De acordo com matéria publicada pela revista Veja, nesta segunda-feira (06), o
senador José Serra (PSDB) foi diagnosticado com câncer de próstata, por meio da
Vigilância Ativa, ou seja, exames frequentes que permitem o diagnóstico precoce
– desta forma, evitam-se ou postergam-se intervenções cirúrgicas e
radioterápicas.
O procedimento também é usado para prevenção, diagnóstico e tratamento de
outras neoplasias, como é o caso do câncer colorretal: de acordo com as
diretrizes atualizadas para rastreamento da doença, a colonoscopia deve ser
realizada anualmente a partir dos 45 anos de idade. Com o exame, é possível
identificar tumores e lesões pré-oncológicas e eliminá-las, já tratando o
câncer.
Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam para mais de 36 mil
novos diagnósticos de câncer colorretal no Brasil, em 2018. Os tumores agridem
o cólon e o reto, segmentos do intestino grosso, e têm sintomas como
sangramento anal, eliminação de sangue ou muco nas fezes e alteração do hábito
intestinal.
A colonoscopia permite a visualização direta do interior do reto, cólon e parte
do íleo terminal por meio de um tubo flexível introduzido pelo ânus, contendo
em sua extremidade uma minicâmera que transmite imagens coloridas, podendo ser
fotografadas ou gravadas em vídeo. Ela é considerada padrão ouro dos métodos
que se dispõem atualmente, representando a melhor ferramenta para diagnóstico,
prevenção e tratamento do câncer colorretal.
A Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) promove mutirões de
prevenção do câncer colorretal, ação social que já realizou mais de 1.100
colonoscopias em pacientes do grupo de risco para a doença. Os especialistas da
SOBED já estão à disposição para comentar a importância da vigilância ativa
para assistência em saúde e controle de doenças importantes, como o câncer.
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terça-feira, 7 de agosto de 2018
Colesterol alto pode ser controlado com boa alimentação e prática regular de atividade física
Nutricionista e
professor de educação física do Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE)
dão dicas para equilibrar as taxas
Composto
químico da família do álcool, sintetizado pelo fígado e adquirido nos alimentos
ingeridos, o colesterol é esse essencial à vida. Mas as taxas dele no sangue
muito altas ou baixas são perigosas à saúde, podendo contribuir para o
surgimento de várias doenças cardiovasculares, como infartos, acidentes vasculares
cerebrais, aneurismas e doença arterial periférica. Atualmente, cerca de 40%
dos brasileiros tem colesterol alto e mais de 17,5 milhões de pessoas no mundo
morrem, anualmente, devido às doenças do coração, segundo a Organização Mundial
da Saúde (OMS).
Para
fazer um alerta sobre o tema, foi criado o Dia Nacional de Controle do
Colesterol, marcado para todo 08 de agosto (nesta quarta). E hábitos simples
podem ajudar a equilibrar as taxas, como manter uma alimentação balanceada e
praticar atividades físicas regularmente. Para o professor de pós-graduação em
nutrição do Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE) Deivid Freire, o
primeiro passo é diminuir o consumo de alimentos industrializados e
processados, que têm uma carga muito grande de gordura trans,
influenciando negativamente no colesterol.
“Entre
os principais produtos que devem ser evitados, estão as bolachas recheadas,
sorvetes, fast foods, frituras e enlatados. Estudos comprovam que esses
alimentos aumentam o risco de doenças cardiovasculares. Também não precisam ser
‘proibidos’, mas consumidos como exceção”, explica o professor de nutrição do
IDE. Já as “gorduras boas”, estão liberadas, encontradas nas oleaginosas, como
castanhas e nozes, abacate, azeite, leite, queijos, carnes e peixes, pois atuam
como fator protetor de doenças do coração. “Muita gente acha que é preciso
cortar topo tipo de gordura, mas não é bem assim. O importante é ter equilíbrio
e procurar por alimentos mais naturais”, conta Deivid.
Sobre
o ovo, que já foi o vilão do colesterol por muito tempo, ele está liberado!
