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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Campanha de alerta sinaliza para os males que a incontinência urinária causa à qualidade de vida


Distúrbio atinge cerca de 20 milhões de pessoas no País. Além do inconveniente de perder urina a qualquer momento, provoca o isolamento social e depressão. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia de São Paulo, o problema atinge 35% das mulheres com mais de 40 anos, após a menopausa, e 40% das gestantes. Atinge também de 5 a 10% dos homens submetidos à cirurgia para remoção da próstata



A incontinência urinária é definida como qualquer perda de urina. Um dos piores impactos causados é, sem dúvida, o dano emocional. A primeira reação daqueles que convivem com esse problema é se isolar das pessoas e acreditar que não tem saída ou solução. Para alertar a população sobre o problema, a SBUS-SP – Sociedade Brasileira de Urologia de São Paulo, chama atenção para o Dia da Incontinência Urinária, lembrado em 14 de março, a importância de se discutir o assunto, falar dos sintomas, tratamentos, prevenção e impactos na vida social.

Quem sofre desse mal, muitas vezes, não pode ficar muito longe de um banheiro, e chega a ir mais de oito vezes por dia, atrapalhando muito a rotina diária, bem como o sono. De acordo com estudo feito pela LUTS Brasil, 50% dos brasileiros, com sintomas urinários, consideram-se insatisfeitos em relação à sua condição e, 70% a 75% deles, não procuram o urologista.

O problema chega a ser comparado a um “câncer social”, segundo o Dr. Flavio Trigo, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia de SP, também coordenador do Centro de Incontinência Urinária do Hospital Sírio-Libanês, pois, além de atrapalhar muito as tarefas cotidianas e a qualidade de vida, causa distanciamento social e quadros de depressão. “Embora a Incontinência Urinária possa ocorrer em todas as faixas etárias, o número de casos aumenta com o decorrer da idade, e é mais frequente no sexo feminino”, diz o urologista.

Existem basicamente dois tipos de incontinência: aquela relacionada a esforços, em que o paciente perde urina sempre que tosse, espirra, faz exercícios físicos etc, e quando relacionada à bexiga hiperativa. Neste último caso, a perda está relacionada a urgência, ou seja, o desejo súbito e intenso de urinar. Alem disso, quem sofre desse mal, muitas vezes, não pode ficar muito longe de um banheiro, e chega a ir mais de oito vezes por dia, atrapalhando muito a rotina diária, bem como o sono. 

O médico explica que é provocada pelo desgaste e perda do tônus muscular na região pélvica, no caso da incontinência de esforço ou por uma hiperatividade da bexiga quando a incontinência urinária de urgência está associada à bexiga hiperativa. “É um problema de saúde pública no mundo todo. Além de provocar uma mudança radical na rotina desses pacientes, leva ao distanciamento, isolamento e exclusão social, e isso é muito negativo.”, explica Trigo. 

O diagnóstico tem início com a investigação clínica do paciente identificando-se os sintomas. Exames complementares como a urodinâmica servem para se chegar a um diagnóstico definitivo.


Tratamento

Inicialmente, quando está numa fase inicial dos vários tipos, o tratamento pode ser feito com a mudança do estilo de vida e fisioterapia no assoalho pélvico. Nos casos de bexiga hiperativa, pode-se utilizar medicamentos. Nas perdas associadas a esforços, em que não houver recuperação, ou naqueles pacientes que não desejem fazer fisioterapia, recomenda-se cirurgia. Este tratamento pode ser realizado com o implante de slings, que é uma pequena tela que funciona como um suporte que sustenta a uretra em mulheres. Em homens, com incontinência de esforço leve, pode-se tentar o sling e, em casos mais intensos, esfíncter artificial, que é uma válvula sintética que substitui o esfíncter original lesado na cirurgia. 

Em casos de bexiga hiperativa, o tratamento é feito com medicamentos, fisioterapia e, em caso de falha (bexiga hiperativa refratária) com o uso de toxina botulínica ou implante de um marca-passo da bexiga, chamado de neuromodulação sacral. Neste caso, um dispositivo produz estimulação elétrica contínua da raiz nervosa responsável pelo controle da bexiga, inibindo sua contração.

Desde 2014, estes novos tratamentos para a incontinência urinária: implante do esfíncter urinário artificial em homens, toxina botulínica e neuromodulação foram incluídos no rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e devem ser cobertos pelos planos de saúde


Incontinência urinária em números:

Ø  No Brasil, estima-se que o distúrbio atinja 20 milhões de pessoas entre adultos e crianças. 

