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quarta-feira, 1 de julho de 2020

O Projeto de Lei n. 2735/2020 e a proposta de refinanciamento de débitos federais


A proposta é de instituir o Programa Extraordinário de Regularização Tributária por conta da crise gerada pelo COVID-19


O Projeto de Lei n. 2735 proposto em maio deste ano, teve no mês de junho pedido de urgência para apreciação da PL diante da Câmara de Deputados. O projeto propõe a facilitação do parcelamento de dívidas de contribuintes ou responsáveis pelos débitos de nível federal.

A proposta é de instituir o Programa Extraordinário de Regularização Tributária por conta da crise gerada pelo COVID-19 (chamado, portanto de PERT-COVID/19). Diferente do primeiro projeto de Transação Extraordinária que ainda está vigente, o projeto de lei que institui a proposta de refinanciamento flexibiliza os requisitos para adesão, possibilita desconto, anistia de multas e juros entre outras condições muito interessantes para aqueles que foram afetados antes ou durante a crise causada pelo COVID-19.

De acordo com o projeto, o prazo para adesão será de até 90 dias após a decretação do fim do estado de calamidade que foi reconhecido pelo Decreto Legislativo n. 6/2020 pelo Congresso Nacional.

Os débitos serão pagos ao final de cada mês a partir da adesão. O valor determinado será fixado a partir da receita bruta do mês anterior sendo que a lei fixa ao longo do art. 2º, §1º, VII o valor mínimo admitido no parcelamento. Adiantamos que esse percentual seguiria um escalonamento a contar a partir do ano de 2021 podendo chegar no máximo a 1,0% da receita bruta do mês anterior ao da parcela. Ou seja, uma alíquota gradativa a contar do ano de 2021.

Ainda, o PERT-COVID/19 prevê a possibilidade dos interessados quitarem os débitos do parcelamento com a compensação de créditos próprios relatórios a tributo e doação em pagamento com bens imóveis do contribuinte ou responsável, por exemplo.

Fixou-se que poderão aderir ao programa que tiverem débitos federais em aberto, sendo elas:

- Pessoas físicas;

- Pessoas jurídicas (de direito público ou privado);

- Empresas em recuperação judicial.

Vale destacar que as pessoas físicas têm uma vantagem relevante prevista neste Projeto de Lei: a possibilidade de pagar em até 120 meses seus débitos.





Caroline Alves e Cezar Machado – advogados do Alceu Machado, Sperb & Bonat Cordeiro Sociedade de Advogados


Parceria estratégica entre CEO e CIO faz a inovação prosperar em um mercado



Resumo: 

Os CEOs precisam, mais do que nunca, do auxílio de seus CIOs para navegar na turbulência do mercado global de hoje. Sair da posição de “fiscais” de operações de data center para se tornarem parceiros estratégicos do CEO possibilita que os líderes de tecnologia desenvolvam um roadmap de inovação orientado aos negócios, permitindo que a empresa se adapte rapidamente quando as condições do mercado sofrem mudanças.

Os CIOs precisam ser criativos para encontrar recursos que operacionalizem sua estratégia e seu roadmap, considerando orçamentos limitados de TI. Resultados significativos podem ser alcançados quando se tem um roadmap orientado aos negócios: muitas empresas já estão conseguindo liberar 40% ou mais de seu orçamento de TI para inovação transformacional que é capaz de criar resiliência e possibilitar crescimento, mais importante hoje do que nunca.


Uma parceria estratégica entre CEO e CIO torna-se extremamente necessária para permitir ações rápidas em meio à instabilidade

As empresas estão experimentando uma dinâmica corporativa sem precedentes, na qual disrupções globais e aumento da competitividade estão gerando necessidade de mudanças rápidas nas prioridades do investimento em tecnologia. Isso significa sair do lugar-comum para a maioria das empresas, que operam constantemente em modo reativo. Não há mais status quo no mundo dos negócios: as empresas precisam crescer ou provavelmente irão morrer como organização. 

Para muitos CIOs, operar o data center é a menor das suas prioridades. Seus roadmaps de investimento foram desviados por eventos globais inesperados e os projetos não essenciais estão sendo suspensos. Para sobreviver e prosperar, as empresas devem ter uma orientação digital. Quase da noite para o dia, os CIOs mudaram o foco para investir em soluções que atendam aos clientes principalmente em plataformas digitais. Para muitas empresas, sua infraestrutura digital deve ser capaz de operar com trabalho 100% remoto. Aqueles que já estão em uma plataforma digital irão se ajustar de forma muito mais ágil do que aqueles que não investiram ou que investiram pouco em infraestrutura digital.

O que os CEOs realmente precisam de seus CIOs é uma diretriz estratégica adaptável que os ajude a se adaptarem rapidamente quando ocorrem momentos de incerteza ou ruptura. Os CEOs também precisam de seus CIOs para tomarem decisões racionais de investimento em TI que otimizem custos, poupem empregos, estabilizem operações e movimentem recursos de TI para iniciativas estratégicas. Para fazer isso, os CIOs precisam estar à mesa com o CFO, CEO e CPO para definirem a estratégia corporativa mais ampla que direcione o roadmap de TI.


Os CIOs precisam inovar com orçamentos limitados

Atualmente, quase todas as empresas do mundo têm algum problema financeiro. Ou os fluxos de receita foram interrompidos no front-end ou o fluxo de caixa está mais apertado no back-end. Isso aconteceu em 2000, com a bolha da Internet, e novamente com a crise das hipotecas, em 2008. No entanto, esses cenários não foram iguais ao choque que ocorreu esse ano em um período tão curto. Todos os negócios e segmentos de mercado estão sendo impactados pela atual situação global. Os governos estão gastando mais para manter as economias de seus países do que esperam recuperar um dia. Quando há interrupção de receita, tudo muda. Infelizmente, leva mais tempo para uma empresa cortar custos do que para a receita cair.

