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sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Agosto Dourado: O Mês Da Amamentação

  • Amamentação pode reduzir em até 13% a mortalidade por causas evitáveis em crianças menores de 5 anos

 

  • Produtos de apoio para o aleitamento oferecem segurança e conforto para mães e bebês

 

A importância do aleitamento materno e o incentivo à amamentação marcam o Agosto Dourado, mês que destaca o padrão ouro de qualidade do leite materno e a importância de amamentar. Na 1ª semana do mês, é comemorada em mais de 150 países de todo o mundo a Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM), organizada pela Aliança Mundial para Ação de Aleitamento Materno (World Allience for Breastfeeding Action - WABA), uma rede global de indivíduos e organizações dedicadas à proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno em todo o mundo.

O tema deste ano é “Proteja a amamentação: uma responsabilidade compartilhada”, que tem por objetivo mostrar que a proteção da mulher na fase do aleitamento deve ocorrer em todos os âmbitos: em casa, com a família e pessoas próximas; no trabalho, com o amparo legal; na imprensa, pela divulgação de informações sobre o assunto, entre outros.

Tanto a SMAM, como o Agosto Dourado, baseiam-se em quatro pilares: informar as pessoas sobre a importância de proteger a amamentação; apoiar a amamentação como uma responsabilidade vital de saúde pública; se articular com indivíduos e organizações para maior impacto; e potencializar ações para proteger o aleitamento materno para melhorar a saúde coletiva.

 

INDICES DE AMAMENTAÇÃO CRESCERAM NO BRASIL

Segundo o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani) do Ministério da Saúde, publicado em 2020, os índices de aleitamento materno estão aumentando no Brasil e mais da metade das crianças brasileiras são amamentadas no primeiro ano de vida, sendo que 45% das menores de seis meses recebem somente leite materno como alimento. O estudo baseou-se em indicadores de amamentação propostos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

São inúmeros os benefícios da amamentação, além da própria relação entre mãe e filho. A amamentação pode reduzir em até 13% a mortalidade por causas evitáveis em crianças menores de 5 anos e diminui em 6%, a cada ano em que a mulher amamenta, o risco de desenvolver câncer de mama. O aleitamento materno também diminui custos com tratamentos nos sistemas de saúde e ajuda a combater a fome e a desnutrição em todas as suas formas, além de garantir a segurança alimentar de crianças por todo o mundo.

O leite materno é considerado como o “padrão ouro” da alimentação e deve ser o único alimento até os seis meses de vida, pois contém todos os nutrientes necessários para alimentar e hidratar o bebê e garantir seu desenvolvimento saudável. Mesmo após os seis meses, eles devem continuar mamando até os dois anos, ou mais, para complementar a introdução de uma alimentação saudável. Crianças que foram amamentadas têm menos alergias, infecções, diarreias, doenças respiratórias e otites, além de menores chances de desenvolver obesidades e diabetes tipo 2.
 

CONFORTO E SEGURANÇA NA HORA DE AMAMENTAR

Apesar de todas as vantagens, a amamentação pode apresentar alguns desconfortos para as mães, especialmente as de primeira viagem.

A gerente do Núcleo Farmacêutico da Poupafarma, Ana Cláudia R. Hadid, explica que existem diversos produtos de apoio tanto para o aleitamento, como para extração do leite, que auxiliam nesse momento que pode ser bastante desafiador.

Estes são alguns deles: bombas de extração, frascos para coleta do leite, protetores de mamilos, absorventes laváveis de seios, bolsas para coleta de leite, almofada para amamentação, conchas para mamilos invertidos, lanolina para dor e lesões no mamilo, curativos de gel e outros prescritos por médicos.

 


Poupafarma

https://poupafarma.com.br/


15 de agosto - Dia da Gestante

Mitos e verdades sobre a vacinação da gestante 

A gravidez é um período único na vida da mulher, acompanhado por cuidados especiais com a saúde, visando o bem-estar de ambos, gestante e bebê.1 12 Aproveitando o Dia da Gestante, comemorado neste domingo, dia 15 de agosto, o Dr. Emersom Mesquita (CRM 5281409-1 RJ), infectologista e gerente médico de vacinas da GSK, esclarece diversos mitos e verdades sobre a vacinação durante a gravidez. Confira abaixo.


