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quinta-feira, 24 de março de 2022

26 de março – Purple Day – Dia Internacional de Conscientização sobre a Epilepsia

Especialista do Sabará Hospital Infantil esclarece as principais dúvidas sobre o tema

 

 

A epilepsia, segundo a Liga Brasileira de Epilepsia, é uma doença neurológica caracterizada por alteração, temporária e reversível, das descargas elétricas cerebrais ocasionando as crises epilépticas que podem se manifestam por meio de alterações da consciência ou dos movimentos erráticos, sensitivos/sensoriais, autonômicos como suor excessivo, queda de pressão ou psíquicos involuntários. A doença afeta pessoas de todas as faixas etárias e tem causas diversas.

 

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença atinge mais de 50 milhões de pessoas no mundo e cerca de três milhões de brasileiros. A maior parte dos tipos de epilepsia, que podem ser sucintamente divididas entre parciais e generalizadas, tem início na infância, até os cinco anos de idade. A condição é mais recorrente em bebês nascidos em países em desenvolvimento e em populações rurais. Da totalidade dos casos, uma média de 70% a 80% desaparece na adolescência, porém, 20% a 30% podem ser consideradas graves e permanecem até o fim da vida.

 

De acordo com o neurologista pediátrico e coordenador da Linha de Cuidado em Neurologia do Sabará Hospital Infantil, Dr. Carlos Takeuchi, a epilepsia pode apresentar diferentes características entre os meninos e as meninas.  “As meninas adolescentes têm os hormônios mexendo com seu organismo mensalmente. Na adolescência passam pela introdução de métodos contraceptivos e tudo isso faz diferença na hora do tratamento”, explica o neuropediatra.

 

Dr. Carlos Takeuchi explica que a epilepsia infantil pode ter diversas causas: “podem surgir a partir de problemas congênitos ou malformações, algumas infecções cerebrais como encefalite e meningite viral ou tumores cerebrais ou algum trauma ou ferimento na região do cérebro”.  Cada subtipo de epilepsia afeta o cérebro de maneira diferentes.

 

 

 Como se faz o diagnóstico

 

O diagnóstico é feito a partir da suspeita clínica e depois se pedem exames complementares. Quando há a suspeita clínica de epilepsia exame mais indicado, que analisa a atividade elétrica cerebral, é o eletroencefalograma (EEG). “O EEG não é invasivo, pode ser feito ambulatorialmente, quando tem uma duração mais curta de uma a duas horas ou com a criança internada quando pode-se fazer monitorizações mais prolongadas, de acordo com a solicitação do médico da criança. É sempre importante monitorizar todas as fases desde a vigília quando o paciente está acordado, até o sono, incluindo a sonolência e, em situações especificas como nas crises de espasmos infantis, é mandatório o registro do despertar. “O Sabará conta com os melhores equipamentos do mercado, sendo referência na investigação diagnóstica de epilepsia”, destaca a Dra. Marcilia Lima Martyn, responsável pelo Serviço de Neurofisiologia Clínica do hospital. “Aqui realizamos exames de EEG todos os dias, inclusive aos fins de semana para os pacientes internados. Contamos com uma equipe médica especializada em Neurofisiologia, com muita experiência em pediatria e uma equipe técnica altamente treinada para lidar com crianças - diferenciais muito importantes quando o assunto é criança”, afirma a médica.

 

Outro exame muito importante durante a avaliação da epilepsia assim como de outras doenças neurológicas, é a Ressonância Magnética, que por meio de imagens tridimensionais, permite avaliar a estrutura cerebral e possíveis lesões cerebrais.

 

“O Sabará é um hospital referência para a realização de Ressonância Magnética sem intubação em crianças. Acompanhado de uma equipe de anestesistas pediátricos que é referência no país, proporcionando um melhor resultado e mais segurança no procedimento para a criança, que é uma das grandes preocupações dos pais”.

 

Como a epilepsia possui inúmeras causas, muitas vezes, são feitos outros exames, como líquor (para estudos bioquímicos ou pesquisa de anticorpos ou ainda estudos genéticos) para melhor esclarecer a doença.

 

 

Linha de Cuidado da Neurologia

 

Uma das linhas de cuidado em alta complexidade, a Neurologia do Sabará Hospital Infantil recebe bebês, crianças e adolescentes de vários lugares do país com todos os tipos de distúrbios neurológicos e doenças do sistema nervoso e muscular.