A primeira ordem de negócios, então, é a sobrevivência. Para sobreviver, as empresas precisam de fluxo de caixa e liquidez. Muitas estão pagando aos poucos ou tentando renegociar com todos os fornecedores que possuem. O ponto é: 'preciso ter' versus 'gostaria de ter' ou 'seria bom ter' na avaliação de projetos e serviços. As empresas estão competindo por uma quantia menor de dinheiro e a priorização é importante para os CIOs, que precisam inovar enquanto mantêm seus sistemas atuais em operação. Muitos projetos de TI estão sendo cancelados. Por exemplo, as atualizações de ERP que não agregam valor real em termos de vantagem competitiva ou crescimento estão sendo adiadas por um ano ou mais - até que as empresas recuperem seu fluxo de caixa.

O CIO pode ser a pessoa mais influente quando se trata de decisões de compras em TI nesse momento. Para sobreviver e, finalmente, prosperar, os CIOs precisam analisar sua lista de gastos e fazer imediatamente alterações que alinhem a receita aos custos. No mercado atual, isso significa transferir orçamentos para investimentos em tecnologias e serviços digitais que apoiem a estratégia de inovação da empresa, mesmo em meio a tantas incertezas. Quando 90% do orçamento do CIO é gasto para manter a operação e melhorias dos sistemas de back-end, sobra apenas 10% do orçamento para investimentos na estratégia de inovação da empresa.

O objetivo deve ser alterar o mínimo possível os sistemas de back-end, pois seu nível de maturidade os torna de baixo risco de ruptura, de modo que os serviços de suporte necessários são principalmente atualizações tributárias, legais e regulatórias, além de funções consultivas e aconselhamento, que podem ser obtidas de fornecedores independentes por uma fração do custo pago aos fabricantes de software.

Em resumo, os CIOs precisam otimizar os custos operacionais de sistemas de back-end como o ERP e realocar esses fundos para uma estratégia de investimento em inovação de TI, que apoie as prioridades digitais do CEO. Os investimentos em sistemas de front-end para engajamento (onde ocorrem interações importantes com os clientes) provavelmente endereçarão as estratégias de negócios do CEO. Esses sistemas dinâmicos voltados ao cliente são onde mudanças constantes são necessárias para manter a competitividade do negócio e onde a digitalização ajudará a atrair e reter clientes - chaves para sobreviver e prosperar.





Seth Ravin - CEO da Rimini Street


Como reinventar sua carreira no mundo atual


Novas tecnologias e isolamento social trouxeram mudanças drásticas para o ambiente de trabalho e dos negócios. A psicóloga Fernanda Tochetto apresenta sugestões para equilibrar vida pessoal e profissional ante esses novos desafios


Além de infectar mais de 9 milhões de pessoas e ocasionar centenas de milhares de mortes, a pandemia do Covid-19 vem impactando negativamente também a economia dos países. No Brasil, por exemplo, segundo os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego saltou de 11,2% no trimestre até janeiro para 12, 6% no trimestre encerrado em abril. O isolamento social utilizado para combater a disseminação do vírus também mudou a rotina daqueles que não perderam o emprego, mas tiveram uma mudança extrema em sua rotina, por conta do trabalho remoto. Milhões de brasileiros viram-se obrigados a se reinventar nesse contexto, repensar suas carreiras e a forma como equilibram a vida pessoal e profissional.

Ante as dificuldades enfrentadas pelos brasileiros na atualidade e os desafios crescentes relativos ao mundo digital, que exigem uma adaptação acelerada por parte dos profissionais, a mentora de carreira e psicóloga Fernanda Tochetto desenvolveu o método Carreira 5.0. Fruto de mais de 20 anos de carreira e da experiência obtida por Tochetto, em 2020, no Vale do Silício, situado na Califórnia (EUA), quando conviveu com as mentes mais inovadoras do mundo, o método tem como objetivo fortalecer os pilares básicos emocionais e físicos dos participantes, a fim de que melhorem sua performance profissional e alcancem os objetivos idealizados.


Novos desafios na Sociedade 5.0

Tochetto destaca os novos desafios impostos na esfera profissional por um sociedade imersa em uma revolução tecnológica, a ­sociedade 5.0. "Mudanças que chegariam ao poucos durante os próximo 10 anos, simplesmente já estão acontecendo", afirma. Nesse ponto, conforme a psicóloga, muitos temem que as máquinas acabem por substituir o trabalho humano. Contudo, para Tochetto, em um conceito de sociedade 5.0, os sistemas inteligentes não devem ser considerados inimigos. "Pelo contrário, devem ser entendidos como aliados no processo de evolução social, ou seja, como ferramentas para melhorarem a qualidade de vida e auxilarem nas entregas profissionais", diz.

Nesse sentido, é urgente uma mudança de mindset para aproveitar os novos recursos tecnológicos. Com esse objetivo, Tochetto elaborou seu método. A psicóloga relata observar problemas e desafios recorrentes na vida dos profissionais das mais variadas áreas e cargos. Segundo Tochetto, as pessoas buscam o equilíbrio pessoal e profissional, mas se sentem limitadas pela crença na incapacidade de serem bem-sucedidas, que, por sua vez, está relacionada à dificuldade em terem disciplina e foco e à insegurança e medo de tomar decisões.

"Contudo, é possível balancear todas as áreas da vida em alta performance", afirma Tochetto. Segundo a psicóloga, quando se tem objetivo e propósito definidos, se é capaz de observar mais atentamente a performance física e emocional e trabalhar a autoridade e posicionamento de forma clara e prática, gerindo a carreira e vida pessoal com equilíbrio.

A psicóloga sugere algumas dicas para quem de alguma forma encontra-se frustrado com sua carreira e deseja aproveitar as novas tecnologias para melhor gerenciar seu negócio e vida profissional. São orientações que vão desde identificação de padrões comportamentais limitantes até habilidades que devem ser cultivadas a fim de incrementar a performance profissional, passando por pontos de impacto no negócio que precisam ser transformados para que a carreira não seja sufocada na nova economia.

