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segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Energia solar no Brasil atinge marca histórica e País entra no clube seleto de 10 GW operacionais, comemora ABSOLAR

Desde 2012, setor já atraiu mais de R$ 52,7 bilhões em investimentos e gerou mais de 300 mil empregos acumulados no País
 

O Brasil acaba de ultrapassar a marca histórica de 10 gigawatts (GW) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica, em usinas de grande porte e em pequenos e médios sistemas instalados em telhados, fachadas e terrenos. Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), somados, os sistemas fotovoltaicos representam mais de 70% da potência da usina hidrelétrica de Itaipu, segunda maior do mundo e maior da América Latina. Isso reforça o papel estratégico da tecnologia no suprimento de eletricidade no País, fundamental para a retomada do crescimento econômico nacional.


 
De acordo com a entidade, a fonte solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 52,7 bilhões em novos investimentos e gerou mais de 300 mil empregos acumulados desde 2012. Com isso, evitou a emissão de 10,7 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
 
Para o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, o avanço da energia solar no País, via grandes usinas e pela geração própria em residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos, é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil. A fonte ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do País, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco da ocorrência de bandeiras vermelhas na conta de luz da população.
 
“As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos atualmente, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores”, comenta.
 
“Graças à versatilidade e agilidade da tecnologia solar, basta um dia de instalação para transformar uma residência ou empresa em uma pequena usina geradora de eletricidade limpa, renovável e acessível. Já para uma usina solar de grande porte, são menos de 18 meses desde o leilão até o início da geração de energia elétrica. Assim, a solar é reconhecidamente campeã na rapidez de novas usinas de geração”, acrescenta Sauaia.
 
No segmento de geração centralizada, o Brasil possui 3,5 GW de potência instalada em usinas solares fotovoltaicas, o equivalente a 1,9% da matriz elétrica do País. Em 2019, a solar foi a fonte mais competitiva entre as renováveis nos dois Leilões de Energia Nova, A-4 e A-6, com preços-médios abaixo dos US$ 21,00/MWh. Em julho de 2021, repetiu o feito nos leilões A-3 e A-4, com os menores preços-médios dos dois leilões, abaixo dos US$ 26,00/MWh. Com isso, a solar consolidou a posição de fonte renovável mais barata do Brasil.
 
Atualmente, as usinas solares de grande porte são a sétima maior fonte de geração do Brasil, com empreendimentos em operação em nove estados brasileiros, nas regiões Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Tocantins). Os investimentos acumulados deste segmento ultrapassam os R$ 19 bilhões.
 
No segmento de geração própria de energia, são 6,5 GW de potência instalada da fonte solar. Isso equivale a mais de R$ 33 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil. A tecnologia solar é utilizada atualmente em 99,9% de todas as conexões de geração própria no País, liderando com folga o segmento.
 
Ao somar as capacidades instaladas das grandes usinas e da geração própria de energia solar, a fonte solar ocupa, agora, o quinto lugar na matriz elétrica brasileira. Recentemente, a solar ultrapassou a potência instalada de termelétricas movidas a petróleo e outros fósseis, que representam 9,1 GW da matriz elétrica brasileira.
 
Para o presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk o crescimento das energias renováveis, sobretudo da solar fotovoltaica, fortalecerá a diversidade e segurança de suprimento elétrico do Brasil, aliviando a pressão sobre os recursos hídricos, cada vez mais escassos e valiosos. “A evolução para uma matriz elétrica 100% limpa e renovável é possível e depende mais de vontade e liderança política do que de condições técnicas e econômicas, com mais incentivos do governo tanto na geração própria quanto no planejamento e expansão das grandes usinas centralizadas”, acrescenta Koloszuk.
 
“Energia elétrica competitiva e limpa é imprescindível para o País recuperar a sua economia e conseguir crescer, como projetam os analistas de mercado, gerando novos empregos, renda e oportunidades aos cidadãos”, conclui Koloszuk.


Conheça as melhores ferramentas para a recuperação de crédito

Startup que atua neste segmento já contabilizou mais de R$ 8 bilhões em patrimônios identificados


O desenvolvimento tecnológico tem sido determinante para a evolução de diversos setores da economia e na área de Recuperação de Crédito não tem sido diferente.

Guilherme Cortez, que atua diretamente neste setor da Leme Inteligência Forense, startup especializada em recuperação de crédito por meio de uma metodologia inovadora, explica que o mercado vem apresentando cada vez mais soluções para diminuir as dificuldades que os credores rotineiramente encontram no curso do processo de recuperação. “Atualmente, diante da disponibilidade de diversas soluções com esta finalidade, é de extrema importância entender quais são as melhores e qual o seu uso ideal”, pontua o especialista.

Para ajudar nesta decisão, Guilherme separou duas opções que podem ser avaliadas:


Recuperação de Crédito e a LGPD

Em primeiro lugar, Guilherme aponta que merecem destaque as ferramentas de coleta de dados gerais, cujo resultado costuma ser apresentado em formato de “relatório cadastral”. “Desde endereço a participações societárias, essa modalidade auxilia nas análises preliminares do devedor”, ressalta.

Muito embora a tendência seja que na fase de análise para concessão de crédito já tenham sido coletados dados, fornecidos diretamente pelo devedor, é importante validar em bases de dados disponíveis. “Importante destacar que, entre os temas relacionados à Lei Geral de Proteção de Dados, o setor de recuperação de crédito se enquadra na hipótese do legítimo interesse, estando em perfeita conformidade tal coleta, desde que respeitada a forma de tratamento”, destaca Guilherme.


Ferramentas Estratégicas e a Inadimplência

Muitas dessas ferramentas também são acompanhadas de indicadores para a análise de crédito que, embora normalmente sejam utilizados em fases distintas da recuperação, podem vir a ser relevantes na situação de inadimplência, pois é sempre prudente avaliar a situação do devedor na praça em geral.

Quando a ênfase da coleta de dados for as participações societárias, outra modalidade de ferramenta pode ser mais interessante do que a mera consulta de bancos de dados que retornam “relatórios”: os diagramas de vínculos. “Trata-se de representações gráficas de pessoas (físicas ou jurídicas) e de seus vínculos (familiares, societários, administrativos, entre outros), que apresentam uma melhor visualização ao analista, se comparado aos relatórios em formato de planilhas”.

