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terça-feira, 10 de julho de 2018

Foi demitido? Não perca tempo e vá em busca de uma nova oportunidade


Média de tempo para recolocação profissional em 2017 foi de 14 meses

Especialista dá dicas para não se perder depois de ser desligado da empresa 


Em 2017 o brasileiro precisou de dois meses a mais para se recolocar no mercado profissional na comparação com 2016, segundo uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Ou seja, um tempo maior que a duração do Seguro Desemprego. "Muitos candidatos afirmam que começam a procura por vagas apenas no último mês do benefício", diz Carolina Silva, Coordenadora de RH da Luandre, empresa que atende 200 das 500 maiores empresas do país.

O argumento mais comum para o comportamento de acordo com Carolina é o profissional não querer perder o benefício, caso consiga um emprego logo em seguida. Pelo mesmo motivo, muitos recusam também os empregos temporários, não levando em consideração que esta é uma ótima oportunidade de se mostrar ao mercado, com grande chance de efetivação. "A estimativa aqui na Luandre é de 40% de efetivação de temporários", acrescenta Carolina Silva.

Por isso, iniciar a busca por um novo emprego, logo após a demissão, pode trazer tranquilidade ao profissional, reduzindo o tempo de recolocação e resultando em melhor aproveitamento das oportunidades. "Uma das vantagens de iniciar a busca mais cedo é a calma que estes candidatos demonstram na entrevista pois, geralmente, dinheiro ainda não é um problema".

Para ajudar na busca, a especialista dá dicas essenciais para uma recolocação mais rápida:


Não espere!

Sendo sua decisão ou não, ao se desligar de uma empresa, parta para uma nova oportunidade. As chances não esperam, o seguro desemprego não dura para sempre e o mercado está muito competitivo para tirar um "período sabático".


Atualize seu currículo

Manter as informações atualizadas é essencial! "Verifique se já inseriu sua última experiência ou algum curso que fez nesse período", aconselha Carolina.


Ative (ou reative) o networking

Não tenha medo de se expor! O fato de ex-colegas e conhecidos saberem que você está em busca de uma oportunidade pode ajudá-lo a ter acesso ao mercado.


Crie uma estratégia para "vender" seus talentos

Procure entender quais são seus diferenciais competitivos. "Basicamente, o candidato precisa saber quais são suas qualidades como profissional e o que o destaca dos demais", diz a coordenadora. Além disso, pesquisar o que o mercado busca, onde e para quem estão direcionadas as principais oportunidades também é fundamental.


Invista em na sua qualificação

Se tiver uma verba rescisória, usar parte dela para o seu próprio aprimoramento profissional (cursos de curta duração ou até aulas de idioma) pode ser um diferencial. Caso não tenha condições de investir neste momento, existem vários cursos gratuitos, e-books e workshops, disponíveis na internet, que podem ajudar na melhoria da sua qualificação profissional.





Devo aceitar qualquer emprego?


Com a crise econômica, o índice de desemprego está na casa dos 13 milhões. É muita gente buscando uma recolocação profissional. E, como o mercado obedece a lei da oferta e da procura, muitos salários foram reduzidos. Dessa forma, está praticamente impossível encontrar a oportunidade dos sonhos. Mas, isso quer dizer que devo aceitar qualquer emprego? Não necessariamente.

Todos precisamos trabalhar, mas é preciso lembrar que o trabalho não é apenas um meio para a nossa sobrevivência, ele é também um meio para a nossa realização pessoal e profissional. Sendo assim, é muito importante que busquemos uma oportunidade que realmente nos complete e nos faça cumprir os objetivos profissionais que traçamos. A questão financeira é sim muito importante, mas nunca deve ser avaliada de forma isolada.

Quando surge uma oportunidade de emprego precisamos nos fazer várias perguntas. A primeira questão é sobre a cultura da empresa. É muito importante fazer o que se gosta e em um ambiente saudável. E, não há nada pior do que trabalhar em um local com o qual não nos identificamos. Tudo parece se tornar um fardo. E, por mais que a necessidade financeira seja grande, muito provavelmente o profissional não irá aguentar isso por muito tempo.

