlacionando crises com possíveis gatilhos.

Segundo a co-fundadora e CEO Paula Renata Cerdeira Gomez, o projeto promete um impacto significativo, melhorando a qualidade de vida de pacientes e cuidadores, auxiliando médicos no tratamento e, em alguns casos, possibilitando a volta à atividade econômica de pacientes. “Existem poucos apps diários de epilepsia. O nosso é o único: em português, que pareia com um smartwatch e que se integra com uma plataforma para o médico. Após completado o projeto de inserção de inteligência artificial, ele será totalmente inovador no mundo”, prevê Paula Renata.

A empresa está incubada no Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), na Universidade de São Paulo (USP). A CEO conta que ficou sabendo do Catalisa por meio da Cietec. Ela espera que, ao fim da iniciativa, consiga, entre outras metas, testar o Aurora com pacientes internados no Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “Com o Catalisa, ficou muito mais clara a dor do nosso cliente e como temos que direcionar nossa solução para atender a essa dor. Assim, refizemos nossa proposta de valor e algumas funcionalidades do nosso sistema”, explica.


Irrigação inteligente

Longe da pauta de saúde, mas igualmente importante, outro selecionado pelo Catalisa foi o SEMINE, startup que trabalha em um protótipo para entregar irrigação de precisão para pequenos, médios e grandes produtores, por meio de sensores implantados no solo que transmitem dados a um aplicativo, como temperatura e umidade. O produto garante o uso racional dos recursos hídricos, a previsibilidade para o plantio e maior produtividade.

O projeto nasceu em uma disciplina de empreendedorismo do curso de Ciência da Computação da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), coordenada pelo professor Marcos José de Menezes Cardoso. Ele informa que a UFRPE possui dois Campi Avançados na área da Agricultura Irrigada que poderão ser os primeiros parceiros a validar o produto. Ele soube do Catalisa enquanto atuava como diretor do Núcleo de Empreendedorismo e Inovação (NEI) do Instituto de Inovação, Pesquisa, Empreendedorismo, Internacionalização e Relações Institucionais (Instituto IPÊ) da UFRPE.

Para ele, as expectativas são as melhores possíveis. “O Catalisa não é apenas importante, mas vital! Nós, professores, estamos muito ocupados com pesquisa, ensino, extensão e administração. Quando surge algo em outra vertente, como inovação e empreendedorismo, é realmente complicado conseguir entusiastas. No IPÊ, acreditamos que plantamos essa missão com o Catalisa e agora esperamos cada vez mais startups pernambucanas por todo o ecossistema”, antevê.


Parceiros

Para execução do Catalisa ICT, o Sebrae conta com a colaboração do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI); do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ); do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi); da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec); do Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (Fortec), entre outras.


O real papel do engenheiro de dados

A mineração está diferente nos dias de hoje. E o engenheiro de dados sabe bem disso. Afinal, é nessa ciência que atualmente está aplicada a nova atividade ‘mineradora’. E essa engenharia contemporânea é a responsável por tratar da transformação dos dados brutos de uma empresa.

É aí que começa a primeira ‘extração’ no processamento de dados, que abarca a série de atividades para dar uma utilidade prática à imensa quantidade de informação disponível. E a dinâmica segue um ritual extremamente relevante com os processos de coleta, armazenamento e distribuição dos dados, que estão sob a mira da engenharia de dados.

E quem é o profissional que faz isso? Quais as principais responsabilidades e desafios do (a) engenheiro (a) de dados? É ele o grande articulador por reunir, organizar e disponibilizar de maneira simples e acessível todos os dados da empresa.

O engenheiro de dados tem propriedade para ir além das linguagens (Java, Scala e Python e outras). Ele tem domínio amplo da lógica e do quão complexo é o ecossistema de conceitos que povoa esta técnica, incluindo inclui big data e computação em nuvem. São com base nesses conhecimentos que o profissional de dados concebe, constrói e realiza uma série de testes de arquiteturas de sistemas de processamento de dados. É ele também o responsável por orientar soluções de aquisição de dados e de combinação de fontes de dados.

Com essa gama definida, é o engenheiro quem elabora o chamado pipeline de dados. É importante a criação desse processo pelo qual a informação passa, incluindo a entrada no sistema, o processamento e o armazenamento, facilitando assim as consultas a serem realizadas por quem precisa desse levantamento. Outro embasamento relevante é que o engenheiro de dados tenha também conhecimentos sobre análise preditiva e prescritiva, para auxiliar end to end todas as etapas do trabalho.