- Vacinas não devem ser aplicadas durante a gestação.
MITO.
"No Brasil, ao longo do pré-natal, são recomendadas quatro vacinas: a influenza (contra gripe); a dTpa, que protege contra difteria, tétano e coqueluche; a dT que imuniza contra difteria e tétano e a vacina contra hepatite B. Todas são oferecidas gratuitamente nos postos de saúde municipais, pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde. Algumas delas devem ser repetidas a cada nova gestação, como a dTpa. Já a vacina de gripe deve ser tomada anualmente durante as campanhas do Ministério da Saúde, e a hepatite B deve ser aplicada em toda gestante que não tenha sido vacinada previamente" 2, esclarece o Dr. Emersom.


- A vacinação da gestante também é importante para a proteção do bebê.
VERDADE.
"Isso é verdade. Por exemplo, a coqueluche é uma doença altamente contagiosa que pode evoluir com formas graves especialmente entre lactentes menores, que ainda não iniciaram a vacinação de rotina aos 2 meses de idade. Assim, a imunização materna com dTpa, ao transferir anticorpos protetores para o bebê, ajuda a preencher esta lacuna de proteção" 1 2 6 13, explica o Dr. Emersom.


- As vacinas recomendadas na gestação não são seguras para mãe nem para o bebê.
MITO.
"A imunização materna possui um largo histórico no Brasil e no mundo, sendo reconhecida pela OMS como uma prioridade. Além disso, as vacinas recomendadas durante a gestação são inativadas, ou seja, são compostas por microrganismos sem capacidade de gerar a doença. Finalmente, toda vacina, para ser licenciada e comercializada no Brasil, passa por um rigoroso processo de avaliação realizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)", e mesmo após a comercialização, esses produtos são estreitamente monitorados pelos laboratórios produtores e pelas agências reguladoras" 2 6 14, esclarece o especialista.


- Uma das vacinas recomendadas é a dTpa, que protege contra a coqueluche, mas a doença não é grave.
MITO.
"A coqueluche é uma importante causa de mortalidade infantil. A maioria dos casos e óbitos se concentra em crianças menores de um ano de idade. É uma infecção altamente contagiosa, também conhecida como "tosse comprida" por causa do seu principal sintoma, a tosse seca em sequência. Quanto mais novo é o bebê, mais grave se torna a doença. O bebê está mais vulnerável até atingir os seis meses de idade, quando poderá completar o esquema primário de vacinação. Justamente pela gravidade acentuada em recém-nascidos, a vacina Tríplice Bacteriana acelular (dTpa) integra o calendário de vacinação da gestante, como a forma de prevenção da coqueluche nos primeiros meses de vida" 2 3 4 5, explica o especialista.


- Se engravidar de novo, é preciso se vacinar novamente contra coqueluche.
VERDADE.
"Estudos demonstram que os anticorpos da gestante que recebe uma dose da vacina dTpa a partir da 20ª semana de gravidez exercem importante ação protetora sobre o bebê, até pelo menos os 3 meses de idade. Com a vacina, o corpo da gestante começa a produzir anticorpos que serão transferidos para o bebê através da placenta. Já numa futura gravidez, os níveis de anticorpos podem não permanecer altos o suficiente para fornecer um nível adequado de proteção, mesmo se as gestações forem próximas. Por isso, é importante que a mãe se vacine com a dTpa a cada gestação" 2 6 7, esclarece Dr. Emersom.


- Para as mulheres que pretendem engravidar a atualização da caderneta de vacinação também é importante.
VERDADE.
"Para quem planeja engravidar, também é importante atualizar a caderneta vacinal. Algumas vacinas, como as vacinas contra catapora, sarampo, caxumba, rubéola e HPV, por exemplo, não são recomendadas durante a gestação e, por isso, devem ser administradas antes da gravidez ou no puerpério (que são os 45 dias após o parto), mesmo que a mãe esteja amamentando." 2 6 8 9 15 16, conta o médico.


- Além da mãe, o pai e as outras pessoas que irão conviver com o bebê também precisam estar com a vacinação em dia.
VERDADE.
"Isso é verdade. Sabemos que uma das principais formas de transmissão de agentes infecciosos, como a coqueluche por exemplo, ao lactente é através dos contatantes próximos, sejam familiares ou não familiares. Por isso, ao garantir que todas as pessoas que irão conviver com o bebê estejam com a imunização em dia, formamos uma rede de proteção ao lactente. A recomendação é que isso seja feito antes do nascimento do bebê, o quanto antes, para que todos já estejam protegidos no momento do nascimento" 3 7 9, alerta o Dr. Emersom.


