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segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

PORTABILIDADE NUMÉRICA - SÃO PAULO ultrapassa 24,32 milhões de trocas de operadoras de telefonia

Brasil realizou 73,5 milhões de trocas de operadora desde 2008

 

Usuários de telefones fixos e móveis, no Brasil, realizaram 73,50 milhões de trocas de operadoras entre setembro de 2008, quando a portabilidade numérica passou a existir, e 31 de dezembro de 2021. A informação, divulgada esta semana, consta do balanço anual da ABR Telecom (Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações), Entidade Administradora da Portabilidade Numérica. 

No balanço integral desses 12 anos de existência do serviço, foram registradas 19,71 milhões (27%) de transferências entre operadoras de telefonia fixa, com a manutenção do número do telefone por seus usuários. Já os portadores de telefones móveis, fizeram 53,79 milhões (73%) de migrações no mesmo período.

Total em São Paulo – Em São Paulo, desde que a portabilidade numérica foi implementada, a partir de setembro de 2008, até o dia 31 de dezembro de 2021, foram realizadas 24,32 milhões transferências entre operadoras. Dessas, 6,12 milhões (25%) para usuários de telefones fixos e 18,19 milhões (75%) de telefones móveis.

Quarto trimestre – Durante o quarto trimestre de 2021 - de outubro a dezembro - em todo o território nacional, 2,15 milhões de portabilidades numéricas foram concluídas. As solicitações para transferências de operadoras de telefones fixos respondem por 342,49 mil (16%) e as trocas no serviço móvel por 1,81 milhão (84%).

São Paulo no trimestre – Em São Paulo, entre outubro e dezembro de 2021, foram realizadas 664,35 mil migrações entre operadoras de serviços telefônicos. As solicitações de usuários de telefones fixos, nessas transferências, respondem por 104,57 mil migrações (16%) e as demandas realizadas no serviço móvel por 559,78 mil (84%).

Regulamento – A portabilidade numérica é realizada entre prestadoras de Serviço Móvel Pessoal (SMP) e Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) conforme a Resolução 460/2007 da Anatel. O modelo de portabilidade numérica no Brasil, definido pelo Regulamento Geral da Portabilidade (RGP), da Anatel, determina que as trocas devem ser solicitadas pelos usuários sempre dentro do mesmo serviço, isto é, de móvel para móvel ou fixo para fixo, e na área de alcance do mesmo DDD.


Para fazer a portabilidade numérica

Para realizar o processo da portabilidade numérica o usuário deve procurar a operadora para onde ele quer migrar e fazer a solicitação. Conforme o regulamento do serviço, entre os critérios que devem ser atendidos para que o usuário efetive sua migração, estão:

- Informar à operadora de telefonia que recebe o pedido, o nome completo;
- Comprovar a titularidade da linha telefônica;
- Informar o número do documento de identidade;
- Informar o número do registro no cadastro do Ministério da Fazenda, no caso de pessoa jurídica;
- Informar o endereço completo do assinante do serviço;
- Informar o código de acesso;
- Informar o nome da operadora de onde está saindo.

A operadora para a qual o usuário deseja migrar fornecerá um número de protocolo da solicitação a fim de que ele possa acompanhar o processo de transferência. O modelo de portabilidade numérica no Brasil determina que as migrações só podem se efetivar dentro do mesmo serviço – móvel para móvel ou fixo para fixo – e na área de abrangência do mesmo DDD.

Prazos – O tempo de transferência para efetivação da portabilidade numérica é de três dias úteis ou após esta data, se o usuário preferir agendar.

Para desistir da portabilidade numérica, o usuário tem dois dias úteis, após a solicitação de transferência, para suspender o processo de migração.

Consultas – Acompanhe o movimento de pedidos e efetivações de transferências da portabilidade numérica conforme o DDD e a data de início do serviço, pelo site

O site da ABR Telecom também disponibiliza uma ferramenta de busca para pesquisar a qual operadora pertencem os números de telefones que já realizaram a portabilidade numérica: https://consultanumero.abrtelecom.com.br

 

Manejo com fogo aumenta diversidade funcional e fixação de carbono nas savanas

 

Estudo da Unesp mensurou a quantidade de espécies e seus atributos, bem como a dinâmica do carbono em duas áreas distintas do Cerrado: uma submetida a queimadas regulares e outra que ficou 16 anos sem queimar (área do Cerrado manejada regularmente com fogo; foto: acervo das pesquisadoras)

 

As gramíneas que compõem as savanas tropicais evoluíram há cerca de 8 milhões de anos, na presença do fogo, muito antes do surgimento da espécie humana no planeta. E o fogo continua a ser um importante fator evolutivo nesse tipo de bioma.

O tema, que vem sendo esmiuçado por várias reportagens da Agência FAPESP desde 2017, recebeu agora um expressivo aporte com novo estudo coordenado pela ecóloga Alessandra Fidelis, professora do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (IB-Unesp) em Rio Claro e coordenadora do projeto "Como a época do fogo afeta a vegetação do Cerrado". Artigo a respeito foi publicado na revista Science of The Total Environment.

“Verificamos que o fogo promove a diversidade funcional devido às estratégias de regeneração das plantas depois das queimadas. E também contribui para a fixação de carbono no solo e no subsolo”, diz Fidelis à Agência FAPESP.

Para determinar como o fogo interfere nos processos que ocorrem nas savanas, a pesquisadora e suas colaboradoras mediram diversos parâmetros em duas áreas distintas do Cerrado: uma que pega fogo frequentemente e estava recém-queimada e outra que se encontrava já há 16 anos sem queimar. “Enfocamos especificamente duas características dessas áreas: a diversidade funcional da vegetação e a dinâmica de carbono”, conta.