A qualificação da tomada de decisão a partir dos dados também faz parte do escopo de avaliação da engenharia de dados. Há ainda uma composição com a ciência de dados, que atua de forma equivalente com a engenharia de dados. Embora sejam áreas complementares, o trabalho do cientista entra após o processo gerido pelo engenheiro, que desenvolve toda uma infraestrutura para coletar, organizar e armazenar os dados. Já o cientista de dados, chega para aplicar suas capacidades para tratá-los. Cabe a ele ‘minerar’ os dados e extrair os melhores e mais valiosos insights para seus clientes ou para a empresa em que trabalha.

Isso posto, cabe lembrar que todo esse ritual segue a segurança já definida pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que protege tanto o consumidor como todos os envolvidos nesse ecossistema. A LGPD disponibiliza amplos benefícios, porque limita os seus riscos, cria um ambiente seguro, confiança e transparência, além de gerar resultados positivos para todos.

Os desafios para o engenheiro de dados são imensos, no entanto, seguir alguns princípios dão o caminho certo para conquistar credibilidade e retorno. Destaco aqui quatro deles.



Boa interlocução. É essencial ser um bom interlocutor e conseguir entender os desafios de cada área da empresa. Não bastando somente entender de ‘bits e bytes’.



Alta capacidade de aglutinar os dados. Ter a capacidade de selecionar, organizar e reunir, da forma mais eficaz possível, os dados relevantes para as mais diversas áreas de uma organização.



Ser um ‘trust advisor’ sobre as melhores e mais eficazes ferramentas tecnológicas de mercado.

E, por último e não menos importante, conseguir realizar a extração do valor dos dados por intermédio de ‘insights’ que façam a diferença na tomada de decisões da empresa.

Resumidamente, esses fatores, quando bem definidos e postos em prática, elevam o valor do profissional da mais nova mineração, já que os dados estão por toda a parte.



 Esdras Cândido - vice-presidente de Produtos e Serviços da Orys, consultoria especializada em inteligência de dados.


4 passos para implementar a cultura da doação na sua família

A cultura da doação está se tornando um tema cada vez mais relevante na sociedade, já que o movimento é capaz de trazer a conscientização de que todos fazem parte de um processo de construção de um país melhor para todas as pessoas. Quando doamos, passamos a nos enxergar como parte importante do desenvolvimento do Brasil. Apesar de todos os avanços, de acordo com o Ranking Global de Solidariedade, o The World Giving Index, produzido pela Charities Aid Foundtation (CAF), os países que mais têm a cultura da doação são Indonésia, Quênia e Nigéria. O Brasil aparece em 54º lugar, numa lista de 114 nações, que representam mais de 90% da população adulta global. 

Apesar de ter subido de posição em relação ao último levantamento de 2018, quando ocupou o 74º lugar, o Brasil ainda está longe de ser considerado solidário. Pensando nisso, o Instituto Devolver, organização social sem fins lucrativos que apoia crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, lista 4 maneiras de começar a implantar a cultura da doação na sua família.

Converse com as crianças
Quando conseguimos, desde muito cedo, conversar com os pequenos sobre a importância da doação, estamos fazendo uma mudança na raiz da sociedade, pois essa criança crescerá com o entendimento que muitas pessoas não possuem. Por isso, sempre estimule as crianças da sua família a doarem roupas e sapatos que não servem mais, brinquedos que não utilizam, entre outras coisas. O interessante é reservar um dia, a cada trimestre, por exemplo, para juntar todos esses objetos e levá-los para doação. 


Seja exemplo para sua família
Mais do que falar e incentivar que as pessoas doem, seja o exemplo principal dentro da sua casa, da sua família, da sua comunidade. Para isso, crie o hábito de doar: separe datas específicas para juntar objetos que não precisa mais, participe de ações de doação, reserve uma vez por mês para ajudar projetos sociais e ONGs da sua cidade e, mais do que isso, doe o seu tempo para as pessoas que mais precisam. 


Doe alimentos
Muitas vezes não nos damos conta, mas a fome é um problema real e muito próximo. Segundo dados do levantamento da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, mais da metade da população brasileira - 116 milhões de pessoas - vive com algum grau de insegurança alimentar e, ao menos, 19 milhões passam fome. Por isso, sempre que possível, doe alimentos para os mais necessitados: pode ser uma família próxima de você que esteja passando por um momento difícil, ou até mesmo projetos específicos voltados para auxiliar quem vive nessa situação de vulnerabilidade. 


Crie a sua própria iniciativa
Se conseguir envolver ainda mais a sua família e amigos na cultura da doação, crie uma ação de solidariedade no seu bairro ou comunidade. Pode ser um bazar solidário, arrecadação de alimentos, entrega de marmitas ou cestas básicas para famílias em situação de vulnerabilidade, doação de brinquedos para crianças, enfim, todo tipo de iniciativa será bem-vinda e extremamente importante. 

