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segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Impulsionada pela baixa renda, busca do consumidor por crédito cresce 12,4% em 2019, revela Serasa Experian


 É a maior alta já registrada desde 2010. População com ganho mensal de até R$ 1000 foi a que mais solicitou crédito no ano passado


A demanda dos brasileiros por crédito teve alta de 12,4% em 2019, na comparação com 2018. O crescimento é o segundo maior já registrado na série histórica do Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, ficando atrás apenas de 2010, quando o aumento foi de 16,4%.


O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, aponta as consecutivas quedas nas taxas de juros e a retomada gradual da economia como os principais fatores para o crescimento, que deve se manter elevado neste ano. A expectativa é que o crédito seja a alavanca econômica de 2020 – confira a análise em áudio e vídeo.

População com renda até R$ 1000 foi a que mais solicitou crédito

Os brasileiros, cuja renda fica entre R$ 500 e R$ 1000, foram os que mais solicitaram crédito em 2019, com alta de 14,0%. Esta foi a única faixa que ficou acima da média nacional de 12,4%. Aqueles que ganham até R$ 500 ficaram com a segunda maior variação (12,0%).

Rabi explica que “os crescimentos apresentados pela população de baixa renda refletem a maior volatilidade destas pessoas de acordo com os movimentos econômicos, ou seja, apresentam uma retomada mais intensa quando os dados econômicos são positivos”. Confira abaixo o comparativo com os anos anteriores:


Regiões Norte e Nordeste impulsionaram a alta

As regiões Norte e Nordeste foram as que apresentaram maior variação anual acumulada em 2019 – 16,0% e 13,1%, respectivamente. Apenas o Sudeste ficou abaixo da média nacional, com crescimento de 11,5% no ano.






Serasa Experian


Relembre os julgamentos de impacto do TSE no segundo semestre de 2019


 Entre as decisões proferidas, destaque para a manutenção da cassação de vereadores por candidaturas femininas fictícias no Piauí


No segundo semestre forense do Ano Judiciário de 2019, o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizou diversos julgamentos de relevo. Entre as decisões tomadas pelo Colegiado no período, estão a que ratificou a validade da gravação ambiental como prova de compra de votos, a que manteve a cassação de vereadores envolvidos em caso de candidaturas femininas fictícias no Piauí e a que afirmou ser possível o uso de assinatura eletrônica para apoiamento à criação de partido político, desde que haja prévia regulamentação pelo TSE e o desenvolvimento de ferramenta tecnológica para aferir a autenticidade das assinaturas. Também foram aprovadas no segundo semestre do ano passado todas as resoluções relativas às Eleições Municipais de 2020, entre elas as do calendário eleitoral, da propaganda eleitoral e da escolha e registro de candidatos, entre outras normas.

Confira os principais julgamentos do TSE no segundo semestre de 2019:


Gravação ambiental

No início de agosto, ao julgarem um recurso apresentado por um vereador de Guaporé (RS), os ministros do TSE reafirmaram que a gravação ambiental feita em ambiente público ou privado por um dos interlocutores, sem o conhecimento do outro e sem prévia autorização judicial, pode ser admitida como prova para verificar a captação ilícita de sufrágio (compra de votos).


Cessão de imóvel

Ainda no mês de agosto, a Corte Eleitoral assinalou, em sessão administrativa, que fundação criada por partido político pode ceder ou alugar parte de seu imóvel para o funcionamento de diretório da legenda. O entendimento foi tomado em resposta a uma consulta feita pelo diretório nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT) sobre a questão.


Fundo Partidário

Em setembro, os ministros destacaram que partidos políticos não podem usar recursos do Fundo Partidário para financiar campanha de candidato de legenda que não faça parte de sua coligação. Na oportunidade, o Plenário do TSE confirmou decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) que desaprovou a prestação de contas do candidato a deputado estadual José Tupinambá Pereira de Souza nas Eleições de 2018, determinando a devolução, ao doador, da quantia de R$ 25 mil, transferida indevidamente por outro partido político.

De acordo com o TRE do Amapá, a doação de recursos do Fundo Partidário recebida de agremiação que não compôs a coligação do candidato constitui quantia obtida de fonte vedada e irregularidade grave.


Candidaturas fictícias

No mesmo mês, o Colegiado do Tribunal manteve a cassação de seis vereadores eleitos em 2016 na cidade de Valença do Piauí (PI). Eles foram acusados de se beneficiar de candidaturas fictícias de mulheres que não chegaram sequer a fazer campanha eleitoral, sendo condenados pelo Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI).

Segundo o processo, as duas coligações das quais os vereadores faziam parte lançaram candidaturas femininas fraudulentas com o objetivo de alcançar a participação mínima de 30% de mulheres prevista na Lei nº 9.504/1997 (Lei das Eleições).


