Pode ser uma parte
do corpo que você só lembra que existe quando sente dor. Mas, antes de chegar
nesse ponto, é bom colocar o ombro na lista dos pontos de cuidado. Para
Fernanda Surian, esse cuidado é uma virada de chave: "seu treino vai ser
outra coisa depois disso"!
Quem nunca sentiu dor nos ombros? O Crossfit é uma
modalidade plural, a gente sabe, que reúne metodologias e exercícios tão diversos
que mexem, sim, com todo o corpo. Sabe aquela sensação de que você não sabia
que tinha músculo ali? Completamente normal em uma rotina puxada de exercícios.
Só que essa história de mexer com todas as partes do corpo, acabamos
negligenciando algumas delas, e são as que geralmente se usa para compensar, o
ombro é um exemplo clássico.
Para Fernanda Surian, atleta de alta performance
dentro do Crossfit, alguns exercícios do WOD deveriam contar com apoio da
dorsal e da escápula para manter o ombro no lugar correto, mas, quando não
temos o foco certo ou então não estamos no melhor dia, pode acontecer do ombro
ter que compensar o trabalho dessas outras partes. Ela conta o resultado: “peso
a mais onde não deveria haver e muita dor”.
O ombro é uma das articulações que mais tem tem
movimentos e portanto, muito exigida. Segundo Fernanda, uma região mais
propensa à dor e com muito mais reclamação de dor do que outras partes: “eu já
escutei de alguns coaches, e concordo com essa opinião, que quem não vai
competir pode deixar de fazer alguns exercícios que vão colocar o ombro muito
em evidência, como o Handstand push up, o Butterfly pull-up ou o Butterfly
chest to bar, por exemplo”.
“Talvez não valha a pena correr o risco de lesionar
o ombro por compensação, se você não está treinando exatamente para competir,
entende? É tudo uma questão de perspectiva. Mas, se não tem jeito, então o
caminho é cuidar mesmo”, lembra Fernanda, que conta algumas dicas que funcionam
para ela e podem ser úteis para outros atletas:
- Prestar atenção na mobilidade e soltura do ombro;
- Cuidar da ativação, e isso vale, obviamente, pra todas as partes do corpo;
- Ter acompanhamento na hora de começar os exercícios mais específicos, para evitar a compensação de que falei lá em cima;
- Ter sempre foco nos seus próprios limites. Dor não é legal - sentir um pouco depois do treino, ok, mas se a dor persistir, tem que investigar, ok?
Fernanda
Surian - Professora de inglês desde 2008, Fernanda já
coordenou professores, deu aula fora do Brasil e agora oferece um curso próprio
com foco em inglês instrumental. Formada em nutrição, Fernanda foi se
especializar no inglês cursando tradução e legendagem. É certificada por
Cambridge e pelo CELTA. Em 2014, Fernanda se apaixonou pelo mundo do Crossfit e
começou uma carreira de atleta de alta performance. Desde 2016, Fernanda uniu
os dois mundos e hoje compartilha em seu blog informações preciosas sobre
técnica, treino e autoconhecimento e oferece cursos com foco nesse universo do
esporte, para ajudar coaches e alunos a melhorarem seu desempenho.
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