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terça-feira, 10 de novembro de 2020

Aprovação automática: é isso que precisamos discutir?

Não há dúvidas que 2020 tem se mostrado um ano desafiador - tanto para o processo de ensino, quanto para a aprendizagem dos milhões de alunos e alunas que hoje estão na Educação Básica. O isolamento social provocado pela pandemia, que fechou nossas escolas por um longo período, visa proteger a comunidade escolar da Covid-19. Se, por um lado, isso é relevante e importante em termos de saúde, o fechamento prolongado das escolas impacta no aprendizado dos nossos alunos.

A transição do ensino presencial para o ensino remoto parece atingir igualitariamente todos os alunos, o que não é verdade. O que vimos nos últimos meses foi um aumento na desigualdade de acesso à Educação. Desde março, as escolas vêm trabalhando no engajamento dos estudantes para o ensino remoto e encontrando obstáculos que,  muitas vezes, estão além da sua área de atuação.

E é por esse motivo que não deveríamos aplicar uma regra única para todos os alunos, seja da rede pública ou da rede privada. Em linhas gerais, a Base Nacional Comum Curricular garante os direitos de aprendizado dos estudantes da Educação Básica e é papel de governos e comunidade escolar fazerem valer esses direitos. E é nesse ponto que começamos a diferenciar os propósitos e perguntar muito mais que responder. Ao ser perguntado sobre a viabilidade da aprovação automática em 2020, me vieram à mente muito mais perguntas do que respostas.

O sistema de ensino foi capaz de manter seus alunos engajados? Promoveu avaliações coerentes com o ensino remoto? Foi capaz de dar suporte aos seus professores para que tivessem ferramentas para disponibilizar aulas síncronas e assíncronas? Garantiu que seus alunos e alunas não tivessem nenhum impedimento para acompanhar as aulas e atividades remotas, levando em consideração ainda o acompanhamento especial a alunos com laudo? Se a nossa resposta para essas perguntas for sim, não há porque garantir a aprovação automática, uma vez que a equidade desses estudantes já foi garantida e será possível avaliá-los de alguma maneira.

E assim a gente chega na parte mais importante: como sociedade, fomos capazes de garantir essas condições para todos os estudantes? O que está em pauta não deveria ser a discussão da dicotomia de aprovação automática, e sim como devemos lidar com o ano letivo de 2020 e 2021. Está claro que este ano e o próximo não devem ser tratados como dois anos letivos distintos. A pandemia mudou a vida de todos nós e o biênio 2020-2021 deveria ser repensado em termos de currículo, horas letivas e avaliações, para que os direitos de aprendizagens da Base Nacional Comum Curricular possam ser garantidos a todos os nossos alunos e alunas.

Mais do que se preocupar com o retorno das aulas ou o que ocorrerá em 31 de dezembro de 2020, o ideal seria focarmos nossas preocupações em desvincular, pelo menos nos próximos dois anos, o ano letivo ao ano-calendário. Não é simplesmente uma questão de empurrar para 2021 o que faltou aplicar em 2020, mas de repensar e reorganizar o currículo das duas séries no tempo disponível nos próximos ciclos. Temos que garantir a recursividade curricular, de ano contínuo, de revisão no sistema avaliativo, e não cabe pensar agora em aprovação ou reprovação, porque o período letivo não deveria acabar no final do ano.

 


Fabrício Cortezi de Abreu Moura - gerente de conteúdo digital e avaliações do Sistema Positivo de Ensino

Pesquisa da UFSCar avalia inteligência emocional no ambiente de trabalho



Pessoas interessadas em colaborar com o estudo podem se manifestar até o dia 15 de novembro

 


O Laboratório de Desenvolvimento Humano e Cognição (LADHECO) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) convida pessoas voluntárias para participar de pesquisa intitulada "Teste de inteligência emocional no trabalho: construção de um instrumento psicológico", que está sendo realizada por Isaías Peixoto dos Santos Nascimento, estudante de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPsi), sob orientação de Monalisa Muniz, docente do Departamento de Psicologia (DPsi) da Instituição.


O objetivo é construir um instrumento psicológico para avaliar a inteligência emocional, que envolve a percepção, compreensão e gerenciamento das emoções, no ambiente de trabalho brasileiro. Podem participar do estudo pessoas com mais de 18 anos, que atendam um dos seguintes critérios: estar empregado há mais de um ano ou que tenha sido demitido há menos de seis meses, em instituições públicas ou privadas; ou se tiver sido demitido há mais de seis meses, desde que tenha trabalhado em empresas privadas por mais de cinco anos. 


