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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

‘Dia Mundial do Gato’: veja curiosidades e dicas de como cuidar do pet


Especialista da DogHero orienta os tutores na feliz jornada de ter a companhia de um felino


Dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) apontam a existência de 25,6 milhões de gatos nos lares do Brasil. O levantamento revela ainda que, de 2019 para 2020, o crescimento médio geral de felinos no país foi de 3,6%. 

Com a fama de ‘animais misteriosos’ e dotados de comportamentos especiais que superam a curiosidade humana, os gatos são animais fantásticos que despertam amor e carinho onde habitam e até possuem uma data própria. O ‘Dia Mundial do Gato’ é celebrado no dia 17 de fevereiro. 

Os bichanos são especiais, e quem é pai ou mãe de um gato sabe disso. Muitos tutores até percebem que o seu pet às vezes sente que alguma visita vai chegar. Pois é, gatos conseguem escutar até três vezes mais que os seres humanos, e possuem a capacidade de escutar sons que nós humanos não conseguimos detectar, como por exemplo o som de algumas presas. 

Outra característica extremamente importante é o olfato da espécie, que costuma ser em média vinte vezes mais potente que o nosso. Isso também acontece porque os gatos deixam marcas no ambiente, justamente para ter mais segurança”, declara Thais Matos, médica veterinária da DogHero, maior empresa de serviços para pets na América Latina. 

A médica veterinária explica que essas marcas costumam ser deixadas pela arranhadura e pela marcação da face e outras partes do corpo, onde feromônios e outros cheiros serão depositados ali. “Marcar o seu território é a principal maneira que o gato tem de se sentir mais seguro e menos ameaçado. Por isso é tão importante ter diversos arranhadores pela casa”, completa Thais, que listou 4 curiosidades para ajudar os tutores na feliz jornada de ter a companhia de um felino, são elas:

 

Por que os gatos ronronam quando dormem?


Isso é muito comum. No geral, se o pet dorme ronronando significa que ele está muito feliz e relaxado! Há indícios de que o ronronar durante o sono pode ser uma forma de reparação após um momento de dificuldade ou estresse intenso.

 

Mas afinal, pode dar banho em gato?


A orientação aqui é de consultar o médico veterinário de confiança para entender se é necessário ou não, pois a indicação do banho em gatos varia de acordo com a rotina, hábitos e até saúde do pet. Gatos de pelos longos, como o Maine Coon, por exemplo, precisam de cuidados com o pelo e escovações diárias. Assim como os gatos Persa e Himalaio, que estão na lista das raças mais comuns do mundo. Todos os gatos precisam desse cuidado também, a fim de evitar, por exemplo, a famosa bola de pelo, justamente por eles se lamberem muito, realizando essa auto limpeza.

 

Por que os gatos eliminam bolas de pelo?


Quando o gato se lambe para tomar banho, ele acaba engolindo alguns pelinhos que já estão soltos. Durante essa higienização, eles acabam engolindo pelinhos e correm o risco de formar bola de pelo dentro deles. Algumas vezes, eles vomitam ou defecam para eliminar o que ingeriram. No entanto, por vezes, também não conseguem expelir. Quando não conseguem eliminar os pelos, esse conteúdo ingerido acaba no estômago e como o organismo do bichano não o digere, o que foi engolido vai se acumulando aos poucos. Se isso acontecer, o pet pode ter dificuldade para digerir alimentos e acabar ficando doente. A bola de pelo impede que a ração passe do estômago para o intestino. Com isso, ele começa a emagrecer e pode apresentar diversos sinais clínicos. Pode até parecer estranho, mas ver o gato vomitando bola de pelo é algo bom. Isso mostra que ele está conseguindo eliminar o que ingeriu. O mesmo vale para quando o tutor encontra pelo nas fezes. Se isso ocorre, é porque nada está ficando acumulado em seu estômago. Pode ser um ponto de atenção quando o tutor nunca vê o gato vomitando bola de pelo, nem sendo expelida pelas fezes. Nesses casos, é necessário alterar o manejo diário, oferecendo petiscos apropriados ou graminhas que estimulem essa eliminação. Dessa forma, o melhor é evitar a bola de pelo em gato. Isso é possível com cuidados diários e alimentação adequada.

 

O que o miado do gato está dizendo?

O miado de gato mais comum é o de pedido de atenção, seja por querer carinho ou um pouco de ração úmida. Para compreender melhor, analise o tipo de som emitido juntamente com o comportamento do pet. Por exemplo, se você ver os gatinhos miando, indo e voltando da cozinha, é porque eles provavelmente querem ração ou água. Já se eles subirem em seu colo ou se acariciarem em objetos próximos à você, estão querendo carinho. Existem outros motivos pelo qual os bichanos miam, são eles:

  • Irritado: miado longo e estridente significa irritação. Nesse caso, o tutor nota o gato miando muito, até que seja atendido;
  • Medo ou estresse: costuma ser constante e pode soar como se fosse um choro. É o que acontece, por exemplo, quando o gatinho entra em um cômodo, a porta bate e ele fica preso;
  • Cio: miado constante e “encorpado”. Esse é bem característico e uma vez que você ouve, nunca mais se esquecerá. Funciona como um chamado para o gatinho macho e, por isso, é alto;
  • Fome: miado alto, rápido, com alteração de comportamento, indicando o potinho de comida ou o saco de ração;
  • Miado de dor: nesse caso, o miado de gato é constante, mais grosso e semelhante a um choro;
  • Briga ou raiva: miado estridente, alto e longo, que se mistura a sons que vão além de um “miau”. Comumente, isso pode acontecer por disputa de território;
  • Chamando os filhotes: miados curtos, baixos, com o chilrear no meio. Para quem não conhece, o chilrear é um barulho que a gatinha faz com a boca fechada. O som é curto e serve também como cumprimento entre gatos;
  •  Amor: miados curtinhos e baixos, enquanto dá “lambidinhas” ou "mordidinha" no nariz, é miado de amor. Ele também costuma “afofar” e ronronar.