O conceito de “diversidade funcional” é diferente do conceito de “biodiversidade”, pois engloba não apenas a quantidade de espécies distintas, mas também os vários atributos de cada espécie, que estão relacionados à sua função em determinado ambiente. No caso, foram medidos tanto o número de espécies como os diversos parâmetros de cada uma delas: altura, diâmetro da raiz, área foliar etc. Esses parâmetros determinam diferentes funções que a mesma espécie pode desempenhar no ecossistema. Por exemplo, se a área foliar de um arbusto aumenta, isso possibilita que ele abrigue maior número de plantas rasteiras à sua sombra.

“Em relação a isso, é importante informar que as duas áreas que estudamos são regiões de Cerrado mais aberto, que já perdeu parte de sua biodiversidade. É o que chamamos de ‘campo sujo’, no qual o estrato herbáceo é mais importante do que o estrato lenhoso”, comenta Fidelis.


Biomassa subterrânea

Quanto à dinâmica do carbono, o estudo desmentiu o pensamento corrente de que o fogo faz a savana perder carbono para a atmosfera, contribuindo assim para o aquecimento global. “Na verdade, o carbono emitido é rapidamente recuperado pelo rebrotamento das plantas, com aumento da biomassa viva e, principalmente, da biomassa subterrânea, formada pela rede de raízes. Áreas que ficam muito tempo sem pegar fogo começam a perder biomassa subterrânea”, informa a pesquisadora.

O estudo mensurou os estoques de carbono das duas áreas, tanto o carbono fixado na biomassa, quanto o carbono fixado no solo em função da decomposição das folhas, galhos, caules e raízes. “Medimos o que estava acima do solo e o que estava até 20 centímetros abaixo.”

Vale enfatizar que as savanas e as florestas tropicais são realidades muito diferentes. Uma queimada de grandes proporções tem efeito desastroso na Floresta Amazônica, levando à perda de biodiversidade e, no limite, ao colapso de toda a área afetada. Além do impacto sobre o clima regional e global. Já no Cerrado, o uso criterioso do fogo, com rotação das áreas queimadas e queima na época certa, é uma técnica de manejo altamente desejável. “Nosso estudo comprovou que a exclusão do fogo leva a perdas de carbono e diversidade funcional do solo”, conclui Fidelis.

O artigo Fire promotes functional plant diversity and modifies soil carbon dynamics in tropical savanna pode ser acessado em www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0048969721073939?dgcid=author.

 


José Tadeu Arantes

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/manejo-com-fogo-aumenta-diversidade-funcional-e-fixacao-de-carbono-nas-savanas/37775/


Safra 2021/22 exige cautela com percevejos-marrom e barriga-verde

Percevejo barriga-verde 
Assunto será um dos destaques durante o Fundação MT em Campo Safra, em Nova Mutum-MT, no próximo dia 27 de janeiro


Entra safra e termina safra, e o produtor rural deve estar sempre atento à incidência de pragas e doenças nas lavouras. Os percevejos devem estar na pauta de cuidados, já que o problema, principalmente na soja, ocorre todos os anos e causa danos diretos, com ataques às vagens e grãos. No estado de Mato Grosso a espécie Euschistus  heros – percevejo-marrom é mais abundante na cultura, entretanto, nos últimos anos, a espécie Diceraeus melacanthus – percevejo barriga-verde tem ocorrido em altas populações desde o início de desenvolvimento das plantas.

Este será um dos assuntos destaques durante uma das etapas do Fundação MT em Campo Safra, em Nova Mutum-MT. O evento, que ocorre no próximo dia 27 de janeiro, é realizado pela Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso no Centro de Aprendizagem e Difusão (CAD) da instituição, nesta cidade.

Segundo a pesquisadora em entomologia, Dra. Lúcia Vivan, a predominância de uma dessas espécies varia em função do local, do clima, das cultivares e do estágio e desenvolvimento da cultura. “Da mesma forma, a extensão dos danos depende, entre outros fatores, do estágio de desenvolvimento das plantas durante o período de infestação, visto que estes ocorrem desde a fase vegetativa”, relata. Após esse período eles aumentam progressivamente na fase reprodutiva, com crescimento exponencial e acelerado no final do ciclo da cultura, em especial, nas cultivares de ciclo médio e tardio.


Grandes prejuízos

Quando o ataque dos percevejos acontece nas vagens, as perdas podem atingir valores superiores a 30%. “Se o ataque ocorrer em fase de granação, é possível aparecer deformações, murchamentos e manchas nos grãos. Neste caso, eles perdem o valor para a comercialização por terem o teor de óleo reduzido”, explica a entomologista.

As perdas no poder germinativo das sementes podem ultrapassar 50%, além de terem queda no vigor. Já a infestação durante a fase de desenvolvimento das sementes torna-as pequenas, enrugadas e deformadas. “Quando o ataque dos percevejos se dá nos grãos, ocorre perda na qualidade destes e das sementes, principalmente pela inoculação do fungo Nematospora corylii, que causa a mancha-de-levedura, também conhecida como mancha-de-fermento”, detalha Lúcia.

Impacto no milho

Dano causado pelo Dichelops na cultura do milho 

Quando falamos em percevejo barriga-verde, o cuidado começa na safra de soja, que serve de alimento e proteção a este inseto, aumentando sua população e se mantendo na área, onde atacará a cultura do milho. “O cereal estará suscetível a este percevejo poucos dias após a emergência , podendo matar a plântula ou a gema apical, gerando um perfilhamento. Dependendo do ataque, algumas folhas do cartucho não conseguem desenrolar, encharutando”, relata a pesquisadora da Fundação MT.