- Em tempos de COVID-19, as medidas de prevenção devem ser redobradas para as gestantes e recém-nascidos.
VERDADE.
"A vacinação é uma das principais medidas de prevenção contra doenças infecciosas e é um serviço essencial, ou seja, deve ser mantida mesmo durante pandemias. Além da vacinação, outras medidas de prevenção, como uso de máscaras, distanciamento social, lavagem de mãos e uso de álcool em gel devem ser seguidas, conforme a recomendação das autoridades sanitárias. Essas medidas ajudam na prevenção de diversas doenças como a coqueluche e a gripe, por exemplo, que são transmitidas da mesma forma, através de gotículas contaminadas ao tossir, espirrar ou até mesmo falar. Além disso, pela vulnerabilidade do sistema imunológico do bebê, é recomendado não beijar o bebê no rosto e nas mãos; lavar as mãos corretamente antes de pegar o bebê; e evitar contato com pessoas doentes" 3 10 11 17 18 19, informa o médico.



Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.





GSK

www.gsk.com.br

 


Referências

1 CENTERS FOR DESEASE CONTROL AND PREVENTION. Vaccines and Pregnancy Home. Vaccine Safety for Moms-To-Be. Disponível em: https://www.cdc.gov/vaccines/pregnancy/vacc-safety.html . Acesso em: 22 jul. 2021.

2 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Calendário de vacinação da gestante. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/media/pdf/2021/junho/09/calendario-de-vacinacao-2020_gestantes.pdf . Acesso em: 28 jul. 2021.

3 PORTAL FAMÍLIA SBIM. Doenças. Coqueluche (pertussis). Disponível em: https://familia.sbim.org.br/doencas/coqueluche-pertussis . Acesso em: 22 jul. 2021.

4 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Boletim epidemiológico da coqueluche no Brasil de 2018 a 2019. Disponível em: https://antigo.saude.gov.br/images/pdf/2020/October/13/BR-Informe-Coqueluche-2018-2019.pdf . Acesso em: 28 jul. 2021.

5 HONG, J. Update on pertussis and pertussis immunization. Korean Journal of Pediatrics, 53(5): 629-633, 2010.

6 SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Vacinação gestante: sucesso de proteção para mãe e filho. 2018. Disponível em: https://vacinasparagravidas.com.br/public/docs/guia-da-vacinacao.pdf . Acesso em: 22 jul. 2021.

7 CENTERS FOR DESEASE CONTROL AND PREVENTION. Vaccines and Pregnancy Home. Vaccines & Pregnancy: Top 7 Things You Need to Know. Disponível em: https://www.cdc.gov/vaccines/pregnancy/pregnant-women/need-to-know.html . Acesso em: 22 jul. 2021.

8 CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Vaccines and Pregnancy Home. Vaccines Before Pregnancy. Disponível em: https://www.cdc.gov/vaccines/pregnancy/vacc-before.html . Acesso em: 22 jul. 2021.

9 SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação do nascimento à terceira idade: recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) - 2021/2022 (atualizado até 10/05/2021). Disponível em: https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-0-100.pdf . Acesso em: 22 jul. 2021

10 CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Key facts about Influenza (Flu). Disponível em: https://www.cdc.gov/flu/keyfacts.htm . Acesso em: 22 jul. 2021.

11 CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Pertussis (Whooping Cough). Prevention. 2020. Disponível em: https://www.cdc.gov/pertussis/about/prevention/index.html . Acesso em: 22 jul. 2021.

12 MINISTÉRIO DA SAÚDE. A importância do Pré-Natal. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/importancia-do-pre-natal/. Acesso em: 28 de jul. 2021.

13 BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário nacional de vacinação da criança. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/media/pdf/2021/junho/09/calendario-de-vacinacao-2020_crianca.pdf . Acesso em: 28 jul. 2021.

14. FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA. Programa Vacinal para Mulheres. São Paulo: FEBRASGO, 2021. 206p. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/media/k2/attachments/SeyrieZ-ZProgramaZVacinalZdasZMulheresZ-Z2021Z-Zweb.pdf . Acesso em 04. ago. 2021

15 SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação SBIm gestante 2021/2022. Disponível em: https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-gestante.pdf . Acesso em 04. ago. 2021

16 CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Vaccines during and after pregnancy. Disponível em: https://www.cdc.gov/vaccines/pregnancy/vacc-during-after.html . Acesso em: 28 jul. 2021.

