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terça-feira, 4 de julho de 2017

11 Perguntas e Respostas sobre a Dislexia



Ler e escrever são aprendizados fundamentais para qualquer pessoa e a chave para o acesso a outros conhecimentos ao longo da vida. Entretanto, boa parte das crianças e adolescentes enfrentam dificuldades para ler e escrever. Hoje, uma das causas mais frequentes de mau desempenho nos estudos é a Dislexia, o Transtorno de Aprendizagem mais comum entre a população escolar, sendo referida uma prevalência entre 5 a 17,5 %.

Veja agora 15 perguntas e respostas sobre a Dislexia, com consultoria da neuropediatra Dra. Karina Weinmann, cofundadora da NeuroKinder, clínica especializada em desenvolvimento infantil. 
 
 

1. O que é a dislexia?

A Dislexia é um Transtorno de Aprendizagem de origem neurobiológica. A condição é caracterizada pela dificuldade de reconhecimento das palavras, fluência na leitura das palavras e baixa competência em ler e escrever. Essas dificuldades são resultado de um déficit fonológico inesperado em relação à idade e a outras habilidades cognitivas. Isso quer dizer que apesar da inteligência normal (QI) e da criança estar na idade esperada para aprender a ler e a escrever, ela não consegue.

 

2. Qual a causa da dislexia?

Aprender a ler não é um processo natural como é o da linguagem oral, que se desenvolve por meio da interação social com os adultos ou outras crianças. Para aprender a ler é preciso ter uma boa consciência fonológica, ou seja, o conhecimento consciente de que a linguagem é formada por palavras, as palavras por sílabas, as sílabas por fonemas e que os caracteres do alfabeto representam esses fonemas. A leitura fluente acontece quando todos esses processos acontecem de forma automática, sem atenção consciente ou esforço. Lembrando, portanto, que a consciência fonológica é uma habilidade adquirida.

A hipótese mais aceita hoje é que a dislexia é causada por um déficit nesse processamento fonológico devido a uma disrupção no sistema neurológico cerebral. Este déficit dificulta a discriminação e o processamento dos sons da linguagem e a consciência fonológica.

 

3. A dislexia é passada dos pais para os filhos?

Os estudos realizados ao longo dos anos mostraram que há um fator genético importante na dislexia. Uma mutação genética rompe alguns circuitos cerebrais envolvidos no processo de leitura e escrita, levando à dislexia. A dislexia costuma aparecer em várias pessoas de uma mesma família que compartilham essa mutação genética. Assim, podemos dizer que a doença tem carácter genético e hereditário.  

 

4. Só é possível diagnosticar uma criança quando ela entra na fase da alfabetização?

Os especialistas afirmam que existem sinais que podem indicar dificuldades futuras. Não é preciso correr para o consultório médico, mas é importante que os pais estejam atentos e conscientes de que se a criança for diagnosticada tardiamente, os anos perdidos não podem ser recuperados. Tudo é uma questão de bom senso, mas a intervenção precoce é fundamental para ajudar as crianças com dislexia. 


5. Quais são os sinais precoces da dislexia?

O atraso na aquisição da fala é o primeiro sinal de alerta. Essa dificuldade pode indicar várias outras condições, como também pode ser um indício de dislexia no futuro. A dificuldade de pronunciar palavras mais complexas, assim como a omissão ou a inversão de sons (pipocas – popicas), também indicam algum déficit de linguagem. Crianças que apresentam dificuldades na aprendizagem da leitura já nos primeiros anos escolares, como falta de consciência silábica e fonêmica, dificuldade de identificar as letras e os sons correspondentes e que têm uma linguagem oral e vocabulário empobrecidos devem ser avaliadas precocemente.