A possibilidade de observar a rede de relacionamentos de um devedor de forma gráfica facilita o processo de análise da estrutura, sendo possível, em muitos casos, verificar logo no início a existência de um grupo econômico ou de eventual estrutura de migração das atividades para outras pessoas jurídicas, cujo conhecimento é de extrema importância para o credor, seja para fins de negociação, seja para fins de execução judicial.

Guilherme afirma também que é de grande valia a utilização de ferramentas que consolidem buscas extrajudiciais. Dessa forma, o credor pode unificar e controlar buscas realizadas em âmbito judicial com facilidade em sistemas de agenda/gestão de processos. “Entretanto, nem sempre esses sistemas são os mais adequados para pesquisas extrajudiciais”, avalia o especialista.

Departamentos de cobrança massificada, por mais especializados e bem estruturados que sejam, normalmente enfrentam dificuldades no gerenciamento de buscas extrajudiciais, pois estas exigem muito mais acompanhamento que pedidos realizados em juízo. “Para esse fim, existem plataformas que facilitam a promoção das buscas, com uma gestão completa do processo de solicitação e encaminhamento da documentação resultante em âmbito nacional, o que faz com que o credor tenha o trabalho apenas de apontar a direção”, destaca.


Inovação no mercado de recuperação de crédito

Entretanto, algo inovador e que vem ganhando força são as ferramentas de cruzamento de dados. Funcionam como uma espécie de aprimoramento das modalidades citadas anteriormente, como as soluções de emissão de relatórios cadastrais ou de organização de diagramas de vínculos.

A ideia do especialista da Leme Inteligência Forense é apresentar um cruzamento eficiente das informações encontradas, de forma a apontar ao credor outras informações que possam ser importantes. “Pela identificação de um endereço vinculado ao devedor pessoa jurídica, é possível trazer informação de outras empresas estabelecidas nesse local, o que pode acabar denunciando uma entidade que funcione como estrutura espelho do devedor e que poderia não ter sido identificada por outra via que não fosse a confrontação de endereços”, aponta.

Além da infinidade de aplicações já existente atualmente, segundo o especialista, a evolução da tecnologia, principalmente no tratamento de dados, trará cada vez mais opções para os credores aprimorarem seus processos de recuperação de crédito.

Diante deste cenário, a Leme Forense tem se destacado cada vez mais no setor tecnológico, sucesso este que demanda do uso das ferramentas corretas e do melhor direcionamento na tomada de decisões. “Com know-how de mais de dez anos de experiência, já contabilizamos em nossos últimos três anos mais de R$ 8 bilhões em patrimônios identificados. Isso porque, ao dispor de um conjunto de informações qualificadas, nossos clientes podem definir as melhores estratégias de atuação, principalmente durante a recuperação de crédito”, destaca Cortez.

Portanto, para conseguir sucesso na jornada de recuperação de crédito, Guilherme explica que é de extrema importância usufruir de ferramentas estratégicas que além de ajudar a ganhar agilidade, também auxilia a poupar tempo e esforços.



Guilherme Cortez - Atua com investigação patrimonial. É graduando em Direito e possui, além da certificação “Decipher” (Método Decipher – Investigações Corporativas), especialização em investigação patrimonial, principalmente com ênfase em blindagem e análise de registros imobiliários. Atualmente, é coordenador de investigações da Leme Forense e responsável pelo setor de Análise de Direitos Creditórios, que assessora em aquisições realizadas por investidores, desde a situação do processo judicial que discute a dívida até o levantamento de ativos e passivos dos devedores, com o fim de apurar o potencial de recuperação do crédito.

 

Leme Inteligência Forense

 https://lemeforense.com.br/



Criptomoedas estão na mira das fintechs latino-americanas

Relatório divulgado pela ISI Emerging Markets analisa as fusões e aquisições ocorridas em julho

 

Relatório divulgado pela EMIS, do Grupo ISI Emerging Markets, traz o panorama do mês de julho com informações sobre as fusões e aquisições latino-americanas no setor de fintechs. O cenário aponta para o crescimento de bitcoins.

De acordo com a análise, o setor de serviços financeiros na América Latina tem enorme potencial inexplorado, isso porque a adoção dos consumidores é notoriamente baixa: a maioria das 650 milhões de pessoas em 33 países analisados estão desbancarizadas.

Para o Head de fusões e aquisições da EMIS, Stefan Stoyanov, áreas pouco exploradas como esta oferecem espaço para o estabelecimento de bases para novos players na área das fintechs, para assim atender melhor os clientes existentes, além de conquistar novos.


Mercado a ser explorado

“Por enquanto, eles têm feito um trabalho notável ao colocar pressão em um sistema que, até recentemente, exigia que a maioria de seus clientes fizessem seus serviços bancários pessoalmente. Neobanks, ou bancos digitais, têm redesenhado as finanças. A América Latina abriga quatro das 20 maiores empresas do setor em todo o mundo, incluindo o Nubank - o maior banco digital com 40 milhões de usuários -, C6 Bank, Uala e Neon”, explica.

Para Stoyanov, o incentivo para atender centenas de pessoas desbancarizadas e quebrar o monopólio do sistema bancário inundou o mercado de empreendimentos com capital de risco e capital privado, reflexo do que chamam da era Pontocom. “Recentemente, em meio à recuperação pós-Covid, as atividades das fintechs orientadas por capital privado e capital de risco na América Latina obtiveram um impulso significativo de outro lugar - a ascensão meteórica de criptomoedas em 2020/2021”.


Crescimento das criptomoedas

Segundo o relatório, Bitcoin, Ethereum e milhares de outras moedas formam uma classe de ativos de rápido crescimento na região e estão naturalmente atraindo a atenção dos investidores. Para Stoyanov, o boom nos preços das criptomoedas e a correspondente adoção institucional de Bitcoin adicionou outra camada de desafio ao sistema financeiro na América Latina. El Salvador, por exemplo, se tornou o primeiro país a legalizar o Bitcoin. Venezuela e Argentina também estão entre os principais países onde o Bitcoin está sendo adotado, caminho que as pessoas e empresas procuram para se prevenir de controles de inflação e moeda.