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DogHero


STJ retoma julgamento que pode ampliar negativa de cobertura por planos de saúde

Empresas tentam limitar tratamentos e procedimentos oferecidos a lista da ANS; mudança no entendimento da Justiça pode afetar milhões de pacientes no país

 

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) marcou para o dia 23/2, próxima quarta-feira, a retomada de um dos julgamentos mais importantes para usuários de planos de saúde no Brasil: o que vai definir se a lista de procedimentos e tratamentos publicada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), chamada de rol, deve ser interpretada como parâmetro máximo de cobertura. 

 

A decisão pode alterar o entendimento histórico dos tribunais do País, que há mais de 20 anos são predominantemente favoráveis a uma interpretação mais ampla e consideram a lista como referência mínima ou exemplificativa. 

 

De acordo com um levantamento publicado no início de fevereiro pelo Jota, 17 tribunais do país possuem jurisprudência consolidada em favor de um rol exemplificativo, e apenas três adotam uma interpretação taxativa.

 

Na prática, a mudança no caráter da lista daria às operadoras de planos de saúde o direito de negar aos pacientes tratamentos que ainda não façam parte da lista da ANS, mesmo que tenham sido prescritos por médicos e possuam comprovada eficácia. 

 

O julgamento do caso no STJ teve início em setembro de 2021, mas foi interrompido no mesmo dia por um pedido de vista da ministra Nancy Andrighi. O relator da matéria, o ministro Luis Felipe Salomão, já se manifestou e, em seu voto, acolheu o argumento das operadoras de que coberturas mais amplas gerariam desequilíbrio financeiro no setor. 

 

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) acompanha este debate há anos, e sustenta em memoriais enviados aos ministros do STJ que o Código de Defesa do Consumidor, a Lei de Planos de Saúde e a lei de criação da ANS são uníssonos e complementares na classificação do rol como uma referência básica. A Lei de Planos de Saúde afirma expressamente que todos os tratamentos das doenças incluídas na CID (Classificação Internacional de Doenças) da OMS (Organização Mundial de Saúde) são de cobertura obrigatória pelas operadoras. 

 

“O terrorismo econômico é o único argumento das operadoras para defender a mudança no caráter do rol. A lista da ANS é interpretada de maneira ampla pela Justiça há mais de vinte anos, e isso nunca significou uma ameaça real para os lucros das empresas - que, aliás, seguem crescendo ano a ano”, explica Ana Carolina Navarrete, coordenadora do Programa de Saúde do Idec.  

“Para os consumidores, que são sempre o lado mais vulnerável nessa relação, uma mudança no caráter do rol significaria uma perda imensurável e o risco de não poder acessar um tratamento no momento de maior necessidade. O Idec espera que os ministros levem esse impacto em conta em seus votos”, completa. 


Como desenvolver habilidades que não podem ser reproduzidas por robôs

Saiba qual é a importância para a sua carreira das power skills (também conhecidas como habilidades comportamentais) e como aprendê-las

 

As power skills, como passaram a ser chamadas as soft skills ou as habilidades comportamentais por causa da sua relevância, são habilidades como pensamento crítico e escuta ativa, que têm crescido muito em demanda por parte dos profissionais nos últimos anos – e especialmente durante a pandemia, enquanto todos tivemos que nos adaptar ao trabalho virtual.

Um relatório global divulgado recentemente pela Udemy Business, o braço de treinamento corporativo da plataforma de aprendizado e ensino online Udemy, chamado 2022 Workplace Learning Trends, mostra que o consumo de cursos por parte dos profissionais em temas como assertividade e team building cresceu 250% e 129%, respectivamente, entre 2020 e 2021.

Essas habilidades, ao contrário do que muitos pensam, podem, sim, ser aprendidas, assim como é possível aprender habilidades técnicas como gerenciamento de banco de dados e habilidades táticas como business analytics e marketing de conteúdo. E, mais importante, as power skills, diferentemente de outras competências, só podem ser desenvolvidas e executadas por nós, seres humanos – por exemplo, habilidades como liderança, criatividade e colaboração não podem ser reproduzidas por robôs.

Todo profissional, não importa que cargo ocupa, em que setor trabalha e em que país vive, pode se beneficiar das power skills – elas podem ajudá-lo, inclusive, a se adaptar a novos ambientes profissionais e fazer o melhor uso possível delas.

O 2022 Brazil Workplace Learning Trends report da Udemy Business revela que, no Brasil especificamente, a power skill que mais foi consumida pelos profissionais foi gestão de tempo – a habilidade registrou um crescimento de 226% se compararmos o período de julho de 2019 a julho de 2020 com o período de julho de 2020 a julho de 2021. Outra habilidade que teve um crescimento expressivo em consumo foi liderança, cujo consumo aumentou 116% no mesmo período.

Competências como as citadas acima são proveitosas para os profissionais para que eles possam lidar melhor com a revolução digital e o mercado de trabalho, que está em constante evolução hoje mais do que nunca por causa da pandemia. E, se os cursos online, como os da Udemy, já eram uma forma prática e atualizada de adquirir habilidades como essas, com a pandemia, eles se tornaram também uma opção segura. 