Outra questão é o alinhamento de competências. Muitas vagas podem ser para cargos e responsabilidades inferiores aos que você estava acostumado e, a princípio, isso pode parecer muito desestimulante. No entanto, tudo depende do ponto de vista e das oportunidades que podem ser oferecidas futuramente. Nesse sentido, é imprescindível analisar as possibilidades de plano de carreira e desenvolvimento que a empresa pode proporcionar. Às vezes, vale a pena encarar um sacrifício temporário.

O candidato também deve sempre avaliar o clima organizacional. Pesquise sobre a empresa e, se possível, procure conversar com atuais e ex-colaboradores. Ninguém melhor do que eles para dizer se vale a pena investir nesta empresa. Empresas com bons ambientes de trabalho são muito mais saudáveis e proporcionam colaboradores mais felizes e produtivos. Aquelas que oferecem opção de home office estão entre as que possuem maior índice de satisfação. No final, satisfeitos, todos saem ganhando.

Quem não está encontrando uma opção interessante no mercado de trabalho precisa avaliar também a possibilidade de seguir uma carreira solo. Dependendo da área em que você atua, talvez seja possível se tornar um consultor. Nessa hora, também é comum alguns profissionais resolverem empreender. Nesse caso, é preciso muita cautela e planejamento para que o negócio dê certo. Estudar muito bem o mercado e a área em que se pretende atuar é fundamental.

Por fim, cabe destacar que a relação entre candidato e empregador deve ser sempre muito clara, honesta e transparente. Trata-se de uma situação equilibrada, onde um não tem vantagem sobre o outro. Desempregadas, muitas pessoas tendem a achar que devem aceitar “qualquer coisa”, mas isso não é bem uma verdade. Procure negociar de igual para igual. A empresa não é soberana e cabe uma relação justa, onde o potencial empregado se sinta valorizado e respeitado. 






Fernanda Andrade - Gerente de Hunting e Outplacement da NVH - Human Intelligence.


Qual o melhor momento para mudar a estratégia de carreira?



Fui questionada recentemente por uma advogada muito dinâmica e ativa, porém bastante jovem, sobre qual seria o momento ideal para mudar a estratégia profissional como advogada, ou profissional, especificamente, sobre qual seria o time para sair de uma situação a priori considerada cômoda, para arriscar-se em novos horizontes.

Bem, confesso que jamais refleti sobre isso porque sempre fui demasiadamente intuitiva. Sempre tomei decisões mais motivadas por um feeling natural, do que por estratégias matematicamente calculadas. Não que eu costume a me expor a riscos descomedidos. Nada disso. Mas sempre agi no tempo em que me sentia motivada e ao mesmo tempo encorajada a agir de um modo ou de outro.

Pensar demais sobre algo que constantemente me vem à mente tem o efeito paralítico em mim. Portanto, se passo mais de meses pensando insistentemente em algo, ou situação, a qual por algum motivo me veja inserida, mas nada faço a respeito disso, pronto, perco a motivação, me torno indecisa, imóvel. Nada tende a progredir a respeito daquilo.

Na minha vida, todas as mudanças surgiram por um conjunto de fatores que talvez se resumissem em:


1) insatisfação latente ou insistente.

Sempre comecei um processo de mudança, sobretudo por me sentir insatisfeita com a situação em que me encontrava.  Certamente acredito que a insatisfação seja uma das maiores molas propulsoras da humanidade.

A insatisfação criou a roda, já pararam para pensar nisso?

Todavia, pensar que insatisfação é fator que justifica a re-clamação é uma bobagem sem precedentes. Quando insatisfeitos, comumente podemos nos tornar pessoas que somente se queixam e reclamam de tudo e todos. Vítimas permanentes das circunstâncias.

A insatisfação que se torna reclamação é perda de tempo, de energia, de oportunidade, de felicidade e de evolução.

A insatisfação que, entretanto, desperta o senso crítico, a criatividade a o senso inventivo da pessoa, essa sim é a insatisfação que move, a que todo mundo deve ter dentro de si em alguma dose.


2) Crença em minha própria capacidade de realização.

Como eu já expus em algumas ocasiões, a insegurança sobre sua própria capacidade é uma sabotagem comum entre as pessoas, e acredito que isso pode ser causado muito mais pelo olhar pousado sobre o outro, do que sobre um real e eficiente processo de autoconhecimento, ou de autovalorização.

Devemos ter cautela ao admirar o outro. Quando os feitos de alguém, ou suas qualidades, servem de estímulo para que possamos concluir por meio de dados reais que é possível alcançar determinados objetivos, simplesmente pela convicção de que todo o ser humano é criado com a mesma matéria e munido, quase sempre, das mesmas competências físicas e mentais, é muito válida a inspiração.

