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sábado, 13 de junho de 2020

Associação Mata Ciliar





    
A temporada de pipas chegou e, aliada à quarentena, tem feito muitas vítimas. Com uma grande quantidade de pessoas praticando essa atividade nas ruas, aumentou o número de aves que chegam feridas ao Cras, como esse mocho-diabo, uma espécie de coruja trazida até o Cras pelo Corpo de Bombeiros de Jundiaí. O animal estava enroscado em linha de pipa e exames identificaram uma ferida na asa. A ave está recebendo os cuidados para a sua recuperação.

As linhas de pipa podem causar diversos tipos de problemas para os animais silvestres. O cortante, muito usado nas linhas, pode facilmente dilacerar a asa de uma ave em pleno voo. Já as linhas descartadas no ambiente podem enroscar nas garras ou bico dos animais, além de acabar sendo usadas por algumas espécies na confecção de seus ninhos, acarretando em filhotes crescendo com membros gangrenados.
O município de Jundiaí possui um convenio com a Associação Mata Ciliar que contribui para o recebimento, tratamento e reabilitação de animais silvestres.
Associação Mata Ciliar | Preservar vidas é da nossa natureza
Site: http://mataciliar.org.br

Cuidados essenciais com os equinos durante o inverno


 Nutrição deve ser equilibrada para manter a imunidade dos animais


Com a chegada do inverno, o cuidado com a saúde para evitar doenças é maior. Assim como para os humanos, os cavalos também precisam de precauções para manter o bem-estar e a saúde.

Assim como a nossa gripe, os cavalos podem ter a influenza equina, que podem causar febre, tosse, secreção nasal, letargia e, apesar de ter uma baixa taxa de mortalidade em cavalos adultos, os potros podem apresentar sinais graves de pneumonia, podendo levar à morte. Os cavalos também estão suscetíveis à adenite equina (Garrotilho), uma doença bacteriana contagiosa que acomete equinos de todas as idades e ataca o sistema respiratório do animal. Para evitar que essas e outras doenças aconteçam, seguem algumas dicas:


Nutrição: esse é um dos cuidados mais importantes do cavalo durante o inverno. Quando as baixas temperaturas chegam, os cavalos tendem a gastar mais energia para manter o metabolismo estável, por isso, uma dieta mais calórica é necessária, evitando assim diminuição do escore corporal do animal. “Além disso, é fundamental ficarmos atentos com a ingestão de água, pois nesta época do ano, a temperatura da água também cai, consideravelmente, e os cavalos não gostam de beber água gelada, o que pode levar à cólicas por compactações de fibra no intestino grosso. Portanto, recomendamos a ingestão forçada do sal mineral com a ração, para evitar estes tipos de problemas.” explica Cláudia Ceola, Médica Veterinária e Supervisora Técnica de Equinos da Guabi.

O fornecimento de fibra de boa qualidade e uma dieta balanceada são sempre essenciais para o bom funcionamento do trato gastrointestinal dos cavalos.


Estábulo: é importante que o local onde o cavalo durma esteja sempre limpo, com cama apropriada (maravalha, serragem ou feno) e protegido de vento.


Exercícios: os exercícios são recomendados no inverno não só para manter o condicionamento físico do animal, mas também para manter o trânsito intestinal e o escore corporal, uma vez que a ingestão de alimento é maior, e os animais tenderem a ficar mais confinados neste período. “Os exercícios combinados com uma dieta reforçada e adaptada proporcionam ao cavalo a energia necessária e proporcionam uma boa performance”, completa Claudia.


Higiene do animal: é normal dar banho no cavalo após um dia cheio de atividades e exercícios mais puxados, porém no inverno a atenção precisa ser redobrada. Para preservar sua saúde, é recomendado a meia ducha, ou em casos de banho inteiro, que sejam pela manhã, para que o animal esteja totalmente seco no período de seu descanso à noite.


Potros: para os recém-nascidos, o cuidado é ainda maior. As doenças respiratórias e as diarreias são muito comuns e podem ser letais para os potros, se não forem tratados com mais atenção. A suplementação das éguas paridas com ração nas secas, onde a escassez dos pastos está presente, é fundamental para a produção de leite de qualidade, garantindo saúde ao potro.





Guabi Nutrição e Saúde Animal

Como prevenir a otite canina?