 

Udemy


6 habilidades profissionais mais procuradas em 2022

As mudanças no mercado de trabalho evidenciam capacidades específicas, e dominá-las pode fazer toda a diferença na hora de destacar o currículo para a vaga desejada

 

O cenário econômico e as dinâmicas do mercado de trabalho estão em constante mutação, principalmente influenciados pelos avanços nos recursos e tecnologias e nas novas formas de consumir e se relacionar com clientes e colaboradores. Pensando nas transformações que virão com o mundo pós pandemia, 2022 será um período de transição e o profissional que deseja se destacar na carreira precisa estar atento as novas  exigências do universo corporativo. 

Além das habilidades técnicas, os novos modelos de trabalho favorecem candidatos que ofereçam o perfil interpessoal ideal, que vai refletir e se sobressair na organização e produtividade do dia a dia. Segundo Raquel Roque, consultora de Recursos Humanos e professora da startup Kultivi (www.kultivi.com.br), considerada uma das maiores plataformas de ensino online do Brasil, destaca que antes de tudo é preciso sempre se manter atualizado. “O tempo em que somente os anos dedicados a graduação eram suficiente para uma boa colocação no mercado, se foram. Precisamos aprender novas habilidades, novas formas de fazer o que estamos acostumados a fazer. Por isso o conceito de Lifelong learning – aprendizado ao longo da vida que sugere uma educação contínua, é tão importante. O desenvolvimento e aprimoramento dessas aptidões já é prioridade para os recrutadores e precisa ser para quem quer se destacar em suas respectivas áreas também.”, declara. 

A especialista, elencou as 6 principais habilidades do profissional do futuro, para quem quer remanejar os rumos da carreira ou está em busca de novas oportunidades:

 

Flexibilidade: Ao contrário do que muitos pensam, flexibilidade não se define somente pelos horários e períodos de tempo dedicados ao trabalhos. “ Entenda como flexibilidade também a sua capacidade de se adaptar as mudanças e as novidades que podem ser implementadas no seu local de trabalho.  Além de ser uma capacidade que pode ser entendida como resiliência, por representar a capacidade de se reinventar.”, diz Raquel Roque.

 

Foco em resultados: É a capacidade de se posicionar e explorar os recursos para oferecer a melhor experiência ao cliente. “Seja onde quer que você trabalhe, uma empresa que fornece serviços ou produtos, o foco precisa ser o cliente,  por isso o foco em resultados representa um profissional que não mede esforços para atender à necessidade dele e solucionar problemas.”, diz a especialista.

 

Visão do negócio. O famoso senso de dono reflete a atitude de vestir a camisa da empresa. “O profissional do futuro precisa enxergar o negócio como um todo e trabalhar para que o êxito individual  e geral caminhem juntos. Empresas de sucesso, contam com profissionais de sucesso, não há caminhos separados.”, afirma.

 

Mão na massa: Segundo a consultora de recursos humanos, o profissional que não tem medo do trabalho sempre chega à frente. “Aceitar desafios, ser proativo e participar ativamente das decisões e resoluções de problemas da empresa, são as principais características desse profissional”., diz.

 

Inteligência emocional: Dentre as principais soft skills, aquelas ligadas às habilidades sociocomportamentais, mais difíceis de reconhecer e mensurar , a inteligência emocional é uma das mais valorizadas por empregadores no mundo todo. “ É a capacidade de lidar com questões emocionais com equilíbrio e positividade e exige muito autoconhecimento e maturidade.”, garante a profissional.

 

Organização e gestão de tempo: “Dominar ferramentas e técnicas para gerir melhor seu tempo e consequentemente, melhorar sua produtividade é imprescindível para o mercado de trabalho na atualidade. E é crucial não só na parte profissional, mas também para conciliar a rotina com o pessoal, definindo metas alcançáveis e sem pressão, e trazendo equilíbrio para o dia a dia.”, completa Raquel Roque.

 

Qualificação da Assistência Farmacêutica: como a Saúde Digital pode ajudar e o que precisamos para avançar?


Ter acesso a tratamentos com medicamentos e doses adequadas, no momento e pelo período correto parece simples, não? Entretanto, quando analisada de perto, a atividade de Assistência Farmacêutica responsável por esse acesso, diariamente desempenhada pelos serviços de saúde, enfrenta desafios complexos, especialmente quanto ao uso racional de medicamentos. 

O uso racional de medicamentos é um conceito guarda-chuva reconhecido pela Organização Mundial da Saúde e pressupõe diversas estratégias voltadas para que a prescrição, dispensação e o uso de medicamentos ocorram de forma adequada e segura ao paciente, com menor custo e com amplo acesso pela sociedade. Esse tema é um desafio atual dos sistemas de saúde de todo o mundo, incluindo o brasileiro, visando a otimização da gestão de tratamentos dos pacientes nos serviços públicos e privados. 

Embora saiba-se que o engajamento do paciente seja essencial para evitar descompensações clínicas e até internações, de acordo com estudos citados no documento “Contribuições para promoção do Uso Racional de Medicamentos”, publicado pelo Ministério da Saúde em 2021, estima-se que 50% das pessoas que recebem uma prescrição de medicamentos não aderem aos tratamentos de forma adequada. Esse dado se soma às conclusões de estudos de anos anteriores. Em 2019 o Conselho Federal de Farmácia, em pesquisa com apoio da Datafolha, constatou que 57% dos entrevistados que recebem uma receita, não usam o medicamento conforme orientado; e em 2014, a Pesquisa Nacional Sobre Acesso, Utilização e Promoção Do Uso Racional De Medicamentos evidenciou que 46,1% dos brasileiros apresentam algum tipo de conduta errada ao utilizar remédios. 