O reconhecimento dos padrões comportamentais limitantes inicia-se com a observação dos próprios sentimentos e comportamentos. "Preste atenção, por exemplo, em como você se sente quando tem desafios, precisa encarar o novo e sair de sua zona de conforto", orienta. Pedir feedback para pessoas próximas e com quem se relaciona no ambiente de trabalho também é uma boa pedida. Para obter uma resposta mais aperfeiçoada a psicóloga recomenda submeter-se a testes de perfil comportamental. A mentora de carreira salienta que reconhecer as próprias fraquezas requer: autoconhecimento; humildade; desejo de mudar; e vontade de se desenvolver.

O primeiro ponto que impacta um negócio e precisa ser atacado a fim de se obter sucesso na nova economia é a gestão de clientes. Tochetto destaca que o nível de exigência do cliente atual está cada vez mais alto. Conectado ao mundo, ele pode adquirir o que quiser, de onde estiver. Dessa forma, para fidelizá-lo, o empreendedor necessita surpreendê-lo e engajá-lo. "A empresa não pode aparecer apenas no momento de vender o produto. Ela precisa cuidar do cliente, auxiliá-lo, facilitar o processo, gerando oportunidades a ele", recomenda.

O segundo ponto de impacto está relacionado ao planejamento de vendas. "É preciso construir uma estratégia de relacionamento e vendas com o cliente que traduza o propósito do negócio, agregando valor e gerando impacto aos resultados", diz Tochetto. Neste quesito, a mentora de carreira faz menção ao uso de tecnologias de informação (TI) para melhorar a eficácia das vendas, recomendando que o empreendedor utilize estratégia de TI alinhadas com suas redes sociais para conseguir identificar o cliente e o que ele deseja de sua empresa.

O terceiro ponto o qual o empreendedor deve ficar atento é a gestão e inovação do negócio. Segundo a mentora de carreira, o item está intrinsecamente associado à visão global do negócio, acessibilidade a novas informações e adaptação à velocidade das mudanças, visando o crescimento exponencial. "É necessário ter clareza dos resultados que deseja obter, assim como da capacidade que tem para realizá-los", afirma. Conforme Tochetto, o empreendedor precisa se questionar também o quanto tem levado para seu negócio práticas inovadoras. Nesse ponto, é de muita importância onde o empreendedor costuma abastecer-se de novas ideias para propor alternativas diferenciadas ao seu negócio.

No que diz respeito às habilidades que o profissional deve ter para incrementar sua performance de trabalho, a psicóloga destaca, em primeiro lugar, a capacidade de ser flexível aos  desafios, adaptando-se aos novos tempos e obtendo respostas rápidas. "Para isso é preciso autoconhecimento e inteligência emocional", diz. A segunda aptidão refere-se ao relacionamento interpessoal, que está intimamente atrelado à capacidade de ser um bom líder.

As três últimas habilidades são tipos de inteligência. Para se distinguir profissionalmente, segundo Tochetto, é preciso ter a inteligência criativa, caracterizada pela capacidade de criar soluções fora do padrão. Aprender a lidar com a inteligência artificial também é uma aptidão que deve ser cultivada por aqueles que desejam ser bem-sucedidos em suas carreiras. Do mesmo modo ter inteligência empreendedora. A sobrevivência de um profissional depende do seu capital intelectual – criatividade, capacidade analítica, relacionamento com o cliente e liderança.


Curso gratuito:

Nos dias 07, 08 e 09 de Julho acontece a Semana da Carreira 5.0 – serão liberadas 3 aulas, uma por dia, com duração de cerca de 1 hora cada.
Todo conteúdo disponibilizado na Semana da Carreira 5.0 é gratuito e exclusivo para quem se inscrever. Ao longo da semana será possível conhecer melhor o Método que a psicóloga Fernanda Tochetto desenvolveu em plena quarentena para ajudar profissionais a terem estratégia, reconhecimento, realização e resultado financeiro.




Como proteger crianças e adolescentes na internet?



Baleia Azul, Boneca Momo e, agora, o Homem Pateta. Não é de hoje que crianças e adolescentes estão expostos aos perigos da internet – ou, melhor dizendo, de adultos que se aproveitam das amplas possibilidades da rede para propagar o ódio e a violência. Os criminosos já têm táticas bastante conhecidas: sob o pretexto de convidar os jovens para um jogo ou desafio, os induzem à automutilação e até mesmo ao suicídio.

E não é apenas a esses virais que o público infanto-juvenil está exposto. De acordo com a pesquisa TIC Kids Online Brasil 2019, 15% das crianças e adolescentes de 9 a 17 anos viram na internet algum tipo de conteúdo sexual. A exposição pode ser ainda mais perversa: 18% dos internautas de 11 a 17 anos receberam mensagens de conteúdo sexual e, 11% dessa faixa etária já foram solicitados a enviar uma foto ou vídeo em que apareciam nus.

As ofensas também foram objeto de estudo. Mais de 30% das meninas e quase 25% dos meninos foram tratados de forma ofensiva na internet. Dentre eles, 12% tinham entre 9 e 10 anos. Apenas um em cada dez contou para um amigo ou amiga da mesma idade e 9%, para os pais ou responsáveis. O estudo mostra ainda que 7% disseram já terem sido discriminados na rede, sendo o principal motivo a cor ou raça, seguido pela aparência física, por gostarem de pessoas do mesmo sexo ou ainda por questões religiosas.

Hoje em dia, a interação com celulares e tablets ocorre desde muito cedo. Deparar-se com o mais variado índice de violência nessa idade, em que o indivíduo ainda está em formação e conhecendo o mundo ao seu redor, pode causar danos psicológicos seríssimos, como traumas e dificuldades para se relacionar com os outros.

