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segunda-feira, 17 de maio de 2021

Thiago Queiroz propõe reflexão a outros homens sobre 'piadas' relacionadas ao convívio intenso com as mulheres na quarentena: 'Não seja um otário'

Não podemos achar que somos meros hóspedes em casa, e que estamos vivendo em um apart hotel, e que as coisas magicamente vão se arrumar"


Neste período de pandemia que estamos vivendo por conta do coronavírus (COVID-19) é muito comum vermos comentários envolvendo a relação entre os casais dentro de casa como: ‘Nossa, como vou conseguir viver 24h com a minha mulher?’, entre outras piadinhas. Vendo esses burburinhos, o digital creator Thiago Queiroz, do Paizinho, Vírgula!, conhecido por sua autenticidade e diálogo direto e reto, decidiu preparar uma espécie de cartilha para outros homens e dialogar, questionando “Como não ser um otário na quarentena?”

Entendo que você queira fazer uma piadinha, que ache que é só uma piadinha, mas a gente não pode deixar de assumir responsabilidade sobre o impacto das coisas que falamos e, principalmente, entender de onde vem a motivação de fazermos comentários deste tipo. Qual é a estruturação desta ideia de que os homens em casa vão sofrer?”, questiona Thiago.

O escritor, youtuber, podcaster e educador parental, que ganhou notoriedade pela produção de conteúdos sobre paternidade, sendo hoje um dos caras mais atuantes nas redes sociais a respeito do assunto, fala sobre a importância da desconstrução de padrões que nos foi imposto ao longo dos anos:

"Era um cara completamente diferente do que sou hoje. Tinha pensamentos machistas e homofóbicos inclusive, mas me abri para a sensibilidade. Quando meu filho nasceu eu queria que fosse tudo diferente do que tinha como referência. Não fazia o menor sentido querer seguir os mesmos padrões que tinha na cabeça. Se você é um cara que faz esse tipo de piada e acha que tem razão, indico aqui 4 pontos para uma reflexão e espero que isso ajude a te tirar da Idade Medieval”:


1) Você é o tipo de homem que tem a sensação de que a esposa só fica enchendo sua paciência e pedindo para fazer um monte de coisa

Em primeiro lugar entenda o que causa essa reclamação. Por que será que a sua parceira está tão ranzinza? Está reclamando tanto, te mandando fazer tanta coisa? Te digo, na maioria esmagadora das vezes, é porque a sua esposa está extremamente sobrecarregada. Precisamos entender que nós homens temos que assumir sim a carga de cuidar da casa, dos filhos, e isso não é apenas durante a quarentena, é a vida inteira.


2) Usa a desculpa de que tem muito trabalho e outras responsabilidades

Imagina as mães solo que estão por aí e não tem ninguém em casa para ajudá-las, estão sozinhas com os filhos, ainda precisam fazer comida, cuidar de casa e trabalhar. Por isso que é importante o homem pensar que enquanto está dentro de uma família que está estruturada de uma forma que existe um pai, uma mãe e os filhos, ele precisa sim fazer a sua parte. As vezes pode parecer que a gente está fazendo muito, pois temos que dar conta do trabalho, é uma pressão enorme, mas a vida continua dentro de casa. Não podemos achar que somos mero hóspedes em casa, que estamos vivendo em um apart hotel e que as coisas magicamente vão se arrumar, os seus filhos vão tomar banho sozinhos e ele não precisamos fazer nada, só focar no trabalho. A vida não é assim, vamos compreender que a gente precisa fazer a nossa parte e entender principalmente que se a gente se sente no direito de fazer essas piadas que vamos ter que sobreviver às nossas esposas, provavelmente quem está precisando sobreviver a nós são elas.


3) Liste em um papel as coisas que você faz e peça para sua esposa/companheira fazer o mesmo

A ideia não é comparar quem é o mais atarefado, sobrecarregado, mas é o homem criar consciência sobre as coisas que sua parceira tem que ser responsável diariamente. O que ela precisa planejar, se importar e que ele nem fazia ideia que elas eram necessárias. Existe uma probabilidade muito grande de nós homens vermos que as nossas listas são bem menores do que a da esposa. Uma vez que a gente enxerga a carga que está nas costas da mulher, não consegue mais não enxergar isso. E aí cabe a cada um decidir se vai querer dividir as coisas de modo um pouco mais justo ou se vamos querer continuar conscientemente sobrecarregando a esposa.


4) Exemplo de coisas que os homens podem (e devem) fazer em casa para ajudar suas parceiras

São detalhes que as vezes a gente não percebe, ou nunca prestou atenção nisso, mas é importante que nós, enquanto homens, comecemos a ficarmos atenta à essas coisas. Por exemplo, se você tem um filho, seja ele ainda mais bebê ou um pouco mais velho, e percebe que ele está começando a ficar meio irritadinho de fome, vá providenciar o almoço dele. Ajude na hora que é para por seus filhos na cama, ajude no banho deles. Viu roupas sujas no cesto? Leve para a lavanderia, ou para perto da máquina de lavar, coloque na máquina de lavar. Passou pela cozinha, viu meia dúzia de louça suja ali, já lava logo aquilo ali. A melhor dica de todas é a da iniciativa e incluí-las em sua rotina, não espere a sua parceira mandar você fazer. Assuma responsabilidade das coisas e faça elas desde o planejamento até a execução, só assim você vai conseguir liberar a carga mental da sua parceira.

 


Thiago Queiroz - Criador do site Paizinho Vírgula, o mais influente portal sobre paternidade do Brasil, escritor, youtuber, influenciador digital, host do podcast Tricô de Pais, colunista e embaixador da Revista Crescer. Criador de conteúdo, marido e pai, Thiago Queiroz atua de diversas maneiras na educação parental, tanto nas mídias online, quanto presencialmente em palestras e grupos de apoio. Thiago é certificado como líder pela organização Attachment Parenting International, e criador do primeiro grupo de apoio oficial no Brasil, a API Rio. Também é certificado como educador parental para a disciplina positiva, pela Positive Discipline Association.