Diante desse problema, o tema é abordado em discussões pelo Ministério da Saúde, agências reguladoras e conselhos profissionais, e vem sendo debatido por esses atores no Comitê Nacional para a Promoção do Uso Racional de Medicamentos (CNURM). Nessas deliberações ficam claros alguns problemas estruturantes, como a fragmentação entre os elos que unem o paciente na sua jornada de tratamento (médico, farmacêutico e equipe de acompanhamento), a baixa sistematização de dados e a falta de comunicação entre atores do sistema de saúde. 

Diante desse cenário, a Saúde Digital, com incorporação de tecnologias de informação e comunicação (TICs), procura ser parte da solução desse gargalo, por meio da integração de sistemas e da comunicação rápida, eficiente e segura entre profissionais prescritores, pacientes e dispensadores. 

Plataformas de prescrição eletrônica de medicamentos e os aplicativos que permitem que profissionais de saúde realizem o acompanhamento remoto e a adesão ao tratamento pelos pacientes são exemplos claros que operam em favor do uso racional de medicamentos. Assim como os serviços de telessaúde, essas tecnologias se destacaram durante a crise sanitária causada pelo Coronavírus, quando o acesso remoto às orientações de saúde se tornou essencial. 

Viabilizadas com a permissão da assinatura digital pela Lei 14.063/2020, as plataformas de prescrição eletrônica passaram a possibilitar a integração de ponta a ponta entre os atos de prescrição e dispensação - trazendo segurança sobre o conteúdo e uso da receita. Além de trazer de forma compreensível e legível orientações sobre o tratamento, eles podem ajudar prescritores por meio de ferramentas de suporte à decisão clínica, assim como no controle do histórico de tratamento dos pacientes e adesão (com consentimento expresso e inequívoco do paciente). Além disso, a tecnologia, se devidamente regulamentada, poderia ser um modo de otimizar a vigilância sanitária no controle de duplas dispensações e fraudes no caso de receitas falsificadas. 

Pensando nos serviços públicos, a prescrição eletrônica já foi reconhecida pelo Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) como ferramenta importante de ser considerada pelos gestores na mais recente publicação do “Instrumento de referência dos serviços farmacêuticos na Atenção Básica”. Ao ter o controle da prescrição e dispensação, as tecnologias poderiam auxiliar o gestor público na logística, inclusive por meio da identificação de gargalos de acesso na originação da receita e sua dispensação. 

Apesar de todos esses benefícios, o que nos impede de ter essas tecnologias implementadas de forma sistêmica? Do ponto de vista normativo é preciso um direcionamento mais claro. Para além da regulamentação dos serviços de atendimento remoto em serviços de telessaúde, atualmente em destaque nas discussões principalmente no âmbito legislativo, é preciso estabelecer regras claras acerca da prescrição, dispensação e assistência farmacêutica remota, independentemente do tipo de medicamento. 

Embora as prescrições eletrônicas tenham sido possibilitadas durante a pandemia, ainda carecem do acompanhamento normativo da Anvisa. As prescrições de medicamentos de controle especial, por exemplo, ainda dependem de talonário físico, embora seja indiscutível que a prescrição eletrônica, juntamente com um sistema de controle de dispensação inteligente, traria mais segurança e controle da dispensação destes medicamentos. Avanços são esperados com os resultados da Consultas Públicas 1.018/2021 - que visa debater a regulamentação dos requisitos para emissão, prescrição, aviamento e dispensação das receitas de controle especial, antimicrobianos em meio eletrônico - e 1046, que propõe a revisão da Portaria 344/1998, que também prevê requisitos para receita de controles especiais. 

Com relação a outros aplicativos remotos que possuem natureza clínica e terapêutica, de acompanhamento de tratamento do paciente, espera-se que alguma clareza seja atingida com a regulamentação de Software as a Medical Device que foi submetida a Consulta Pública neste ano (1035/2021). Ainda assim, em todas as situações, até que haja uma normatização, algumas incertezas dão espaço para questionamento sobre quais órgãos devem fazê-lo. 

Por fim, não podem ser esquecidas as dificuldades de infraestrutura. O Ministério da Saúde, gestores estaduais e municipais deverão avançar do ponto de vista de conectividade e interoperabilidade para possibilitar integração dessas soluções na Rede Nacional de Dados em Saúde, como o próprio CNURM constatou; assim como o acesso à assinatura eletrônica com certificado digital. Já do ponto de vista do setor suplementar, o acesso e compartilhamento de informações que possibilitem a visibilidade sobre a adesão do tratamento precisa também ser abordado e discutido com olhares que preservem a segurança mediante a Lei Geral de Proteção de Dados. 

Esse é só o começo da história da saúde digital no Brasil. Temos um caminho razoável a percorrer para alcançar todo o potencial para uma assistência farmacêutica segura, ágil e informatizada. Os avanços dependem de esforços coordenados sistematicamente entre todos os atores da cadeia. Somente com a visão conjunta dos reguladores, empresas, assim como da sociedade civil, notadamente pacientes e profissionais de saúde, será possível estabelecer regulações e utilizar a saúde digital em favor do uso racional de medicamentos.

 

Julia Cestari Santos - head de Public Policy da Nexodata, healthtech de receitas médicas digitais. Bacharel em Relações Internacionais pela ESPM e mestranda em Gestão e Políticas Públicas pela FGV, há mais de 6 anos atua com análise de políticas de saúde pública e suplementar, com foco em advocacy e relações governamentais. 

