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sexta-feira, 10 de junho de 2016

Atraso de salário é causa de um em cada quatro endividamentos no Brasil, de acordo com levantamento da Recovery



Um levantamento realizado pela Recovery, empresa líder em gestão e administração de créditos em atraso, aponta que, entre janeiro e abril deste ano, o atraso de salários foi a segunda principal causa de endividamento dos consumidores, superando o desemprego.

Para efeito de comparação, no mesmo período de 2015, a falta de pagamento de salários era considerada a causa principal de apenas 3% dos endividamentos.

Causa de endividamento
Janeiro a Abril de 2015
Janeiro a Abril de 2016
Descontrole financeiro
66%
45%
Atraso de salário
3%
26%
Desemprego
22%
24%
Outros
9%
5%

Os dados consideram as respostas de 25 mil consumidores consultados pela Recovery, que representam o perfil da carteira de 11 milhões de inadimplentes administrada pela companhia. O descontrole financeiro ainda é responsável por 45% dos casos de inadimplência. Atrasos no pagamento do salário são a segunda razão, apontada por 26% dos entrevistados, seguida por desemprego, informado como causa do endividamento de 24% dos entrevistados inadimplentes.

“O próximo passo após o atraso do salário é o desemprego. São duas causas de endividamento bastante relacionadas. Muitas empresas podem diminuir o quadro de funcionários, o que alerta para a queda nos níveis de negociação”, explica André Calabró, diretor de Cobrança da Recovery.

De acordo com dados da companhia, a mudança no perfil das causas da inadimplência também está impactando as condições de renegociação. A tabela abaixo mostra um crescimento na opção pelos planos de pagamento de dívidas de forma parcelada, com uma redução expressiva pela quitação à vista.

Perfil de Pagamento
1º Trimestre de 2015
1º Trimestre de 2016
À Vista
26%
18%
Parcelado em até 24 vezes
52%
54%
Parcelado acima de 24 vezes
22%
28%

"Uma emenda que desvirtua a própria natureza do tributo"




...Esta é a primeira vez que a DRU é prorrogada por oito anos e que é permitido aos estados e municípios estabelecerem mecanismo semelhante...

A aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 4/15, que recria a Desvinculação de Receitas da União (DRU) é considerada contraditória pelo presidente do Instituto de Estudos Tributários, Rafael Nichele. "Temos que verificar como vai ser a execução desta Desvinculação principalmente em função da lei orçamentária, que prevê a destinação dos recursos oriundos das contribuições para finalidades específicas como previdência social, saúde e educação. É uma Emenda que desvirtua a própria natureza do tributo ", avalia Nichele.
 

A PEC que foi aprovada na Câmara dos Deputados com o voto favorável de 340 deputados contra 96 segue para votação no Senado. Se aprovada, a DRU vai autorizar que o Poder Executivo use livremente 30% do valor dos impostos e contribuições sociais e econômicas federais que hoje são destinadas, por determinação constitucional ou legal, a órgãos, fundos e despesas específicos. Esta autorização para o governo equivale a um número entre R$ 117 bilhões e R$ 120 bilhões, já que a vigência é retroativa a 1º de janeiro de 2016 e validade até 2023. Na prática, esses recursos desvinculados serão transferidos para uma fonte do Tesouro Nacional que é de livre movimentação, sem qualquer tipo de vinculação ou destinação específica.
 

O principal objetivo da DRU é liberar recursos, que estariam comprometidos com despesas específicas, para ajudar o governo a cumprir a meta de resultado primário. A meta deste ano é de déficit de R$ 170,5 bilhões.

Um dos órgãos afetados pela aprovação da DRU é o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que sustenta o pagamento do seguro-desemprego e do abono salarial, por exemplo. O FAT conta exclusivamente com repasses da contribuição do PIS/Pasep e com recursos financeiros próprios, constituídos pelo retorno dos financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que pode usar até 40% dos recursos para empréstimos.

Dados do Ministério do Trabalho indicam que as desvinculações provocadas pela DRU nos recursos do PIS/Pasep entre os exercícios de 2003 e 2014 atingiram R$ 80,31 bilhões, enquanto as desonerações do tributo para estimular a economia alcançaram R$ 60,7 bilhões.
Histórico
A DRU foi criada em 1994, no governo Itamar Franco, com o nome de Fundo Social de Emergência (FSE), para servir como instrumento fiscal para manter a estabilidade da economia, direcionando parte dos recursos vinculados ao pagamento de juros da dívida e outras despesas.

Em 1996, ela foi prorrogada como Fundo de Estabilização Fiscal (FEF), nomenclatura que permaneceu até 2000, quando passa a ser denominada Desvinculação de Receitas da União (DRU).

