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quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Projeto investiga a existência do fenômeno "Epidemia da Solidão" no Brasil

A pesquisa, que teve uma fase qualitativa e uma quantitativa, mapeou a solidão no país antes e durante a pandemia apontou, a partir de entrevistas com milhares de pessoas das 5 regiões do país, que temos um quadro semelhante ao que, em outros países, foi cha-mado de Epidemia da Solidão. A população jovem é o epicentro desta epidemia


Um grupo de estudos coordenado pelo escritor, consultor e palestrante em desenvolvimento socioambiental, Celso Grecco, acaba de lançar o Projeto Solidão, cujo objetivo é identificar em que grau a solidão vem afetando os brasileiros. Para isso foi realizada uma pesquisa de mercado com milhares de pessoas, em todo o país, a fim de reconhecer o problema; entender sua relevância e impacto na sociedade e na saúde pública; e desenvolver ações que despertem para a importância do tema, gerando debates que resultem em propostas efetivas com o intuito de enfrentar a questão.

O Projeto Solidão está intrinsecamente relacionado ao livro "A Decisão De Que O Mundo Precisa", escrito por Grecco. O coordenador do grupo de estudos lembra que ao pesquisar temas a fim de fundamentar a tese proposta em seu livro, - de que vivemos em mundo pouco solidário, onde o culto ao individualismo gera transtornos individuais e sociais - deparou-se com o conceito de "Epidemia da Solidão", uma espécie de isolamento social pré-pandemia a que as pessoas vinham se submetendo.

O conceito refere-se a uma série de pesquisas e estudos feitos em diversos países, apontando a solidão como consequência de um mundo cada vez mais acelerado e gerador de angústia e infelicidade. Ao se deparar com a "Epidemia da Solidão", Grecco acreditou se tratar de um problema que assolava também os brasileiros, mas a falta de estudos a respeito dificultava a confirmação. Para preencher essa lacuna, surgiu o Projeto Solidão. "A motivação da pesquisa foi aprofundar uma pista que começa a nos dar muitas explicações interessantes sobre o comportamento e sentimentos dos brasileiros", explica.


Os setes espectros da solidão

A primeira fase do projeto, qualitativa, consistiu em uma série de entrevistas com especialistas como psicólogos, psiquiatras e neurologistas, entre outros profissionais da saúde mental, além de pesquisa de dados secundários. Posteriormente foram feitas 60 entrevistas individuais com pessoas com idade entre 16 e 75 anos na cidade de São Paulo, moradoras de diferentes regiões e de distintas classes sociais.

Nesta etapa, o estudo identificou sete principais razões (as mais citadas) que trazem um estado de solidão, diferente de depressão, chamadas no projeto de espectros. São eles: ansiedade de performar; irrelevância; inadequação; abandono; redes sociais; tempo e espaço; e insegurança.

A ansiedade de performar está fortemente relacionada à autossuficiência como valor e à independência como sinônimo de liberdade. Nesse sentido, qualquer tipo de ajuda é considerada fraqueza. Durante a pesquisa, o grupo de estudos colheu depoimentos de um número expressivo de pessoas que afirmaram cobrar-se excessivamente para realizar objetivos e projetos pessoais.

A irrelevância é associada a um sentimento de invisibilidade e descartabilidade. "Pelos depoimentos colhidos, percebe-se que as pessoas se sentem frustradas por não se sentirem importantes, e diante da competitividade do mundo atual, não conseguirem deixar sua marca, sentindo-se frequentemente menos preparadas do que seus pares", constata o grupo de estudos responsável pelo Projeto Solidão.

A inadequação tem suas raízes no sentimento de não pertencimento a nenhum grupo determinado. Conforme as informações coletadas nas entrevistas, trata-se de um espectro fortemente ligado às minorias. "Se na esfera coletiva, fala-se tanto de pluralidade e diversidade, em âmbito pessoal constata-se que as pessoas ainda encontram dificuldades na afirmação de suas singularidades", afirma o grupo de estudos.

Sobre o abandono, entende-se que a demanda está relacionada, primeiramente, à ausência da presença calorosa. Isso é sentido mais fortemente pelos idosos, que se veem como um peso para a família. Em um segundo momento, depreende-se uma relação entre pais e filhos atravessada pela tecnologia. "É o que denominamos 'lar, tecno lar', em que cada membro da família tem seus olhos voltados apenas para a tela de seus equipamentos eletrônicos, o que precariza o cuidado parental”, explica o grupo de estudos.

As redes sociais por sua vez apresentam um caráter ambíguo, sendo compreendidas pelos entrevistados como fonte de sofrimento e de alívio. "Trata-se tanto de um lugar para se comparar e sofrer como de um lugar de procura e encontro", afirma o grupo de estudos.

Já o espectro tempo e espaço aparece vinculado à imposição do imediatismo, que imprime essa nova relação com o tempo. Conforme o estudo, os entrevistados sentem uma exigência constante por se atualizarem, a fim de acompanhar o ritmo imposto pelo mundo digital. Desse modo, encontram-se sempre em estado de alerta, pois necessitam estar prontos para dar respostas rápidas aos desafios impostos pela atualidade.

Por fim, a insegurança, que é impulsionada pelas ameaças de se viver em grandes centros urbanos. Os entrevistados constantemente relataram medo da violência (assaltos, agressões no trânsito etc.) e da vulnerabilidade institucional, ou seja, estarem desamparados no que diz respeito à saúde, à educação, ao emprego etc.


Segunda etapa - Pesquisa quantitativa

Com o tema mapeado e as principais razões da solidão identificadas, o grupo de estudos partiu para a pesquisa quantitativa, com o intuito de entender como a população brasileira era afetada por cada espectro. Para isso, entrevistaram, entre 6 de fevereiro e 12 de fevereiro deste ano, 2010 pessoas – com 18 anos ou mais - em todas as regiões do país.

A pesquisa levou em conta as seguintes variáveis: gênero, idade, estado civil, filhos, grau de escolaridade, região do país e classe social.