1 ANO DE HOME OFFICE: ESPECIALISTA DÁ DICAS PARA COMBATER HÁBITOS QUE PODEM PREJUDICAR A SAÚDE E CONTRIBUIR PARA A OBESIDADE

FOTO: ISTOCKPHOTO
 Ficar de pijama o dia todo, ter livre acesso à geladeira, não se movimentar, estão entre os perigos do trabalho em casa apontados pela expert em emagrecimento, Edivana Poltronieri

 

Autonomia, liberdade, não pegar trânsito, comer a comidinha de casa, são pontos que chamam a atenção no home office e parecem o mundo ideal para muita gente. Entretanto, segundo a especialista em emagrecimento, Edivana Poltronieri, é preciso disciplina para não cair nos perigos que o trabalho remoto pode oferecer para a saúde. Ela comenta sobre um recente estudo realizado pelo professor Timothy Golden, da Lally School of Management & Technology, em Nova Iorque, com trabalhadores de uma grande empresa de informática, que mostra que o home office exacerbou os sentimentos de fadiga física e mental.  A seguir, seguem as dicas da especialista para criar um ambiente de escritório saudável para a mente e para o corpo:

 

Ao acordar, evite permanecer de pijama

Não tirar o pijama para trabalhar muda toda a energia, de acordo com a Edivana.  “O corpo entende a palavra descanso e preguiça 24 horas e não separa o descansar do trabalhar. Consequentemente, a pessoa preguiçosa tende a ser mais sedentária”, explica a especialista. 

 

Evite trabalhar na mesma área de lazer

Edivana explica que é importante, quando possível, separar em casa um espaço dedicado somente para o trabalho e evitar colocar a escrivaninha na sala de estar, por exemplo.  “É preciso um limite físico para que o corpo entenda essa divisão de cenários no lar. Quando trabalhamos no conforto do nosso quarto, por exemplo, as chances de querer dar uma esticadinha até a cama é grande e o trabalho pode não render tanto”, explica.

 

Evite beliscar a toda hora e comer na mesa de trabalho

“Almoçar em casa dá liberdade de repetir e repetir, o que não aconteceria num restaurante”, afirma a especialista. Ela explica que um dos perigos de se trabalhar na residência é que “quando você menos nota já está comendo e beliscando e comendo novamente. O Resultado? Quilos a mais na balança sem nem perceber”, afirma. Uma das soluções dadas por Edivana é seguir horários de alimentação definidos, como se estivesse no escritório. “Procure fazer as refeições sempre no mesmo horário, assim as chances de deslizes e, principalmente exageros na comida, diminuem”, recomenda. 

 

Faça ginástica laboral em casa

Passar horas sentados na mesma posição pode desencadear uma série de dores musculares, de acordo com Edivana. Ela recomenda fazer alongamentos antes de começar o expediente e pequenos intervalos ao longo do dia. “ A ginástica laboral contribui bastante para manter o corpo menos tenso e livre de dor. Exercícios como alongamento com mãos entrelaçadas e alongamento de parede suspenso, onde você fica de frente para a parede, mantem os pés com cerca de 15 centímetros de distância e coloca as mãos na parede com os braços esticados, podem auxiliar nos movimentos dos braços e diminuir a tensão dos ombros”, indica.

 

Administre o seu tempo

“Muitos no home office mudam a rotina e misturam a vida pessoal e profissional. Dormem a tarde ou acordam a hora que quiser e tentam compensar produzindo a noite, comprometendo sua qualidade vida e relacionamento com a família”, diz Edivana. A especialista recomenda realizar as tarefas do trabalho no horário comercial, como se estivesse no escritório.  “Dessa maneira se evita procrastinar e a vida fica mais leve e menos estressante”.

 

Crie uma rotina de treinos em casa

“As pessoas estão engordando mais na pandemia e um dos fatores que contribuíram para isso, além do acesso rápido à geladeira e armário da cozinha, é o fato de não precisar se deslocar. Com menos movimentação, o corpo vai ficando cada vez mais preguiçoso, então é primordial se mexer, mesmo que seja para caminhar no quintal de casa ou dentro dela”, finaliza Edivana Poltronieri.

 

 


Edivana Poltronieri - formada em fisioterapia pela Universidade de Vila Velha em 2001 e possui três pós-graduações, em Obesidade e Emagrecimento, Dermato-funcional e Cardiovascular e Respiratória. A criadora do 5S Estilo de Vida - https://www.5sestilodevida.com.br/ - também traz para o programa a experiência de um currículo internacional: ela é Mestre em Dermofarmácia e Cosmetologia pela Universidade de Barcelona, na Espanha. Para compreender o que é preciso para que seja possível emagrecer rápido e de maneira duradoura, Edivana também é terapeuta ortomolecular, ciência que compreende o corpo humano como um todo. Palestrante de renome nacional e internacional, hoje é sócia-proprietária da Brand’s, empresa responsável pelo 5S Estilo de Vida, e dedica-se à pesquisa e desenvolvimento de técnicas, métodos, produtos e serviços na área da saúde e beleza. Edivana conta que sua missão é nutrir a felicidade. Por isso, muito mais do que emagrecer, o 5S Estilo de Vida busca proporcionar mais qualidade de vida, bem-estar e autoestima!

 Instagram: @draedivanapoltronieri


Especialista da Care Plus dá dicas de como a conectividade pode ser uma aliada dos pais de crianças e adolescentes com Síndrome de Down

Marcella Carvicchioli, parceira especialista da Care Plus, também alerta sobre os cuidados necessários para evitar a hiper conexão

 

 

É tempo de conectar. A correria, a ansiedade e os prazos apertados a todo momento desafiam a nossa rotina para que tudo se encaixe e consigamos resolver as demandas do dia a dia. Considerando tudo isso, já parou para pensar como é a organização diária para uma pessoa com Síndrome de Down?

 

As necessidades de cada pessoa exigem que todos ao redor se adequem a uma nova rotina e novas perspectivas.

