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quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Estudo revela estratégia para novos tratamentos contra tipo agressivo de câncer de mama

Visualização molecular do receptor de vitamina D e conformação de ligação prevista e orientação do peptídeo CSSTRESAC (imagem: Fernanda Staquicini )

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Pesquisa realizada com células de camundongos aponta um caminho promissor para novas linhas de estudo com foco no tratamento do câncer de mama triplo-negativo (TNBC, na sigla em inglês), um tumor agressivo e com alta probabilidade de metástase.

Um grupo de pesquisadores liderados pelo casal de brasileiros Renata Pasqualini (bioquímica) e Wadih Arap (cientista e oncologista) identificou um pequeno conjunto de aminoácidos (um peptídeo com a sequência CSSTRESAC) capaz de se ligar a um receptor alternativo para a vitamina D. Chamado de PDIA3, esse receptor é encontrado na membrana de macrófagos (importantes células de defesa do organismo) que se infiltram nos tumores de mama triplo-negativo e causam imunossupressão.

De acordo com a pesquisa, a administração sistêmica de CSSTRESAC levou à elevada expressão de citocinas antitumorais e à modulação da resposta celular. Em conjunto, esses dois fatores ativaram a resposta imune e reduziram o crescimento dos tumores nos camundongos. O resultado do trabalho foi publicado na revista científica eLife.

“Nossa estratégia é diferente e certamente complementa as abordagens mais convencionais. Em vez de tratarmos diretamente as células tumorais, usamos CSSTRESAC para modular e induzir uma resposta imune mais eficiente. Essa estratégia, se combinada à cirurgia, quimioterapia e radioterapia, pode oferecer uma alternativa mais robusta para o tratamento de tumores de mama triplo-negativo, que normalmente são muito agressivos e de difícil controle clínico local e sistêmico”, afirma Pasqualini, em entrevista à Agência FAPESP.

A pesquisadora lembra que as conclusões ainda são baseadas em modelos experimentais em camundongos, mas afirma que os dados são animadores. “Ainda há um caminho a percorrer até chegar aos ensaios clínicos de fase 1 em pacientes humanos. No entanto, os resultados publicados são promissores, justificando o avanço dessa linha de pesquisa visando ao desenvolvimento de estudos de tradução clínica na próxima fase.”

Pasqualini, juntamente com Arap, coordena atualmente um laboratório na Universidade Rutgers, em Nova Jersey (Estados Unidos). Neste trabalho, um terço dos coautores é brasileiro, incluindo a primeira autora, Fernanda Iamassaki Staquicini, que foi bolsista da FAPESP no início dos anos 2000.

Esse trabalho também teve apoio da FAPESP por meio de dois projetos (12/24105-3 e 20/13562-0) coordenados pelo professor Mauro Javier Cortez Véliz, do Departamento de Parasitologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP).

Panorama

O câncer de mama é o segundo tipo de tumor mais comum no mundo, com estimativa de aproximadamente 2,3 milhões de novos casos por ano. Representa quase 25% dos cânceres em mulheres e também é a causa mais frequente de morte pela doença nessa população, com 684 mil óbitos estimados ao ano. O tipo triplo-negativo (TNBC) compreende entre 10% e 20% dos registros de câncer de mama.

No Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), excluídos os tumores de pele não melanoma, o de mama também é o mais incidente em mulheres em todas as regiões, com taxas maiores no Sul e Sudeste. Para este ano, são estimados 66.280 novos casos no país (43,7 casos por 100 mil mulheres). É também a primeira causa de morte por câncer na população feminina brasileira.

O TNBC é considerado um tumor agressivo, geralmente com tamanho maior no início, e de rápido crescimento, com chances de metástase. Apresenta também probabilidade maior de recidiva após o tratamento.

É diagnosticado por meio de exames que analisam as células cancerosas – se elas não tiverem receptores de estrogênio ou progesterona e não produzirem a proteína HER2, o câncer de mama é considerado triplo-negativo.

A disseminação metastática geralmente ocorre por meio da eliminação de linfócitos (células de defesa) infiltrantes de tumor e da secreção de citocinas imunoinibitórias, principalmente os macrófagos associados ao câncer. Por causa desse maior número de linfócitos infiltrantes, o TNBC é mais propenso a responder à imunoterapia, o que levou os pesquisadores a investigar as funções imunorreguladoras mediadas pelo peptídeo CSSTRESAC.

Nova técnica

Na pesquisa, o grupo aplicou a tecnologia de exibição de fago in vivo para isolar peptídeos encontrados no tumor como uma estratégia para descobrir alvos não malignos. Essa técnica captura proteínas ou frações delas que interagem com moléculas-alvo.

Identificaram, assim, o peptídeo cíclico (CSSTRESAC) que se liga especificamente ao receptor de vitamina D, a proteína dissulfeto-isomerase A3 (PDIA3), expressa na superfície dos macrófagos associados ao tumor.

“A administração sistêmica de CSSTRESAC em camundongos com TNBC mudou o perfil de citocinas em direção a uma resposta imune antitumoral e retardou o crescimento do tumor. Além disso, o CSSTRESAC permitiu a entrega teranóstica direcionada ao ligante para tumores. Um modelo matemático confirmou nossos achados experimentais”, concluem os cientistas no artigo.

Teranóstico é um novo conceito que vem sendo usado na medicina nuclear para tratamento de câncer e transforma, simultaneamente, em ferramenta para diagnóstico e para tratamento os radiofármacos usados diretamente em tumores.

