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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Cuidados com a pele: risco de câncer aumenta no verão


Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, o câncer de pele corresponde a 30% dos tumores malignos registrados no Brasil. A probabilidade de contrair a doença aumenta ainda mais no verão, época em que a radiação solar incide com mais intensidade sobre a Terra, agravando riscos à saúde


“A grande maioria das ocorrências é desencadeada por exageros ou falta de cuidados em relação ao sol”, revela Ivander Bastazine Junior, secretário do Departamento Científico de Dermatologia da Associação Paulista de Medicina.

“Portanto, a melhor maneira de prevenção consiste em evitar a exposição, principalmente nos horários de grande incidência de radiação ultravioleta, das 10h às 16h, além do uso diário de filtro solar”, adverte o especialista.

Entre os cânceres, o de pele é o mais prevalente. O tipo mais comum é o Carcinoma Basocelular, que pode surgir como uma lesão elevada pequena e brilhante. Ou como uma ferida que não cicatriza, cresce lenta e continuamente.

“Sempre é bom alertar as pessoas sobre esse problema, assim como lembrar que existem várias outras doenças que são desencadeadas ou agravadas pelo sol, como lúpus eritematoso e alguns tipos de dermatites alérgicas”, pontua Ivander.

Para a prevenção, há dicas simples, como a utilização dos chamados itens de barreiras, a exemplo de chapéus, associados ao filtro solar.
       
Os casos de câncer de pele são mais frequentes em pessoas de pele clara e mais raros em pessoas de fototipo alto, como morenos e negros. Bronzeadores convencionais são contraindicados por intensificar o efeito do sol e deve-se aumentar o consumo de água e ingestão de frutas para manter a hidratação durante os períodos de alta temperatura.
O melanoma, outro tipo da doença cuja incidência cresce no mundo inteiro, tem como uma de suas possíveis origens pintas na pele. Para ajudar na avaliação, especialistas desenvolveram a regra ABCD, onde o A significa assimetria, B, bordas irregulares, C, mais de uma cor, e D, diâmetro maior que 6 milímetros, quatro características que sugerem risco.

Especialistas recomendam sempre estar em alerta quando lesões no corpo apresentarem crescimento. A prevenção do câncer de pele é importante, entretanto, o parecer médico para avaliação precoce é indispensável.


Lesões nas costas e como tratá-las


Praticamente 80% de nós já sofreu algum tipo de dor nas costas durante nossa vida.

Na maioria dos casos, a dor ocorre na coluna lombar (a parte mais baixa das costas), por ser essa a área que sustenta a maior parte do seu peso, especialmente quando se move, vira e abaixa.

Distensões nas costas são causadas quando ligamentos - fortes feixes de tecido fibroso que unem os ossos - tornam-se desgastados ou são sobrecarregados.
A tensão nas costas envolve uma musculatura e/ou um tendão. De qualquer forma, muitas vezes a origem da dor não é tão claramente definida.

Algumas vezes a condição ou lesão que iniciou a dor pode ser curada, mas a dor ainda persistir.

Como lesões nas costas podem acontecer?

Uma lesão nas costas pode ocorrer quando você levanta muito peso, pratica um esporte que exige muito esforço, ou mesmo quando se vira ou se contorce de forma inapropriada no dia a dia.

Seja a dor uma torção ou distensão, o resultado é o mesmo: O tecido mais flexível inflama, causando dor e normalmente espasmos musculares, o que pode ser muito debilitante para os movimentos e atividades diárias de uma pessoa
A dor pode ser sentida como pontadas, queimaduras, dores periódicas, formigamento ou como uma dor constante. Que podem durar de algumas semanas até meses, podendo se tornar uma dor crônica com complicações mais sérias.


Ligamentos na parte baixa da coluna lombar

Existem três tipos de músculos que sustentam a coluna: Extensores (traseiros e músculos do glúteo), flexores (abdominais e músculos iliopectíneos), e oblíquos ou rotadores (músculos laterais). Através de um complexo sistema de nervos, a dor muscular ou luxação muscular pode se desenvolver na lombar, o que pode restringir a quantidade de movimentos que você consegue realizar. Espasmos musculares podem afetar sua postura normal ou inabilidade de levantar-se sem apoios.


É necessário um exame de raio-x ou outro teste para diagnóstico?