Por isso, é dever dos pais monitorarem os conteúdos que crianças e adolescentes acessam. Em todo dispositivo, existem recursos que permitem bloquear conteúdos explícitos. As redes sociais também merecem atenção. É importante verificar mensagens suspeitas e manter um diálogo claro com a criança sobre como ela não deve se comunicar com estranhos nas redes.

A responsabilidade é objetiva. Deve-se estabelecer limites de horário de acesso à internet – quanto mais jovem, menos tempo. Também é extremamente recomendável direcionar o uso a conteúdos enriquecedores para a formação do indivíduo, como desenhos ou sites educativos. Em caso de dúvidas, uma consulta a profissionais da área ou psicólogos especializados sempre vale a pena.

Outro ponto importante é que a educação digital já é algo que deve ser incorporado às famílias. Os pais precisam educar os filhos sobre como se comportar na internet, tendo em vista que o que se escreve é público e fica registrado por tempo indeterminado. Tenho experiência realizando treinamentos sobre etiqueta digital e, por lá, afirmamos que é de bom alvitre não debater temas polêmicos, ainda mais quando se é jovem, ainda em formação, pois as consequências não são sempre tão previsíveis.

Agora, com as aulas suspensas devido à pandemia de Covid-19, mais crianças e adolescentes estão utilizando a internet. Portanto, a atenção dos pais deve ser redobrada. É importante acompanhar o EAD, as tarefas que estão sendo propostas, estabelecer um diálogo aberto com os filhos para que eles se sintam seguros para compartilhar algo que eventualmente possa tê-los incomodado. Assim, poderemos criar um ambiente mais seguro e de respeito para todas as idades.





Dane Avanzi - advogado, empresário de telecomunicações e diretor do Grupo Avanzi.  




FecomercioSP pede parcelamento de tributos municipais para minimizar prejuízos causados pela pandemia


Mesmo com a retomada gradual das atividades, a recuperação deve ser lenta; comerciantes estão endividados e sem recursos em caixa


A FecomercioSP tem acompanhado as principais dificuldades dos empresários dos setores de comércio, serviços e turismo no Estado de São Paulo durante a crise econômica causada pela disseminação do covid-19 e reforça que, mesmo com a retomada gradual do comércio na capital, a recuperação econômica deve ser lenta, ao passo que os comerciantes voltam com caixas debilitados.

Em dados consolidados do mês de abril, houve queda de 16,2% no volume de serviços prestados no Estado de São Paulo em comparação ao mesmo período de 2019, o menor nível da série histórica, iniciada em 2012. Em relação aos serviços prestados às famílias (dentistas, médicos, advogados, etc.), o retrocesso foi ainda maior: -65,6%. Já as atividades turísticas caíram 65,9% no mês de abril.

Dessa forma, a Entidade envia oficio ao prefeito de São Paulo, Bruno Covas solicitando o parcelamento dos seguintes tributos municipais: ISS, IPTU, TFE, TFA, ITBI-IV e TRSS, além dos parcelamentos em curso, em até 120 meses, com desconto, ou até mesmo isenção dos juros e multa de mora, e aplicação da taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), similar ao Programa de Parcelamento Incentivado (PPI), instituído pela Lei 16.680/2017. Atualmente, está sendo cobrada atualização monetária, pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), juros de 1% a.m. e multa moratória de 20%; além de estar sujeito à aplicação da multa punitiva de 50% do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) devido.

A facilitação para os pagamentos desses impostos vai auxiliar o setor a tomar fôlego para evitar novas demissões e até o encerramento definitivo das atividades.


Energia solar pode gerar 11,6 milhões de empregos no mundo até 2030 e acelerar a recuperação econômica no pós-pandemia, informa ABSOLAR

Para a entidade, fonte solar fotovoltaica demonstra forte resiliência frente ao cenário atual e pode alavancar a retomada econômica nos países
 

Segundo novo estudo da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), as fontes renováveis podem criar 29,5 milhões de empregos em dez anos


O setor global de energias renováveis poderá alcançar a marca de 29,5 milhões de empregos no mundo até 2030, com políticas públicas de recuperação econômica e transição energética no pós-pandemia. Os dados são do novo estudo internacional da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) intitulado “The post-covid recovery: an agenda for resilience, development and equality”, divulgado no final de junho. Para a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), as fontes renováveis, em especial a solar fotovoltaica, têm demonstrado forte resiliência frente ao cenário atual e podem alavancar a retomada econômica nos países.

O relatório da IRENA aponta que investimentos em energias renováveis nos programas de estímulo e recuperação econômica poderão contribuir com a geração de 29,5 milhões de empregos até 2030. Deste total, a fonte solar lideraria em novos postos de trabalho, representando cerca de 11,6 milhões de empregos, ou seja, mais de 39% do total.

O estudo mostra, ainda, que o mundo poderá chegar a 100 milhões de novos trabalhadores no setor de energia até 2050, cerca de 40 milhões a mais do que hoje. Isso inclui até 42 milhões de empregos no segmento de renováveis, hoje com 11 milhões de empregos totais. Uma transição energética acelerada poderia adicionar 5,5 milhões de empregos a mais até 2023 do que o cenário de referência.

Segundo levantamento da ABSOLAR, o setor solar fotovoltaico brasileiro já gerou mais de 165 mil empregos desde 2012, espalhados por todas as regiões do País. Com 5,7 gigawatts (GW) de potência operacional total, somando a geração centralizada e os sistemas de pequeno e médio portes (geração distribuída), o setor trouxe mais de R$ 30 bilhões em novos investimentos privados ao Brasil.

Nos primeiros cinco meses de 2020, o setor criou mais de 37 mil empregos no País, mesmo com a queda da atividade econômica decorrente da pandemia da Covid-19. Somente em maio, foram gerados 7,2 mil postos de trabalho, trazendo R$ 1 bilhão em novos investimentos e uma arrecadação de mais de R$ 424,5 milhões aos cofres públicos.