“Nosso próximo objetivo é avaliar a integração dessa estratégia com outras terapias já aprovadas e em uso para o tratamento do câncer de mama triplo-negativo. A radioterapia, por exemplo, é efetiva a curto prazo, mas ainda frustra porque ocorre com frequência a recidiva dos tumores localmente ou em metástases em outros órgãos. Nesse sentido, a combinação da radioterapia com o nosso peptídeo tem chance de melhorar o prognóstico das pacientes com o controle local do tumor”, explica Staquicini.

A parceria do grupo começou há alguns anos e inclui um trabalho desenvolvido no ICB-USP que apontou como a Leishmania explora vias de sinalização de receptores do tipo Toll endossomais via TLR9 (responsável pelo reconhecimento do DNA não metilado de patógenos, como bactérias, vírus e parasitas) para inibir a função microbicida de macrófagos, favorecendo sua proliferação intracelular no hospedeiro. Esse artigo foi publicado em 2019 no The Journal of Clinical Investigation insight.

Atualmente, o laboratório dirigido por Pasqualini e Arap é reconhecido internacionalmente por contribuições nas áreas de biologia vascular, mecanismos de progressão em vários tipos de câncer e de desenvolvimento de abordagens terapêuticas inovadoras. Nesse aspecto, chama a atenção o potencial demonstrado da relevância clínica de moléculas com efeito terapêutico dirigidas às células-alvo, aumentando a atividade biológica e reduzindo efeitos colaterais.

A capacidade de mapear marcadores moleculares, dentro do conceito de “códigos postais” em vasos sanguíneos do corpo humano, foi aprimorada ao longo de duas décadas pelo grupo e por cientistas de outros centros de estudo. Esses “códigos” consistem em uma tecnologia de mapeamento das moléculas que proporciona o direcionamento dos medicamentos exclusivamente nas células-alvo do organismo.

É uma analogia com o CEP, ou seja, a ciência encontra o “endereço exato” de células doentes, principalmente tumores, e envia uma “encomenda” capaz de eliminar especificamente a doença, sem afetar a vizinhança.

O artigo Targeting a cell surface vitamin D receptor on tumor-associated macrophages in triple-negative breast cancer pode ser lido em: https://elifesciences.org/articles/65145.

 

 

Luciana Constantino

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/estudo-revela-estrategia-para-novos-tratamentos-contra-tipo-agressivo-de-cancer-de-mama/37505/


Campanha nas redes sociais arrecada fundos para tratamento de bebê com doença rara e degenerativa

Família de Gabriela corre contra o tempo para impedir a progressão da doença cujo remédio custa R 9 milhões; trata-se da medicação mais cara do mundo

 

Com apenas três meses de vida, Gabriela Giannaccari já pode ser considerada uma vencedora. Desde que nasceu, a bebê convive com uma doença rara e degenerativa que causa atrofia muscular e a impede de realizar ações que o corpo humano não precisa ser ensinado a fazer, como engolir e respirar. Denominada de AME, a Atrofia Muscular Espinhal Tipo 1 é uma doença genética, progressiva e muitas vezes letal, que afeta aproximadamente um em cada 10 mil nascidos vivos. Inclusive, é a principal causa genética de morte em bebês.

A cada dia que passa, Gabriela perde funções que permitem que ela se movimente, respire e mame sem a ajuda de aparelhos. "Esta doença não espera. Como todos os pais do mundo, sonhamos que nossa menina possa crescer cheia de vida e ser feliz. Mas, infelizmente, sozinhos, nós não vamos conseguir", afirma a mãe, Juliane, ao lado de seu esposo, Gustavo Giannaccari. Ela se refere à medicação que impede a progressão da doença e paralisa a atrofia, chamado Zolgensma, cujo preço é de R 9 milhões. É a medicação mais cara do mundo.

Produzido pela suíça Novartis, o Zolgensma impede a progressão da Ame por construir uma cópia funcional do gene humano que produz a proteína responsável pelos neurônios vinculados à atividade motora - desde que seja tomado antes de Gabriela completar seis meses. Estudos apontados pela Anvisa mostraram que o uso da substância garante sobrevida aos pacientes. Entretanto, por ser uma medicação extremamente cara, os pais de Gabriela correm contra o tempo para obter ajuda por meio de doações.

"Um grupo de amigos e de familiares entrou em ação no Instagram, de forma voluntária, e aos poucos foram chegando mais colaboradores. Uma equipe não profissional nos dá o apoio possível, criando posts, imagens, vídeos sobre o dia a dia de Gabriela. A ajuda vem, inclusive, de pessoas que já passaram pela dificuldade de conseguir um tratamento de custo tão inacreditavelmente alto", diz a mãe.

Nas redes, eles tentam mostrar com leveza o dia a dia da Gabriela na UTI do hospital. "Divulgamos rifas de produtos variados que são doados para esse fim, e buscamos, incessantemente, conseguir ajuda e apoio. Temos esperança de que pessoas que já tenham se mobilizado com causas semelhantes nos ajudem também", explica Juliane.

Conforme ela conta, quando a notícia chegou à região de Guaxupé, cidade onde a família paterna da Gabriela morou desde 1987, a campanha ganhou muita força e as arrecadações aumentaram. Além da contribuição individual para a campanha, dezenas de lojas e grupos se juntaram em ações como rifas, sorteios, jogos esportivos beneficentes, doação de porcentagens do faturamento de seus negócios, fabricação de peças destinadas exclusivamente a vendas revertidas para a campanha. "A partir daí, recebemos o apoio de várias mídias locais, foram feitas publicações em revistas e jornais, entrevistas em rádios e na TV da região do Sul de Minas. Recebemos também apoio para a divulgação da campanha de várias figuras públicas e de mais de 50 influencers com número expressivo de seguidores", revela a mãe da bebê.