Desde 2000, ela foi prorrogada por mais quatro vezes em períodos de quatro ou cinco anos: 2000-2003, 2003-2007, 2007-2011 e 2011-2015.

Esta é a primeira vez que a DRU é prorrogada por oito anos e que é permitido aos estados e municípios estabelecerem mecanismo semelhante.

Pesquisas apontam que o desenvolvimento do Melasma pode estar relacionado ao estresse



Os estudos mostram que há uma forte ligação de fatores emocionais com a doença que atinge a pele.

Melasma se caracteriza por manchas castanho-escuras na pele, sobretudo do rosto, e é mais frequente em mulheres morenas e jovens. De acordo com os pesquisadores, os impactos emocionais ativam o gene propriomelanocortrin, que por sua vez estimula a pele para produzir mais pigmento. Por este motivo, ansiedade e cansaço em excesso podem piorar ainda mais os sintomas da doença.  

“O melanócito -- célula que produz a melanina --  é bastante complexo e sensível. Por isso, a qualquer sinal de irritação ou desequilíbrio, pode reagir, produzindo mais pigmento no local”, explica a dermatologista Denise Steiner, coordenadora do Departamento Científico da Sociedade Brasileira de Dermatologia.  

Além do estresse, outros fatores estão relacionados com o aparecimento do melasma, como: exposição ao sol e à luz em geral, hormônios, medicações, doenças, traumas, queimaduras, entre outros. Um estudo  recente, realizado na Argentina, também relacionou o Melasma a problemas na tireóide.

"Aparentemente, existe uma grande influência genética para o aparecimento do Melasma. Em alguns estudos epidemiológicos, a ocorrência familiar varia de 15% a 60%. Além disso, outras avaliações demonstraram que as peles mais morenas, como as das latino-americanas, são mais suscetíveis às manchas", afirma a Dra. Denise.

As mulheres têm mais incidência de Melasma em relação aos homens, principalmente por conta de fatores hormonais, pois hoje sabe-se que a pele manchada tem mais receptores para o hormônio feminino estradiol (estrogênio) do que aquela sem mancha.

"Quanto às grávidas, além desse fator, também há aumento da produção do hormônio melanócito estimulante", acrescenta a médica. 

Tratamentos 
Protetor solar - O tratamento do Melasma inclui o uso de filtros solares físicos ou orgânicos associados a protetores com pigmentos. Existem dois tipos de filtro solar: aquele que tem moléculas que reagem com o sol e transformam a luz em calor; e aqueles que formam uma barreira onde o sol bate e reflete. No caso do tratamento do melasma, o ideal é que seja utilizado um filtro físico para rebater a luz, em vez de transformá-la em calor, o que pode inclusive piorar o melasma. O pigmento associado ao filtro também é importante, pois ele protege da luz visível que é encontrada em lâmpadas e computadores. 

Clareadores - O tratamento do Melasma inclui o uso de clareadores como hidroquinona, arbutin, ácido azelaico, ácido retinóico, ácido glicólico, entre outros.

Fitoterápicos e vitaminas - Uma novidade é o Polypodium Leucotomas, que é um ativo de uma planta da Costa Rica, muito eficaz em proteger a pele dos raios ultravioleta. O Polypodium Leucotomas é um agente antiinflamatório e imunomodulador, que protege do dano celular e tem propriedades calmantes. Utiliza-se cerca de 4 cápsulas ao dia para tratamento do Melasma durante 3 ou 4 meses seguidos.

Ácido - Outra novidade muito interessante é o uso do ácido tranexâmico por via oral com dose de 500 a 750mg/dia, que age na plasmina, evitando a formação de agentes inflamatórios que causam estímulo negativo ao melanócito. Esta substância também é usada em injeções intradérmicas e em cremes na concentração de 3% a 5%.

Pellings e laser – O Melasma também  pode ser tratado com a ajuda  de peelings e lasers. A tecnologia mais indicada hoje é a ND Yag -- um laser de baixa energia e pulso curto que consegue clarear sem causar irritação. Os estudos mostraram que em média de 12 a 15 sessões são necessárias para um clareamento de cerca de 70%.  O laser não agride nem queima a pele, ela apenas permanecerá ligeiramente rosada após a aplicação.



Dra. Denise Steiner médica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da qual foi presidente entre os anos de 2013 e 2014. Atualmente, a dermatologista é Coordenadora Científica da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Dra. Denise Steiner também é especialista em Hansenologia, em Saúde Pública e em Medicina do Trabalho, além de ser Doutora em Dermatologia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Também é autora de várias publicações de reconhecimento nacional e internacional, entre elas: “Calvície – Um assunto que não sai da cabeça”, “Beleza sem Mistério” e “Envelhecimento Cutâneo”. www.denisesteiner.com.br

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