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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Desconhecimento sobre o diabetes causa complicações que podem levar à morte


Em evento em São Paulo, especialistas discutiram as principais doenças associadas ao diabetes, que atinge mais de 14 milhões de brasileiros e é a quinta maior causa de mortes no país


As principais complicações relacionadas ao diabetes tipo 2 foram abordadas por especialistas médicos de todo o país nos últimos dias 17 e 18 de agosto em São Paulo, no AZ Talks, evento de atualização científica que discutiu os principais desafios e estratégias para o tratamento da doença e suas complicações associadas.

O recente levantamento realizado pela Abril Inteligência, com apoio da AstraZeneca e do Curso Endodebate mostrou que, no geral, a população associa o diabetes a problemas de visão e amputação, sendo que as doenças cardiovasculares são condições muito mais graves e que podem levar à morte. Apenas 43% dos diabéticos e 27% dos não diabéticos acreditam que o diabetes pode ter relações com a incidência de um acidente vascular cerebral (AVC).

Ainda segundo dados da Abril Inteligência, apenas 47% dos diabéticos acreditam que a doença possa estar relacionada com problemas cardíacos¹, o que demonstra uma falta de conhecimento do paciente sobre a sua condição, ainda que as doenças cardiovasculares seja a principal causa de morte em todo o mundo, segundo a OMS². 


Riscos negligenciados

As complicações associadas ao diabetes, como a insuficiência cardíaca, ainda são motivo de dúvidas para grande parte da população. “Essa é a complicação cardiovascular mais frequente em diabéticos, atingindo cerca de 20 a 30% dos pacientes, e é uma doença silenciosa e de difícil diagnóstico” destaca o Dr. Pedro Schwartzmann, médico do Centro de Cardiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.

Ele explica que a insuficiência cardíaca ocorre quando o coração não consegue bombear sangue suficiente para atender às necessidades do corpo. “Consequentemente, o fluido pode se acumular nas pernas, pulmões e em outros tecidos pelo corpo, o que causa falta de ar, inchaço dos membros inferiores e fadiga, entre outros sintomas”.

Ainda segundo o levantamento realizado pela Abril Inteligência, 30% dos diabéticos possuem algum problema de saúde desencadeado pelo diabetes, sendo problemas na visão e impotência sexual os mais comuns. Nesse sentido, o desafio de despertar a atenção do paciente para as complicações cardiovasculares, que são as mais frequentes entre os pacientes, é unânime entre os especialistas. 

“Nas últimas décadas, os avanços da medicina vêm possibilitando um novo olhar para o tratamento do diabetes tipo 2 pelo viés da prevenção do risco cardiovascular. Novas terapias que tratam o diabetes e promovem segurança cardiovascular estão possibilitando um controle precoce da doença, que, aliada à mudança no estilo de vida, são as armas mais eficientes para o controle da doença” explica o Dr. Otávio Berwanger, diretor Diretor da Academic Research Organization (ARO) do Hospital Israelita Albert Einstein e professor colaborador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 


Adesão ao tratamento

Os especialistas também concordam que a condição para o sucesso no controle no diabetes está no empoderamento do paciente sobre a sua doença. “É necessário que o médico coloque o paciente no centro de seu próprio tratamento, engajando-o para que ele seja capaz de tomar as melhores decisões no seu dia a dia” afirma a Dra. Denise Reis Franco, endocrinologista e pesquisadora do Centro de Pesquisas CPClin.

A especialista destaca a complexidade do diabetes, para além do controle glicêmico. “É necessária uma abordagem holística para as complicações associadas e opções de tratamento, empoderando o paciente para que o paciente vença as barreiras relacionadas à doença” finaliza.





AstraZeneca


Referências:
1.    Pesquisa “Diabetes: o que os brasileiros sabem e não sabem sobre a doença” realizada pela Abril Inteligência, com apoio da AstraZeneca, entre os dias 23 de março e 19 de abril de 2018. Coleta de dados via web com 1050 respondentes, sendo 387 diabéticos e 663 não diabéticos.

O stress engorda ?


Pesquisas recentes revelam que as pessoas estressadas tendem a comer mais e queimar menos


Estresse ou stress é a resposta do organismo frente a um perigo, que prepara o corpo para fugir ou lutar, um processo de adaptação geral, no qual ocorrem respostas fisiológicas aos estímulos ambientais.

E o estresse engorda? Sim, segundo Dr Fábio Cardoso especialista em medicina preventiva, longevidade e emagrecimento, o estresse faz você mais gordo. E não é somente porque as pessoas tendem a comer alimentos menos saudáveis quando estão sob stress, mas principalmente porque o ele reduz a capacidade do teu corpo “queimar” calorias.

