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terça-feira, 2 de outubro de 2018

A gravidez na adolescência


A adolescente que se encontra nessa fase da vida, marcada por mudanças físicas e mentais, não está suficientemente preparada para a gestação

Apesar de tanta informação e campanhas de conscientização, seja na TV, internet ou mesmos nas escolas públicas e privadas, o índice de adolescentes que engravidam, entre os 12 e 19 anos, no Brasil, ainda é grande. Os números se comparam a países onde é permitido o casamento infantil, tais como Sudão do Sul, Índia e Nigéria.

Segundo estudo divulgado em 2013, foi constatado que no Brasil, 12% das adolescentes de 15 a 19 anos têm pelo menos um filho. Em 2000, foram 750.537 bebês nascidos por partos de adolescentes de 10 a 19 anos. Nesse mesmo ano, o Brasil estava em 54º lugar no ranking mundial do índice de fecundidade em meninas entre 15 e 19 anos. Outro dado alarmante é que cerca de 30% das meninas que engravidam na adolescência acabam tendo outro filho no primeiro ano pós-parto. Em recente pesquisa no Estado de São Paulo, devido as políticas públicas implementadas, o índice diminuiu em 34%, mas somente para esse estado.

Valéria Ribeiro, coach familiar especializada em psicologia e desenvolvimento humano, destaca inúmeras consequências na saúde de uma gravidez na adolescência:

  • Anemia;
  • Maior índice de aborto natural;
  • Pressão alta durante a gravidez;
  • Dificuldade durante o parto por imaturidade da pelve;
  • Aumento no índice de rejeição ao bebê;
  • Aumento da possibilidade de depressão pós-parto;
  • Óbito da mãe e/ou do bebê.
Valéria conta que "a gravidez precoce também pode gerar conflito interior, pela insegurança financeira e as dificuldades em educar a criança, por isso, os adolescentes necessitam de cuidado, atenção e apoio dos pais. Entretanto, esse apoio da família nem sempre acontece, pois há pais que acabam, ainda nos dias de hoje, por expulsar suas filhas de casa, fato esse que acontece bem menos com meninos", explica.

A gravidez na adolescência leva vários adolescentes a deixarem de estudar e assumirem um relacionamento sério devido a gestação. Há também os que optam por abortar e, em alguns casos, ocorre o abandono do bebê logo após o nascimento. Na atualidade, 90% dos bebês que nascem de gravidez na adolescência acabam sob o cuidado dos avós, que cuidam e assumem a responsabilidade que não é deles, pois, os pais adolescentes ainda querem curtir a vida e viver como se nada tivesse acontecido. "Nesses casos é preciso encontrar um equilíbrio entre as responsabilidades dos pais e a ajuda dos avós, pois é preciso que esses adolescentes se conscientizem do ato cometido, para que, assim, não voltem a incorrer no mesmo problema", aconselha Valéria.

Muitas adolescentes quando se descobrem grávidas pensam em aborto e, muitas vezes, são incentivadas por seus parceiros que também são adolescentes. O aborto no Brasil é ilegal e põe em risco a vida da menina, pois esses procedimentos acontecem em lugares clandestinos. Nesses casos, é mais aconselhável deixar os bebês para adoção logo após o nascimento, assim poderão ter a oportunidade de terem um lar, bem como uma mãe e pai.

Cabe dizer, que essa não é uma decisão fácil e deve ser discutida entre os pais adolescentes e os avós do bebê que nascerá.

A gravidez na adolescência pode ocorrer por diversos fatores:
  • Atividade sexual precoce e inconsequente;
  • Violência sexual;
  • Dificuldade no diálogo familiar sobre o assunto;
  • Desconhecimento dos métodos para evitar a gravidez;
  • O apelo midiático quando o assunto é sexo.
"Há diversos métodos contraceptivos, mas é principalmente recomendada a utilização de camisinha em todas as relações sexuais, não somente para evitar a gravidez, mas também para não contrariem doenças venéreas", alerta a especialista.

Porém, a melhor prevenção é que as jovens tenham uma boa educação sexual dentro do seio familiar. "É importante informar sobre os riscos e complicações da gravidez na adolescência e todas as mudanças que acontecem a partir do momento que engravida. O diálogo em família é essencial e deve haver uma conversa aberta e transparente para que as jovens tenham toda a informação ao seu alcance e possam ter atitudes responsáveis e não ter surpresas indesejadas", finaliza Valéria.






Valeria Ribeiro - Terapeuta e Coach Familiar, especializada em Terapia Familiar Sistêmica e Fundadora do Filhosofia




Relatório de especialistas em saúde pública lamenta "oportunidade perdida" enquanto a Organização Mundial de Saúde debate a política global para o tabaco


A Knowledge Action Change critica a Organização Mundial de Saúde por apoiar os países que proíbem os cigarros eletrónicos; diz que a organização está a ignorar um tratado internacional que aprova estas alternativas menos prejudiciais ao tabaco


GENEBRA /PRNewswire/ --  No momento em que os delegados se reúnem para a conferência bienal da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre tabaco, os autores de um novo relatório, "No Fire, No Smoke: Global State of Tobacco Harm Reduction" (Sem fogo, sem fumo: estado global da redução dos danos do tabaco) criticam ferozmente o registo da OMS. Os especialistas em saúde pública acusam a OMS de não cumprir as obrigações no âmbito de um tratado internacional para apoiar as alternativas menos prejudiciais ao tabaco. 