Os dados mais relevantes levantados pela pesquisa quantitativa apontaram a população jovem, na faixa etária dos 18 aos 34 anos, no epicentro dos espectros, notadamente no referente à ansiedade de performar. Quando os entrevistados foram questionados se costumavam se cobrar demais para realizar objetivos e projetos pessoais, a maior parte (43,5%) respondeu que sempre fazia isso e outros 35% responderam que às vezes. Somente 8,3% das pessoas que participaram do levantamento afirmaram nunca ter se pressionado por resultados. "A ansiedade de performar é o item que foi reconhecido como causador de maior angústia e, assim, mostra-se como a raiz dos demais espectros", diz o grupo de estudos.

Outro ponto importante da pesquisa quantitativa está relacionado ao espectro inadequação, destaque entre os mais jovens e menos escolarizados. Ao serem perguntados se sentiam que ninguém os entendia, 50,8% dos jovens disseram que “às vezes”, assim como 50,9% daqueles que estudaram até o 4º ano do ensino fundamental. "Com essas respostas, inferimos que a educação é importante instrumento de integração social, condição para participar das oportunidades da vida e a falta dela está ligada ao sentimento de invisibilidade social", afirma o grupo de estudos.

O espectro abandono também foi sentido com mais ênfase entre os entrevistados mais jovens. A porcentagem de respostas afirmativas em relação à pergunta "Você sente falta de companhia?", tendeu a ser maior entre os entrevistados de 18 anos a 24 anos e entre 25 anos e de 34 anos.  Na primeira faixa, mais de 60% disseram que às vezes se sentiam solitários. Na segunda faixa, mais de 50% declararam isso.

No quesito redes sociais, questionados se sentiam que suas vidas seguiam no modo automático, sem desafios ou objetivos, cerca de 50% dos entrevistados da classe C, D e E responderam "às vezes" ou "sempre. Entre os pesquisados da classe A, apenas 29% reagiram da mesma forma. Conforme o grupo de estudos, estes resultados parecem refletir um certo desalento que vem se formando nas classes com menos poder aquisitivo em decorrência da série de dificuldades enfrentadas no país.

Por fim, o espectro insegurança, cuja preocupação também encontrou eco mais forte entre os representantes das classes sociais menos abastadas. À pergunta "você se sente frequentemente inseguro na região onde vive?", aproximadamente 55% dos entrevistados das classes D e E responderam que "às vezes" e "sempre". Entre as pessoas da classe A, esse número caiu para cerca de 43%. "Fica evidente que a preocupação relativa à segurança física é maior entre as classes de menor poder aquisitivo", diz o grupo de estudos.


Pareamento da pesquisa durante a pandemia – Ansiedade aflorada

Mas no meio do caminho havia uma pandemia. Entre finalizar a segunda fase da pesquisa e lançar o estudo, o primeiro caso de uma pessoa infectada com o Covid-19 surgiu no Brasil. Após este, vários outros. Hoje são milhões que se contaminaram e mais de uma centena de milhares que morreram por conta da doença. Uma das principais formas encontradas para controlar a disseminação do vírus foi o isolamento e o confinamento social. O Brasil seguiu em parte essa conduta. Uma boa parcela da população do país abruptamente se viu obrigada a não sair de casa, temendo ser contaminada pelo novo coronavírus. 

Esta nova realidade de muitos brasileiros instigou o grupo de estudos responsável pelo Projeto Solidão a ir a campo novamente – a partir da segunda quinzena de março - entrevistar  as pessoas questionadas na fase da pesquisa quantitativa, para saber se a pandemia e o consequente isolamento haviam transformado drasticamente o modo como elas enxergavam a solidão. Grecco enfatiza que nessa etapa executou-se um pareamento - técnica que consiste em repetir os questionários para uma parcela dos entrevistados anteriormente - com a pesquisa anterior.

Ao todo, o grupo de estudo coletou 600 respostas e registrou pequenas diferenças entre o estado de espírito pré e pós-pandemia de alguns dos entrevistados. Na etapa anterior, haviam sido investigadas 17 variáveis que poderiam influenciar o fenômeno da solidão entre os brasileiros. Nela, 34,1% das pessoas afirmaram “às vezes” sentir essas variáveis, 33% “nunca” haviam experimentado, 21,1% “raramente” e 11,8% responderam “sempre” vivenciá-las. No levantamento realizado durante a pandemia, o número de entrevistados que respondeu “nunca” ter sentido as variáveis caiu para 28,5%, e aqueles que disseram “raramente” experimentar as variáveis que caracterizam a solidão aumentaram para 24%. O grupo constatou a migração de uma parcela à outra.

Essa fase do projeto ainda questionou os entrevistados sobre sentimentos relacionados ao estado de espírito durante o período de isolamento social. O objetivo foi saber qual o sentimento mais presente durante a pandemia. A ansiedade foi o item mais citado, por 54% da amostra, seguido por insegurança, medo e impotência, lembrados, respectivamente, por 47,3%, 36% e 27% dos entrevistados. “A solidão, que era o escopo principal desse projeto, aparece espontaneamente em 19,1% da amostra pesquisada”, afirma o grupo de estudos. Preocupação, tristeza e tédio também foram sentimentos que afloraram em decorrência do isolamento, segundo os respondentes.

Especificamente sobre a solidão um dado interessante. De acordo com o estudo, 42,3% dos entrevistados afirmaram sentir-se sozinhos mesmo antes da pandemia de Covid-19 e, desse montante, 21% enfatizaram que o sentimento se agravou em razão do isolamento. Dos demais respondentes, (57,7%) que disseram não ter o costume de sentirem-se solitários, 19,6% declararam que este sentimento surgiu com as medidas que restringiram o convívio social. “Tal resultado demonstra que, apesar das variáveis previstas no espectro das questões investigadas nas diferentes fases do projeto, o sentimento de solidão está presente em 40,6% da amostra”, afirma o grupo de estudos.


Brasil pós-pandemia

Muito antes da pandemia da Covid-19, a epidemia da solidão já era uma realidade. Em uma sociedade que louva a independência, o egoísmo e a competitividade e despreza a empatia e a solidariedade, a angústia, a tristeza e a infelicidade viram normas. 

De acordo com Grecco, ao mesmo tempo que o novo coronavírus intensificou nossos medos e angústias, despertou a preocupação pelos outros e um sentimento de comunidade há tempos adormecida. "A solidariedade passou a ser entendida como a tábua de salvação das nossas sociedades", diz.

