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segunda-feira, 6 de junho de 2016

Doutrinação até em concurso público



No último domingo, na PUC-Minas, em uma prova de português para seleção de estagiários do Ministério Público Federal de Minas Gerais, apareceram algumas questões que mostram como está espalhada em todos os cantos essa praga ideológica que tanto mal já fez ao nosso país.

Uma prova de português, que analisaria as questões gramaticais, com várias alternativas para assinalar a correta, tinham frases do tipo:

- Questão 09
a) Os golpistas ficaram “prostados” com a reação que se viu nas ruas em defesa da democracia.

d) O juiz infringiu a legislação ao divulgar o conteúdo de interceptações telefônicas.
- Questão 10 

b) O tráfego de influência é uma das práticas mais comuns na Câmara dos Deputados.

c) O analfabetismo político é um mal cada vez mais comum em quem assiste ao Jornal Nacional.

- Questão 13
d) Segundo renomados juristas, a presunção de inocência, “apezar” de configurar direito constitucional, vem sendo ignorada pela Operação Lava Jato.

São questões agressivas à democracia, de cunho altamente doutrinário, contra o impeachment legal de Dilma, contra algumas instituições democráticas, que nunca deveriam fazer parte de uma prova seletiva para nenhuma escola brasileira.  Como as questões circularam pela imprensa e causou muita revolta, o MPF de Minas Gerais soltou uma nota onde diz que várias questões foram anuladas e a servidora responsável pela elaboração foi exonerada.

O MPF também divulgou uma nota reafirmando seu compromisso com a atuação apartidária e impessoal em defesa da ordem jurídica e dos direitos e garantias fundamentais, bem como com os valores da transparência, da ética, da moralidade, da independência funcional e da unidade.
Por outro lado, no Rio Grande do Sul, um grupo de estudantes ligados ao PSOL lançou um manual de como fazer manifestações de rua e ocupação de escolas. Até quando vamos conviver com essa bagunça?


Célio Pezza - colunista, escritor e autor de diversos livros, entre eles: As Sete Portas, Ariane, A Palavra Perdida e o seu mais recente A Tumba do Apóstolo. Saiba mais em www.facebook.com/celio.pezza

Vacinação: Sucessos e Desafio




Dia 9 de junho é comemorado o Dia Nacional da Imunização, data cujo objetivo é chamar a atenção para a importância da vacinação na saúde da população. Entre as atividades de saúde pública idealizadas pelo governo brasileiro, o Programa Nacional de Imunizações, criado em 1973 pelo Ministério da Saúde, destaca-se por seus vários êxitos.
           
Através de campanhas de vacinação coordenadas pela Organização Mundial da Saúde, a varíola, uma mortal doença transmissível que acompanhou a humanidade por milhares de anos, foi erradicada do planeta em 1977 e o último caso registrado no Brasil ocorreu em 1971. A poliomielite ou paralisia infantil é outra doença que também foi erradicada do país por conta da vacinação. O último caso da pólio foi registrado em 1989 mas como essa doença ainda persiste em alguns países da África e da Ásia, a vacina continua a ser administrada às crianças brasileiras.
           
Outras doenças preveniveis por vacina estão em vias de serem eliminadas do Brasil. Os casos de tétano caíram rapidamente nos últimos 20 anos e a forma neonatal da doença, que afeta os recém nascidos, está quase erradicada do país. O sarampo também está em vias de desaparecer do Brasil; nos primeiros anos do século XX não foram registrados casos da doença e, mais recentemente, ocorreram apenas surtos isolados, em decorrência de falhas na cobertura da vacinação. A rubéola, outra doença viral prevenivel por vacina, encontra-se em situação semelhante à do sarampo.

O desenvolvimento das vacinas só foi possível com as descobertas da revolução bacteriológica no século XIX. Destacam-se os trabalhos de Louis Pasteur, que descobriu a vacina contra a raiva em 1886, modelo tecnológico para dezenas de outros produtos que vieram depois. Antes de Pasteur havia apenas a vacina braço a braço contra a varíola, que não era um produto seguro nem podia ser produzida em larga escala, o que limitava a sua utilização.

Hoje sabemos que as vacinas funcionam através da introdução no organismo de uma parte ou de todo um microrganismo, que pode estar vivo e atenuado, ou morto. O objetivo é provocar uma reação do sistema imunológico, produzindo anticorpos, que no futuro protegerão o indivíduo em caso de contato com o germe causador da doença.

