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segunda-feira, 11 de junho de 2018

Novas posturas e competências para garantir o aprendizado


Especialista afirma que é preciso criar uma nova escola para atender a um novo perfil de aluno


Apesar das inúmeras mudanças e evoluções pelas quais a educação e a forma de ensinar vêm passando ao longo dos tempos, especialistas afirmam que ainda há muito o que avançar e melhorar para colocar as escolas em perfeita sintonia com o mundo de hoje. Adquirir conhecimento faz parte de um processo cultural e, à medida que as pessoas mudam, a forma como elas aprendem também muda. O foco principal da escola é a aprendizagem. O professor doutor em Ciências da Educação, Max Haetinger, defende que, para garantir que o principal objetivo seja cumprido, as escolas precisam criar novas posturas. “Educadores devem ter claro quais são as novas competências que o professor precisa desenvolver em sala de aula para conseguir atingir o seu público”, destaca Haetinger. 

Para o especialista, o uso das TICs - Tecnologia da Informação e Comunicação - é indispensável, mas ele ressalta também a importância do educador estar afetivamente mais próximo do aluno, a fim de conhecer mais de perto quem é esse novo indivíduo e conseguir desenvolver processos de adaptação cultural entre o conteúdo e a realidade do estudante. “As ciências educativa e do comportamento, ao longo dos últimos 20 anos, mapearam esses alunos que estão dentro de um novo contexto e concluiu-se que o estudante de hoje tem um nível de atenção muito maior, é multifacetado e isso acontece porque ele nasceu e cresceu num mundo onde existem inúmeras formas de se conectar com as pessoas e o conhecimento”, explica Haetinger.

Segundo o especialista, tudo isso influencia na prática em sala de aula. “Os alunos atuais partem de uma perspectiva social muito diferente. Hoje, eles têm muito mais acesso às informações do que nós tínhamos na idade deles”, destaca. Diante disso, Haetinger sinaliza a importância do professor estar aberto para aprender com seus alunos. Ele orienta os educadores a estimularem a criatividade do estudante por meio de atividades lúdicas, para que os alunos aprendam com interação, reflexão e alegria. “A aula precisa ser dinâmica, bem articulada, com imagens, sons, materiais gráficos - e é aí que as TICs são fundamentais - enfim, fazendo uso dos recursos que possibilitem um discurso mais ampliado”, descreve Haetinger, que esteve em São Paulo e ministrou palestra para gestores e professores das escolas conveniadas à Conquista Solução Educacional. O evento ofereceu aos educadores da capital e região um momento de capacitação e reflexão de suas competências sobre a atuação da escola na formação da geração do século XXI.



Campos de atuação do profissional de Educação Física e o mercado de trabalho


O profissional da Educação Física tem espaço no mercado de trabalho? Vai sobreviver com o salário de professor? Essas são algumas perguntas que ouvimos ao entrar para o curso de Educação Física.

Observamos um crescimento na demanda da prestação do serviço relacionado à área, devido a algumas características da sociedade contemporânea, como crianças sedentárias e acima do peso, pessoas com uma estimativa de vida acima dos 70 anos, população estressada e sedentária, uso compulsivo de celulares, tablets, computadores, games, além das doenças por repetição de movimento. No item alimentação, ainda estamos longe do ideal.

Sendo assim, novamente pergunto: Qual o campo de atuação do profissional de Educação Física? Podemos relacionar mais de 30 atuações possíveis para esse profissional.

Na licenciatura, o profissional poderá atuar como professor da Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Superior. Na escola, além da docência, poderá desempenhar funções na gestão, planejamento, elaboração e avaliação dos componentes curriculares da Educação Física.

Já no bacharelado, o profissional poderá atuar em academias com musculação, ginástica, lutas, natação, entre outras modalidades, técnico esportivo de escolinha de base até alto nível, hospitais, hotéis, empresas com ginástica laboral e exercícios compensatórios, programas para idosos, para pessoas com deficiência física, organização de eventos esportivos ou recreativos, clubes recreativos e esportivos, associações classistas desportivas e no desporto comunitário. O campo de atuação é amplo e pode se estender a consultorias, pesquisa e cursos de capacitação.

O ideal seria o profissional ter as duas habilitações – Licenciatura e Bacharelado –, o que amplia o leque de atuação. O campo da Educação Física é promissor se levarmos em conta as inúmeras pesquisas e as reportagens que demonstram que a população já está mudando o seu estilo de vida: pais e educadores preocupados, empresários comprometidos com o bem-estar dos seus colaboradores, instituições não governamentais organizadas em prol da qualidade de vida de idosos, crianças, entre outros.

A busca pela longevidade saudável é, sem dúvida, o desejo de todos, e o profissional da Educação Física poderá auxiliar nessa conquista.





Fabiana Kadota Pereira - professora do curso de Educação Física do Centro Universitário Internacional Uninter. 


Exame de “Ordem” para os médicos


“Surpreende-me que haja posicionamento contrário à aprovação em exame nacional como condicionante à habilitação para o exercício da Medicina.

É óbvio que apenas a aprovação em um “exame” não garante habilitação, mas a reprovação identifica os insuficientes. O “exame de Ordem” pode não bastar para avaliar todas as dimensões do candidato ao diploma de médico, mas é essencial. A aprovação pode não ser suficiente, mas é absolutamente necessária.

É falacioso afirmar que eventual reprovação penaliza o estudante, visto que o protege das consequências da má prática.

Ser contrário ao “exame de proficiência” é posicionamento que atenta à ética médica, visto que relega para plano secundário a proteção do paciente, objeto primordial atenção do médico.

A responsabilidade pela avaliação tem de ser delegada a comissão isenta, em processo transparente e tecnicamente qualificado. Faz-se imperativo evitar que os mesmos organismos (públicos ou privados) que credenciam faculdades, as mantém ou as operam, sejam os mesmos que elaborem ou apliquem as avaliações.

A realização do “exame de conclusão” não elimina intervenções complementares, quais o rigor na autorização para abertura de novas vagas, os testes de progresso, a acreditação de escolas, mas sobretudo no encerramento de novas vagas nas faculdades cujos alunos sejam reprovados.

Diz-se que os exames de conclusão servirão aos interesses de “cursinhos preparatórios”. Vejo que a procura por esses “cursinhos” se explica melhor pelas lacunas na formação convencional que por um processo avaliatório subsequente. Afinal, seria melhor deixar o egresso ignorante de aspectos essenciais da formação que oferecer-lhe informação complementar? Se, na faculdade o aluno não encontra quem lhe ensine, faz-lhe mal buscar conhecimento alhures?

Ou seriam os “cursinhos” pré-vestibulares a causa das fraquezas do ensino pré-universitário?
Defendo com firmeza a qualidade do ensino em todos os seus níveis. Não vejo cursos suplementares na origem dos problemas da educação brasileira, mas efeito colateral da sua exploração criminosa.

Pesquisa recente* revela que a sociedade brasileira espera que a aprovação em exame de conclusão de curso seja obrigatória para o exercício da profissão.
Pensamos da mesma forma.

Em prol da saúde da população que assistimos e pela credibilidade da Medicina brasileira”.





José Luiz Gomes do Amaral - presidente da Associação Paulista de Medicina


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