Agora, entra na lista das gorduras boas, principalmente os ovos de galinhas
caipiras, com aquelas gemas mais alaranjadas, ricas em ômega 3 e carotenos,
poderosos antioxidantes. “Estudos comprovam que o ovo não faz mal, mas cada
pessoa tem uma quantidade certa, de acordo com avaliação nutricional”,
esclarece o nutricionista. Outra dica é consumir o farelo de aveia, rico em
beta glucana, importante fibra alimentar que auxilia diretamente na redução do
colesterol. “A recomendação é o consumo diário do farelo de aveia,
principalmente em grupos de risco de doença cardiovascular”, completa.
EXERCÍCIOS
FÍSICOS – Além de uma boa alimentação, a prática de atividade
física é grande aliada no controle do colesterol. Segundo
dados do Ministério da Saúde, a inatividade física é responsável por 54% dos
riscos de morte por distúrbios cardiovasculares. “Os estudos
apontam que pessoas que foram submetidas a programas de treinamento físico
apresentaram melhoria no perfil lipídico. Isso é importante, pois o colesterol
é um importante biomarcador de risco cardiovascular”, explica doutor
em saúde pública, coordenador e professor de pós-graduação em Educação Física
do Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE) Raphael Ritti.
Assim,
o exercício faz com que músculo aumente sua habilidade de utilizar a gordura,
reduzindo a sua quantidade na circulação, além de promover o aumento de uma
série de enzimas, que resultam no aumento do colesterol bom (HDL) no sangue.
Entre os tipos de exercícios físicos que auxiliam no controle do colesterol, os
aeróbicos (como corrida, pedalada, natação e dança) realizados com intensidade
moderada-alta e musculação de intensidade moderada, que promovem aumentos do
colesterol HDL. “Porém, evidências mais recentes têm mostrado que outras
modalidades, como o Tai Chi Chuan, também podem promover esses benefícios para
o perfil lipídico”, revela o professor de Educação Física do IDE.
Segundo
Raphael, não há nenhum tipo de restrição na prática de atividade física só pelo
fato da pessoa ter o colesterol alto. “Inclusive essas pessoas são as que mais
se beneficiam da realização dos programas de treinamento físico”, conta. Mas
ele lembra que para "fazer efeito", toda a atividade tem que ser
feita regularmente. “Com a realização do treinamento
físico entre duas a três sessões semanais já são observadas alterações no
perfil lipídico, após programas de treinamento físico após 12 semanas”,
finaliza o professor de pós-graduação em Educação Física do IDE.
MEDICINA REGENERATIVA: UM NOVO PASSO PARA O TRATAMENTO DE LESÕES COM SUBSTÂNCIAS DO SEU CORPO
União de técnicas possibilitam identificar
lesões e tratar, quando possível, sem a necessidade de medicamentos
O médico radiologista Dr. Ronaldo Lins, coordenador do curso de Ultrassonografia Músculoesquelético do CETRUS, explica sobre as novas técnicas na medicina que estão mudando a forma como lidamos com muitos problemas de saúde ligados as lesões esportivas e degenerativas dos músculos, tendões e cartilagem em geral.
Medicação ou não?
Antes que jogue fora todos os seus remédios o especialista alerta que há situações em que eles precisarão ser utilizados. Hoje há alternativas de tratamento com substâncias que existem no próprio corpo humano. E a ultrassonografia é imprescindível como guia para infiltrar estas substâncias.
"Hoje, na medicina esportiva de alta performance, a tendência é utilizar alternativas de tratamento mais regenerativas com menos medicamentos alopáticos, ou seja, as tradicionais drogas, pois estes medicamentos contêm efeitos colaterais que podem ser nocivos para o atleta e podem atrapalhar no processo de cicatrização", comenta Lins.
A medicina regenerativa está evoluindo muito no país, especialmente para atletas. Ao contrário da medicina tradicional, na regenerativa são utilizadas substâncias presentes no corpo humano que são colhidas, preparadas e aplicadas diretamente em locais que sofreram algum tipo de lesão. Dessa forma, o corpo tem mais condições de recuperar aquela região ao invés de apenas reparar o tecido lesado sem regenerar sua estrutura adequadamente, o que pode resultar em uma nova lesão. Por meio deste processo, a ultrassonografia, pode ser um método dinâmico e o meio mais indicado para guiar os procedimentos.