Investidores apostam alto

Os investidores começaram a não apenas tomar conhecimento, mas também a agir sobre este mercado. O economista cita alguns exemplos notáveis dos últimos meses, que incluem o investimento de USD 200 milhões do banco japonês SoftBank na rodada da Série B do Mercado Bitcoin - a primeira bolsa de criptomoedas do Brasil e uma das maiores da América Latina, valorizando a empresa a USD 2,1 bilhões. Menos de dois meses antes disso, a mexicana Bitso arrecadou USD 250 milhões em uma rodada de financiamento coliderada pela Tiger Global e Coatue que avaliou a plataforma de negociação em USD 2,2 bilhões.

Já a Buenbit, a bolsa de criptomoeda argentina, anunciou uma rodada de financiamento da Série A liderada pela Libertus Capital por USD 11 milhões. Para Stefan Stoyanov, o Nubank pode não ser uma empresa cripto-nativa, mas já está entrando no universo das criptomoedas, permitindo que seus clientes possam usar o reembolso de cartão de crédito para comprar Bitcoins por meio de sua subsidiária Easynvest. “Ainda assim, o Nubank conseguiu um aproveitamento de USD 500 milhões às custas de Warren Buffet, um notório cético do Bitcoin, e agora está avaliado em USD 40 bilhões”, lembra.

Por fim, o economista acredita que as fintechs latino-americanas estão em um ponto de inflexão, recebendo um novo impulso vindo da indústria de criptografia. “Essas empresas têm o potencial de não apenas serem as próximas a valer bilhões de dólares, mas também fornecer a tão necessária inclusão financeira e, posteriormente, liberdade para seus clientes”, conclui.

 


EMIS

www.emis.com/pt


Recusa injustificada à vacina pode gerar sanções ao trabalhador

Fecomércio MG orienta empresários do setor terciário a adotarem medidas de conscientização junto às equipes de trabalho

 

Oito meses desde o início da vacinação contra o novo coronavírus (Covid-19), o ritmo de imunização tem acelerado em território mineiro. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES/MG), até a primeira quinzena de agosto, mais de 14,4 milhões de pessoas foram imunizadas. No entanto, quando o debate sobre a proteção contra o Covid-19 avança no ambiente corporativo, algumas medidas precisam ser definidas entre empresas e funcionários.

Por se tratar de um ambiente comum, em que prevalece o interesse coletivo, o trabalhador que se recusar a tomar vacina sem justificativa médica poderá sofrer sanções previstas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). As sanções podem variar de advertência à suspensão ou, até mesmo, demissão por justa causa.

De acordo com julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), as convicções morais e filosóficas individuais não podem se sobrepor aos interesses coletivos. A assessora jurídica da Presidência da Fecomércio MG, Tacianny Machado, destaca que, após essa decisão, União, Estados e Municípios poderão adotar medidas restritivas de circulação e do exercício de determinadas atividades para indivíduos que recusem a se vacinar. A decisão acendeu o debate do tema no ambiente empresarial.

A Federação defende que a vacinação é compromisso ético com a coletividade. Diante de uma crise de saúde, como a de Covid-19, a vacinação individual é pressuposto para a imunização coletiva e o controle da pandemia. Por isso, reforça que os empresários busquem orientar, educar e incentivar seus funcionários sobre os benefícios da imunização para a saúde coletiva, antes de aplicar as sanções previstas na CLT.

Para orientar e esclarecer dúvidas sobre as questões trabalhistas que envolvem à vacina, o Ministério Público do Trabalho (MPT) lançou um guia orientativo sobre a imunização contra o Covid-2019.

Desde o início da pandemia, a entidade tem divulgado aos seus representados uma série de materiais educativos, cartilhas e lives sobre os protocolos sanitários necessários para a retomada das atividades econômicas em Minas Gerais. Além disso, a Federação apoia movimentos em favor da vacinação no país, como o movimento “Unidos pela Vacina”, que defende a imunização em massa como um fator indispensável para a retomada econômica do Brasil.

“A Fecomércio MG acredita que o futuro da nossa economia e o fim das restrições às atividades empresariais em todo o país depende da vacinação contra o Covid-19. Com a população imunizada, empresários e consumidores se veem diante de um ambiente de mais confiança, condição essencial para que o comércio de bens, serviços e turismo possa recuperar as vendas, gerar novos empregos e renda, além de vencer de vez a luta contra o Covid-19,” reforça Tacianny.


O livre pensar, garante o livre existir

 

A Filosofia é essencial para o surgimento de um pensamento crítico, um questionamento saudável capaz de gerar uma discussão sobre diferentes verdades.

A atitude filosófica faz parte da vida de todos nós ao debater sobre a existência e, também, sobre o mundo e o universo. É o pensar, livre pensar. Para quem imagina que o filósofo é um utópico: "A Filosofia ensina a agir, não a falar", disse Sêneca há quase 2.000 anos, sábio estoico e um dos mais célebres advogados, escritores e intelectuais do Império Romano.

A Filosofia não possui uma determinação de utilidade. E por não possuir tal objetivo, é que se constitui no principal saber da humanidade, algo essencial à evolução. Interessante partir da hipótese de que tudo o que você viveu não existiu, que sua vida foi uma mentira, como no filme "Matrix", da irmãs Lana e Lilly Wachowski. Na trama, os personagens "Morfeu" e "Neo" se encontram em um diálogo assim, no qual o primeiro promete ao outro apenas a verdade, pois até então ele teria vivido em um mundo fictício, fora da realidade e engendrado para que ele jamais percebesse.

A ideia não é nova, já havia sido defendida por Platão em "A República", no livro 7º, conhecido como a "Alegoria da Caverna", há centenas de anos antes de Cristo. Por mais que "Matrix" seja uma imaginação científica, nossa história soma velhos padrões determinados que, ao longo do tempo, foram superados com a ajuda da Filosofia. Ela abre nossa mente, nos tira do "mais do mesmo", nos liberta de pensar apenas "dentro da caixinha".