Lamentam que a OMS recomende, pelo contrário, proibições sobre os cigarros eletrónicos – uma medida que foi implementada por dezenas de países.
Os autores de "No Fire, No Smoke" dizem que as alternativas de mais baixo risco, como os cigarros eletrónicos, dispositivos para aquecer e não queimar e o "snus" sueco, têm sido extremamente bem?sucedidas em reduzir o consumo de tabaco. Contudo, dizem que a OMS tem demonstrado uma hostilidade histórica para com elas. 

"A OMS ignora o seu próprio tratado que obriga os signatários a adotar a abordagem de redução de danos, incentivando produtos de nicotina mais seguros. Trata?se de uma oportunidade perdida trágica para impedir que mil milhões de vidas sejam ceifadas neste século devido ao tabagismo", afirmou o Professor Gerry Stimson da Knowledge Action Change (Londres), que encomendou o relatório.

O relatório indica os 39 países nos quais os cigarros eletrónicos ou os líquidos com nicotina são proibidos, incluindo a Austrália, a Tailândia e a Arábia Saudita. A União Europeia permite os cigarros eletrónicos, mas proíbe o "snus", o produto de tabaco pasteurizado oral que é excecionalmente popular na Escandinávia. 

Após a introdução do "snus" na Noruega, a taxa de tabagismo entre as mulheres jovens diminuiu de 30% para apenas 1%. Nos Estados Unidos, o crescimento rápido do consumo de cigarros eletrónicos tem sido acompanhado por uma diminuição do consumo de tabaco entre crianças em idade escolar, tendo os números diminuído para metade ao longo dos últimos 6 anos

Entretanto, no Japão, o sucesso dos produtos de tabaco aquecido assistiu a uma diminuição das vendas de cigarros na ordem dos 25% nos últimos 2 anos.

"Ao examinar os dados, foi notável a forma como a disponibilidade destes substitutos esteve intimamente ligada à descida das taxas de consumo de tabaco. Independentemente da motivação que levou os países a bani?los, eles precisam de compreender que tais políticas fazem deles os melhores amigos da indústria tabaqueira", disse Harry Shapiro, o principal autor do relatório. 

Enquanto a União Europeia tornou o "snus" ilegal, em diversos países da região Ásia-Pacífico, são as proibições na utilização dos cigarros eletrónicos que causam a maior preocupação.   

"Muitos dos utilizadores de vaporizadores que represento vivem com medo de serem presos por tentarem salvar as suas vidas. Os seus países aceitam cigarros mortíferos, mas proíbem cigarros eletrónicos muito mais seguros, porque a OMS incentivou as proibições", afirmou Nancy Sutthoff do grupo de consumidores International Network of Nicotine Consumers Organisations

Representantes dos 181 países estarão presentes na conferência da OMS para criação de políticas. Todos os 181 países ratificaram a Convenção Quadro da OMS para o Controlo do Tabaco, que os obriga a incorporar a redução de danos.

 Contudo, o evento da OMS está longe de ser inclusivo: nos anos anteriores, chegou a proibir a presença de consumidores, jornalistas e organismos, incluindo a Interpol. 

O relatório "No Fire, No Smoke: Global State of Tobacco Harm Reduction" e este comunicado à imprensa são publicados pela Knowledge Action Change, uma agência de saúde pública do setor privado.






FONTE:  Knowledge Action Change



Especialista orienta como participar de forma consciente nas eleições


Brasileiro vive misto de descrença, indignação e dúvidas, mas é possível tirar proveito desse momento conturbado


Na semana em que o País terá eleições para começar a escolher seu novo presidente um misto de dúvidas, desânimo, descrença e indignação atinge muitos brasileiros. Pouco mais da metade (53%) da população ainda está pessimista em relação aos resultados, segundo pesquisa CNDL/ SPC, que também aponta que a maioria dos eleitores (69%) espera uma grande mudança vinda do próximo governo.

Mas o momento exige outra atitude, mais positiva e proativa, na opinião da especialista em desenvolvimento humano Rebeca Toyama, a de aproveitar para evoluir na prática do debate, da conversa, mostrando pontos de vista de forma madura sem a influência de um viés pessoal. “É uma forma de tirar proveito desse pleito polêmico. Por isso, convido vocês a suspender o lado passional para olhar o assunto de forma racional e com clareza”, diz ela.

A especialista afirma que essas eleições estão sendo baseadas no fanatismo. O país está dividido em quem vota em A para não eleger B e vice-versa, sem ter o cuidado de analisar propostas, valores e projetos. “Se ficarmos focados na negação ou no apego, a gente não cresce”, e essa regra não serve apenas para política, mas para outros aspectos da vida, alerta Rebeca.

