No Dia Nacional de Luta por
Medicamento, datado e 8 de setembro, a Federação Brasileira de Hemofilia
reforça a necessidade do uso preventivo do fator de coagulação para evitar
hemorragias e melhorar a qualidade de vida
Datado em 8 de setembro, o Dia
Nacional de Luta por Medicamento reforça a necessidade da adesão ao tratamento
de profilaxia por parte dos pacientes e da adequada distribuição dos fatores de
coagulação por parte do governo. Este tratamento, além de prevenir
sequelas permanentes resultantes de hemorragias, previne a
ocorrência de dores resultantes dessas sequelas e proporciona qualidade de vida
às mais de 12 mil pessoas com hemofilia no Brasil.
A hemofilia é
um transtorno genético que afeta a coagulação do sangue. A pessoa com
hemofilia apresenta alteração na produção de um dos 13 fatores
responsáveis pela coagulação. Na hemofilia A há deficiência de Fator VIII
e na Hemofilia B, há deficiência de Fator IX. Ambas
podem ser classificadas com leve, moderada ou grave.
A profilaxia consiste
na aplicação preventiva desses fatores, o que
possibilita que as pessoas tenham uma vida normal e plenamente
inserida na sociedade.
“Os fatores de coagulação são
disponibilizados pelo Ministério da Saúde por meio do SUS
e distribuídos aos pacientes através dos 183 Centros de
Tratamentos de Hemofilia espalhados pelo País. Todas as pessoas com hemofilia
grave ou com sintomas de grave têm direito ao tratamento profilático,
independentemente da idade, em todo território nacional.
“O tratamento preventivo diminui em 400% o número de idas emergenciais aos hemocentros e aumenta em 80% a qualidade de vida destas pessoas, proporcionando vida com autonomia e liberdade: as crianças podem frequentar aescola diariamente, além de brincar e praticar atividades físicas. Os adultos estão protegidos da ocorrência de sangramentos, podendo trabalhar, praticar esportes, ter uma vida ativa sem dores permanentes.”, explica Mariana Battazza Freire, presidente da FBH.
Os tratamentos disponibilizados pelo
SUS incluem: Imunotolerância, implantada em 2011, para
eliminação do inibidor (anticorpos que que neutralizam a atividade do
fator de coagulação infundido.); Profilaxia primária, também
implantada em 2011, previne a ocorrência de sangramentos, preservando os
músculos e articulações das deformidades físicas e demais complicações em
crianças com até três anos de idade; Profilaxia Secundária tem
o mesmo propósito da primária, porém para as pessoas acima de quatro anos,
sem limite de idade, disponível desde 2012. Todas as formas de
tratamento preventivo proporcionam qualidade de vida e redução de custos
ao governo.