Segundo o escritor, consultor e palestrante em desenvolvimento socioambiental, a presença da morte fez com que o brasileiro também descobrisse a empatia, que passou a ser exercitada em relação aos carteiros, entregadores dos aplicativos e todos aqueles que, em razão de suas atividades, propiciaram que grande parte da população permanecesse isolada. "Muitas pessoas que não tinham o hábito de praticar ações sociais começaram a confeccionar máscaras de proteção e distribuir alimentos, por exemplo. O que se arrecadou com doações nos primeiros dois meses de pandemia ficou muito acima do que se costuma angariar em um ano inteiro no país", afirma.

Grecco indaga, porém, se a onda solidária se tornará perene ou se se desmanchará assim que a curva de casos de Covid-19 achatar no Brasil. O escritor diz querer um "outro normal".  "Não era normal o que vivíamos enquanto sociedade antes da pandemia e agora temos uma chance de mudarmos. É a vida dizendo para que nossos valores sejam ressignificados. A curva dessa consciência e solidariedade é a única que não podemos deixar achatar", declara.

Grecco pondera que, por outro lado, a desconfiança pode se tornar a nova tônica social. "Quem conseguirá voltar à rotina antiga, desde tomar aviões até dar um simples aperto de mão? Por conta da postura das pessoas e dos governantes nessa pandemia, qual será o grau de confiança no outro e nas instituições?", indaga. Há uma grande chance de as pessoas terem seu instinto de sobrevivência aflorado, tornando-se ainda mais fechadas e distantes.

A outra opção, segundo o palestrante em desenvolvimento socioambiental, é entender que foi justamente esse modelo de vida, centrado na autossuficiência e no individualismo, o que provavelmente, nos levará à próxima pandemia. Talvez, mais letal.

 



Celso Grecco - Atuando há vinte anos como consultor e palestrante em desenvolvimento socioambiental, Celso Grecco é Fellow Ashoka, Sênior Fellow Synergos e coautor do livro "Financing the Future: Innovative Funding Mechanisms at Work" (Editora Terra Media, Berlim, 2007). Criador da primeira Bolsa de Valores Sociais (BVS) do mundo em 2003 para a então Bovespa (hoje B3) no Brasil, adotada como estudo de caso e recomendada para as demais Bolsas de Valores do mundo pela ONU. Em 2008, recebeu o prêmio Vision Awards em Berlim entregue pelo ganhador do Prêmio Nobel da Paz, o Professor Muhammad Yunus, e, em dezembro do mesmo ano, foi homenageado na ONU em Nova York. Citado no livro "Empreendedores sociais: o exemplo incomum das pessoas que estão transformando o mundo" (Editora Campus, 2009) teve também o perfil retratado nas revistas Newsweek (Estados Unidos) e Der Spiegel (Alemanha). Atuou como consultor de branding para o Charity Bank, primeiro banco sem fins lucrativos do mundo, com sede na Inglaterra. Em 2015, foi um dos finalistas, na China, do Prêmio Olga Alexeeva, outorgado pela Alliance Magazine da Inglaterra, que reconhece pessoas com contribuições relevantes ao setor social de países em desenvolvimento.

 

A abordagem cinematográfica dos Transtornos de Personalidade

Para o Dr. Sivan Mauer, psiquiatra especialista em transtornos de humor, atualmente é possível olhar os transtornos de personalidade através dos conceitos de temperamentos afetivos

 


A abordagem visual dos filmes é um poderoso instrumento utilizado para elucidar de forma didática a realidade dos transtornos mentais e demais problemas de saúde, atuando desde o reconhecimento das doenças até sua aceitação social. Contudo, o mundo do “show business” peca na forma certa de retratar esses distúrbios, associando-os sempre a loucos ou assassinos que, muitas vezes, conseguem alternar suas personalidades apenas com a força do pensamento. 

“Isso estigmatiza os portadores de transtornos mentais, vinculando-os a um comportamento violento, irracional e perigoso para a sociedade”, aponta Dr. Sivan Mauer, médico psiquiatra especialista em transtornos de humor. “Em geral, esses indivíduos não fazem mal às pessoas a seu redor, mas sim a si próprios”, complementa. De acordo com o especialista, atualmente é possível olhar os transtornos de personalidade através dos conceitos de temperamentos afetivos, ‘re’descobertos recentemente pela psiquiatria 

Os conceitos de temperamentos podem ser separados em três tipos básicos: Hipertimia, que contempla sintomas leves de mania, como aumento da energia, necessidade diminuída de sono, libido exacerbada, sociabilidade, extroversão e senso de humor; Distimia, que engloba sintomas depressivos leves, como baixa energia, maior necessidade de sono, libido reduzida, ansiedade social, introversão, baixa produtividade no trabalho; e Ciclotimia, que apresenta constantes alternâncias entre sintomas leves de depressão e mania, como altos e baixos no humor e nos níveis de atividade. 

Os três conceitos são baseados na construção afetiva-comportamental do paciente, de forte origem genética. “Parentes próximos de pacientes com transtorno bipolar, por exemplo, têm um maior grau de desregulação temperamental, podendo apresentar transtornos de personalidade ao longo da vida”, explica. Segundo o especialista, pesquisas identificaram uma prevalência mais alta de temperamento ciclotímico em pacientes com histórico familiar da doença, principalmente em parentes de primeiro grau de pacientes com doença de transtorno bipolar. 

Para o psiquiatra, o grande problema ao redor dos transtornos de humor é negligência no tratamento. “Ao ignorar os sintomas particulares de cada tipo de transtorno, os antidepressivos são usados ​​em excesso, com menos eficácia e consequências prejudiciais”, aponta o especialista. “O melhor a se fazer é direcionar o paciente para uma avaliação com um médico psiquiatria a fim de entender a melhor alternativa terapêutica e, consequentemente, aumentar as chances de sucesso no tratamento”, completa o Dr. Sivan Mauer.


7 dicas para quem quer repensar a vida

Gisele Medeiros, autora do livro Ser Humana e especialista em Psicologia Positiva e Ciência do Bem Estar, aponta como lidar com dúvidas sobre propósito e felicidade


Final de ano vem aí. É hora de colocar tudo na balança, avaliar se as metas foram cumpridas e repensar a vida - ainda mais em um ano desafiador como 2020, em que lidamos  com pandemia, perdas e outras complexidades. Com isso, questionamentos sobre propósito, felicidade e sentido da vida ganham holofotes. Gisele Medeiros, autora e especialista em Psicologia Positiva e Ciência do Bem Estar pela PUC, destaca que a maturidade tende a trazer mais clareza acerca das expectativas sobre a vida, a carreira e os relacionamentos, porém, mesmo assim, é necessário um plano de ação para uma boa tomada de decisões.