Ultrassonografia, a grande aliada no tratamento
Engana-se quem acha que a medicina regenerativa é apenas para atletas. Com indicação médica adequada, todos podem usufruir dos seus benefícios. Isso porque o procedimento consiste em utilizar substâncias do próprio corpo que se encontram dispersas no organismo. Depois de retirá-las, os médicos reaplicam no organismo – e isso funciona como se eles estivessem colocando uma "bomba" de substâncias puramente fisiológica naquela lesão, especificamente. "Para você ter um bom resultado nessa infiltração, é preciso colocar o material coletado diretamente na lesão, por isso a importância da ultrassonografia para direcionar o tratamento", explica o doutor.
Tecnicamente falando, podem ser extraídas substâncias regenerativas que ajudam na cicatrização normal como fatores de crescimento, macrófagos (células de defesa do organismo que atuam no sistema imunológico) e produtos mitogênicos (substâncias que estimulam a proliferação celular, o crescimento do tecido) que se encontram em nosso sangue por exemplo, através da separação de plasma rico em plaquetas ou de células mesenquimais, que são retiradas da gordura ou da medula óssea do próprio corpo e que têm o poder de proliferação celular, ajudando numa melhor cicatrização da lesão. Quando existe uma lesão, estas substâncias são enviadas ao local em uma quantidade pequena porque elas estão distribuídas pelo corpo todo. Neste tratamento, aumenta-se em até 10 a 12 vezes o que as pessoas possuem no próprio corpo e isso é colocado de uma vez no local da lesão, potencializando a cicatrização.
Além das infiltrações guiadas, a ultrassonografia também pode direcionar terapias de onda de choque ou eletrólise percutânea intratissular (EPI), que são ondas de corrente galvânica utilizadas no processo de regeneração celular, para serem aplicadas no local exato da lesão, tudo para recuperar com melhor qualidade o tecido lesado.
"A inflamação é um processo de cicatrização do corpo - e nós temos o costume de tomar remédio para tirar a inflamação, quando, na verdade, ela é sinal do nosso corpo trabalhando para cicatrizar. Tanto é que ao fazer estas infiltrações, pedimos para o paciente não tomar anti-inflamatório porque corta o efeito do que estamos fazendo. Afinal, é melhor você usar o seu próprio corpo para curar a lesão, se houver possibilidade, do que usar medicamentos para fazer essa cura. Alguns trabalhos com bons níveis de evidência mostram que esses tratamentos podem muitas vezes adiar ou mesmo desconsiderar um procedimento cirúrgico previamente indicado", detalha o especialista.
Nova técnica no Brasil
Como são alternativas de tratamento recentes, alguns deles ainda são utilizados de maneira experimental no Brasil e não fazem parte do rol de procedimentos, estando ainda sob avaliação dos órgãos competentes. Na Europa e EUA, porém, já são amplamente utilizados, principalmente na medicina esportiva, com resultados satisfatórios ao ponto de tornar-se a medicina regenerativa uma realidade sem volta.
Essa é uma alternativa de tratamento com bons níveis de evidências, porém, tem que ser bem recomendado, para não cair na descrença. Todo caso deve ser estudado pelo médico especialista, a fim de complementar outras técnicas já existentes na medicina.
Oportunidade de mercado em ultrassonografia
O Dr. Ronaldo relata que há muitas oportunidades para médicos interessados em diagnóstico por imagem se aperfeiçoarem na área de intervenção em ultrassonografia. "Acredito que será sempre um método de escolha para intervenção, pois o estudo dinâmico e de baixo custo dá uma certa vantagem em relação aos outros métodos de imagem. É um método dinâmico de imagem que serve para guiar a agulha ou o eletrodo para ser colocado diretamente na região lesada", explica.
Dr. Ronaldo Lins - Médico radiologista é coordenador do curso de Ultrassonografia Músculo Esquelética do CETRUS SP. E participou como médico radiologista da Seleção Brasileira de Futebol na fase de preparação em Teresópolis em 2018.
Cetrus
www.cetrus.com.br
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