 

7 erros mais cometidos ao solicitar aposentadoria e como evitá-los?

Advogado responde

 

Especialista em direito previdenciário e cofundador da startup Previdenciarista, elenca erros mais cometidos por profissionais do setor

 

Desconhecimento de novas normas da Reforma da Previdência de 2019, falta de análise de mercado, erros nas taxas do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, são alguns dos principais erros cometidos também pelos advogados durante o cálculo da aposentadoria que podem impactar negativamente a vida do beneficiário. Segundo Átila Abella, especialista em direito previdenciário e cofundador da startup Previdenciarista, plataforma de consultoria especializada em Direito Previdenciário para advogados, a análise e o conhecimento dos trâmites necessários para dar encaminhamento ao benefício é extremamente necessário para o advogado previdenciário.

 

De acordo com o INSS, no início de 2022 foram contabilizados cerca de 1,8 milhão de processos em análise, sendo que 20% deles estão aguardando alguma documentação da parte do segurado, atrasando o andamento da avaliação e acumulando mais solicitações no órgão. “Muitos profissionais acabam sendo desatentos aos detalhes do processo, sem realizar uma análise detalhada do tempo de contribuição do segurado, além de realizar projeções para a data do cálculo sem base no histórico do beneficiário, ou até mesmo esquecendo de anexar alguns documentos importantes", completa Abella.

 

Pensando nisso, o especialista separou os oito erros mais comuns praticados por advogados no cálculo previdenciário. Confira abaixo:

 

1. Erros no cálculo do salário 

O desconhecimento de como é realizado o cálculo do salário de benefício é um problema recorrente entre alguns advogados que acabam optando pela concessão sem consultar se a melhor renda mensal inicial foi conquistada para o segurado. Alguns fatores podem influenciar como a quantidade de salários de contribuição, já que o cálculo desconsidera 20% das menores contribuições. É importante sondar o trabalhador com algumas perguntas para entender melhor o caso, como se o cliente prestou serviço militar, exerceu atividade rural, se existe algum período especial a ser reconhecido ou vínculo anotado em CTPS que não consta no CNIS.

 

2. Comprovação de contribuição por contracheque

Não atentar-se a comprovar o salário do empregador pode ser também um dos deslizes que influenciam no cálculo do benefício. Por isso vale consultar os beneficiários sobre formas de comprovação como contracheques e extrato do FGTS. Isso certamente influenciará na RMI do seu cliente.

 

3. Requerimentos administrativos anteriores

Verificar se o cliente possui algum requerimento administrativo anterior é uma das formas de  mensurar o valor do benefício já que isso impacta diretamente no cálculo dos valores dos atrasados a serem pagos e consequentemente nos seus honorários do advogado. 

 

4. Atividades concomitantes

Em casos em que o segurado obtém mais de uma contribuição em um mesmo período será necessário o cálculo do salário de benefício das atividades concomitantes. É importante que o advogado faça os cálculos  com base na simples soma dos salários de contribuição do período.

 

5. Revisão de todo o processo administrativo

A revisão de informações no momento do cálculo previdenciário é de extrema importância, já que uma informação divergente pode resultar em um processo negativo não só para o advogado, mas também para o cliente. Desarquivar e estudar o processo administrativo de concessão precisa estar na rotina de um advogado previdenciário e sempre levar em conta as mesmas informações que o INSS reconheceu no processo administrativo de concessão.

 

6. Salário de contribuição não consta CNIS

Outro erro comum sobre cálculos realizados apenas enviando o CNIS se refere aos salários de contribuição zerados no CNIS. Por isso, o advogado precisa descobrir os salários de contribuição do beneficiário. Em situações em que não é possível ter os valores corretos dos salários de contribuições de algum período de vínculo constante no CNIS, é necessário que o advogado preencha as datas com salário mínimo do período.

 

7. Taxa de juros utilizada no cálculo de cumprimento de sentença

Uma dúvida recorrente entre os advogados é em relação ao critério de juros a ser utilizado em cumprimento de sentença previdenciária. Nesse ponto vale analisar se a meta Selic for superior a 8,5% a.a., se aplica a taxa de 0,5% a.m., ou se for inferior a 8,5% a.a., os juros seriam equivalente a 70% da meta Selic.

 

 Previdenciarista

 

Câmara anuncia novas regras de segurança para piscinas: como se proteger?

Quase 60% dos afogamentos em crianças de quatro a 12 anos, ocorrem em piscinas. O dado, divulgado pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), evidencia uma crescente preocupação em garantir a segurança de todos que usufruem destes itens, evitando diversos acidentes que possam ocorrer. Incentivando essa prática, um novo projeto de lei foi aprovado pela Câmara dos Deputados, com normas a serem adotadas em residências ou condomínios.