“Existem períodos da vida em que temos crises de identidade e ações externas não favorecem mais soluções. É como se precisássemos fazer uma ‘faxina na alma’. Temos que descobrir nosso papel no mundo, dar uma reviravolta e ter coragem para recomeçar. E é normal surgirem muitas dúvidas de por onde começar”, comenta Gisele, autora do livro a Ser Humana, que está na segunda edição e pode ser adquirido em formato impresso no site https://www.thebravenewlife.com/ser-humana ou em versão digital no Kindle ou loja da Amazon.

Pensando nisso, Gisele organizou 7 sugestões para quem está em meio a estes pensamentos, compartilhando um pouco de sua experiência, ao se mudar há dois anos com dois filhos pequenos e o marido para Holanda. Ela reinventou sua relação entre a vida e o tempo, encarou um lifestyle minimalista e mudou de profissão. 

 

Veja a seguir as 7 dicas da especialista para repensar a vida:

 

1. Dê uma trégua para o propósito

Estamos vivendo uma epidemia de propósito. Nossa meta passou a ser desvendar a charada, encontrá-lo, e junto dele nossa melhor versão. Alguns equívocos comuns contudo nos tiram a paz quando falamos sobre este tema, entre eles, que o propósito é uma coisa que precisa ser encontrado. Porém, ele é algo que construímos ao longo do caminho, portanto, não é um momento “Eureca”.

Ele também não é uma coisa única ou necessariamente relacionado ao trabalho. Somos seres compostos de várias partes, então nada mais natural do que termos um propósito, por exemplo, relacionado à saúde, outro para a criação dos filhos, um propósito relacionado ao trabalho, e assim por diante. 

Por fim, ele não é para sempre. Nossos objetivos mudam ao longo da vida, na medida em que mudam os desafios e a maturidade. Nossos propósitos se transformam conosco e a parte boa é que podemos descobri-los em coisas muito simples, ainda que extremamente importantes para cada um nós. 


2. Faça Pequenos experimentos

Não tente mudar completamente sua vida com um plano numa tarde de domingo ou tome decisões em momentos de crise. Tente, ao invés disso, comprometer-se com um único experimento. As mudanças mais difíceis não são normalmente desafios técnicos, mas adaptativos. 

Pense em algo que possa ser transformado em sua rotina e que tenha significado somente para você e então, veja como se sente em relação àquela atividade. Tente experimentar algo em pequenas doses, como um estudioso numa pesquisa de campo. Não fique apenas na imaginação, experimente.


3. Conecte os pontos

Faça uma linha do tempo com as coisas que você gostava de fazer quando era criança, com os cursos que fez, o que aprendeu e o desenho pouco usual que sua história traçou pelo caminho. 

Esta é a sua originalidade. Uma mudança radical de vida não significa necessariamente um rompimento brusco, muitas vezes pequenas adaptações funcionam como pecinhas de dominó empilhadas e empurrando perfeitamente umas às outras.


4. Saia do armário

As capacidades são necessidades. Elas clamam para serem usadas. Como pequenas entidades dentro da gente, que precisam ser utilizadas, caso contrário, definham. Precisamos colocar pra fora o que fomos programados (ou agraciados) para fazer. 

Se você parar por 15 minutos para pensar nos elogios que normalmente recebe dos amigos certamente conseguirá desenhar uma lista com 4 ou 5 coisas em que se destaca. Aquele tipo de coisa com que as pessoas normalmente te pedem ajuda. Aquilo que parece difícil para alguém mas que você faz com naturalidade. Aí pode estar o começo de uma linda jornada de descoberta e autoconhecimento, mas acima de tudo, um presente seu para o mundo.


5. Permita-se dar um tempo

Vivemos numa era de startups, onde o ritmo imposto é cada vez mais alucinante e termos como “exponencial” e “fail fast” entraram em nosso vocabulário para tratar de temas que definitivamente não condizem com velocidade. Transformação demanda tempo, embora nossa percepção de tempo seja linear, horizontal. É como se andássemos numa linha reta, sem olhar para os lados, em direção ao nosso futuro. Porém, o tempo não precisa ser previsto ou antecipado, precisa ser sentido. É um processo, tem seu próprio ritmo. Precisamos de um estado de espírito livre e disponível para percebê-lo. 

Ou seja, para todos os assuntos em que a mente reverbera a pergunta do "quando" - vou achar aquela pessoa, vou conseguir aquele emprego, vou me mudar desse lugar - vem a resposta como uma onda. Acredite. Não tente controlar. Vai acontecer e na hora certa.


6. Apenas comece

Em quase todas as entrevistas que faço de mulheres em carreiras criativas, em diversas partes do mundo, percebo um padrão comum: elas não mudaram suas carreiras ou sua vida a partir de um plano elaborado e condições perfeitamente adequadas. Elas simplesmente começaram. Havia um sonho ou uma habilidade, que em 99% das iniciativas começou pequena. Numa cozinha, numa escrivaninha ou num computador.

Com isso não quero dizer que não é necessário se preparar técnica, financeiramente e até mesmo emocionalmente para as mudanças, mas que é preciso dar um primeiro passo. É preciso se expor e correr algum risco. É preciso elaborar algo e ofertar para que alguém possa dar um feedback. 


7. Seja gentil e abasteça-se do que é bom

Ninguém gosta de falhas e decepções, mas se há uma certeza é a de que em algum momento vamos errar, e muito. Por isso uma dose extra de resiliência e gentileza será necessário para não jogar a toalha depois do primeiro tombo. Um pouco de stress e senso de inadequação é até positivo para nos impulsionar, mas é preciso saber dosar o descontamento. 

Na hora em que a “coisa apertar”, saia para uma corrida, escreva, ligue para um amigo ou quem sabe apenas descanse. Dê pequenos presentes para o seu “eu” de hoje e para aquele que você deseja encontrar lá na frente. Seja gentil com você mesmo enquanto estiver aprendendo sua nova versão.