Direito de resposta

Ainda em setembro, o Plenário deu destaque à amplitude do dispositivo do direito de resposta – contido no inciso V do artigo 5º da Constituição Federal. Os ministros decidiram que ele pode ser acionado pelo cidadão que se julgar atingido por ofensas veiculadas a partir de carro de som em uma campanha eleitoral.

A decisão foi tomada pelo Plenário ao rejeitar, pela própria impossibilidade de sua efetivação, recurso especial em que o prefeito de Caculé (BA), José Roberto Neves (DEM), pedia direito de resposta a ofensas que teriam sido feitas contra ele por adversários. As mensagens injuriosas teriam sido transmitidas por meio de um carro de som, em setembro de 2016.


Sessões virtuais

No início de outubro, os ministros aprovaram, em sessão administrativa, a proposta de resolução que instituiu sessões de julgamento por meio eletrônico na Corte. O TSE realizou, de 6 a 12 de dezembro, a sua primeira sessão virtual de julgamento. A norma que disciplina o procedimento atende ao que está previsto no artigo 5º, inciso LXXVIII, da Constituição Federal, que assegura a razoável duração do processo e os meios que garantam a rapidez de sua tramitação.


Ações de Investigação Judicial Eleitoral

No final de outubro, o Plenário do TSE julgou improcedente uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) que pedia a averiguação de suposto favorecimento da Rede Record aos então candidatos a presidente e a vice-presidente da República nas Eleições 2018 Jair Messias Bolsonaro e Hamilton Mourão. Os ministros determinaram, por unanimidade, o arquivamento da ação por falta de provas.

Já na sessão de 26 de novembro, os ministros iniciaram o julgamento de duas Aijes ajuizadas também contra os dois candidatos, pedindo a cassação dos registros de candidatura, dos diplomas ou dos mandatos, além da declaração de inelegibilidade de ambos. Uma das ações foi apresentada ainda em desfavor do deputado federal Eduardo Bolsonaro. O julgamento foi interrompido por um pedido de vista, após o relator das ações e corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Og Fernandes, votar pela improcedência das Aijes.


Petição eletrônica

Também no final de novembro, o Plenário aprovou solicitação do Ministério Público Eleitoral (MPE) de adaptação do Sistema de Petição Eletrônica do TSE, usado para peticionamento digital de processos físicos, para que seja possível o cadastramento de membros e servidores daquele órgão como usuários do sistema, sem a necessidade de informações e registros na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).


Apoiamento para criação de partidos

Em outra sessão administrativa, realizada no começo de dezembro, a Corte Eleitoral definiu ser possível o uso de assinatura eletrônica legalmente válida nas fichas ou listas expedidas pela Justiça Eleitoral para apoiamento à criação de partido político, desde que haja prévia regulamentação pelo TSE e desenvolvimento de ferramenta tecnológica para aferir a autenticidade das assinaturas.

O Colegiado chegou a essa compreensão ao responder a uma consulta sobre o assunto formulada pelo deputado federal Jerônimo Pizzolotto Goergen (PP-RS).


Unidade Popular

Por unanimidade de votos, o TSE aprovou, em dezembro, o pedido de registro do estatuto e do órgão de direção nacional do partido da Unidade Popular (UP), a 33ª agremiação política do país. Os ministros concluíram que a legenda, que terá o número 80 na urna eletrônica, cumpriu todas as exigências legais para a sua criação. Até então, a última legenda a obter registro no TSE havia sido o Partido da Mulher Brasileira (PMB), em 29 de setembro de 2015.


Resoluções das Eleições 2020

Ainda em dezembro, a Corte Eleitoral aprovou todas as resoluções referentes ao pleito municipal de 2020. As resoluções tiveram como relator o vice-presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso. No final de novembro, foram realizadas no Tribunal audiências públicas abertas aos representantes de partidos políticos e de instituições públicas e privadas, a integrantes do Ministério Público, a advogados e à sociedade em geral. As audiências se destinaram a receber sugestões para o aprimoramento das minutas das resoluções, que foram aprovadas pelo Plenário do TSE em sessões administrativas ocorridas em dezembro. Os textos definitivos das resoluções foram publicados no Diário de Justiça Eletrônico (DJe) do TSE no final de dezembro.  


Contas partidárias

No segundo semestre de 2019, o Plenário concluiu o julgamento das prestações de contas de diretórios nacionais de partidos políticos referentes ao exercício financeiro de 2014.


EM/LC, DM


Leia mais:



Um novo ano para os negócios



Início de ano é época de renovação, promessas e planejamento, tanto para a vida pessoal, quanto para os negócios. Porém, do ponto de vista empresarial, antes de começar a pensar nas estratégias e propósitos de 2020, é fundamental avaliar como foi o ano que passou para sua empresa. Esse é o primeiro passo para um planejamento anual eficaz. É preciso avaliar quais metas foram atingidas e quais não foram alcançadas; quais as ações que contribuíram para o sucesso de cada objetivo; qual foi o desempenho dos colaboradores; e o que pode ser melhorado ao longo do próximo ano.