Médico veterinário responde principais dúvidas sobre a doença



Qual tutor nunca observou seu cão balançando e coçando as orelhas. No entanto, se esse comportamento acontece de forma prolongada é bom ficar atento, pode ser sinal de que o pet está com otite.

A doença é caracterizada pela inflamação nas orelhas,  mais propriamente, no conduto auditivo, e é uma das reclamações mais recorrentes nas clínicas veterinárias, por apresentar particularidades como: dificuldade na prevenção, no tratamento e na eliminação das causas que levam às reincidências.

Por isso, muitos tutores têm dúvidas sobre como prevenir e tratar a otite canina. Pensando nisso, o Médico Veterinário e Gerente Técnico da Unidade Pet da Ceva Saúde Animal, Dr. Claudio Rossi, respondeu as principais questões dos tutores sobre o tema. Confira:


1- Por que as otites são comuns nos cães?

Essa inflamação é muito comum nos cães devido à anatomia do animal, que tem um canal auditivo comprido e fechado, em forma de “L”, o que facilita o aparecimento e a replicação de ácaros, fungos e bactérias. Embora seja mais comum nos cães, as otites também podem ocorrer nos gatos.


2- Por que algumas raças apresentam o problema com mais frequência?

Devido ao formato da orelha e do conduto auditivo, algumas raças com as chamadas orelhas pendulares, ou seja, orelhas caídas, são mais propensas ao desenvolvimento de otites, pois sua anatomia obstrui a entrada de ar e dificulta a secagem adequada do canal auditivo. Algumas raças como Basset Hound, Beagle, Cavalier King Charles, Cooker Spaniel Inglês e Americano, Golden Retriever e Labrador, entre outras, costumam ser mais afetadas pela otite.


3- O que causa a otite canina?

A otite pode ter origem em diversos fatores, entre eles a excessiva produção de secreção (cerume), proliferação de bactérias, fungos, presença de ácaros, doenças de base, particularmente as alergias, que podem inflamar e estenosar (hiperplasiar) as orelhas, ou até mesmo a presença de pólipos, tumores, ou ainda objetos introduzidos no conduto auditivo. Embora tenha origem multifocal, uma coisa é certa: ela provoca dor, incômodo e pode estimular o surgimento de problemas ainda mais sérios para o pet.


4- Quais são os principais sintomas?

Dependendo do tipo da otite, os sintomas podem variar. Mas, existem algumas manifestações mais clássicas, como: coçar a região da orelha com as patas ou esfregando-as no chão, balançar a cabeça com frequência, sensibilidade ao toque na região, cheiro forte nas orelhas, vermelhidão local (eritema) e excessiva produção de secreção (cerume). Menos comumente, o animal pode apresentar dificuldade de deglutição, surdez, e até alterações neurológicas.


5- Como prevenir?

A melhor maneira de prevenir a otite é higienizar a área das orelhas dos cães com o uso de algodão e loções especiais para a limpeza, mantendo-as sempre secas e em condições ideais de umidade.  No momento do banho é preciso atenção redobrada para proteger a área evitando a entrada de água no local. Também é muito importante levar os cães ao veterinário para check-ups regulares.


6- É possível tratar o problema em casa?
Não! Ao suspeitar que o pet está com otite o tutor deve levá-lo ao veterinário. O profissional será responsável por diagnosticar o problema e indicar o tratamento adequado. Jamais tome decisões precipitadas, como aplicar soluções no animal sem a prescrição de um médico veterinário, isso pode agravar ainda mais o quadro da doença.





Ceva Saúde Animal



Castrar ou não o animal de estimação?


 Além dos benefícios sociais, o procedimento prolonga a vida dos pets, evita doenças e até parasitas


 Freepik


Embora cada vez mais em pauta, o tema castração de cães e gatos ainda gera muitas dúvidas entre alguns tutores, principalmente aqueles que acreditam que o procedimento é um sofrimento desnecessário se o pet vive em ambiente doméstico e, portanto, tem menos chance de se reproduzir. No entanto, diferente do que se acredita, a castração não envolve apenas a questão reprodutiva, mas também, e principalmente, o que compete a saúde do animal, como explica o veterinário Jorge Morais, fundador da rede Animal Place.

“A castração é um ato de amor não só por colaborar com a diminuição de animais abandonados, mas também por reduzir a transmissão de parasitas como pulgas e carrapatos ou de doenças transmitidas aos humanos, como a leishmaniose e a leptospirose. Tumores, como os das mamas e infecções de útero, testículos e próstata também se somam a essa lista”, garante o profissional, que ainda explica que os animais castrados costumam viver mais e com melhor qualidade de vida.