Ainda no aguardo da sanção presidencial, as regras são aplicadas para piscinas já finalizadas ou em fase de construção. Em ambas, será obrigatório o uso de itens de segurança capazes de resguardar a integridade física e a saúde de seus usuários, que impeçam riscos de turbilhonamento, enlace de cabelos e sucção de partes do corpo humano.

O entorno do modelo também deverá ser revestido com piso e borda antiderrapantes, dispondo de um dispositivo manual que permita a interrupção de emergência dos sistemas utilizados para a recirculação de água. Mesmo rigorosas e extensas, as normas se mostram nitidamente essenciais para garantir a proteção de todos, sem preocupações com eventuais riscos.

Ao imaginar possíveis medidas de segurança, muitos associam estas ações à apenas as famosas lonas sobrepostas à superfície ou, ainda, redes ao redor para evitar tombos no ambiente. Mas, se proteger contra os perigos na piscina envolve questões muito mais abrangentes e complexas, visto os inúmeros dispositivos que muitas contém para a limpeza e higienização da água.

Basta imaginarmos quão fácil é escorregar ao redor da piscina ou, termos alguma peça de roupa ou cabelo sugadas pelos aparelhos de limpeza vistos em todos os modelos. Para aqueles que não sabem nadar e, principalmente para as crianças, o risco de que um acidente venha a ocorrer é ainda maior.

Prezar pelo uso seguro das piscinas não é nenhum exagero – mas, uma necessidade para todos que desejam usufruí-la sem preocupações. Por isso, caso sejam aprovadas, as punições para aqueles que não disponibilizarem tais mecanismos nas fabricações podem ir desde advertências à multa pecuniária mínima de 10 dias-multa, interdição da piscina, cassação da autorização para funcionamento ou do estabelecimento fornecedor, em caso de reincidência. O prazo para se adequar à tais normas será de 120 dias após sua publicação.

Felizmente, há alguns modelos do mercado são fabricados com todos esses requisitos de segurança ao consumidor, sem que precisem se preocupar em instalá-los posteriormente e gastar um valor a mais por tal funcionalidade. Dentre eles, o skimmer de aspiração interno é um dos mais usuais, devendo estar posicionado na parte superior da água para evitar perigos e sucções e, ainda, contribuir para a limpeza de microrganismos.

Além dele, outros itens que devem estar presentes em todos os modelos são: o ralo anti hair, impedindo que o cabelo seja sugado pelo aparelho; alívio atmosférico, caso alguém encoste no dreno ou skimmer, impedindo seu funcionamento; e o dispositivo D.R contra choques-elétricos, os quais podem causar danos severos dentro da água. Ao comprar uma piscina, o consumidor deverá avaliar todos esses itens, bem como uma ampla garantia de uso, para poderem serem trocados em eventuais problemas de operação.

Com mais tempo em casa durante o isolamento social, os acidentes em piscinas se tornaram mais frequentes, especialmente dentre os mais jovens – mas, não precisamos abrir mão do conforto e lazer em adquirir estes itens. Existem diversas opções no mercado completas com todos os sistemas e mecanismos de segurança para seu uso, os quais devem ser analisados e confirmados antes de sua compra. Com eles, consumidores de todas as faixas etárias poderão desfrutar de momentos incríveis de relaxamento e diversão. E o melhor: completamente seguros.

 


João Paulo Campana - CEO da Pipeline Piscinas.

 

Pipeline Piscinas

www.pipelinepiscinas.com.br

 

Voo atrasado ou cancelado? Saiba quais são seus direitos garantidos por lei

Consultamos o Dr. Robert Beserra sobre como agir com companhias aéreas e como funcionam as leis em caso de processo 


Com a retomada do turismo na fase final da pandemia, os brasileiros finalmente voltaram a viajar. Mesmo com o aumento significativo no preço de passagens aéreas, os principais aeroportos voltaram com o grande fluxo de voos e com isso tem também aumentado o número de reclamações e processos de usuários quantos aos serviços prestados por companhias aéreas. 

 As maiores reclamações são sobre voos cancelados, atrasados e ‘’overbooking’’, expressão usada quando uma companhia aérea vende mais passagens do que a capacidade do avião, impossibilitando que alguns passageiros não consigam viajar de última hora. 

 A lei brasileira garante vários direitos aos usuários de companhias aéreas, mas nem sempre estes direitos estão claros para o consumidor e muitas vezes são ignorados. Para tirar todas suas dúvidas em situações como estas, nós consultamos o advogado Dr. Robert Beserra sobre quais são as obrigações das companhias aéreas, os direitos dos usuários e o que fazer em caso de violação da lei quanto aos atrasos e cancelamentos. 