Se hoje a importância das vacinas é amplamente reconhecida, nem sempre a população esteve receptiva à vacinação. O exemplo mais conhecido no país é o episódio da "Revolta da Vacina", rebelião popular que ocorreu no Rio de Janeiro contra a obrigatoriedade da vacina contra a varíola, aprovada pelo Congresso Nacional em 1904. Outro exemplo tem sido a reação de grupos sociais conservadores contra a vacina para o HPV, que passou a integrar o Calendário Nacional de Vacinação em 2014. Eles acreditam que o fato dessa vacina ser oferecida às meninas de 9 a 13 anos funcionaria como um estímulo à iniciação sexual precoce.

Apesar do alvoroço envolvendo a vacina contra a gripe durante a epidemia de H1N1 em 2016, esse produto não tem sido bem recebido desde que passou a ser oferecido em 1999. Mitos como ideia de que a vacina, em lugar de proteger é capaz de provocar a gripe, tem impedido o sucesso das campanhas, principalmente entre os idosos, um dos grupos alvo da vacinação.

Novas vacinas deverão surgir nos próximos anos. Laboratórios em todo o mundo correm em busca de produtos contra velhas doenças que ainda assombram a humanidade. É o caso da vacina contra a dengue, aguardada com grande expectativa para 2017/2018; já existe uma vacina no mercado, mas que não foi adotada pelo governo brasileiro, em decorrência de suas limitações técnicas. Já as vacinas contra a aids, a malária e a doença de Chagas são produtos que demorarão muitos anos para chegar ao mercado.   

 

Rodolpho Telarolli Jr. - médico, doutor em Saúde Coletiva e professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp em Araraquara.
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Indisposição para se exercitar pode significar falta de nutrientes essenciais. Veja como contornar



Desmotivação pode ser fruto de maus hábitos alimentares e carência de vitaminas

Sentir aquela fraqueza depois de um longo dia de trabalho e deixar o exercício físico para depois devido ao cansaço é completamente normal, porém, quando a falta de motivação se torna um empecilho constante é hora de ficar atento: a frequenta falta de energia pode ser um indicador de que algo não vai bem no organismo. Muitas vezes associado à distúrbios psicológicos como stress e depressão, a sensação contínua de fadiga também pode estar ligada à fatores menos perceptíveis como carências 
nutricionais, sono inadequado, problemas hormonais, entre outros. Nesses casos, a falta de motivação pode atingir desde pessoas comuns à praticantes regulares de atividades físicas. Esses sintomas muitas vezes surgem em decorrência da falta de cuidados com a alimentação e dietas rigorosas, prejudicando o desempenho mesmo em atividades simples. Essencial para oferta de energia para o corpo, a dieta é base tanto para o alcance dos objetivos da atividade física, quanto para a manutenção da saúde. Seu desequilíbrio pode influenciar na performance e na própria disposição para cuidar do corpo.

Preguiça ou fadiga?

A diferença entre essas sensações é bastante sutil e apontar as causas desses sintomas é ainda mais complicado. Porém, quando a desmotivação atrapalha a rotina a ponto de prejudicar o desempenho nas atividades cotidianas e impedir a prática de exercícios físicos, é hora de procurar ajuda profissional para investigar o problema.  Se você não costuma praticar exercícios mas está consciente dessa necessidade para melhorar sua saúde e mesmo assim arruma desculpas para adiar a prática, possivelmente lhe falta motivação, questão mais psicológica do que física.  Porém, alguns fatores como obesidade, situações de saúde e estilo de vida podem influenciar totalmente nessa questão: pessoas acima do peso costumam ter resistência física menor e acabam se cansando mais rapidamente durante a atividade física. Situações como hipertensão, diabetes e problemas hormonais, por exemplo, podem reduzir a capacidade do indivíduo em realizar grandes esforços, tornando os exercícios físicos mais árduos. Da mesma forma, distúrbios do sono podem refletir no cansaço e ainda propiciar o surgimento de stress e irritabilidade que agravam ainda mais a sensação de esgotamento.