Para criar possibilidade infinitas, provocar uma ruptura de limites, é preciso filosofar. Para pensar é necessário ter tempo, sem ocupar a mente com preocupações do dia a dia como: sobrevivência, família, riscos etc. Esse tempo para refletir está cada vez menor na competitividade do mundo moderno, cada vez mais as pessoas pensam menos. A escravidão do passado, do trabalho sem respeito, hoje está presente na necessidade de alcançar status, ter poder econômico e social. Seguimos acorrentados.

Estamos nos tornando seres automatizados, apenas comprometidos com coisas práticas e de resultados imediatos, supostamente vantajosos. Desde a primeira revolução industrial - e não paramos mais, agora estamos na 4.0 - não sabemos mais filosofar, refletir, estabelecer novas dimensões de pensamento livre de interesses econômicos.

Não há sentido na vida apenas assim. A tecnologia deve ser um agente da felicidade. Criamos uma geração adoecida, e muito além da Covid-19, vítima de estresse, ansiedade, depressão, síndrome do medo e outros males - todos da alma e não físicos, mas dando espaço a eles. E tem crescido o número de suicídios, em especial entre os mais jovens que não veem perspectivas futuras de felicidade. Em todo o planeta, as mortes por suicídio chegam a 800.000 por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).


É hora de resgatar o quão a Filosofia é importante. Sem o livre pensar, caímos na ignorância, na mediocridade, no obscurantismo, na violência e no desrespeito humano. Passamos a defender ideias preconceituosas, discriminatórias, totalitárias e sem luz. A Filosofia é que abre novas oportunidades, incentiva reflexão e desperta criatividade. Libertar-se do "mais do mesmo" e romper a tampa da "caixinha" é sair da caverna de Platão. É descobrir que não há apenas um pequeno mundo, mas um imenso universo a ser explorado. Ele é seu.

Contrariando o que disse Shakespeare, você poderá observar que não há tantos mistérios entre o céu e a terra, porque a Filosofia não é vã e imagina muito além dos limites para construir a felicidade.




Ricardo Viveiros - jornalista, escritor e professor. Doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e autor de vários livros, entre os quais: "Justiça Seja Feita", "A Vila que Descobriu o Brasil" e "Pelos Caminhos da Educação".


Destruição de patrimônio público do ponto de vista do Direito

Advogados analisam movimentos iconoclastas que extrapolam o limite legal de protesto


Nos últimos anos vêm ocorrendo mobilizações que buscam reescrever a história por conta de acontecimentos recentes que envolvem racismo, discriminação, trabalho análogo ao escravo, entre outras situações que têm sido combatidas por vários movimentos.

Foram os casos da destruição de igrejas no Chile, a invasão do Capitólio (palácio do Congresso americano) e atos contra monumentos no Brasil, com destaque para a pichação do Monumento às Bandeiras e o incêndio da estátua de Borba Gato, ambos na Capital paulista.

Dr. Márcio Pugliesi, sócio do escritório Pugliesi Advogados e Consultores Associados, faz uma diferenciação entre movimentos e mobilizações. “Mobilização etimologicamente  está ligada a móvel, ou seja, é rápida e de pouca duração, enquanto movimento demanda uma discussão mais longa e profunda das questões que envolvem a sociedade”, conceitua.

Para o advogado especialista em Direito Público, o mundo está vivendo um ponto de inflexão, passando por um momento de transição dos formalismos técnico-burocráticos para uma civilização de profundo controle, o que leva naturalmente a algumas reflexões relevantes. “Nós perdemos uma significação pessoal própria de alguma maneira e acabamos por incorporar o pertencimento a grupos, digamos, telemáticos, que trazem ideias, sugestões e posições extremamente duras, sistemáticas, pouco abertas que incapacitam as pessoas atingidas por essa forma ideológica de perceber como o mundo poderia ser”, analisa.

Segundo Pugliesi, trata-se de um mundo pautado, em que as pessoas constroem a sua imagem sobre o mundo a partir das pautas de jornais, telejornais, mídias eletrônicas, comunidades virtuais que pautam os acontecimentos que devem ser pensados e os indivíduos deixam de entender que a “realidade” é muito maior do que isso. “Isto é, construímos um mundo a partir de limitações impostas pelas próprias pautas de importância dos eventos”, pontua.

Na visão de Pugliesi, essas pautas acabam levando a atos desatinados por vezes, em que as pessoas confundem um ícone da cidade, uma escultura, no caso da estátua de Borba Gato, “que pode até ser de mau gosto, mas é um marco da cidade, uma obra realizada e deve ser respeitada como tal”.

Sobre a pichação do Monumento às Bandeiras, conhecido como “Deixa que eu empurro”, Pugliesi afirma que houve uma violação da proposta estética original do arquiteto Victor Brecheret. “Por mais que seja discutível a ideia de exibir a paridade dos esforços do indígena brasileiro na estátua, nada autoriza alguém a tomar medidas de destruição de patrimônio público para fazer esse questionamento”, condena.

Para o advogado, essa prática é vandalismo e esses locais públicos deveriam ter câmeras para identificar as pessoas e serem exemplarmente punidas para que esses atos não se repitam de maneira errática e continuada. “Esses iconoclastas contemporâneos precisam compreender que o mundo tem leis, autoridade, poder público e as atitudes pessoais precisam ser muito bem calibradas”, observa.

Dr. Richard Geraldo Dias de Oliveira, advogado e presidente da Comissão de Direito e Relações Internacionais da OAB Santos, ainda cita exemplos de destruição de patrimônio público mundo afora, como a derrubada pelos talibãs do Buda no Afeganistão por ser de outra religião, os ataques a igrejas no Chile, bem como a queima de livros pelo nazismo de Hitler.

Dr. Daniel Toledo, advogado especialista em Direito Internacional e sócio do escritório Toledo e Associados, diferencia as mobilizações atuais das realizadas pelo movimento dos caras-pintadas na época do ex-presidente Fernando Collor de Mello. “Passa a impressão de que a juventude atual perdeu um pouco o respeito filosófico pela pátria e pelos valores internos e colocou-se um idealismo de revolta. São os chamados rebeldes sem causa”, avalia.

Para Toledo, a Lei de LINDB – Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, não se aplica ao linchamento de estátuas e monumentos brasileiros. “A discussão precisa estar em outro patamar. Eu penso até que se deve discutir essa questão da colonização, mas deve ser feito de forma profunda e não tenho visto isso acontecer”, lamenta.