 O especialista alerta que é preciso estar ciente dos direitos e exigi-los das empresas que oferecem estes serviços: ‘’ Muitas pessoas acabam não indo em busca do seu direito, às vezes porque parece exaustivo, às vezes porque é algo que parece pequeno, e às vezes até “para não se incomodar”, ou até por medo de serem mal vistos pela empresa e pela sociedade. Na realidade, quando essas pessoas se omitem, elas estão dando carta branca para que certas empresas de má-índole agridam os direitos do consumidor, e venham a lesar cada vez mais pessoas. É como se estivesse dizendo a elas “vocês fizeram errado, mas tudo bem, pode fazer isso comigo, e depois pode fazer isso com outras pessoas que eu não me importo”. O consumidor não pode permanecer em silêncio. É esse tipo de reclamação que faz com que as empresas aéreas melhorem a qualidade de seu atendimento, respeitem mais o consumidor, e os tratem com a dignidade devida’’ disse o advogado. 

Veja como agir em caso de cancelamentos e atrasos não resolvidos por companhias aéreas:  


1- Quais são os direitos dos usuários de companhias aéreas em casos de atraso de voos?  

Em caso de atrasos superiores a uma hora, a companhia deve fornecer internet e telefone para os passageiros, para se comunicarem com familiares, com o trabalho ou usarem como for necessário. Se passar de duas horas de atraso, a companhia deve arcar com custos de alimentação do passageiro. A partir de quatro horas de atraso, a companhia aérea deve arcar com a hospedagem, o translado do aeroporto ao hotel e, principalmente, manter o passageiro informado sobre qual será o horário do próximo voo que ele poderá embarcar.

Passando de oito horas de atraso, o passageiro poderá buscar na justiça uma indenização. Durante todo esse tempo, deve ser garantida ao passageiro a opção de cancelar a viagem e pedir o reembolso do valor pago por ela, sendo que, se o passageiro estiver no aeroporto de partida, esse valor pode ser integral (ida e volta), inclusive, em todos os casos, das tarifas de embarque. Além disso, deve ser garantido ao passageiro a marcação do voo em outra data, sem custos adicionais. Não obstante, se for de interesse do passageiro, existe a possibilidade de receber o reembolso, compensação pelo atraso ou cancelamento através de programas de milhas, mas, nesses casos, o passageiro deve ser assistido, reacomodado ou reembolsado, da melhor maneira que lhe convier. Também cabe lembrar que a companhia aérea deve assistir aos passageiros em todos os casos, inclusive quando se tratar de atraso decorrente de força maior, como mau tempo, por exemplo, e também nos casos que o atraso no voo cause a perda de conexão. 

 

2- E nos casos de cancelamento de voos, como funciona?  

Se o passageiro estiver no aeroporto de partida, ele terá direito ao reembolso integral da passagem e tarifa de embarque, e poderá remarcar o voo, sem custo, para outra data e horário à sua escolha – nesse caso, se assim optar, a companhia aérea não precisará oferecer assistência material como nos casos de atraso no voo. Também existe a possibilidade da empresa aérea fornecer autorização para que a pessoa embarque no próximo voo, da própria companhia aérea ou de outra que tenha disponibilidade, sem nenhum custo ao passageiro. 

 Se o passageiro estiver no aeroporto de escala ou conexão, ele tem a opção de permanecer no local e receber o reembolso do voo que não foi utilizado, além de lhe ser possível remarcar o voo, sem custo, para data e horário que entender. O passageiro, nesses casos, também poderá receber o reembolso integral da viagem e retornar ao aeroporto de origem, embarcar no próximo voo da mesma empresa ou de outra que tiver disponibilidade, para o mesmo destino, ou concluir a viagem através de ônibus, van, taxi, etc., devendo a companhia aérea arcar com os custos e fornecer todo suporte material. 

 

3- O que é ‘’Overbooking’’? 

Overbooking ou preterição de embarque é quando o passageiro chega ao aeroporto e o embarque lhe é negado porque o voo está lotado, ou seja, a empresa aérea vendeu mais passagens do que a aeronave comporta. Nesses casos, além de garantir toda a assistência material como se fosse um voo atrasado, se o passageiro morar na cidade do aeroporto, deverá a empresa fornecer transporte até sua residência e de lá para o aeroporto para pegar o próximo voo. Poderá também oferecer nesses casos o reembolso total da passagem aérea, realocar o passageiro em um próximo voo para o mesmo destino, remarcar o voo ou fornecer a viagem por outra companhia aérea, tudo sem custo para o passageiro. Em todos os casos, seja no atraso ou cancelamento de voo, ou mesmo no caso de overbooking, poderá o passageiro buscar na justiça uma justa indenização pelos transtornos que lhe foram causados, seja em decorrência de danos materiais (como, por exemplo, gastos com hotéis, e aluguéis de veículos que foram pagos no destino, mas não usufruídos), ou de danos morais, cuja indenização tem variado em cada estado, entre R$ 3.000,00 a R$ 15.000,00, ou até mais, dependendo da gravidade do caso concreto e suas repercussões ao passageiro.   