 Mais ainda quando as pessoas as quais consideramos exemplares os são, justamente, por serem prova de superação de obstáculos em algum nível da vida.
Se, no entanto, usarmos as pessoas como índice comparativo, ou como meros objetos de desejo no tocante ao "querer ter" o que aquela pessoa aparenta ter ou ser, estamos fadados à frustração, tristeza e revolta, e a questionarmos nossa capacidade de realização de forma vazia e idiota.

Saber que somos constituídos da mesma massa cinzenta é um bom passo para sabermos que podemos nos tornar algo próximo do que foi o cientista Albert Einsten. Se esse é nosso objetivo de vida, assim como também podemos nos tornar um atleta, um intelectual de ponta, um gestor competente, um orador de excelência e por aí vai.


3) Necessidade que suplanta o medo.

Já tive a oportunidade de falar sobre como o medo pode ser algo que verdadeiramente mina a nossa evolução.

Mas, se tem algo poderoso que pode eliminar qualquer medo, é a tal da necessidade.

Ah, essa sim. Já ouviram falar daquele velho ditado que diz que "quando a água bate na bunda" as pessoas rapidinho encontram um meio de resolver algo? A urgência pela necessidade é um antídoto poderosíssimo de movimentação do ser.

Se não há necessidade ou se a consciência de que a solução virá sempre de um terceiro, a ajuda ou apoio financeiro, a tendência natural do ser humano é dar menos de 10% de sua capacidade na concretização do seu objetivo.


4) Ambição acerca de uma projeção de futuro muito sedimentada.

Eu sempre fui ambiciosa. Sim, e digo isso sem receio algum de julgamento. Se não houver ambição, não há motivação.

Os ignorantes constantemente confundem ambição com ganância. Contudo, esta última diz respeito à ânsia incontrolável por dinheiro, custe o que custar para alcançar um objetivo econômico. A ambição, na verdade, é motivação a algo que o ser humano considerar importante ao seu senso de realização, e pode estar ligada a fatores materiais ou não.

Se você almeja ser uma referência em sua área profissional, isso é uma ambição. Assim como quando você deseja construir um projeto social, ou mesmo participar de um, também é uma ambição. Mas como tudo na vida, deve ser equilibrado. A ambição deve existir em você tanto quanto outros sentimentos ou características importantes, mas jamais ser maior do que o senso ético.


5) Autonomia.

Procurar depender o menos possível dos outros para iniciar algo em sua vida é primordial. O que não quer dizer que você não possa buscar ajuda, valer-se do seu networking. Contudo, ficar aguardando que outras pessoas decidam fazer por você aquilo que sabe perfeitamente como fazer  é inaceitável. Se quer algo e sabe o caminho, faça você mesmo!


6) Percepção de que o status quo não mais acrescenta ou entusiasma.

Tédio, falta de desafios, obstáculos impostos por outras pessoas que impedem seu crescimento. Todos esses são fatores que minam não só a autoestima como também a vontade de fazer, a vontade de melhorar de evoluir. Se esses fatores estão presentes em sua vida há algum tempo, reveja sua situação com urgência.


7) Dizer não.

Muitas pessoas vão querer barrar seus passos por conveniência própria. Aprenda a dizer não. Mas aprenda a dizer não com inteligência. Não crie inimizades por isso.


8) Não pensar no que deixou para trás.

Escolheu mudar? Então o passado só te servirá de experiência. Esqueça! Ficar matutando se sua decisão foi boa ou ruim, e se aquela promoção que não saiu em anos de espera poderia ter finalmente acontecido se você tivesse aguentado mais uns seis meses, não vai mudar nada, e só te trará incertezas e conjecturas inúteis.


9) Certificar-se de que suas fontes de apoios são seguras e confiáveis.

Amigos e parceiros leais são essenciais no seu caminho. Devo muito aos meus.


10) Decidir fazer e fazer.     

Algo a dizer aqui? Acho que não.






Dra: Lislaine Schmidel  - advogada, pós-graduada em Direito Empresarial e do Trabalho, membro do Instituto Brasileiro de Práticas Colaborativas, sócia da Schmidel e Associados, mentora feminina e influenciadora de conteúdo digital.



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