É a partir disso que a organização toma conhecimento de qual é o seu status atual. Além de descobrir se obteve lucro ou prejuízo, as companhias detectam o estado do seu patrimônio e o que é indispensável para o próximo período.

O balanço também permite avaliar de forma exata o capital que o negócio terá disponível para dedicar às suas atividades nos próximos 12 meses. Esse planejamento é indispensável para que o negócio continue lucrativo e sustentável.

Após esse balanço, outra estratégia para se preparar para os próximos desafios é traçar metas e objetivos de curto, médio e longo prazo, mas é preciso que eles sejam mensuráveis. Por exemplo, prefira metas como: “aumentar em 30% o faturamento da empresa em seis meses” do que, simplesmente, “aumentar o faturamento”. Isso é fundamental para que os resultados sejam medidos de forma mais precisa.

Além disso, “reciclar” metas que não foram alcançadas no ano anterior é uma oportunidade de pensar em outras maneiras de chegar ao resultado desejado.
Ao realizar um planejamento anual para os negócios, é fundamental estar atento aos investimentos que precisam ser feitos para se manter em um mercado competitivo. E encarar os desafios do próximo ano requer estratégias voltadas, principalmente, para a inovação.

E essa não é uma demanda recente. Conforme o estudo “2018 Global Innovation 1000”, realizado pela PwC, os aportes globais em pesquisa e desenvolvimento chegaram a $781 bilhões no ano anterior. E em 2020 não será diferente.

A projeção é que o ano será marcado por diversas iniciativas inteligentes, inovadoras e tecnológicas, como a automação de processos robóticos (RPA), que permite delegar tarefas repetitivas aos robôs; inteligência artificial, que tem ajudado equipes de tecnologia a solucionar problemas complexos nas empresas; edge computing, ou computação de borda, que permite às organizações processarem um volume maior de dados de modo mais rápido e eficiente; DataOps, que chegou recente ao mercado e auxilia a melhorar a qualidade e reduzir o tempo em uma análise de dados, entre outras.

Diante disso, é essencial incluir no planejamento uma estratégia que inclua essas tendências, ou mesmo que contemple a inovação.




Flávio Vinte - empreendedor e CEO da Vivaçúcar

Como uma holding familiar pode ajudar herdeiros a planejar a sucessão na empresa




Ao longo de sua história, uma empresa encara de forma cotidiana episódios que podem fazer o faturamento cair ou subir. Quem empreende em um país como o Brasil sabe o que é isso. Assim, tomar as melhores decisões fará com que os reflexos de uma fase ruim sejam amenizados ou colocados como referência para começar a virar o jogo.

Se essa realidade está presente em todo o mundo empresarial, a organização do setor produtivo que depende de uma sucessão familiar para seguir em atividade enfrenta um desafio ainda maior. Sem um planejamento sucessório feito a tempo, para dar prazo de adaptação aos herdeiros de pequenas ou médias empresas que vão comandar a organização, a vida daquele negócio poderá ser abreviada em muitos anos.


Transição familiar

Sabe-se que uma transição patrimonial de uma geração a outra não é algo fácil de resolver, pois exige de todos os membros recuos e avanços, ponderações e muita serenidade. Por outro lado, também não precisa ser naturalmente marcada por conflitos, capazes de impactar o destino da corporação. Já testada e aprovada em muitos países, inclusive no Brasil, a holding familiar surge como uma solução de transferência de patrimônio e comando para evitar surpresas desagradáveis.

O significado prático está associado a uma espécie de empresa central, cuja missão é o controle dos demais negócios. Todo o patrimônio é gerenciado e administrado sob a forma de sociedade integrada por membros da família. Ao se tratar de uma holding familiar, o papel fundamental permanece semelhante, relacionada ao processo de tomada de decisões. A empresa-mãe (holding) pode ser classificada como “pura”, destinada exclusivamente à administração de bens. Já a “mista” continua como controladora, mas com capacidade de atuar em outros negócios.

É preciso destacar que as regras de sucessão familiar dentro da holding devem estar também regidas no contrato de seu funcionamento. A centralização dos negócios é outro benefício, já que as definições coletivas vão se concentrar numa única referência, no caso a própria sociedade gestora.

De toda a forma, a constituição dessas proteções reúne vários benefícios envolvendo planejamento financeiro, segurança patrimonial e a organização de uma sucessão marcada pela previsibilidade. Em se tratando desta última questão, o que se busca é a harmonia entre os familiares, evitando conflitos por disputa de poder – seja na pequena, na média ou na grande empresa.


Planejamento tributário

Na questão tributária, uma holding possibilita a redução da carga tributária. Essas organizações, dentro da lei, podem ser criadas por meio da chamada elisão fiscal em que o capital social do grupo é formado pelos bens das pessoas físicas e pelas participações societárias. A tributação de uma “empresa-mãe” é reduzida, gerando assim mais lucros a seus participantes. Vale lembrar que a distribuição de dividendos das companhias geridas pela controladora não é passível de tributação.   

