Com a crise econômica, o
índice de desemprego está na casa dos 13 milhões. É muita gente buscando uma
recolocação profissional. E, como o mercado obedece a lei da oferta e da
procura, muitos salários foram reduzidos. Dessa forma, está praticamente
impossível encontrar a oportunidade dos sonhos. Mas, isso quer dizer que devo
aceitar qualquer emprego? Não necessariamente.
Todos precisamos trabalhar,
mas é preciso lembrar que o trabalho não é apenas um meio para a nossa
sobrevivência, ele é também um meio para a nossa realização pessoal e
profissional. Sendo assim, é muito importante que busquemos uma oportunidade
que realmente nos complete e nos faça cumprir os objetivos profissionais que
traçamos. A questão financeira é sim muito importante, mas nunca deve ser
avaliada de forma isolada.
Quando surge uma
oportunidade de emprego precisamos nos fazer várias perguntas. A primeira
questão é sobre a cultura da empresa. É muito importante fazer o que se gosta e
em um ambiente saudável. E, não há nada pior do que trabalhar em um local com o
qual não nos identificamos. Tudo parece se tornar um fardo. E, por mais que a
necessidade financeira seja grande, muito provavelmente o profissional não irá
aguentar isso por muito tempo.
Outra questão é o
alinhamento de competências. Muitas vagas podem ser para cargos e
responsabilidades inferiores aos que você estava acostumado e, a princípio,
isso pode parecer muito desestimulante. No entanto, tudo depende do ponto de
vista e das oportunidades que podem ser oferecidas futuramente. Nesse sentido,
é imprescindível analisar as possibilidades de plano de carreira e
desenvolvimento que a empresa pode proporcionar. Às vezes, vale a pena encarar
um sacrifício temporário.
O candidato também deve
sempre avaliar o clima organizacional. Pesquise sobre a empresa e, se possível,
procure conversar com atuais e ex-colaboradores. Ninguém melhor do que eles
para dizer se vale a pena investir nesta empresa. Empresas com bons ambientes
de trabalho são muito mais saudáveis e proporcionam colaboradores mais felizes
e produtivos. Aquelas que oferecem opção de home office estão entre as que
possuem maior índice de satisfação. No final, satisfeitos, todos saem ganhando.
Quem não está encontrando
uma opção interessante no mercado de trabalho precisa avaliar também a
possibilidade de seguir uma carreira solo. Dependendo da área em que você atua,
talvez seja possível se tornar um consultor. Nessa hora, também é comum alguns
profissionais resolverem empreender. Nesse caso, é preciso muita cautela e
planejamento para que o negócio dê certo. Estudar muito bem o mercado e a área
em que se pretende atuar é fundamental.
Por fim, cabe destacar que a
relação entre candidato e empregador deve ser sempre muito clara, honesta e
transparente. Trata-se de uma situação equilibrada, onde um não tem vantagem
sobre o outro. Desempregadas, muitas pessoas tendem a achar que devem aceitar
“qualquer coisa”, mas isso não é bem uma verdade. Procure negociar de igual
para igual. A empresa não é soberana e cabe uma relação justa, onde o potencial
empregado se sinta valorizado e respeitado.
Fernanda Andrade - Gerente de Hunting e Outplacement da
NVH - Human Intelligence.
Nenhum comentário:
Postar um comentário