 

Contamos com a primeira e maior UTI pediátrica privada do Brasil que recebe crianças que precisam dos mais variados cuidados e ou tratamentos especiais. Entre os casos atendidos, estão pacientes em pós-operatório de grandes cirurgias, como as neurocirurgias e as cardíacas e os pacientes que apresentam alguma doença ou distúrbio que necessite de um acompanhamento permanente, que podem contar com uma equipe multidisciplinar extremamente especializada e completa.

 

Além disso, o Sabará oferece um portfólio completo de exames como líquor e exames genéticos, além do EEG, ressonância magnética e tomografia computadorizada, que podem ajudar no diagnóstico de maneira mais rápida e assertiva, melhorando a qualidade de vida da criança.

 

 

MITOS E VERDADES SOBRE EPILEPSIA

 

Para esclarecer as principais dúvidas sobre epilepsia infantil, o Dr. CarlosTakeuchi respondeu alguns mitos e verdades sobre a doença.

 

 

A epilepsia é uma doença contagiosa.

 

Mito. Por ser uma doença neurológica ela não é transmitida para ninguém.

 

As crises podem ser controladas com medicamentos.

 

Verdade. Na maioria dos casos (70%), as crises são controladas com a administração de medicamentos. No entanto, é importante que o paciente tenha o acompanhamento com especialistas para observar o desenvolvimento motor (e cognitivo) da criança.

 

A criança e ou o adolescente com epilepsia não tem condições de viver uma vida normal.

 

Mito. A maioria das pessoas com epilepsia tem condições plenas de ter uma vida próxima do  normal, desde que sejam adequadamente tratadas e tenham total adesão a esse tratamento.

 

Os pacientes com epilepsia apresentam dificuldade de aprendizado.

 

Depende do caso. A maioria dos pacientes que possui apenas a epilepsia, sem nenhuma outra comorbidade associada, não tem dificuldade de aprendizado ou alterações mentais.  Mas a dificuldade de aprendizado existe sim em alguns casos e pode ser consequência da doença em si ou até mesmo efeito colateral das medicações usadas ou efeito indireto como por exemplo pelo sono excessivo que é o efeito colateral mais comum das medicações.

 

Durante uma crise convulsiva deve-se segurar os braços e a língua da criança.

 

Mito. O ideal é coloca-la deitada com a cabeça de lado para facilitar a saída de possíveis secreções e evitar a aspiração de vômito. Não se deve colocar nenhum tipo de objeto na boca da criança.

 

Toda criança que possui epilepsia irá sofrer de convulsão em algum momento.

 

Depende do caso. Convulsão é o evento clínico, quando o indivíduo tem uma crise epiléptica com abalos motores. Existem crises epilépticas sem eventos motores, como a crise de ausência, comum em crianças na idade escolar. A epilepsia ocorre quando o indivíduo tem crises epilépticas, que podem ser convulsões, recorrentes.

 

A epilepsia não tem cura.

 

Mito. Sim algumas formas têm cura, principalmente as epilepsias de “idade dependente” que ocorrem na infância.

 

Todas as crianças que sofrem com epilepsia precisam de cirurgia.

 

Mito. Algumas formas podem se beneficiar de tratamentos cirúrgicos, mas são casos pontuais.

 

 

CIRURGIA DE EPILEPSIA 

Em alguns tipos de epilepsia, a cirurgia é pensada como uma opção de tratamento. Ela pode ser realizada quando há alguma lesão cerebral causando uma epilepsia secundária ou quando não há lesões, mas as convulsões não são controladas com medicação.

 

“É importante salientar que a cirurgia para epilepsia é definida por meio de um estudo multidisciplinar que, a partir de uma avaliação clínica integrada, define se o paciente é eletivo para esse procedimento. Essa possibilidade de tratamento cirúrgico traz vários benefícios ao paciente, como por exemplo, controle de convulsão (em alguns casos em até 100%) o que melhora significativamente a qualidade de vida e o desenvolvimento neuropsicomotor ou cognitivo do paciente”, explica o neurocirurgião do Sabará Hospital Infantil, Dr. José Erasmo Dal Col Lucio.

