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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Risco nutricional: pesquisa releva que um quarto dos brasileiros crê que gorduras são prejudicais à saúde



Nutricionista alerta que essa percepção equivocada pode acabar restringindo o consumo de alimentos essenciais para o organismo

Quem não quer enxugar a silhueta e manter o corpo definido hoje em dia? Ainda mais nessa época do ano, em que o clima mais quente propicia o uso de roupas mais confortáveis e despojadas que deixam maior parte do corpo a mostra. É perfeitamente normal querer se livrar do excesso de peso, o problema é que, para isso, muitas pessoas seguem informações equivocadas que, além de não ajudarem, ainda podem comprometer a saúde.

A alimentação é recheada de informações controversas e uma delas é em relação às gorduras, que adquiriram status de vilã nos últimos tempos. Diversas dietas e atividades físicas da moda tem como objetivo principal eliminá-las da rotina alimentar e do corpo. Infelizmente, esses métodos vêm ganhando muitos adeptos. No entanto, estudos recentes apontam para uma nova perspectiva com relação ao consumo das gorduras e os nutricionistas afirmam que, não só há gorduras que fazem bem ao organismo, como elas são essenciais.

Vilã ou mocinha?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) uma dieta inadequada associada a ausência de exercícios físicos na rotina está entre os dez fatores determinantes de mortalidade. Isso porque diversas pesquisas relacionam a má qualidade alimentar das pessoas aos fatores de risco das doenças cardiovasculares, uma das principais causas de morte no mundo.

Por muito tempo as gorduras foram consideradas as grandes culpadas por esses eventos, no entanto, evidências científicas comprovam que o consumo exagerado e a má qualidade nutricional da dieta que são os verdadeiros responsáveis pelos danos, já os lipídios, em doses equilibradas, são extremamente benéficos e estão entre os nutrientes essenciais para o nosso corpo.

No entanto, pouco é falado sobre esses benefícios e menos ainda sobre as consequências de restringir o consumo desse grupo alimentar, por isso as pessoas ainda torcem o nariz na hora de incluir as gorduras em uma dieta saudável. Para entender mais sobre esse fenômeno uma pesquisa exclusiva, realizada pela Banca do Ramon, um dos empórios mais tradicionais do Mercado Municipal de São Paulo, ouviu 1.360 consumidores a fim de obter uma perspectiva da relação dos brasileiros com a alimentação atualmente.

Sobre o estudo

O levantamento “Do essencial ao Gourmet - O que os brasileiros pensam sobre alimentação saudável e produtos premium”, revela que a maioria dos entrevistados acredita que as gorduras são boas para a saúde, desde que consumidas corretamente (53,2%). Porém, quase um quarto (24,6%) acredita que esses nutrientes são prejudiciais, servem apenas para dar sabor e devem ser consumidas o mínimo possível. A pesquisa também mostra que, dentre as gorduras mais comuns, o azeite é o mais consumido por 58% dos entrevistados, seguido por óleos vegetais e manteiga (27,7%). Já a margarina (10,6%) e óleo de coco (2,6%) são os menos consumidos.

É preciso saber escolher

De acordo com a nutricionista Juliana Tomandl, eliminar as gorduras da alimentação pode representar um grande risco à saúde, já que elas, juntamente com proteínas e carboidratos, compõem os grandes grupos alimentares necessários para manter o organismo funcionando corretamente: “Nem toda a gordura é prejudicial, mas as pessoas têm dificuldade de diferenciar um tipo do outro, por isso acabam restringindo o consumo de alimentos que são extremamente benéficos ao nosso corpo. A gordura deve compor até 30% das calorias diárias da nossa alimentação. Quando são consumidas de forma correta e na quantidade certa, elas podem trazer diversos benefícios” – explica a consultora da Banca do Ramon. Entenda a seguir as principais diferenças entre elas:

Trans

Durante muitos anos as pesquisas apontavam a gordura saturada como responsável pelo surgimento e agravamento de diversas doenças crônicas, especialmente as cardiovasculares. Por isso, a indústria alimentícia substituiu esse tipo de lipídio pela gordura trans nos produtos industrializados. No entanto, estudos posteriores observaram a gordura trans causava ainda mais danos do que a gordura saturada. Portanto, a nutricionista afirma que se há um tipo de gordura que mereça ser excluído do cardápio é a gordura trans.

Saturadas

As gorduras saturadas devem ter sua ingestão reduzida, isso porque ela contribui para o aumento dos níveis de LDL (colesterol ruim) no sangue. Ela é encontrada em produtos de origem animal, como leite integral, manteiga, carnes e embutidos em geral. Tomandl recomenda o consumo moderado desse grupo: “Não deve passar de 10% das calorias diárias da dieta”.