Ele ainda ressalta que a Humanidade sempre foi inspirada por símbolos e não é por meio da destruição que se reescreve essa simbologia. “Destruir determinados ícones não vai impor uma nova ordem, simbologia ou norma de conduta. Se todos pensarem assim, as pirâmides do Egito também deveriam ser postas abaixo, porque elas representaram escravidão, milhares de pessoas foram mortas ali, tratadas da pior forma possível, e é uma simbologia de mais de três mil anos”, conceitua.

Na opinião de Toledo, hoje há um interesse filosófico mundial que vai de acordo com a conveniência. “Tenho visto muito os jovens no Brasil e em vários outros países também tendo as suas posturas filosóficas de acordo com a conveniência do momento, seja ela política, social ou econômica”, finaliza.

 



Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo LLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com 118 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB São Paulo e Membro da Comissão de Direito Internacional da OAB Santos.

 

Toledo e Advogados Associados

http://www.toledoeassociados.com.br

 

Youjin Law Group

https://leetoledolaw.com/

 

Percepção de valor pelo cliente. E será que cliente sabe o que ele quer?

Quanto vale a satisfação de um sonho realizado, uma experiência bem vivida, ou a cura de uma dor física ou emocional.

Quanto vale a paz e tranquilidade, mais tempo na agenda, sorriso dos filhos, abraço do cônjuge?

E quanto vale um corpo saudável, uma pele bonita, uma maquiagem bem-feita um ótimo corte de cabelo?

Relação de preço e valor estão cada vez mais em pauta principalmente nas questões relacionadas a precificação de serviços e produtos. Saber diferencias de mercado e ter destaque que verdadeiramente traga boas experiências e mudanças ou transformações a vida das pessoas, muitas vezes tem valor intrínseco incalculável para quem recebe.

Não é novidade que grandes empresas focam em entender o que é que o cliente valoriza em cada momento e situação, entender a percepção de valor do cliente para produtos e serviços é o diferencial para empresas que se antecipam e atendem esta necessidade dos clientes ou ainda, as que criam as necessidades e já entregam a solução para a necessidade, caso dos serviços e produtos “disruptivos” pós 2008, como UBER, Netflix, Airbnb que tiveram boom e outros tantos negócios, plataformas e ecossistemas que surgem para atender a uma demanda cada vez mais volátil do cliente e até contribuíram com esta mudança continua de “gostos” e necessidades.

Identificar o que o cliente quer, pra que ele quer, é um grande desafio, que muitos empresários não conseguem superar, pois a grande maioria dos clientes sequer sabe o que quer e pra que quer, por isso a avalanche de informações persuasivas para criar valor em algo muitas vezes não percebido como valoroso.

Entender e viver experiência do cliente passou novamente a ser foco das empresas, como aquelas ondas que vão e voltam, porém que é adepto de Lean jamais deixou de olhar clientes com carinho, internos e externos, maximizando valor para o cliente com menos recurso possível.

Algumas abordagens até ajudam a pressupor a existência de valor intrínseco como saber quanto vale a cura de uma doença grave (em momento de pandemia fica perceptível e evidente o valor quase imensurável da saúde).

E saber que esta doente quanto vale? Se a pessoa nem sabe que esta doente ou o que esta doença causa estresse, ansiedade, e demais distúrbios que se alojam e apoderam do dia a dia das pessoas, quando percebidos como sendo ofensores de saúde, vida e resultados das pessoas, dai talvez o caro fique menos caro na percepção, porém a prevenção ou tratamento precoce ainda é mais barato por permitir uma reversão do quadro, o que um diagnostico tardio além de caro, por muitas vezes não consegue reverter os danos causados.

Mesmo raciocínio para negócios, relacionamentos, investimentos, prevenção, antecipação e ajuda profissional são descartadas, até que algo muito grave ocorra.

A restauração de relacionamento, a recuperação de carinho e atenção do cônjuge ou dos filhos, a estruturação de uma empresa e negócio, o alívio de uma autocrítica ou autoconfiança, aumento de autoconfiança ou mesmo uma mentalidade de liderança e produtividade que multipliquem os resultados pessoais e profissionais de forma exponencial são itens valorizados, muitas vezes quando perdidos.

E aquela sensação de exclusividade ou mesmo de missão cumprida? O sorriso, o beijo ou abraço da pessoa amada. Ou mesmo a possibilidade de fazer algo mais rápido e evitar retrabalho ou salvar tempo por não ter que fazer algo que não é especialista?

Todas estas percepções de valor demandam entendimento e aplicação de habilidades relacionais, entendimento de necessidades humanas e adequação e posicionamento de cada produto ou serviço a cada nível de necessidade, pode até usar a velha e atual escala da pirâmide de Maslow para identificar que tipo de dor e necessidade o produto ou serviço oferecidos estão se propondo a atender e até ajustar a estratégia de comunicação e atendimento.

O bom e velho questionário ainda é usado, porém com uso de redes e plataformas e tecnologia, esta pesquisa e percepção de comportamento pode ser feito em escalas e velocidades tremendas, o que demanda muito sangue frio e foco dos empresários para que consigam atender e bem as necessidades que se propõem, trabalhando a flexibilidade porém planejando corretamente as ações para que não caiam na armadilha da síndrome do labrador, que a cada bolinha lançada corre louca e empolgadamente, porém só ter outra bola lançada para que o foco mude totalmente.

Posicionamento e estratégia empresarial com métricas e gestão, são e serão as ferramentas que empresários precisam dispor, com ajuda de consultores ou executivos que ajudem a atender e entender corretamente cliente e mercado.

 


Fábio Lima - consultor empresarial, executivo de finanças, master coach e CEO da LCC - Light Consulting e Coach.

 

2021: bicentenário de Anita Garibaldi

Anita Garibaldi
Divulgação

Trajetória da mulher que lutou bravamente no Brasil e ajudou a mudar história na Itália pode ser conhecida por meio de filmes e livros; conheça alguns deles


Numa época em que figuras femininas não costumavam ter destaque na sociedade e na história, Ana Maria de Jesus Ribeiro da Silva mudou o curso de sua vida ao conhecer o italiano Giuseppe Garibaldi. Com apenas 18 anos se uniu aos farroupilhas sulistas que desejavam separar-se do Brasil e fundar uma República.