Exames diagnósticos (por exemplo ressonância magnética) não são necessários a menos que a dor não desapareça. É claro que, se a dor ou outros sintomas aumentarem, progressiva ou repentinamente, é hora de ligar para seu médico.
É nesse momento, que seu médico irá querer eliminar qualquer possível causa que não seja a correta, como danos no discos da coluna ou um nervo comprimido.

Seu médico pode pedir um raio-x, uma tomografia computadorizada, ou uma ressonância magnética para examinar as juntas das vértebras, sua coluna e as raízes nervosas.

Um diagnóstico feito logo no início do problema, junto com tratamento pode ajudar a prevenir que dores agudas nas costas se transformem em dores crônicas.


Tratamento Inicial

Talvez você queira se enrolar na cama! De qualquer forma, o tempo na cama deve ser limitado, pois quando prolongado pode levar a perda de massa muscular e da força. Seu médico pode recomendar um analgésico, acupuntura e/ou fisioterapia para a dor.

Seu médico também pode prescrever a combinação de dois ou mais tratamentos.


Fisioterapia: Um programa de fisioterapia pode incluir tração pélvica, massagens musculares, terapia do frio e calor, estimulação elétrica dos músculos e fortalecimento e alongamento localizados. também inclui a educação do paciente, e uma variedade de alongamentos e exercícios para fortalecimento que o paciente possa fazer em casa, normalmente focando no núcleo do corpo.
Medicamentos: Uma enorme variedade. Anti-inflamatórios ajudam a reduzir a dor associada a inflamação. Relaxantes musculares podem ajudar a diminuir os espasmos. De qualquer forma, confirme com seu médico primeiro pois estes medicamentos podem ter efeitos colaterais ou interagirem com outros medicamentos que você possa estar tomando.


Força de vontade: Força de vontade é uma habilidade muito importante quando lidando com a dor nas costas - ou qualquer outro tipo de dor. Compreenda que a dor pode mudar seu humor e a forma como você interage com as outras pessoas. Dor pode trazer ansiedade, depressão, irritabilidade e frustração para muitos pacientes, para os quais pode ser indicado que procurem um psicólogo ou psiquiatra.


Medicina Complementar: Acupuntura e técnicas de biofeedback são formas comuns de tratamento nessa categoria e podem ser recomendadas pelo seu médico.


O que esperar da dor

Mais de 90% dos pacientes conseguem se recuperar completamente de lesões na musculatura lombar dentro de um mês.

Após esse mês, tratamentos com compressas frias e quentes, assim como medicação anti-inflamatória são indicadas apenas para conter novas crises de dor.

Tenha sempre em mente que distensões e torções nas costas podem se tornar um problema constante a menos que você mude seus hábitos que contribuem para essa dor.

Fale com seu médico ou fisioterapeuta sobre exercícios específicos que você pode fazer para fortalecer seu tono muscular - como músculos abdominais, para ajudar a estabilizar sua coluna.

Yoga, natação, ciclismo e caminhadas são todas atividades benéficas para manter sua coluna saudável.

Seu objetivo é manter um peso corporal saudável. Mesmo 2 quilos a menos podem diminuir bastante sua dor nas costas, já que terá que carregar menos peso extra.

Se você fuma, pare! O corpo das pessoas que fumam se cura mais devagar, portanto correm maior risco de dores nas costas e desordens degenerativas dos discos. 

Controle o stress. Tente remover ou diminuir o maior número de fatores estressantes.





Marcus Yu Bin Pai - graduado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e médico especialista em Fisiatria (Medicina Física e Reabilitação) e Acupuntura.


Saúde e mais três ministérios firmam carta compromisso para prevenção da gravidez na adolescência


Ministérios da Saúde; Mulher, Família e Direitos Humanos; Cidadania; e Educação assinam documento para construção de agenda intersetorial para os próximos quatro anos

A partir de agora ações de prevenção da gravidez na adolescência estarão previstas em agenda intersetorial, envolvendo conjuntamente a participação de quatro ministérios. A nova medida, que deverá ser implementada até 2022, está garantida em carta compromisso assinada pelos Ministérios da Saúde; da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos; Ministério da Cidadania; e da Educação. O anúncio, que ocorreu nesta sexta-feira (08), em Brasília, marca a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência (01 a 08 de fevereiro), instituída por meio da Lei 13.798, de 3 de janeiro de 2019.