A primeira figura pública a apoiar a campanha foi Marcos Frota e, depois, Milton Neves, que se prontificaram a gravar vídeos para ajudar assim que souberam do caso - ambos são da região de Guaxupé. Depois, veio apoio de atores e atrizes como Humberto Martins, Giovanna Lancelotti e Pedro Lemos, e de cantores, como Trio Parada Dura, Gian e Geovani e de outros. Recebemos também apoio aberto do Corinthians Futebol Clube, com divulgação e entrada do time em campo com uma faixa alusiva ao caso. Flamengo e Ponte Preta também doaram camisas autografadas, que foram rifadas.

"Precisamos chegar a muitas pessoas. Não importa o valor das doações; contanto que as pessoas se mobilizem a ajudar nossa pequena, toda ajuda é valiosa. A cada dia, Gabriela perde funções que não voltam, mesmo com a medicação da Novartis (o que ela perdeu não retornará nunca mais). Por isso, precisamos de muita divulgação para salvá-la", diz Juliane.

Atualmente, a bebê Gabriela sente muitos incômodos na UTI porque precisa utilizar sonda no estômago para se alimentar e um respirador não invasivo, na cabecinha, para ajudar a respiração. "Ver minha filha vivendo desta forma é muito dolorido, mas tenho fé que conseguiremos o dinheiro para propiciar o melhor tratamento possível para ela".

Gabriela já tomou algumas medicações para retardar o avanço da doença, entre elas o EVRYSDI® (Risdiplam) e o SPINRAZA (Nusinersena). As duas medicações ajudam no controle da Ame, mas pelo diagnóstico extremamente precoce e pela idade da bebê, o melhor resultado possível é adicionar a esses dois a terapia gênica, o Zolgensma.

O Zolgensma não é disponibilizado pelo SUS, apesar de ter registro e ser autorizado para uso no Brasil. Com ele, Gabriela poderá voltar a ter movimentos, com a possibilidade de chegar até mesmo a andar, respirar sem ajuda de equipamentos e se alimentar por via oral. "As perdas que ela já tiver sofrido não serão totalmente revertidas, por isso o tempo faz toda a diferença", esclarece a mãe.

Para ajudar Gabriela, basta doar qualquer quantia nas seguintes contas:

PayPal

Vakinha

PIX (Itaú) - Não esqueça de colocar o A no meio de ame a Gabriela :)

Campanha Instagram: @ame.gabriela

 

Valorizar a inovação é uma causa social


Quando falamos de inovação parece que o principal conceito envolvendo este tema está ligado apenas em “ser algo totalmente novo”. Entretanto, a inovação pode estar em qualquer lugar ao nosso redor, bastando, essencialmente, que seja algo diferente do que já existe. Antes mesmo do ser humano aparecer no mundo, as inovações já aconteciam na natureza. Com a nossa chegada, a capacidade de criar novidades aumentou de forma exponencial. Hoje, além desta capacidade ser gigantesca, considerando-se toda a população existente, o tempo decorrido entre uma novidade e outra é cada vez menor. O que a natureza levava milhares de anos para criar, hoje inovamos na casa dos dias, as vezes em horas. 

É preciso ter em mente que toda evolução também está ligada ao ato de inovar. Podemos tomar como exemplo a evolução da roda. O que foi “inventado” em pedras, passou depois para madeiras brutas, que depois passou a ser mais bem trabalhado em metais e por fim, as rodas como conhecemos hoje em dia, com ligas e borracha.  Hoje não percebemos mais isso, mas a cada momento houve inovação (nos materiais e nos processos). Com o tempo estas inovações são incorporadas à história, passando a integrar a evolução do sistema. Por isso, sempre digo que “toda inovação em si, tem data de validade”. Novamente, a grande diferença percebida entre as inovações do passado e as de hoje é o tempo. Se antes tínhamos 50 anos para achar a solução do problema, hoje temos 50 minutos. 

Também acredito que a inovação não surge pela simples vontade de inovar. Ela sempre surge da necessidade de resolvermos algum problema, alguma demanda específica. É olhando para estes problemas que novas ideias surgem. Depois devemos ser capazes de transformar estas ideias em soluções viáveis, que possam de fato chegar ao mercado. Para mim, “inovação é nota fiscal, senão, não passa de ideia inovadora”. Esta capacidade de execução é o que separa o joio do trigo, pois no final, só conhecemos aquilo que de fato foi realizado. Milhares de ideias e iniciativa morrem pelo caminho. 

Com base nesse conceito, a inovação deve ser vista como qualquer nova solução de problemas, onde usufruímos de diversas ferramentas para implementarmos tais soluções. São estas ferramentas que chamamos de tecnologias, independentemente de estarem ligadas às áreas de eletrônica ou de softwares. A tecnologia está presente tanto na startup de aplicativos de mobilidade quanto na indústria de martelos.

 Quando nos propomos à criação de um ecossistema de empreendedorismo baseado em inovação tecnológica, temos que ter em mente que ideias inovadoras costumam surgir em ambientes adequados e propícios, que fomentem conexões efetivas e duradouras. Um ambiente atraente, mas não livre em demasia. Regrado e organizado, mas ainda flexível o suficiente para que as mudanças aconteçam. Não pode ser nem muito sólido, nem muito gasoso. Aqui no InovaNEX batizamos este ambiente de “Nexosfera Líquida”, isto é, um ambiente de conexões bastante flexível. 