Tatiana Kascher - head de Compliance da Nexodata, healthtech de receitas médicas digitais. Advogada, com mestrado (LLM) pela University of Illinois e Universidade Católica Portuguesa, reúne mais de 15 anos de experiência, principalmente auxiliando empresas de Saúde na estruturação de seus negócios. Possui CBEX Healthcare Compliance Professional Certification e, recentemente, foi listada como Rising Stars do The Legal 500.


Como contornar a inadimplência no seu negócio?

Nos últimos anos, a inadimplência vem se tornando uma das principais vilãs do fluxo de caixa das empresas. Severamente impactada por diversos fatores externos, como a inflação e o aumento de desemprego, o número de brasileiros endividados e inadimplentes vem elevando cada vez mais e, preocupando a operação e investimentos de muitas companhias. Contornar esse cenário pode parecer uma missão impossível frente à falta de perspectivas para a economia nacional – mas, possível de ser combatida por meio de certas ações estratégicas nos negócios.

Abrangendo tanto pessoas físicas quanto jurídicas, os casos de inadimplência registrados no país estão se agravando. Em março de 2021, dados publicados pelo G1 mostram um total de 62,65 milhões de brasileiros endividados – o equivalente a cerca de 57% da população adulta. São mais de R$ 253 bilhões de dívidas, segundo o Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas no Brasil, das quais muitos encontram dificuldades em quitar.

Esta crescente onda de incapacidade de pagamentos é extremamente prejudicial para todos os envolvidos. Para os clientes, além de terem seu nome sujo, encontrarão mais dificuldade em adquirir empréstimos e outras operações que dependam de instituições bancárias. Para as empresas, sua saúde financeira será cada vez mais impactada, impedindo investimentos em áreas estratégicas para o crescimento do negócio, prejudicando o faturamento mensal e, consequentemente, aumentando o risco da companhia se endividar no mercado. Um efeito cascata que, sem o devido cuidado, pode se tornar complexo de ser revertido.


Por que a inadimplência vem crescendo?

Não há como atribuir a responsabilidade do aumento da inadimplência à apenas um culpado. Mas, o frustrante cenário econômico nacional é, sem dúvidas, um dos principais influenciadores dessa onda. Em um levantamento realizado pela Austin Rating, o Brasil se tornou o quarto país do mundo com a maior taxa de desemprego – mesmo com uma tendência de queda, ainda temos mais que o dobro da taxa média global e, também, o pior dentre os integrantes do G20.

Dificultando ainda mais, os preços de inúmeros produtos e serviços não param de aumentar. A redução do poder de compra da população é atingida por diversos lados, impossibilitando que grande parte das pessoas tenham condições de arcar com suas dívidas. Sem o devido planejamento, as contas apenas tenderão a se acumular cada vez mais, danificando não apenas os próprios consumidores, mas também as companhias que, perderão constantemente clientes com condições para adquirir seus produtos.


Como combater a inadimplência no seu negócio?

Reverter este cenário pode ser uma tarefa difícil para muitas empresas e, até mesmo, desanimador ao analisarmos tantos dados preocupantes. Contudo, seu negócio pode se blindar contra perdas severas para sua operação por meio de um bom planejamento interno. Segundo o Banco Central, a preocupação com a inadimplência deve ser redobrada a partir do momento em que ela se encontrar acima de 5% na sua empresa, levando em consideração os pagamentos não quitados com mais de 90 dias de atraso. Uma vez atingida essa situação, é preciso saber como agir a fim de evitar sua piora.

A cobrança preventiva é uma das estratégias mais utilizadas para essa finalidade – com o objetivo de lembrar o cliente sobre o vencimento de uma compra e ajudá-lo a evitar o pagamento de juros. Aqui, um cuidado fundamental deve ser tomado: a cobrança não pode ser feita apenas com notificações incessantes acerca da dívida – mas sim, trazer um olhar humanizado para o processo, conscientizando o consumidor sobre a importância de manter os pagamentos dentro do prazo.

Para contribuir ainda mais nessa eficácia, os canais de comunicação devem, obrigatoriamente, fazer parte dessa estratégia. Os agentes virtuais são importantes ferramentas que trazem excelentes resultados para esta cobrança – com inteligência suficiente para entender o melhor momento de contatar o devedor e oferecer as melhores opções de pagamento conforme sua necessidade. Em conjunto, o SMS e o e-mail também podem trazer resultados assertivos. O primeiro permite o envio de mensagens para qualquer dispositivo, mesmo diante da falta de internet – basta que o aparelho esteja conectado à uma operadora para o sucesso do envio.

Ter uma visão positiva para a diminuição da inadimplência se torna complicado diante do atual cenário econômico, o que torna essencial adotar tais ações para evitar danos irreparáveis nas empresas. É imprescindível mostrar empatia a todo o momento, que a empresa se preocupa que o cliente mantenha seu nome limpo e tenha um bom futuro financeiro. Com uma boa organização estratégica e comunicação clara sem invasões, todos podem ser beneficiados.

 


Marcos Guerra - Superintendente de Receita e Marketing na Pontaltech, empresa de tecnologia especializada em comunicação omnichannel.

 

Pontaltech

https://www.pontaltech.com.br/

 

Backoffice: qual a relevância para o sucesso nos negócios?

Especialista explica como um sistema de gestão integrada na nuvem facilita o backoffice, sendo uma excelente opção para os novos modelos de trabalho nas empresas


O backoffice é tudo que acontece nos bastidores para o sucesso de qualquer negócio, dos pequenos aos grandes. Ele reúne todos os processos de retaguarda de uma empresa, ou seja, administrativo, financeiro, estoque, jurídico, recursos humanos, entre outros não vinculados à atividade fim. Geralmente, esses setores não têm contato direto com os clientes e cometem o erro de não se comunicarem de forma adequada entre si, mas seus procedimentos são essenciais para os processos internos e tudo que fazem refletem diretamente no lucro da instituição e na satisfação do cliente.