 

É necessário entender que somos seres únicos e cada individualidade deve ser respeitada; colocar-se no lugar do outro, viver o presente e compreender que todos devemos ter oportunidades e tratamentos igualitários. Para que o tema da inclusão seja tratado de forma genuína, precisamos buscar uma transformação de olhar, perceber as diferenças, apoiar as famílias e contribuir para a formação de uma sociedade mais conectada e igualitária.

 

Marcella Carvicchioli da Care Plus, comenta: “Precisamos pensar que alguém com Síndrome de Down é uma pessoa, tem necessidades, tem vontades, tem emoções, e tudo isso deve ser respeitado e acolhido, como com qualquer outra pessoa. Tratar de forma igual é um passo importante para que ela não se sinta nem excluída nem com regalias. Por isso, ela deve participar das atividades e brincadeiras e, se necessário, com as adaptações que surgirem para facilitar os acessos (exemplo: linguagem mais clara, respeitar o tempo de processamento e resposta para uma ação – não apressar a pessoa para que faça ou responda logo).”


 

Na pandemia, a conectividade pode se tornar uma aliada

 

Crianças aprendem brincando e necessitam de contato para se inserir ao mundo. Com a pandemia, isso acaba se tornando restrito e é afetado; porém, é importante que os pais estejam atentos ao tempo que as crianças passam em contato com os eletrônicos, já que isso pode causar dificuldades no sono, na alimentação, gerar mais ansiedade, atraso motor ou de fala, entre outros problemas.

 

A especialista revela: “Temos alguns aplicativos que são desenvolvidos para auxiliar no aprendizado das crianças e adolescentes, principalmente em relação ao desenvolvimento da linguagem e fala. Um muito conhecido na área é o “SofiaFala”, criado a partir do interesse de uma família com uma criança portadora de Síndrome de Down em parceria com a USP. Existem diversos aplicativos que trabalham memória, pareamento, identificação de sons, aprendizado de letras, números, cores, animais etc.”.

Sobre os cuidados com a hiper conectividade, é essencial que os pais analisem a idade de seus filhos para entender a real necessidade do uso da tecnologia. Além disso, hábitos como controlar a quantidade de horas que a criança fica na frente das telas, observar o conteúdo a que essa criança tem acesso e atrelar as idades recomendadas para cada jogo são muito importantes e podem evitar problemas maiores, inclusive ansiedade.

“É importante ficar atento aos sinais que nosso corpo apresenta – alterações no sono, alterações de apetite, maior irritabilidade, para também identificar a ansiedade. Não podemos esquecer de atividades livres, exercícios físicos, contato com outras pessoas (neste momento, por meio virtual). Manter a rotina mais próxima de como era sem as restrições da pandemia é essencial para não afetar tanto a qualidade de vida da pessoa. ”

Dia Mundial da Hipertensão: como evitar o estresse e a ansiedade em tempos de pandemia

Especialista do CEJAM alerta para os riscos da doença, que atinge 30% da população brasileira



Silenciosa, assintomática e letal, a "pressão alta", como é conhecida popularmente a hipertensão arterial, atinge cerca de 30% da população brasileira, conforme dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

No mês que marca o Dia Mundial da Hipertensão Arterial, lembrado em 17 de maio, a cardiologista Ivia Dayana Mallau Fulguera, do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim", alerta para os riscos da doença, que está entre as que mais matam no mundo, e por um possível agravamento do quadro, causado pelo estresse e pela ansiedade do isolamento social imposto pela pandemia de Coronavírus.

De acordo com a especialista, a incidência da hipertensão está ligada a fatores de risco como obesidade, tabagismo, consumo excessivo de bebida alcoólica, estresse e alto consumo de sal, podendo desencadear, entre outros problemas, acidente vascular cerebral (AVC) e ataque cardíaco.

"A doença está relacionada com a força que o sangue faz contra as paredes das artérias para conseguir circular por todo o corpo. O estreitamento das artérias aumenta a necessidade de o coração bombear com mais força para impulsionar o sangue e recebê-lo de volta", explica.

Dra. Ivia destaca ainda que a hipertensão não é uma doença exclusiva de pessoas mais velhas, podendo atingir homens e mulheres de todas as idades, inclusive crianças.



Sintomas e diagnóstico

Dores de cabeças constantes, desconfortos torácicos, fraquezas e tonturas, zumbidos no ouvido, visão embaçada e sangramentos nasais são alguns indícios de que a doença está em um estágio avançado e deve ser tratada imediatamente, indica a médica.

O diagnóstico acontece quando valores de pressão arterial, adequadamente aferidos por meio de um aparelho de pressão, se mostram persistentemente maiores do que 140/90 mmHg. Geralmente, níveis considerados normais são aqueles aferidos em 120/80 mmHg. "Outros testes podem ser necessários, conforme avaliação médica", reitera a profissional.

É importante ressaltar que negros e filhos de pais hipertensos têm uma pré-disposição maior à pressão alta, com 25% de chance de desenvolver a doença ao longo da vida. Por essa razão, a cardiologista recomenda a aferição da pressão ao menos uma vez ao ano, de forma preventiva, independentemente da
hereditariedade .



Prevenção

Segundo a Dra. Ivia, a melhor forma de combater a hipertensão arterial é prevenindo a doença, com hábitos simples que podem ser adotados no dia a dia. "Hábitos saudáveis, como a prática regular de atividades físicas e uma alimentação livre de gorduras e de sal excessivo, além de evitar o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas, estão entre as medidas que ajudam a combater a hipertensão."

Para os pacientes que já convivem com a doença, os cuidados são os mesmos, mas eles devem ser redobrados para que não haja um agravamento do quadro.



Pandemia

A especialista destaca que outro grande vilão para os hipertensos é a relação pressão alta x sistema nervoso, principalmente neste momento de pandemia em que as reclamações relacionadas ao equilíbrio da saúde mental são mais frequentes.

"Ao vivenciar uma situação de estresse, o organismo libera hormônios como a adrenalina, que vão do cérebro aos músculos, elevando a pressão. Nestes casos, o corpo continua em estado de alerta, pronto para uma situação de perigo", explica.