A cirurgia pode ser feita em cães e gatos, machos e fêmeas, independente da raça, porém Morais sugere a realização logo após o primeiro cio, quando o animal já chegou a sua maturidade sexual. “O cio ocorre nas fêmeas entre 6 e 8 meses de idade e a maturidade sexual dos machos se dá no mesmo período”, explica. Para realizar o procedimento, o tutor deve procurar uma clínica de confiança com veterinários aptos. “É importante conhecer o local, examinar a estrutura e suas condições de higiene. Vale, também, conversar com outros tutores que já são clientes do estabelecimento e exigir exames pré-operatórios”, indica.

Segundo o veterinário, o check-up pré-cirúrgico deve incluir exames de sangue e eletrocardiograma, no mínimo. “Esses testes servem para atestar que o animal pode ser submetido à cirurgia de forma segura”, alerta. Já no pós-operatório, Morais adverte que os donos devem tomar alguns cuidados, tais como o uso de roupas cirúrgicas ou colar elizabetano, que evitam que o bichinho tenha acesso ao local dos pontos. “O uso de um desses produtos é fundamental, pois o pet pode tentar lamber ou coçar o local da incisão, o que prejudicará a cicatrização”, explica. “Também é preciso ministrar de forma adequada a medicação, já que geralmente são receitados antibióticos, anti-inflamatórios e remédios que evitam a dor. Em caso de mudança de comportamento, é preciso consultar um profissional imediatamente”, finaliza.





Animal Place
youtube, animalplace100

6 erros que donos de cachorro cometem ao cuidar da saúde de seus filhotes peludos


De ração a medicação em casa; veterinária da DogHero explica quais são os equívocos e como evitá-los


Em agosto é comemorado o Dia Nacional da Saúde. Instituída no calendário oficial brasileiro em 1967, a data tem o objetivo de chamar a atenção para os cuidados com a saúde. Mas não são apenas os humanos que precisam estar atentos à ela, os cachorros também. Pensando nisso, a DogHero, aplicativo que promove a conexão entre quem tem cachorro e uma comunidade de passeadores e anfitriões escolhida a dedo, elencou alguns dos principais equívocos cometidos por eles e, o mais importante, como fazer para evitá-los. As orientações foram sugeridas por Alessandra Amieiro, veterinária colaboradora da empresa, CRMV - SP 47027. Confira abaixo quais são eles:


1 - Dar comida de humano

Muitos pais de cachorro costumam complementar a ração dos seus filhotes de quatro patas com comida de humano consumida por eles mesmos em casa. Além do hábito ser um dos fatores que mais contribui para a obesidade em cachorros, alimentos como chocolate, uva, açaí, carambola e tomate, por exemplo, são tóxicos e outros são de difícil digestão para os cãezinhos e podem fazê-los engasgar. Mesmo que o seu cãozinho faça cara de pidão, resista. É melhor para a saúde dele!


2 - Não seguir a quantidade de ração recomendada

A ração de cachorro é um alimento completo, ou seja, que deve suprir todas as necessidades nutricionais do animal. Ela é uma forma mais fácil e prática de alimentar o seu cãozinho: depois de escolhida, basta oferecer a quantidade ideal para o animal diariamente. A informação sobre a quantidade de ração a ser oferecida está presente no rótulo e é importante que seja seguida à risca para evitar tanto a obesidade quanto a desnutrição. Apesar disso, consulte o médico veterinário antes de decidir pelo alimento e a quantidade a ser oferecida ao seu cachorro. Além de esclarecer as suas dúvidas e assegurar o melhor alimento para o animal, a sugestão do veterinário levará em conta as especificidades do idade do animal e condições que são afetadas pela alimentação.


3 - Escove os dentes do seu cãozinho

Pesquisas mostram que mais de 80% dos cães com mais de 6 anos apresentam problemas periodontais. Isso acontece porque muitos pais e mães de cachorro não incluem a escovação dos dentes na rotina de higiene de seus filhotes peludos. O ideal, segundo Alessandra, é que a escovação seja feita diariamente e com produtos específicos para cachorro.