 

6. Existe algum exame que comprove o diagnóstico da dislexia? 

Atualmente não existe nenhum marcador biológico que confirme o diagnóstico da dislexia, portanto nenhum exame, nem de análises clínicas, nem de imagem, é capaz de comprovar o diagnóstico. Em geral, o neuropediatra é o profissional mais indicado para diagnosticar e tratar a dislexia, juntamente com uma equipe interdisciplinar. O médico irá excluir outras causas orgânicas, irá investigar o histórico familiar, histórico clínico e todas as demais informações. Participam ainda da avaliação o fonoaudiólogo, psicopedagogo e neuropsicólogo que irão aplicar uma série de testes para ajudar na confirmação do diagnóstico do médico.
 

7. Existe alguma relação da dislexia com problemas visuais?

Até o momento nenhum estudo comprovou que a dislexia é causada por um problema de visão. Os erros de inversão (ver as letras ao contrário p/b), por exemplo, são erros de origem fonológica e não de origem visual.
 

8. É verdade quem tem dislexia também tem Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade?

Nem todo mundo que tem dislexia tem TDAH. Mas, o TDAH é a comorbidade mais comum associada à dislexia. Entre as doenças que se desenvolvem conjuntamente com a dislexia podemos encontrar a disgrafia, a discalculia, transtornos relacionados à coordenação motora, entre outros.

 

9. A dislexia afeta mais homens que mulheres?

Sim. Estudos mostram que a dislexia afeta duas vezes mais os meninos que as meninas.

 

10. Como é feito o tratamento?

O tratamento para a dislexia deve ser feito por uma equipe interdisciplinar, composta pelo neuropediatra, professor, psicopedagogo, psicólogo e fonoaudiólogo. A participação da família é fundamental para o sucesso da terapia. Os profissionais atuam conjuntamente e trocam informações sobre a evolução do quadro. O tratamento exige dedicação de todos os envolvidos e é de longa duração.
 

11. A dislexia tem cura?

Não, ainda não há cura para a dislexia. Porém, quanto antes for feito o diagnóstico e o tratamento, mais cedo a criança irá desenvolver estratégias que irão ajudar a ler e a escrever. A terapia também vai ajudar a fortalecer a autoestima e o controle emocional para enfrentar as dificuldades ao longo da vida acadêmica.






Aprenda 4 truques para evitar o 'efeito sanfona'



Muitas vezes a maior dificuldade não é perder peso, e sim manter a silhueta alcançada de forma definitiva; Gladia Bernardi, nutricionista e coach em emagrecimento, ensina como não cair nessa armadilha


Crédito: Shutterstock


Você fecha a boca, segue a dieta à risca, se dedica aos exercícios físicos e chega ao peso desejado. Pouco tempo depois, deixa de lado os hábitos saudáveis, volta a levar uma vida sedentária e, ao se pesar, percebe que já recuperou os quilos perdidos.

Esse é o chamado “efeito sanfona”, nome dado para repetidos ciclos de perda e ganho de peso corporal. Existe uma variação anual que é considerada normal, entre três e cinco quilos. Quando essa alteração é maior, acima dos dez quilos, já é caracterizada como “efeito sanfona”.

Segundo a Abeso (Associação Brasileira do Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), entre 80% e 90% das pessoas que emagrecem acabam voltando a engordar. Além dos riscos à saúde, quem passa por esse fenômeno uma vez tende a se tornar uma “vítima” constante dele.

“É uma bola de neve”, diz Gladia Bernardi, coach e criadora do método Emagrecimento Consciente. “A cada vez que o indivíduo passa por essa experiência, o “efeito sanfona” é mais intenso e prejudica a autoestima.”

“Após o término da dieta restritiva, se não for criada uma nova rotina, com a adoção de novos hábitos saudáveis, a tendência é voltar a comer para compensar o período que foi visto como um período de privação”, explica a especialista. “É por isso que muitos voltam a engordar”.

Mas engana-se quem acha que o “efeito sanfona” é consequência de toda dieta e não pode ser combatido. Para Gladia, qualquer pessoa pode fugir deste problema ao incorporar no dia a dia alguns itens essenciais:


Mude sua mentalidade

 Crédito: Shutterstock

Se a pessoa encarar os novos hábitos à mesa como uma reeducação alimentar, e não como uma restrição, terá a chance de mudar de vida de forma definitiva, cultivando um comportamento saudável que dificilmente será abandonado depois, e, por isso, não esbarrará no “efeito sanfona”.