“A resiliência, mesmo em períodos de crise, e o enorme potencial de atração de investimentos, geração de empregos e renda, fazem da fonte solar uma ferramenta estratégica para a sociedade no período pós-pandemia, ajudando a superar o atual cenário desafiador que o mundo enfrenta”, comenta o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia.

“A estratégia de recuperação econômica deve incluir iniciativas sustentáveis, pois é o momento de se investir em um futuro melhor. Políticas públicas e decisões acertadas de investimentos podem criar um ciclo virtuoso de desenvolvimento e, assim, viabilizar mudanças sistêmicas e transformações energéticas positivas no Brasil e no mundo”, acrescenta o presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk.



Sete piores erros do e-commerce



O e-commerce brasileiro cresceu 75% em maio. É o que indica o Mastercard SpendingPulse, índice que rastreia as vendas gerais de varejo em todos os tipos de pagamento, incluindo dinheiro e cheque. Além disso, datas importantes para o comércio, como o Dia dos Namorados, parecem não terem ficado esquecidas mesmo com a pandemia. Um levantamento feito pelo movimento de inteligência de mercado Compre & Confie mostrou que, entre 28 de maio e 12 de junho, foram realizadas 15,8 milhões de compras pela internet, um aumento de 112,8% em comparação ao ano anterior.

Não há dúvidas de que as compras online estão caindo no gosto do brasileiro, uma tendência que deve permanecer mesmo após a pandemia. O que não se pode afirmar, entretanto, é que todos estejam tendo uma boa experiência como clientes. Com as lojas fechadas, muitos consumidores podem até relevar algumas falhas de estratégia das lojas online, entendendo o momento ímpar que estamos vivendo, mas paciência tem limite. Por isso, decidi listar os sete piores erros com que me deparei nos últimos meses e como as empresas podem aprender com eles.


1. Falha no cadastro: Aplicativos para compra em supermercados com modalidade de entrega estão salvando a vida de muita gente, principalmente de quem é considerado um grupo de risco e precisa evitar sair ao máximo. Mas o que fazer quando você passa horas escolhendo todos os produtos, fazendo a compra do mês, e quando você vai efetivar a compra, a ferramenta apresenta falhas para cadastrar o usuário? Imperdoável.


2. Adeus ao produto dos sonhos: Novas lojas online não param de surgir. Eis que você encontra o produto que estava procurando a um preço interessante em uma delas, por meio de um anúncio, e na hora de fechar o pedido, seu cadastro não é aceito ou o site nem mesmo tem essa funcionalidade, imprescindível para a venda do produto. É mais uma venda que o lojista perdeu por falta de planejamento...


3. Erro de logística: Depois de descobrir um produto por anúncio e informar todos os seus dados no cadastro, inclusive seu endereço, o site pede que você informe o CEP na finalização da compra. Somente aí, diz que não atendem sua região. Há maneiras de programar o site e avisar o consumidor de que sua localização não faz parte da área de entrega, sem que ele tenha que passar por todo esse desgaste.


4. Falta de organização na entrega: O que dizer de um aplicativo de entrega de compras de restaurantes que não orienta ou não exige que os restaurantes credenciados possuam embalagens específicas para o transporte dos alimentos e ao receber a sua refeição tão desejada a encontra parecendo que alguém a comeu antes de você?


5. Falta de transparência para o cliente: É uma prática comum de muitas lojas famosas revender os produtos de um lojista parceiro. Porém, isso precisa ficar claro para o consumidor, para que ele possa decidir de quem prefere comprar.


6. Venda de produto em falta no estoque: Esse erro deve ser o mais frustrante para os consumidores. Imagine comprar um produto pela internet e nada dele chegar a sua casa. Então, quando você decide abrir um chamado no SAC da loja, recebe como resposta que o que você comprou está em falta no estoque? O conflito é enorme.


7. Falta de clareza nas informações: O que dizer de uma loja virtual de um famoso supermercado que só te informa o prazo de 20 dias para entrega das compras no fechamento do carrinho? Todo mundo sabe que a pandemia vem atrasando diversas entregas, mas é preciso deixar isso claro desde o início.

A meu ver, todos esses sites, aplicativos e lojas virtuais ferem o mais importante mandamento digital: o foco no cliente. Eles desenvolvem soluções de e-commerce para que eles próprios vendam seus produtos, sem pensar nas necessidades e expectativas do consumidor final. Quanto antes as empresas adotarem as práticas de UX e UI, melhor será sua relação com os clientes, gerando, assim, mais vendas e valor de marca.






Fernando Rizzatti - sócio-diretor na Neotix Transformação Digital. Tecnologia aplicada ao mundo dos negócios é a essência de sua trajetória profissional, de mais de 25 anos, sempre aliada à inovação que agrega valor. Da indústria de transformação, passando pelo segmento financeiro e de economia mista, tem habilidades para entender necessidades e encontrar soluções. Acredita em equipe e união de talentos. Adora música e a inspiração para compor.  Dirige a Neotix como quem compõe uma sinfonia. Cada nota é fundamental.


Neotix Transformação Digital



Quais as normas ISO mais indicadas para enfrentar a pandemia?



Contratos vencendo, ligações com fornecedores, clientes reduzindo o ritmo de compras. As preocupações dos empresários são infinitas em tempos de crise. Além de lidar com todos os problemas que não têm hora para aparecer, ainda se espera que eles tenham tempo para planejar e repensar seus negócios. Fica aquele dilema: por mais difícil que seja tirar alguns dias para avaliar o mercado e sua própria empresa, se não o fizer, estará cada vez menos preparado para lidar com instabilidades e incertezas, como as provocadas pela pandemia de Covid-19.