Para ela, os atuais tempos difíceis e desafiadores, o medo de contrair a doença, o alto índice de desemprego e as incertezas relacionadas à cura da Covid-19 são algumas das questões que tendem a deixar as pessoas mais apreensivas e ansiosas.

A melhor forma de diminuir o estresse durante o período é permanecer ativo, mesmo dentro de casa, praticando atividades que tragam alguma sensação de tranquilidade e lazer.

"É importante que, apesar da nova rotina, mantenhamos os nossos hábitos saudáveis. Nesse sentido, atividades como dançar, praticar Yoga ou algum hobby antigo são boas opções para manter corpo e mente em movimento e podem servir como uma terapia ocupacional", finaliza a cardiologista.




CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim"


Dia do abraço, onde "não abraçar" também é um ato de amor

Especialistas falam como a necessidade de contato e afeto se tornou secundária após a pandemia


Brasileiros são conhecidos principalmente por toda a sua demonstração de afeto e carinho com amigos, familiares e conhecidos. Na verdade, quem nunca deu um pequeno abraço em alguém que acabou de conhecer? Mas isso é uma questão cultural toda nossa, que somos acostumados a ter esse carinho mútuo inevitavelmente, e a falta que isso faz é notável nas pesquisas de bem-estar; Cerca de 40% da população teve sintomas ou experimentou depressão e ansiedade, que tiveram de ser tratados com paciência e principalmente, distância.

“Toda a questão do abraço vai muito além do pouco valor que damos a ele. Alguns estudos mostram que crianças que foram pouco abraçadas, não gostam muito do contato, ao contrário de quem era bastante esmagado por abraços – e tendem a gostar e repassar o carinho. ” – conta a consultora Ester Gomes.

Ester comenta também que muitos bebês recém nascidos inclusive, precisam desse tipo de afeto para melhorar seu desenvolvimento e começar a criar senso de confiança.

“O ser humano naturalmente se comunica com o próximo por diferentes formas de linguagem, comunicação, mas sem dúvidas a que possui maior impacto é o toque. ” – Dra. Adriana Lima, biomédica especialista em longevidade.

 A profissional explica que a pele tem vários receptores conectados em “linha direta” com o cérebro.

“Sabe aquele carinho no braço ou um cafuné? Quando sentimos o toque, o cérebro automaticamente reduz a produção de cortisol – que também é conhecido como o hormônio do estresse. – e o fortalece o sistema imunológico. ”

A especialista em desenvolvimento de pessoas Rita Carvalho conta que a falta desse contato tem deixado muita gente com falta de vontade e produtividade nos dias profissionais e pessoais.

“Essa simples sensação do cotidiano trás para muitos de nós brasileiros, é grandiosa no contexto geral de nosso comportamento diário, pois ajuda a elevar a autoestima e confiança, através da generosidade causada pela empatia ou a troca de afeto pelo abraço. Por este motivo, as restrições neste momento pandêmico em que vivemos causa tanto desconforto para muitos brasileiros que necessitam se manter isolados, esta privação pode até afetar outros hábitos como o de se alimentar e dormir saudavelmente. ”

O mentor Rafael Peixoto diz que podemos tentar lidar com essa falta de uma maneira mais saudável, através da meditação e da hipnoterapia.

“Claro que não podemos suprir 100% o ato do toque, que já muda tanto a dinâmica do nosso corpo, mas com certeza podemos passar por essa “carência” de uma maneira mais saudável, preparando sua mente contra a depressão e a ansiedade. A hipnoterapia vai a fundo nas nossas questões mentais, e até mesmo físicas. Se temos como estar bem durante esse tempo sem afeto, precisamos usar todas as ferramentas que temos à mão. ”

No próximo dia 22 - Dia Nacional do Abraço, se você puder doar esse afeto para alguém que você ama, faça isso! Mas se não, doe seu carinho de uma forma diferente, mas - distantemente - efetiva.


Luto: quais as 5 fases e por que é importante vivê-lo?


O luto é um conjunto de reações naturais a perdas importantes, é um processo que se inicia no momento da perda e termina com a elaboração do sofrimento e o retorno à vida normal. É algo que faz parte da nossa capacidade de superação, além de ser algo positivo, nos ajudando a colocar as coisas em uma perspectiva diferente.

Ninguém quer falar sobre a morte, pensar ou ouvir sobre ela. Afinal, perder um ente querido é muito difícil, doloroso e nos traz sentimentos de medo e angústia. O problema é que a morte é muito comum e vai acontecer várias vezes nas nossas vidas. Quanto maior a dificuldade de falar sobre isso, mais temos que enfrentar o sofrimento sozinhos, sem preparo e com grande dificuldade de superação.

Ficamos de luto pela perda em várias situações diferentes na vida, não necessariamente só quando falamos de morte. Pode ser a perda de um relacionamento, da infância ou adolescência, de amizades, de um trabalho ou de um sonho - e isso tudo é normal!

No entanto, o luto só se torna um problema quando permanece e a pessoa acaba adoecendo. Por isso, é importante que estejamos preparados para esse momento inevitável e que saibamos lidar com ele quando acontecer.

Até o fim desse texto, você vai entender como funciona o processo de luto, pois ele acontece e como nós podemos lidar com ele de uma maneira mais saudável!


As 5 fases do luto

Os especialistas consideram que existem 5 estágios do luto, os quais todo mundo enfrenta quando vivencia a morte de um ente querido. No entanto, nem sempre as etapas acontecem em sequência e o tempo que as pessoas vivenciam cada uma delas pode variar.


1. Estágio de negação

Nessa fase, o indivíduo tem dificuldade de acreditar na perda, então tenta se afastar dessa realidade. Também sente uma dor intensa e não consegue suportar a ideia de um futuro sem o que perdeu. Por isso, age como se nada tivesse acontecido ou racionaliza muito a situação, como se não tivesse nenhuma emoção ligada a ela.