Por isso, é importante a realização de tratamento de sementes na cultura do milho, e pulverizações foliares de 3 a 5 dias após a emergência e repetir a aplicação aos 7 a 10 dias após a emergência  “O milho é suscetível ao ataque desse inseto até o estágio V4-V5. Também a aplicação na palhada após a colheita da soja pode ser uma estratégia para reduzir a população que se manterá na área. Outro ponto importante e de estudo é a pulverização na forma plante e aplique, em que se faz a aplicação de inseticida logo após o plantio de milho”, completa Lúcia.

Manejo é fundamental em ambos os casos

Tanto para um percevejo quanto para outro, é fundamental realizar o manejo correto. Para a espécie marrom recomenda-se o monitoramento das áreas para identificar o momento em que ocorre a entrada do inseto nas lavouras. “A partir disso, deve-se realizar o controle e acompanhar o desenvolvimento da população logo no início, a fim de não gerar populações altas para as áreas mais tardias. Em média se utiliza entre 1 a 2 percevejos/m para realizar o controle em áreas de produção de grãos, para áreas de sementes o nível tem sido de 0,5 percevejo/m”, detalha a entomologista.

Para o percevejo barriga-verde o manejo deve ser feito dentro do sistema de produção, cuidando com a população durante todo o ano, já que este possui muitas plantas hospedeiras. Vale lembrar que áreas com presença de plantas daninhas irão favorecer o desenvolvimento dessa praga, oferecendo alimento e local para oviposicão. Assim, áreas em pousio têm grande probabilidade de manter populações.

No momento do plantio da soja é importante avaliar a palhada e verificar se tem a presença do inseto, neste caso, pode-se optar por dessecação pré-plantio da soja e uso de tratamento de sementes com foco em sugadores. “Durante o desenvolvimento da soja é importante monitorar essa espécie também, no entanto, como o hábito dele é mais rasteiro e fica sob a palhada isso pode dificultar a quantificação da população”, reforça Lúcia.


Índice de confiança da pequena Indústria volta a crescer

 Segundo Sondagem econômica das MPE, realizada pelo Sebrae em parceria com a FGV, setor subiu após quatro meses consecutivos de queda


Após quatro meses de queda, a confiança das micro e pequenas empresas da Indústria apresentou um incremento de 8,5 pontos, passando de 95,5 pontos para 104 pontos. De acordo a Sondagem das Micro e Pequenas Empresas, realizada mensalmente pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), a melhoria da Indústria fez com que o Índice de Confiança de Micro e Pequenas Empresas (IC-MPE) apresentasse uma ligeira variação positiva de 0,3 ponto e compensasse a queda registrada em outros setores.

Em dezembro de 2021, após ter apresentado uma queda em novembro, o IC-MPE - que mede a confiança dos donos de pequenos negócios do Comércio, Serviços e Indústria - passou de 93,8 para 94,1 pontos. “O Índice de Confiança Geral das MPE ainda está abaixo da neutralidade. A retomada da confiança da Indústria - com esse setor voltando a ultrapassar a barreira dos 100 pontos - espelha um movimento ainda localizado,  nas indústrias de alimentos e produtos de metal, cujo Índice de Situação Atual de dezembro avançou positivamente”, observa o presidente do Sebrae, Carlos Melles. Em dezembro a confiança dos empreendedores do Comércio apresentou uma queda de 3,3 pontos e no setor de Serviços, 1,1 ponto.

Indústria lidera em intenção de contratar
Divulgação

O presidente do Sebrae chama a atenção também para o fato de que a confiança geral das micro e pequenas empresas finaliza 2021 ainda está abaixo do nível que poderia refletir um ritmo de retomada mais forte da economia. “A chegada da Ômicron, a alta de juros, o câmbio elevado, a inflação em alta e a consequente queda do poder de compra dos trabalhadores, em um ano de forte incerteza política, serão a vertente para o ano de 2022”, analisa.


Indústria

O Índice de Confiança da Indústria atingiu o maior valor desde julho do ano passado (106,7 pontos), o que fez com que o setor recuperasse 75,9% das perdas dos últimos meses. “Vale à pena reforçar que essa recuperação da indústria é observada apenas nas micro e pequenas empresas, o que mostra a força dos pequenos negócios, nesses segmentos. Quando incluímos nesse cálculo os dados das médias e grandes indústrias, o índice apresenta uma queda de 2 pontos”, ressalta Melles. O segmento de alimentos foi o que mais influenciou positivamente o setor, seguido pelo de metalurgia e produtos de metal, refino e produtos químicos e outros. Já o segmento de vestuário recuou.

A melhoria da confiança nas MPE da indústria pode ser atribuída à melhora da situação atual e das perspectivas para os próximos meses, nesses segmentos.   “Na média das MPE da indústria, o indicador que prevê a produção e as contratações de mão de obra para os próximos meses foram os que mais influenciaram positivamente, já que ambos subiram 11,3 pontos, alcançando o patamar de 105,9 pontos e 113,3 pontos, respectivamente”, pontua o presidente do Sebrae que destaca ainda que o quesito que mede a tendência dos negócios nos próximos seis meses verificou elevação (5,5 pontos), atingindo o nível de 102,7 pontos.

Dos três setores analisados, a Indústria é o que mais pretende contratar nos próximo três meses. Do total de entrevistados, 21,3% pretendem aumentar seus quadros de funcionários, contra 18,9%  dos de Serviços e 15,1% do Comércio. Os donos de pequenas indústrias da região Sul são os mais otimistas. O Índice de Confiança desse setor, nessa região, atingiu a marca de 123,9 pontos, seguido pelas regiões Sudeste (113,1), Nordeste (104,1) e Centro-Oeste e Nordeste, ambos com índice de 98,4.


Comércio

O Índice de Confiança das micro e pequenas empresas do Comércio (MPE-Comércio), em dezembro, caiu de 87,3 pontos para 84 pontos. “A cautela dos consumidores e sua preferência por maiores gastos em serviços tem afetado bastante a demanda do comércio. Além disso, fatores como inflação, política monetária mais restritiva e endividamento das famílias contribuem para esse resultado”, afirma o presidente do Sebrae.

