Quando
se tem criança em casa, é imprescindível ter determinados medicamentos à mão,
para qualquer emergência ou outras eventualidades.
Saiba
que produtos e medicações são necessários em situações do dia-a-dia, e que
possam diminuir o desconforto das crianças.
Recém-nascidos
Já
é conveniente ter em casa, antes de ir para a maternidade, os seguintes itens:
1. Pacote de fraldas de recém-nascidos.
2. Caixa de hastes flexíveis de algodão.
3. Algodão, de bolas ou os quadrados, para
higiene genital.
4. Lenços umedecidos de qualidade.
5. Pacotinhos de gaze estéreis (para higiene
genital e/ou limpeza dos
olhos,
onde não se deve usar algodão).
6. Recipientes para acondicionar adequadamente
estes produtos.
7. Sabonete neutro para corpo e cabeça do
bebê, que deve ser usado em
pequena
quantidade e testado quanto à sensibilidade do bebê.
8. Álcool a 70% para higiene do coto umbilical
(em geral, as
maternidades
já fornecem ao bebê).
9. Garrafa térmica para água morna, para
higiene genital.
10. Tesourinha sem ponta ou cortador reto de
unhas.
11. Pente e escova de cerdas macias.
12. Termômetro para medir temperatura corporal e
outro para medir a temperatura da água do banho.
13. Pomadas à base de óxido de zinco para
prevenir assaduras.
14. Soro fisiológico para ajudar na higienização
das narinas.
15. Bolsa de água quente e aspirador nasal.
16. Medicamento antitérmico, inicialmente à base
de paracetamol.
17. Medicamento para gases, conforme orientação
do Pediatra.
18. Cesta para acondicionar todos esses itens.
Crianças
maiores
Muitos
pais administram medicamentos para as crianças, mesmo com sintomas mínimos.
Evite o abuso de medicamentos que você não está acostumado a usar.
Febre:
No
caso da febre, ela não é a causa primária da doença. É um aviso do organismo de
que algo não vai bem. Deve-se estar sempre atento a possíveis sinais e sintomas
como dor de garganta, tosse, moleza, entre outros. No primeiro episódio da
febre, os medicamentos podem ser à base de paracetamol, ibuprofeno ou dipirona.
Procure utilizar a forma mais aceita pela criança. Os medicamentos em gotas são
mais fáceis de memorizar a dose. Há medicamentos com sabores em forma de
solução, e também supositórios de dipirona, quando as crianças não aceitam medicamentos
por boca. Os remédios para febre também servem para a dor.
Se
a febre persistir e houver outros sintomas, é preciso contatar o Pediatra.
Vômitos
ou enjôos:
É
recomendável sempre ter dois tipos diferentes, mas apenas os indicados pelo
Pediatra.
Gases
e cólicas:
Para
estes casos, o ideal são medicações à base de Simeticona.
Para
viagens:
-
Lembrar sempre de levar um termômetro.
-
Dependendo do destino, não esquecer filtro solar e repelente.
-
Se a criança faz uso contínuo de algum medicamento, este certamente deve estar
na mala de viagem.
-
Os medicamentos citados anteriormente também não devem ser esquecidos.
-
Anti-inflamatórios: não são usados rotineiramente, e deveriam ser utilizados
apenas com receita médica. Porém, para viagens com maior dificuldade de acesso
à assistência médica, é bom ter à mão, de acordo com a recomendação do
Pediatra.
-
Antibióticos: sempre que possível, converse com o Pediatra antes. Para viagens
longas, vale a pena levar o produto de uso costumeiro. É muito complicado comprar
este tipo de medicamento em determinadas regiões, principalmente no exterior.
-
Antialérgicos: os pais de crianças portadoras de rinite, eczema e asma já sabem
qual o medicamento a ser levado. Para eventual alergia alimentar ou picadas de
insetos, leve antialérgicos mais modernos e que não dão sono, como a
desloratadina ou a fexofenadina. Estes medicamentos servem também para coriza
de um resfriado mais forte.
-
Asma: geralmente, as crianças asmáticas já têm a sua farmácia especial para
crises e medicamentos de manutenção. Quando elas não estiverem acompanhadas
pelos pais durante uma viagem, é preciso deixar com os responsáveis as
medicações e explicar os horários e as doses. Ainda assim, deixe sempre
telefones de contato para uma emergência.
-
Diarreia: o melhor é fazer dieta leve e aumentar a oferta de líquidos e/ou
soros orais. Podem ser usados probióticos em sachês ou cápsulas.
Em
tempo: a automedicação, principalmente para crianças, não é recomendada, com
exceção de casos mais simples ou já conhecidos. Também nunca se esqueça de
verificar antes se o remédio está dentro da validade. Por isso, mesmo que você
já tenha as medicações em casa, ligue antes para o Pediatra do seu filho e explique
os sintomas. Assim, será mais seguro medicar a criança. Em alguns casos,
indicar remédios por telefone não será suficiente. O médico terá que avaliar
pessoalmente a criança para definir o diagnóstico ou solicitar exames.
Dr.
Carlo Crivellaro Pediatra com Título de
Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria; Membro da
Sociedade Brasileira de Pediatria; e Membro da Highway to Health International
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