2. Estágio de raiva

Nessa fase, o indivíduo já entendeu a morte como uma realidade e começam a surgir sentimentos de revolta, ressentimento e injustiça, que podem ser expressados de forma agressiva. A pessoa pode dirigir a raiva para si mesma ou para outras pessoas - como para o médico, para Deus ou para a própria pessoa que faleceu.


3. Estágio de negociação ou barganha

Nessa fase, a pessoa começa a imaginar diferentes situações e a tentar negociar, com Deus, por exemplo, para que a perda não seja de verdade e para que a pessoa amada volte.


4. Estágio de depressão

Nessa fase, o indivíduo percebe que a morte é inevitável e que o objeto de perda não vai voltar. Assim, ela, por fim, sente tristeza, desmotivação, apatia e acredita que não vai conseguir superar essa situação.


5. Estágio de aceitação do luto

Por fim, na última fase, a pessoa já se acostumou mais com a ideia da perda e consegue falar sobre o assunto com mais facilidade. Aos poucos, a dor diminui e é substituída por saudade e carinho. É nessa fase que a pessoa enxerga a ideia de morte com mais naturalidade e sente que está na hora de seguir em frente.


Atitudes que podem ajudar um parente ou amigo em luto:

Lembre-se que não há maneira certa de sofrer. Algumas pessoas sofrem muito, de maneira muito rápida, enquanto outras sofrem pouco, mas por muito tempo. Assim, a primeira coisa que devemos saber é que cada um sofre de um jeito!


1. Pergunte "Como foi o seu dia?"

Mostre à pessoa que você se preocupa com ela e que está disponível para confortá-la. Portanto, quando não souber o que dizer, só diga: "sinto muito" ou "não consigo imaginar o que você deve estar sentindo". Essas são frases úteis, mas você também pode oferecer um abraço. Não saia abraçando; pergunte.


2. Abra mão do controle

Muitas vezes queremos sugerir planos e temos pressa para resolver a situação, mas às vezes pode ser mais útil só fazer companhia e ver um filme junto com a pessoa, por exemplo.


3. Leve um pet

Muitas pesquisas mostram que a companhia de um animal pode ajudar na melhora de pessoas enlutadas.


4. Entenda a diferença cultural de gêneros

Na cultura, os homens e as mulheres são ensinados a lidar com as emoções de formas diferentes. Enquanto as mulheres podem expressar mais os sentimentos, alguns homens tendem a se isolarem mais, recorrem ao álcool ou até mesmo ficarem mais irritados.


5. Esteja presente

Às vezes as pessoas passando pelo luto se isolam por não saberem bem como pedir ajuda. Contudo, no fim das contas, uma simples visita já faz bem!


Buscando ajuda médica e psicológica para lidar com o luto

Caso perceba que esse processo está te deixando doente (você sente dores, não consegue mais sair de casa, não consegue mais conversar com os seus amigos, sente crises de ansiedade várias vezes etc.), não deixe de procurar auxílio médico ou psicológico. Afinal, existem profissionais qualificados para lidar com situações específicas, como esta.

Além disso, o luto mal resolvido pode desencadear transtornos como a depressão, ansiedade, transtorno obsessivo compulsivo e, até mesmo, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Assim, na terapia, será disponibilizada uma escuta atenta e técnica para o sofrimento da pessoa, para que ela possa superar esse processo de uma maneira saudável.



Eurekka


Top 5 tecnologias para uma boa noite sono

Confira produtos inovadores e gadgets que vão te ajudar a dormir melhor

 

Não é de hoje que se fala sobre os benefícios do sono para a saúde e, especialmente durante a pandemia da Covid-19, mais e mais pessoas estão investindo em novas tecnologias e acessórios que melhorem a qualidade de vida. Seja para dormir melhor ou para acabar de vez com a insônia, produtos mais modernos, aplicativos e até mesmo a Inteligência Artificial estão dominando esse setor que movimenta cerca de R$ 7 bilhões ao ano somente na categoria cama, mesa e banho.

 

Confira agora cinco itens que prometem deixar sua noite de sono ainda melhor:

 

O colchão mais inteligente do mundo

Lançado recentemente pela empresa alemã Emma – The Sleep Company, o Emma Motion é o colchão mais inteligente do mercado. Com uma rede neural baseada em Inteligência Artificial, o produto identifica como a pessoa está dormindo e ainda se adapta de forma automática e silenciosa a cada mudança de posição durante o sono. Além do Emma Motion, a empresa oferece outros modelos de colchão fabricados com tecnologia de ponta alemã, como o Emma Original, premiado em diversos países da Europa e já presente no Brasil.

 

Menos ruídos 

O mercado brasileiro oferece várias opções de aparelhos de ruído branco, ou seja, que emitem sons relaxantes para criar o ambiente perfeito para dormir e ter um sono de melhor qualidade. Além disso, algumas marcas já oferecem produtos que podem alterar também entre ruídos rosa e marrom, que remetem aos barulhos da natureza e ajudam a pegar no sono.

 

Alarme hi-tech

Em formato de abajur, o alarme Philips Somneo Sleep and Wake-Up Light promete ajudar o usuário a dormir e acordar melhor. Quando é a hora de ir para a cama, o aparelho emite uma luz alaranjada que simula o pôr do sol, fazendo com que o corpo se prepare para adormecer. Para o despertar, o produto emite uma luz amarela para simular o nascer do sol. O dispositivo também vem com exercícios de relaxamento, com sons e luzes pulsantes.

 

Aromas para relaxar 

Se luzes e sons não são o suficiente para você, uma boa opção são as essências relaxantes. Há vários aparelhos no mercado que são capazes de emitir luzes coloridas, reproduzir sons e soltar fragrâncias que ajudem o corpo a relaxar para uma boa noite de sono. Alguns modelos ainda emitem perfumes que estimulam a energia ao longo do dia. 

 

A vez dos aplicativos 

O app de meditação e para dormir Calm está entre os mais baixados no Brasil e oferece exercícios de respiração, músicas tranquilizantes e programas de meditação guiada para melhorar a ansiedade, a concentração e a qualidade do sono. O aplicativo é tão popular que a companhia é a primeira startup de saúde mental a ser avaliada em mais de US$ 1 bilhão.