A participação consiste no preenchimento de um teste online e o sigilo é assegurado. Para manifestar interesse, é necessário preencher este formulário (https://bit.ly/IEteste), até o dia 15 de novembro; o pesquisador entrará em contato e disponibilizará o acesso à plataforma do teste. 


De acordo com Peixoto, ao colaborar com o estudo, os voluntários poderão auxiliar na construção do primeiro teste de inteligência emocional específico para o ambiente de trabalho, elaborado para a população brasileira. Além disso, contribuirão com a ciência da inteligência emocional no contexto do trabalho no Brasil. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail isaiaspeixotodsn@gmail.com.


Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 08173519.1.0000.5504).

 

Sharecare mostra três causas do absenteísmo e como combatê-las

Embora diversos sejam os fatores que impactam no desenvolvimento das atividades de uma empresa, não há como negar que o absenteísmo no trabalho é uma questão que merece uma atenção especial por parte de gestores e líderes.

Isso porque altos índices de absenteísmo, na prática, podem representar perdas produtivas significativas para o negócio, sobretudo quando se trata de setores em que o capital humano está diretamente ligado às operações e aos resultados.

Nesse sentido, ao gestor, não basta ser capaz de identificar e recrutar os melhores talentos para a sua empresa. Mais do que isso, é crucial desenvolver ações para manter os profissionais engajados, motivados e comprometidos com as suas funções. Além disso, é seu papel oferecer um ambiente de trabalho adequado, que contribua com a saúde e bem-estar dos colaboradores.

Dada a relevância que o absenteísmo no trabalho tem dentro das empresas, a Sharecare destacou três das principais causas desse problema e como combatê-las. 

Os impactos do absenteísmo no trabalho

De modo geral, a produtividade é o ponto mais afetado dentro das empresas quando o assunto é absenteísmo. Com equipes frequentemente desfalcadas, há uma série de ocorrências que interferem no bom andamento das atividades, como:

  • sobrecarga de trabalho em relação aos colaboradores presentes;
  • desorganização na rotina, dada a necessidade de que colaboradores assumam as responsabilidades dos ausentes;
  • ineficiência operacional, também ocasionada pela necessidade de que funcionários, muitas vezes sem as habilidades, assumam as funções de outros;
  • desgaste do clima interno, o que também impacta na motivação e no rendimento das equipes.

Além desses pontos, também é preciso considerar que altos índices de absenteísmo impactam negativamente sobre as finanças da empresa. Nesse sentido, por exemplo, pode-se aumentar os custos com o pagamento de adicionais por horas extras, dada possível necessidade de aumento da jornada dos funcionários para conseguir manter a produtividade.

No mais, quando o absenteísmo está relacionado a questões de saúde, a empresa precisa arcar com os prejuízos decorrentes de afastamento do empregado, acionamento do plano de saúde e, em casos mais graves, contratação de substitutos.

As três principais causas de absenteísmo nas empresas

Em regra, um alto índice de absenteísmo no trabalho está diretamente relacionado a dois pontos principais: a insatisfação do funcionário em relação a empresa e os problemas de saúde. Desses dois fatores, outros acabam surgindo e merecem a atenção por parte dos gestores e líderes. Vejamos alguns exemplos!

1. Falta de motivação

A falta de motivação pode ter origens internas — isto é, relacionadas à empresa — ou externas. Por exemplo, se o colaborador atua em uma função com a qual não sente prazer, não se sente valorizado, certamente trabalhará desmotivado, uma situação que pode contribuir para o seu absenteísmo.

Além disso, existem questões internas que também podem desmotivar o funcionário, como:

  • jornadas de trabalho excessivas;
  • falta de descanso;
  • condições de trabalho inadequadas;
  • baixa remuneração;
  • falta de perspectiva quanto ao crescimento dentro da empresa;
  • ausência de benefícios e outros.

Todos esses são fatores precisam estar no “radar” dos gestores, a fim de que estratégias possam ser aplicadas para reverter o quadro.

2. Estresse e depressão

As chamadas doenças psicossociais, como a depressão, também figuram como uma das grandes causadoras de absenteísmo nas empresas. Para se ter uma ideia da complexidade do problema, a depressão é a terceira maior causa de afastamentos médicos no estado de São Paulo. No Brasil, a patologia ocupa a 13ª posição.

Tanto o estresse quanto a depressão podem estar relacionados com fatores internos. Entre os mais comuns, pode-se destacar:

  • trabalho em ambiente hostil;
  • cobrança excessiva;
  • falta de descanso e lazer;
  • sobrecarga de trabalho;
  • desvalorização dos cuidados com a saúde mental;
  • descontentamento com as funções; entre outros.

