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sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Diversificação de investimentos ajuda a concretizar objetivos de vida



Especialistas da MAPFRE dão orientações para que o dinheiro renda com segurança


Para boa parte da população, economizar para realizar um objetivo de vida, seja uma viagem ou a compra de um bem, está associado a deixar o dinheiro na poupança. Entretanto, existem no mercado diversas opções de investimento com rendimento superior.

Carlos Eduardo Eichhorn, diretor de Gestão de Recursos da MAPFRE Investimentos, orienta que independentemente do valor disponível é sempre necessário buscar a diversificação. “O investidor consegue realizar aportes de maneira diversificada com valores iniciais relativamente baixos, como nos casos de alguns de nossos fundos que permitem aplicações iniciais de R$ 500. No tesouro direto, por exemplo, é possível alocar recursos a partir R$ 30.”

De acordo com o especialista, quanto maior a concentração em um determinado ativo, maior o risco de uma perda significativa, caso ocorra algum evento inesperado e o poupador não consiga realizar uma realocação do valor a tempo.

 “Por exemplo, o investidor realiza uma alocação de 100% do patrimônio em uma única ação da bolsa de valores e a mesma cai 15% em um único dia. A perda patrimonial neste momento equivale a 15% de seu patrimônio. Supondo que tivesse alocado 10% no mesmo ativo e os 90% restantes em um fundo DI de baixo risco, a perda patrimonial seria de 1,5% neste dia”, diz Eichhorn.

Para construir uma carteira equilibrada, é preciso considerar as necessidades individuais e os diferentes horizontes de tempo para concretizá-las. Por isso é necessário conhecer quais os riscos envolvidos em cada opção de investimento e verificar se estão adequados ao objetivo perseguido. 

Para ter segurança nas escolhas de investimento, o especialista recomenda a busca por educação financeira ou aconselhamento profissional. Atualmente, existem no mercado diversos cursos de formação e literatura disponível para entender um pouco mais sobre o tema. Uma boa fonte de informações pode ser o site www.comoinvestir.com.br, criado pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).




Fonte:  MAPFRE




SE O COMUNISMO CONSEGUIU MANTER NA MISÉRIA METADE DA ALEMANHA DURANTE 44 ANOS...



       Os venezuelanos pedem socorro. Não, não são todos. Lá, como em quaisquer regimes totalitários, graças à fé doentia nas lideranças revolucionárias ou aos favores que recebe ou espera receber do Estado, parte considerável da população está alinhada com a ditadura. Os que a ela resistem se defrontam com as forças militares e com as milícias armadas pelo regime. 
        Pobre povo venezuelano! Foge pelas fronteiras e conta mortos nas ruas. Tudo se passou como se uma velha garrafa jogada do malecón habanero em meados do século passado, houvesse atravessado o Mar das Caraíbas, arribado no pedregoso litoral venezuelano e ali se quebrado, espargindo uma torrente de maldições semelhantes às que se abateram sobre Cuba. Sim, porque quase tudo na Venezuela segue o funesto ritual cubano: crescentes restrições às liberdades políticas, manipulações eleitorais, cerceamento da oposição e prisão de dissidentes, intervencionismo estatal, tabelamento de preços, sucateamento do parque produtivo, escassez. E, desde 2013, a versão bolivariana, eletrônica, da libreta de racionamento. Quando esta começou em Cuba, no ano de 1963, foi muito mal recebida pela população. Era uma forma de proporcionar, a um povo que empobreceu rapidamente após a revolução, alimento subsidiado em quantidades mínimas. Passados 54 anos, o Estado cubano continua se apropriando da totalidade da renda nacional e remunerando a população em servidão com salários mensais que apenas compram três quilos de leite em pó.
A libreta se adelgaçou a menos da metade do conteúdo original, mas os cubanos reagem às propostas para extingui-la, porque "con la libreta nadie puede vivir, pero sin la libreta hay mucha gente que no puede vivir".
        Diferentemente de  Cuba, a Venezuela era rica, petroleira, membro da OPEP. O comunismo, que afundou a economia cubana em três anos, levou 17 para arruinar o país. Mas nada é impossível a esse ogro político-ideológico. Se o comunismo conseguiu manter na miséria metade da Alemanha durante 44 anos, não seria uma republiqueta bolivariana que haveria de resistir a seu poder de destruição.
        Os venezuelanos estão famintos. Matéria da United Press International em fevereiro deste ano informou sobre uma pesquisa desenvolvida por três universidades venezuelanas (Universidade Central da Venezuela, Universidade Católica Andrés Bello e Universidade Simão Bolívar). Os resultados foram assustadores! Em meio à crise de alimentos e medicamentos, a população perde peso em proporções alarmantes. Um milhão de estudantes abandonaram a escola. Por quê? Blackouts, greves, fome. A renda de 82,8% dos venezuelanos os classifica como em estado de pobreza. O FMI estima que a inflação do país atingirá 1600% no corrente ano e a Comissão Econômica da ONU para a América Latina e o Caribe avalia uma redução de 4% no PIB nacional. 