Em dezembro, a queda da confiança foi observada em todos os subsetores e regiões pesquisados. O comércio de material de construção foi o que mais impactou negativamente o Comércio, seguido pelo varejo restrito e o segmento de veículos, motos e peças.


Serviços

A confiança das micro e pequenas empresas de Serviços (MPE-Serviços) recuou 1,1 ponto, caindo de 95,9 pontos para 94,8 pontos. O pessimismo do setor com relação aos próximos meses foi influenciado tanto pela tendência dos negócios nos próximos seis meses, quanto pela demanda prevista para os próximos três.

A queda no setor não foi disseminada em todos os segmentos. Os serviços profissionais e outros serviços foram os que mais impactaram negativamente. A confiança dos serviços prestados às famílias também caiu. Na contramão da tendência de queda, os segmentos serviços de informação e serviços de transporte avançaram.

Clique aqui e confira um Infográfico com mais detalhes sobre a pesquisa. 


Índice de Preços dos Supermercados (IPS) registra desaceleração na cesta dos derivados das carnes e da batata

Produtos como salsicha, linguiça e carne seca acumulam deflação em dezembro

 

 

Considerado um mês com alta no preço de alguns alimentos devido ao elevado consumo ocasionado pelas festas de fim de ano, dezembro apresentou inflação de 1,03% no Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela Associação Paulista de Supermercados (APAS) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).  No período de janeiro a dezembro, o IPS registrado foi de 10,21%.

 

O aspecto positivo é a redução de itens que integravam uma cesta de produtos inflacionados ao longo do ano, como as carnes. No caso dos derivados das carnes, ocorreu uma redução de 1,03% no mês, já que a cadeia produtiva não foi afetada pela demanda das compras das ceias natalinas e de Réveillon. Itens como peito de peru, presunto, toucinho defumado, empanados de frango e pertences de feijoada contribuíram para a deflação do índice geral dessa categoria. 

Dentre os hortifrutigranjeiros (produtos in natura), os tubérculos tiveram redução de 2,01% e de 9,07% no acumulado do ano, puxada principalmente pela batata, que deflacionou 19,62% no mês e 29,43% no ano. A queda no preço foi provocada pela elevação da oferta, mesmo com regiões produtoras afetadas pelas geadas ocorridas em maio. 

O IPS geral dos hortifrutigranjeiros registrou aumento de 3,16% no mês e de 4,95% de janeiro a dezembro. A intensa procura por frutas para as festividades de fim de ano ocasionou uma inflação de 7,22% e de 3,99% no acumulado do ano nessa categoria de produtos.

 

Carnes e industrializados fecham o ano em alta

As carnes, que vinham em desaceleração nos 3 meses anteriores a dezembro, sofreram os impactos da demanda sazonal das festas de fim de ano e apresentaram inflação de 1,04% no mês e de 13,85% no ano.

 

No entanto, as projeções apontam para estabilidade no preço dos cortes bovinos em virtude do equilíbrio do custo de produção decorrente da acomodação dos valores das commodities internacionais e do recorde histórico de 221 milhões de cabeças alcançado pelo setor em 2021.  

 

A cesta dos industrializados registrou inflação de 1,25% em dezembro e de 14,36 % em 2021, influenciada principalmente pelos produtos derivados do leite, panificados e café. Os itens panificados pesaram no alto índice da categoria, uma vez que parte do trigo utilizado na produção é importado. Essa elevação no custo produtivo por conta dos efeitos cambiais causou uma alta de 0,25% em dezembro e de 10,68% no acumulado do ano.


 

Cenário de bebidas, produtos de higiene e limpeza

 

Bebidas não alcoólicas apresentaram inflação de 0,67% no mês e de 7,52% no acumulado do ano. Um dos principais itens da cesta que contribuiu para a elevação foi o refrigerante, que subiu 0,62% no mês passado. 

O preço das bebidas alcoólicas também sofreu inflação de 0,73%, influenciado pela alta da cerveja, com aumento de 1,01% em dezembro. No ano passado, as bebidas alcoólicas acumularam alta de 3,20%. A expectativa para 2022 é de elevação para todos os produtos que dependem da cana de açúcar ou da importação de outras matérias-primas. A cana de açúcar sofreu uma redução de 13,2% na safra 2021/2022.

 

A alta dos artigos de higiene e beleza foi de 1,41% em dezembro e de 10,10% no acumulado do ano. Os principais efeitos vieram do sabonete e do creme dental, que subiram 1,38% e 2,99%, respectivamente. Os produtos de limpeza alcançaram inflação de 1,18% no mês e de 12,57% no ano, com destaque para o sabão em pó, o item com a taxa mais elevada no mês: 1,59%. 

“A expectativa para este ano é que os preços estabilizem com o controle gradativo e efetivo da política de controle da meta inflacionária adotada pelo Banco Central. Em alguns indicadores, como o IGP-M e o IPCA, é possível perceber os resultados dessa redução. A influência da demanda internacional das commodities e a capacidade de compra das famílias também são aspectos relacionados à estabilidade econômica”, explica Diego Pereira, economista da APAS.

 

APAS – Associação Paulista de Supermercados

Procura do consumidor por crédito bate recorde com alta de 19,4% em 2021, revela Serasa Experian

Impulsionado pelas pessoas que recebem até R$ 500 por mês, esse foi crescimento mais expressivo de toda a série histórica do índice


A busca dos consumidores por crédito registrou expansão recorde de 19,4% no acumulado de 2021 em comparação com 2020. De acordo com o Indicador de Demanda do Consumidor por Crédito da Serasa Experian, essa foi a alta mais expressiva desde 2008, início da série histórica do índice. As pessoas que possuem faixa de renda de até R$ 500 mensais alavancaram o indicador fechando o ano com aumento maior que a média geral, de 26,9%. Confira abaixo os dados completos nos gráficos.