Para que esta estratégia funcione é preciso também ter um propósito muito claro: “Ajudar pessoas e empresas a evoluírem” que está muito alinhado com os valores e princípios dos nossos fundadores e de todos os nossos colaboradores. Este propósito nos orienta à integração total entre comunidade e mercado, focando nos pilares que acreditamos serem os motores desta evolução: conhecimento, comportamento, tecnologia e inovação. 

Para que o ecossistema proposto tenha resultados positivos é preciso levar em consideração ainda o conceito do tripé da inovação, que consiste em alinhar a capacidade de uma ideia inovadora ser factível, viável e desejável pela sociedade. Todo projeto ou ideia deve ser analisada por este prisma, para que possamos checar o quanto ela foi pensada e desenvolvida em relação a estes 3 eixos. Esta análise demostra o real potencial de virar inovação. Todos que desejem criar ou investir em inovação e tecnologia devem buscar um equilíbrio dentro deste tripé. Desta forma, toda inovação deve devolver um valor positivo à sociedade, e por isso consideramos que valorizar corretamente a inovação não deixa de ser uma causa social.

  


David Souza - diretor vice-presidente da InovaNEX.

8 resoluções e tecnologias que podem ajudar a melhorar a qualidade de vida em 2022

Startups de diferente segmentos auxiliam em metas comuns como organizar as finanças, ser mais saudável e viajar mais


A virada de ano é sempre um momento reflexivo sobre o que queremos mudar na nossa rotina, ou algo que desejamos resolver ou conquistar. Economizar, viajar e ser mais saudável são alguns dos tópicos mais comuns da lista de resoluções de ano novo.

Estabelecer resoluções ao fim de cada ano é praticamente um ritual unânime e milenar. Essa tradição existe há mais de 4 mil anos. Os antigos babilônios faziam promessas aos deuses quando o ano iniciava. Há registros do costume se repetir em Roma, e existem alguns paralelos religiosos no início do Cristianismo e Judaísmo, quando adoradores procuravam melhorar a si mesmos anualmente.

Hoje, podemos dizer que está bem mais fácil de resolver algumas das promessas que fazemos nessa época. A tecnologia, que otimiza nosso dia a dia, também colabora com a lista de ano novo. Aplicativos e startups de diferentes segmentos encurtam caminhos e agilizam soluções.

Garimpamos sete serviços que vão ajudar a ter mais motivos para comemorar ao final de 2022: 


• Organizar as finanças e deixar as contas no azul

Ter uma boa relação com o dinheiro é extremamente necessário para atingir grandes sonhos, como viajar ou comprar um imóvel. Afinal é necessário se planejar e poupar para tirar os planos do papel. Além disso, problemas financeiros podem acarretar em estresse e doenças. Henrique Soares, CEO e cofundador da Pilla, explica que cuidar das finanças precisa se tornar um hábito parte da rotina. A Pilla é uma fintech que trabalha em conjunto com o time de recursos humanos das empresas para melhorar a vida financeira dos colaboradores. Para atingir esse objetivo a startup analisa a situação financeira de cada colaborador, garantindo que ele receba uma educação financeira personalizada e com a indicação dos produtos mais adequados às suas necessidades.


• Cuidar do sorriso

Além de melhorar o dia das pessoas, o simples ato de sorrir tem efeito positivo na saúde psicológica. O sorriso colabora na liberação da endorfina, hormônio associado ao bem estar que é liberado a partir do movimento dos músculos do rosto. Porém, muitas pessoas se sentem inseguras para revelar seus sorrisos por terem algum tipo de má oclusão dos dentes. Segundo pesquisa realizada com os pacientes da SouSmile, startup brasileira de alinhadores dentais invisíveis, 74% relataram melhora na autoconfiança com o uso do alinhador dental que substitui o aparelho fixo para casos simples a moderado. A SouSmile tem como missão entregar saúde e bem-estar por meio de sorriso. Para isso, a empresa oferece atendimento humanizado em clínicas próprias e parceiras em 42 localidades, em 35 cidades diferentes, a um preço acessível.


• Viajar mais

Associar felicidade à viagem é algo comum devido à sensação positiva que essa experiência pode proporcionar. Pelo menos é o que mostra uma pesquisa publicada no Journal of Hospitality and Tourism Management (2019). E com a evolução da vacinação pelo mundo, o Hurb, maior plataforma de viagens online do Brasil, tem criado ofertas e pacotes para destinos nacionais e internacionais com o intuito de proporcionar esses momentos felizes aos brasileiros, "quebrando suas rotinas". Segundo Ionã Oliveira, Head de Design e Growth do Hurb, "o foco nesse momento é proporcionar a melhor experiência ao usuário, otimizando as viagens por meio da nossa plataforma". O novo cenário traz mais esperança e aumenta a possibilidade de planejar viagens, devolvendo às pessoas a sensação de felicidade a longo prazo.


• Tirar do papel o sonho de criar conteúdo para internet

Trabalhar como criador de conteúdo não é fácil. Exige tempo de dedicação para buscar inspiração, criar e acompanhar as novidades de cada plataforma. Com a ascensão da Creator Economy e a possibilidade de criar conteúdo relevante sobre diferentes temas, trabalhar como um creator se tornou desejo de muitos. Para auxiliar quem quer começar e até quem já deu início nesta trajetória, Leo Soltz, CEO da One Big Media, mediatech especializada em desenvolver e impulsionar creators, explica que é necessário encontrar o seu objetivo com o conteúdo que irá produzir, qual nicho quer atingir e de que forma poderá se destacar. "Parece fácil ser um creator. Mas não é bem assim. O sucesso dos creator exige inspiração, mas claro, muita transpiração também. Por isso é necessário ser original, manter constância, ser ágil e apaixonado pelo que faz", explica. No modelo de negócios da One Big Media, a empresa se torna sócia dos canais de creators. A startup possui hoje em seu portfólio mais de 100 canais de diversas verticais, nas principais plataformas, com ênfase no Youtube e Kwai. Um time de especialistas se dedica a impulsioná-los em métricas e metadados e ainda ajudá-los na profissionalização dos conteúdos e co criação, ao mesmo tempo em que oportuniza espaços para campanhas e projetos especiais, sob medida de branded content para marcas nacionais, atingindo assim uma audiência qualificada e de interesse - cobrindo as duas pontas desta jornada.