A constituição de uma sociedade gestora de participações sociais por si só não é garantia de que tudo irá bem. O sucesso também deverá estar atrelado à gestão de suas finanças e qual o nível de comprometimento administrativo de cada sócio. O gerenciamento orçamentário, portanto, é tão estratégico quanto à criação do controle de suas subsidiárias, pois um está atrelado ao outro.





Morgana Borssuk - advogada, administradora e pós-graduada em Direito Empresarial pelo ISAE/FGV. Sócia proprietária do escritório www.borssukemarcos.com.br, é especialista em direito imobiliário - área em que atua há mais de oito anos - gestão patrimonial imobiliária e empresarial. Especializou-se em procedimentos extrajudiciais personalizados de modo a evitar o ingresso no judiciário para a resolução de questões cotidianas.



Amanda Marcos - advogada e pós-graduada em Direito Empresarial pelo ISAE/FGV. Sócia do escritório www.borssukemarcos.com.br, tem sete anos de experiência em direito empresarial e gestão patrimonial imobiliária. Também desenvolve atividades em processos judiciais envolvendo matéria contratual e tributária, trabalhista. Possui experiência em controladoria jurídica e licitações.


Franquias: tire do papel o sonho de começar o próprio negócio em 2020


Mercado de serviços é uma das apostas para esse ano


Empreender é o sonho de muita gente. Afinal, ser dono do próprio negócio possui muitos benefícios. Porém, essa habilidade exige conhecimento e, na maioria das vezes, a parte burocrática e a definição de todos os processos desanima quem está em busca desse objetivo. Mas, para 2020, uma solução promete fazer ainda mais sucesso que nos anos anteriores: o mercado de franquias.

Conhecido por ser um setor em forte expansão no país, as franquias possuem números otimistas para o ano que começou. De acordo com a Associação Brasileira de Franchising  (ABF), apenas no terceiro trimestre de 2019, este mercado cresceu mais de 6%. Em 2020, a estimativa da ABF é que esse número seja ainda maior.

Enquanto isso,  o número de pessoas que querem obter um negócio próprio também aumenta. O relatório Brazil Digital Report, divulgado no início de 2019, feita pela McKinsey em parceria com o Brazil at Silicon Valley, mostra que o Brasil é um país empreendedor. De acordo com o estudo, 39% dos brasileiros são donos do próprio negócio.


Oportunidade

Apesar das projeções otimistas, o gerente de rede de franquias da Empresta Bem Melhor e especialista em gestão estratégica, Douglas Andrade, explica que um dos pontos que causam dúvida entre muitos empreendedores iniciantes são os diversos processos envolvidos em abrir o próprio negócio. “Infelizmente, nem todos tem acesso à informação necessária ou, muitas vezes, possuem maior dificuldade em entender e definir as diversas etapas do processo de consolidação de uma empresa. Isso faz com que os empreendimentos fechem com poucos meses de existência”, completou.

No entanto, Douglas destaca que um dos principais motivos do franchising fazer cada vez mais sucesso é exatamente a facilidade que os investidores encontram em tirar do papel seus desejos. “As franquias possuem uma formatação pré-definida. Então, todo o processo burocrático relacionado à operação e aos processos da marca já são definidos. Portanto, o franqueador que está começando não terá que se preocupar com todas essas demandas e poderá focar nos resultados”, indicou.


Dicas

Para quem não sabe como escolher a melhor área para começar, o especialista orienta que o primeiro passo é definir qual segmento deseja seguir. “Isso deve ser feito a partir do seu perfil. Veja qual é a área que mais combina com seus objetivos e, principalmente, uma franquia com a qual você se identifique em princípios e expectativas”.

Entre os segmentos mais promissores, o gerente destaca a área de Serviços, que, atualmente, está entre os que mais crescem no país, de acordo com a ABF. “Com a área de serviços você terá acesso a diversas possibilidades. Além de ter várias opções de trabalho e variados tipos de marcas, é possível investir com o capital que achar melhor, levando em consideração a sua necessidade”.

Fonte: Douglas Andrade, gerente da rede de franquias Empresta Bem Melhor. Formado em Ciência Contábeis, com MBA em gestão estratégica de negócios e gerenciamento de projetos.




Empresta Bem Melhor

PORTABILIDADE NUMÉRICA - SÃO PAULO ultrapassa 18 milhões de trocas de operadoras de telefonia


Brasil realizou 56,42 milhões de trocas de operadora desde 2008


Usuários de telefones fixos e móveis, no Brasil, realizaram 56,42 milhões de trocas de operadoras entre setembro de 2008, quando a portabilidade numérica passou a existir, e 31 de dezembro de 2019. A informação consta do balanço anual da ABR Telecom (Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações), Entidade Administradora da Portabilidade Numérica.