Durante a assinatura do documento, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, destacou a importância do compromisso. “O Grupo de Trabalho será interministerial e passa por sua agenda o acompanhamento, monitoramento e propositura de todas as ações e consolidações dos dados relacionados ao tema. 
Os ministérios precisam trabalhar com os mesmos números, mesmas situações e seus desdobramentos”, destacou o ministro. Ele explicou que, a cada ano perdido da grade escolar, aumenta a mortalidade infantil. “A evasão escolar é problema também da saúde pública. Assim como a gravidez na adolescência, que aumenta o índice de partos prematuros”, destacou o ministro da Saúde.
Assinada pelos ministros Luiz Henrique Mandetta (Saúde), Damares Regina Alves (Mulher, da Família, e dos Direitos Humanos), Ricardo Vélez Rodríguez (Educação) e Osmar Gasparini Terra (Cidadania), representado pelo secretário Especial de Desenvolvimento Social, Welington Coimbra, a Carta prevê uma agenda de trabalho conjunta, articulada e permanente envolvendo as quatro pastas. Diferentes setores da sociedade e gestores públicos serão convidados a participar da agenda para a construção de estratégias prioritárias, a serem avaliadas e atualizadas anualmente durante a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência.
A ministra da Mulher, da Família, e dos Direitos Humanos, Damares Regina Alves, também destacou que o tema da gravidez na adolescência será tratado de forma transversal aos ministérios das diferentes pastas. “Estamos trabalhando dentro do que é possível. O Governo Bolsonaro está muito envolvido no cuidado às crianças e adolescentes”, afirmou a ministra Damares. O ministro da Educação, Ricardo Rodríguez, também reforçou o compromisso do governo com o tema. “É uma satisfação como ministro participar desse momento. Esse ato mostra o compromisso do governo com as crianças e os adolescentes”.
Para o secretário especial do Desenvolvimento Social do Ministério da Cidadania, Welington Coimbra, “o tema envolve, não só a questão do direito de engravidar quando quiser, mas também de não engravidar na adolescência. A abordagem também se estende à paternidade não desejada”, disse.
Entre os objetivos da Carta Compromisso estão promover apoio profissional qualificado em prevenção à gravidez na adolescência; ampliar e qualificar o acesso da população adolescente aos serviços de Atenção Básica; fomentar ações educativas voltadas para adolescentes, famílias, sociedade civil e toda a comunidade; disseminar informações sobre o cenário brasileiro da gravidez na adolescência; e incentivar pesquisas científicas sobre os efeitos da gravidez na adolescência e avaliações que gerem evidências de melhores práticas para subsidiar o aperfeiçoamento das ações públicas sobre esse tema.
DESAFIOS INTERSETORIAIS
Uma das primeiras medidas do atual governo foi sancionar a Lei 13.798 de 3 de janeiro de 2019, instituindo a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência. O objetivo é intensificar, nesta semana, a disseminação de informações sobre as medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da gravidez na adolescência. A relevância dada ao tema por essa Lei encontra respaldo em vários acordos, convenções e diretrizes internacionais, como os Objetivos do de Desenvolvimento Sustentável (2015).
Esse desafio torna-se ainda maior em países como o Brasil, considerando as taxas de fecundidade entre adolescentes e as desigualdades regionais, raciais e socioeconômicas que ainda precisam ser superadas. Assim, é necessário o fortalecimento de ações integradas e intersetoriais que considerem as vulnerabilidades que afetam esse grupo.
Segundo a pesquisa Nascer Brasil (2016), do Ministério da Saúde, 66% das gravidezes em adolescentes são indesejadas. Já dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE/2015) feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com apoio do Ministério da Educação (MEC) revela que 66% dos estudantes no 9º de escolas brasileiras (87% deles tinham entre 13 e 15 anos), que tiveram ao menos uma relação sexual, declararam ter usado preservativo para evitar gravidez e/ou infecções sexualmente transmissíveis.
Também é necessário garantir a efetivação dos direitos de meninas adolescentes que são mães, como o acesso a diferentes serviços e atendimentos, como o pré-natal, parto humanizado e o planejamento reprodutivo, assim como garantir que ela continue na escola e mantenha convivência familiar e comunitária.
RAIO X DA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA NO BRASIL
Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que a taxa mundial de gravidez na adolescência em 2016 foi estimada em 44 nascimentos para cada mil adolescentes entre 15 e 19 anos. Para as Américas, esse indicador foi estimado em 48,6/1000. Já no Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam que essa taxa está em 56,4/1000. Embora esse dado esteja acima da média internacional, houve redução de 13% do número de nascidos vivos de mães adolescentes brasileiras entre 2010 (64,8) e 2017 (56,4). Na faixa etária de 10 a 14 anos essa taxa no período passou de 3,3 para 2,8. A participação de filhos de mães entre 15 a 19 anos em relação ao total de nascidos vivos no país também caiu de 19,3% em 2010 para 16,4% em 2017.
Sobre o acesso ao pré-natal, a proporção de mães adolescentes com pelo menos quatro consultas é menor (87,4%) do que a cobertura em outras faixas etárias (92%).
Entre 2010 e 2017, houve queda de 28% na proporção de adolescentes (10 a 19 anos) no grupo de mães de nascidos vivos que se declarava branca (15,6% para 11,3%), enquanto a proporção de adolescentes entre as mães indígenas manteve-se estabilizada em torno de 29% no período. Em 2017 a proporção de adolescentes (até 19 anos) entre mães pardas (19,7%) e pretas (15,3%) ainda é maior do que entre brancas (11,3%) e amarelas (12,7%).
Em relação às regiões brasileiras, em 2017, a taxa de fecundidade entre adolescentes de 15 a 19 anos na Região Norte (88,6/1000) foi quase o dobro da observada nas regiões Sul e Sudeste (45,1/1000). Entre os estados, no período entre 2010 e 2017, a taxa de fecundidade dessas meninas caiu em todas as Unidades da Federação, sendo que a maior variação (-25%) foi no Amapá (111,4 para 83,6/1000) e a menor (-5%) em Roraima (de104,4 para 99,1/1000). No entanto, as variações entre os estados ainda são grandes: a taxa do Acre (104/1000) é quase três vezes maior do que a do Distrito Federal (38/1000).
AÇÕES DE PREVENÇÃO