 

 

Emma – The Sleep Company

https://www.colchoesemma.com.br/


Consumo de cigarro aumenta na pandemia e preocupa especialistas

Pesquisa indica que hábito foi potencializado pelo estresse e ansiedade decorrentes do isolamento social


Os reflexos da pandemia da Covid-19 na saúde mental trazem desdobramentos importantes que vêm sendo apontados em diversos estudos no país e no mundo. Uma pesquisa recente divulgada pela Fiocruz revela que 34% dos fumantes brasileiros aumentaram a quantidade de cigarros consumidos neste período.

Segundo o pneumologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo Dr. Celso Padovesi, o cenário preocupa devido a vários aspectos da saúde geral. “Além de todos os riscos que o cigarro traz para a saúde física, sendo um fator agravante para inúmeras doenças, incluindo a Covid-19, o aumento de seu uso tem relação direta com o comprometimento da saúde mental dos fumantes.”

O estudo indica ainda que os tabagistas entrevistados também apresentam deterioração da qualidade do sono e alegam ter agravados os sintomas de tristeza, irritação e sentimento de solidão.

A cirurgiã de cabeça e pescoço do Hospital São Camilo Oncologia Dra. Beatriz Cavalheiro destaca que o conjunto de condições que afetam a qualidade de vida do indivíduo interfere diretamente no processo de largar o hábito de fumar, criando uma bola de neve.

“A nicotina é altamente viciante e, quando associamos a intensificação deste hábito ao aumento do estresse e ansiedade, pode-se potencializar o risco de doenças graves”, explica a especialista.

Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil conta com 22 milhões de fumantes. Estima-se, ainda, que mais de 157 mil pessoas morrem todos os anos por doenças associadas ao tabagismo.

“Pessoas que fumam ficam doentes com mais frequência em relação aos não fumantes, e o risco aumenta conforme a quantidade de cigarros e o tempo exposto ao vício”, ressalta a Dra. Beatriz, reforçando que o cigarro tem relação direta com o surgimento e o agravamento de diversos tipos de câncer.

Ela alerta que não é somente o câncer de pulmão que está diretamente associado à exposição ao cigarro. “Mais de 90% dos portadores dos cânceres de cavidade oral, incluindo a língua, garganta e esôfago são ou foram expostos ao tabagismo, com potencialização do risco de seu desenvolvimento à associação do consumo de bebidas alcóolicas em quantidades excessivas.”

A médica destaca ainda que, em geral, ao fumar, todo esse revestimento está exposto aos efeitos cancerígenos do tabaco, não sendo incomum o desenvolvimento de tumores em mais de uma região. Além disso, o tabagismo também eleva em três vezes o risco de desenvolvimento do câncer de bexiga.

O pneumologista, por sua vez, ainda destaca que o cigarro está associado também a diversas patologias como doenças cardiovasculares, osteoporose, catarata, úlceras do aparelho digestivo, impotência sexual, infertilidade e complicações na gravidez, além de problemas graves que afetam o sistema respiratório.

Ressalta, ainda, sua associação com o envelhecimento precoce da pele, o acometimento da saúde dos dentes, o surgimento de halitose (mau hálito), o espessamento das pregas vocais com consequente rouquidão e potencialização dos sintomas de refluxo gastroesofágico, entre outros.

Como parar de fumar?

A preocupação dos especialistas quanto à intensificação do tabagismo vai além da pandemia. “Pelo fato deste aumento estar associado a outros problemas que afetam a saúde mental da população fumante, há um risco de o hábito permanecer no futuro, desencorajando o fumante a reduzir ou a parar completamente”, afirmam os especialistas.

Embora difícil, parar de fumar é possível. E, segundo os médicos do São Camilo, são inúmeras as vantagens adquiridas ao longo do processo que podem atuar como importantes motivadores para largar o vício.

“O organismo se recupera de maneira surpreendente, em uma melhora progressiva que reduz as chances do adoecimento associado”, reitera a cirurgiã de cabeça e pescoço.

Os especialistas descrevem o que muda no corpo quando a pessoa fica longe do cigarro por:

1 dia:  os brônquios começam a limpar todos os resíduos deixados pelo fumo nas vias respiratórias, permitindo que os pulmões comecem a funcionar melhor.

3 meses: a função pulmonar melhora em até 30% e também há benefícios para a circulação sanguínea.

1 ano: reduz pela metade o risco de desenvolver doenças cardíacas.

5 anos: o risco de morte por infarto cai consideravelmente e o risco de AVC diminui.

10 anos: diminuem os riscos de câncer de boca, garganta, esôfago, pâncreas, rins e bexiga.

15 anos: o risco de câncer de pulmão torna-se o mesmo das pessoas não fumantes.

O pneumologista explica também que o coração do ex-fumante pode ter melhora significativa de função com o avanço dos anos longe do cigarro. “Uma pessoa que deixou de fumar há 15 anos tem os mesmos riscos de sofrer um infarto do que aquelas que nunca fumaram.”

Dicas dos especialistas

Além de frisar os importantes benefícios conquistados a cada dia sem fumar, os médicos recomendam algumas medidas simples que podem ajudar o fumante a reduzir a quantidade de cigarros e, até mesmo, parar completamente. Confira:

 

  1. Torne o momento de fumar menos confortável

Dr. Celso afirma que parte do vício é alimentado pela associação criada no momento do fumo. Por isso, a dica é escolher uma postura e local diferentes, evitando estar relaxado e confortável.

 

  1. Faça pequenas mudanças na rotina

Segundo a Dra. Beatriz, novos hábitos podem construir uma relação mais saudável com o corpo, reduzindo a procura pelo vício do cigarro. “O fumante tem costumes rotineiros e tende a fumar sempre nos mesmos momentos do dia, nos mesmos lugares e da mesma forma”, destaca.