 

4- Caso uma companhia aérea não cumpra com a lei. O que fazer?  

Nesses casos, nada impede o passageiro de buscar contato ou se dirigir até o juizado especial cível da localidade onde reside e expor a situação ao servidor público, que vai descrever os fatos e juntar os documentos, e protocolar uma ação em favor dele. Porém, o mais recomendado é que o consumidor busque sempre o auxílio de um bom advogado, pois o servidor público, embora tenha conhecimento de causa, nem sempre irá sanar todas as dúvidas do consumidor e, por vezes, pode ser que ajuíze uma ação sem os documentos que seriam essenciais, já que seu serviço não é advogar em favor do consumidor, mas meramente levar para o processo aquilo que o consumidor relatou e juntar os documentos que ele apresentou. Além disso, todos nós sabemos que essas grandes companhias aéreas são assessoradas por vários advogados especialistas, o que pode criar uma disputa injusta, já que pode ser oferecida uma contestação e o consumidor, leigo, não vai saber como lidar com os argumentos complexos que forem levantados, e não terá uma segunda chance para isso. Fora que temos uma máxima no direito, na advocacia, que processo que se entra errado, dificilmente se consegue inverter em grau de recurso, valendo ressaltar que para recorrer ou até mesmo para apresentar contrarrazões ao recurso oferecido pela empresa, em alguns casos, o consumidor sempre precisará do acompanhamento de um advogado. Por isso a importância de um auxílio jurídico de um bom advogado, alguém de confiança, para que este consumidor tenha maiores chances de êxito, e de reaver ou ser indenizado por aquilo que lhe é justo. Em relação a valores, se a opção for entrar pelo juizado especial cível, o consumidor não vai precisar pagar a taxa judiciária em primeiro grau e, como dito, pode atuar sem advogado. Mas se preferir obter o acompanhamento e a orientação de um advogado, deverá combinar os honorários com ele.

 

5- Como funciona um processo contra uma companhia aérea nestes casos? Demora muito?  

Se o passageiro optar pelo ingresso da ação junto ao juizado especial cível, via de regra, após o ajuizamento da ação, haverá uma audiência de conciliação. Em caso de não haver acordo, a companhia aérea terá que apresentar contestação nessa mesma solenidade, e será dada a palavra ao passageiro (ou seu advogado) para fazer sua réplica. Encerrada essa etapa, o juiz vai deliberar pela necessidade de produção de outras provas e, se entender ser essa desnecessária, já irá proferir uma sentença na qual irá avaliar a situação exposta, as provas, e dizer se o passageiro merece alguma indenização. Porém, a todo tempo, é possível a realização de um acordo. Em alguns casos, na prática, tão logo a empresa aérea recebe a citação, ela já entra em contato com uma proposta de acordo que, muitas vezes, equivale ao valor que se daria aquela condenação, pois entende que a indenização pleiteada é devida, e com isso, busca, de certo modo, uma retratação com o cliente, para que volte a comprar com eles.


Primeira marcha, de novo

Opinião

Uma onda após a outra, de casos de covid-19 e de outras crises que podem abalar mercados, economias e até mesmo sociedades inteiras. Desde 2020, diversos setores produtivos precisam se equilibrar para permanecer funcionando e crescendo em meio a um dos cenários mais incertos do último século. A guerra na Ucrânia é mais uma dessas ondas - e atinge em cheio áreas que começavam a ver um horizonte menos nebuloso com o avanço da vacinação. O mercado automotivo é uma delas.

Ainda são notáveis os transtornos causados pela crise mundial no fornecimento de insumos como os chips, imprescindíveis para a indústria de automóveis. Sem eles e com os problemas econômicos decorrentes da pandemia, acelerar os negócios tornou-se um desafio para a maior parte dos players envolvidos com produção, compra, venda e aluguel de veículos. Não à toa, os preços de carros novos e usados dispararam ao longo dos dois últimos anos.

Agora, um novo aumento no preço dos combustíveis no mercado interno, causado pela invasão russa à Ucrânia e os consequentes bloqueios econômicos à Rússia, ameaça reduzir mais uma vez a velocidade do setor. Enquanto tendências de digitalização dos processos de compra e venda contribuem para dar algum fôlego às montadoras e concessionárias, a dificuldade para pagar pela gasolina, diesel e até pelo etanol seguram de forma significativa uma recuperação mais robusta.