17 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Coronavírus. Como se proteger? Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/como-se-proteger. Acesso em: 28 jul. 2021

18 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Coronavírus. Como é transmitido? Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/como-e-transmitido . Acesso em: 28 jul. 2021.

19 AMERICAN THORACIC SOCIETY. What is pertussis (Whooping cough)?. Disponível em: https://www.thoracic.org/patients/patient-resources/resources/pertussis.pdf . Acesso em: 04 ago. 2021.

Mulheres devem priorizar a vacinação para engravidarem

Dia da gestante é celebrado em 15 de agosto e elas devem estar atentas ao coronavírus
Divulgação

Neste Dia da Gestante, obstetra ressalta importância da vacina contra a Covid-19


As gestantes e puérperas (mulheres que tiveram filhos há até 45 dias) registram uma taxa de letalidade perante ao coronavírus de 7,2%, mais que o dobro da taxa do país, que é de 2,8%, segundo o Boletim do Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado em junho. Dados do Observatório Obstétrico Brasileiro indicam um aumento da mortalidade materna semanal por Covid-19 de 328,8% em 2021 em comparação com a média de 2020. Enquanto isso, em relação à população geral, o aumento foi 110,5% na média semanal. Assim, no Dia da Gestante, celebrado em 15 de agosto, é importante orientá-las em relação à pandemia. 

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, em 2020 dos 14 óbitos ocorridos em gestantes, 10 foram relacionados à Covid-19. Neste ano, das 25 mortes, 15 têm relação com o coronavírus. Além da maior chance de morte de parturientes, estudo publicado no Oxford Academic, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, mostra que há maior possibilidade de complicações. O risco de sepse, conhecida como infecção generalizada, é 14 vezes maior e as chances de precisar de ventilação mecânica são multiplicadas por 13. As probabilidades de ter AVC, insuficiência renal, evento cardíaco adverso e doença tromboembólica também são aumentadas. 

As autoridades de saúde recomendam que a gravidez seja adiada neste momento de pandemia. Porém, para as mulheres que não têm essa opção, seja pela idade ou por outros fatores, o ginecologista e obstetra Cláudio Costa, que atende no centro clínico do Órion Complex, ressalta qual a prioridade agora no planejamento de uma gestação. “O primeiro passo antes de engravidar é procurar a vacinação e se imunizar com as duas doses. Se a gravidez não foi planejada deve-se vacinar durante a gestação, só que as opções da vacina diminuem”, ressalta ele sobre as grávidas não poderem ser vacinadas com a AstraZeneca e Janssen, pois são vacinas que usam o vírus ativo. 

Segundo a SMS de Goiânia, apenas uma a cada quatro moradoras da cidade que estão grávidas já se vacinaram contra a Covid-19. Das aproximadamente 20 mil gestantes na capital, pouco mais de 4,9 mil (24,5%) procuraram um posto de vacinação para receber a primeira dose e apenas 1,6 mil (8%) completaram o esquema vacinal. “As futuras mães devem se vacinar sempre, é a principal recomendação. Entre as minhas pacientes tenho percebido que o medo da vacina está passando”, ressalta o obstetra Cláudio Costa. 

Além da imunização, o médico reforça que as gestantes e as parturientes devem ter os mesmos cuidados de proteção individual que as outras pessoas, como uso de máscaras e álcool em gel, distanciamento social, evitar aglomerações e trabalhar em home office, sempre que possível. Ao longo da pandemia, o especialista revela a percepção que teve com suas pacientes. “Nesse período o grande medo delas gira em torno das incertezas, pois são poucos dados concretos que temos e isso gera ansiedade e preocupação nas grávidas, aumentando a insegurança delas”, relata Cláudio. A orientação geral, em caso de dúvidas, é conversar sempre com seu médico. 

 



Fonte: Cláudio Costa - Ginecologista e obstetra


Conheça os três grandes vilões dos pés para quem pratica atividade física

Eduardo Muller

Médico explica quais são as doenças dermatológicas mais comuns para quem é adepto da corrida ou caminhada

 

A unha escurecida, as bolhas e o mau cheiro (conhecido popularmente como o chulé) são os grandes vilões para quem pratica atividades físicas muito frequentes de corrida ou caminhada. Segundo o médico dermatologista e diretor da SBD-RS, Juliano Peruzzo, há casos bem simples de serem resolvidos, como a escolha adequada do tênis. Em média, um corredor toca o solo com seus pés entre 160 e 180 vezes por minuto. Esse atrito constante, pode ocasionar lesões nas unhas

“Muitas vezes o paciente chega para consulta achando que é fungo, mas há muitos casos que podem ocorrer apenas pela ação constante de fricção dos pés no calçado. Por isso é tão importante acertar a numeração do tênis. É normal que o impacto recorrente que a atividade proporciona vá machucando a unha e, em alguns casos, ocorre a distrofia”, explica.

