Muito
se fala sobre a empatia
ao longo de nossas vidas, sob várias perspectivas e conceitos. Em geral, o
entendimento popular sobre o termo é sintetizado na ideia de "colocar-se no lugar do outro"
para melhor compreendê-lo e ajudá-lo, mas também podemos projetar essa questão
de outra forma, com maior enfoque em seu exercício dentro de um cenário
profissional.
Há
algum tempo, estive envolvido em um projeto, que tinha como objetivo aumentar a
retenção de empregados dentro de uma empresa que sofria com a perda de muitos
desses colaboradores. Ao conversar com executivos, gerentes e outros indivíduos
que ocupavam cargos de chefia, foi possível notar que eles sabiam muito pouco sobre desejos e
anseios desses funcionários (em sua maior parte, jovens). A
partir do momento em que a empresa começou a mudar sua abordagem, realizando
pesquisas e buscando entender questões que geravam motivação, ela percebeu que
conseguiria atender às expectativas desses jovens talentos.
A
verdade é que essa empresa começou a exercitar o ponto crucial do conceito de empatia: enxergar a si mesma
sob a ótica do colaborador. Iniciativas como contratos de
trabalho "part time",
cargas horárias flexíveis e possibilidade de realizar "home office" faziam
brilhar os olhos daqueles jovens, uma vez que poderiam ser acordadas e
definidas sem demandar grandes esforços ou sacrifícios. Dessa forma, não apenas a comunicação, mas também a
produtividade e o alcance de metas foram afetados de forma positiva.
Com
base nessa experiência, podemos nos inspirar e nos apoiar bastante no exercício
da empatia no trabalho. Busque ser atencioso e entender o mundo através do
olhar dos outros, pois assim todos têm a ganhar ao fim de todas as tarefas.
Johannes
Castellano - diretor de Gestão de Pessoas e TI na
empresa de agroquímicos Adama. Ele mantém no Youtube e no LinkedIn da companhia a coluna Minuto RH, que
traz dicas e orientações sobre carreira e desenvolvimento profissional.