Assim se iniciou a trajetória da heroína Anita Garibaldi, nascida em Laguna (SC), que este ano recebe homenagens por seu bicentenário de nascimento. Junto de seu companheiro Garibaldi, pegou em armas, combateu tropas, conduziu soldados em marchas, além de organizar um hospital para cuidar dos feridos em batalhas. Hoje, nomeia avenidas, ruas e escolas em todo o país, já foi tema de escola de samba no carnaval do Rio de Janeiro e sua história também já foi contada em filmes, livros e documentários. Nos dias atuais, Anita pode ser considerada um símbolo do empoderamento feminino. 

"O fato de ser uma figura feminina lutando como soldado, ativa e bravamente, contribuiu para conferir à Anita a importância que a figura tem em nossa história. Se considerarmos a época em que viveu e as atitudes que tomou, Anita rompeu padrões em uma sociedade em que mulheres estavam relegadas a tarefas domésticas e familiares", analisa o coordenador editorial do Sistema Positivo de Ensino, Norton Nicolazzi Junior. 

Depois de lutar ao lado do novo companheiro no Brasil e também no Uruguai, Anita e Garibaldi seguiram para o país natal de Garibaldi, a Itália, onde novamente se envolveram na luta armada, desta vez pela unificação da península italiana. Já com 4 filhos de Garibaldi, Anita mais uma vez não aceitou ficar em casa e seguiu com o companheiro para lutar contra austríacos e franceses. Mesmo doente, Anita se recusou a abandonar as tropas. A guerreira morreu aos 28 anos, grávida do quinto filho. Seu mausoléu está em Roma, capital italiana, onde é tratada como uma das heroínas que se sacrificaram para que a Itália se tornasse um país unificado.

"Certamente, a participação como um soldado bravo e guerreiro, sendo mulher, a destaca na história da Revolução Farroupilha, aqui no Brasil e, em seguida, na luta pela unificação da Itália. O fato de estar casada com Giuseppe Garibaldi, figura importante nesses contextos, também conferiu a ela, na época, prestígio e proeminência em meio às tropas", afirma Nicolazzi.

Decretos estaduais no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina estabelecem comemorações pelos 200 anos de nascimento da heroína. Um concurso literário organizado pela Biblioteca Pública de Santa Catarina pretende promover a memória de Anita. Outros eventos, como exposições e mostras de filmes sobre a personagem também prestigiam sua história, bastante conhecida no Sul do Brasil.

Para aqueles que querem conhecer um pouco mais da vida e trajetória de Anita, Nicolazzi lista uma seleção de filmes, séries e livros que contam a história da heroína.

 

Filme: Anita (2016)

Direção: Olindo Estevam

O filme narra a história de Anita Garibaldi, que após casar-se, aos 14 anos, com Manuel Duarte de Aguiar, conhece o revolucionário italiano Giuseppe Garibaldi, por quem se apaixona. Decidida, ela se separa e casa com o italiano. Ao seu lado, vai se tornar uma heroína ao lutar contra o regime imperial.

 

Filme: Anita e Garibaldi (2013)

Direção: Alberto Rondali

A narrativa traz Giuseppe Garibaldi com 32 anos, comandante dos rebeldes republicanos que invadem Laguna, Santa Catarina, durante a Guerra dos Farrapos (1835 - 1845). Ele encontra sua alma gêmea em Anita, 18 anos, esposa do sapateiro local. Entre a paixão e as batalhas, eles definem o rumo de suas vidas e influenciam o curso da revolução.

 

Série: A casa das sete mulheres (2003)

Direção: Jayme Monjardim

Minissérie brasileira produzida e exibida pela TV Globo em 51 capítulos. As mulheres da família de Bento Gonçalves vivem as dificuldades e os dramas da guerra durante o conflito dos Farrapos. Anita Garibaldi é uma dessas mulheres.

 

Livro: Anita Garibaldi, heroína de dois mundos (2012)

Autores: Marco Tomatis e Loredana Frescura

Editora Fundamento

Biografia da personagem que dá destaque ao relacionamento de Anita com Giuseppe. A menina que desafiava os costumes encontrou seu norte em Giuseppe Garibaldi - uma paixão arrebatadora que uniu dois mundos. Almas gêmeas no amor e na ideologia, Anita e o "pirata italiano" buscaram a liberdade do povo e encontraram lugar na História do Brasil e da Itália.

 

Livro: Anita Garibaldi, uma heroína brasileira (1999)

Autor: Paulo Markun

Editora Sebac

A obra mostra que na vida da brasileira Anita Garibaldi, parece não haver limite entre ficção e realidade. Personalidade indissociável de seu marido - o aventureiro italiano Giuseppe Garibaldi, Anita foi uma figura cativante de mulher e guerreira, traços recuperados por esta biografia fartamente ilustrada, em que a objetividade da comunicação do jornalista se alia ao rigor da pesquisa histórica.


Pandemia aumentou solicitações de crédito online, segundo pesquisa global da Experian

O Brasil foi o país participante que teve maior crescimento percentual para pedidos de cartões de crédito e empréstimos

 

Uma pesquisa global da Experian mostra que os brasileiros foram os que mais passaram a solicitar crédito online durante a pandemia de Covid-19. Em uma questão que analisa o comportamento digital em todo o mundo, as alternativas de solicitações de cartões de crédito cresceram 5 pontos percentuais e a de pedidos de empréstimos aumentou 9 p.p., enquanto nos outros países houve estabilidade e até queda.


Segundo o diretor de Decision Analytics da Serasa Experian, Pedro Braga, “a pandemia aumentou a já crescente demanda pelo autoatendimento digital relacionado a solicitações de crédito e a busca de assistência no cumprimento das obrigações financeiras. Os consumidores não só querem como esperam ser possível solicitar crédito quando e onde eles estiverem, geralmente utilizando um dispositivo móvel”. Para Braga, a adaptação deve ser primordial, uma vez que os dados mostram ainda que um a cada quatro consumidores começou a comprar em outro lugar porque uma empresa da qual era cliente não se adaptou às suas necessidades digitais.