A depressão também pode surgir por questões pessoais, como conflitos familiares, perda de entes queridos e outras. Em todos os casos, é fundamental que a empresa tenha uma cultura de acompanhamento da saúde mental dos seus colaboradores, minimizando assim os danos que podem ser causados por esse grave problema.

3. Problemas de saúde física

O absenteísmo também é um bom indicador de como anda a saúde dos colaboradores. Quando se observa a recorrência de afastamentos por motivo de doença, é possível que as condições de trabalho oferecidas na empresa estejam contribuindo com o surgimento ou agravamento de enfermidades.

Os problemas mais comuns são ocasionados por doenças ocupacionais, quadro que tem uma íntima relação com más condições de trabalho. Além disso, problemas de saúde física também podem ser causados por acidentes de trabalho ou pela exposição desprotegida a ambientes insalubres e perigosos.

No mesmo sentido, hábitos prejudiciais à saúde, como o tabagismo, má alimentação e o sedentarismo, pesam negativamente sobre as estatísticas de absenteísmo por razões de doenças físicas.

Medidas estratégicas para combater o absenteísmo no trabalho

Como visto, o absenteísmo no trabalho pode gerar uma série de impactos negativos sobre os resultados da empresa. Em razão disso, é fundamental que os gestores estejam atentos às causas desse problema, agindo para solucioná-las.

A seguir, destacamos algumas das ações estratégicas que podem auxiliar na redução do absenteísmo no trabalho. 

Investir em prevenção

A melhor estratégia para lidar com as altas taxas de absenteísmo é, sem dúvida, evitar que elas atinjam níveis preocupantes. Para tanto, focar em ações que contribuam com o clima organizacional da empresa é uma excelente alternativa.

Nesse sentido, valorizar o colaborador é uma medida preventiva de grande valia, pois melhora a relação da empresa com as equipes, fortalece a motivação e, consequentemente, reduz as taxas de absenteísmo.

Para isso, é importante que o hábito de reconhecer o bom trabalho e oferecer feedbacks construtivos estejam integrados à cultura da empresa. Além disso, a formulação de um ambiente colaborativo, saudável e pautado na comunicação, pode prevenir os afastamentos ao reduzir os riscos de atritos internos, ruídos na comunicação e outros pontos similares.

Do ponto de vista da saúde física, a prevenção também deve estar presente no ambiente. Nesse sentido, investir em ergonomia e na promoção de hábitos saudáveis são algumas medidas mais gerais que podem prevenir os afastamentos.

Ações mais específicas certamente demandam uma leitura mais técnica e aprofundada da realidade das equipes. Com base em dados e análises, é possível executar planos estratégicos mais direcionados, aumentando a probabilidade de bons resultados e otimizando os custos.

Engajar as equipes

O engajamento dos colaboradores é um dos quesitos determinantes para o sucesso de qualquer ação que vise a redução do absenteísmo. Isso porque, não basta traçar uma excelente estratégia para reduzir os altos índices. Além disso, é indispensável que os trabalhadores adotem as medidas estabelecidas e sintam que elas são efetivas.

Para fortalecer o engajamento, pode-se pensar em medidas como:

  • definir metas;
  • reconhecer o esforço das equipes;
  • oferecer pequenas recompensas, entre outras.

Investir em tecnologia e soluções personalizadas

Como visto, o absenteísmo pode ser ocasionado por diferentes fatores. Por essa razão, nem sempre é recomendado que a empresa adote ações genéricas para tentar reverter a situação, pois há o risco de se gastar com ações improdutivas e pouco aderentes às reais causas do problema.

Na realidade, considerando as diferentes ferramentas que se tem à disposição atualmente, o mais indicado é investir em tecnologia, em recursos e soluções que facilitem o monitoramento dos recursos humanos em seus mais diferentes aspectos, como desempenho, saúde e bem-estar.

Com o apoio de softwares e dos dados, por exemplo, gestores podem ter muito mais visibilidade sobre a real situação dos colaboradores, podendo identificar as principais causas de afastamento, por exemplo. A partir dessas leituras, certamente fica mais fácil direcionar ações e investimentos, aumentando o retorno e os resultados.

Em conjunto com essas medidas, investir em soluções personalizadas também pode potencializar a gestão dos recursos humanos da empresa. Soluções desenvolvidas com base nas necessidades e características da empresa, por exemplo, podem conduzir a avaliações mais finas e viabilizar ajustes mais estratégicos.