A inovação, no entanto, segue sendo um bom refúgio para estes tempos de incertezas. Empresas que investem em tecnologia e em soluções diferenciadas para velhos problemas tendem a conquistar terrenos mais sólidos, mesmo em meio à tempestade. Automatização de processos, digitalização da experiência do consumidor e outros recursos são boas saídas em momentos de crise generalizada. No início de 2021, uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) autorizou a digitalização do Certificado de Registro do Veículo (CRV), do Certificado de Licenciamento Anual (CLA) e do comprovante de transferência de propriedade, todos documentos necessários para registrar e transferir automóveis.

Esse movimento facilitou os trâmites junto aos órgãos públicos, um dos braços das negociações de veículos no Brasil. Uma pesquisa recente divulgada pela Tecnobank, especializada em tecnologia para registro de contratos, inclusive financiamento de veículos, atualmente mais de 83% das pessoas usam a internet para pesquisar preços de automóveis, enquanto 79,9% a usam para comparar modelos. O mesmo levantamento aponta que quase 30% dos consumidores preferem escolher opcionais e fazer o pedido on-line.

Diante desse cenário, quem não acompanhar a demanda dos clientes dificilmente conseguirá se recuperar com velocidade. É que, por mais que o ritmo esteja lento neste momento, por mais que o setor tenha reduzido a marcha, é possível avançar com alguma paciência e tecnologias estratégicas. Novos obstáculos são, por difíceis que pareçam, novas oportunidades de melhorar métodos e vislumbrar outras frentes de atuação.

Cada esforço individual nesse sentido é um passo importante para que o setor, como comunidade, encontre caminhos seguros para o futuro. Embora tenhamos voltado à primeira marcha, são essas pequenas ações que, pouco a pouco, nos permitirão voltar a engatar a quinta.

 

Marcos Pavesi - head comercial da DealerSites

 

É preciso declarar NFT no Imposto de Renda?

Por se tratar de uma novidade restrita ao mundo virtual, muitos imaginam que ele está isento das garras do Fisco


Os NFTs (tokens não fungíveis) viraram febre, e têm movimentado muito dinheiro, muito mesmo. A imagem aí embaixo, desse gatinho esquisitão e pixelado, é um NFT chamado Nyan Cat, que foi vendido no início de 2021 por US$ 590 mil (aproximadamente R$ 3 milhões).

Para você que está tentando encontrar algum sentido nisso, entenda que o mercado dos NFTs funciona mais ou menos como o mercado de obras de arte. O valor daquilo que é comprado é sempre relativo, pode não estar necessariamente no que é visível ou palpável.

No caso do NFT - que pode ser chamado de criptoarte - entra ainda o fator novidade. Tem muita gente apostando neles como investimento, como Neymar, que já gastou pelo menos R$ 6 milhões com essas imagens digitais.

“Por ser um produto financeiro novo, poucos sabem que o NFT é um investimento declarável e que segue as regras da Receita Federal como qualquer outro”, diz Daniel de Paula, consultor tributário da IOB, respondendo à pergunta lá do título.


O NYAN CAT FOI UM NFT PIONEIRO. A IMAGEM ORIGINAL FOI VENDIDA POR US$ 590 MIL

 

COMO DECLARAR

Segundo o consultor da IOB, todos os investimentos, inclusive os criptoativos, devem ser informados na ficha “Bens e Direitos”, na linha correspondente, desde que estejam dentro dos limites de obrigatoriedade disposta pela Receita Federal.

Na ficha de “Bens e Direitos”, cada grupo e código indica uma opção diferente e o respectivo saldo em 31/12/2021, como, por exemplo, no grupo 04 – Aplicações e Investimentos com o código “Código 01” para a Caderneta de Poupança e no grupo 07 – Fundos, “Código 03” para Fundos de Investimentos Imobiliários.

Para informar a posse de NFTs, stablecoins e demais criptoativos, na plataforma da Declaração do IR, o investidor deve selecionar na ficha o grupo Criptoativos e, em seguida, informar o código mais adequado para o tipo de ativo digital a ser declarado.

Segundo a IOB, o código criado para a declaração de NFTs é o 10, dentro do grupo 08 - Criptoativos. No código de NFTs, devem ser informados todos os criptoativos enquadrados dessa forma, e não somente obras de arte digitais e colecionáveis.

Assim, também deve ser declarada a posse de NFTs de jogos em blockchain, inclusive os personagens de jogos como Axie Infinity.

