Escassez de medicamento e
aumento do número de diagnósticos são fatores que influenciam
- A sífilis congênita, em recém nascidos, por exemplo, preocupa bastante. Isso significa que o Pré-Natal não vem sendo feito adequadamente. Novas formas de chegar essa informação até a população precisam ser pensadas – alertou.
De acordo com o Ministério da Saúde, um dos motivos para o aumento dos casos de sífilis é a escassez de penicilina (medicamento utilizado para tratar a doença). O problema acontece de forma global e não somente no Brasil.
- Há uma preocupação especialmente com a penicilina que é uma droga antiga e nenhuma outra medicação se assemelha a ela em termos de resultados. O que acontece é que nesses momentos precisamos buscar alternativas com medicamentos mais caros e que acabam não permitindo um acesso mais amplo a população – completou. Quando diagnosticada cedo, a sífilis possui tratamento que leva à cura com medicamentos seguros e gratuitos, quando disponíveis no serviço público, ou de baixo custo, quando comprados em farmácias.
- No Rio Grande do Sul, em especial Porto Alegre, estão as maiores taxas de sífilis do Brasil. Indivíduos jovens, homens e mulheres com vida sexual ativa tem maior risco. A redução do número de parceiros e o uso do preservativo são as principais formas de prevenir a doença, ainda que possa haver transmissão nas áreas não cobertas pelo preservativo quando de lesões em atividade – afirmou a médica dermatologista associada da SBD-RS, Paula D´Elia.
A sífilis é causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum, que é geralmente transmitida via contato sexual e que entra no corpo por meio de pequenos cortes presentes na pele ou por membranas mucosas. Só é contagiosa nos estágios primário e secundário e, às vezes, durante o início do período latente. Raramente, a sífilis pode ser transmitida pelo beijo.
Marcelo Matusiak