A análise por região revelou que, no acumulado de 2021 em relação a 2020, o Nordeste foi a área que mais demandou pelo recurso financeiro, registrando alta de 28,7%. Em sequência estão o Norte (28,4%), Centro-Oeste (21,4%), Sudeste (17,1%) e Sul (12,0%).

Para conferir mais informações e a série histórica do indicador, clique aqui.


 

Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br


Especialista orienta como manter rotina de estudos online também em 2022

Pelo terceiro ano consecutivo estudantes de todo o país deverão seguir aprendendo de forma remota. Um hábito que já está incorporado na rotina de muitos brasileiros. Para o especialista em educação e internet, Alfredo Freitas, que tem mais de 15 anos de experiência, é preciso aceitar que o ensino remoto é permanente e não provisório e consolidar a rotina de estudo online como parte do dia-a-dia. 

Veja abaixo algumas dicas do especialista e diretor da universidade Ambra, Alfredo Freitas, para ter melhor aproveitamento no desempenho escolar via internet:
 

Rotina -- É preciso transformar a prática de ensino remoto em um hábito.
 

Local de estudo -- A postura corporal reflete diretamente na aquisição da aprendizagem, portanto, um local adequado, com boa iluminação e ventilação, com mobílias confortáveis garante grande parte do trabalho. O ideal é ter um local exclusivo para estudo, afirma Alfredo Freitas
 

Equipamentos -- Lembre-se que o material de trabalho são os equipamentos eletrônicos, é preciso ter familiaridade. O aluno precisa buscar compreender o uso desses equipamentos e tirar o melhor proveito pedagógico deles.
 

Dispersão -- Procure realizar as atividades escolares no ambiente do estudo. Evite, por exemplo, realizar os exercícios em camas, sofás, e áreas externas que possam provocar dispersão.
 

Barulho -- Evite locais com ruídos constantes, bem como espaços onde ficam televisão ou outros aparelhos que disputem a atenção.
 

Hora do estudo -- Deixa claro a todas as pessoas da casa que aquele é o momento que você não está disponível. É importante deixar claro para si e para as pessoas do convívio que este momento de estudo precisa ser respeitado como se você estivesse em seu ambiente escolar presencial.
 

Organização -- Colocar prateleiras, gavetas e nichos ajuda muito. É importante guardar com cuidado o material e sempre saber onde cada coisa se encontra. Dessa forma, é possível economizar tempo, facilitar a concentração.
 


Alfredo Freitas - pós-graduado em ‘Project Management’ pela Sheridan College no Canadá, graduado em Engenharia de Controle e Automação e Mestre em Ciências, Automação e Sistemas, pela Universidade de Brasília. O renomado profissional tem mais de 15 anos de experiência em Tecnologia e Educação. É atualmente Diretor de Educação e Tecnologia da Ambra University. A Universidade americana é credenciada e tem cursos reconhecidos pelo Florida Department of Education (Departamento de Educação da Flórida) sob o registro CIE-4001. Além disso, a universidade conta com histórico de revalidação de diplomas no Brasil.


Canadá: evento gratuito oferece bolsas de estudo e oportunidades de carreira no país

SEDA Intercâmbios apresenta cursos profissionalizantes, graduação, pós-graduação e MBA na 1ª Feira Online de Ensino Superior YouCANada, entre os dias 01 e 03 de fevereiro


Cursar uma universidade no exterior e seguir carreira por lá é um sonho para a grande maioria das pessoas. Por isso, a SEDA Intercâmbios, agência que já levou mais de 5 mil estudantes ao exterior, irá realizar a 1ª Feira Online de Ensino Superior YouCANada, nos dias 01, 02 e 03 de fevereiro. Além de bolsas que chegam a R$ 45 mil e outras que variam de 15 a 50% do valor do curso, a empresa irá apresentar uma linha de crédito estudantil humanizado, totalmente diferente dos créditos tradicionais para quem quiser viver essa experiência no Canadá.

Quem precisa recorrer a um empréstimo para financiar os estudos, costuma se deparar com uma grande burocracia e uma minuciosa análise do histórico financeiro. Nesse cenário, normalmente, as taxas de juros menores são oferecidas justamente aos que tem as melhores condições financeiras. A SEDA resolveu alterar essa lógica. “Nós estamos interessados na capacidade futura dos estudantes, no potencial de sucesso de cada um. Por isso, iremos oferecer uma linha de crédito estudantil totalmente diferente do que existe no mercado, proporcionando que mais pessoas estudem no exterior. Normalmente, se analisa o passado da pessoa. Nós estamos olhando para o futuro delas”, destaca o CEO, Helicon Alvares.

Para fazer a análise do crédito, a empresa irá utilizar inteligência artificial que, entre outras questões, irá analisar o perfil do LinkedIn, buscando entender o nível de qualificação profissional. “Foi criada uma espécie de sistema de pontuação. Será analisada também a instituição de ensino, segmento e curso escolhido pelo candidato. Quanto mais empregabilidade o aluno tiver, maiores são as chances de aprovação”, explica.

Todos os participantes do evento serão elegíveis ao programa de crédito, que pode chegar a até 95% do valor do curso. “O ideal é o aluno solicitar o crédito para acelerar seu projeto e pagar pelo menos o primeiro ano dos seus estudos. Depois, trabalhando no Canadá e ganhando em Dólar, é possível arcar com as mensalidades da universidade e as parcelas do financiamento, que podem ser em até 36 vezes. A análise é feita de forma gratuita, simples, rápida e sem compromisso. 