Por fim, o absenteísmo no trabalho é um indicador que está intimamente relacionado com o nível de satisfação, bem-estar e saúde dos colaboradores dentro e fora da empresa. Quando esse índice está muito elevado, os impactos negativos sobre a produtividade e os resultados do negócio são praticamente certos. Por isso, é fundamental avaliar as causas desse problema de forma criteriosa e, a partir disso, estabelecer um plano estratégico focado na solução.

 

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Dia Mundial do Diabetes: projeções em prédio na avenida Paulista reúnem histórias de pacientes

Iniciativa é uma parceria entre a ADJ Diabetes Brasil e a campanha "Quem Vê Diabetes Vê Coração" 


 Em 2019, a campanha "Quem Vê Diabetes Vê Coração", que busca sensibilizar as pessoas sobre o risco cardiovascular associado ao diabetes tipo 2, passou por três localidades: São Paulo (SP), Petrolina (PE) e Chapecó (SC) com encontros com profissionais da saúde e uma oficina de fotografia.

O convívio com o diabetes requer atenção e cuidados constantes, que passam a fortalecer a autoestima e uma maior compreensão da própria saúde. Cuidar-se significa amar-se. Esse sentimento foi transmitido pelos participantes por meio de suas fotos, que ofereceram seu olhar e histórias de vida únicos. Como resultado desta iniciativa, foram captadas imagens de caráter pessoal e emotivo por pessoas com diabetes tipo 2, usando objetos de valor sentimental para ilustrar o diabetes associado à complicação cardiovascular.

As imagens desse trabalho foram projetadas por vídeo mapping em um prédio na esquina das avenidas Paulista e Consolação. A campanha com os vídeos dessa ação será lançada no dia 14 de novembro nos canais da ADJ Diabetes Brasil      e da campanha "Quem Vê Diabetes Vê Coração" no YouTube.

Dando continuidade à campanha "Quem Vê Diabetes Vê Coração", a ADJ Diabetes Brasil realiza a live "O diabetes e os problemas do coração", no dia 11 de novembro, às 19h, ao vivo no Facebook da ADJ Diabetes Brasil e também no Youtube da ADJ.

A live terá a participação do médico cardiologista Dr. José Francisco Kerr Saraiva,      professor titular da disciplina de Cardiologia da Faculdade de Medicina da PUC Campinas; diretor de Promoção de Saúde da Sociedade Brasileira de Cardiologia;      membro do Departamento de Diabetes e Doença Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Diabetes e pesquisador de Estudos de Segurança Cardiovascular de anti-hiperglicemiantes e a endocrinologista pediátrica e médica voluntária da ADJ Diabetes Brasil, Dra. Denise Ludovico.

Em paralelo, será lançada uma exposição digital com os depoimentos e registros fotográficos dos participantes no site da campanha: www.quemvediabetesvecoracao.com.br.

 

 

Quem Vê Diabetes Vê Coração

    

Lançada em junho de 2019 pela Novo Nordisk, a campanha Quem Vê Diabetes Vê Coração conta com apoio de entidades e sociedades médicas brasileiras. Para mostrar que o coração está mais perto do diabetes do que se imagina, a iniciativa      já realizou uma série de ações      em diferentes regiões do Brasil.

  

Sobre a ADJ Diabetes Brasil

Fundada em 10 de março de 1980, a ADJ Diabetes Brasil é uma entidade não governamental, sem fins lucrativos, legalmente registrada no Registro Civil de Pessoas Jurídicas. Seu objetivo é promover educação nesse campo para pessoas com diabetes, familiares, profissionais de saúde e comunidade.

 

Atende gratuitamente as pessoas com todos os tipos de diabetes, de qualquer faixa etária e classe socioeconômica. Oferece um trabalho integrado realizado por uma equipe multidisciplinar.

 


Novo Nordisk

www.novonordisk.com.br, Instagram, Facebook, Twitter, LinkedIn, YouTube.


Campanha faz alerta sobre a incidência das arritmias cardíacas, suas consequências e a prevenção de morte súbita

Você sabe o que são as arritmias cardíacas? Como reconhecê-las e o que fazer ao sentir os sintomas da doença? Ou até mesmo como socorrer alguém que está sofrendo uma parada cardíaca? Essas são algumas das dúvidas que a Campanha Coração na Batida Certa da SOBRAC – Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas irá responder durante o mês de novembro.