        Matéria do El Nacional do dia 16 de agosto passado mostra que se repete na Venezuela um fenômeno generalizado no comunismo: até as vacas param de dar leite e a população apela para éguas e cabras. A falta desse produto agrava a mortalidade infantil por desnutrição e doenças digestivas. 

        Nesse cenário é impositivo perguntar: para onde se deve mover a sensibilidade de uma pessoa com senso de justiça e humanidade? Claramente, é o sofrimento da população que nos deve condoer. Em instância mais remota, será a ruína de um país vizinho e sua tragédia perante a história. Mas, para isso, é preciso ter senso de justiça e humanidade. Os dirigentes e militantes dos nossos partidos de esquerda (PT, PCdoB e PSOL) olham para a realidade venezuelana e, entre o sofrimento da população sob seu governo comunista, ficam com o governo, apoiando-o para que ponha mais lenha no braseiro do inferno que criou.




Percival Puggina  membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site
www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.


O pior déficit é o moral, mas o governo não percebe



O Tempo

O Congresso Nacional prepara-se para saltar da responsável aprovação do teto nos gastos públicos para a irresponsável aprovação do desvio de bilhões, com o objetivo de financiar as campanhas eleitorais no próximo ano. Um dia, preocupado, o povo vê o presidente da República dizer que o Brasil sofre a falência dos serviços públicos por falta de dinheiro. No outro, perplexo, vê uma proposta de que haverá dinheiro para financiar campanha milionária: R$ 2 milhões por cada eleito – deputados federais e estaduais, governadores, presidente – cerca de R$ 30 pagos por cada eleitor.

Ao assistir a estes dois fatos: falta de dinheiro para os serviços e dinheiro sobrando para as eleições, o povo desacredita ainda mais de seus governantes, sobretudo depois do reconhecimento de um déficit de R$ 159 bilhões em 2017. A oposição também fica desacreditada ao tratar o povo como se ele não soubesse que esse déficit foi provocado sobretudo pela irresponsabilidade de seu período no governo.


CINISMO – Chega a ser cínica a afirmação de que este custo das eleições é pequeno, quando sabemos que seria suficiente para enfrentar as dificuldades de nossa ciência e tecnologia, por exemplo. Também é cinismo dizer que a democracia exige esses gastos, sem levar em conta que nossas eleições estão entre as mais caras do mundo. Ou, ainda, ao dizerem que o recurso sairá das emendas parlamentares, quando esse dinheiro é pago pelo contribuinte, e as emendas são dirigidas para atender necessidades da população. Graças ao teto dos gastos, o povo sabe que o dinheiro é curto e será tomado dele para financiar as campanhas, caracterizando corrupção nas prioridades.

É uma vergonha dizer que esse gasto é necessário para fortalecer a democracia: não há democracia sem políticos com credibilidade e não há credibilidade em um Parlamento cujos membros um dia aprovam um necessário teto de gastos, e no outro continuam fazendo uma das mais caras eleições do mundo, sem dar exemplos próprios de austeridade. O Congresso devia determinar medidas que reduzissem o custo das campanhas e que elas fossem financiadas pelos filiados e simpatizantes dos partidos e dos candidatos.


DAR EXEMPLOS – Além dos elevados gastos de campanha, o governo precisa dar exemplos: acabando com remunerações acima do já elevado teto salarial equivalente a 35 vezes o salário mínimo do trabalhador; determinando que nenhum de seus dirigentes acumule salários, como aposentadorias; acabando com mordomias e subsídios pessoais. São gestos que têm pouco impacto fiscal, mas um imenso impacto moral.

O Brasil não vai superar sua crise se seus dirigentes não derem o exemplo. E os políticos estão na contramão ao apresentar uma proposta de reforma política que, além de piorar o maldito sistema atual, desvia recursos públicos para campanha eleitoral.

Pior que o déficit fiscal é o déficit moral. E esta reforma eleitoral está ampliando essa escassez e comprometendo nossa democracia, no lugar de fortalecê-la.





Cristovam Buarque

Fonte:  Tribuna da Internet




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