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segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Número de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) aumenta


Organização Mundial da Saúde (OMS) estima a ocorrência de mais de um milhão de casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) por dia no planeta. Ao ano, estima-se aproximadamente 357 milhões de novas infecções, entre HPV, clamídia, gonorreia, sífilis e tricomoniase



O sexo sem proteção está causando a explosão do número de pessoas infectadas com agentes de DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis).

O problema é comum também ao Brasil. Dados do Ministério da Saúde mostram que a população entre 25 e 39 anos é a mais suscetível a contrair as enfermidades transmitidas pelo sexo.

A despeito das campanhas e dos alertas dos médicos, um pouco mais da metade dos jovens entre 15 e 24 anos usa preservativo na relação com parceiros eventuais.  Os outros, partem para o risco e podem ser infectados pelo HIV, vírus que provoca a AIDS, papilomavírus, causador dos condilomas e cancer, entre outras enfermidades.

“Nos últimos quatro anos o aumento dessas doenças tem sido assustador, principalmente em relação à sífilis, que é uma doença fácil de tratar. Mas está faltando diagnóstico e tratamento adequados. O que vemos é apenas um dos parceiros sendo tratados e outro não. E às vezes a gestante é tratada de forma incorreta e o bebê nasce com a doença”, destaca o ginecologista José Eleutério Júnior, presidente da Comissão Nacional Especializada em Doenças Infectocontagiosas, da FEBRASGO.

O Estudo Epidemiológico sobre a Prevalência Nacional de Infecção pelo HPV (Papilomavírus Humano) constatou que das 7.586 pessoas testadas, 54,9% tinham o vírus e 38,4% apresentavam alto risco de desenvolver câncer.

Quanto à Aids, o índice de contágio dobrou entre jovens de 15 a 19 anos, passando de 2,8 casos por 100 mil habitantes para 5,8 na última década. Na população entre 20 e 24 anos, chegou a 21,8 casos por 100 mil habitantes. Em 2016, cerca de 827 mil pessoas viviam com o HIV no País. Aproximadamente 112 mil brasileiros têm o vírus, mas não o sabem.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, há dois anos, foram notificados 87.593 casos de sífilis adquirida, 37.436 em gestantes e 20.474 congênitas. Já os episódios de Hepatite C somavam pouco mais de 7 mil casos em 2003, incidência de 4 por 100 mil habitantes. Em 2016 foram 6,5 casos por 100 mil habitantes.

“Está faltando uma boa assistência voltada às ITSs. Precisamos de educação, que é a base de tudo. Precisamos informar a população sobre os riscos da relação sexual desprotegida, sobre os riscos de excesso de parceiros. É necessário também acesso fácil ao sistema público de saúde e nada de discriminar os pacientes, principalmente os portadores de HIV. talvez conseguisse diminuir esses índices, junto com uma boa assistência no sistema de saúde. Com isso, certamente diminuiríamos os números dessas doenças”, afirma o ginecologista.

As consequências de algumas destas doenças podem ser drásticas, inclusive levando ao óbito. Outras são passíveis de prevenção com vacina disponível em postos de saúde, caso do HPV. 


Escoliose em bebês: como diagnosticar e tratar



Profissionais do Studio Pilates Patricia Bueno orientam sobre desvio da coluna vertebral


Os cuidados com os bebês envolvem desde a alimentação, ao bem estar emocional e físico, e apesar de todos eles, muitas vezes alguns passam despercebidos. A escoliose é uma curvatura na coluna vertebral pode afetar qualquer idade, inclusive aos pequenos. Existem passos que podem ser dados para cuidado e atenção em relação a escoliose.
De acordo com a fisioterapeuta Sueli Dantas Rodigues, do Studio Pilates Patricia Bueno, na maioria dos casos, a escoliose infantil possui origem genética, sendo, portanto, mais frequente entre pessoas de uma mesma família.  Em alguns quadros, porém, cerca de 20% dos casos é secundária a outras doenças, tais como deformidades congênitas da coluna vertebral, alguns distúrbios neurológicos, tecido conjuntivo, muscular.
“É importante ressaltar que a criança com escoliose raramente sente dores ou qualquer desconforto na coluna − exceto em quadros mais graves. Dessa forma, os sinais iniciais da doença podem passar despercebidos”, ressalta a fisioterapeuta.
O primeiro passo a ser observado é a postura do filho.  Ao notar qualquer assimetria no tronco da criança, é essencial agendar uma consulta com um médico especialista em coluna.
A educadora física e pós-graduada em fisiologia do exercício, biomecânica e pilates, Patricia Bueno, revela que são observados, na dependência do local da coluna acometido, as seguintes alterações: Inclinação lateral da cabeça (torcicolo), quando o local acometido é na junção cervicotorácica, ou seja, logo abaixo do pescoço; Assimetria na altura dos ombros; Desvio do tronco; Desvio na bacia (pelve), também referido com desvio na cintura da criança; Encurtamento aparente dos membros inferiores, devido ao desnível na bacia, principalmente nas curvas lombares.
Para se ter a confirmação do diagnóstico é necessário um exame radiológico panorâmico da coluna vertebral. “O principal fator determinante para o sucesso do tratamento é o diagnóstico precoce, com curvas de baixo valor angular”.
O pilates que envolve tanto os pais como o bebê, conhecido como Baby Pilates, pode auxiliar na descoberta e no tratamento. “Nas aulas o bebê interage com a mãe e é estimulado a realizar movimentos em todos os ângulos comuns para o seu desenvolvimento. Caso o profissional do Método Pilates suspeitar de algum desvio postural deve recomendar consulta e diagnóstico preciso com médico especializado em coluna”, indica a profissional.
“É sempre melhor estabilizar a curva quando ela é pequena e prevenir sua piora, do que permitir sua progressão e decidir corrigir a deformidade quando a criança estiver maior que irá afetar outras estruturas como sistema respiratório e cardiovascular. Dessa forma, o baby Pilates pode auxiliar no diagnóstico, tratamento e influenciar em melhor qualidade de vida do bebê e sua vida adulta”, finaliza Patricia Bueno.