4 - Pular algumas vacinas

Alguns pais e mães de cachorro focam apenas nas vacinas no período em que eles são filhotes e pulam algumas imunizações conforme o cão vai crescendo. É importante seguir à risca o protocolo vacinal e, principalmente, as orientações do veterinário com relação ao período de imunização. Se o profissional lhe dizer que o cãozinho não pode se expor a outros cães durante um período, acredite. Isso garante um desenvolvimento saudável do seu cachorro.


5 - Medicar o cachorro em casa

Essa é, sem dúvida, uma prática que nunca deve ter feita. Isso porque alguns medicamentos próprios para cães podem ser tóxicos para algumas raças e a dosagem errada pode levar a óbito. Fique longe dos remédios caseiros e não tente fazer uma avaliação via pesquisa no Google. Quando o seu cachorro se sentir mal, leve-o imediatamente a um veterinário. Ele saberá não apenas identificar a razão do mal-estar, como também decidir qual o melhor procedimento para cuidar da saúde do seu cãozinho.


6 - Meu cachorro fica solto em casa por isso não passeio com ele

Este é outro erro que muitos pais de cachorro cometem. Muitos acham que pelo fato do cachorro ficar solto em casa, ter um quintal para explorar ou ter alguém o outro cachorro para brincar são suficientes e que o passeio é dispensável. Mas não é. Cachorros precisam gastar energia, sentir cheiros diferentes e conhecer outros espaços que o ambiente da casa. Não podemos esquecer que os ancestrais dos cães viviam em vida livre, podiam andar, correr e caçavam para se alimentar. O passeio é importante para deixar o cãozinho feliz, mais calmo e sociável com outros cachorros e pessoas. Além disso, reduz a ansiedade do animal e, com isso, diversos problemas de comportamento, como o hábito de destruir objetos e latir em excesso.







sexta-feira, 12 de junho de 2020

Música para todo tipo de amor


Ecad faz levantamento para Dia dos Namorados e mostra canções que enaltecem o sentimento


O Dia dos Namorados chegou e o amor está no ar e no título de muitas músicas de vários estilos e gêneros. Para celebrar essa data, o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) aproveitou o seu banco de dados, um dos maiores da América Latina, para realizar um estudo que identifica as canções que, de alguma forma, têm relação com o amor.

Das quase 2 milhões do total de obras musicais nacionais que compõem o banco de dados do Ecad atualmente, foram encontradas 70.393 músicas com a palavra “amor” no título. O levantamento também localizou títulos de músicas com outras palavras que podem ser relacionadas ao Dia dos Namorados como "paixão" (8.107 canções), "love" (3.550 canções), "apaixonado/apaixonada" (3.308 canções) e “namorado/namorada” (1.657 canções).

Entre as cinco músicas mais regravadas que levam a palavra “amor” no título, o primeiro lugar foi para “Amor em paz”, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, seguida por "Meu primeiro amor" (Zé Fortuna/Hermínio Gimenez/Rafael Hidalgo), "Amor perfeito" (Michael Sullivan/Lincoln Olivetti/Miguel/Paulo Massadas/Robson Jorge), "Falando de amor" (Tom Jobim) e "Como é grande o meu amor por você" (Roberto Carlos).

O estudo também apontou as cinco músicas mais tocadas em rádios, de 2016 a 2019, com a palavra “amor” no título. Na liderança, está “Amor da sua cama”, de autoria de Waléria Leão, Thales Lessa e Felipe Araújo. Na sequência: “Mais amor e menos drama”, de autoria de Michel Alves, Victor Hugo e Philipe Pancadinha; “Amor Falso”, de autoria de Walber Cássio, Felipe Ennzo e Mc Rogerinho; “Apenas mais uma de amor”, de autoria de Lulu Santos; e “Surto De Amor”, de Samuel Deolli, Matheus di Pádua, Davi Jonas, Lucas Moura e Normani Pelegrini.


Ranking de músicas mais regravadas com a palavra “amor” no título

Posição
Música
Autores
1
O amor em paz
Tom Jobim/Vinicius de Moraes
2
Meu primeiro amor
Zé Fortuna/Hermínio Gimenez/Rafael Hidalgo
3
Amor perfeito
Michael Sullivan/Lincoln Olivetti/Miguel/Paulo Massadas/Robson Jorge
4
Falando de amor
Tom Jobim
5
Como é grande o meu amor por você
Roberto Carlos
6
E o amor
Zezé Di Camargo
7
Apenas mais uma de amor
Lulu Santos
8
Tortura de amor
Waldick Soriano
9
Seu amor ainda e tudo
Moacyr Franco
10
Pingos de amor
Paulo Diniz/Odibar
11
Amor distante
Maurício/Maurozinho
12
Tema de amor de Gabriela
Tom Jobim
13
Samba e amor
Chico Buarque
14
Samba do grande amor
Chico Buarque
15
Se ainda existe amor
Mauro Motta/Raul Seixas
16
De tanto amor
Erasmo Carlos/Roberto Carlos
17
Amor de índio
Ronaldo Bastos/Beto Guedes
18
O meu amor
Chico Buarque
19
Castelo de amor
Barrerito/Creone/Nenzico
20
Pedindo amor
Mauro Gasperini/Maurício Gasperini