Para reduzir os casos de gravidez não planejada, o Ministério da Saúde investe em políticas de educação em saúde e em ações para o planejamento reprodutivo. Uma das iniciativas é o trabalho com a Caderneta de Saúde do Adolescente, com as versões masculina e feminina. A Caderneta contém os subsídios que orientam o atendimento integral dos adolescentes, com linguagem acessível, possibilitando um maior diálogo entre os profissionais de saúde e os adolescentes. Desde 2009 foram entregues cerca de 32 milhões de Cadernetas de Saúde do/a Adolescente em 4.111 municípios. A Caderneta é distribuída durante a consulta na Unidade Básica de Saúde
O Ministério da Saúde também elabora publicações e dissemina tecnologias, que buscam apoiar as gestões estaduais e municipais na ampliação do acesso aos serviços de Atenção Básica e qualificar a atenção à saúde de adolescentes, visando a integralidade do atendimento e a garantia de seus direitos. A pasta também tem ampliado o acesso aos programas Saúde da Família, que aproxima os adolescentes dos profissionais de saúde, e o Programa Saúde na Escola (PSE), que oferece informação em saúde no ambiente escolar. A pasta tem ainda em sua rotina abordar o tema nas redes sociais, canal muito utilizado por esse público.


Foto: Rodrigo Nunes / ASCOM MS

Agência Saúde



Inovação faz a diferença

Inovar é um verbo transitivo direto que significa introduzir novidade em; fazer algo como não era feito antes - sendo que no Brasil também significa fazer ainda melhor. Necessária, produtiva e urgente, a inovação em todos os campos deve ser cada vez mais incentivada para que possamos estar em condições de competitividade com o resto do mundo.

É um dos fenômenos mais importantes na economia e nos negócios nos tempos atuais, seja devido à perspectiva de que está diretamente relacionada com a geração de riquezas, ou com seu objetivo principal que é o ganho de competitividade. O conhecimento torna-se cada vez mais importante e as instituições de pesquisa são crescentemente vistas como veículos para a transferência de tecnologia e um canal por meio do qual a troca de conhecimento se torna mais eficaz.