O livro Ser Humana está a venda pelo site https://www.thebravenewlife.com/ser-humana e também disponível no Kindle. Os exemplares vêm acompanhados de cartões para presentes com frases como “Você é minha Ser Humana preferida” e são uma boa alternativa de presente neste Natal para mulheres que precisam de um tempo para reconsiderar tudo aquilo que traz felicidade e que por algum tempo foi ignorado: carreira, relacionamentos, tempo, fé e tudo mais que as faz valentes e imperfeitas.

 



Gisele Medeiros - publicitária e escritora. Tem especialização em Marketing pela ESPM, Gestão de Negócios pela FGV e Psicologia Positiva e ciência do bem-estar e autorrealização pela PUC. Dedica-se a criação de conteúdos diversos, que vão desde a comunicação à felicidade de uma vida mais simples. Em suas produções destacam-se especialmente os temas relacionados ao feminino e ao incentivo de um experienciar criativo da carreira por parte das mulheres. Hoje vive com seu marido e dois filhos na Holanda. Seus relatos sobre este novo tempo podem ser vistos também no blog https://www.thebravenewlife.com/

 

O meu, o seu e os nossos: como lidar com filhos de outros relacionamentos?

Saiba como evitar conflitos dentro de casa e manter uma boa relação em família


Uma das principais dificuldades na vida a dois é saber como proceder quando o parceiro já possui filhos de outro relacionamento. É muito comum não entender o que é permitido, como exercer autoridade e manter uma boa relação quando a criação se refere aos membros que possuem grande importância na vida do outro, mas sem laço de sangue consigo mesmo. Com a dificuldade de se adaptar a essa situação, a maioria dos pais e mães possuem dúvidas sobre como podem evitar conflitos. O problema maior é que a falta de conhecimento pode gerar ainda mais desentendimentos.

 

Thiago Porto, hipnoterapeuta e especialista na recuperação de casais, explica que todos os lados são afetados quando algo do tipo ocorre. “Tanto para os pais, como para os filhos, o início de um relacionamento amoroso é uma situação nova que precisa de tempo para adaptação e entendimento. Dependendo da faixa etária de cada um dos envolvidos, pode haver um tempo maior para que tudo se resolva”, comenta.

 

Portanto, como em qualquer tipo de relação, o primeiro passo para evitar conflitos é estabelecer o diálogo. “É preciso ouvir todos os lados. Principalmente, em um momento conturbado como o atual, é fundamental conversar e escutar os filhos e o parceiro para entender o que está motivando os desentendimentos”, destaca.

 

Via de mão dupla 

 

Thiago comenta que um dos principais erros é ouvir apenas um lado. “Em algumas situações pode parecer que os filhos estão com ciúmes e fazendo birra e em outras o problema pode parecer partir apenas do parceiro. Porém, é preciso frisar que ambos os lados devem ser ouvidos para entender realmente se apenas um lado está motivando os conflitos”, completa.

O diálogo também é importante para entender a personalidade de cada um e não forçar atitudes desagradáveis aos olhos do outro. “Às vezes, o modo de criação e os princípios de cada pessoa em um relacionamento são diferentes. O que parece simples para um é mais complicado para outros e isso pode refletir em como algumas atitudes dos filhos serão interpretadas. É importante comunicar ao parceiro como o seu filho gosta de ser tratado. Ele gosta de uma linguagem mais carinhosa? Ou prefere um tom mais sério com pessoas que não está acostumado? Tudo isso é importante para construir um relacionamento saudável”, esclarece. 


Como o parceiro deve proceder em caso de conflitos?

E, quando se trata da educação de crianças, os pais sempre devem ter autoridade para lidar com questões relacionadas ao comportamento. Exatamente por isso, é importante conversar com o parceiro para saber até onde ele tem autonomia para lidar com comportamentos que ache inadequados. “A criança ou adolescente precisa respeitar os pais acima de tudo. Dependendo da situação, o parceiro não pode retirar a autoridade do pai ou da mãe. Por isso, é importante estabelecer limites. Avaliem juntos qual a melhor opção para o relacionamento a dois e o relacionamento com os filhos”, diz.

 

Quando buscar ajuda?

O hipnoterapeuta destaca que, em casos difíceis de resolver, o melhor caminho é a terapia em conjunto para entender as motivações e avaliar o melhor caminho de desenvolver um relacionamento saudável entre todos. “Nesse ponto, é possível perceber de forma mais transparente o que motiva os conflitos. E, assim, será mais fácil encontrar a resolução para tais problemas”, complementa.

 



Fonte: Thiago Porto, Hipnoterapeuta, Professor De Hipnose, Master Practitioner em PNL, Coach e Palestrante. É certificado pela OHTC – OMNI Hypnosis Training Center, membro da NGH – National Guild of Hypnosis e membro da IBHEC – International Board Of Hypnosis Education & Certification. Especialista em recuperação de casais


Em que tempo você vive?

 



Será que você reconhece o valor da palavra "quando" e como mudar seu vocabulário e sua atitude podem fazer de sua vida algo muito mais próspero?


Especialista em autoconhecimento e espiritualidade, Andreza Carício explica porque a palavra “quando” pode ter o poder certo para impulsionar a sua vida para o sucesso. Segundo a autora do best-seller, Todo Santo Dia, muitas pessoas vivem na expectativa do futuro ou na experiência do passado. Como exemplo alguém que pensa que só será feliz quando perder peso ou que lamenta por algo que já aconteceu.

O grande problema de se posicionar nesse tempo é que o hoje acaba por se anular. Nunca há uma atitude proativa para mudanças, pois o pensamento está sempre no quando, dando lugar a emoções como ansiedade, medo e tristeza. Para mudar a chave da direção espiritual e emocional, Andreza busca refletir com a palavra da Bíblia em Êxodo 16:4. Disse, porém, o Senhor a Moisés: "Eu lhes farei chover pão do céu. O povo sairá e recolherá diariamente a porção necessária para aquele dia. Com isso os porei à prova para ver se seguem ou não as minhas instruções”.

