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quarta-feira, 3 de abril de 2019

O uso de smartphones nas escolas e os benefícios para o estudo


Cada vez mais professores no Brasil utilizam os aparelhos celulares como complemento das atividades pedagógicas. Dosar os momentos on e offline é importante para o desenvolvimento educacional e social das crianças


Muito se fala sobre o uso dos smartphones nas escolas e quais as medidas que devem ser adotadas para que ele seja cada vez menor. Mas, em uma sociedade como a nossa, em que jovens e crianças têm o primeiro contato com a tecnologia tão cedo, os dispositivos acabam se tornando uma extensão do trabalho pedagógico e podem auxiliar no desenvolvimento das atividades diárias.

De acordo com uma pesquisa divulgada no final de 2018 pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), o percentual de professores que utilizam os aparelhos celulares para complemento das atividades com os alunos têm crescido a cada ano. A Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nas Escolas Brasileiras (TIC Educação 2017) mostrou que esse aumento aconteceu tanto nas escolas públicas, onde o percentual passou de 36% para 53%, quanto nas particulares, crescendo de 46% para 69%.

"A tecnologia está presente em todos os âmbitos da nossa sociedade e a educação tem acompanhado essa tendência. Precisamos levar em conta que hoje em dia as crianças já praticamente 'nascem' com um tablet ou um celular nas mãos. Eles são movidos à tecnologia e se não acompanharmos essa tendência corremos o risco de deixar de 'falar o idioma' do aluno", comenta a diretora de comunicação do Colégio Notre Dame, Camila Micheletti. A escola, uma das mais tradicionais da Baixada Santista, utiliza o Sistema Anglo de Ensino, que já prevê o complemento dos estudos utilizando o celular nas próprias apostilas.

Chamar a atenção dos jovens para determinados temas, com o uso de QR Codes, por exemplo, é uma das formas de unir tecnologia e educação. Ao falar sobre um assunto, a apostila apresenta o código que dá acesso a fotos, vídeos e materiais complementares que auxiliam no aprendizado. A vantagem desse tipo de interação on e offline é oferecer o conhecimento para o aluno naquela que é a sua "zona de conforto": o smartphone.

Mas, claro, tudo precisa de equilíbrio. "Precisamos ficar sempre atentos para que a inclusão de tecnologia na sala de aula venha para somar no aprendizado, não diminuir. A partir do momento em que deixa de ser benéfica e passa a desviar a atenção dos jovens, ela não é mais bem vinda na escola", explica Camila.

É o caso, por exemplo, dos momentos de lazer. Quando o uso de celular é permitido na escola, é preciso que alternativas de diversão sejam oferecidas no horário do intervalo, principalmente para os estudantes mais novos, de forma que aquele tempo tão importante para o desenvolvimento das relações interpessoais não seja perdido nem negligenciado.

"É preciso que as crianças saibam interagir e brincar como crianças. Isso significa correr, suar, pular, liberar energia. E, claro, isso não acontece quando eles passam todo o tempo livre com o celular nas mãos. O ideal é que os pais e a escola estejam em harmonia nesse sentido, para que os jovens recebam as recomendações de tempo de uso dos dispositivos eletrônicos em casa e que a escola ofereça atrativos 'desconectados'. Hoje, além das quadras e parquinhos, oferecemos mesas de ping-pong, pebolim, jogo de botão, atividades ao ar livre como corda, elástico, caracol. São as brincadeiras mais antigas, mas que ainda são importantes para o crescimento das crianças", finaliza Camila.

Mais do que diversão, as atividades físicas e brincadeiras em grupo são importantes para a saúde dos mais novos e para que eles possam trabalhar a sociabilidade. Essas relações humanas, por mais tecnológicas que essas gerações possam ser, nenhum celular ou tablet poderá proporcionar.





Notre Dame


Lição de casa também é assunto para os pais


Organizar o tempo e ter um espaço de estudo adequado pode ajudar a desenvolver a autonomia dos filhos 


Na hora de ajudar os filhos com a lição de casa, muitos pais são pegos de surpresa. Afinal, muitos deles não sabem ao certo como auxiliar. A realidade é que, por um lado, as crianças podem apresentar conteúdos que por vezes eles não dominam, exigindo que os pais se debrucem sobre o tema. Por outro, resolver as questões pelos filhos, oferecendo respostas prontas, não é a melhor solução para o bom desenvolvimento deles.

De qualquer forma, é unânime o entendimento de que é essencial que os pais se dediquem a ajudar. Organizar o tempo e providenciar um local adequado para os estudos pode ser um bom começo. Buscando amparar a família nessa questão, o Colégio Marista Pio XII, em Ponta Grossa (PR), propôs uma oficina destinada a pais de alunos do  1.º ao 5.º ano.


A oficina tratou de questões sobre como ajudar as crianças em caso de dúvidas e de que forma os pais podem estimular noções como responsabilidade, autonomia e pensamento crítico para a solução de problemas. A coordenadora pedagógica Cibele Guaringue explica que além de reforçar o conteúdo trabalhado em sala de aula, a lição de casa também traz outras práticas importantes. “A diferença entre tratar a lição de casa como fardo ou como uma tarefa de responsabilidade da criança pode ser crucial para o desenvolvimento e para o futuro do aluno. E o papel dos pais é de grande importância nesse quesito. Ter autonomia para resolver problemas de forma criativa e com responsabilidade é uma habilidade que será útil para toda a vida”, explica.
Confira algumas dicas selecionadas pela pedagoga Cibele para ajudar seu filho na lição de casa:

- Entenda a metodologia: é importante conhecer e entender a metodologia usada pela escola para orientar mais assertivamente a criança quando surgir alguma dúvida. Participar de reuniões de classe e conversar com os coordenadores e professores pode ajudar pais que estejam em dúvida ou queiram se aprofundar no estilo do ensino praticado na escola.