No balanço integral desses 11 anos de existência do serviço, foram registradas 17,05 milhões (30%) de transferências entre operadoras de telefonia fixa, com a manutenção do número do telefone por seus usuários. Os portadores de telefones móveis, no entanto, fizeram 39,36 milhões (70%) de migrações no mesmo período.

Total em São Paulo – Desde que a portabilidade numérica foi implementada, a partir de setembro de 2008, até o dia 31 de dezembro de 2019, foram realizadas 18,78 milhões transferências entre operadoras. Dessas, 5,37 milhões (29%) para usuários de telefones fixos e 13,41 milhões (71%) de telefones móveis.

Quarto trimestre – Durante o quarto trimestre de 2019 - de outubro a dezembro, em todo o território nacional, 2,35 milhões de portabilidades numéricas foram concluídas. As solicitações para transferências de operadoras de telefones fixos respondem por 331 mil (14%) e as trocas no serviço móvel por 2,02 milhões (86%).

São Paulo no trimestre – Entre outubro e dezembro de 2019, foram realizadas 798 mil migrações entre operadoras de serviços telefônicos. As solicitações de usuários de telefones fixos, nessas transferências, respondem por 102,81 mil migrações (13%) e as demandas realizadas no serviço móvel por 695,18 mil (87%).

Para fazer a portabilidade numérica

Para realizar o processo da portabilidade numérica o usuário deve procurar a operadora para onde ele quer migrar e fazer a solicitação. Conforme o regulamento do serviço, entre os critérios que devem ser atendidos para que o usuário efetive sua migração, estão:

- Informar à operadora de telefonia que recebe o pedido, o nome completo;
- Comprovar a titularidade da linha telefônica;

- Informar o número do documento de identidade;

- Informar o número do registro no cadastro do Ministério da Fazenda, no caso de pessoa jurídica;

- Informar o endereço completo do assinante do serviço;

- Informar o código de acesso;

- Informar o nome da operadora de onde está saindo.

A operadora para a qual o usuário deseja migrar fornecerá um número de protocolo da solicitação a fim de que ele possa acompanhar o processo de transferência. O modelo de portabilidade numérica no Brasil determina que as migrações só podem se efetivar dentro do mesmo serviço – móvel para móvel ou fixo para fixo – e na área de abrangência do mesmo DDD.

Prazos – O tempo de transferência para efetivação da portabilidade numérica é de três dias úteis ou após esta data, se o usuário preferir agendar.

Para desistir da portabilidade numérica, o usuário tem dois dias úteis, após a solicitação de transferência, para suspender o processo de migração.

Acompanhe o movimento de pedidos e efetivações de transferências da portabilidade numérica conforme o DDD e a data de início do serviço, pelo site da ABR Telecom.

O site da ABR Telecom também disponibiliza uma ferramenta de busca para pesquisar a qual operadora pertencem os números de telefones que já realizaram a portabilidade numérica, consulte aqui



A adaptação dos shopping centers diante da transformação digital do varejo


O smartphone tornou-se um companheiro fiel dos seres humanos. Um equipamento de uso diário para os mais variados fins - seja para coisas simples, como ver a previsão do tempo ou a rota mais adequada para o trabalho, ou até para assuntos mais complexos, como cuidar da saúde ou garantir a segurança dos filhos. Alguns dizem que é mais fácil a gente sair de casa com uma roupa do avesso ou com as meias trocadas do que esquecer o telefone celular. Com essa transformação digital, empresas de diversos portes e segmentos precisaram adaptar-se, inclusive o varejo e os shopping centers.

Apesar de as novas gerações apresentarem necessidades diferentes a cada dia, e o comércio eletrônico estar em franco crescimento, uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelou que 97% dos entrevistados buscam informações na internet antes de comprar em lojas físicas, principalmente nos segmentos de eletrodomésticos (59%), celulares e smartphones (57%) e eletrônicos (50%). Essa liderança é explicada pela experiência de compra, uma vez que muitos consumidores acreditam que as lojas físicas oferecem as melhores demonstrações do produto e possuem facilidades na negociação de preços.

Experiência de compra é um dos pontos mais importantes do varejo inteligente. Os clientes cobram, no mínimo, uma vivência fluída entre o virtual e o físico. Além disso, é cada vez mais comum as compras serem feitas online e retiradas na loja. Ou ainda, devolver na loja física uma compra feita no e-commerce. É assim que os shoppings centers continuam como protagonistas do varejo, desde que estejam preparados para oferecer uma experiência positiva a esses consumidores.

O ponto alto do varejo inteligente é entender que os clientes têm acesso a mais informação sobre o que consomem e, consequentemente, mais poder de escolha. Isso nos leva a refletir que treinamentos sobre produtos devem fazer parte da rotina, mas não criam diferenciais nem fidelizam clientes. O que estabelece a fidelidade e a afinidade é que os consumidores analisam se as marcas estão alinhadas às demandas atuais e como se relacionam com suas necessidades e propósitos.