“Com essa palavra eu entendo que existe em cada dia o que para ele é necessário. Se eu viver hoje com a cabeça no amanhã não conseguirei desfrutar as oportunidades e belezas que Deus me traz. Perdemos a oportunidade que aquele sonho que tanto almejamos poderá ser construído com o hoje! Com o agora.” - Andreza Carício

Para alcançar essa consciência do aqui e agora, Andreza recomenda três passos importantes:

  • Ao acordar pergunte-se quais são suas prioridades para aquele dia. Defina o que é circunstancial, é bom, mas não é urgente. Coloque cada coisa em seu lugar. Não corra atrás do tempo. Construa o seu dia de forma que consiga se conectar a ele.
  • Lembre-se da passagem em que Deus diz a Moises “o povo sairá e recolherá a porção necessária para aquele dia” e reflita se você tem feito o que é deste dia ou tem deixado desafios tomarem conta do seu tempo. Tem deixado coisas para depois, postergado.
  • Uma das coisas mais difíceis da vida é o desapego, sei que não é fácil, mas é preciso tentar. Viver no passado retrai suas energias, não te deixa caminhar nem agir. Tenha fé em primeiro lugar, principalmente para desapegar de seus medos, ansiedades, desculpas e histórias para evoluir, pois para se tornar um vencedor é preciso que você viva todo santo dia o tempo presente. Ao fazer isso terá aprendido a lição de Deus à Moises.

 



Andreza Carício - Palestrante, tabeliã e CEO da marca Todo Santo Dia. Especializou-se em autoconhecimento com diversos cursos consistentes como Tony Robbins - Business MASTERY (Las Vegas e Amsterdã); Brendon Burchard – Curso de autoconfiança; ativismo quântico com o cientista indiano Dr. Amit Goswami, astro do filme “Quem somos nós”; PNL e MASTER PNL no Instituto INEXH; e Napoleon Hill – Master Mind. Ainda, tem formações importantes para quem quer estender os conhecimentos nessa área como formação Internacional-Constelação Sistêmica Familiar e Pensamento Sistêmico com Cornelia Bonenkamp; formação de treinadora de alto impacto com Massaru Ogata; e formação internacional em coaching na SLAC professional e self coaching/ business e executive coaching.

 

CONTRATO DE NAMORADA

Quando alcançamos certa idade mudamos nossos interesses. Um animalzinho no fundo do cérebro nos desperta a prestar atenção no sexo oposto. Nas civilizações primitivas, a chegada à maturidade era recepcionada por um ritual de passagem. Nesses cerimoniais, havia a despedida de um modo de estar na vida e a iniciação em outra maneira de vivê-la. Em homens, os sinais mais perceptíveis do estar pronto são voz grave e pelos; em mulheres, menstruação e seios.

Nas organizações tribais, esse trânsito era rápido. Num dia o sujeito era criança, no outro, era feito adulto. A aproximação natural dos corpos decorria unicamente da sua condição bioquímica. Os rituais de acasalamento, se existissem, eram breves, e logo se partia para os “finalmentes”, que podem ser traduzidos por procriação. Quando havia “entretantos”, eram na forma de negociações de clãs, por trocas de mulheres entre grupos. Os que iriam compartilhar o leito mal se conheciam.

O fazer a corte, aproximar-se da família, comprometer-se, é coisa recente. A caminhada da namoração. O próprio vocábulo é coisa moderna, surgiu no século 18, certamente auspiciando o Romantismo, movimento intelectual e artístico de forte impacto na cultura ocidental, renovador dos princípios estéticos que vigiam. Passou-se a prestigiar o sentimento sobre a razão, a subjetividade sobre as regras sociais, a imaginação sobre a conformidade. Veio o empenho em inspirar amor.


Na internet, significados dispares: “Namorar é estar nas nuvens, deliciando-se com o olhar do ser amado... Namorar é ter a alma enfeitada de laços e fitas...” (ilove.terra.com.br); “O namoro é uma instituição de relacionamento interpessoal [...] que tem como função a experimentação sentimental e/ou sexual entre duas pessoas...” (pt.wikipedia.org/wiki/Namoro). A primeira é definição que os apaixonados fazem do próprio estado de espírito; a segunda, uma visão sociológica.
 
O mais das pessoas está gostosamente perdido em devaneios, ou já teve seus prazeres e amarguras e olha tudo com pretenso viés racional. Aliás, a dicotomia emocional versus racional é tolice há muito revogada por Espinosa. Importa, enfim, dizer que o ato de namorar foi convertido em valor social; muita gente sente-se mal se não tem um par para ostentação. Não ter alguém para levar à praça, ao shopping, ou ao restaurante é estar em deficit, consigo e com o mundo.


Bem, é ato pouco correto, mas, como é caso acontecido, permitam-me contá-lo. Um conhecido meu vivia esta situação. Não era feio, não era tolo. Tinha algum recurso, alguma formação, sabia se apresentar. O que lhe parecia mais importante, todavia, não dava certo: não conseguia “arranjar” uma namorada. A situação foi engraçada, virou piada, causou pena. Os amigos armaram situações, apresentaram interessadas. Nada. Os esforços convertiam-se em constrangimento.

Alguém lhe apresentou um meio dos tempos atuais: www.arranjeumnamoro. Alguma garantia e prêmios aos participantes. Tentou honestamente. Não deu. Desânimo. Já não encarava os outros. Já não se encarava. Rasgos depressivos. Até que veio a sugestão: contratasse uma. Não seria comum, mas não era de todo mal. Ninguém saberia. Contratou. Foram à praça, ao shopping, ao restaurante. O caso está sendo resolvido no Fórum do Trabalho. Processo pendente de solução.

 


Léo Rosa de Andrade

Doutor em Direito pela UFSC.

Psicanalista e Jornalista.

 

55% das brasileiras alteraram seu planejamento familiar durante a pandemia, diz estudo

As famílias que perderam renda, são as que mais mudaram seus planejamentos familiares.


A pandemia do coronavírus trouxe incertezas para muitos lares brasileiros. As famílias que antes tinham o sonho de engravidar pela primeira vez ou novamente, tiveram que mudar um pouco seus planos. Já para outras que dependem do sistema de saúde, o acesso aos métodos contraceptivos ficou mais difícil, o que aumenta o número de gestações não planejadas. 

E a Famivita, em seu mais recente estudo constatou que 55% dos brasileiros tiveram que rever seus planejamentos familiares desde que a pandemia começou. Essa alteração do planejamento afetou principalmente as famílias que perderam renda durante a pandemia, 65% delas. Além disso, as grávidas, estão entre as que mais alteraram seus planejamentos, com 60% das participantes.