A campanha, que já está na sua 14ª edição, tem como objetivo orientar e conscientizar a população sobre os principais sinais e sintomas de uma arritmia cardíaca, doença que atinge milhares de pessoas em todo o mundo e é responsável pela morte súbita de muitos brasileiros. “Algumas arritmias cardíacas podem acometer 1 em cada 4 pessoas ao longo da vida, podendo resultar em consequências graves, como insuficiência cardíaca e derrame cerebral (AVC). Além disso, as arritmias são responsáveis pela morte súbita de cerca de 300 mil pessoas todos os anos no Brasil”, explica Ricardo Alkmim Teixeira, presidente da SOBRAC.

O assunto é tão delicado e merece atenção que em 2007 a SOBRAC criou o Dia Nacional de Prevenção de Arritmias Cardíacas e Morte Súbita, comemorado anualmente em 12 de novembro, data que já faz parte do calendário do Ministério da Saúde. “A missão é divulgar e alertar a população leiga e profissional sobre os principais sinais e sintomas de uma arritmia cardíaca”, explica Carlos Kalil, coordenador da campanha.

Apesar de as arritmias cardíacas serem muito frequentes, inclusive em atletas e indivíduos jovens supostamente saudáveis, os sinais de alerta são pouco divulgados e sua prevenção ainda é precária. “Por isso, todos os anos procuramos levar orientações à população leiga sobre como identificar os principais sintomas, explicar o que são as arritmias e até mesmo treinar as pessoas sobre as manobras de ressuscitação cardíaca com massagens e uso do DEA (Desfibrilador Externo Automático)”, acrescenta Kalil.


Campanha Coração na Batida Certa 2020

Neste ano, durante o mês de novembro, a SOBRAC irá divulgar em suas redes sociais, site, e por meio dos seus associados, influenciadores digitais, jogadores de futebol e parceiros informações sobre o que são as arritmias cardíacas, como reconhecê-las e como ajudar alguém que está sofrendo uma parada cardíaca. As ações irão culminar no dia 12 de novembro, quando é celebrado o Dia Nacional de Prevenção de Arritmias e Morte súbita.

“Como não tivemos a oportunidade de realizarmos as nossas ações presenciais devido a pandemia do coronavírus e também para ampliar as mensagens da campanha, estamos mobilizando toda a sociedade para, literalmente, vestir a camisa e aderir à campanha com orientações em mídias sociais e imprensa”, conta Carlos Kalil.

As arritmias cardíacas são alterações elétricas que provocam modificações no ritmo das batidas do coração. Elas podem se apresentar na forma de batimentos irregulares, taquicardia (quando o coração bate rápido demais) e bradicardia (quando as batidas são muito lentas). Quando não é tratada, a arritmia cardíaca pode resultar em morte súbita. “Por isso a importância desta campanha no sentido de orientar a população sobre como reconhecer os sinais e sintomas e quais medidas preventivas podem ser tomadas para evitar o AVC e a parada cardíaca, por exemplo”, finaliza Ricardo Alkmim Teixeira, presidente da SOBRAC.

 



SOBRAC

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Novembro roxo, entenda como a prematuridade pode desenvolver cardiopatias

No mês da prematuridade, cardiologista pediátrica explica a relação entre a saúde cardíaca e o nascimento prematuro


Neste mês é celebrado o Novembro Roxo, período dedicado à informação e conscientização sobre a prematuridade. Mas, sabia que existe uma relação direta entre o nascimento precoce e a saúde do coração?

Um estudo recente apontou que adultos jovens que nasceram em prematuridade extrema são mais suscetíveis a sofrerem de hipertensão arterial na vida adulta e, consequentemente, entrando para o grupo de risco de sofrerem de doenças cardíacas.

Mais de 200 adultos, nascidos entre 1991 e 1992 com menos de 28 semanas e abaixo de 1kg, foram acompanhados pelo Victorian Infant Collaborative Study¹. O estudo constatou que esses adultos tinham quase o dobro de chance de sofrer de pressão alta quando comparados aos que nasceram no tempo normal.

E isso tem um porquê.

A médica cardiologista pediátrica pela Sociedade Brasileira de Pediatria Dra. Renata Isa Santoro explica que o coração do bebê tem função e estrutura diferentes dentro e fora do útero:

"Quando ainda está no ventre materno, o coração do bebê possui uma estrutura muito importante e imprescindível para a vida, que se chama ducto arterioso. Ele é como uma ponte que conduz de 80 a 85% da quantidade de sangue que vai do lado direito do coração para o lado esquerdo e para a aorta (artéria de maior importância no nosso organismo). Checar o bom funcionamento desta estrutura é de grande importância durante a gestação", descreve.

No útero, o oxigênio vem da mãe, passa pela placenta e pelo cordão umbilical e, em seguida, viaja para o coração do feto por meio do ducto venoso. Assim que chega ao coração, o sangue é bombeado para o resto do corpo através de vasos muito importantes. Um desses vasos é o ducto arterioso.