Assim, a dica da médica é inserir novas atividades na rotina, com ações que mudem o ritmo usual e ocupem a mente. Faça substituições e coloque metas, como exercícios físicos e a progressão desses, sempre sob orientação profissional. Cultive outros hábitos saudáveis, como o consumo moderado de álcool e a redução da ingestão de alimentos industrializados e multiprocessados.

“Todo o processo deve ser encarado como a adoção de um novo conjunto de hábitos, visando uma melhor qualidade de vida física e mental e com foco no longo prazo.”

 

  1. Vá aos poucos

Embora a decisão de parar de fumar precise ser definitiva, os fumantes que tiveram aumento no número de cigarros podem enfrentar picos de ansiedade e estresse durante essa tentativa. A sugestão dos especialistas é criar um cronograma de redução de cigarros/dia, sempre seguindo as dicas anteriores para ajudar no processo.

 

  1. Atrase o primeiro cigarro

Essa dica está relacionada à anterior e pode ser importante para reduzir a quantidade de cigarros. A ideia é adiar o primeiro cigarro do dia em uma hora progressivamente ao longo dos dias. “É importante que a pessoa estabeleça um prazo nesta etapa para que, ao final deste período, consiga parar por completo”, explica a cirurgiã.

 

  1. Procure apoio multiprofissional

Além do acompanhamento médico, que é crucial principalmente para pessoas que fumam há muitos anos e encontram mais dificuldade no processo de parar, acionar outros recursos neste momento também é importante.

“O suporte psicológico e social, através de grupos de apoio, por exemplo, tem efeitos muito positivos na luta contra o vício e atuam, sobretudo, com atenção à saúde mental do paciente, fundamental para parar de fumar”, finaliza o pneumologista.




Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp


Descobriu que tem HPV? Saiba o que fazer

A primeira coisa a ser feita ao descobrir que tem HPV é ficar tranquila. Veja aqui por que não se desesperar e o que fazer após o diagnóstico

O HPV é a sigla para papiloma vírus humano (em inglês, Human PapillomaVirus) e trata-se de um vírus super comum. Calcula-se que aproximadamente de 80% a 90% da população mundial tenha o vírus ou já tenha tido contato com ele.

Quando as pacientes descobrem que têm HPV, no entanto, costumam ficar desesperadas e muito assustadas. Alguns fatores explicam essa reação. O primeiro é que as informações sobre o HPV não são muito difundidas. Mesmo com tantos casos e sendo tão comum, trata-se ainda de um diagnóstico um tanto quanto desconhecido. O segundo motivo é que muita gente ainda faz confusão entre HPV e HIV (sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana). Assim, ao descobrirem que têm HPV as pacientes se desesperam fazendo essa associação – mas um vírus não tem nada a ver com o outro.

O HPV é um vírus transmitido via relação sexual. “Ah, Doutor, mas só via sexual mesmo?”. Sim, quando falamos em região genital o contágio é via sexual.

E não adianta só usar preservativo. Escuto de muitas pacientes: “mas usei camisinha, como isso pode ter acontecido?”. Pois é importante lembrar que a camisinha encapa apenas o pênis. Caso o parceiro tenha alguma lesão no pênis aí sim o preservativo impedirá a transmissão. O problema é que a lesão pode estar na virilha ou na bolsa escrotal. A mulher, por sua vez, pode ter a lesão na vulva, uma área que também fica desprotegida durante a relação, mesmo com a camisinha.

Vale ressaltar, também, que a transmissão não é feita apenas quando o parceiro ou a parceira tem verruga. Ela pode ocorrer mesmo quando a pessoa é assintomática, sendo muitas vezes um contágio silencioso.


A diferença entre ter o vírus e ter uma lesão causada pelo HPV

Outro ponto importante que deve ser explicado: existe uma diferença entre ter o vírus do HPV e ter uma doença causada pelo vírus do HPV.

O HPV é um vírus que, como disse, a pessoa pode ter e nem saber, ou seja, é algo com que podemos conviver sem grandes consequências. Em um menor número de pessoas, no entanto, o HPV pode causar alguma lesão. Essas lesões podem ser de alto risco ou de baixo risco.

As lesões de baixo risco são as verrugas. É claro que elas são feias e esquisitas e podem aparecer em qualquer parte da região genital, mas elas não são malignas. A longo prazo, por volta de 8 a 10 anos, pode ser que tenhamos uma malignização das verrugas, mas isso é algo difícil de acontecer.

 

As lesões de alto grau, por sua vez, são as lesões encontradas no colo do útero. São aquelas que as pacientes não enxergam e que, se não tratadas, a longo prazo podem virar câncer de colo do útero. E quando falo em longo prazo é isso que quero dizer: você não passa a ter câncer da noite para o dia.

Por que você não deve se desesperar

Assim, se em algum momento você descobrir que tem HPV não se desespere. O mais importante a ser feito é o quê você já deve fazer desde sempre: um acompanhamento cuidadoso com o seu ginecologista, que indicará e explicará tudo que você deve fazer para ficar bem.

E se você não tem HPV, lembre-se de manter em dia exames como o papanicolau e suas consultas ginecológicas. Além disso, pergunte ao seu médico sobre a vacina contra o HPV e se ela é recomendada para você.

 



Dr. Rodrigo Ferrarese - O especialista é formado pela Universidade São Francisco, em Bragança Paulista. Fez residência médica em São Paulo, em ginecologia e obstetrícia no Hospital do Servidor Público Estadual. Atua em cirurgias ginecológicas, cirurgias vaginais, uroginecologia, videocirurgias; (cistos, endometriose), histeroscopias; ( pólipos, miomas), doenças do trato genital inferior (HPV), estética genital (laser, radiofrequência, peeling, ninfoplastia), uroginecologia (bexiga caída, prolapso genital, incontinência urinaria) e hormonal (implantes hormonais, chip de beleza, menstruação, pílulas, Diu...).  Mais informações podem ser obtidas pelo perfil @dr.rodrigoferrarese ou  pelo site https://drrodrigoferrarese.com.br/


17 de maio, Dia Mundial da Hipertensão

 Pressão arterial e Covid-19: não facilite  

 

A hipertensão arterial é fator de risco para as doenças cardiovasculares, responsáveis pelas principais causas de morte em nosso país e no mundo, como o infarto do miocárdio e o derrame cerebral. A agravante, hoje, é que indivíduos hipertensos, com a pressão arterial descontrolada, figuram entre aqueles que apresentam mais possibilidades de complicações decorrentes da infecção pelo novo coronavirus, ao lado de outros distúrbios, como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares pré-existentes.