• Expandir capacitação

Conhecimento sempre é um bom investimento e estudar sobre novas áreas ou se especializar podem auxiliar a conseguir destaque na carreira. O mercado de trabalho na área de tecnologia, por exemplo, teve um grande aquecimento nos últimos anos e hoje faltam talentos para preencher as vagas em aberto. De acordo com relatório da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), o setor de Tecnologia da Informação (TI) demandará cerca de 420 mil profissionais até 2024. A CESAR School é uma escola de inovação que oferece cursos livres, além de graduação e pós, e formações em tecnologia e design que abordam além das questões técnicas, as soft skills necessárias para os alunos se destacarem.


• Praticar exercícios físicos e manter uma rotina de bem-estar

Há uma tendência muito positiva no modelo de comportamento das pessoas, que estão cada vez mais preocupadas com o bem-estar completo, combinando experiências online e presenciais para cuidar dos diferentes aspectos da saúde, além de encontram-se cada vez mais encorajadas a cuidar proativamente de si mesmas, em todos os âmbitos - físico, mental e emocional. Desde março de 2020, o Gympass, plataforma completa de bem-estar corporativo que estimula todas as formas de atividades de forma individual e tem como missão tornar o bem-estar algo universal, para que todos possam se sentir felizes e saudáveis, contabilizou mais de 5 milhões de utilizações de suas ofertas digitais, reforçando que o futuro do bem-estar é híbrido e as soluções digitais são complementares e não substitutas.


• Começar a investir ou diversificar os investimentos

Quem nunca investiu tem receio em começar, por não saber o melhor caminho e também achar que não tem dinheiro suficiente para isso. Quem já investe, está sempre buscando melhorar a carteira. Para ambos os perfis, a dica primordial é buscar conhecimento. E a melhor forma de fazer isso é através de conversas com quem já investe, e de conteúdos de qualidade que forneçam explicações claras, simples e confiáveis sobre o mercado financeiro. Além disso, diferente do que muitos podem pensar, não é preciso juntar grandes montantes para começar a investir. Ruben Guerrero, CEO e cofundador da SproutFi, explica que com apenas um dólar é possível investir até em ações na bolsa nos Estados Unidos. Foi justamente para trazer essa democratização do acesso aos investimentos e incentivar a educação financeira na América Latina que Guerrero criou a SproutFi. A plataforma é a primeira rede social de investimentos da América Latina em ações, fundos e ETFs nos EUA. No aplicativo, os usuários compartilham ideias e conteúdos educativos sobre o universo dos investimentos. A rede conta com especialistas e investidores pessoa física de diferentes níveis - de iniciantes a avançados - que, todo dia, postam suas opiniões e dúvidas em relação a diversos temas, como mercado de ações, criptomoedas, renda fixa e vários outros produtos que atendem à diversidade de perfis reunidos na comunidade online. Assim, o conhecimento é compartilhado, e mais pessoas podem descobrir produtos que atendam aos seus objetivos financeiros, aprendendo a alocar os recursos da melhor maneira.


• Ampliar conhecimento

Buscar conhecimento sobre um novo assunto/tema foi uma das principais motivações para procura de cursos online em 2021, segundo pesquisa inédita elaborada pela Hotmart, empresa global de tecnologia e líder em produtos digitais, em parceria com a Box1824. E, seja para mudar de carreira, aumentar a renda atual ou gerar nova fonte, a Hotmart se destaca por concentrar ferramentas e soluções que ajudam criadores de conteúdo e usuários ir atrás de seus sonhos por meio de conteúdos de diversos temas e formatos (ebooks, workshops, podcasts, webinars e outros), e aprender mais sobre tópicos de interesse ou aumentar conhecimento, seja por música, desenho, culinária, astrologia, cuidados com a saúde, dentre os mais de 490 mil produtos cadastrados, disponíveis na plataforma para mais de 188 países.


ADM divulga as próximas grandes tendências de consumo

Líder mundial em nutrição humana e animal lança a segunda lista anual de tendências globais de consumo. No Brasil, o estudo aponta dados sobre o comportamento das pessoas com relação a nutrição para o corpo e mente, estilo de vida, bem-estar, nutrição animal, entre outros

 

A ADM, líder global em nutrição e fornecedora de muitas das principais marcas mundiais de alimentos, bebidas e saúde e bem-estar, acaba de lançar sua segunda lista anual de tendências globais de consumo.

Com base em pesquisas realizadas por meio da Outside VoiceSM, plataforma de insights de consumidores exclusiva da ADM, a empresa fornece uma análise de cada espaço de crescimento pronto para decolar no novo ano. Esses insights são usados pelas principais marcas de consumo do mundo para fomentar a inovação de produtos.

Para Gonzalo Rodriguez, vice-presidente Global Marketing da área de nutrição animal e nutrição humana da ADM, os insights podem ajudar a indústria a colocar nas prateleiras produtos que vão atender aos anseios mais recentes dos consumidores finais. ""Nossa criatividade e expertise técnica somados ao vasto portfólio de ingredientes, capacitam a ADM a desenvolver soluções alinhadas às demandas do mercado, com elevado padrão de qualidade e de modo sustentável", declara.