A ISO, uma antiga conhecida das empresas brasileiras, ressurge como um forte aliado a esse processo de reestruturação. Criada após a Segunda Guerra Mundial, a organização de normas e padrões sabe como ninguém apontar o caminho para superar uma crise. Hoje, são mais de 23 mil normas. Cerca de 50 delas compõem o chamado Sistema de Gestão, específico para negócios.

A pandemia também exigiu que as consultorias se reinventassem. Assim como diversas empresas, aquelas que não estiverem preparadas para esse novo normal tendem a cair no limbo. A PALAS já vem há anos apostando em tecnologias da Indústria 4.0 e na transformação digital. Com auditorias remotas, nós conseguimos garantir o processo de implementação das normas seguindo tudo que está em conformidade com os padrões da ISO. Normas de diretrizes, que não necessitam da validação do Inmetro, como a de 31.000 (Gestão de Riscos) e a 56.002 (Gestão da Inovação), têm resultados extremamente positivos para o momento e são implementadas com maior flexibilidade e agilidade, assim como o mercado precisa.

As empresas devem pensar nas normas ISO como uma engrenagem, cada uma com sua função. Quanto mais engrenagens você tem, mais robusto o seu equipamento e melhor o rendimento. Por isso, selecionei aquelas que considero essenciais para lidar com a pandemia.


Sistema de Gestão de Riscos (31.001): O essencial neste momento é saber onde está pisando. Como meus concorrentes estão se comportando? É hora de fazer investimentos? Como posso agir para que meu negócio esteja menos arriscado? Todas essas perguntas são cruciais para a sobrevivência de uma empresa nos próximos meses.


Saúde e Segurança Ocupacional (45.001): Além de pensar em como oferecer produtos de maior qualidade para os seus clientes, é preciso oferecer um ambiente de trabalho seguro para seus colaboradores. Desde que a Covid-19 foi considerada uma doença ocupacional, aumentou o risco de processos trabalhistas para as empresas.


Qualidade (ISO 9.001): Essa talvez seja a norma mais conhecida pelas empresas no Brasil. O que elas devem apostar neste momento, e que a norma possibilita, é estabelecer um canal de comunicação com o cliente para entender suas expectativas e necessidades. Imagine que um cliente quer um carro com motor de alto rendimento, muito econômico. Não adianta eu querer vender uma Ferrari. Por mais que ela seja o melhor carro do mundo, não vai atender às necessidades do consumidor.


Inovação (56.002): Em um cenário de pandemia, em que as necessidades e comportamentos dos clientes mudaram, essa norma ajuda a criar novas oportunidades de mercado, seja adaptando os seus produtos e serviços ou criando estratégias completamente do zero.


Ambiental (14.001) e Energias (50001): Com recursos cada vez mais escassos, é essencial que as empresas evitem o desperdício. Como resultado, é possível esperar redução de cursos e maior ganho em sustentabilidade.

Por fim, deixo como dica uma seleção de normas que foram disponibilizadas gratuitamente pela ISO em formato para leitura e que podem ajudar as empresas a enfrentar a pandemia de Covid-19.





Alexandre Pierro - sócio-fundador da PALAS e um dos únicos brasileiros a participar ativamente da formatação da ISO 56.002, de gestão da inovação.


Educação a.C. e d.C

Cinco anos em três meses. O número pode assustar aos mais céticos, porém, essa é a estimativa do desenvolvimento da educação com o quadro da pandemia que se instalou mundo afora entre 2019 e 2020. Desde a Segunda Guerra Mundial, as escolas de todo o mundo não eram fechadas ao mesmo tempo e pelo mesmo motivo. Essa medida fez com que, especificamente no Brasil, as diferenças entre o público - seja ele federal, estadual ou municipal – e o privado fossem completamente escancaradas e, mais do nunca, enxergou-se que o sistema educacional brasileiro precisa se reinventar. A educação tradicional, que costumava caminhar a passos lentos no processo de digitalização, precisou acelerar, como nunca, sua modernização.

Mundialmente, mais de 1,5 bilhão de alunos e 60,3 milhões de professores de 165 países foram afetados pelo fechamento de escolas devido à pandemia do coronavírus. No Brasil, foram 52,8 milhões de alunos afetados, da educação infantil ao ensino superior. O que antes era um modelo engessado, com aulas tradicionais em sala, chamadas de presenças, provas com fiscais e horários definidos para educação física e recreio, por exemplo, tornou-se um modelo flexível com aulas on-line e gravadas, avaliações que não proíbem consulta e um aumento na interação dos estudantes com professores, seja durante a aula ou em chats dos sistemas de aula. Um modelo de ensino focado no resultado, onde o aluno torna-se responsável por seu aprendizado e as escolas precisam ensinar além das disciplinas tradicionais. Será preciso ensinar sobre gestão de tempo, empreendedorismo, educação financeira, além de desenvolver competências socioemocionais.

Antes do Covid-19 (a.C.) o termo da moda era “Educação 4.0”, em alusão à quarta revolução industrial, guiada pela internet, com digitalização, coleta e análise de dados. Uma iniciativa principalmente do setor privado para impulsionar os resultados do Brasil que, de acordo com o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), nos coloca muito abaixo da média dos 79 países analisados na última avaliação. Em matemática, estamos na 70º posição; em ciências, na 66º; em leitura, somos o 57º. Porém, essa nova tendência caminhava a passos curtos, uma vez que poucas escolas ofereciam condições tecnológicas e estrutura pedagógica para suportar tamanhas mudanças.

A situação em que nos encontramos é difícil e desafiadora.  A crise de aprendizagem já percebida em todo o mundo é resultado da ineficácia já presente no ensino presencial [analógico]. Os estudantes se formam nas escolas com déficits significativos em relação ao que deveriam ter aprendido e os impactos de uma educação básica problemática acontecem como uma cascata, prejudicando todos os ensinos posteriores.