- Dê autonomia: quando a criança tem alguma dúvida, é importante ouvir o questionamento e entender qual é o ponto que está gerando incertezas. Isso é relevante, pois nesse momento os pais podem assumir o papel de “sabe tudo” e bloquear uma troca interessante com o filho. Lembre-se que foi o aluno que assistiu à aula e que ele domina o assunto que está sendo tratado.

- Qual a maneira certa? Existe mais de uma forma de se chegar a um resultado correto e isso é ótimo. Por isso, é importante entender a metodologia utilizada e também a maneira de pensar do aluno, que usa uma lógica própria para resolver questões. Estimular esse pensamento crítico e autonomia desde cedo é importante para o desenvolvimento e criatividade.

- Corrigir ou não? Acompanhar a lição de casa da criança pode ser um momento desafiador para os pais. No caso de respostas incorretas, por exemplo, a orientação é corrigir de forma sutil, tentando ajudar o filho no processo de resolução da questão. Mas se os erros forem muitos, ou se o conteúdo estiver fora do domínio da criança, vale uma conversa com o professor para que o assunto seja resolvido em sala de aula.

- Ambiente propício: fazer lição de casa é uma responsabilidade da criança e os pais podem contribuir para que esse momento aconteça de maneira tranquila e rotineira. Ter um lugar específico para isso pode ajudar, longe de distrações como TV ou eletrônicos. Compartilhar o momento, fazendo tarefas parecidas, como leitura ou até algo do trabalho também mostra às crianças que cada um tem sua responsabilidade. A dica é partilhar desse momento, estando à disposição, mas não cobrando ou fazendo a tarefa pela criança.





Rede Marista de Colégios (RMC)
www.colegiosmaristas.com.br


Educação: Como a tecnologia pode estimular o conhecimento e a criatividade para superar limites



O tempo parece muito mais curto quando observamos a velocidade de transformação das novas tecnologias. O que surgiu há seis meses pode se tornar ultrapassado num piscar de olhos, especialmente com a disseminação de soluções disruptivas como Analytics, Blockchain, Inteligência Artificial, IoT e Machine Learning. Imagine o que será quando tivermos acesso à computação quântica. O que as pessoas poderão criar? Qual será o limite? Haverá limite?

Confesso que não tenho respostas, mas me sinto como se tivesse que descobrir tudo de novo, como aconteceu com os grandes navegadores. A transformação digital nos levou a um patamar maior de exigência em que é preciso pensar além das fronteiras. Mas como preparar profissionais para que atuem dessa forma e adotem um mindset de crescimento? Neste caso, sugiro um caminho que priorize a educação.

Com as transformações tecnológicas e surgimento de novas profissões, a tendência é que a carreira agregue, cada vez mais, novas habilidades. Mesmo que a pessoa seja formada em uma área, ela deverá ter uma visão do todo, se preparar para desenvolver projetos diferentes, simultaneamente. O futuro da educação está em sua continuidade durante toda a vida.

A colaboração será outra tônica presente na sala de aula e nos ambientes profissionais, por meio de coworking, para agregar conhecimentos e solucionar problemas. Na era da digitalização, criar mais, propor e se expor mais farão a diferença. E todo esse preparo deve começar no ensino básico, valorizando a pesquisa e a descoberta desde cedo. A educação para o mundo 4.0 prevê a nossa (des)formatação, ou seja, nos libertar de padrões que limitam a criatividade.

Para fazer esta roda girar, o professor deve estimular o debate para que as crianças aprendam umas com as outras e, ao mesmo tempo, sejam desafiadas a questionar e encontrar novas respostas. Neste cenário, a conectividade terá um papel imprescindível para levar informação às localidades mais remotas do Brasil. Com os dispositivos de IoT, é possível preparar professores, compartilhar conhecimento e qualificar os profissionais das mais diversas áreas em tempo integral.
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Mais do que consolidar informações, a educação intensifica o diálogo e oferece mais oportunidades para o desenvolvimento de habilidades que poderão transformar o futuro do trabalho. Com as plataformas digitais disponíveis e com o crescimento econômico estimado nos próximos anos, novos empregos deverão ser criados, mesmo que alguns desapareçam em função da automação.

É o momento para que todos se preparem para profundas mudanças, que não necessariamente significam algo ruim ou ameaçador, apenas diferente e com mais desafios educacionais pela frente. A cultura da inovação, do empreendedorismo e da segurança – inclusive para proteger o seu próprio ambiente doméstico e profissional – deve se tornar mais frequente. Vivemos a era do crescimento exponencial em que a força de trabalho e o conhecimento tendem a se reinventar pela tecnologia.





Ailtom Nascimento - vice-presidente da Stefanini, 5ª empresa mais internacionalizada segundo o Ranking da Fundação Dom Cabral (FDC) 2018


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