Abaixo, as oito principais tendências de consumo que promovem o crescimento global atual e futuro, e apontam o caminho para as plataformas de inovação, renovação e desenvolvimento da ADM.


• Nutrição para o corpo e para a mente

Os consumidores desejam ser mais proativos em relação à mente e ao corpo por meio de uma abordagem equilibrada à dieta e ao estilo de vida. Embora seja uma tendência de longo prazo, a recente pandemia global trouxe um interesse renovado ao bem-estar mental, com muitas pessoas procurando formas mais eficazes de lidar com o estresse e a ansiedade. A nutrição saudável é uma das formas que os consumidores usam para promover seu bem-estar holístico. A Outside VoiceSM constatou que 57% dos brasileiros regularmente tomam medidas para apoiar sua saúde mental.


• Estilos de vida com alimentos de origem vegetal

Uma abordagem flexitariana à alimentação é a tendência atual, uma vez que os consumidores buscam uma nutrição funcional, saudável e de origem vegetal para promover estilos de vida saudáveis ​​e ecologicamente corretos. De fato, a expectativa é a de que as proteínas alternativas representarão muito provavelmente 11% do mercado total de proteínas em 20352. Isso foi ocasionado, em parte, pela pandemia de covid-19, que acelerou o interesse em produtos vegetais como uma alternativa saudável pelos consumidores que estão atentos às necessidades nutricionais de seu corpo. As fabricantes de alimentos e bebidas responderam, ampliando o leque de opções de produtos vegetais nutricionais, com o objetivo de atender à crescente demanda por produtos sustentáveis e seguros voltados à saúde e ao bem-estar. De acordo com a Outside VoiceSM, 50% dos consumidores brasileiros estão gerenciando seu consumo de carne.


• Microbioma na raiz do bem-estar

O entendimento de que o microbioma é uma peça fundamental para o bem-estar tem crescido recentemente. Atualmente, os consumidores procuram alimentos, bebidas e suplementos que contribuam para a saúde do intestino e para o bem-estar geral. Eles relacionam a saúde intestinal à função imunológica, a aspectos do metabolismo e até ao humor, à acuidade mental e à sensação de estarem energizados. Segundo a Outside VoiceSM, 67% dos consumidores brasileiros relacionam saúde e bem-estar com uma forte imunidade / ser capaz de se recuperar de doenças rapidamente. Assim, sua abordagem à promoção de um intestino saudável tem evoluído de reativa (procura por alimentos para aliviar o desconforto) para proativa (soluções pre, pro e posbióticas personalizadas e customizadas), em um esforço para ter maior controle sobre sua saúde e bem-estar pessoal.


• Fornecedores transparentes e clean label

A demanda por produtos clean label, considerados pelos consumidores ingredientes da cozinha de verdade, é a aposta da vez. O consumidor de agora busca alimentos e bebidas que contenham ingredientes conhecidos e que possam ajudar a promover um estilo de vida saudável e sustentável. Isso ocasionou uma demanda por transparência em todo o ciclo de vida do produto, desde como é feito até como é embalado, e assim por diante, especialmente durante a pandemia de covid-19, quando os consumidores passaram a dar maior ênfase em saber a procedência dos alimentos, tentando garantir a saúde e a segurança de si mesmos, de seus familiares, de seus animais de estimação e de suas comunidades. A Outside VoiceSM constatou que 72% dos brasileiros estão mais atentos com os ingredientes listados em alimentos e bebidas que compram nos últimos 12 meses.


• Humanização dos animais de estimação

Os animais de estimação são vistos como parte da família - uma tendência observada há algum tempo que se acelerou durante a pandemia. Isso se estende ao que os animais de estimação comem, sendo que muitos pais de animais transpõem seus gastos com compras e preferências para seus companheiros peludos.

Houve um aumento de 41% nas rações "100% naturais" lançadas em todo o mundo3. Nessa mesma linha, a Outside VoiceSM também constatou que 16% dos brasileiros compraram alimentos para seus animais de estimação considerados luxuosos e 19% se referiram ao seu pet como um membro da família. Após serem desafiados a mudar o estilo de vida e, agora, a voltar ao trabalho, os consumidores continuarão monitorando o bem-estar geral de seus animais para garantir que estejam oferendo rações e suplementos voltados ao cuidado da mente e do corpo.


• Ração animal correta e responsável

A interconexão da cadeia de suprimentos dos produtos para animais é a principal preocupação do consumidor de hoje. Há uma demanda crescente por soluções otimizadas que promovam a nutrição humana e animal de forma eficiente e ecologicamente correta para várias espécies de animais. Mais da metade dos consumidores brasileiros (52%) estão preocupados com o bem-estar animal. Isso fez com que as marcas começassem a fornecer documentação digital para explicar como o animal foi criado, principalmente em relação ao consumo de antibióticos e/ou hormônios de crescimento.


• O bem da sustentabilidade

Os consumidores veem a sustentabilidade como um imperativo moral, pois a conectam com o que é certo e ético, com sua comunidade e com o meio ambiente. 45% dos consumidores brasileiros consideram a preservação do meio ambiente como a razão primária para comprar produtos sustentáveis. Isso desencadeou uma demanda por uma produção ética e por práticas de fornecimento sustentáveis ​​- como a agricultura regenerativa e a produção de carbono negativo para proteger o suprimento de alimentos do futuro.

As marcas respondem assumindo posições sobre as questões ambientais, visando refletir seus compromissos com o aumento da sustentabilidade de seus sistemas de produção e distribuição.