 

O desafio atual é saber como gerir o backoffice, a fim de integrar todos esses processos e colocar em prática um controle eficaz das atividades. As inseguranças que surgiram devido à pandemia do Covid-19, mostraram que precisamos  pensar para além de controles manuais e como é importante ter um sistema de gestão que integre com segurança todos os processos internos da empresa, que também funcione no home office, e que seja hospedado na nuvem. 

 

É preciso investir em tecnologias que permitam um modelo integrado, onde todos conseguem acompanhar o desenvolvimento dos processos, atendimentos de demandas, produtividade entre outros indicadores importantes, seja funcionário ou líder de uma empresa. Conforme destaca Carlos Magalhães, da Xcellence & Co., "ambientes voláteis e incertos apresentarão continuamente novos desafios, exigindo que as organizações antecipem, identifiquem e reajam rapidamente a mudanças rápidas. O futuro Centro de Excelência (CoE) nas empresas pode ajudar os negócios em geral com modelagem sofisticada e recursos de suporte a decisões, utilizando uma gama mais ampla de fontes de dados internas e externas e habilidades analíticas avançadas".


 

Informações centralizadas e sem fronteiras

 

O backoffice de todo negócio conta com muitas tarefas manuais, burocráticas e repetitivas, necessárias para manter a operação rodando. Para otimizar essa rotina, diminuindo o índice de erros humanos, o ideal é contar com um sistema integrado, que engloba a gestão de atendimento e a  automatização de processos. 

 

“As vantagens de um bom software de gestão são inúmeras, entre elas, podemos citar a centralização da informação. Esse tipo de plataforma evita a perda de documentos, falhas por processos manuais, retrabalho, gastos desnecessários, entre outras funcionalidades”, explica Irene Silva, CEO da Ellevo, referência nacional no desenvolvimento de soluções em tecnologia para gestão de atendimento e serviços, automatização de processos, help desk, service desk e serviços compartilhados. 

 

Irene ainda destaca que esse tipo de software pode auxiliar na comunicação, fluxo de processos, realização e atualização de inventários, contratos e realização de tarefas das empresas. “O sistema é dividido em módulos e muitas tarefas podem ser automatizadas, o que contribui para melhoria contínua das rotinas da empresa”. 


 

Funções essenciais de um sistema integrado 

 

No caso da Plataforma Ellevo, Irene explica que as funções que a solução desempenha são comparadas às de 20 softwares diferentes, aplicados e instalados separadamente nas empresas. “Este é um dos motivos pelos quais os processos se tornam mais eficientes, eles se integram”. 

 

Importante lembrar que com o uso de sistema de gestão integrada tudo fica armazenado em um único banco de dados, que pode ser acessado sempre que necessário, facilitando, assim, a tomada de decisões. “ Exemplo disso, é que mesmo que um colaborador seja desligado, seu trabalho fica armazenado no sistema”, explica. 

 

Outro ponto importante da plataforma é a migração do software de gestão de um servidor interno para a nuvem. “Isto reduz custos em equipamentos e manutenção, permitindo, desde que habilitado e conectado à internet, acessar os dados de qualquer lugar, pelo computador, tablet ou smartphone. A nuvem também permite controlar diferentes níveis de acesso aos documentos”, finaliza Irene. 

 

 

 

Ellevo - referência nacional no desenvolvimento de soluções em tecnologia para gestão de atendimento e serviços, automatização de processos, help desk, service desk e serviços compartilhados

 

Eleição de 2022 cristaliza obstáculos à oxigenação política

O período eleitoral que se avizinha traz novamente à tona uma questão fundamental para o país: se o Brasil deseja ser uma nação com democracia verdadeiramente representativa, precisa rever algumas questões do sistema eleitoral atual que mascaram o desequilíbrio da disputa e dificultam a oxigenação política.

Vamos aos fatos. O Fundo Partidário destina, este ano, R$ 1,06 bilhão a ser dividido entre as 33 legendas. Além disso, teremos em 2022 mais R$ 4,9 bilhões de Fundo Eleitoral. Ocorre que do Fundo Partidário apenas 1% é dividido igualmente entre as legendas que recebem, individualmente, R$ 10,6 milhões. Os outros 99% são distribuídos proporcionalmente à bancada parlamentar de cada partido. No Fundo Eleitoral, essa proporção é de 20% para 80%, ou seja, R$ 980 milhões rateados igualmente entre os partidos e R$ 3,29 bilhões divididos proporcionalmente às legendas de acordo com o número de parlamentares eleitos para o Congresso Nacional. O mesmo critério – tamanho da bancada – é utilizado para a distribuição do tempo no rádio e na televisão no horário eleitoral.

Sem entrar no mérito das razões que originaram tais critérios, é nítido que tal fórmula criou distorções prejudiciais à democracia. Primeiramente porque confere e delega um enorme poder aos presidentes e dirigentes dos partidos, em cujas mãos ficam orçamentos generosos para distribuição discricionária. Ademais, porque dá a alguns candidatos mais facilidade de acesso aos recursos financeiros e ao tempo de rádio e tevê.