 

 

SOBRE O PURPLE DAY 

 

O Purple Day, celebrado no dia 26 de março, chama a atenção sobre as formas de tratamento e prevenção da epilepsia e amenizar o isolamento das pessoas portadoras de epilepsia, permitindo chamar a atenção para o tema.

O esforço se propõe a derrubar estigmas de uma sociedade que ainda se assusta – e discrimina – as vítimas da doença, que se manifesta na forma de crises, algumas mais fracas, outras mais intensas, e com frequência de crises muito variável de indivíduo para indivíduo.

 

Sabará Hospital Infantil  


Diabetes: Prevenção é o melhor remédio

O levantamento Atlas do Diabetes, da Federação Internacional de Diabetes (IDF), estima que o Brasil é o 5º país em incidência da doença no mundo, com quase 17 milhões de portadores da patologia nas idades entre 20 e 79 anos, tornando-se uma questão de saúde pública.

Existem duas formas em que a doença pode se manifestar: tipo 1 e tipo 2. A tipo 1 geralmente se aparece na infância ou adolescência e exige o uso diário de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose no sangue. A tipo 2 está diretamente relacionada a sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão e hábitos alimentares inadequados.

Existe também o quadro de pré-diabetes, uma alteração do metabolismo que pode evoluir para o tipo 2 e doenças cardíacas. Nessa situação, os níveis glicêmicos estão mais elevados do que o normal, mas ainda não suficientes para determinar um diagnóstico. Nesse momento, a prevenção é deveras importante, já que é quando ainda se consegue reverter o quadro, seja com a ajuda de medicamentos, seja com alimentação e atividades físicas.

Isso nos leva a um cenário bastante preocupante: a IDF estima ainda que quase metade (46%) dos portadores de diabetes não sabem que têm a doença. Se não controlada, a patologia é perigosa (como tantas outras). A hiperglicemia, causada pela doença, pode danificar órgãos, nervos e vasos sanguíneos de forma irreversível. Portanto, é preciso se atentar aos sintomas e fazer exames de sangue regularmente, a fim de obter um diagnóstico e controlar a possível doença.

Quando se está com o índice glicêmico alto, os sintomas mais comuns são: sede e fome excessiva, aumento da frequência urinária, bem como infecções frequentes, fadiga, visão turva, diminuição e/ou perda de sensibilidade ou formigamento nos pés ou nas mãos, feridas que demoram muito para cicatrizar e perda de peso sem razão aparente.

A causa do tipo de diabetes tipo 1 é desconhecida, mas sabe-se que a hereditariedade é um fator a ser considerado. Adotar um conjunto de medidas para uma vida mais saudável é uma maneira de prevenir, incluindo praticar atividades físicas, ter alimentação saudável, evitar o consumo de álcool e tabaco. Para diabetes ou para outras patologias, a prevenção ainda é o melhor remédio.

 

Fabio Moruzzi - CCO da NL Diagnóstica, pioneira em oferecer testes rápidos para a covid-19 e no lançamento da tecnologia cPass no Brasil, capaz de identificar e quantificar anticorpos neutralizantes. – nldiagnostica@nbpress.com.


NL Diagnóstica


Mitos e verdades sobre as terapias integrativas aplicadas ao meio corporativo

Conheça os benefícios dessas práticas para times empresariais


A pandemia revelou aos gestores de RH o desafio já existente em relação ao cuidado e bem-estar dos colaboradores de uma corporação. Com a reclassificação da OMS da Síndrome de Burnout como doença ocupacional definida como estresse crônico de trabalho, a responsabilidade das empresas cuidarem da saúde mental de seus funcionários é ainda maior. 

Neste cenário, as terapias integrativas mostram-se eficazes em atender ao ambiente corporativo por promoverem o autocuidado e a escuta. Porém, ainda encontram resistência no meio empresarial. Entre as principais causas para isso estão a crença que essas práticas tenham alguma relação com atividades religiosas, o desconhecimento das comprovações científicas já existentes sobre o assunto, e ainda por não se saber os benefícios e aplicabilidades para o meio

Pensando nisso, Laura Mariani, fundadora e terapeuta especialista da Naomm, startup especializada no atendimento ao ambiente corporativo, preparou uma lista de quatro mitos e verdades que te ajudarão a desmistificar o assunto e a entender os reais benefícios dessas práticas. Confira!