"Mas, assim que o bebê nasce, sua primeira respiração inicia mudanças na função e na maneira como o coração trabalha", conta a cardiologista pediátrica. Uma das principais mudanças que acontece é que os ductos venoso e arterioso perdem função e, pouco a pouco, se fecham.

Mas, quando o bebê nasce prematuro, corre riscos de ter algumas complicações no coração. "Nos bebês que nascem a termo, ou seja, de nove meses, o canal arterial se contrai após o nascimento e se torna funcionalmente fechado. Em prematuros, no entanto, o fechamento do canal arterial é retardado, permanecendo aberto em aproximadamente 10% dos bebês nascidos entre 30 e 37 semanas de gestação, 80% daqueles nascidos com 25 a 28 semanas de gestação e 90% daqueles nascidos com 24 semanas de gestação."

E se esse ducto permanece aberto e funcionando, favorece o aumento do fluxo de sangue nos pulmões predispondo a algumas doenças como edema pulmonar, insuficiência respiratória, insuficiência cardíaca e, posteriormente, prejudicando também outros órgãos como intestino, rins e cérebro.

"O tratamento deve ser avaliado caso a caso. Todo bebê prematuro, em especial os extremos, precisam de acompanhamento médico o resto da vida para prevenir diferentes enfermidades, como as cardiopatias", conclui a médica.

 



Dra. Renata Isa Santoro - Médica pela faculdade de ciências médicas de Santos - UNILUS • Especialista em Pediatria pela AMB/SBP • Especialista na área de atuação em Cardiologia Pediátrica pela AMB/SBP/SBC • Especialista em Ecocardiografia fetal e pediátrica pela UNICAMP • Mestrado em Ciências pela UNICAMP • Atuou como Cardiologista Pediátrica, Ecocardiografista e na formação da residência médica em cardiologia pediátrica na UNICAMP de 2007 a 2018

 

 

¹Anjali H. Et al. High blood presure in Young adults survivors born extremely preterm or extremely low birthweight. Hypertension, 2019.


Sorriso gengival: saiba como eliminar o problema

Cirurgiã-dentista explica as causas e formas de tratamento


O sorriso gengival é uma condição que afeta a autoestima de muitas pessoas. O transtorno é marcado pela exposição exagerada da gengiva que se torna mais evidente ao sorrir. Os pacientes com essa situação apresentam o que é chamado de “desordem estética”.  

Segundo Renata Amorim, cirurgiã-dentista, quando alguém sorri é necessário que haja um equilíbrio harmônico entre a gengiva, os dentes e o lábio. “Ao sorrir, o ideal é que o paciente exponha até 3 milímetros de gengiva para se encaixarem dentro dos padrões de estética. Indivíduos que mostram mais do que isso já podem se considerar parte do grupo que apresenta o sorriso gengival”, esclarece. 


Causas

 


Renata explica que a genética é a principal causa do problema. “Geralmente tem a ver com fatores esqueléticos e gengivais como a erupção alterada dos dentes e o crescimento dos ossos maxilares. E também por fatores musculares, como uma atividade superior dos músculos levantador e depressor dos lábios, além da posição e espessura dos lábios”. 

Além disso, a dentista ainda cita outras possíveis causas para o sorriso gengival. “Também pode ocorrer devido ao uso de determinados medicamentos e acúmulo de placa bacteriana que podem causar um crescimento da gengiva”.

Segundo Renata, a melhor forma de identificar a real causa do transtorno é através da avaliação odontológica.

 

Tratamento

O sorriso gengival pode afetar de forma considerável a autoestima e saúde do paciente. Quando ocorre por acúmulo de placa, existe um maior risco do paciente desenvolver doenças como a gengivite e a cárie dentária. 

Nos casos em que ocorre uma alteração anatômica, não existe risco físico ao paciente, mas as pessoas com essa condição podem sentir um certo desconforto com a exposição exagerada da gengiva e sofrer com consequências em outros aspectos, já que o sorriso também é parte fundamental para a saúde mental. 

Portanto, a melhor forma de corrigir o sorriso gengival é através do diagnóstico e tratamento adequado para a condição que o paciente apresenta. Renata cita que os principais tratamentos são a aplicação da Toxina Botulínica, gengivoplastia, reposicionamento do lábio, preenchimento labial ou a cirurgia ortognática.

Porém, tais procedimentos só serão eficazes caso a saúde completa da boca esteja em dia. “Para ter um bom resultado do tratamento, o paciente precisa ter a saúde bucal boa e um ótimo controle da placa bacteriana na cavidade oral. Após passar por avaliação, o dentista conseguirá identificar a causa do sorriso gengival e determinar qual o melhor tratamento para cada caso.”, orienta.