Outro fator que impacta nas mudanças é o cenário econômico mundial, com incentivos governamentais e linhas de crédito mais acessíveis, que acabam fazendo com que as companhias tenham o desafio de identificar a real situação dos consumidores. Por isso cerca de metade delas em todo o mundo estão dedicando recursos para aprimorar suas capacidades analíticas. Os investimentos em analytics, como soluções de Machine Learning, permitem que os negócios usem conjuntos de dados não tradicionais rapidamente, expliquem o que os dados estão revelando e testem novos modelos de previsão e risco de crédito.

“Empresas inovadoras precisarão ir além das fontes de dados tradicionais e aproveitar dados alternativos e sintéticos a fim de antecipar as necessidades de crédito de seus clientes ao usar ferramentas para automatizar o processo e reduzir o risco. Bons exemplos são as iniciativas como o Cadastro Positivo e Open Banking no Brasil, que auxiliam a aprimorar as análises”, comenta Braga.


1 em cada 3 consumidores no mundo ainda se preocupa com as finanças

A pandemia trouxe ainda muitas mudanças nos perfis financeiros dos consumidores, que hoje globalmente se dividem entre aqueles que ainda enfrentam preocupações com as finanças e outros que afirmam já terem se recuperado deste período de distanciamento social. Globalmente, 1 em cada 3 pessoas ainda apresenta essa preocupação, ainda que a pesquisa indique também uma queda entre os que dizem ter reduzido os gastos supérfluos. No Brasil, ainda que a atenção aos problemas financeiros ainda seja maior do que a média global (44%), alguns pontos indicam melhora, como a redução daqueles que utilizam as reservas financeiras para manter as contas em dia.

Com essa diferença no perfil econômico, as empresas precisam entender bem seu público-alvo e o segmento no qual atua para uma melhor tomada de decisão de risco de crédito. O relatório global indica três ações essenciais para os líderes que desejam ter bons resultados, mesmo neste período atípico: alavancar dados e análises, para obter um entendimento abrangente do risco e quais oportunidades o portfólio de produtos e serviços oferece, assim como ter agilidade na identificação de mudanças nos perfis dos clientes para desenvolver a melhor estratégia; envolver os clientes de forma proativa, com novos produtos de crédito e condições para auxiliar a retomada; e preparação para possível onda de inadimplência, dando condições possíveis para quem ainda enfrenta dificuldade e evitando perdas financeiras maiores ao negócio.

“Os países enfrentaram a pandemia e observam seus efeitos de formas diferentes, com consequências às companhias e aos consumidores. Por isso a importância de entender o momento que a região vive, seus níveis de desemprego e inadimplência, além dos movimentos do setor de atuação, para desenvolver estratégias que atendam diferentes necessidades de crédito. Os credores precisam entender agora, mais do que nunca, quem são seus clientes e fornecer a eles as soluções certas na hora certa”, afirma Pedro Braga.


Metodologia
O material resultou de três estudos realizados entre junho de 2020 e janeiro de 2021. Foram entrevistados 9.000 consumidores e 2.700 empresas de 10 países: Alemanha, Austrália, Brasil, Cingapura, Espanha, Estados Unidos, França, Índia, Japão e Reino Unido.
 

 

Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br


Jovens já representam quase metade dos empreendedores de Vendas Diretas no país

Mais de 48,1% dos empreendedores que atuam na área pertencem à nova geração, que utiliza aplicativos e internet para a venda de produtos. Segmento é oportunidade para que a nova geração possa dar o primeiro passo no empreendedorismo.


Mesmo antes do desemprego ser agravado pela pandemia, os jovens brasileiros já buscavam uma alternativa para empreender. Dados levantados pela Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD) indicam que, desde o início de 2020, os brasileiros de 18 a 29 anos representam 48,1% empreendedores independentes que atuam com Vendas Diretas.

Com base na pesquisa realizada em 2020 pela entidade, outra diferença no cenário atual é o crescimento de homens que atuam no setor, chegando a 42,2%, e a mudança dos meios de divulgação dos produtos, sendo que o aplicativo de comunicação WhatsApp (84,7%) e as mídias sociais (79,8%) tomaram à frente e hoje são os mais utilizados.

A geração que cresceu com acesso à internet, viu na familiaridade e no alcance da rede, juntamente com o baixo investimento para iniciar nas vendas diretas, a oportunidade de se tornar um empreendedor independente, ser seu próprio chefe e dedicar a quantidade de horas que desejar para o trabalho.

A pesquisa da Associação mostra que aqueles que inovaram na maneira de vender e não permaneceram somente no estilo clássico de porta em porta e sua própria casa - 29,1% das vendas totais - obtiveram resultados assertivos, pois internet, WhatsApp e mídias sociais alcançaram o percentual de 53,5% das vendas, demonstrando que o caminho passa pela união dos dois mecanismos.

A presidente executiva da ABEVD, Adriana Colloca, explica a entrada do número volumoso de jovens nas vendas diretas. "Com o uso da tecnologia e mídias sociais para divulgar e vender os seus produtos e serviços, trabalhar com vendas diretas é uma excelente oportunidade para esse público, que sonha em empreender, mas não quer ter risco ou investimento inicial. Além disso, a atividade oferece flexibilidade de horário e autonomia, como almeja grande parte da nova geração de brasileiros".


Especialista dá 6 dicas para maximizar os resultados de sua empresa

Cláudio Lasso, assessor contábil, indica como aprimorar a gestão empresarial 

 

Para ter sucesso em um empreendimento não basta apenas ter força de vontade. Para sobreviver e melhorar os resultados, a empresa precisa seguir uma gama de diretrizes.

Segundo Cláudio Lasso, assessor contábil e CEO da Sapri Consultoria, o empresário precisa estar atento a diversos fatores, como em processos que não estão no escopo do core business da empresa, mas que são importantes para o gerenciamento do negócio.

"Para isso, há presente no mercado softwares de gestão que fazem parte do Business Process Outsourcing ou BPO. Esse mecanismo de controle de processo permite às organizações aumentarem a produtividade e reduzir custos", completa o especialista. 

Lasso deu 6 dicas para maximizar os resultados aprimorando a gestão empresarial:

 

1. Fazer um planejamento orçamentário 

Em toda e qualquer empresa deve haver planejamento financeiro com objetivos, projeções e estratégias bem definidas. Caso contrário, facilmente o controle sobre as despesas será perdido.