Pesquisadores da Ohio State University nos Estados Unidos, estão publicando um excelente trabalho. O teu chefe “dos infernos”, problemas com namorado(a), ou um vizinho chato, todos eles juntos podem reduzir a tua capacidade de queimar gordura de forma assustadora.

Neste estudo, deram à 58 mulheres (média de idade de 53 anos), refeições contendo 60 gramas de gordura, 59 gramas de carboidrato e 36 gramas de proteína. Após a refeição os pesquisadores monitoraram o sangue e o gasto calórico por 6 horas.

Através de questionários e entrevistas específicas forma determinados os níveis individuais de stress.

O gasto calórico (capacidade de queimar calorias) foi alto logo após a refeição, mas diminuiu conforme as horas foram passando, o que é normal. O dado importante foi que a redução no gasto energético foi muito mais rápida nas mulheres que nas entrevistas e questionários afirmaram que estavam com níveis de estresse elevados (independente da causa – trabalho, família, relacionamentos).

Outro dado muito interessante: após a refeição, a oxidação de gorduras (queimar as gorduras estocadas) aumentaram gradualmente, porém aumentaram bem menos nas mulheres que tinham descrito um nível de stress aumentado.

Outro dado do trabalho: as mulheres sob stress elevado tinham níveis sanguíneos mais elevados de triglicerídeos (gordura) após se alimentarem. Isto também pode indicar que o corpo tem mais dificuldade de utilizar a gordura como fonte de energia sob situações de stress.

Outro trabalho da mesma instituição, descreveu  os achados de 354 pessoas atendidas em que metade delas admitiu ter uma relação “problemática” com o seu parceiro. Eles definiram casais que discutiam verbalmente mais de 2 vezes por semana. Foram coletados marcadores dos níveis inflamatórios no sangue destas pessoas.

A inflamação crônica faz parte da gênese de diversas doenças (derrames, infartos, câncer, demências, entre outras), e também, no ganho de peso e dificuldades de emagrecer. Tanto é verdade, que os especialistas sempre falam que o obeso é um “inflamado crônico”.

Nos pacientes com relacionamentos problemáticos, com níveis de stress elevados, os níveis de inflamação o foram sempre mais elevados que nas pessoas com bons relacionamentos.

Conclusão: estes dados demonstram os efeitos destas alterações metabólicas que dias seguidos de stress e até depressões facilitam o ganho de peso com o passar do tempo. E pelo estudo, esta diminuição nas capacidades de queimar calorias de utilizar a gordura,  pode sim, no decorrer de um ano, gerar um ganho de peso de até 5 kilos...

Por isso Dr Fábio aconselha. Faça escolhas de vida saudáveis. Os relacionamentos, e o teu ambiente, podem ter efeitos cumulativos no teu corpo, para bem ou para mal. Stress demais engorda, e pode sim matar, pois aumenta a tua chance de ter doenças. Isto não é frescura, é cientificamente comprovado.





Dr. Fábio S. Cardoso CRM-SC 11796 -Médico especialista em Anestesiologia, Longevidade e Anti-Envelhecimento, Pós-graduado em Medicina do Esporte, Membro da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte. Membro do Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM). Membro do Comitê de Esportes de Combate do Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM). Membro do Comitê de Esportes de Endurance do Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM). Membro da National Athletics Training Association (NATA). Membro da American Association of Professional Ringside Physicians (AAPRP). Membro da Associação Brasileira de Medicina Anti-Envelhecimento. Membro da Brazil-American Academy for Integrative & Regenerative Medicine. Médico vinculado à equipe de MMA - RFT Fight Company, com atletas em vários e eventos ( UFC, BELLATOR, JungleFight, Nitrix, Sparta, entre outros). Médico vinculado à empresa PrimeFigthers, de gerenciamento de carreira de atletas de MMA. Médico vinculado à equipe de luta  Nova União - Blumenau - SC. Médico vinculado à ABTRI ( Associação Blumenauense de Triatletas). Médico vinculado à atletas da FMD ( Fundação Municipal de Desportos)- Blumenau - SC. Serviço de Consultoria Médica Esportiva individualizada.



Obesidade X Genética


Dieta dos pontos, das proteínas, da sopa, do abacaxi... Para quem já tentou de tudo e, mesmo assim, o ponteiro da balança não atinge o número ideal, ou fica naquele desce e sobe desesperador, a genética pode ser a resposta - e a solução!