Quanto ao mau cheiro, o famoso chulé, o segredo é fugir da umidade e calor. O problema ocorre devido a substâncias liberadas por bactérias que se proliferam no ambiente úmido e quente dos nossos pés. Essa condição também propicia a infecção por fungos que causam a frieira. Por isso, uma dica para quem pratica corrida ou caminhada frequente é a organização de um rodízio do calçado.

"É importante não usar todo o dia o mesmo tênis para que ele seque bem e diminua a chance de virem a aparecer fungos", completa o médico.

Já as bolhas ocorrem quando pontos específicos dos pés sofrem demais. Tamanho e costuras dos calçados e até o material das meias podem influenciar.

 


Marcelo Matusiak


Trabalho foi divulgado na revista PLOS ONE. Equações sugerem ser possível estimar a variabilidade da população viral com base em dados epidemiológicos (imagem: acervo dos pesquisadores)

 

As mutações do SARS-CoV-2 são um dos temas mais quentes do momento. As novas variantes do vírus estão fazendo com que a pandemia de COVID-19 recrudesça em lugares onde parecia controlada. E podem prolongar a fase crítica atual muito além do tempo esperado.

Um estudo, realizado no Instituto de Física Gleb Wataghin, da Universidade Estadual de Campinas (IFGW-Unicamp), modelou as mutações sofridas pelo SARS-CoV-2 durante seu processo de replicação e, por decorrência, a evolução genética do vírus ao longo da pandemia. Os dados foram publicados na revista PLOS ONE.

No artigo, os autores enfatizam o alerta já feito por outros cientistas: as populações que não estão sendo vacinadas e os grupos sociais que se recusam a receber a vacina favorecem o aparecimento de variantes. E, se esse problema não for resolvido urgentemente, a pandemia pode ter um novo pico em escala global.

“Como se sabe, os vírus são organismos muito simples, incapazes de se reproduzir por si mesmos. Para poderem replicar o seu RNA, precisam utilizar as células do hospedeiro. E, ao danificá-las, causam a doença. Ocorre que, durante o processo de replicação, erros de cópia são inevitáveis. Os organismos mais complexos possuem mecanismos para correção de erros. Mas os vírus não possuem. Caso algum desses erros proporcione uma vantagem ao vírus em termos de propagação, essa mutação passará a ter importância. E, eventualmente, poderá até predominar. Se a propagação ocorre sem freios, devido à não vacinação, as mutações tendem a acontecer cada vez mais e a se espalhar pelo globo”, diz o físico Marcus de Aguiar, professor do IFGW-Unicamp e coordenador do estudo.

Ao contrário do que dizem os negacionistas, não é a vacinação que favorece a mutação. Mas a falta dela, explica o pesquisador.

“Quando se vacina grande parte da população, o vírus para de circular. E, circulando menos, diminui a taxa de reprodução viral. E, portanto, a chance de aparecerem novas variantes.”

Os modelos tradicionais de epidemiologia enfocam os números de pessoas infectadas, suscetíveis e recuperadas ao longo do tempo. No estudo em pauta, o modelo incluiu a descrição do RNA do vírus. “Saber quão diferentes são os microrganismos em circulação em relação aos vírus originais é importante para entender o aparecimento de novas variantes. Também para estimar se, mesmo que já tenha sido infectada pelo vírus original, uma pessoa poderá vir a ser reinfectada pela variante. E, ainda, para prever se o novo patógeno poderá escapar ou não da ação de vacinas projetadas para o original”, explica Aguiar.

Como acontece com todo modelo científico, o modelo desenvolvido no estudo é uma aproximação idealmente simplificada daquilo que de fato acontece na realidade. A base a partir da qual ele foi construído é o modelo do tipo SEIR, já consagrado em epidemiologia. A sigla SEIR é formada pelas letras iniciais de quatro palavras em língua inglesa: “Susceptible” (Suscetível), “Exposed” (Exposto), “Infectious” (Infectante) e “Recovered” (Recuperado). “Suscetível” é a pessoa que pode ser infectada; “exposta”, a infectada, mas não infectante; “infectante”, a infectada e infectante; “recuperada”, aquela que já se recuperou da doença e, idealmente, não poderia ser mais infectada.