Outro dado importante é que, entre o público do site da Famivita, que é em sua grande maioria composto por grávidas e mulheres que estão tentando engravidar, pelo menos 46% delas não pretendem engravidar nos próximos 12 meses.

Já os dados por estado demonstram que o Tocantins é o estado em que mais pessoas alteraram o planejamento familiar, com 65% da população. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, 56% das famílias mudaram seus planejamentos. Já no Rio de Janeiro e em São Paulo, pelo menos 54% dos participantes passaram por essas alterações. O estado que menos teve alterações foi o Acre, com somente 35% da população.

 

E-book gratuito ensina como alavancar o autoconhecimento e autoestima

Publicação já conta com mais de 11 mil downloads


O e-book da coach Fernanda Chaud, “Yourocket Autoestima – um guia prático para alavancar o autoconhecimento e autoestima mesmo que não saiba por onde começar”, com 98 páginas já conta atualmente 11 mil downloads. O objetivo com o e-book “não é ganhar dinheiro", mas sim contribuir com pessoas, com um conteúdo de altíssima qualidade e sem qualquer custo, por isso ele é um verdadeiro presente para quem busca autoconhecimento e autodesenvolvimento.

Com uma linguagem aberta e sem clichês, Fernanda conquista cada vez mais o público em suas redes sociais.

“O que me move é ensinar pessoas a se conectarem com elas mesmas, eliminar pensamentos, sentimentos e comportamentos que não funcionam mais e substituir por estratégias mentais mais eficientes para o crescimento pessoal e profissional. Meu grande objetivo é ajudar as pessoas a saírem da confusão emocional, e tornarem-se mais fortes emocionalmente.” Assim se descreve, Fernanda Chaud, Empresária, Escritora, Professora e Master Coach especialista em comportamento humano, Inteligência Emocional, Psicologia Positiva aplicada ao Coaching e PNL.

Com mais de 20 mil horas em prática em alta performance pessoal e profissional em mais de 7 anos atuando na área, Fernanda possui em seu portfólio uma vasta experiência. Ao longo de anos de experiência com autoconhecimento, ela já atendeu mais de 1400 coachees individuais, além de formar mais de 2 mil alunos como instrutora oficia da Sociedade Brasileira de Coaching. Na área corporativa já passou por grandes empresas como Mercedes Benz, Grupo Paraná, Ducati do Brasil entre outras, etc.

Estudou arquitetura nos cinco anos em que morou nos Estados Unidos. Lá começou suas primeiras formações em Inteligência Emocional e conheceu Tony Robbins, referência mundial no assunto e que hoje Fernanda tem a honra de fazer parte de sua equipe de apoio nos treinamentos.

Nessa trajetória de autoconhecimento, ainda morando nos Estados Unidos, ela conheceu e pode estudar a fundo mais de dez religiões. Atualmente sua religião é o amor, e seu meio de transmissão é através de sua ORG  “A casa da mudança”, com reuniões semanais que atraem pessoas que buscam pela evolução espiritual sem fins lucrativos.

Com toda essa bagagem e trajetória, Fernanda dá aulas e desenvolve pessoas diariamente. O seu objetivo é impactar ainda mais pessoas ao longo da sua vida e dar uma verdadeira contribuição para a Sociedade e ajudar a criar um mundo melhor para os seus futuros filhos.

 

Para baixar o e-book, acesse www.fernandachaud.com.br

 

Dia do Homem, novembro azul e as consequências do medo masculino de ir ao médico

 Tabu com o próprio corpo, medo de doenças e cultura machista afastam os homens dos cuidados com a saúde, mas novas terapias para o câncer de próstata ajudam a manter qualidade de vida

 

Sete em cada dez homens só vão ao médico por influência da mulher ou dos filhos, segundo dados do Ministério da Saúde. Enquanto 80% das mulheres faz acompanhamento frequente com o ginecologista, mais de 50% dos homens jamais consultou um urologista, segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). 

Estudo realizado por pesquisadores do Instituto Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz, com homens com vários níveis de escolaridade mostrou que, além de amarras culturais, como o preconceito com práticas de autocuidado, o medo de descobrir uma doença grave e a vergonha de expor o corpo são fatores que mantém os homens longe dos consultórios.

 

Medo de ir ao médico atrasa diagnóstico de câncer de próstata e outras doenças

 “O diagnóstico tardio muitas vezes nos impossibilita de oferecer um tratamento adequado porque os sintomas da doença são mais difíceis de manejar do que alguns efeitos colaterais de tratamentos. Então é preciso haver conscientização para tentar diminuir o medo do homem e fazer com que ele entenda que a terapia hoje é adaptada para a pessoa e temos como fazer isso ficar mais tolerável sem perder a sua eficácia ou a qualidade de vida”, diz a médica oncologista Danielle Laperche. 

Segundo estimativas do Inca, em 2020 serão mais de 65 mil casos de câncer de próstata no Brasil e o Novembro Azul busca incentivar a prevenção. Um a cada seis homens irão desenvolver câncer de próstata ao longo da vida e o diagnóstico precoce aumenta muito as chances de cura da doença. Hoje, a prescrição do tratamento depende do estágio, do histórico, do tipo e agressividade do tumor.

 

Novos tratamentos mantém qualidade de vida

O câncer de próstata é um dos tipos de tumor para os quais houve maior desenvolvimento de novas drogas e novas terapias nos últimos anos. “É importante a população saber dessas possiblidades até para não ter tanto medo de enfrentar o diagnóstico e o tratamento da doença porque conseguimos boa manutenção da qualidade de vida”, afirma a oncologista. 

 “Dependendo do estágio, avaliamos caso a caso e adequamos a melhor opção de cada tratamento de acordo com cada histórico, tipo e agressividade do tumor e extensão da doença; se está localizado na próstata ou se já saiu da próstata. Isso vai ser adequado de acordo com cada tipo de paciente, levando em conta suas crenças e medos em relação à cada terapia. Mas a verdade é que temos como fazer muitos ajustes e adaptações para o tratamento se tornar o mais adequado possível porque tratamos o paciente não a doença somente”, explica Laperche.

Além da necessidade de abordagem cirúrgica que será avaliada em cada caso, o médico pode avaliar também a necessidade de radioterapia localizada na próstata ou lançar mão de tratamentos que cada vez menos envolvem quimioterapia. As terapias hormonais com medicações orais têm apresentado resultados excelentes em função das novas drogas já aprovadas pela Anvisa.