Ø  Uma, em cada duas mulheres apresenta algum tipo de incontinência urinária, sendo ¼ das mulheres acometidas;

Ø  O problema atinge 35% das mulheres com mais de 40 anos, após a menopausa, e 40% das gestantes;

Ø  Atinge também de 5 a 10% dos homens submetidos à cirurgia para remoção da próstata;





Sociedade Brasileira de Urologia (SBU)


Fontes: Estudo LUTS Brasil sobre prevalência e dados da Sociedade Brasileira de Urologia


Cetrus realiza gratuitamente mutirão da endometriose em São Paulo


 Doença afeta mais de 7 milhões de brasileiras e pode causar infertilidade


O Cetrus realiza a 1ª edição do Mutirão da Endometriose em 2019. O objetivo é agilizar o diagnóstico de mulheres que já receberam o pedido médico para realização do exame ultrassom transvaginal para pesquisa de endometriose e aguardam vaga no sistema público.

O exame é gratuito e depende do agendamento por meio do número (11) 2899.6555 ou pelo e-mail 
atendimentoclinicaescola@cetrus.com.br. As vagas são limitadas.
Os atendimentos acontecerão na sede do Cetrus São Paulo nos dias 31/01 e 01, 21, 22 e 23/02 e podem agendar mulheres com suspeita de endometriose e que já possuem pedido médico para ultrassom transvaginal.

A endometriose é uma doença que afeta mais de 15% das mulheres em idade reprodutiva no Brasil. Segundo a Organização Mundial de Saúde cerca de 7 milhões de brasileiras possuem a doença, o que a torna uma questão de saúde pública.
O dia a dia conturbado tem relação direta com o crescimento do número de mulheres com este diagnóstico. "Estilo de vida com muito estresse, uma alimentação desequilibrada e a opção por uma gestação tardia são fatores que influenciam no surgimento da endometriose. É um problema biológico individual e tem relação genética, mas os fatores ambientais também contribuem. Hoje entre 5 e 15% das mulheres em idade reprodutiva tem endometriose", explica o Dr. Fernando Guastella, especialista no tema.



Serviço

1º Mutirão da Endometriose 2019
Quando: dias 31 de janeiro e 01,21,22 e 23 de fevereiro
Onde: Cetrus São Paulo - Avenida Jabaquara, 474 - Vila Mariana
Pré-requisito: pedido médico para exame de ultrassom transvaginal para pesquisa de endometriose.



A doença

Endometriose é o desprendimento do tecido que reveste o útero, que pode grudar em outros órgãos causando desconforto e dores fortes, especialmente durante o período menstrual. Cerca de 70% das mulheres possuem lesões na região retrocervical, ou seja, na parte atrás do colo do útero; 40% no intestino; 30% na vagina e cerca de 10% na bexiga. É comum que as pacientes possuam mais de um local do corpo acometido, motivo pelo qual a soma destas porcentagens ultrapassa os 100%, explica Guastella.


Prevenção

De acordo com o especialista o ideal é prevenir para que a doença não atinja estágios mais avançados. Sendo assim, os exames periódicos são fundamentais. Tão importante quanto o acompanhamento é contar com um profissional capacitado para identificação da doença. Por exemplo, em estágio inicial é difícil detectar a endometriose, mas há sintomas que justificam um estudo mais aprofundado seja feito.

Tanto a ultrassonografia transvaginal quanto a ressonância magnética não conseguem detectar a doença na fase superficial, pois a lesão não invade de maneira significativa o peritônio, ou seja, o tecido de revestimento da cavidade abdominal que recobre tanto a parede abdominal, quanto as vísceras (órgãos da cavidade abdominal como intestino e bexiga). Isso dificulta bastante a identificação. No entanto, para os outros casos Guastella afirma que a ultrassonografia é a ferramenta mais eficaz neste processo. "Em 95% dos casos o ultrassom realizado por profissional capacitado para detectar endometriose, consegue diagnosticar a doença e quando sinaliza o diagnóstico tem 100% de acerto. Por isso, a ida com frequência ao médico é tão importante", reforça o ginecologista.


Sinais de alerta

Mais comum do que se imagina, a endometriose acomete muitas mulheres e pode ser detectada em algumas situações, ainda em estágio inicial. "O sintoma mais frequentemente encontrado em pacientes com endometriose é a dor pélvica, tipo cólica. Geralmente essa dor é no período menstrual e vai aumentando gradativamente com a evolução da doença", reforça Guastella.
"O controle do sintoma é realizado mais fácil quando o diagnóstico é precoce", completa. Veja alguns sinais de alerta listados pelo especialista:
  • Nunca teve cólica e passou a ter
  • Sempre teve cólica, mas as dores pioraram muito
  • Sente dor durante a relação sexual
  • Diarreia e dor para evacuar no período menstrual
  • Dor ao urinar no período menstrual
  • Independentemente dos sintomas de dor, se apresentar dificuldades para engravidar

Diagnóstico

Quando o diagnóstico é precoce há o tratamento medicamentoso para agir diretamente na dor e o cirúrgico que é para retirar o foco da doença – que tem chances de aparecer novamente.

A doença alcança estágios mais profundos entre os 30 e 35 anos. Mas há adolescentes com endometriose profunda. Então, fiquem atentos aos sintomas e procure o médico. 