“Para evitar uma complexidade excessiva, que tornaria o modelo matematicamente inviável, consideramos que indivíduos classificados como ‘recuperados’ não podem ser infectados por nenhuma variante que possa surgir. Também consideramos as mutações como neutras, ou seja, que não conferem ao vírus mutado nenhuma vantagem ou desvantagem adicional em relação ao vírus que lhe deu origem. Não é isso que acontece de fato na realidade. Mas adotamos essas simplificações para poder concentrar o foco em nosso objetivo, que era estudar o acúmulo das mutações virais durante a pandemia e o quão diferentes os vírus podem ficar”, esclarece o pesquisador.

Para atingir esse objetivo, o modelo foi acrescido de uma descrição dos vírus, a partir de seu RNA, com 29.900 bases nitrogenadas, e uma taxa de mutação 0,001 por base por ano – dados esses obtidos a partir da estrutura e do comportamento do SARS-CoV-2.

“Enquanto um indivíduo permanece infectado, o vírus pode sofrer mutações e ser transmitido. Calculamos a ‘distância’ entre o vírus original e a variante a partir do número de bases nitrogenadas distintas que eles apresentam. Nossas equações sugerem que é possível prever, com dados epidemiológicos [número de suscetíveis, infectados e recuperados], a variabilidade da população viral [‘distância média’ entre as sequências de RNA], sem que seja necessário ter acesso a uma enorme quantidade de dados genéticos”, diz Aguiar.

Com o intuito de testar o modelo, os pesquisadores utilizaram as equações para mostrar, a partir dos dados da epidemia na China, no início de 2020, como seria a evolução da “distância genética média” entre os vírus que teriam hipoteticamente surgido durante aquele período. Comparando o resultado com as distâncias calculadas a partir de dados genéticos obtidos localmente no mesmo período, a previsão apresentou boa concordância com os dados reais.

“A propagação do vírus através de comunidades distintas [cidades, países etc.] pode levar a sequências bastante diferentes da original, aumentando as chances de reinfecção, dependendo fortemente da conectividade entre essas comunidades. Quanto menos conectadas duas comunidades, maior a diferença no vírus que uma pode transmitir para a outra. Isso aumenta a chance de que o vírus circulante em uma das comunidades seja capaz de escapar do controle do sistema imune dos indivíduos da outra comunidade”, resume o pesquisador.

E acrescenta: “É importante ressaltar que, para que ocorra a mutação efetiva do vírus, conferindo-lhe vantagens ou desvantagens, é necessário que os defeitos de replicação ocorram em locais específicos do RNA viral. Assim, distâncias genéticas altas aumentam a chance de que existam mutações importantes, mas não as garantem. E nossas considerações são baseadas nessa perspectiva”.

O estudo recebeu apoio da FAPESP por meio de um Projeto Temático; de um Auxílio à Pesquisa Regular concedido a Aguiar; e da Bolsa de Doutorado de Vitor Marquioni Monteiro, orientando de Aguiar e autor principal do artigo.

O artigo Modeling neutral viral mutations in the spread of SARS-CoV-2 epidemics pode ser acessado em https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0255438.

 

 

José Tadeu Arantes

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/fisicos-da-unicamp-criam-modelo-para-prever-as-mutacoes-do-sars-cov-2/36571/


Você sabia que o Pilates pode te ajudar na prevenção de doenças cardiovasculares?

A atividade pode ajudar a diminuir a pressão arterial elevada, gordura corporal e eliminar o estresse

 

As doenças que afetam o coração são a maior causa de mortalidade no Brasil, por isso, é importante se prevenir e cuidar da saúde, para evitar o risco de ser acometido por tais problemas.

 

Entre as causas das doenças cardiovasculares, estão os níveis de colesterol “ruim” no sangue, pressão alta, diabetes, tabagismo, obesidade e sedentarismo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a prática de exercícios físicos regulares pode reduzir em até 25% o risco de problemas cardíacos.

 

O Pilates é uma atividade que trabalha com diversos músculos, desenvolvendo flexibilidade, força, aumento do equilíbrio, condicionamento e ainda pode ajudar a diminuir a pressão arterial elevada, gordura corporal e estresse. Mas, associar uma alimentação saudável também é imprescindível para manter o corpo funcionando de maneira saudável.