1- Práticas integrativas têm à ver com práticas religiosas

Mito!
Elas são tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais milenares, reconhecidos pelo SUS e recomendados pela OMS.Tem por objetivo tratar a pessoa de forma integral, com práticas não invasivas, isentas de qualquer base religiosa e adaptadas às necessidades da pessoa, observando não apenas os sintomas, mas também as causas que a afligem, oferecendo recursos para a saúde emocional, mental, física e espiritual em busca de equilíbrio e bem estar, podendo também, muitas vezes, prevenir disfunções e doenças. 


2- São aliadas no combate à depressão e ansiedade e auxiliam na produtividade individual e de um time corporativo

Verdade! A depressão é considerada um transtorno multifatorial, sendo um problema de saúde pública de alta incidência, caracterizado por quadros de tristeza e irritabilidade, baixa estima, fadiga, ansiedade, distúrbios de sono e apetite, desinteresse, dentre outros sintomas.

Em estado de exaustão os desafios diários parecem enormes e intransponíveis, o que abala a autoestima por conta da sensação de não conseguir um resultado, gerando estresse para todo grupo. Cuidados integrativos para times podem ajudar a alinhar a energia do time com momentos de relaxamento e respiração, com visualizações e meditações promovendo a regulação da energia pessoal que por sua vez reverbera no grupo, fortalecendo a confiança e gerando um campo de apoio e receptividade.

Nesse contexto, algumas abordagens são indicadas: Yoga, Terapias de Gestão Emocional, promover vivências que cuidem da energia, do ânimo e da saúde emocional e mental do colaborador, entre outros. 


3- Práticas integrativas promovem conexões espirituais, além do bem-estar como o corpo e mente

Verdade! Não há separação entre espiritual e físico para o Ser que é constituído de energia ( vital) e matéria ( energia condensada). Esse é o princípio da integralidade  “ se perceber como um todo”.

Muitas vezes entendemos o campo espiritual como religiosidade, ou algo que quer dizer “aquilo que acreditamos além da matéria" e sim é isso também.  Mas o espiritual na visão da terapia integrativa significa ver o Ser integral. Acolher o que é também percebido como sensações, lembranças, visões, que são elementos que informam a qualidade e os registros energéticos que constituem cada ser físico vivo. 

Registros energéticos (campo espiritual)  são abordados na terapia integrativa através do alinhamento energético mente, corpo e emoção buscando o autoconhecimento e a consciência de si, para possíveis transformações na jornada individual e coletiva em um momento particular da evolução de cada um.


4- Práticas integrativas não são oferecidas pelo SUS exatamente por não terem eficácia

Mito!
Segundo a definição do Ministério da Saúde, as Práticas Integrativas e Complementares (PICS) são tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para prevenir diversas doenças. (...) Evidências científicas de alto grau metodológico demonstram que algumas PICS como Acupuntura, Auriculoterapia, Fitoterapia, Meditação, Práticas Meditativas e Corporais da Medicina Tradicional Chinesa, Shantala e Yoga possuem eficácia no tratamento de crianças, adolescentes e adultos com insônia, especialmente na melhoria da qualidade do sono.

Muitas evidências científicas já mostram os benefícios do tratamento integrado entre medicina convencional e práticas integrativas, com resultados já comprovados no sistema único de saúde (SUS) do Brasil, assim como, tem sido incluída como procedimentos complementares no Hospital Sírio Libanês e no Hospital Albert Einstein São Paulo - SP.

Neste link do Ministério da Saúde você pode conferir o estudo completo das evidências clínicas em práticas integrativas e complementares. 


Mercado de Losartana teve faturamento de R$ 729 milhões em 2021, aponta Farmácias APP

Levantamento realizado pela companhia mostra queda de 9,2% no comparativo com 2020

 

Presentes no mundo todo, a insuficiência cardíaca e a hipertensão arterial podem ser consideradas males com altas taxas de hospitalização e mortalidade. Segundo estudo realizado pelo Farmácias APP, aplicativo de vendas online de saúde e beleza, o mercado de Losartana, usado para o tratamento dessas doenças, teve um faturamento de R 729 milhões em 2021, com uma queda de 9,2% em comparação com 2020. 