 

Fatores de riscos

Os fatores de risco são os mesmos para outros tipos de tumores: sedentarismo, obesidade, alimentação inadequada, dietas ricas em gordura, carnes vermelhas e carboidratos. Além disso, idade acima de 60 anos, histórico familiar e homens negros tem mais chances de desenvolver a doença mais agressiva. 

“O ideal é fazer exames de rastreamento, como o toque retal, feito pelo urologista, e o exame de sangue do marcador PSA. Em casos suspeitos é realizada a biópsia. Sintomas como a piora da força do jato urinário, dificuldade para urinar, necessidade de urinar muitas vezes em um período de tempo curto, acordar a noite para urinar, sangramento ou obstrução do canal aparecem quando a doença está avançada”, finaliza Laperche.


Casos de bruxismo aumentam na pandemia e no período eleitoral

Dentista Gustavo Belligoli destaca que é evidente o aumento dos casos no cenário atual devido ao estresse, às mudanças de hábitos e à ansiedade.


 

Eleições presidenciais nos Estados Unidos, eleições municipais no Brasil, crise sanitária e econômica: um cenário perfeito para criar tensão na população e aumentar os casos de bruxismo. O alerta é do dentista Gustavo Belligoli. “O aumento recente dos casos de bruxismo na população parece ter relação direta com  esse momento. A tensão do dia a dia se manifesta no ranger e no apertar dos dentes principalmente durante o sono e até mesmo durante o dia em alguns casos”, alerta o cirurgião dentista.

 

O bruxismo é uma desordem caracterizada pela tensão da região da mandíbula. Durante o sono, o paciente aperta com força os dentes, o que provoca dores musculares e desgaste dos dentes. Belligoli alerta que além do desconforto e dos problemas estéticos causados, já que os dentes podem ficar desgastados e com tamanho modificados, é possível ter consequências piores, como a perda óssea. “O bruxismo tem raízes genéticas, mas situações de estresse e ansiedade podem ser um catalisador”, destaca. O bruxismo acomete cerca de 15% das crianças e tende a diminuir conforme o passar dos anos, entretanto, não existe idade para se manifestar. “Apesar de ser mais frequente no adulto, crianças também podem ter bruxismo”. É  um problema que precisa ser levado a sério sempre, portanto, o diagnóstico com um profissional é crucial em qualquer idade”, destaca.


Novo tratamento para refluxo chega ao Brasil

Implantado por meio de procedimento endoscópico, o novo tratamento é indicado especialmente para pacientes que não coseguem resolver o problema apenas com remédios 


A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo tratamento para a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) para os brasileiros.Minimamente invasivo, o tratamento é feito por meio do dispositivo médico Esophyx, uma tecnologia desenvolvida pela empresa americana  Endogastric Solutions e que desde 2007 já tratou mais de 22 mil pacientes nos Estados Unidos e na Europa. A doença que atinge de forma crônica cerca de 30% da população adulta do Brasil, segundo dados da Federação Brasileira de Gastroenterologia.

O dispositivo Esophyx é implantado no paciente por meio de uma cirurgia endoscópica que é minimamente invasiva. O tratamento é voltado especialmente para os cerca de 40% dos pacientes com DRGE crônica e que não conseguem resolver o problema somente com medicamento. No Brasil, a novidade será distribuída com exclusividade pela empresa goiana Top Med. Saiba mais em centroderefluxobr.com.


Campanha para conscientização sobre Espondilite Anquilosante alerta o público sobre a importância para o rápido diagnóstico da doenç


Ex-jogador da seleção brasileira de vôlei masculino e portador da doença, Daniel Gramignoli, é embaixador da campanha e conta a sua experiência na trajetória para um rápido diagnóstico

 

Para trazer mais luz a doença,  a campanha “Menos dor nas costas, mais vida”  tem como objetivo alertar sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoce da EA, começou dia 09 e vai até 18 de novembro. É uma iniciativa da Novartis com o apoio da Sociedade Brasileira de Reumatologia e criação da agência de comunicação Arabella. Daniel Gramignoli, ex-jogador da seleção brasileira de vôlei que teve o diagnóstico da doença, é o rosto principal da campanha, que conta com ações no Instagram e Twitter, buscando atingir o grande público por meio de influenciadores pacientes, para conscientizar sobre a gravidade da doença. 

A campanha “Menos dor nas costas, mais vida” busca alertar pacientes que sofrem de dor nas costas há mais de três meses a procurar um reumatologista, profissional capacitado para realizar o diagnóstico precoce e acompanhamento do quadro. 

A campanha tem um foco 100% digital com grande presença nas mídias sociais através de post de influenciadores, posts patrocinados, filtro interativo, lives e outras dinâmicas de engajamento.

 

Saiba mais sobre a Espondilite Anquilosante

A Espondilite Anquilosante é uma doença autoimune que normalmente atinge pessoas jovens, na faixa etária dos 20 aos 40 anos, e o diagnóstico conclusivo pode levar anos, ocasionando perda na qualidade de vida para os pacientes. Dados divulgados pelo Hospital das Clínicas de Belo Horizonte, em Minas Gerais, demonstraram que ainda há atraso de 6,9 anos no diagnóstico dessa enfermidade, o que pode levar a um desfecho indesejável, como sequelas irreversíveis ocasionadas por anquilose associada à progressão da doença. 

Por causar inflamação nas vértebras e articulações, principalmente da coluna e região lombar, a doença acarreta dores intensas e, sem um teste específico, muitas vezes o diagnóstico é tardio. Sem a correta identificação e tratamento, a doença se caracteriza por ser progressivamente incapacitante com limitação dos movimentos pela rigidez das articulações, impedindo os pacientes de caminhar de forma ereta e até mesmo de dormir ou ficarem deitados. 

Dessa forma, por apresentarem sintomas físicos fortes, dificuldade em realizar as tarefas do dia a dia e pelo sofrimento crônico, pacientes que não receberam o diagnóstico precoce podem desenvolver concomitantemente doenças psiquiátricas, como ansiedade e depressão, que necessitam de intervenção, para o suporte do tratamento a longo prazo.

 



Novartis

www.novartis.com

 

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