O desânimo do brasileiro quanto às opções de candidatos somado à falta de conhecimento sobre política fazem com que muitos não percebam a importância do próprio voto. A falta de credibilidade nos políticos nacionais é outro fator relevante e vem de longa data, sendo frequentemente demonstrada nos números finais de eleitores que optaram por votar nulo, em branco ou não comparecer.

Nas últimas eleições presidenciais, 115 milhões de pessoas foram às urnas, sendo que 4,4 milhões votaram em branco, 6,7 milhões anularam e 27,7 milhões não compareceram. Isso significa que 34% da população não tiveram atuação determinante na escolha de governantes e isso pode fazer toda a diferença em uma eleição.

“Quando o eleitor opta por não votar, ela está tentando fugir de ter a responsabilidade em escolher um presidente que, acredita, será uma decepção”.  O voto nulo ou em branco, argumenta a consultora, muitas vezes, é negação de algo, mas é preciso entender que o fato de um cidadão não conhecer e não gostar do assunto não o torna isento das consequências que a política traz para a sociedade e sua própria vida. Assim, ignorar os problemas não implicará na devida solução para eles, quer dizer, o custo será pago de qualquer forma, com o eleitor votando ou não.

Embora a política esteja mais presente nas discussões do trabalho, nas refeições em família e sobretudo nas redes sociais, o brasileiro ainda não se sente inteirado e confortável com o assunto. “Essas eleições estão tendo maior repercussão em decorrência dos escândalos, que geram simpatia e antipatia por determinados candidatos”. Por um lado, isso traz um resultado positivo, porque chama a atenção da parcela da população que se abstém do assunto, mas por outro, o voto se torna extremamente passional, o que nos faz tomar decisões de forma imatura.

A especialista explica que, atualmente, a grande maioria dos votantes escolhem seus candidatos influenciados por teses e antíteses, ou seja, constatações engessadas do senso comum. “Observo que hoje há uma predileção de pensamentos baseados em experiências pessoais, o que nem sempre reflete no que seria melhor para o país”.

A falta de opções é outro argumento apontado por muitos eleitores ao justificarem por que irão se abster e não votarão em nenhum dos 14 candidatos. “Não adianta desejar uma situação diferente. Temos de trabalhar com as opções que estão disponíveis, fazendo uma análise mais profunda dessa escolha e, no máximo, refletir o que pode ser feito diferente nas próximas eleições”, elucida.

Vale lembrar, ainda, que em um regime parlamentarista, como o nosso, a autonomia do presidente é limitada. O que demanda de quem ocupa esse cargo competências como articular e negociar. “Não precisa ir muito longe para observar em nossa história o que aconteceu com os chefes do executivo que não possuíam essas competências, acredito que aqui também temos uma boa reflexão”, complementa Toyama.

Para Rebeca, a escolha deve recair sobre os candidatos que defendam ideias e valores entendidos pelo eleitor como primordiais para levar o Brasil para um caminho melhor. Segundo ela, ainda está em tempo de escolher um candidato com mais sabedoria. Para isso, orienta ela, “é preciso analisar os prós e contras de todas as opções, independentemente de opiniões pessoais e emoções. Procure se informar sobre os projetos relacionados às principais questões nacionais como saúde, educação, emprego e segurança, e seus impactos tanto na economia do País, como na vida de cada um, tanto as propostas e ação imediata como as de longo prazo”, orienta a especialista.

 “Para termos eleições mais assertivas, precisamos valorizar o potencial humano, pois dentro dele tem uma sabedoria que transcende qualquer outra coisa. Todos direcionamos nosso tempo para coisas que são importantes para nós, mas ainda é necessário enfatizar a relevância da eleição em si. Além disso, o voto é democrático no sentido de que coloca todos os eleitores numa mesma base. Não importa se o votante é um empresário com um saldo bancário milionário ou um morador de rua, o voto tem o mesmo peso para todos, e isso nunca deve ser esquecido”, finaliza.


10 dicas para votar bem

- Momento exige atitude positiva e proativa

- A abstenção não isenta eleitor das consequências

- Aproveite para evoluir na prática do debate, da conversa

- Controle o aspecto passional e deixe fanatismo de lado

- Pense mais no melhor para o País e não para sua situação particular

- Analise o assunto com racionalidade e clareza

- Tenha consciência de que o voto tem o mesmo peso para todos

- Não use o voto para negar, mas para defender algo

- Escolha o candidato com ideias e valores nos quais você acredita

- Valorize o potencial humano







Rebeca Toyama - palestrante e formadora de líderes, coaches e mentores. Fundadora da Academia de Coaching Integrativo, sócia-coordenadora da Academia de Planejamento Financeiro da GFAI, coordenadora do Programa de Mentoring associada a Planejar (Associação Brasileira de Profissionais Financeiros) e fez parte da Comissão de Recursos Humanos do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa). Colunista do Programa Desperta na Rádio Transamérica e do blog Positive-se, colaboradora do livro Coaching Aceleração de Resultados, Coaching para Executivos. Integra o corpo docente da pós-graduação da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de Transpessoal) e Instituto Filantropia. Coach com certificação internacional em Positive Psychology Coaching e nacional em Coaching Ontológico e Personal Coaching com o Jogo da Transformação.

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