Embora os produtos similares tenham apresentado uma queda percentual maior, com 10,2% a menos que em 2020, a maior queda de vendas foi de produtos genéricos, com R 51,7 milhões a menos no comparativo com o mesmo ano. Por cidades, enquanto Paraná foi responsável por um aumento de 2,1% no faturamento desses medicamentos em 2021, Minas Gerais apresentou o menor índice de vendas, com R 17,4 milhões a menos que em 2020.  

“Nas últimas semanas, a suspensão da venda de medicamentos à base de Losartana, da indústria Sanofi Medley, preocupou os consumidores brasileiros. Apesar da retirada dos lotes das farmácias, parar de tomar o medicamento sem uma avaliação médica pode ser prejudicial à saúde. Procure um cardiologista”, alerta Yago Ruegg, gerente comercial do Farmácias APP. 

Devido à presença de impurezas em sua produção, os remédios com Losartana, da indústria Medley, foram retirados preventivamente das farmácias. O medicamento pertence à categoria de bloqueadores dos receptores de angiotensina e deve ser consumido sob prescrição médica.

 

Farmácias APP

https://www.farmaciasapp.com.br/


Os impactos do coronavírus no sistema neurológico


Recentemente, estudo publicado pela Nature (leia aqui) revela que a infecção pelo SARsCoV-2 pode alterar o cérebro, causando uma diminuição da massa cinzenta. “Outros trabalhos científicos apontam que a Covid-19 pode infectar regiões do sistema nervoso central, como bulbo olfatório, hipocampo e córtex cerebral. Pouco se sabe sobre os impactos do Sars-Cov-2 no sistema nervoso central no longo prazo, mas desde que os primeiros sintomas neurológicos foram relatados, a comunidade científica mundial tem se esforçado na investigação dessas alterações”, explica Dr. Ricardo Santos Oliveira, neurocirurgião pediátrico.

 

Entre estas alterações, estão desde anosmia (perda do olfato), ageusia (perda do paladar) até acidente vascular cerebral (AVC), dor de cabeça intensa e alterações no sistema nervoso periférico, causando a Síndrome de Guillain-Barré. Segundo o neurocirurgião, dados mais recentes apontam para características psiquiátricas residuais em pacientes que se recuperaram de covid-19, como fadiga crônica, declínio cognitivo, transtorno de humor, perda de memória, depressão e “brain fog” (confusão mental).

 

“Pesquisas realizadas nos EUA em pacientes infectados pelo vírus apontaram que cerca de 80% dos casos desenvolveram sintomas ou sequelas neurológicas. Um estudo de pesquisadores brasileiros estimou que entre 28-55% dos pacientes que desenvolveram a forma leve ou moderada da doença podem manifestar sintomas neuropsiquiátricos, tais como, ansiedade e depressão e/ou neurológicos”, conta Dr. Ricardo.

 

Pacientes que tiveram Covid-19, especialmente formas graves, devem ser acompanhados neurologicamente com exames de imagem estrutural e funcional, avaliação cognitiva e, se necessário, biomarcadores no líquor. Alguns hospitais públicos brasileiros oferecem atendimento pelo SUS através de equipes multidisciplinares para o acompanhamento destes pacientes no período pós-Covid.

 

Distúrbios psicológicos - Em estudo feito com 425 pacientes que se recuperaram das formas moderada e grave da Covid-19, pesquisadores brasileiros observaram uma alta prevalência de déficits cognitivos e transtornos psiquiátricos. Mais da metade (51,1%) dos participantes relatou ter percebido declínio da memória após a infecção e outros 13,6% desenvolveram estresse pós-traumático. Quadros de ansiedade também foram observados. “Um dado interessante deste trabalho foi a não correlação com a gravidade da doença, ou seja, mesmo casos leves evoluíram com sinais e sintomas neuropsiquiátricos. Isto foi um achado muito preocupante”, reforça o neurocirurgião.

 

Entre os sinais e sintomas relacionados à depressão e transtornos do comportamento, estão: sonolência diurna; cansaço crônico, tristeza, falta de inciativa, autoestima, insegurança, irritabilidade, pessimismo constante, dores musculares crônicas.