Mesmo estando no ano de 2020, grande parte das empresas ainda não perceberam que as marcas devem seduzir e desenvolver uma aproximação na relação com seus consumidores. O propósito precisa ser verdadeiramente entregue, deve inspirar seus colaboradores, transbordar e, como consequência, engajar consumidores.

Apesar do mundo mais conectado, os sentimentos não devem ser esquecidos. As conexões humanas são valorizadas à medida que as pessoas se sentem mais sozinhas. Nas empresas, o investimento em tecnologias e experiências digitais é um ponto importante, porém, conexão humana, cultura organizacional bem definida, sensibilidade, praticidade e comodidade são fundamentais para as marcas e um grande diferencial nos dias de hoje.





Cida Oliveira - diretora de marketing do Grupo Tacla Shopping


8 em cada 10 brasileiros já utilizaram Inteligência Artificial ao menos uma vez



Pesquisa revela que a geração dos Millennials e os homens são os que mais aproveitam os recursos de IA no dia a dia


Pelo terceiro ano consecutivo, a Lambda3 – empresa referência em tecnologia e negócios digitais – realizou um estudo sobre a percepção do brasileiro em relação ao uso de Inteligência Artificial (IA). Segmentada por regiões, faixa etária e sexo, a pesquisa revela como a população vem se relacionando com os avanços tecnológicos, bem como se as pessoas já adotaram esses recursos no dia a dia.

De acordo com o levantamento, 80% das pessoas declararam que já utilizaram Inteligência Artificial pelo menos uma vez. Os millennials, também conhecidos como geração Y (nascidos de 1980 até 1995), lideram o ranking dos que mais aproveitam desta tecnologia. Além disso, os homens disseram recorrer mais às aplicações que dispõem de IA.

A pesquisa também apontou que o Sul do Brasil é a região que mais recorre a essas soluções, seguida do Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Vale ressaltar que as maiores concentrações de parques tecnológicos em operação ou implantação em todo o país estão no Sul e Sudeste, como a Tecnopuc, no Rio Grande do Sul, que abriga cerca de 120 empresas, sendo em sua maioria pequenas e médias, que buscam aplicar seus conhecimentos no ambiente mercadológico, que muda constantemente. Já a capital paulista é sede de inúmeras empresas do ramo da tecnologia, além de ser palco de seus principais eventos. Cidades como São Carlos, Santos e Ribeirão Preto também são reconhecidas na área, mas os maiores destaques ficam para Campinas e São José dos Campos. Destacam-se também, Belo Horizonte (MG), com o San Pedro Valley, e Santa Rita do Sapucaí (MG), com o Vale da Eletrônica.

“Encontramos uma contradição, que acreditamos ser justificada pela falta de conhecimento das pessoas sobre as infinitas funções da Inteligência Artificial. 20% da população afirmou que nunca utilizou esta tecnologia, mas declarou fazer uso de aplicativos como Waze, Google Maps, Facebook, Instagram, entre outros”, destaca Diego Nogare, Chief Data Officer da Lambda3. Esses dois primeiros apps, por exemplo, utilizam IA para fazer todos os cálculos que oferecem a melhor rota ao condutor. Já nas redes sociais citadas, a análise que identifica automaticamente as pessoas em determinada foto, ou o uso de filtros para alteração/animação das selfies e vídeos só são possíveis devido aos recursos de reconhecimento facial, ou seja, Inteligência Artificial.

“As pessoas ainda não deram conta que a Inteligência Artificial está nas diversas funções disponíveis em seus smartphones e outros gadgets, que facilitam sua rotina. Tanto é, que quando questionadas sobre a primeira lembrança ao mencionar IA, a maior parte das respostas está ligada a Robôs e 7% da população ainda faz relação com ficção científica”, completa Nogare.

Além da própria área de tecnologia, o estudo apontou que os setores financeiro, de informação e comunicação, saúde, eletrônico, varejista e agrícola, nesta respectiva ordem, são os que têm maior potencial de crescimento. As cinco empresas mais lembradas do segmento foram Google, IBM, Microsoft, Amazon e Facebook.


Com retomada lenta da economia, estágios se destacam entre os jovens


Segundo especialista, se candidatar a uma vaga de estágio pode ser uma estratégia para quem estuda, mas ainda não possui experiência profissional


Em épocas como o início de ano, muito se fala sobre as projeções econômicas e não seria diferente em 2020, ainda mais contando com o atual cenário que o país se encontra: na retomada financeira da crise que deixou milhares de brasileiros desempregados.

E parte do grupo que se viu com dificuldades para conseguir uma oportunidade no mercado de trabalho é composta por jovens entre 18 e 24 anos. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), em 2019, 41,8% da população desempregada fazia parte dessa faixa-etária. Tal número se deve ao fato de que, historicamente, os jovens são os mais prejudicados em momentos de crise econômica pela falta de experiência e baixa qualificação no mercado.