• Fontes renováveis e biossoluções avançadas

Os consumidores estão mais conscientes do impacto ambiental de seu consumo e do sistema alimentar em geral, com foco específico no uso de materiais finitos e resíduos físicos. Com 81% dos brasileiros preocupados com a poluição decorrente de plásticos, os consumidores conscientes estão focados na procura por alimentos, produtos de higiene pessoal e de limpeza que atendam às necessidades de suas famílias, do meio ambiente e de suas comunidades locais. E eles acreditam cada vez mais que as empresas devem assumir responsabilidade maior pela redução do lixo e do uso de energia, desde o desenvolvimento até o descarte.

Cada uma dessas tendências de crescimento representa uma oportunidade para as marcas inovadoras que querem continuar relevantes para o consumidor atual. A ADM, uma potência global em nutrição humana e animal, está em posição para fornecer a essas marcas insights e novas soluções necessárias para atender às necessidades dos consumidores, acompanhando sua evolução no mercado atual.

 


Fonte: Comunicados institucionais:
1 ADM Outside VoiceSM
2 Boston Consulting Group e Blue Horizon Corporation, Relatório Food for Thought, The Protein Transformation, 2021
3 Mintel, relatório The Future of Pet Food 2021
4 Nielsen, Quality and efficacy may beat out price sensitivities amid coronavirus concerns, 2020 5 FMCG Gurus: How Has COVID-19 Changed Consumer Behavior, Q21

 

SBGG repudia mudança no Estatuto do Idoso para permitir aumento de planos de saúde

A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), em nota conjunta com diversas entidades, expressa publicamente seu repúdio à qualquer tentativa de alteração do estatuto do idoso para permitir o aumento de planos de saúde.

Notícia veiculada pela Folha de São Paulo no último dia 2 de dezembro informa que a Câmara debate a mudança e que uma minuta de projeto já circula entre os integrantes da comissão que discute o tema.

A SBGG reitera que o tema deve ser avaliado com cautela: o impacto dessa medida poderá inviabilizar o acesso de milhões de idosos aos planos privados de saúde e sobrecarregar ainda mais o Sistema Único de Saúde (SUS).

Vale lembrar que o art. 15, § 3º, da Lei nº 10.741/03 (Estatuto do Idoso), veda qualquer discriminação em razão da idade para o idoso, evitando aumentos abusivos por faixa etária nos planos de saúde a este segmento populacional.

É fundamental que a sociedade civil organizada esteja atenta, mobilizada e transmita às autoridades sua preocupação com essa possibilidade, que fere o direito fundamental à saúde da pessoa idosa.

Saiba mais: Nota pública de repúdio: alteração do Estatuto do Idoso para aumento de planos de saúde - Portal do Envelhecimento


Saúde Mental em 2022: o que estará em pauta?

Projetos de lei, vozes públicas falando sobre o tema, esporte e trabalho e estratégias em saúde mental: confira alguns dos assuntos de maior relevância para o próximo ano


 

A pauta de saúde mental vem conquistando cada vez mais visibilidade e engajamento nas mídias, especialmente com as mudanças no mundo do trabalho, do esporte, da educação, a relação constante com tecnologias e novos formatos de prestação de serviço, crescimento dos níveis de desigualdade… Sabemos que a saúde mental é também estrutural e, por isso, com a pandemia, surgiram ainda mais impactos nos diferentes aspectos da vida. 


Ao passo que uma infinidade de fatores que têm provocado transformações nos modos de convivência e comportamento das pessoas, cresce também a necessidade de olhares mais abrangentes e, ao mesmo tempo, específicos para os diferentes grupos sociais, e a importância de ampliar as discussões sobre o assunto e trazer olhares de prevenção e promoção. Com base neste cenário (e das grandes expectativas para 2022), trouxemos a seguir alguns dos assuntos de maior relevância para o próximo ano.   


1.   Artistas se tornam referências de advocacy em saúde mental – A fama também tem sido uma ferramenta importante para falar sobre temas de grande relevância social, conscientizar e chamar a atenção dos seguidores. Exemplos como Selena Gomez e seu projeto Wondermind (plataforma que oferece conteúdo de apoio e comunidade sobre questões de saúde mental); Billie Eilish, que é hoje uma das maiores referências jovens sobre o tema, discute abertamente suas experiências com a síndrome de Tourette, depressão e pensamentos suicidas; Adele lançou luz sobre o tema e ajuda a quebrar estigmas, abordando especialmente a ansiedade e a vida após o divórcio, em seu último álbum "30". No Brasil, artistas como Anitta, Whindersson Nunes, Luiza Sonza e Camila Queiroz foram destaques na bandeira sobre saúde mental no último ano, compartilhando suas vivências e fragilidades. Após a polêmica no BBB21, Karol Conká também lançou um programa online sobre Saúde Mental. 

 

No próximo ano, a tendência é que haja mais espaço para o assunto entre membros da classe artística, e também nas produções culturais. A temática vem ganhando mais importância nos debates iniciados, explorados e explicitados pelo meio nos diversos canais. 