TERAPIA GUIADA, UMA NOVA REALIDADE PARA A SOCIEDADE


Segundo estudo realizado pelo Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), no Brasil os casos de depressão praticamente dobraram desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o novo coronavírus como pandemia. Entre março e abril, o percentual de pessoas com depressão saltou de 4,2% para 8,0%, enquanto para os quadros de ansiedade o índice foi de 8,7% para 14,9%.

Diante desse cenário, a terapia guiada pode ser uma alternativa com melhor custo benefício para prevenir que novos casos surjam. Alguns aplicativos disponíveis no mercado podem auxiliar no processo de autocuidado emocional e autoconhecimento, realizando uma autoavaliação com as principais características de comportamento existentes pelos usuários. A partir daí, é possível montar um programa com sessões que ajudam a superar os mais variados quadros emocionais como o estresse, melhorar a autoestima, insegurança, ânimo e foco.

Além disso, esses apps ainda permitem fazer testes periódicos para acompanhar seu estado emocional e ver sua evolução, bem como sessões guiadas de meditação, um diário emocional para anotar seus bons e maus momentos e refletir sobre o que aprendeu durante o dia.

A terapia guiada pode ser conduzida por meio de áudio, vídeo e texto para tranquilizar o usuário, melhorar a sua autoestima e aumentar sua produtividade podendo ser acessada a qualquer momento e local. Nesse momento que temos vivido, cuidar da saúde mental se torna imprescindível e a terapia guiada já se consolida como uma ferramenta essencial em uma sociedade que adoece cada dia mais.

Os dados de pesquisa no Brasil demonstram que mais de 80% das pessoas com problemas emocionais e transtornos mentais nunca recebem ajuda especializada, muitas vezes por enfrentarem questões de privacidade, custo, acesso a profissionais ou preconceito. Quero deixar claro aqui que esse modelo de terapia não anula a importância do papel de profissionais especializados no tratamento psicológico e mental. Porém, ela pode ser a porta de entrada e acesso a especialistas, mostrando de fato que não há o que temer em cuidar da sua mente, quebrando assim uma barreira utópica existente em nossa sociedade. Além disso, muitas pessoas têm se beneficiado de combinar a terapia guiada por aplicativo com a terapia com profissionais.

Portanto, procure cuidar da sua mente para não fazer parte dessas estatísticas mencionadas. Permita que a terapia guiada te leve em uma imersão onde, ao final do dia, você mesmo poderá ser seu próprio terapeuta e ter mais leveza em seu corpo físico e mental.







Diogo Lara - médico psiquiatra, PhD em neurociências, psicoterapeuta, ex-Professor titular e pesquisador da PUCRS, e CEO e fundador do Cíngulo, aplicativo de terapia guiada que ajuda no autocuidado emocional das pessoas


A quarentena está causando um colapso hormonal: como não ser a próxima vítima?


Muito tem se falado sobre a pandemia: mortes, políticas de saúde pública, profissões essenciais, fake news, medicamentos e vacinas em testes; assuntos esses de extrema importância num momento em que o mundo aprende a reviver. 

Mas talvez falte falar mais sobre as pessoas! Seus medos, incertezas, inseguranças e como essa onda gigante chamada pandemia de Coronavírus vem afetando o bem-estar de seres humanos saudáveis.

Todos sabemos o mau físico que esta doença está causando, febre, tosse seca, cansaço, perda de paladar ou olfato e dificuldades respiratórias. Mas além destes, temos sintomas que não estão sendo diagnosticados como o estresse, depressão, crises de pânico, ansiedade, alterações no sono, queda de cabelos, azia e desconfortos abdominais, pessoas aparentemente saudáveis que estão lidando com crises internas, resultado das proporções astronômicas que o vírus está causando em nossas vidas.
Sabemos que é necessário reinventar o jeito de viver, mas como?