Estágio pode ser a melhor alternativa

Uma boa alternativa para os jovens tem sido a possibilidade de estágio, uma vez que esse tipo de programa se tornou a principal porta de entrada para aqueles que fazem faculdade. De acordo com dados da Companhia de Estágios, consultoria especializada em recrutamento e seleção de estagiários e trainees, 2019 foi o melhor ano ao que se diz respeito a novas oportunidades desde 2014.

Somente no ano passado foram mais de 4 mil vagas de estágios ofertadas por meio da Companhia de Estágios para trabalhar em empresas como o Twitter, Amazon, DuPont, Ultragaz, entre outros grandes nomes do mercado. Entretanto, o número de interessados chegou a ultrapassar mais de 200 mil inscritos, ou seja, muita concorrência entre os candidatos.

De acordo com o diretor da empresa, Tiago Mavichian, o estágio se tornou a melhor maneira para o jovem conseguir um emprego meio a incertezas econômicas, mesmo com alta concorrência.  “Para chegar no mercado melhor preparado fazer um estágio é fundamental; a carga horária reduzida possibilita conciliar estudo e trabalho. Quem estagia aprende muito e conhece diferentes áreas para, ao se formar, escolher a área que deseja atuar e chegar dessa forma melhor preparado para o tão concorrido mercado de trabalho”, explica.

Temporada de novos processos seletivos

Natural que no início de ano, com ar de recomeço, as pessoas estejam mais otimistas com a possibilidade de conseguir uma oportunidade e, segundo o diretor da Companhia de Estágios, esse momento é ótimo para conquistar uma vaga no mercado no de trabalho. “Alguns processos seletivos foram concluídos no fim do ano passado, para que as vagas já estivessem preenchidas no começo de janeiro. Mas muitas empresas estão buscando novos talentos agora para iniciar novos projetos, por isso é um período importante para ficar atento as vagas que surgirem”, detalha Mavichian.

A Companhia de Estágios está com diversas inscrições abertas para vagas de estágios em empresas como Amazon, Andrade Gutierrez, Amil, Gerdau, entre outras.  




Fonte: Companhia de Estágios | PPM Human Resources


Apenas 3 em cada 10 mulheres da região Sudeste afirmam já ter utilizado Inteligência Artificial ao menos uma vez


 Pesquisa revela que 80% da população de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo usa os recursos de IA no dia a dia


Pelo terceiro ano consecutivo, a Lambda3 – empresa referência em tecnologia e negócios digitais – realizou um estudo sobre a percepção do brasileiro em relação ao uso de Inteligência Artificial (IA). Segmentada por regiões, sexo e faixa etária, a pesquisa revela como a população vem se relacionando com os avanços tecnológicos, bem como se as pessoas já adotaram esses recursos no dia a dia.

De acordo com o levantamento, na região Sudeste apenas 30% do público feminino afirmou já ter utilizado recursos de Inteligência Artificial ao menos uma vez. A maior parte dessas mulheres (51%) são Millennials, também conhecidos como geração Y (nascidos de 1980 até 1995).

“Acreditamos que este número de mulheres que utiliza IA em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo pode ser muito maior e bem equilibrado com os homens [70% declarou já usar]. Os dados apurados nos mostraram uma contradição, que pode ser justificada pela falta de conhecimento das pessoas sobre as infinitas funções da Inteligência Artificial”, destaca Diego Nogare, Chief Data Officer da Lambda3. Segundo a pesquisa, 28% da população feminina afirmou que nunca utilizou esta tecnologia, mas declarou fazer uso de aplicativos como Google Maps, Uber, Cabify, Waze, Facebook, Instagram, entre outros. Esses apps de transporte, por exemplo, utilizam IA para fazer todos os cálculos que buscam o motorista mais próximo e oferecem a melhor rota no trânsito. Já nas redes sociais citadas, a análise que identifica automaticamente as pessoas em determinada foto, ou o uso de filtros para alteração/animação das selfies e vídeos só são possíveis devido aos recursos de reconhecimento facial, ou seja, Inteligência Artificial.

“As pessoas ainda não deram conta que a Inteligência Artificial está nas diversas funções disponíveis em seus smartphones e outros gadgets, que facilitam sua rotina. Tanto é, que quando questionadas sobre a primeira lembrança ao mencionar IA, a maior parte das respostas está ligada a Robôs e 6% da população ainda faz relação com ficção científica”, completa Nogare.

A pesquisa também apontou que a região Sudeste é a segunda que mais utiliza Inteligência Artificial no Brasil, atrás apenas do Sul e seguida por Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Vale ressaltar que uma das maiores concentrações de parques tecnológicos em operação ou implantação em todo o país estão aqui. Em São Paulo, cidades como São Carlos, Santos e Ribeirão Preto, são reconhecidas na área, mas os maiores destaques ficam para Campinas e São José dos Campos, além de Belo Horizonte (MG), com o San Pedro Valley, e Santa Rita do Sapucaí (MG), com o Vale da Eletrônica. A capital paulista também é sede de inúmeras empresas do ramo tecnológico e palco de seus principais eventos.