 

Existem estudos que mostram a eficácia e os benefícios do Pilates para a saúde de cardiopatas, a partir de exercícios leves e moderados, que não exijam esforço físico extremo. “É indicado que o paciente que já possui alguma doença de cunho cardiovascular comece a exercer o Pilates assim que houver liberação clínica (junto à ajuda de um especialista na área de exercícios físicos), e aqueles que querem começar já a prática, que busquem um local apropriado e sigam, sem menos importância, orientações profissionais também”, reforça a professora Josi Araújo (CREFITO 245732), da Pure Pilates, maior rede de Pilates da América Latina.

 

Entretanto, lembre-se de procurar um profissional da área para auxiliá-lo na prática do Pilates e garantir que essa seja feita de maneira correta, isso vale tanto para pacientes já diagnosticados, quanto para aqueles que desejam prevenir a possibilidade de doenças cardíacas.



 

Fonte: Pure Pilates

www.purepilates.com.br/

Instagram: @purepilatesbr

Facebook: /pure.pilates.br


Reumatologia e Agosto Dourado: planejar o ato de amar

No mês dedicado a amamentação, especialista orienta sobre os cuidados necessários para que mulheres com doenças reumatológicas preparem-se para um dos atos mais importantes que ligam a mãe a um filho
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Agosto Dourado é dedicado à amamentação, porém quando as mulheres estão em tratamento para doenças reumatológicas, é necessário prever alguns cuidados com a saúde da mãe e do bebê.

Diferente do que muitos pensam, o reumatismo não acomete apenas idosos. Muitas doenças como a artrite reumatoide (AR), o Lúpus e a Espondilite Anquilosante ocorrem frequentemente em indivíduos jovens em idade fértil.

Ouvimos frequentemente, “o que esperar, quando se está esperando”, e o universo das pacientes com doença autoimune é muito maior, pois além de entender todo o processo, precisam planejar a gravidez para que esta ocorre sem complicações.

Para que as mulheres possam se programar e tenham informações corretas, a especialista da Cobra Reumatologia, Jaqueline Lopes, fala sobre os principais cuidados e medidas necessárias.

Cada doença tem um perfil diferente na gravidez. Enquanto o Lúpus tende a piorar durante a gestação ou no período pós-parto, a Artrite Reumatóide tende a não agravar e a maioria das mulheres sente-se melhor das dores relacionadas com a doença. Já nas Espondiloartrites os efeitos são variados, mas a tendência também é que melhore com a gestação e piore no período pós-parto.

Algumas medicações devem ser interrompidas antes da paciente engravidar e por vezes, é preciso esperar até 2 anos para se ter uma gravidez segura após a suspensão, como é o caso do leflunomida.

O risco em deixar a doença materna sem tratamento durante o período da gestação ou amamentação deve ser considerado versus o potencial efeito da droga sobre o feto/ recém-nascido.

De uma maneira geral podem ser usados nesse período: Antiinflamatórios não esteroidais (AINEs); Aspirina; Hidroxicloroquina; Sulfassalazina, Azatioprina e Ciclosporina. Em relação aos imunobiológicos alguns já foram liberados para uso durante toda gestação/amamentação enquanto outros são recomendados apenas por um período de tempo determinado.

Atenção: em relação aos Corticoides, depois da dose da medicação, deve ser descartado o leite materno nas primeiras quatro horas; Sulfassalazina (SSZ) pode ser usada apenas por mães de bebês saudáveis.

Contra-indicados: Metotrexato, Talidomida, Ciclofosfamida, Micofenolato Mofetila, Belimumabe e Leflunomida.

As pacientes reumáticas devem seguir as orientações de seus médicos para amamentar ou não o bebê. Tudo depende da medicação que cada uma toma.

Como o relógio da mulher dá as caras bem cedo, a doutora recomenda que mulheres acima de 35 anos com desejo de engravidar, dependendo da doença, sejam avaliadas por um especialista em fertilização e discutam a possibilidade de congelação de óvulos.

Atenção ao SAAF gestacional: a Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídeo (SAAF) é uma desordem autoimune, caracterizada pela presença de anticorpos antifosfolipídeos. As consequências na gravidez podem ser: trombose, parto prematuro e aborto espontâneo. é necessário um acompanhamento multiprofissional adequado e, assim, permite que de 70% a 80% das gestantes nessas condições venham a ter uma gravidez segura.