Para iniciantes é completamente normal que a prática de atividades físicas represente um desafio porém, para vencer o cansaço, é essencial que o indivíduo melhore seu condicionamento físico. Quando submetido à esforços constantes, o corpo desenvolve uma resistência, e gradativamente, o exercício que antes gerava exaustão vai se tornando uma atividade suportável. Agora, se você já pratica exercícios físicos e mesmo assim sente extrema fadiga, deve analisar alguns fatores que podem estar gerando sobrecarga no organismo e prejudicando seu desempenho:  tempo de descanso, intensidade do treino e principalmente hábitos alimentares inadequados podem causar um desequilíbrio na oferta de energia e tornar a atividade extenuante. De acordo com a nutricionista Sinara Menezes da Nature Center “Como muitos praticantes de atividades físicas e frequentadores de academias são adeptos de dietas deliberadas, alguns alimentos essenciais para produção de energia são negligenciados e podem afetar totalmente o desempenho durante a atividade e a posterior recuperação muscular. Alimentar-se adequadamente é a chave para vencer situações de fadiga e também para ter mais energia não somente para o exercício físico, mas para todas as atividades do dia.”

Energia começa na mesa

Uma mito disseminado principalmente entre aqueles que desejam emagrecer é que o termo dieta significa privação. Justamente por isso, muitas pessoas acreditam que ao iniciar a prática de exercícios devem parar de comer determinados alimentos. É bem verdade que aqueles que desejam perder peso devem reduzir a ingestão calórica, e aqueles que desejam ganhar massa muscular devem ingerir mais proteínas. Porém, a questão principal é que sem a oferta adequada de energia, a prática de exercícios se torna exaustiva para ambos. A alimentação balanceada, com o aporte de nutrientes vindos dos mais diversos grupos alimentares é fundamental para que o corpo melhore a resposta durante o exercício e a motivação em exercer a atividade.

A ingestão de carboidratos tem papel fundamental na oferta de energia: quando digeridos esses alimentos são armazenados na forma de glicogênio – uma combinação molecular de glicose. O corpo mantem esse estoque de duas formas: através do glicogênio hepático (armazenado no fígado) afim de manter a oferta constante de glicose durante os intervalos entre as refeições, e o glicogênio muscular – responsável por fornecer energia imediata durante o exercício físico. Por isso a nutricionista alerta “Privar-se desse tipo de alimentos ou reduzir drasticamente sua oferta pode comprometer a força necessária para desempenhar atividades diversas. Levando a situações adversas como perda de massa muscular e a consequente queda do metabolismo, situação em que o corpo reduz o ritmo das funções orgânicas afim de preservar a energia para as funções vitais.” – explica Sinara.

Neste âmbito, os sais minerais também são fundamentais para o equilíbrio do metabolismo. A deficiência de ferro, por exemplo, pode acarretar no surgimento da anemia – situação na qual a concentração de glóbulos vermelhos no sangue é reduzida drasticamente, comprometendo o transporte de oxigênio no organismo. O processo de oxigenação muscular, é essencial para que as contrações do tecido sejam executadas, por isso sintomas como cansaço, fraqueza e falta de ânimo são comuns em pessoas anêmicas. Da mesma forma, a deficiência de magnésio afeta o desempenho muscular, especialmente de atletas, diminuindo a resistência e a resposta do organismo diante de esforços. A constante oferta desses nutrientes é essencial pois boa parte deles são eliminados através da transpiração e da urina, e devem ser repostos diariamente através da alimentação.

Rotuladas como vilãs, as gorduras também são indispensáveis, mesmo nas dietas de perda de peso. Além de serem outra fonte importante de energia para o corpo, algumas vitaminas dependem da presença de lipídeos para serem absorvidas pelo organismo. “A grande ressalva é que, assim como os carboidratos, devem ser consumidas de maneira equilibrada e qualitativa, sempre optando pelas gorduras boas”. – explica Sinara.

As proteínas tem um papel importante no ganho de força: a construção de diversos tecidos, inclusive os músculos, são produzidos pelo organismo a partir da presença de aminoácidos. Alguns deles são essenciais, ou seja, não são produzidos pelo organismo e precisam ser supridos através da alimentação. Apesar de serem coadjuvantes no processo de energia, são fundamentais para o ganho de massa magra e no aumento da resistência física. Estes são apenas alguns exemplos, sendo que o aporte de vitaminas e outros micronutrientes também são essenciais para promover uma dieta balanceada e manter os níveis de energia do organismo equilibrados.