Com objetivo de orientar e preparar bem os futuros alunos, o evento terá painéis com especialistas em empregabilidade, inovação, empreendedorismo, tecnologia e até sobre o mercado de games. “Teremos dicas e informações valiosas de especialistas inseridos no mercado canadense. O contato direto com quem já vive lá é fundamental para ajudar os candidatos na tomada de decisão”, afirma Alvares.

Grandes universidades irão apresentar suas opções de cursos durante o evento. Entre elas, a UCW - University Canada West, de Vancouver, com os cursos de MBAs e bacharelados em diversas áreas. Outra opção é a Trebas Institute, de Montreal, com programas de E-Commerce, Audio e Vídeo, Big Data e Business Intelligence. A CCTB – Canadian College of Tecnology and Business, de Vancouver, oferece Cyber Security, UI/UX, Data Base Analyst e Software Developer. Já a TSOM - Toronto School of Management, com cursos técnicos de marketing digital, turismo e hospitalidade, e a Niagara College, ambas de Toronto, tem opções de pós-graduação em RH e Business.

Para quem deseja entrar na indústria de games, a melhor opção é a LaSalle College, com campus em Vancouver e Montreal, com o curso Games Design & VFX (efeitos especiais). Uma outra opção de província é Calgary. O tradicional Bow Valley College oferece cursos de Human Resources, Medical Office Assistant, Business Administration, Digital Marketing, entre outros. Na província do Atlântico, Terra Nova e Labrador, a CNA oferece mais de 27 cursos nas áreas de Comprehensive Arts and Science, Business Administration, Computer Systems, Construction e Industrial Electrician.

Boa parte desses programas dão direito ao PGWP (Post-Graduation Work Permit Program), que é um visto com permissão de trabalho de até três anos após o término do curso.

Quem já se imagina morando no Canadá não pode ficar de fora desse evento. As inscrições devem ser feitas no https://bit.ly/-youcanada até o dia 01 de fevereiro.

 


Serviço:

1ª Feira Online de Ensino Superior YouCANada.

Dias 01, 02 e 03 de fevereiro, das 18h às 20h30

Inscrições: https://bit.ly/-youcanada 

 

Vestibular: veja análise da matrícula dos convocados na 1ª chamada

 Candidatos que entraram com recurso podem conferir se tiveram resultado aprovado a partir das 15 horas; segunda chamada será divulgada dia 31

 

Os integrantes da primeira lista do processo seletivo das Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatecs) que entraram com recurso para acerto de documentação de matrícula podem conferir se tiveram o resultado aprovado, a partir das 15 horas desta segunda-feira (24), pelo Sistema Acadêmico das Fatecs. Já a informação para os convocados das Fatecs São Paulo e Guaratinguetá estará nos estará nos sites http://www.fatecsp.br/vestibular e https://www.fateconline.com.br/sistema/ingressante.aspx, respectivamente. 

A segunda chamada será divulgada no dia 31 de janeiro, a partir das 15 horas, pelo site vestibularfatec.com.br. Se as vagas não forem preenchidas, outras listas poderão ser divulgadas no site da Fatec em que o candidato pretende estudar. 

É importante ressaltar que o acompanhamento das etapas do processo seletivo, a verificação das listas de convocação e leitura atenta do Manual do Candidato e da Portaria do Vestibular são de inteira responsabilidade do candidato.

 

Confira as próximas datas do calendário:

 

31 de janeiro, a partir das 15 horas – Divulgação da segunda chamada pelo site do Vestibular e convocação para envio dos documentos de matrícula (Sistema de Matrícula remota);

 

1º de fevereiro – Matrícula dos convocados na segunda lista e envio de documentos por meio digital;

 

3 de fevereiro, a partir das 15 horas – Divulgação da lista de deferimento e indeferimento da segunda chamada;

 

4 de fevereiro – Prazo para acerto da documentação de matrícula da segunda chamada;

 

8 de fevereiro, a partir das 15 horas – Divulgação das matrículas deferidas e indeferidas da segunda chamada após acerto de documentação.

 

Documentos para matrícula 

Para requerer a matrícula, os convocados devem fazer o upload legível dos seguintes documentos:

 

·         documento de identidade – RG, carteira de identidade de militar pelas Forças Armadas ou pela Polícia Militar, cédula de Registro Nacional Migratória (RNM) dentro da validade;

·         cadastro de pessoa física (CPF) ou documento contendo o número do CPF;

·         foto 3X4 de rosto recente, com fundo neutro;

·         documento de quitação com o serviço militar para brasileiros maiores de 18 anos do sexo masculino;

·         histórico escolar completo do Ensino Médio (frente e verso);

·         certificado de conclusão do Ensino Médio (frente e verso);

·         candidato transgênero que optar pelo nome social deverá preencher, durante a matrícula, uma autodeclaração sobre a utilização do nome social.

 

Para os aprovados que concluíram o Ensino Médio por estudos equivalentes no exterior, no todo ou em parte, também é necessário o upload do parecer de equivalência de estudos realizados no exterior, emitido pela Secretaria da Educação ou Conselho Estadual de Educação (frente e verso). 

Documentos em língua estrangeira deverão estar vistados pela autoridade consular brasileira no país de origem e acompanhados da respectiva tradução oficial. 

Os beneficiados pelo item escolaridade pública do Sistema de Pontuação Acrescida devem fazer upload do histórico escolar ou declaração comprovando que cursaram integralmente o Ensino Médio ou EJA na rede pública municipal, estadual ou federal, com detalhamento das escolas onde estudaram. 

Quem pretende obter aproveitamento de estudos em disciplinas já concluídas em outro curso superior deve apresentar a documentação referente à carga horária, ementa e programa da disciplina cursada e histórico escolar da instituição de origem – mais detalhes no Manual do Candidato. 

Outras informações pelos telefones (11) 3471-4103 (Capital e Grande São Paulo) e 0800-596 9696 (demais localidades) ou em vestibularfatec.com.br.