 

Tratamento para as sequelas neurológicas do COVID-19 - Problemas neurológicos graves como os acidentes vasculares e as encefalites exigirão medidas de tratamento agudo. A terapia ocupacional e a fisioterapia neurológica são fundamentais para o tratamento de sequelas neurológicas pós-covid. As alterações comportamentais também devem ser diagnosticas e tratadas adequadamente.

 


Dr. Ricardo de Oliveira - Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP). Doutor em Clínica Cirúrgica pela Universidade de São Paulo, com pós-doutorados pela Universidade René Descartes, em Paris, na França e pela FMRPUSP. É orientador pleno do Programa de Pós-graduação do Departamento de Cirurgia e Anatomia da FMRPUSP e médico assistente da Divisão de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Também é docente credenciado do Departamento de Cirurgia e Anatomia da pós-graduação e tem experiência com ênfase em Neurocirurgia Pediátrica e em Neurooncologia, atuando principalmente nas seguintes linhas de pesquisa: neoplasias cerebrais sólidas da infância, glicobiologia de tumores cerebrais pediátricos e trauma crânio-encefálico. Foi o neurocirurgião pediátrico principal do caso das gêmeas siamesas do Ceará. Atua com consultórios em Ribeirão Preto no Neurocin e em São Paulo no Instituto Amato.

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5% das mulheres nunca realizaram exames ginecológicos

Segundo a SOGESP o distúrbio chamado vaginismo, que atinge de 5 a 17% das mulheres da população feminina em geral, faz com que elas não realizaram exames ginecológicos

 

O vaginismo é uma contração pélvica involuntária, na qual a mulher cria uma barreira na região pélvica que a impede de conseguir ter a penetração do pênis e de realizar exame ginecológico. Algumas conseguem parcialmente apenas e outras, nem isso.

“Uma mulher pode desencadear o vaginismo e -- consequentemente a dor na relação sexual - por uma alteração hormonal que pode modificar a estrutura vaginal e assim favorecer o surgimento de pontos de dor, dificultar e impedir a penetração na relação sexual e a realização de exames. Essa alteração reduz a elasticidade, além de provocar outras alterações na região do períneo”, explica a fisioterapeuta pélvica, Débora Pádua de SP, especialista neste tipo de disfunção.

Mas, o problema tem tratamento com massagem perineal e exercícios apropriados para a cura do vaginismo e assim, em alguns meses a mulher já sente o corpo voltando ao normal. “Tratar o vaginismo é devolver toda a segurança, autoestima e confiança para que todas as mulheres vivam suas vidas de forma livre, sem dores, desconfortos e com os exames preventivos sempre em dia”, finaliza Débora.

 

Débora Padua - educadora e fisioterapeuta sexual. Graduada pela Universidade de Franca (SP) durante 5 anos fez parte do corpo clínico da Clínica Dr. José Bento de Souza e foi responsável pelo setor de Uroginecológia do Centro Avançado em Urologia de Ribeirão Preto (SP). Atualmente atende em sua clínica na capital paulista especializada no tratamento de vaginismo.

@vaginismo


ANS divulga Boletim Covid-19 de março

Planos de saúde atingem a marca de 49 milhões de beneficiários 


A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulga nesta quinta-feira (24) a edição de março do Boletim Covid-19, com dados sobre o comportamento do setor de planos de saúde durante a pandemia de Covid-19. A edição traz dados atualizados até fevereiro de 2022.

 

O número de beneficiários apresentou aumento de 0,15% e atingiu a marca de 49 milhões de clientes de planos de saúde. A quantidade de leitos alocados para atendimento a casos de Covid-19 nos hospitais da amostra já começa a apresentar redução novamente, após a tendência de aumento registrada em janeiro deste ano. 

A edição de março traz ainda as informações econômico-financeiras, pelas quais são informadas a sinistralidade no período e inadimplência, além das demandas dos consumidores recepcionadas pela ANS por meio de seus canais de atendimento. 

O objetivo do Boletim Covid-19 é monitorar a evolução de indicadores relevantes do setor de planos de saúde nesse período, subsidiando análise qualificada da agência reguladora e prestando mais informações à sociedade.

 

Clique aqui para acessar a edição de março do Boletim Covid-19 - Saúde Suplementar.