Por outro lado, acaba também facilitando a reeleição porque confere aos detentores de cargos poderes que a legislação eleitoral não é capaz de frear apesar das limitações temporais que impõe, proibindo determinados atos no período eleitoral. Não impede, por exemplo, a concessão de reajustes salariais para determinadas categorias mais numerosas, nem farras fiscais para o favorecimento dirigido, seja por meio da redução de tributos, incentivos e renúncias fiscais, seja por subsídios e financiamentos via bancos oficiais, em datas bem próximas dos limites legais.

O voto no Brasil ganhou sentido monetário. Não por acaso os partidos investem mais nos chamados puxadores de votos: seus parlamentares que já possuem mandatos ou artistas de forte apelo popular. Esses são peças fundamentais para a conquista de mais cadeiras legislativas e, com isso, maior participação nos fundos partidário e eleitoral, retroalimentando um sistema nefasto à representatividade verdadeira porque representa um grande obstáculo para estreantes na política partidária e eleitoral, dificultando a renovação.

Tudo favorece os mandatários da hora, cria obstáculos para o ingresso de novos candidatos e ainda fomenta a concentração de poder nas mãos dos dirigentes partidários. Nesse cenário, ninguém consegue viabilizar uma candidatura aos governos estaduais ou à Presidência da República sem garantir excepcional relação com os presidentes dos partidos ou das federações partidárias, novidade recém-criada e que nasce incapaz de impedir alianças costuradas, na maior parte das vezes, sem um único fio de compromisso programático.

Os recursos bilionários dos fundos partidários e eleitoral, contrastando com a falta de recursos para investimentos em áreas prioritárias à população, são outra anomalia. Justificam, em boa medida, o absurdo número de partidos políticos no Brasil – mais de três dezenas -, alguns dos quais dominados desde sempre por velhos caciques. Outro exemplo de privilégios, financeiros e de poder, que são mantidos no país, acentuando as desigualdades e sugando os cofres públicos.

Sem mudanças profundas no sistema, o eleitor brasileiro continuará assistindo à junção temporária de legendas e de candidatos que até pouco tempo se atacavam violentamente em discursos inflamados, perguntando-se se tais políticos lançaram falsas acusações antes ou se tornaram mentirosos agora.

O Brasil não pode ser conduzido por corruptos, por desonestos, por quem promete e não cumpre, por quem torna elásticos os valores éticos e morais por conveniência eleitoral, por quem não tem qualquer compromisso com a verdade, com o zelo pelo dinheiro público e com o atendimento das necessidades de sua população. Esse risco existe e permanecerá se o sistema não for aperfeiçoado.

 


Samuel Hanan - engenheiro com especialização nas áreas de macroeconomia, administração de empresas e finanças, empresário, e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002).

 

Metaverso: "Big bang" digital

Praticamente a cada 10 anos, as plataformas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) passam por uma mudança de paradigma. Na década de 1990, foi a comunicação do PC; nos anos 2000, a web, e na década de 2010, os smartphones. Já nos anos 2020, o novo paradigma é o Metaverso.

Metaverso é um ambiente virtual 3D e forma social que integra uma variedade de novas tecnologias. Ele fornece uma experiência imersiva baseada na tecnologia de Realidade Aumentada, cria uma imagem espelhada do mundo real com base na tecnologia de gêmeos digitais, constrói um sistema econômico baseado na tecnologia blockchain, e integra firmemente o mundo virtual e o mundo real nos sistemas econômico, social, cultural, jurídico e de identidade.

Uma multitecnologia norteada pelas noções de sociabilidade, temporalidade e hiperespaço. Nela, o 5G e 6G são a base de comunicação, e a Internet das Coisas (IoT) desempenha um papel vital na infraestrutura de rede. Nesse contexto, tecnologias de gestão e gerenciamento de recursos, energia e sessões são essenciais. E as tecnologias comuns fundamentais incluem Inteligência Artificial (IA), consistência espaço-temporal, segurança e privacidade.

Algoritmos de IA são a chave para conectar o mundo virtual e o mundo real. Os três elementos da IA – dados, algoritmos e poder de computação – são essenciais no estabelecimento e desenvolvimento do Metaverso. Tecnologias imersivas de Realidade Estendida (XR), como Realidade Virtual (VR), Realidade Aumentada (AR), Realidade Mista (MR) e somatossensorial, proporcionam aos usuários as mesmas sensações visuais e auditivas que no mundo real.

A consistência espaço-temporal é uma característica fundamental. A forma final do Metaverso é o continuum espaço-tempo digital paralelo, que não se detém na construção de um espaço digital estático, mas de um espaço virtual que evolui paralelamente ao mundo real dinâmico. Portanto, dados espaço-temporais consistentes são críticos para o mapeamento entre o mundo real e o Metaverso, como sincronização de tempo, posicionamento de alvo, registro espacial e de tempo.

A segurança e a privacidade dos dados do usuário são dois dos maiores problemas do mundo. Com o Metaverso, a quantidade e riqueza de dados pessoais coletados não tem precedentes. Por isso, é muito provável que várias empresas e instituições optem por trabalhar juntas para construir um ou mais Metaversos, com a intenção de coordenar e interagir dados entre esses diferentes mundos virtuais, e garantir proteção das informações. Gerenciamento de ativos digitais, como avatares, também pode significar grandes desafios na proteção dos usuários contra cópias digitais. Em contrapartida, pesquisas sobre autenticação de acesso de usuários, consciência de situação de rede, monitoramento de comportamento perigoso e identificação de tráfego anormal fornecem referências que estão sendo realizadas para otimizar a segurança e a privacidade. 

Importante lembrar que o surgimento do Metaverso não substituirá as relações sociais reais pelas relações sociais virtuais, mas trará um novo tipo de relacionamento, em que online e offline estarão integrados. Ao estudar o comportamento humano e as relações, a computação social prevê uma lei de operação e, também, tendências de seu desenvolvimento futuro.