Insaturadas

Este último grupo se divide em 2: ácidos graxos monoinsaturados e poli-insaturados. O primeiro apresenta benefícios importantes no controle de doenças metabólicas e pode ser encontrado em frutas como o abacate e em oleaginosas como castanhas e amêndoas, além azeite de oliva. “Do ponto de vista nutricional é considerada uma gordura de boa qualidade para o organismo humano, mas o consumo em excesso pode ocasionar o ganho de peso, portanto é preciso moderação” – explica a especialista.

Já as gorduras poli-insaturadas ajuda a reduzir os níveis de colesterol ruim, diminuindo os riscos de doenças cardiovasculares. contempla ácidos graxos ômega 3, encontrados na linhaça e em peixes de águas frias e profundas (salmão e sardinha), e ômega 6, presente nos óleos de soja, milho e girassol e seus produtos derivados. Pode beneficiar pacientes no controle do colesterol.

Principais benefícios de uma dieta rica em gorduras do bem

As gorduras são ácidos graxos que podem ser grandes aliados da saúde, mas é preciso balancear o cardápio, incluindo esses nutrientes. A nutricionista afirma que as melhores escolhas são as gorduras insaturadas: “Elas são fontes de nutrientes importantes como as Vitaminas A, K e D e ainda são facilmente encontradas nos vegetais, sementes, frutos do mar, oleaginosas, azeite de oliva extra virgem, abacate e manteigas puras de alta qualidade” – complemente a Tomandl.

De acordo com a profissional da Banca do Ramon, elas atuam diretamente em diversos processos fisiológicos e são responsáveis, entre outras coisas, pela secreção de hormônios, inclusive daqueles que participam da quebra das gorduras acumuladas em excesso. Elas ainda transportam vitaminas lipossolúveis, ou seja, aquelas que se dissolvem na gordura para que o corpo absorva seus benefícios.  

Confira os principais benefícios e os melhores alimentos para fazer o aporte nutricional de lipídios de forma saudável:


Mais saciedade: As gorduras retardam o esvaziamento gástrico e exigem um esforço maior do organismo na hora da digestão, por isso a sensação de saciedade é prolongada. Além disso, o ômega 9, encontrado em peixes, como salmão e nas oleaginosas, ajuda a reduzir os níveis de cortisol, hormônio do stress.

Efeito antioxidante: A vitamina E é um nutriente famoso por sua ação antioxidante, presente nos ácidos graxos, essa vitamina é capaz de combater processos inflamatórios causados pelos radicais livres (substâncias que oxidam às células saudáveis do organismo), assim esse nutriente promove a manutenção da elasticidade da pele, tecidos e órgãos.

Favorece o aporte nutricional: Alguns nutrientes, especialmente as vitaminas lipossolúveis: A, D E, e K, dependem diretamente das gorduras, pois o organismo preciso que o aporte de lipídeos através da alimentação esteja em dia para conseguir absorvê-las. Além disso, ainda existem também os ácidos graxos essenciais, como os ômegas, que não são sintetizados naturalmente pelo organismo e precisam ser obtidos através da alimentação. Eles atuam em funções importantes no organismo: o ômega 3 é fundamental para saúde cerebral e cardíaca; o ômega 9 participa da produção de hormônios e o ômega 6 tem uma potente ação anti-inflamatória.





Fonte: Banca do Ramon


Dieta à base de carbono: que delícia



O carbono é fundamental para a vida do ser humano, das plantas e dos animais, tendo em vista que ele é a estrutura das moléculas orgânicas. Assim, ele é um componente essencial de nossos corpos, dos alimentos que ingerimos, das roupas que vestimos e também do combustível que utilizamos. Nos alimentos, este elemento encontra-se presente na forma de carboidrato em pães, massas, arroz, batata, frutas e vegetais.

Durante o seu ciclo na natureza, o carbono entra constantemente na atmosfera na forma de dióxido de carbono (CO2), metano e outros gases e, ao mesmo tempo, é retirado da atmosfera pelas plantas por meio da fotossíntese, processo no qual o CO2 é absorvido e incorporado à biomassa das plantas na forma de carboidratos durante o seu crescimento.

Átomos de carbono estão constantemente sendo trocados entre organismos vivos e mortos, atmosfera, oceanos, rochas e solo. Segundo a ONU, a faixa mais superficial do solo do nosso planeta armazena cerca de 2,2 trilhões de toneladas de carbono, três vezes mais do que o nível contido na atmosfera, sendo um importante reservatório de carbono. Esse estoque é realizado por meio da entrada de detritos de plantas e animais no sistema, os quais são decompostos por organismos do solo, os quais reciclam os nutrientes e os disponibilizam para as plantas do próximo ciclo.

Os fertilizantes têm um papel relevante a desempenhar nesse processo, uma vez que são responsáveis por oferecer às plantas os nutrientes necessários ao seu pleno desenvolvimento, privilegiando o crescimento vegetal, e, com isso, melhorando a ciclagem do carbono da matéria orgânica.