Além da própria área de tecnologia, o estudo mostrou que na região os setores financeiro, de informação e comunicação, eletrônico, saúde e varejista, nesta respectiva ordem, são os que têm maior potencial de crescimento. As cinco empresas mais lembradas do segmento foram Google, IBM, Microsoft, Amazon e Facebook.


Os mitos do juiz de garantias e o ativismo judicial no STF



O Congresso Nacional e o Presidente da República promulgaram recentemente a Lei Anticrime que inovou na legislação processual penal e estabeleceu a existência do juiz de garantias, que é um magistrado que atuará na fase pré-processual.

Para melhor explicar, a função do juiz de garantias será decidir sobre quebra de sigilo fiscal e bancário, prisões cautelares, busca e apreensão e demais decisões judiciais necessárias no procedimento de investigação, antes que exista uma ação penal.

Aliás, muito se fala que o juiz de garantias seria uma inovação brasileira, o que não é verdade, uma vez que muitos países desenvolvidos já tem uma figura parecida, como Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, França, Portugal e Itália, além de países menos desenvolvidos que também já incluíram o juiz de garantias, como a Argentina.

Assim, fica claro que esta figura não é uma inovação do sistema judicial brasileiro, tampouco existe para impedir a Operação Lava Jato, como muito se fala. Isto porque, a figura do juiz de garantias já existia na proposta do novo Código de Processo Penal, que tramita no Congresso Nacional antes da Lava Jato existir. Além disso, a Operação Mãos Limpas, que ocorreu na Itália e é a grande inspiração da Lava Jato, aconteceu com a existência de um juiz de garantias. Ou seja, esta figura nunca impediu o combate a corrupção.

No entanto, recente decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, determinou a suspensão do juiz de garantias pelo prazo de seis meses, ou seja, esta figura só passará a vigorar a partir de junho de 2020. Além disso, o ministro Dias Toffoli também regulamentou a inaplicabilidade do juiz de garantias em processos que ocorram nas instâncias superiores, tribunal do júri e crimes de violência doméstica e familiar.

De início, importante ressaltar que a implementação do juiz de garantias não traz nenhuma demanda nova ao Poder Judiciário e também não seria necessária a contratação de novos juízes, mas apenas uma divisão das tarefas já exercidas por eles. Prova disso é a existência do DIPO, um departamento do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que já trabalha como uma espécie de juiz de garantias e já vigora na cidade de São Paulo há algumas décadas, inclusive foi ampliado através da Lei Complementar Estadual n.º 1.208/13, que prevê a criação do DIPO em todo Estado de São Paulo.

Quanto a suposta necessidade de novos juízes, a alegação não prospera. Atualmente, os magistrados já atuam na fase pré-processual e processual, o que mudaria seria apenas a divisão, o juiz que atuou na fase de garantias não atuaria na fase processual. Aliás, com a informatização dos processos, que hoje tramitam de forma eletrônica em todo território nacional, sequer seria necessária a locomoção de juízes, os pedidos podem ser direcionados a eles sem que precisem sair da comarca que atuam.

Aliás, frisa-se que mesmo que a implementação do juiz de garantias fosse algo extremamente difícil, o que não é, fato é que a cada dia mais o ativismo judicial do Supremo Tribunal Federal acaba com a segurança jurídica no Brasil e traz diversos prejuízos, tanto no âmbito nacional quanto internacional, inclusive prejudicando a economia.

Isto porque, não cabe aos juízes julgarem ou regulamentarem leis. Ao Supremo Tribunal Federal compete a guarda da Constituição Federal e não a regulamentação de legislações que não tem qualquer relação à Constituição. Esta competência pertence ao Congresso Nacional, em razão da democracia, o poder emana do povo e, assim, apenas os representantes eleitos podem fazer e regulamentar leis.

As recentes decisões do Supremo Tribunal Federal flertam com um Estado Ditatorial, mas a ditadura, neste caso, vem de um Poder Judiciário que tudo pode, que não tem freio, que decide a vida do país como bem entende, afastando o poder do povo e de seus escolhidos e avocando para si. Isto porque, não é apenas no juiz de garantias que o Supremo Tribunal Federal legisla, mas em todas as matérias que entendem necessária a intervenção judicial na esfera cível, criminal, tributária, previdenciária, trabalhista e quaisquer outros ramos.

Desta forma, a população brasileira está se tornando, cada vez mais, refém de um Poder Judiciário e, em especial, de onze ministros que decidem da forma que entendem melhor. Assim, o ativismo judicial torna vigente uma ditadura perpetrada pelo Poder Judiciário, que deve ser combatida, garantindo, assim, a democracia vigente no Brasil.





Renato Falchet Guaracho - coordenador jurídico do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados e fundador do Blog www.possocolocarnopau.com.br

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