 

2. Não misturar a conta pessoal com a conta empresarial

Uma falha recorrente entre proprietários é achar que, por serem donos do negócio, eles podem misturar a conta pessoal com a conta empresarial. Isso é um erro dos mais graves, pois as duas coisas são bem distintas. Vale destacar que até que um negócio apresente lucro isso leva tempo e, se o empreendedor misturar as duas contas, possivelmente a lucratividade nunca vai acontecer.

 

3. Acompanhar as entradas e saídas de dinheiro

A melhor maneira de manter as despesas sob controle é acompanhar as entradas e saídas de dinheiro através do fluxo de caixa. Isso permite que o gestor tenha uma visão ampla da situação financeira do negócio, além de facilitar a mensuração dos ganhos e gestão da movimentação financeira da empresa.

 

4. Administrar devidamente o capital de giro

Toda empresa precisa ter um capital de giro para que o negócio possa fluir com tranquilidade, mas hoje em dia não basta ter um dinheiro extra disponível em caixa. É preciso saber administrá-lo, além de entender que o capital de giro existe para honrar com os compromissos imediatos, a fim de manter a empresa saudável e garantir uma boa imagem do negócio perante o mercado, os clientes e fornecedores.

 

5. Colocar pequenas despesas em primeiro plano

Muitos gestores fazem questão de focar nos grandes gastos com o abastecimento de mercadorias, aluguel, impostos e salários, mas acabam deixando de lado as despesas pequenas e rotineiras, como água, luz, material de escritório, internet, produtos de limpeza e manutenção de equipamentos. Para que um negócio dê certo, é preciso ter o pleno controle sobre todos os gastos, inclusive os mínimos.

 

6. Usar software de gerenciamento

Por muito tempo a gestão financeira das empresas foi feita de forma manual. Entretanto, as novas tecnologias estão tornando as atividades de gerenciamento muito mais rápidas, práticas e eficazes. É o caso dos softwares gerenciais personalizados para as necessidades de cada negócio. Essa tendência é o que chamamos de Business Process Outsourcing ou BPO.

Através de um bom software de gerenciamento, o empreendedor economiza tempo na emissão de gráficos e relatórios, pode acompanhar as contas a pagar e receber, agilizar o andamento das notas fiscais, verificar se a empresa está tendo lucro, identificar quais produtos têm melhor saída, controlar estoques, acompanhar o saldo do caixa e assim por diante.


Sebrae transforma Whatsapp e Telegram em ferramentas de aprendizagem em empreendedorismo

Ao longo deste ano, quase 60 mil pessoas já fizeram os cursos online disponibilizados nos aplicativos de mensagens instantâneas


Com o sonho de tirar seu negócio do papel em breve, a farmacêutica Mayele Prado, de Pouso Alegre (MG), procurou os cursos online do Sebrae disponibilizados pelo Whatsapp e Telegram para aprender mais sobre empreendedorismo. De olho nas oportunidades, ela tem se dedicado a aprender mais sobre comércio eletrônico e gestão. “Enquanto eu não desenvolvo o meu negócio, eu estou buscando aprimorar meus conhecimentos sobre negócios e atuação no mercado digital. Os cursos são dinâmicos e com uma linguagem simples e direta com vídeos e podcasts bem interessantes. Eu faço no intervalo do almoço do meu trabalho, durante meu deslocamento e tenho aprendido muito”, contou. 

Assim como a futura empreendedora, os cursos online oferecidos pelo Sebrae por meio de aplicativos de mensagens têm conquistado o interesse de um número cada vez maior de donos de negócios e potenciais empresários. Desde janeiro até início de agosto deste ano, foram quase 60 mil usuários que realizaram em torno de 80 mil matrículas. Com fácil acesso pelo celular, o técnico em Contabilidade, Eladio Andrade, de Cajazeiras, na Paraíba, fez quase todos os cursos disponíveis. Ele conta que o interesse surgiu a partir da demanda de alguns clientes que são Microempreendedores Individuais (MEI) com interesse no enquadramento no Simples Nacional. “Eu precisava entender melhor o universo dos MEI e vi que o Sebrae oferecia diversos cursos sobre o assunto. Comecei fazendo um e quando percebi tinha feito quase todos. Fiquei surpreso com a facilidade e rapidez com que obtive os conhecimentos que procurava”, comentou. 

O gerente de Soluções do Sebrae, Diego Demétrico, explica que os cursos disponibilizados pelos aplicativos foram pensados para atender quem precisa de praticidade e não tem muito tempo. Com o uso de tecnologia de Inteligência Artificial e chatbots, os cursos oferecem vídeos, áudios, imagens e textos curtos que podem ser baixados e assistidos em qualquer hora e lugar.  “Essa solução foi desenvolvida pelo Sebrae com um grande arcabouço tecnológico para facilitar a vida dos empreendedores. Nossas pesquisas apontam que muitos querem se capacitar para alavancar os negócios, mas não têm tempo suficiente. Ao mesmo tempo, observamos o potencial que os aplicativos apresentam ao serem usados por muitos brasileiros”, explicou. 

Atualmente são oferecidos 29 cursos para acesso pelo Whatsapp e Telegram. Todos têm certificado com verificação de autenticidade e são 100% gratuitos. Ao concluir o curso, o documento é emitido em até 1 hora e entregue direto pelo próprio app.

Além de contribuir para a atualização dos conhecimentos sobre gestão da microempreendedora individual, Juliana Recuche, o curso também a ajudou na hora de buscar um empréstimo para ampliar o negócio. Com uma vasta experiência no ramo da confeitaria, ela faz doces, bolos, salgados para vender na cidade de Dois Córregos, no interior de São Paulo. “Fui indicada pelo banco a fazer os cursos do Sebrae e os certificados fizeram parte dos documentos exigidos. Mesmo tendo formação em administração, os conteúdos foram bons para relembrar assuntos e me atualizar”, declarou. 

Para conhecer os cursos online disponíveis pelo Whatsapp, basta acessar aqui. No caso dos cursos pelo Telegram, o acesso deve ser feito por este link

 

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