 

Evolução de beneficiários  


O número preliminar de beneficiários em planos de assistência médica relativo a fevereiro de 2022 segue a tendência de crescimento observada desde julho de 2020. O total de 49.049.467 beneficiários representa aumento de 0,15% em relação a janeiro de 2022. A taxa de adesão (entradas), considerando todos os tipos de contratações, é superior à taxa de cancelamento (saídas) nos planos médicos hospitalares. O tipo de contratação responsável por esta superioridade é o coletivo empresarial que se mantém, desde julho de 2020, com mais entradas do que saídas de beneficiários.

 

Considerando o tipo de contratação do plano e a faixa etária do beneficiário, observa-se que a variação foi positiva para os beneficiários acima de 59 anos em todos os tipos de contratação ao longo dos meses de março de 2020 até fevereiro de 2022.

 


Informações assistenciais  


A proporção de leitos destinados para atendimento à Covid-19 nos hospitais da amostra apresenta redução em fevereiro de 2022, tanto para leitos comuns quanto para leitos de UTI. A taxa mensal geral de ocupação de leitos, que engloba tanto atendimento à Covid-19 como demais procedimentos, ficou em 74% no período, dois pontos percentuais abaixo do patamar observado em fevereiro de 2021, quando o país enfrentava a segunda onda da doença.

 

A ocupação de leitos comuns e de UTI para casos de Covid-19 voltou a apresentar queda em fevereiro de 2022, passando de 61% para 58%. Já a ocupação de leitos para atendimento a demais procedimentos mantém tendência de estabilidade que vem sendo observada desde maio de 2021, tendo ficado em 76% no mês de fevereiro.

 

A busca por exames e terapias ficou 12,5% acima do patamar verificado em fevereiro de 2021. Já os atendimentos em pronto-socorro que não geraram internação retornaram aos patamares observados antes do início da pandemia no país. O custo médio de internação para Covid-19 com UTI no início de 2022 se mantém abaixo do verificado ao longo do ano de 2021.


 

Exames  


Dos dados sobre realização de exames de detecção de Covid-19, destaca-se que, tanto o número de exames de RT-PCR como os exames de pesquisa de anticorpos, seguem em queda no mês de dezembro de 2021. Na comparação com o mesmo período de 2020, houve redução de 64,8% nos exames de RT-PCR e 95,9% para as pesquisas de anticorpos realizadas no setor.


 

Informações econômico-financeiras 


No encerramento de 2021, tanto o 3º quanto o 4º trimestre apresentam índice de sinistralidade de caixa (despesas assistenciais/receitas) no mesmo patamar dos dois últimos trimestres de 2019 (período pré-pandemia).

 

Em 2022, ao analisar os dados mensais, observa-se queda de três pontos percentuais na sinistralidade de fevereiro em relação a janeiro de 2022. Já a prévia da taxa de sinistralidade do 1º trimestre de 2022 atingiu 82% - 5 pontos percentuais acima da sinistralidade trimestral de mesmo período de 2019. A ANS permanecerá monitorando a evolução desses dados no setor.

 

Os dados de fluxo de caixa das operadoras não devem ser confundidos com o índice de sinistralidade contábil (divulgado na publicação Prisma Econômico-Financeiro da Saúde Suplementar da ANS), mensurado por competência e que segue metodologia própria, e é usado para o cálculo do reajuste de planos individuais/familiares fixado pela ANS. As informações de fluxo de caixa, por sua agilidade de coleta, são as mais adequadas para o célere monitoramento dos efeitos da pandemia.

 

Sobre a inadimplência, os dados de fevereiro de 2022 comparados com o mês anterior indicam oscilações suaves, dentro do comportamento histórico deste indicador. Observa-se aumento de um ponto percentual na inadimplência total de planos com preço preestabelecido, assim como no percentual de inadimplência de planos coletivos, que também subiu 1%. Para planos individuais/familiares, percebe-se aumento de dois pontos percentuais na comparação com janeiro de 2022.

 


Demandas dos consumidores  


Os dados de fevereiro de 2022 mostram que houve redução de 11,1%, em comparação ao mês anterior, no total de reclamações que foram passíveis de intermediação pelo instrumento da Notificação de Intermediação Preliminar (NIP), com maior predominância de temas de natureza assistencial. Quanto às demandas relacionadas à Covid-19, houve queda também. Em fevereiro de 2022, a ANS registrou 714 reclamações sobre o tema. Do total de queixas relacionadas ao coronavírus, 60% dizem respeito a dificuldades relativas à realização de exames e tratamento para a doença. A intermediação de conflitos feita pela ANS, entre consumidores e operadoras, tem resolvido mais de 90% dessas reclamações.