Se você identificar algum destes sinais, é importante dividir com seu ginecologista para que haja um estudo mais detalhado dos motivos dos sintomas. Como muitos sintomas podem facilmente ser confundidos com os incômodos do período menstrual, uma conversa franca com seu médico é fundamental para o tratamento.


Mitos X Verdade

A mulher com endometriose não pode engravidar

Mito. A mulher com endometriose pode engravidar sim. O Dr. Fernando Guastella diz que algumas mulheres com endometriose apresentam maior probabilidade de ter dificuldades para engravidar. Existem muitas mulheres com endometriose que não apresentam infertilidade. Quanto mais grave for a doença, maior será a probabilidade da dificuldade em engravidar.
Caso a paciente não consiga engravidar espontaneamente, poderá ser realizada fertilização em vitro ou cirurgia.


Endometriose é câncer

Mito. A endometriose não é uma doença que pode levar à morte.


A endometriose pode ser confundida com cólica

Verdade. Um dos sinais da endometriose é uma dor que pode ser confundida com cólica menstrual. Se você nunca teve cólica e passou a ter ou, se já tem, mas elas se intensificaram, é indicado procurar um ginecologista. Não é apenas a cólica que indica a doença, mas essas dores podem ser sinal.


Endometriose tem tratamento

Verdade. Há o tratamento medicamentoso para solucionar a dor e o cirúrgico que irá retirar a endometriose, que poderá estar em órgãos como o colo uterino, intestino, bexiga e vagina, por exemplo.


Um ginecologista especializado é o mais recomendado

Verdade. É importante buscar por ginecologistas especializados para que o diagnóstico seja realizado com mais rapidez e precisão. Para os profissionais que tiverem interesse em aprimorar os conhecimentos, o Centro de Ensino Cetrus oferece cursos de ultrassonografia para endometriose com aulas práticas e teóricas.







Dr. Fernando Guastella - Membro titular do Colégio Brasileiro de Radiologia, possui Título de Especialista na área de Ultrassonografia em Ginecologia e Obstetrícia pelo CBR, Título de Especialista em Medicina Fetal pela FEBRASGO, Título de Especialista na área de Ultrassonografia Geral pelo CBR, Diretor Médico da Unitha Diagnósticos e da Humanize Diagnósticos.


Cetrus
Cetrus possui unidade em São Paulo, Recife e Belo Horizonte.
http://www.cetrus.com.br/


Lúpus: Entenda mais sobre uma das doenças abordadas na campanha do Fevereiro Roxo


Para conscientizar a população para três doenças que devem ter atenção, pois não possuem cura, foi criada a campanha Fevereiro Roxo que alerta para os riscos da Fibromialgia, Alzheimer e do Lúpus. A reumatologista Danieli Castro Oliveira de Andrade do Delboni Auriemo, laboratório da Dasa – líder em medicina diagnóstica no Brasil, é especialista em Lúpus e preparou um material a respeito desse tema para alertar sobre a importância da identificação da patologia. "Quanto antes for feito o diagnóstico, melhores são as condições para que o paciente tenha qualidade de vida. A partir daí o seguimento deve ser feito de forma contínua e multidisciplinar para que os danos inerentes à doença e ao tratamento sejam minimizados", explica a especialista.


Sintomas e sinais
 
A doença autoimune Lúpus Eritematoso Sistêmico acomete principalmente mulheres em idade fértil e os sinais e sintomas podem começar de forma lenta, e, muitas vezes, isso pode retardar o diagnóstico. Em muitos pacientes os primeiros sinais são fadiga, dor nas juntas e aparecimento de manchas ou pápulas (quando as lesões são elevadas) na pele. Anemia grave, danos nos rins, queda importante de plaquetas e quadros neurológicos são manifestações mais graves da doença.


Diagnóstico
 
Feito por meio da anamnese (entrevista realizada pelo profissional de saúde ao seu paciente, que tem a intenção de ser um ponto inicial no diagnóstico de qualquer enfermidade), exame físico e exames laboratoriais. O exame de análises clínicas indicado para avaliação de Lúpus é o Fator Anti-Núcleo (FAN). Existe uma parcela de pacientes sem doença que apresentam FAN positivo, portanto a interpretação do resultado deve ser feita por um especialista para evitar diagnósticos inadequados. Outros autoanticorpos muito associados à doença devem ser solicitados, como: anti-Sm, e anti-ds-DNA.



Tratamento
 
Trata-se de uma doença que, quando precocemente reconhecida e tratada, evolui de forma mais amena. O tratamento é feito com imunossupressores escolhidos de acordo com o quadro clínico do paciente. Atualmente os reumatologistas prezam pelo uso da menor dose de corticosteroide possível.

"A mortalidade do Lúpus reduziu de forma drástica nos últimos 50 anos, dando melhor manejo da doença, reconhecimento mais precoce e adequação do tratamento. E, hoje em dia, é possível conviver com Lúpus com mais qualidade de vida. Por isso, procure um reumatologista e mantenha seus exames em dia", finaliza.





Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica


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