 

Centro Paula Souza – Autarquia do Governo do Estado de São Paulo vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o Centro Paula Souza (CPS) administra as Faculdades de Tecnologia (Fatecs) e as Escolas Técnicas (Etecs) estaduais, além das classes descentralizadas – unidades que funcionam com um ou mais cursos, sob a supervisão de uma Etec –, em cerca de 360 municípios paulistas. As Etecs atendem mais de 228 mil estudantes nos Ensinos Técnico, Integrado e Médio. Nas Fatecs, o número de matriculados nos cursos de graduação tecnológica supera 94 mil alunos.


Ansiedade corporativa: O desafio silencioso impulsionado pela pandemia

Como controlar a aceleração mental e autocobrança exagerada?


O mundo corporativo ganhou ao longo dos últimos dois anos desafios que não conseguimos colocar em uma planilha do Excel, em um sistema ou jogar em um dashboard gerencial. Enfim, algo que nos permeia de forma sutil e vai adquirindo espaços não tangíveis, mas perceptíveis na vida, que comprometem os resultados ao longo do tempo.
E todo esse quadro social nos direciona para o desenvolvimento da ansiedade corporativa. Ela é um fato, uma realidade, mas muitos negam a sua existência ou até mesmo racionalizam, enchendo-se de teorias e afazeres para minimizar esta sensação do “E agora?”.

Estamos todos, uns mais do que os outros, com a sensação que chamo de restituição, cujo sentido, “ao pé da letra”, está no de buscarmos a recompensa de algo que nos foi tirado. Mesmo em cenários positivos e otimistas, onde muitos setores e empresas cresceram na pandemia, o que aconteceu no meu caso e no setor em que atuo, por exemplo, ainda há essa sensação, mesmo que menos latente. Sensação de querer esta ’restituição’.

Mas, restituição exatamente do quê? Por quê? Como? Qual o melhor caminho? E se tivermos uma outra intervenção mundial como essa não prevista? São inúmeras as questões que nos rondam nesse mundo cercado pelos efeitos da pandemia e que corroboram para o aumento da ansiedade.

Tudo começa com uma aceleração mental que nos cobra a busca por mais resultados. Sobretudo, agora que tudo parece estar voltando ao “normal”, e esta necessidade imposta por nós mesmo com a autocobrança - ou por um inconsciente coletivo de que precisamos ter ainda mais resultados - é um ponto de superatenção que quero falar aqui.

O que fazer? E como lidar com tudo isso? É assim que a aceleração mental nos coloca na rotação da ansiedade, mesmo a gente achando que não, mas existe um movimento forte de necessidade de buscar aquilo que nos foi tirado.

Um estudo realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) mostrou que os casos de ansiedade e estresse mais do que dobraram e os de depressão tiveram um crescimento de 90% durante a pandemia. E, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 264 milhões de pessoas sofrem de depressão em todo o mundo, e um a cada 13 indivíduos manifesta sintomas de ansiedade.

Com esses dados alarmantes, observamos que os transtornos mentais estão aumentando e que, mesmo após a pandemia, os números devem continuar crescendo. Por isso, quando falo em buscar o que nos foi tirado não tem a ver necessariamente com os resultados financeiros, mesmo porque muitas empresas e setores cresceram exponencialmente, principalmente os que se adaptaram rapidamente, trazendo soluções aderentes e disruptivas.

A ansiedade que o mundo corporativo tem enfrentado está mais atrelada aos movimentos internos, que estão fora do CNPJ. Mas estão dentro das pessoas que compõem as empresas e que passaram por grandes períodos de incertezas, medos, perdas, luto e uma avalanche de memórias registradas de cenas de hospitais lotados, corpos sendo enterrados em massa, os índices aumentando a cada dia, o Brasil como ponto de alerta mundial, os investimentos caindo, o dólar aumentando absurdamente. Contudo, nesta pressão toda, há um enorme pulso de vida em todos nós para lutar, vencer, inovar e buscar a vacina libertadora deste inimigo invisível e letal.

E dentro desse cenário do “novo normal”, um estudo realizado buscou elencar as principais habilidades do profissional do futuro e, por incrível que pareça, todas elas estão ligadas diretamente a qualidade de nossa estabilidade emocional para lidar com mundo atual frágil, ansioso, não linear e incompreensível.

E quais são as habilidades para ser um profissional do futuro? Ter um pensamento analítico e inovador; estratégias ativas de aprendizado; resolução de problemas; pensamento crítico; criatividade; liderança, entre outras habilidades. É fácil? Lógico que não. Por isso, a ansiedade corporativa marca presença nos mais variados departamentos, hierarquias e segmentos.

Como líder de um time e à frente de uma empresa, tenho o dever de buscar mecanismos para minimizar impactos nos resultados. E como todo e qualquer resultado está atrelado às pessoas, um líder tem que ter este viés como prioridade no seu olhar.

Precisamos olhar e entender como melhorar, mesmo que gradativamente. Tomar consciência deste assunto já é um começo interessante. Quanto mais consciente o mundo corporativo estiver sobre este desafio crescente e silencioso chamado ansiedade, mais mecanismos encontraremos para minimizar seus efeitos.

Neste sentido, saber exatamente quem somos, onde estamos e, principalmente, as metas que teremos que alcançar para chegar aonde queremos nos faz traçar a nossa rota desafiadora pautada em nossas condições e não em uma pilha aleatória. Para isso, alguns indicadores de mercado nos ajudam a estabelecer nossas metas, estudos por segmentos para a definição das nossas projeções de crescimento. Ou seja, sermos ainda mais racionais para entendermos que a sede pela restituição deriva de uma demanda emocional de tudo o que temos passado.

Dentro desse contexto, é necessário entender como melhorar e como trabalhar a ansiedade corporativa, pois ela tem tomado espaço no nosso cotidiano. Canalizá-la nos direciona para uma nova rota e um 2022 mais leve.