Aumentando a energia através da dieta

Alguns alimentos podem ser incluídos no dia-a-dia afim de melhorar a condição energética e fornecer mais vigor para prática de exercícios.
  • Energéticos: carboidratos complexos são os mais indicados, por liberarem glicose de forma mais controlada são capazes de prolongar a oferta de energia no organismo. Massas integrais, arroz e cereais integrais, batata doce, grão de bico, feijão e lentilhas são bons exemplos.
  • Gorduras boas: também classificada como um energético, a gordura merece uma atenção especial devido sua capacidade de beneficiar ou sabotar qualquer dieta, dependendo da quantidade ingerida. Para usá-la como aliada à saúde é preciso equilibrar o consumo, reduzindo a ingestão das saturadas e consumindo moderadamente as insaturadas. Boas fontes são, principalmente, de origem vegetal, como o abacate, amêndoas e nozes, além de óleos vegetais e azeites. Porém, peixes gordos como o salmão e o atum também fornecem esse nutriente de maneira saudável mesmo sendo de origem animal;
  • Termogênicos: alimentos capazes de potencializar o processo de termogênese do organismo e acelerar o metabolismo, fornecendo mais vigor para prática de exercícios. Presentes em alimentos como a canela, gengibre, pimenta, chá verde e a cafeína, devem ser consumidos moderadamente, afim de não prejudicar o sono e não surtir outros efeitos colaterais.
  • Proteínas animais: capazes de prover aminoácidos essenciais de forma mais completa, são importantes para construção de massa magra e de outros tecidos. Carnes magras como frango e cortes bovinos com pouca gordura, ovos, leite e seus derivados são opções saudáveis desse nutriente.
  • Proteínas vegetais: apesar de oferecer uma quantidade menor de aminoácidos essenciais, alimentos como a soja, amendoim, ervilhas, tofu, e lentilhas são alternativas vegetarianas para obtenção de proteínas.
  • Sais minerais e vitaminas: carnes como o fígado e miúdos são excelentes fontes de diversos sais minerais e vitaminas, principalmente ferro, vitamina B12 e ácido fólico. Esses nutrientes também podem ser encontrados no feijão, chia, quinua, brócolis, couve e oleaginosas.
Outro ponto extremamente importante é priorizar uma alimentação saudável, dando sempre preferência à alimentos preparados da forma mais natural possível. Alimentos processados muitas vezes possuem alta quantidade de sódio, gorduras saturadas e outros aditivos que prejudicam a saúde. Além disso, a oferta de nutrientes em relação a alimentação caseira é extremamente inferior, uma vez que quanto mais processado o alimento é, mais ele perde suas propriedades naturais.

Dicas para manter-se motivado

  • Não pule refeições: inicie seu dia com um bom café da manhã. Pesquisas indicam que uma boa refeição logo pela manhã auxilia na oferta de energia durante todo o dia;
  • Adote o lema “devagar e sempre”: não faça mudanças radicais difíceis de manter, vá se adaptando à pratica física aos poucos, dentro do seu ritmo. É a melhor maneira de manter-se saudável e não abandonar o objetivo;
  • Durma bem: o descanso é fundamental para repor as energias do organismo e também para a reconstrução muscular;
  • Faça lanches intermediários: alimentar-se a cada 3 horas mantém os níveis de glicose equilibrados e evita a fome abrupta, que leva à refeições exageradas;
  • Procure atividades que lhe dão prazer. Não gosta de academia? Faça caminhadas ao ar livre, hidroginástica, pedalada, etc. Existem atividades físicas para todos os gostos;
  • Nunca treine em jejum: a falta de glicogênio pode levar o organismo à consumir tecido muscular como fonte de energia, reduzindo sua massa magra. Faça sempre um lanche pré-treino.
  • Respeite o limites do seu corpo: não mude a intensidade dos seus treinos sem a ajuda de um profissional: você pode sobrecarregar seu corpo e se expor à situações de risco;
  • Alimentos energéticos podem ajudar a aumentar a oferta de energia, porém é preciso sempre seguir a orientação de um profissional de saúde;
  • Se perceber que a falta de energia é constante e os sintomas frequentes, procure um médico.


Fonte: Nature Center

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