“A dieta não deve ser vista como um castigo ou um sacrifício. Combinado ao regime, é muito importante criar novos hábitos, como seguir horários regrados para se alimentar e passar a praticar exercícios físicos. Escolha atividades que sejam prazerosas para você, como pedalar, caminhar ou andar de patins. Assim, você considerará esse processo como um novo estilo de vida, e não como uma fase passageira”, recomenda.

Pesquisadores do National Weight Control Group descobriram que 90% das pessoas que conseguem manter o peso depois da dietacontinuam a praticar exercícios físicos com regularidade. “Por isso, é muito importante manter o pique, mesmo depois que o período da dieta acabar”, ensina.


Escolha bem seu profissional de emagrecimento

  Crédito: Shutterstock

Nos dias de hoje, ter o auxílio de um profissional da saúde para emagrecer acaba sendo tão importante quanto ter uma balança dentro de casa. “Não basta apenas fazer uma consulta e sair do consultório com um cronograma de dieta. É preciso ter um acompanhamento sério”, enfatiza Gladia.

Segundo a especialista, além da pessoa estar disposta a emagrecer, também deve estar atenta ao método do responsável pelo acompanhamento. “Em muitos casos, quando a pessoa volta a engordar, o fracasso é do profissional que a acompanha, cujo programa de emagrecimento pode não se adequar à rotina daquele paciente”, explica.


Dê um basta no sedentarismo

  Crédito: Shutterstock

No Brasil, mais da metade dos brasileiros está acima do peso (53,8%), segundo o Ministério da Saúde. Em dez anos, além da parcela de obesos crescer 60%, o percentual de brasileiros com diagnóstico de diabetes aumentou 61,8% e os diagnosticados com hipertensão foi para para 25,7%. 

Para a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), apenas 20 minutos diários de caminhada, no mínimo, quatro vezes por semana, é o suficiente a pessoa não ser classificada como sedentária. “Se a pessoa continuar a fazer exercícios e não cair no sedentarismo, com certeza não irá engordar logo após o emagrecimento”, aconselha Gladia. 

Entretanto, os novos hábitos não devem ficar restritos a atividades físicas. “Ir à academia é ótimo, mas não é só isso. Por exemplo, troque aquele alimento calórico no fim de um dia estressante de trabalho por um banho relaxante”, ensina. 


Fuja das “dietas da moda”

 Crédito: Shutterstock

A mais recente dieta da moda, que tem ganhado adeptos até entre as celebridades, é o chamado jejum intermitente. Estudos científicos mostram que fazer jejum previne doenças crônicas, combate os radicais livres e emagrece. A pessoa fica até 23h sem comer, e embora tenha respaldo de alguns médicos, não é aconselhada para qualquer pessoa. 

Para a nutricionista, o correto é evitar qualquer tipo de dieta da moda; “Dietas restritivas, que é característica comum desses regimes - como a privação completa de carne, de carboidratos, de açúcar ou de gordura- são prejudiciais por deixar o organismo sem os nutrientes indispensáveis para o bom funcionamento do corpo e da mente”, aconselha ela.







Gladia Bernardi - Nutricionista, coach e desenvolvedora do método “Emagrecimento Consciente”, baseado na neurociência, na programação neurolinguística e em coaching. Por meio de técnicas e ferramentas pioneiras, que dispensam dietas restritivas, prescrição de medicamentos ou intervenções cirúrgicas para o emagrecimento, visa transformar profissionais da área da saúde, coaches e consultores independentes em especialistas em emagrecimento junto a pacientes. Atualmente, já formou mais de mil profissionais e é responsável pelo evento “Por um mundo mais leve”, que defende que qualquer pessoa pode emagrecer se estiver em harmonia com a sua mente.





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