A Receita Federal iniciou um controle maior sobre operações com criptoativos após a publicação da Instrução Normativa n° 1.888/2019, quando o valor mensal das operações ultrapassar R$ 30 mil.


VENDA DE NFT

Para fins de tributação do Imposto de Renda, como ocorre na venda de outros tipos de ativos, os ganhos obtidos com a venda de NFTs, cujo total alienado no mês seja superior a R$ 35 mil, são tributados, a título de ganho de capital, segundo alíquotas progressivas estabelecidas em função do lucro (a alíquota pode variar entre, 15% para ganhos até R$ 5 milhões e 22,5%, para ganhos que ultrapassem R$ 30 milhões), e o recolhimento do imposto sobre a renda deve ser feito até o último dia útil do mês seguinte ao da transação, no código de receita 4600.

A IOB destaca que a isenção para vendas até R$ 35 mil aplica-se para o conjunto de criptoativos vendidos no mês, independentemente do tipo (bitcoin, NFT, ethereum, litecoin, tether etc.).

Na declaração de bens e direitos, devem ser declarados o conjunto de criptoativos, criptomoedas ou outro ativo digital de mesma espécie, cujo valor de aquisição seja igual ou superior a R$ 5 mil.

Na discriminação, é preciso informar a quantidade, nome da empresa onde está custodiado e CNPJ, se for o caso, ou modelo de carteira digital usado, quando realizar custódia própria. Tipos diferentes devem constituir itens separados.

 

  Redação DC 

Da equipe de jornalistas do Diário do Comércio

https://dcomercio.com.br/categoria/leis-e-tributos/e-preciso-declarar-nft-no-imposto-de-renda

 

Afinal de contas, o que NÃO é o Metaverso?

 

Sim, você leu certo. Segundo o mundo da tecnologia, ainda é difícil dizer exatamente o que é o Metaverso, mas já é totalmente possível explicá-lo por meio do que ele NÃO é.

 

Graças às novas tecnologias e, vamos ser justos, ao Facebook, o Metaverso deixou de ser algo reservado ao mundo restrito e especializado da tecnologia agora virou conversa de elevador. “Estamos nos habituando cada vez mais ao termo Metaverso, mas poucos de nós têm a exata noção do que ele é”, explica Guilherme Stella, fundador da TrackFY, empresa especializada em soluções de mapeamento digital.

 

Recém-chegado da Geoweek Denver, uma das maiores feiras do mundo de mapeamento digital e tecnologia tridimencional, onde se deparou com vários debates sobre o Metaverso, Stella enfatiza: “é difícil, ainda, definir o que o Metaverso é. Mais fácil, nesse sentido, seria dizer o que ele NÃO é. E aí, sim, podemos começar a desenhar um universo mais próximo do que efetivamente já existe”. 

Já existem vários próprios conceitos formados e, para complicar, também existem milhares de definições e descrições muito distintas, umas das outras, na internet. “O Facebook deu um passo à frente ao jogar luz sobre tema e popularizar o assunto, mas “por ser uma ferramenta ainda em estágio embrionário de desenvolvimento, seu conceito e sua usabilidade estão longe de uma definição conclusiva”, lembra Stella


Para Guilherme, falar sobre o que o Metaverso NÃO é, pode ser um caminho mais assertivo para compreendê-lo. Nesse sentido, o que não é Metaverso?

 

· Games e conteúdos tridimensionais (Second Life, Minecraft, CS ou qualquer MMO);

· Experiências virtuais (realidade virtual, aumentada e mista;

· Streaming virtual (IOT – internet das coisas e streaming de eventos virtuais).

 

O que os três têm em comum? São aleatórios, têm começo e fim, e uma atuação limitada do usuário. Todos são experiências virtuais, isso não podemos negar. Mas não são o Metaverso. “O Metaverso é uma realidade paralela e contínua na qual as experiências acontecem”, explica Guilherme. Ele lembra também que a autonomia e a amplitude de ação do usuário dentro do Metaverso podem ser infinitas, assim como no mundo real e não limitada a um universo com começo e fim como acontece em games e experiências virtuais pontuais.

 

Porém, ele complementa: “apesar desses elementos e experiências não representarem por completo o Metaverso, não significa que não estarão presentes no mesmo, pelo contrário. O Metaverso é um streaming continuo, de ambientes virtuais cheios de conteúdos tridimensionais”.

 

Apesar de Mark Zuckerberg ter sido pioneiro ao apresentar massivamente esse novo universo ao mundo, o Metaverso não será uma propriedade privada, mas, sim, um novo sistema de protocolo global, de computadores interconectados que criam uma infinita rede de informação. “O Metaverso é a evolução da internet”, finaliza Guilherme.

 

 

TrackFY

contato@tecpress.jor.br

 

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