Descubra se você sofre desse mal
A solidão profissional é o preço que se paga pelo desenvolvimento
da carreira, mas também o resultado pela forma como nos relacionamos com as
pessoas no ambiente corporativo e pode ser um desastre na trajetória
profissional. Para o professor Luciano Salamacha da Fundação Getúlio Vargas, “a
relação dentro de uma empresa faz com que a troca de experiências com vários
profissionais, da mesma área ou setores coligados, ajude no crescimento
profissional e pessoal e nas tomadas de decisões mas, principalmente no aumento
de conhecimento na própria área de atuação. É o principal pilar do crescimento
numa empresa “.
Pessoas do mesmo nível hierárquico dividem dúvidas,
angústias e insatisfações, além de receber ou dar conselhos sobre o trabalho
mas, a medida que um profissional alcança postos de chefia ou liderança, o seu círculo
de relacionamento muda. O número de pessoas com quem se pode ter o feedback é
menor. Quanto mais promoções o profissional recebe menor é o número de pessoas
que estarão no mesmo nível na empresa e como gestor não pode dividir certas
decisões ou acontecimentos com todos. Salamacha alerta que quanto mais alto for
o cargo exercido na estrutura organizacional maior é chance de se sentir
solitário, por isso, esse fator acomete mais profissionais de cargos mais altos
como presidência, CEO. A solidão profissional cresce na mesma proporção em que
aumenta o poder de decisão na empresa e uma forma de combater esse efeito,
existe hoje dentro das corporações o Mentor, uma das atribuições do professor
Salamacha. O mentor é um consultor externo que pode com isenção, dar conselhos
aos profissionais de cargos mais altos numa companhia.
O professor também afirma que pessoas com dificuldade em se
relacionar com os colegas no trabalho também podem sofrer os efeitos da solidão
profissional. Pessoas extremamente fechadas, às vezes são mal compreendidas e
até excluídas pelos grupos. Pessoas que trabalham sozinhas em home office
também podem sofrer de solidão profissional e acabam se desestimulando, perdem
a graça em trabalhar, mesmo com tantas vantagens que pode trazer esse tipo de
atividade, cada vez mais comum nas grandes cidades com prestadores de serviços
e profissionais autônomos.
Salamacha alerta para esse fenômeno que pode influenciar a
performance no trabalho. O professor de gestão de empresas da FGV, especialista
em carreira diz que pessoas que se sentem sozinhas passam a ficar inseguras por
falta de referência, de informação. A insegurança, por sua vez, afeta muitas
vezes o desempenho em tomadas de decisões simples.
O professor, que integra conselhos de administração em grandes
empresas diz que já assistiu muitos gestores errar ao terem que decidir
pequenas questões, mas diante de um impasse mais polêmico, acabam tomando
medidas mais duras.
Salamacha afirma que no mundo corporativo, muitos bons
profissionais acabam se perdendo no melhor momentos de suas carreiras porque
não reconheceram que necessitavam de ajuda e aconselha: “reveja suas relações,
perceba se sente só e infeliz, tome uma atitude mais saudável para sua vida
profissional e tenha certeza que terá mais sucesso. “.
Luciano Salamacha - doutor em
Administração e mestre em Engenharia de Produção. Preside e integra conselhos
de administração de empresas brasileiras e de multinacionais, atuando como
consultor e palestrante internacional. É professor da Fundação Getúlio Vargas
em programas de pós-graduação, também é professor de mestrado e doutorado no
Brasil, na Argentina e nos EUA. Recebeu da Fundação Getúlio Vargas o prêmio de
melhor professor em Estratégia de Empresas nos MBA’s, por sete anos seguidos. É
um dos raros professores que fazem parte do “Quadro de Honra de Docentes”, da
FGV Management. Luciano Salamacha é autor de livros e artigos científicos
publicados no Brasil e no exterior. Foi pioneiro na América Latina em pesquisas
sobre neuroestratégia e neurociência aplicada ao mundo empresarial.
Curso de ajuda profissional “FOI SEM QUERER“ pode ser
adquirido no site http://foisemquerer.com.br/