A integração do espaço social físico com o espaço social virtual requer o mapeamento contínuo das interações sociais e eventos no mundo social-virtual. Também, deve atender aos requisitos de realismo para que os usuários se sintam emocionalmente imersos no mundo virtual: ubiquidade, acessível em vários dispositivos e locais e com avatares conectados durante as transições; interoperabilidade, para empregar padrões que permitam ao usuário se teletransportar sem problemas entre diferentes locais no Metaverso, sem desconexões e interrupções em sua experiência; e escalabilidade, capacidade de gerenciar o poder computacional de tal forma que um grande número de usuários possa interagir socialmente no mundo virtual.

O Metaverso tem um poder arrebatador antes nunca visto, e será amplamente utilizado em diversos campos, como educação, indústria, economia, smart city, medicina, arte, jogos, cultura, socialização, entre outros. O desenvolvimento da tecnologia impulsiona a transição da internet atual para o Metaverso, tornando tênue o limite entre ambientes físicos e virtuais. O futuro imersivo será mais interativo, incorporado, vivo e multimídia graças a dispositivos de computação poderosos e inteligentes. Mas, existem desafios a serem superados antes que o Metaverso se integre ao mundo físico e à realidade cotidiana.  

 

Débora Morales - mestra em Engenharia de Produção (UFPR) na área de Pesquisa Operacional com ênfase a métodos estatísticos aplicados à engenharia, inovação e tecnologia, especialista em Engenharia de Confiabilidade (UTFPR), graduada em Estatística e em Economia. Atua como Estatística no Instituto das Cidades Inteligentes (ICI).


Suíça anuncia novo relaxamento de regras.

A partir desta quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022, a Suíça não exigirá preenchimento de formulário de entrada e a conversão do certificado COVID para brasileiros entrarem no país


O Conselho Federal anuncia que a maioria das medidas relacionadas ao COVID serão eliminadas. Não serão mais necessários:

 

·      Uso de máscara em lojas, restaurantes, bem como em outros ambientes

públicos, assim como eventos. 


·      Exigência de máscara no local de trabalho.


·    Não são mais válidas as restrições de acesso reguladas pelo certificado COVID (regra 3G, 2G e 2G+).


·      Exigência de autorização para eventos de grande escala.


·      Restrições em reuniões privadas.


 

Aos turistas:

·      Não será mais necessário apresentar o formulário de entrada.


·   Não será mais necessário emitir o passe sanitário suíço “Swiss Covid Certificate”

 

Isolamento e exigência de uso de máscaras serão exigidos em algumas situações até 31.03.


·      Pessoas que testaram positivo deverão permaneces isoladas.


·      Uso de máscaras em transporte público e ambientes hospitalares.

 

Importante reforçar que o Certificado Covid Suíço ainda emitirá certificados aos cidadãos suíços devido a exigência do certificado em alguns países.


 

Vacinas aceitas para entrar na Suíça.

 

As vacinas aceitas atualmente são aquelas aprovadas pela Organização Mundial da Saúde: BioNTech, Moderna, Pfizer, Janssen, AstraZeneca, Sinovac, Sinopharm e Serum Institute of India.

 

●     Pfizer/Pfizer/BioNTech (BNT162b2 / Comirnaty® / Tozinameran)

●     Moderna (mRNA-1273 / Spikevax / COVID-19 vaccine Moderna)

●     AstraZeneca (AZD1222 Vaxzevria®/ Covishield™)

●     Janssen / Johnson & Johnson (Ad26.COV2.S)

●     Sinopharm / BIBP (SARS-CoV-2 Vaccine (Vero Cell))

●     Sinovac (CoronaVac)

 

Resumindo as informações importantes aos brasileiros com destino à Suíça

 

●    Após a segunda dose da vacina é permitida a entrada no país no mesmo dia. Os imunizados com a vacina do laboratório Janssen precisam aguardar 22 dias após a data da vacinação para embarcar.


●    Necessário que a última dose da vacina (ou dose única) tenha sido nos últimos 270 dias (aproximadamente 9 meses). Vacinas mistas são permitidas como por exemplo: 1a dose de AstraZeneca e 2a dose com Pfizer.


●   Caso o viajante tenha a intenção de seguir a partir da Suíça para outros países, serão válidas as regras do país de destino.


●    Crianças de até 16 anos acompanhada pelos pais são isentas de comprovação de vacinação.


●  Passageiros entre 16 e 18 anos não precisam apresentar o certificado de imunização, somente teste PCR negativo válido dentro das 72 horas. Menores de 18 anos não vacinados ainda não estão autorizados a entrar no país desacompanhados. 


●    Para passageiros em trânsito/ conexão é necessário verificar as regras com a cia aérea.


●   Para entrada no país: para a comprovação de vacinados brasileiros, basta apresentar o comprovante de vacinação juntamente com o passaporte. Necessário conter as informações: nome, data de nascimento, data da vacina, nome da vacina administrada e nome e endereço do local de vacinação. O Turismo da Suíça oriente emitir o comprovante de vacinação na plataforma ConecteSUS.


●    Para retornar ao Brasil é necessário sempre apresentar o teste PCR negativo emitido em menos de 72 horas ou antígeno em menos de 24 horas.

 

O governo suíço desenvolveu uma página com informações dedicadas de acordo com nacionalidade de cada turista: https://travelcheck.admin.ch.

 

Importante: o governo suíço também reduziu a quarentena aos positivados de 10 para 5 dias, porém lembrando que é necessário o teste negativo para deixar o isolamento


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