Tivemos que mudar nossa rotina, aprender um novo modo de trabalhar seja em casa no modelo home office ou então tomando cuidados que talvez nunca tenham sido parte da nossa preocupação de trabalho. As crianças não estão mais na escola, é necessário reformular a rotina para que elas brinquem e se desenvolvam ao mesmo tempo. Como explicar aos pequenos que eles não podem brincar com os coleguinhas da escola como antes?

Nós aprendemos que não dá mais para sair na rua sem preocupação, para as tarefas básicas como supermercado, banco e farmácias já sabemos que máscara e álcool 70% são acessórios indispensáveis. Os momentos de lazer em família e com os amigos, passeios no parque e praia, deixaram de existir temporariamente.
Enquanto a ciência não vence o vírus, nós precisamos usar o conhecimento que ela já nos trouxe sobre o nosso organismo para viver estes dias difíceis da melhor forma possível, procurando encontrar um ponto de equilíbrio interno.

O isolamento atingiu em cheio nosso sistema hormonal de recompensas. O chamado quarteto da felicidade formado por hormônios que nos dão a sensação de prazer e bem-estar, foi diretamente afetado pela falta de convívio com quem amamos, vídeo-chamadas não são capazes de substituir o toque, as séries de TV não são mais as distrações que procuramos, queremos sair e viver intensamente a vida que descobrimos ser melhor do que nós conseguíamos nos lembrar.
Nossas ações resultam em liberação de hormônios e neurotransmissores distintos no nosso organismo que são responsáveis pelo “estado de espirito”, são eles que irão nos dar sensações de felicidade ou medo, e angustia, por exemplo.

Os neurotransmissores dopamina e serotonina são responsáveis por processos motivacionais, nos impulsionam a alcançar objetivos e também promovem a sensação de prazer e bem-estar. Quando os níveis de serotonina estão baixos, temos a sensação de irritação e mau humor, a longo prazo pode até mesmo desencadear quadros depressivos. A ocitocina, também conhecida como hormônio do amor, é responsável pela sensação de confiança e é extremamente importante nos laços de relacionamentos entre as pessoas. A endorfina age como um anestésico, auxiliando a amenizar situações de dificuldade, dor e estresse.

Quando fazemos coisas que nós gostamos, este sistema de recompensas é automaticamente ativado, momentos em família, reuniões com os amigos, festas, passeios ao shopping, parques, bares e restaurantes são capazes de liberar esses hormônios, mas com as restrições, fomos privados dessas atividades e os hormônios do “bem” foram substituídos pelo cortisol, hormônio associado ao estresse.

A todo momento acionamos gatilhos capazes de liberar cortisol, o simples fato de não poder sair ou ver as pessoas com quem costumávamos conviver com frequência aliados as notícias desfavoráveis já nos inundam de sentimentos ruins.

Qual seria a solução para reverter esse quadro? 

1.    Redescobrir coisas que podem ativar a liberação dessas substâncias químicas que trazem a sensação de bem-estar ao corpo. 

2.    Para a liberação de endorfina, pesquisadores apontam dançar e cantar como a solução.

3.    Assistir filmes tristes também pode aumentar a sua tolerância a dor. 

4.    Para aumentar os níveis de serotonina, você pode dedicar um tempo a se recordar de momentos felizes com a família e amigos, rever fotos de momentos alegres ou ainda receber massagens, tomar sol ou praticar exercícios aeróbicos. 

5.    A dopamina nos faz vibrar com pequenas e grandes conquistas, a melhor forma de acioná-la é estabelecer pequenas metas e trabalhar para alcançar seus objetivos, então aprender coisas novas ou finalmente fazer aquilo que vem planejando há bastante tempo será um bom gatilho. 

6.    A ocitocina é o hormônio mais afetado na quarentena, pois está diretamente relacionado com relações afetivas e com o toque, mas ainda pode ser despertado praticando doações ou promovendo ações que ajudem o próximo, ações que por sinal são muito bem-vindas em momentos difíceis como o que estamos vivendo. 

Quando o isolamento acabar você irá descobrir que durante este período fez muito mais do que se proteger do vírus, você aprendeu como desenvolver a sua melhor versão, aquela resiliente e capaz de se adaptar às dificuldades!





Patrícia Rondon Gallina - farmacêutica e professora do Centro Universitário Internacional Uninter. 


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