Esclarecer a população sobre os benefícios dos fertilizantes para a produção de alimentos de qualidade, em larga escala e, com isso, o barateamento da cesta básica, são os principais objetivos da iniciativa Nutrientes para a Vida (NPV), lançada no Brasil há cerca de um ano.

A NPV está diretamente ligada à melhoria da qualidade de vida, seguindo os mesmos preceitos de sua coirmã e inspiradora, a Nutrients For Life, que já colhe frutos nos Estados Unidos, onde surgiu, e em outros países como Canadá, México e Colômbia. O foco não é apenas mostrar o quanto os fertilizantes são essenciais para o desenvolvimento das plantas, mas também como eles proporcionam melhor qualidade nutricional aos alimentos.


Sustentabilidade agrícola

Carlos Eduardo Pellegrino Cerri, engenheiro agrônomo e professor no Departamento de Ciências do Solo da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), explica que as variedades de plantas com características distintas conferem melhores condições para o enriquecimento do solo em carbono, pois oferecem substratos variados necessários para que os organismos do solo possam atuar no processo de decomposição da matéria orgânica e consequente liberação de nutrientes que podem ser absorvidos pelas plantas.

“O ideal é que as plantas com características distintas sejam aportadas ao solo continuamente para que essa quantidade de carbono fique acumulada. Isso irá proporcionar sustentabilidade ao sistema produtivo. Para isso, há técnicas importantes, como, por exemplo, a rotação de culturas e o plantio direto, que conservam e diminuem a exaustão do solo”.

O engenheiro agrônomo destaca, ainda, que é possível obter maior controle da erosão dos solos a partir desses processos de estocagem de carbono.
“Os materiais orgânicos podem ajudar na estruturação do solo e torná-lo menos suscetível ao processo erosivo. Aqueles depositados na superfície, como restos de plantas, ajudam a atenuar esse processo, pois absorvem a energia cinética das gotas de chuva, que, desta forma, não incidem diretamente no solo e sim no material orgânico depositado na superfície do solo. Esse material estocado na forma orgânica afeta positivamente as condições físicas, químicas e biológicas do solo, deixando-o favorável ao desenvolvimento das plantas”, finaliza.



Treinos quando realizados inadequadamente podem causar lesões



Movimentos errados, postura inadequada e falta de intervalos durante as séries podem ser a causa do problema


A prática de exercícios físicos de forma regular é indispensável para uma vida mais saudável, pois melhora a qualidade do sono, evita doenças cardiovasculares, aumenta o condicionamento físico e, além disso, é um forte aliado para quem deseja passar longe de problemas na coluna, ombros e joelhos.

Logo muitas pessoas são adeptas aos treinos, porém, essa é uma prática que pede cautela, já que esforços repetitivos, excesso de peso, mau condicionamento físico e má postura na hora de se exercitar podem causar danos ao corpo. Abaixo, o ortopedista, cirurgião da coluna vertebral e professor da Faculdade de Medicina Santa Marcelina, Dr. Luiz Cláudio Lacerda comenta alguns perigos e cuidados na hora de praticar certas modalidades academia.


Cross Fit – Verdadeira febre nas academias, a prática reúne diversos exercícios que desenvolvem a coordenação e equilíbrio do corpo, tais como: levantamento de peso, atletismo e ginástica. Deve ser praticada com cautela, pois quando feita de maneira inadequada pode causar estresse nas articulações e lesões articulares, musculares e em casos extremos até lesões graves.


Musculação – Este é exercício de força muito praticado nas academias, pois ajuda no treinamento e desenvolvimento dos músculos esqueléticos. Porém, dores lombares, nos joelhos e incômodos na articulação dos ombros são as queixas mais comuns de quem realiza essa modalidade com cargas muito elevadas e sem falta de intervalos durante as séries.


Corrida - Atividade eficiente para quem deseja perder peso, já que acelera o metabolismo também pode causar inflamação dos tendões, fraturas por estresse, joanete, entorses de tornozelo devido à falta de alongamento, postura errada, falta de descanso e até mesmo o excesso de treino, devendo sempre ser iniciada após uma avaliação medica, devido aos riscos cardíacos.


Na hora de praticar atividades físicas na academia é preciso tomar algumas atitudes preventivas para evitar lesões. “Tenha um profissional para te ajudar a realizar os exercícios de maneira adequada, sempre faça um aquecimento antes de começar o treino, respeite os limites do seu corpo e procure uma avaliação física e ortopédica”, finaliza o médico.






Dr. Luiz Cláudio Lacerda  -  Mestre em medicina pela Unifesp e especialista em ortopedia, traumatologia e cirurgia da coluna vertebral pelo Hospital Santa Marcelina. Com aprimoramento cirurgia oncológica da coluna vertebral pelo Instituto Ortopédico Rizzoli. Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), professor da faculdade de medicina do Hospital Santa Marcelina e responsável pelo atendimento na Clínica L&L Ortopedia.


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