 

 

Fonte: Renata Amorim, cirurgiã-dentista, especialista em implantodontia e sócia da Clínica Vitácea Odontologia, em Belo Horizonte.


DIABETES: Doença causou, neste ano, 43 amputações diárias de membros inferiores


Situação custou ao SUS R$ 12,3 milhões; ABTPé ressalta cuidados com o pé diabético

 

No mês marcado pelo Dia Mundial do Combate ao Diabetes (14 de novembro), dados do Ministério da Saúde reforçam a importância da prevenção das complicações desta doença tão comum. De janeiro a agosto deste ano, foram realizadas 10.546 amputações de membros inferiores, pelo SUS (Sistema Único de Saúde), em decorrência de diabetes – uma média de 43 por dia – ao custo estimado de R$ 12,3 milhões. No mesmo período de 2019, foram 10.019 registros, que custaram R$ 11,6 milhões.

Atenção especial deve ser dada às úlceras cutâneas nos pés dos pacientes diabéticos, pois são as principais precursoras das amputações, que têm um grande impacto socioeconômico e que afetam negativamente a qualidade de vida do paciente portador da doença, ressalta o presidente da ABTPé (Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé), José Antônio Veiga Sanhudo. Estas lesões podem ser causadas pela presença de um objeto estranho dentro do calçado, como uma pedrinha, pela simples pressão externa de um sapato mais apertado ou por andar descalço em uma superfície muito aquecida. “Úlceras que não cicatrizam levam à amputação dos membros inferiores em 84% dos casos”, alerta Dr. Sanhudo.

O diabetes pode causar problemas graves nos pés, que incluem a neuropatia, com alteração da sensibilidade, e vasculopatia, com prejuízo da circulação local. Essas duas condições associadas facilitam o aparecimento e a dificuldade de cicatrização das referidas úlceras cutâneas, que podem evoluir para infecções de pele (celulite), infecções ósseas (osteomielite), coleções de pus (abcessos) e até gangrena.

A artropatia de Charcot é caracterizada por fraturas e luxações, muitas vezes espontâneas, e representa outra complicação grave no pé do diabético, que pode evoluir para amputação em qualquer nível do membro inferior acometido, explica o médico.

Infecções, geralmente são causadas por bactérias que entram através de pequenas aberturas na pele, como úlceras, unhas encravadas ou frieiras, representam outra complicação temível para este grupo de pacientes.

 

Sintomas

Os sintomas da neuropatia incluem a perda parcial ou total da sensibilidade do pé (toque, temperatura e dor) e alterações da sensibilidade que frequentemente se expressam como formigamento. “Em razão disso, os pacientes podem desenvolver bolhas, calosidades ou feridas, mas podem não sentir nenhuma dor”, fala o especialista.

A diminuição da circulação pode causar mudança na coloração e temperatura da pele e dor isquêmica, muitas vezes incapacitante. Dependendo do problema específico, os pacientes podem notar inchaço, descoloração (pele vermelha, azul, cinza ou branca), estrias vermelhas, sensação de calor ou frio, aparecimento de feridas espontâneas com ou sem dor, manchas por secreção nas meias, formigamento, dor e deformidade.

Pacientes com infecção podem apresentar febre, calafrios, tremores, vermelhidão nos pés e habitualmente observam dificuldade de controlar a glicemia e a pressão arterial.  Confusão e delírio podem aparecer em casos mais avançados.

 

Orientações

Pacientes com diabetes devem atentar-se às seguintes recomendações:

- Não andar descalço, especialmente fora de casa. O uso de calçados especiais para diabéticos – fechados, sem costura interna, com a parte da frente larga e alta e que tenham palmilhas confortáveis – são recomendados sempre que possível.

- Sempre usar meias, de preferência brancas (que facilitam a identificação mais rápida se tiver algum machucado no pé), de algodão (que irritam menos a pele), com costura pouco volumosa e sem elástico (para não comprometer a circulação).

- Examinar os calçados antes de vesti-los, para certificar-se que não há nenhum objeto dentro que possa machucar o pé.

- Examinar os pés pelo menos uma vez ao dia, tanto à procura de calos e úlceras, quanto para verificar micoses e rachaduras. Em caso de diminuição da acuidade visual, peça para alguém realizar o exame.

- Em caso de sapatos novos, examine o pé a cada 30 minutos na primeira semana de uso e sempre examine os pés ao removê-los.