 


Dra. Jaqueline Lopes - Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Mato Grosso (2001), Jaqueline Barros Lopes tem residência em Clínica Médica (HUJM), residência em Reumatologia (FMUSP), é especialista pela Sociedade Brasileira de Reumatologia e tem Doutorado em Reumatologia com ênfase em Osteoporose (FMUSP). Hoje, é diretora cientifica da renomada Cobra Reumatologia.

 

EXCESSO NÃO É SUCESSO


"Burnout" é uma expressão inglesa empregada quando se refere a algo que deixou de funcionar por extremo cansaço, total desgaste. A síndrome atinge, de modo crescente, profissionais de distintas áreas, em especial no setor de serviços, no qual as mudanças emocionais são mais frequentes. Na pandemia, por exemplo, tem acontecido com os profissionais da saúde e os entregadores de aplicativos.

A Síndrome de Burnout tem presença de múltiplas faces, e se caracteriza pelo esgotamento emocional, queda na realização de tarefas e despertencimento do trabalhador. Esse problema de saúde, embora ainda não reconhecido como tal, também se apresenta ao final das carreiras. Qual a hora certa de parar?

Temos vários exemplos. Pelé, o rei do futebol, anunciou que se aposentaria várias vezes antes de parar de verdade. O político Jânio Quadros, em atitude metafórica anunciando o fim da sua trajetória, pendurou um par de chuteiras na porta do seu gabinete quando prefeito de São Paulo. Emerson Fittipaldi depois de campeão da Fórmula 1, o auge na carreira de um piloto, foi atuar (e vencendo) na Fórmula Indy e nas 500 milhas de Indianapolis.

Executivos e empresários sabem a melhor hora para não trabalhar mais? Amancio Ortega Gaona, empreendedor espanhol, presidente e fundador da Inditex, grupo de empresas proprietária de marcas como Zara, Massimo Dutti, Oysho etc., acaba de anunciar sua aposentadoria. Há 10 anos a Revista Forbes já classificava Ortega como a terceira pessoa mais rica do mundo, então com 46,6 bilhões de dólares. Trabalhou duro até os 85 anos, poderia ter parado muito antes.

Quando a ginasta norte-americana Simone Biles, com apenas 24 anos desistiu de concorrer nas finais da Olimpíada de Tóquio 2020, em um primeiro momento causou comoção em seu país e no resto do mundo. Na sequência, gerou reflexão. Biles desembarcou no Japão como a grande expectativa de medalhas de ouro, o que ela já havia ganho por quatro vezes em edições anteriores do evento. O que isso significa? Carregar nas costas o peso do Mundo - ela mesma respondeu.

Depois de um ano e meio de confinamento, home office, distância social impostos pela pandemia da Covid-19, a Síndrome de Burnout é uma realidade em todo o Planeta. Está causando conflitos, nas empresas e além delas. Porque foi uma chance - fora da "normalidade" de antes - das pessoas olharem para dentro delas mesmas, repensarem suas vidas, criarem novos entendimentos e perspectivas. Quem move o Mundo somos nós, e ao mesmo tempo somos movidos por ele.

Paulo Leminski, escritor, poeta, crítico literário e tradutor foi alguém que, com estilo único, fez poesia marcante sob influência do haikai japonês. Leminski sabia brincar com as palavras recriando outras, sempre de modo instigante, provocador como deve ser a escrita. É dele o poema "O barro", composto há décadas, que define o momento de desassossego que estamos experimentando: "o barro / toma a forma / que você quiser / você nem sabe / estar fazendo apenas / o que o barro quer".

As redes sociais e os reality shows propagam o quanto a vida pode ser artificial, vazia, simplória. Não há nessas referências conexão com a realidade. O dia a dia mesclou o pessoal e o profissional e, por isso, tem confundido muita gente no home office. Trabalhar muito, não significa trabalhar certo. Quantidade não implica em produtividade. Por fim, até a ideologia política se tornou mais uma estressante competição entre as pessoas - na família, vizinhança, faculdade, trabalho, clube e por aí vão os ambientes de conflito entre os radicais contra ou a favor.

O Mundo mergulhou em uma equivocada cultura do excesso. É hora de rever o passado e repensar o presente para desenhar o futuro sem pressões, com respeito a si e ao próximo. Respeito para com a tal de felicidade, que não pode ser ignorada porque é o maior objetivo de um vencedor - a mais cobiçada medalha de ouro na olimpíada da vida.




Ricardo Viveiros - jornalista, escritor e professor. Doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e autor de vários livros, entre os quais: "Justiça Seja Feita", "A Vila que Descobriu o Brasil" e "Pelos Caminhos da Educação".


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