 

O controle da pressão arterial pela adoção de hábitos saudáveis e o uso correto da medicação, quando necessária; e eficaz como prevenção.

 

Recentes estudos confirmam que, no isolamento, muitas vezes, a alimentação inadequada e o sedentarismo viram válvula de escape, aumentando as chances de descontrole da pressão arterial. Então, fique ligado e não cede às tentações. Opte por refeições frugais e nos horários regulares.


A Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) assevera que, neste momento de grave crise da saúde mundial mantém atenção integral aos pacientes, para assisti-los adequadamente em todas as demandas.

 

Aliás, destacando que 17 de maio é o Dia Mundial da Hipertensão, a SBH aproveita para conclamar você a adotar cuidados simples, mas que fazem toda a diferença para a boa saúde. 


 

O QUE FAZER PARA A BOA SAÚDE

 

O tabagismo aumenta o risco de doenças cardiovas- culares e é apontado como fator negativo no controle de hipertensos.


Prefira sempre os alimentos frescos e limite as refeições congeladas, embutidas e enlatadas.


O excesso de peso pode aumentar a pressão em 30%, além de dificultar o controle nos hipertensos.

Limitar o consumo diário de álcool a 1 dose (mulheres) e 2 doses (homens).
Faça pelo menos 30 minutos de atividade física por dia, que pode ser dividido em 2 períodos de 15 min ou 3 de 10 min. Seu corpo foi feito para se movimentar.
Procure uma melhor qualidade de vida.

 

Como as comorbidades afetam a saúde em casos de COVID-19

 Freepik
Segundo estudo, elas aumentam em 5,5 vezes as chances de crianças e adolescentes evoluírem para casos graves


Na última semana, a prefeitura de Porto Alegre ampliou a vacinação contra a COVID-19 para pessoas com doenças crônicas e comorbidades com 40 anos ou mais. Para as autoridades da área, esses grupos considerados de risco podem sofrer mais com o agravamento da doença e pacientes que possuem doenças preexistentes como diabetes, hipertensão arterial, câncer, problemas cardíacos e do pulmão devem ter atenção redobrada nos cuidados com a saúde.

Já em crianças, as comorbidades mais comuns são a encefalopatia não progressiva e doenças respiratórias crônicas, em especial, a asma. Segundo estudo realizado pelo Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino (Idor), com pacientes de um mês de vida a 19 anos que ficaram internados por causa do novo coronavírus em Unidades de Terapia Intensiva, apontou que ter alguma comorbidade aumenta em 5,5 vezes as chances de crianças e adolescentes evoluírem para casos graves de COVID-19 em relação a pacientes saudáveis.

Para o médico geneticista e membro da Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM), Salmo Raskin, a situação é preocupante, porque muitas crianças manifestam a forma grave da doença.

“A obesidade vem se revelando um fator mais importante do que se sabia inicialmente, mesmo em jovens. Mas não se pode falar em fim da pandemia sem que as crianças tenham sido vacinadas. A notícia boa é que já nesta semana teremos a aprovação pelo órgão regulador norte americano (FDA) da vacina da Pfizer para maiores de 12 anos de idade. E outros estudos, incluindo crianças na faixa de 5 a 12 anos de idade, estão em pleno andamento”, comenta.

A recomendação dos especialistas é buscar avaliação em casos de sintomas respiratórios e gastrointestinais, e apresentarem febre ou dor abdominal. Segundo dados do DataSUS, o departamento de informática do Sistema Único de Saúde, desde o primeiro caso confirmado e registrado da COVID-19 no ano passado até março de 2021, 779 crianças com até doze anos morreram da doença, no Brasil. No mesmo período, ao menos 11.628 pacientes da mesma faixa etária precisaram ficar internados - um em cada quatro deles precisou ir para uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

 


Fernanda Calegaro


68% das grávidas sentem enjoos após o primeiro trimestre, aponta estudo

 


Embora enjoos sejam comuns no começo, algumas mulheres seguem sentindo durante toda a gestação.


Segundo especialistas, a fase mais comum para se ter enjoos ou náuseas na gravidez é durante o primeiro trimestre. Porém, para algumas mulheres os enjoos podem durar até o final da gravidez. Conforme constatou o Trocando Fraldas em seu mais recente estudo, 68% das gestantes seguem tendo enjoos após o terceiro trimestre. Especialmente as que já foram mães antes, 69% delas. Já entre as mamães de primeira viagem, 63% sentem enjoos ou náuseas após esse período.

Os dados demonstram que o Tocantins é o estado em que mais mulheres sentem enjoos após o primeiro trimestre, 81% das entrevistadas. No Rio de Janeiro, pelo menos 71% das participantes sentiram náuseas ou enjoos. Em São Paulo, o percentual cai para 67%. Já Santa Catarina é o estado em que menos entrevistadas sentem ou sentiram enjoos, com 54% das mulheres.

Os enjoos e as náuseas podem afetar, e muito, a alimentação das gestantes, e conforme também constatamos, 71% das brasileiras tiveram sua alimentação impactada por causa dos enjoos e náuseas. Principalmente as mulheres dos 45 aos 49 anos, 84% delas, e dos 18 aos 24 anos, com 73%.

O estado em que mais mulheres tiveram sua alimentação impactada é o Distrito Federal, com 84% das participantes. No Rio de Janeiro e em São Paulo, 73% e 70%, respectivamente, perceberam alterações em sua alimentação. Já a Paraíba é o estado em que menos mulheres têm ou tiveram sua alimentação impactada por enjoos ou náuseas, com 59% das entrevistadas.


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