Estamos assistindo a uma verdadeira revolução no ensino, onde educadores não apenas precisam, mas estão experimentando novas possibilidades de ensinar. É surpreendente ver como os estudantes, pais e escolas adotaram, efetivamente, um perfil colaborativo no processo de aprendizagem ― e isso é um grande avanço para um dos setores mais resistentes às mudanças advindas das novas tecnologias. É o que chamamos de inovação aberta, com a participação de vários agentes.

Do ponto de vista de formação de professores, será preciso que o ensino superior reveja os currículos dos cursos, uma vez que a incorporação de tecnologias não é trabalhada pela grande maioria das faculdades de Pedagogia na formação inicial dos professores. A revolução que estamos vivendo na educação vai exigir que os profissionais façam uma aplicação bem feita da tecnologia no seu cotidiano e isso não significa apenas usar a tecnologia para a transmissão das aulas, mas quer dizer que é preciso desenvolver uma proposta e uma prática pedagógica baseada nela.

Não podemos deixar de analisar sob o ponto de vista econômico. A educação nunca mais será a mesma e muitas instituições de ensino não sobreviverão a essas mudanças. Planejamento passa a ser fundamental para que as escolas possam entender esses “novos alunos”, que buscam muito mais que uma formação escolar, mas desejam um projeto educacional inovador, focada nos resultados, com metodologias ativas e um ensino híbrido, que leve o estudante para o ambiente escolar presencial apenas quando for necessário.

Claro que a educação depois do coronavírus (d.C.) não terá uma conversão definitiva do ensino presencial para o virtual. Na era pós-pandemia, mais do que nunca, será necessário estar aliado à tecnologia. Temos que aproveitar este momento para aprender e desenvolver recursos tecnológicos que são essenciais para projetarmos o futuro, que já é presente. Um presente que exige estimular ainda mais o aprendizado e possibilitar, de maneira inteligente, o melhor uso das ferramentas e plataformas da internet.





Claudio Castro - Empreendedor, Investidor-anjo, CEO e Fundador da Ensinar Tecnologia, Sócio da Pitang Consultoria, Sunrise, Brainy Resolutions, VP de Inovação da Sucesu-PE e do Instituto Êxito de Empreendedorismo.


Crise no Brasil leva investidor para fundos internacionais


Assessoria de investimentos Vero recomenda que clientes moderados e arrojados tenham 10% da carteira no exterior


Com as incertezas políticas e econômicas no mercado interno, os investidores brasileiros estão buscando cada vez mais alternativas no exterior para suas aplicações. O movimento foi confirmado nos últimos números divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Em maio, fundos de investimento multimercado com mais de 40% do patrimônio em ativos no exterior tiveram captação líquida positiva de R$ 5,1 bilhões, um aumento de 101,16% em relação ao mesmo período do ano passado, quando houve resgate líquido de R$ 59 milhões. 

Os fundos com exposição no exterior lideraram o desempenho da classe de fundos multimercado em maio. O aumento na procura por este tipo de ativo aconteceu após o início da pandemia no Brasil, com a captação líquida saltando de R$ 3,37 bilhões em fevereiro para R$ 8,04 bilhões em março. Em abril, os multimercados no exterior caíram para captação líquida de R$ 1,91 bilhão, mas a recuperação em maio mostrou que a tendência em investir fora do país ainda persiste.  

Desde abril, a assessoria de investimentos Vero, por exemplo, passou a recomendar que os clientes de perfis moderados e arrojados coloquem 10% dos seus investimentos em fundos internacionais  

De X bilhões supervisionados pela Vero Investimentos em maio, Y milhões estão em ativos no exterior, um crescimento de ZX% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. 

Segundo o assessor de investimentos Eduardo Akira, sócio da Vero, metade desta alocação é feita em fundos de renda fixa com exposição cambial – que permite que a flutuação do dólar aumente a rentabilidade –, enquanto os outros 5% ficam em bolsa americana sem exposição cambial – para reduzir os impactos da volatilidade – 

Para os clientes da Vero, a orientação é deixar uma parte dos investimentos atrelados ao dólar para garantir uma proteção maior da carteira contra choques internacionais. Isso porque o dólar se valoriza em momentos de crise. 
Entre os ativos mais atrativos no exterior estão fundos de ações e multimercado nos Estados Unidos e na Europa. A recomendação de investir no exterior surgiu com a perspectiva de que outros países devem se recuperar mais rápido que o Brasil da crise causada pela pandemia do Covid-19. "No cenário interno não temos boa visibilidade no curto e médio prazo, então a diversificação internacional se tornou algo estratégico", explica. 

De acordo com o porta-voz da Vero, a diversificação internacional é algo novo para o cliente brasileiro, mas a tendência veio para ficar. "No passado não existiam tantas opções de fundos internacionais como agora. Agora a gente tem, com proteção cambial e sem", afirma. Akira explica que não é necessário abrir conta em corretoras de valores no exterior para investir fora do Brasil, já que as corretoras brasileiras possuem acesso a fundos com exposição internacional.  

Vale destacar que existem ainda outros tipos de produtos que permitem essa diversificação, como COEs de dólar e fundos cambiais. 


Investir em marketing colaborativo é essencial para os dias de hoje


A campanha do boca a boca na versão século 21 é ainda mais efetiva, mas precisa estar vinculada a estratégias de UX para conquistar mais mercado


Se há uma verdade incontestável é que as relações comerciais, ao menos durante o atual período pandêmico, precisaram ser revistas. Não é apenas o colaborador e o home office que provavelmente se beneficiarão da nova percepção, principalmente por parte parte do empresariado, de que é possível trabalhar de casa sim. Muda, também neste momento, a forma de consumo e como as empresas estão fazendo para chegar até os clientes que, por ora, estão dentro de casa. As medidas de isolamento aceleraram um processo que já vinha acontecendo, mas que, aqui no Brasil, dava ainda seus primeiros passos. 