Assim, a autocobrança de sermos extraordinários em tudo, de estarmos sempre disponíveis, tendo que inovar e sermos estratégicos dentro de uma organização, exige muito de nós. Reitero que, quanto mais conscientes estivermos sobre este grande desafio silencioso chamado ansiedade, mais formas encontraremos de reduzir qualquer efeito negativo por ela gerado.

Com isso, é importante priorizar o controle da autocobrança exagerada, a desaceleração da necessidade de restituição e a prudência com a vitrine virtual. As decisões pautadas em marcadores de mercado, seguindo o nosso baseline, são pontos de atenção para os próximos anos e demandará uma reflexão sobre a ansiedade no mundo corporativo. Para finalizar, acrescento que o amor pelo que se faz, a paixão por empreender e um propósito no trabalho serão sempre a melhor base para enfrentarmos qualquer desafio.

 

Shirley Fernandes - Diretora Comercial e de Marketing da N1 IT, empresa do Grupo Stefanini.

 

Os três destinos de intercâmbio mais cobiçados em 2022

Qual é o melhor país para se fazer um intercâmbio em 2022? Essa é uma pergunta muito subjetiva, a qual não há como fixar uma única resposta. Cada país possui seus atrativos, valores e oportunidades de estudo e trabalho, que serão mais recomendados para cada tipo de perfil. São diversos lugares incríveis a explorar – mas que, dentre tantos, alguns vêm se destacando nas preferências dos brasileiros para esse ano.

A grande maioria dos países já está com suas fronteiras abertas para estrangeiros – mediante, claro, requisitos e predeterminações devido à pandemia, como, por exemplo, o comprovante de vacinação. Embora muitos jovens tenham adiado seus planos de viajar durante o isolamento social, 82% ainda possuem interesse e, pretendem realizá-lo em breve, segundo a Pesquisa Belta 2021. Então, vamos aos destinos mais desejados:

1# Canadá - Dentre os países que estão mais em alta neste ano, o Canadá é, sem dúvidas, um dos favoritos. Há anos na mira dos planos dos estudantes brasileiros, o país é feito por imigrantes e, valoriza muito os que têm algo a agregar para o seu crescimento econômico e social. Muitos escolhem a região para estudar em níveis superiores, com a possibilidade de optar por programas que conciliam estudo e trabalho. Além disso, há regiões onde além do inglês, o aluno também pode aprender francês. Somado a toda essa receptividade, o país é lindo e reserva paisagens de tirar o fôlego para os amantes da natureza.

2# Irlanda - Além dele, a Irlanda é outro destino que vem ganhando cada vez mais popularidade dentre os brasileiros. O país oferece oportunidades variadas de trabalho a qualquer programa de curso, seja ele superior ou não. É famoso por sua receptividade e acolhimento aos estrangeiros e, por estar localizado na União Europeia, permite que os estudantes possam conhecer diversos países além da Ilha Esmeralda – criando uma experiência ainda melhor de intercâmbio. É a oportunidade de conhecer vários países sensacionais em pouco tempo e gastando quase nada.

3# Emirados Árabes - Outra região ainda pouco explorada pelos brasileiros, mas tão atrativa quanto os outros, é Dubai, nos Emirados Árabes. Por mais que o país seja conhecido como um destino caro e com um alto custo de vida, a realidade de fazer um intercâmbio no local é completamente oposta. Existem pacotes muito acessíveis aos interessados, com oportunidades trabalho para que possam se sustentar e, ainda, recuperar o dinheiro gasto com a viagem. O processo de visto é simplificado e não há a necessidade de comprovação financeira, características que facilitam e otimizam o processo. E o melhor de tudo é que brasileiros são super bem aceitos por lá. A recusa de vistos é praticamente zero!

Cada uma dessas regiões possui suas vantagens e desvantagens para se fazer um intercâmbio. Seja qual for o escolhido, a pesquisa sobre o local e o planejamento minucioso são os principais cuidados que todo intercambista deve ter. Aqueles que desejam estudar no exterior devem estar muito bem-preparados e saber exatamente o que pretendem conseguir com o intercâmbio – se buscam apenas uma experiência de turismo, possibilidades de adquirir a fluência em outra língua ou, procurar oportunidades de crescimento profissional.

O planejamento deve ser completo, não somente sobre o destino, mas também sobre o seu custo de vida. Em um exemplo prático, se você deseja optar por um programa de estudo e trabalho, mas não possui um inglês avançado, países como o Canadá não são recomendados. Afinal, eles exigirão um bom conhecimento do idioma local como requisito para a grande maioria dos processos seletivos.

Todo preparo é fundamental, principalmente em cenários incertos como o que estamos vivendo na pandemia. É importante verificar as regras de entrada do país desejado, qual o custo de vida local, e se planejar financeiramente para levar consigo um pouco mais de dinheiro do que o pedido para a sua viagem. Mas, acima de tudo, se preparar psicologicamente para possíveis novos lockdowns e a mudança de rotina durante sua estadia.

Para ajudá-lo nesse processo, a consultoria de um especialista é sempre muito bem-vinda. Afinal, ele terá a expertise necessária não apenas para montar um planejamento de qualidade, mas inclusive, para ajudar a escolher o melhor destino com base em seu perfil, preferências e necessidades. Com esse conjunto de cuidados, sua experiência internacional certamente será excepcional.

 


Danilo Veloso - diretor comercial da SEDA College. Formado em administração de empresas, trabalhou por seis anos como camelô até conquistar uma vaga na área de cartão de crédito e conciliação bancária em uma companhia aérea. Após três anos no cargo, deixou a posição para estudar inglês na Irlanda, onde começou a trabalhar em agências de intercâmbio.

Escola do Intercâmbio


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