 

No portal da reguladora, é possível acessar o monitoramento diário das demandas sobre Covid-19.

 

Consulte o monitoramento diário das demandas sobre Covid-19.


 

Sobre os dados


Para a análise dos indicadores assistenciais, a ANS considerou informações coletadas em uma amostra de 50 operadoras que possuem rede própria hospitalar. Para os índices econômico-financeiros, foram analisados dados de 103 operadoras para o estudo de fluxo de caixa e análise de inadimplência. Juntas, as operadoras respondentes para esses grupos de informação compreendem 74% dos beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares. Adicionalmente, na construção do boletim, foram utilizados dados do Documento de Informações Periódicas (DIOPS), do Sistema de Informações de Fiscalização (SIF) e o Sistema de Informação de Beneficiários (SIB).



Mês da Mulher: Quais são os principais cuidados com a saúde feminina?

Dra. Carla de Araujo, ginecologista e cofundadora da Consultare, cita quais são os principais exames que as mulheres devem realizar

Considerado o Mês da Mulher, março é a oportunidade ideal lembrarmos de todas as conquistas femininas e também daquilo que ainda podemos alcançar. Paralelamente a isso, como a saúde é um setor essencial na vida de todos, a Dra. Carla de Araujo,  ginecologista e cofundadora da Consultare, rede de centros médicos acessíveis que possui 93% do quadro de funcionários formado por mulheres, cita quais são os principais cuidados que as mulheres devem ter durante a sua vida.

“Quando falamos de cuidados à saúde feminina, devemos lembrar que eles variam de acordo com o tempo. Os exames que valem para uma mulher que está na adolescência são diferentes daqueles indicados para outra que está na menopausa.  A cada fase da vida da mulher, mudam-se também os cuidados”, comenta Dra. Carla de Araujo.

Confira abaixo os 5 principais cuidados com a saúde feminina:

 

Check up e exames ginecológicos de rotina

É primordial que, periodicamente, a mulher faça um check up ginecológico de rotina. Dessa maneira, ela irá detectar se há algo errado em sua saúde ou se algo pode se agravar no futuro.

“O check up não serve apenas para detectar doenças, mas também prevenir que surja um problema futuro”, comenta Dra. Carla.


Mamografia

A mamografia é recomendada a partir dos 40 para as mulheres que não possuem histórico de câncer na família, e a partir dos 30 para aquelas que têm histórico. Vale lembrar que a mamografia é um exame muito mais analítico e com maiores chances de detecção de nódulos e tumores, porém, é também recomendado o autoexame da mama. Ao conhecer melhor o seu corpo, a mulher é capaz de distinguir qualquer anomalia que possa ocorrer.


Ultrassonografia Transvaginal

Esse é um exame não invasivo capaz de avaliar o canal vaginal, colo do útero, útero, trompas de Falópio e os ovários. Devido à resolução das imagens, é possível identificar irregularidades nesses órgãos, como possíveis cistos, infecções, gravidez ectópica e câncer. É importante que as mulheres realizem periodicamente o procedimento. Dessa maneira, poderão observar a evolução de qualquer anomalia ou se prevenir contra doenças futuras.


Papanicolau

O Papanicolau é um exame preventivo para o colo do útero. Por meio dele é possível detectar lesões e obter um diagnóstico antes que a mulher tenha sintomas. Esse exame é primordial como estratégia preventiva para a saúde feminina e para evitar doenças graves, como o câncer de útero, por exemplo.  Além disso, ele é simples, indolor e rápido.

 

Vacinas contra DSTs

A vacinação contra DSTs, em especial o HPV, pode evitar muitos problemas para a saúde feminina. É importante que até mesmo antes de iniciar a vida sexual a mulher possua suas vacinas em dia. Dessa forma, ela irá se precaver contra doenças que podem deteriorar a sua vida. “É importante destacar a utilização de preservativos. Quanto mais você cuidar da sua saúde, mais você terá uma vida duradoura e sem muitos incômodos”, finaliza Dra. Carla.



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