Por isso essa grande necessidade de investir no ato de inovar. O Estado de São Paulo é referência neste assunto. Enquanto secretário de Agricultura e Abastecimento tive a oportunidade de promover em 2016 a criação dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs). Uma ferramenta que permitiu aos institutos de pesquisa da Pasta darem um passo adiante na inovação.

Com maior facilidade para firmar parcerias com a iniciativa privada, os seis institutos de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) já colhem frutos. O Instituto de Zootecnia (IZ) lança um óleo natural capaz de combater o carrapato em bovinos; o Instituto Biológico (IB) participa do processo de fabricação do selante de fibrina, poderoso cicatrizante.

Foi um momento importantíssimo para este contexto, a realização da Agricultura que reuniu um formidável grupo de inovadores.

Como deputado federal, consegui junto à bancada paulista a aprovação de emenda que destina R$ 22 milhões para a Apta e seus institutos e às unidades paulistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que também tem feito sua parte. Promove inovações como a exportação, em setembro, para a África do Sul do primeiro lote de mangas brasileiras. Foram 25 toneladas exportadas após cinco anos de negociações.

Também adaptou tecnologia limpa empregada na Espanha e em Israel para controle de pragas tem sido utilizada com sucesso contra o ataque da mosca-das-frutas nas uvas. O conhecimento já está à disposição dos produtores. Mas é inegável que este trabalho poderia ser ainda maior.

A Embrapa necessita de uma revitalização, de mais investimentos em infraestrutura e pessoal para poder continuar a inovar e auxiliar nosso produtor rural. Para acompanhar a verdadeira evolução que vem ocorrendo no campo. Além das instituições de pesquisa, das empresas e do governo, outros atores assumiram papel relevante no ecossistema de inovação brasileiro: as incubadoras, aceleradoras, parques tecnológicos, os investidores, que constituem o ambiente para a criação de empresas de base tecnológica.

Mais recentemente, tomam forma os hubs de tecnologias onde estão embarcados vários dos atores descritos acima e que, de forma pragmática, poderiam ser iniciativas das parcerias público - privadas devido ao aproveitamento mais eficaz dos recursos materiais e de capital intelectual.

Nos últimos cinco anos, a participação do agronegócio no Produto Interno Bruto - PIB brasileiro saltou de 19% para 23%. Boa parte desse avanço se deve à adoção de novas tecnologias e à chegada das ag techs, as startups que estão se multiplicando e fazendo uma nova revolução no campo, trazendo ganhos de produtividade e aumento de renda aos agricultores.

A exemplo das fintechs, que invadiram o setor financeiro, o fenômeno das inovações no setor agrícola é irreversível e as empresas começam a ganhar musculatura financeira para deslanchar nos próximos anos. A 2ª edição do Censo AgTech Startups Brasil, realizado pela AgTech Garage, contabilizou um pouco mais de 300 empresas voltadas, exclusivamente, para o desenvolvimento de tecnologias para o mercado agro, em um universo de aproximadamente 7 mil startups em todo o país.

Se o Brasil não investir, não seremos protagonistas em um cenário onde a lista de novidades oferecidas pelas agritechs inclui ferramentas voltadas à agricultura de precisão, drones e robótica aplicada no campo, uso de satélites, big data, internet das coisas (IoT), inteligência artificial e sistemas de gestão em nuvem.

A busca por inovação não é só uma prioridade, mas uma necessidade em um ambiente econômico altamente complexo e de crescente pressão por parte dos consumidores, governos e reguladores que demandam mais eficiência, controle, rastreabilidade e sustentabilidade. Somado a isso novidades disruptivas ocorrerão e mudarão comportamentos e sistemas.

Acompanho o entusiasmo com que a Ministra Tereza Cristina e sua equipe têm lidado com esta questão!

Está havendo uma revolução digital no campo e identificamos no agronegócio o maior potencial de retorno. É um segmento em que o Brasil tem um mercado doméstico enorme e uma tendência agressiva de consumir tecnologia. Em 2017, o agronegócio cresceu 13% no Brasil enquanto os setores industriais e de serviços ficaram patinando e este dinamismo precisará continuar! Inovação é o que garantirá isto!




Arnaldo Jardim - Deputado Federal - PPS/SP



Campanha Criança Nota 10 LBV


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