O marketing colaborativo, ou marketing 4.0, como o próprio nome sugere, se dá pela propagação do conteúdo por meio da colaboração dos indivíduos. Neste processo, a empresa cria a ação com seu público-alvo e os próprios consumidores ajudam a espalhar as informações. Uma das estratégias que têm endossado essa evolução é o uso de uma ferramenta chamada Brand Entertainment, que tem, por objetivo, explorar ações de entretenimento, como vídeos e jogos, por exemplo, para levar experiências reais de maneira criativa e surpreendente, mostrando, assim, os valores da empresa. 

“Se este novo marketing tem por essência impactar seu público-alvo e ajudar os negócios a crescerem por meio de colaboração, é preciso ter em mente que, mais importante do que uma ação bem desenvolvida, é ter um produto final que, em si, também impacte o cliente”, avalia Melina Alves, CEO da DUXcoworkers, consultoria de que tem como foco a experiência de usuário. E, portanto, nesta junção de boas campanhas e bons produtos que o marketing perde todo o seu valor se o que chega às mãos do consumidor não corresponder à altura. 

O que compete a melhor performance do produto chamamos de experiência de usuário -UX, de user experience- e o profissional desta área é responsável por otimizar todas as pontes, do atendimento e embalagem ao tempo de entrega e praticidade de uso. O que vale aqui é estudar as emoções e respostas dos consumidores diante do produto ou serviço, de forma a procurar oferecer a melhor experiência possível por meio de recursos que facilite sua usabilidade. 

“A aplicação do UX tem em si não apenas o objetivo de facilitar a compra via websites, mas também ser algo prático a ponto de se tornar essencial ao consumidor e que, de maneira bastante intuitiva, traga os ideais da empresa. O marketing colaborativo, com a força que tem, de se propagar rapidamente entre as pessoas, precisa se unir ao bom UX, para intensificar a força da campanha”, ressalta a empresária. No Brasil, ainda que de maneira tímida, as empresas já começaram a ter a consciência e investir em estratégias que alcance o emocional do cliente e desperte nele a genuína vontade de compartilhar para os amigos. O marketing colaborativo é a versão atualizada do que, no passado, conhecíamos como a “propaganda do boca a boca”. Agora, mais personalizado e ciente da importância do papel de cada consumidor para a propagação de sua marca. 




DUXcoworkers


Entregadores fazem ato por melhores condições de trabalho e economista alerta para impacto sobre o INSS e o SUS


Segundo IBGE, 4 milhões de brasileiros vivem com renda advinda de entregas de apps


A economia compartilhada já era tendência antes da pandemia de COVID-19 desacelerar e colocar em crise a economia global. Mas, a pandemia acelerou o processo natural de transformação e vimos os negócios e serviços online passarem de item de comodidade e fonte de renda extra, para alternativa segura à saúde e base do sustento de milhares de famílias.

“Esses apps foram essenciais para a manutenção de muitas atividades durante a fase de isolamento social, viabilizando a subsistência de inúmeras empresas que deles se valeram para serviços de delivery e também na manutenção do orçamento familiar quando centenas de pessoas passaram a trabalhar para empresas de entregas”, explica o economista Luiz Alberto Machado.

Atualmente, quase quatro milhões de autônomos vivem com renda gerada por aplicativos de entrega ou de consumo colaborativo de acordo com dados de 2019 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A tecnologia cada vez mais baseada em inteligência artificial se uniu a explosão de startups conectando oferta e procura, fundamento do capitalismo, de maneira simples, direta e rápida em que com poucos cliques o consumidor consegue resolver o que precisa. 

“Na retomada da economia os serviços online e iniciativas de consumo colaborativo podem desempenhar papel importante por permitir a realização de uma série de atividades-meio com baixo custo, fator primordial num momento em que muitas empresas tiveram seu fluxo de caixa comprometido e que estão com capital de giro reduzido”, explica Machado.

Machado ressalta ainda que, nesse momento de contenção de gastos, a economia compartilhada deve ganhar cada vez mais adeptos consolidando uma lenta e gradual mudança no modo de consumo do brasileiro. “A substituição do “ter” pelo “usufruir” tem um apelo muito forte, sobretudo entre os jovens, cuja mentalidade dá muito valor a aspectos como igualdade, sustentabilidade, cooperação e solidariedade. A meu ver, é possível supor que, com a volta à normalidade, a tendência anterior será retomada e, em alguns casos, ampliada”.

Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) calcula que, em 2018, o total de trabalhadores atuando por conta própria no setor de entregas cresceu 104,2% como consequência da falta de vagas formais. 

Embora os apps estejam criando oportunidades para quem precisa trabalhar, o poder público precisa pensar nos impactos sobre o sistema de saúde e no INSS já que a maioria dessas pessoas não possui carteira assinada ou plano de saúde.
“Ainda não está ainda muito clara a situação dos trabalhadores que prestam serviço para essas empresas no que se refere a fatores como vínculo empregatício e cobertura em caso de acidentes. Se isso não ocorrer, a possibilidade de uma enxurrada de questões judiciais será inevitável”, pondera Machado.





Luiz Alberto Machado - graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Mackenzie, com mestrado em Criatividade e Inovação pela Universidade Fernando Pessoa, em Portugal. Dedicou-se à atividade acadêmica e à consultoria. É diretor da SAM – Souza Aranha Machado Consultoria e Produções Artísticas – consultor da Fundação Espaço Democrático e conselheiro da FEI – Fundação Educacional Inaciana “Pe. Sabóia de Medeiros” – e da Fundação Brasil Criativo. Palestrante nas áreas de Economia, Criatividade, Inovação E Economia Criativa, é autor dos livros: Como enfrentar os desafios da carreira profissional (2012) e Das quadras para a vida (2018), esse segundo título escreveu em conjunto com seu filho Guga Machado. Jogou basquete por vários anos no Pinheiros, Sírio, Palmeiras e Paulistano, além das seleções paulistas e brasileira nas categorias menores. 

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