Há quem coma um prato caprichado, recheado de carboidrato, e com direito a sobremesa no final, sem que isso afete a silhueta. Por outro lado, há quem engorde comendo pouco, cortando carboidrato, açúcar e tudo o mais que possa favorecer o ganho de peso. Pois essa contradição pode ser explicada pela genética. "Cada indivíduo é único e suas características são determinadas pelo seu DNA, incluindo como o seu organismo vai metabolizar os alimentos. Nem sempre a restrição de calorias será suficiente para reduzir o peso ou a gordura corporal. A dieta, que é ótima para uma pessoa, geralmente não servirá para outra", explica Michelle Vilhena, médica do Centro de Genomas®.

Para entender melhor este processo é preciso compreender a influência dos genes em nosso metabolismo. "Os genes são sequências de DNA, que contém informação codificada para produção de proteínas, as grandes responsáveis pelo funcionamento do corpo. São elas que determinam a digestão de alimentos e como eles serão utilizados: se para armazenamento de gordura ou para produção de energia e taxa de metabolismo basal. Isso quer dizer que os genes influenciam o funcionamento do corpo como um todo", afirma a médica.


Identificando o inimigo

Para quem está acima do peso exames de nutrigenética ajudam a identificar se o excesso é decorrente de maior ingestão de alimentos ou de menor gasto energético - ou de ambos. "Eles podem, ainda, mostrar se a pessoa tem metabolismo lento para carboidratos ou para gorduras e auxiliar o profissional nutricionista ou médico a definir qual é a melhor abordagem nutricional para perda ou manutenção do peso", esclarece a Dra. Michelle. E complementa: "É importante destacar que pesquisadores estimam que cerca de 600 marcadores genéticos estejam envolvidos na determinação da obesidade multifatorial, e que os testes de nutrigenética mais amplos avaliam apenas 24 desses marcadores. Assim, trabalhamos com probabilidades".

No Centro de Genomas® é possível realizar vários exames capazes de direcionar o médico na melhor forma de tratamento (em geral, o prazo de liberação do resultado é de até 40 dias úteis, mas ele costuma ocorrer em 20 dias). "Existem testes de nutrigenética, dermagenética, farmacogenética, oncofarmacogenética, cardirisk etc. O importante, no entanto, é entender que a genética não é destino e que esses testes são preditivos, ou seja, nos ajudam a prever alguns processos. Assim, ao identificarmos a melhor dieta a ser seguida por cada indivíduo, nós podemos também reduzir o risco de doenças graças a mudanças no estilo de vida, baseadas na alimentação. Sem esquecer que, para resultados favoráveis, é fundamental a adesão às recomendações nutricionais propostas", alerta a médica.


Magra para sempre

Com base nos resultados de um exame de nutrigenética, é possível direcionar a dieta, tornando-a totalmente personalizada e fazendo com que ‘os genes se expressem da melhor forma possível’. "Podemos identificar qual é o padrão de metabolismo da pessoa e, assim selecionar, qual é a melhor distribuição de macronutrientes e se ela precisa ou não de certos suplementos e vitaminas para auxiliar o seu metabolismo. Esses testes são uma ferramenta a mais na prática clínica nutricional aliados a exames bioquímicos e anamnese tradicionais", defende.

Dessa forma, a perda do excesso de peso, bem como sua manutenção, se tornam mais fáceis, porque a dieta é baseada nas reais necessidades de cada pessoa. "A reeducação alimentar é direcionada pelas necessidades do DNA. Com o metabolismo funcionando de maneira mais adequada, ele, consequentemente, tende para um equilíbrio metabólico, onde, além do peso ideal, o paciente também consegue atingir um saldo positivo de saúde", finaliza Michelle Vilhena.


Culpa do gene

Existem inúmeros marcadores estudados para apontar o risco de obesidade. Conheça três fundamentais:


FTO (Fat Mass and Obesity-Associated) - controla o equilíbrio energético e, assim, regula o acúmulo de massa corporal gorda e o índice de massa corporal (IMC). As alterações nesse gene estão ligadas ao desequilíbrio no balanço entre a ingestão e o gasto calórico. Indivíduos com essa alteração genética apresentam maior risco de desenvolverem aumento de IMC, gordura na cavidade abdominal e acúmulo de gordura subcutânea. 


ADBR2 (receptor beta-adrenérgico 2) - regula a taxa metabólica basal presente no tecido adiposo branco e está envolvido na mobilização dos estoques de energia via lipólise e glicólise. Alterações neste gene aumentam os riscos de desenvolvimento de obesidade e todas as complicações provenientes dela.


LEP (leptina) - hormônio chave para o controle da ingestão de alimentos e metabolismo energético, sendo produzido pelo tecido adiposo e secretado pela circulação sanguínea, tendo a função de manter a homeostase energética. Atua na metabolização dos macronutrientes e no aumento da termogênese. Em nível normal, a leptina ajuda a reduzir o apetite. Em nível elevado, aumenta. 



Centro de Genomas®: www.centrodegenomas.com.br


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