Novo relatório da OMS diz que inatividade aumenta o risco de doenças em todo o mundo


Mundialmente, cerca de uma em cada três mulheres e quase um em cada quatro homens não se exercita o suficiente para evitar doenças comuns, segundo um novo relatório da OMS.

A tendência de níveis insuficientes de atividade física em todo o mundo está piorando, e não melhorando, revela o novo estudo publicado na edição da Lancet Global Health (anexo). Mais de um quarto de todos os adultos (27,5%) - 1,4 bilhão de pessoas em todo o mundo - estavam inadequadamente ativos em 2016, em comparação com 23,3% em 2010. O Brasil está no grupo de países que compõem a América Latina e Caribe, o qual apresenta o pior índice de insuficiência de atividade física (39,1%). Além disso, o Brasil se destaca como o pior país do seu grupo (47%), mas se comparado com todos os pesquisados fica atrás de Kwait e Samoa Americana, respectivamente 67% e 53,4%.

O novo estudo analisou 358 pesquisas que coletaram dados de quase 2 milhões de pessoas que relataram seus níveis de atividade tanto no trabalho quanto em casa. Os participantes são pessoas com 18 anos ou mais em 168 países, um aumento em relação ao estudo anterior da OMS de 2010 , que incluiu apenas 146 países.

O estudo apresentou, também, que mais mulheres que homens relataram ser insuficientemente ativos, com uma margem de 10% ou mais entre os sexos em três regiões: Sul da Ásia (43% das mulheres inativas versus 24% dos homens), Ásia Central, Oriente Médio e Norte da África (40% vs. 26%) e países ocidentais de alta renda (42% vs. 31%). Na América Latina e Caribe a margem foi abaixo de 10% (43,7% vs. 34,3%) Porém nesta comparação entre gêneros entre todos os países, o Brasil mais uma vez se destaca negativamente, ficando os homens no grupo de países com o penúltimo pior índice (entre 40% e 49,9%) e no pior grupo entre as mulheres (maior ou igual a 50%).

Em 2016, a atividade física variou entre grupos de renda: apenas 16% das pessoas pesquisadas em países de baixa renda revelaram uma quantidade inadequada de exercício, em comparação com 37% em países de alta renda. Os países mais ricos fizeram a transição para ocupações sedentárias, mais recreação e transporte motorizado, e isso poderia explicar os níveis mais altos de inatividade em comparação com países de baixa renda, onde tanto o trabalho quanto o transporte geralmente exigem atividade física, escreveram os autores. Os declínios na atividade física são inevitáveis à medida que os países prosperam e o uso da tecnologia aumenta, dizem eles.

Dos 65 países com dados de tendências ao longo do tempo, 28 tinham níveis decrescentes de atividade insuficiente, enquanto os níveis estavam aumentando em 37 países. As maiores diminuições (> 15%) ocorreram nas Ilhas Cook, na Jordânia, Tokelau, Samoa, Myanmar, Ilhas Salomão eTonga, enquanto os maiores aumentos (> 15%) ocorreram no Brasil, Bulgária, Alemanha, Filipinas e Cingapura. A mudança média em todos os 65 países foi menor que 0 · 01%.

O novo estudo sugere que políticas nacionais precisam ser implementadas para incentivar o uso não-motorizado nos meios de transporte, como caminhar e andar de bicicleta, e promover a participação em atividades recreativas e esportes. Tais políticas são particularmente importante em países com rápida urbanização, como Argentina, Brasil e Colômbia, 27 que contribuem para a os altos níveis de atividade insuficiente na América Latina e o Caribe.

Os números são preocupantes, pois a prática de atividade física é o método mais fácil, barato e disponível para se tratar e prevenir uma série de problemas de saúde, explica Marcus Yu Bin Pai, fisiatra da Clínica Dr. Hong Jin Pai e médico especialista em dor, pesquisador do Grupo de Dor do Departamento de Neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo). O estudo destaca a importância da conscientização, e os altos custos que o sedentarismo traz para a população. Os exercícios, tanto aeróbicos como anaeróbicos, podem ser realizados por pessoas de todas as idades, mesmo pessoas com problemas cardíacos, desde que acompanhadas por um médico, finaliza Yu Bin Pai.

Para falar mais sobre o novo estudo, sugiro o médico Marcus Yu Bin Pai, médico fisiatra da Clínica Dr. Hong Jin Pai e especialista em dor, pesquisador do Grupo de Dor do Departamento de Neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo).




 



Fonte:
Organização Mundial da Saúde (OMS)


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