- Procure manter os pés hidratados para evitar rachaduras cutâneas e infecções secundárias.

- Não tentar retirar calos, limpar úlceras ou cortar as unhas sozinho.

 


Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé – ABTPé


10 de novembro: Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez

Aprenda a cuidar de sua audição para evitar uma surdez precoce


A perda auditiva é uma das deficiências mais comuns na população brasileira. Por isso, 10 de novembro foi escolhido como o Dia Nacional de Prevenção a Surdez para conscientizar as pessoas sobre a importância de manter cuidados diários com a audição.

De acordo com o Ministério da Saúde, a perda ou diminuição da capacidade de ouvir pode ser causada por uma série de fatores: otites mal curadas ou de repetição; uso de remédios ototóxicos - prejudicais à audição; problemas no tímpano, tumores, envelhecimento, frequentar ou trabalhar em locais barulhentos; uso contínuo de fones de ouvido em volume alto; hereditariedade, entre outros fatores.

Para evitar a deficiência auditiva, é preciso ter em mente alguns cuidados com a audição, assim como fazemos com o restante de nosso corpo. Achar que surdez é uma preocupação somente na terceira idade é ideia ultrapassada. Apesar do distúrbio ser frequente em idosos devido à degeneração das células sensoriais da audição ou do nervo auditivo, a perda auditiva também pode atingir crianças, adolescentes e adultos; e isso já vem ocorrendo em escala cada vez maior por causa da 'overdose' sonora que nos rodeia.

"Sempre que sentirem uma diminuição na audição ou zumbido - o que pode ser o primeiro sinal de perda auditiva -, as pessoas devem buscar a orientação de um médico otorrinolaringologista. É preciso investigar as causas e tomar providências imediatas para evitar o agravamento do quadro. Se for constatada perda auditiva, uma das opções de tratamento é com o uso de aparelhos auditivos", explica a fonoaudióloga Marcella Vidal, da Telex Soluções Auditivas.

A boa notícia é que podemos tomar precauções para evitar a perda de audição precoce. Existem várias formas de prevenção. A fonoaudióloga Marcella Vidal, da Telex, que é especialista em audiologia, dá várias orientações.

• Em casa, modere o som da TV e de aparelhos sonoros (em volume de até 60 decibéis);

• Não ligue a TV, rádio, máquina de lavar, liquidificador e outros eletrônicos ao mesmo tempo;

• Evite o som muito alto no carro e circule com os vidros fechados para evitar os ruídos externos;

• Não deixe seus ouvidos se costumarem ao som alto, nem em casa, nem no carro, nem no trabalho. Preste atenção e proteja-se;

• Cuidado com a música alta nas academias. O barulho pode chegar a 110 decibéis. Proteger a audição também é cuidar do corpo;

• Evite permanecer por longos períodos em ambientes fechados com música alta ou ruídos em excesso;

• Em festas, shows ou micaretas, fique longe das caixas de som. Se houver zumbido nos ouvidos é sinal de alerta que deve ser investigado;

• Use protetores auditivos em você e, principalmente, nas crianças, quando estiver em locais muito barulhentos;

• Dê um descanso aos ouvidos. Mantenha-se em silêncio sempre que possível, principalmente depois de dias agitados. A prática traz uma série de benefícios, inclusive para a audição;

• Crianças, adolescentes e adultos que usam fones de ouvido com frequência correm maior risco de perda auditiva, principalmente ao ouvirem música em volume elevado e por horas seguidas. O limite máximo é de 85 decibéis por 45 minutos;

• Cuidado com objetos pontiagudos ou cotonetes na região da orelha. Eles podem empurrar a cera para o tímpano e até perfurar a membrana timpânica, afetando a audição;

• Cuidado com gripes, otites e sinusites mal curadas. Infecções frequentes ou que não foram devidamente tratadas podem causar danos à audição;

• Cuidado com medicamentos que podem causar danos à audição, como anti-inflamatórios e até aspirina, que tomados em excesso podem levar à perda auditiva;

• No ambiente de trabalho, não esqueça de utilizar protetores auriculares sempre que exposto a ruídos elevados;

• Atenção motoqueiros! Motocicletas, principalmente as de média e altas cilindradas, emitem ruídos em torno ou acima de 95 decibéis, o que é prejudicial à audição;

• Quem tem mãe e/ou pai com problemas auditivos deve procurar um especialista com antecedência. Em muitos casos, a perda de audição é fator genético;

• Faça o teste da orelhinha no bebê logo após o seu nascimento, mas avalie novamente a audição na época da alfabetização. Criança que não ouve bem tem dificuldades na aprendizagem.


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