 

2.           Copa do Mundo - Saúde mental no esporteDesde as Olimpíadas, em que grandes esportistas se posicionaram a favor da saúde mental, como Simone Biles e Naomi Osaka, o número de atletas a abordarem sobre o tema tem aumentado. No futebol as discussões ainda são tímidas, devido ao estigma que ainda persiste e ao mito de que ser forte é não falar abertamente sobre a saúde mental. Mas o estigma começa a ser questionado quando nomes de peso como Neymar, Messi e Cristiano Ronaldo, três dos maiores craques no segmento, anunciam enfrentar questões de saúde mental e afirmam que olham para isso com cuidado. Outro tema importante a ser levado em conta é a dificuldade de conciliar a saúde mental com o nível de cobranças por conquistas e títulos. Um exemplo recente disso aconteceu na última semana, quando, mesmo após a vitória do Palmeiras na Libertadores, o técnico do time, Abel Fernando Moreira, anunciou o desejo de deixar o cargo por conta da pressão sofrida. A procura pela excelência pode levar aos limites extremos e é importante saber identificar as pressões e buscar estratégias para lidar com elas. 

 

A Copa do Mundo deverá ser vitrine para o assunto, em 2022, visto que alguns atletas de destaque disputarão o torneio pela última vez, provavelmente a exemplo de Messi e Neymar carregando uma enorme pressão pelo título. Em outros esportes, atletas cada vez mais novos são colocados na linha de frente do novo ciclo olímpico, com altas expectativas depositadas sobre eles. 


 

3.           Tecnologias e aplicação em Saúde Mental – O World Economic Forum listou as principais inovações aplicadas à saúde mental para a atualidade, dentre elas: a popularização da telemedicina com a pandemia da Covid-19, hoje assegurada como lei pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), e que possibilitou o atendimento às regiões mais remotas, mesmo para pessoas de regiões desassistidas; Criação de soluções em saúde mental, através de recursos para a produção de dados e KPIkpis que auxiliam na identificação de pontos defasados e onde devem ser feitos investimentos mais oportunos e eficazes, com base em pesquisas WEIRD (públicos específicos) e aplicativos digitais. Para tanto, organizações como OneMind, Health Navigator e o Fórum Econômico Mundial têm desenvolvido critérios de avaliação, que permitirão que as ferramentas recebam um selo de aprovação de que são clinicamente validadas, éticas e seguras; Novas políticas e modelos de trabalho viabilizados pela tecnologia que podem favorecer mudanças estruturais para a saúde mental (destacando as práticas ESG); Programas de educação online e qualificação de profissionais da saúde para atendimentos em saúde mental; Mecanismos de monitoramento tendências de saúde para poder formular intervenções e propostas de políticas públicas; Plataformas paraforma de disseminar informação e educar sobre o tema.

 

A pandemia acelerou o desenvolvimento tecnológico e as soluções surgidas nos últimos anos vem colaborando bastante para os cuidados com a saúde física e mental. As plataformas e ferramentas digitais ampliaram as possibilidades de acesso ao cuidado, tanto em termos de alcance, quanto de custos. Para o próximo ano, a expectativa é que os gadgets, softwares e computadores avancem mais alguns passos em prol de alternativas de saúde mental, seja no âmbito dos diagnósticos, cuidados, prevenção, promoção ou monitoramento. 

 


4.           O futuro do trabalho A expectativa da entrada no início de 2022 da Síndrome de Burnout na CID11 - Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, realizada pela OMS - e os impactos nas leis trabalhistas e no próprio mercado passam a dar ainda mais relevância para as discussões sobre a saúde mental no ambiente de trabalho, inclusive destacando crises como o burnout. Neste contexto, surgem novas reflexões sobredestaca-se as novas modalidades de trabalho, que com a pandemia têmtem ganhado ainda mais força no setor: trabalho remotohome office e o trabalho híbrido. Tais mudanças, muitas vezes, têm implicado no aumento de cargas horárias, pressão psicológica, sobrecarga de tarefas, competitividade e outros aspectos que afetam a saúde mental de trabalhadores. Diante das incertezas do momento e da possibilidade de novos cenários de isolamento socialum novo lockdown, os diagnósticos apontados pelas mudanças no mundo do trabalho dos últimos anos precisam também refletir sobre novas estratégias de promoção e prevenção da saúde dos funcionários. Para o próximo ano, a perspectiva é que cada vez mais empresas passem a colocar a saúde mental como parte essencial da responsabilidade das organizações, visando transformações mais efetivas e que assegurem políticas assistenciais focadas em cuidados preventivos, não apenas em curto mas também em longo prazo. 

 

Entre as tendências corporativas para 2022, definitivamente está o ESG, que além de pautar os negócios pelo viés da sustentabilidade, também propõe estratégias mais assertivas para os cuidados com a saúde mental dos funcionários e colaboradores.


 

5.           5ª Conferência Nacional de Saúde Mental – O evento, que será realizado nacionalmente de 17 a 20 de maio de 2022 e com eventos municipais e regionais nos primeiros meses de 2022, é fundamental para a disseminação e aprofundamento das discussões sobre políticas públicas e práticas de cuidado em saúde mental. Sua ausência nos últimos 11 anos implicou em impactos nas discussões qualificadas sobre o tema. Para tanto, se faz indispensável incentivar a participação popular nos encontros,  a fim de trazer comunidades, famílias e pessoas que usam os serviços para dentro dos debates, reforçando a necessidade de articulação e contribuição das diferentes frentes: instituições, sociedade civil, setores públicos de atendimentos e governanças.  

 

Mais próxima das reflexões e conversas sobre saúde mental, a população poderá ser engajada e provocada a pensar e participar das discussões iniciadas sobre o tema, trazendo suas perspectivas para o debate e para a formulação de políticas públicas, que interferem na rotina das comunidades e estrutura do sistema de saúde, ajudando a elaborar  abordagens e soluções que reflitam suas necessidades. 

 



 

Instituto Cactus - organização filantrópica e sem fins lucrativos, independente, que atua para ampliar e qualificar o debate com  os cuidados em prevenção de doenças e promoção de saúde mental no Brasil.


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